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Olá Alguém poderia me ajudar, por favor. Att,

A farmacodinâmica é uma área da farmacologia que descreve os mecanismos pelos quais os fármacos exercem suas funções nos organismos A maioria dos fármacos interage com receptores, que podem ser definidos como moléculas, às quais os fármacos se ligam induzindo, assim, uma série de alterações orgânicas, sejam elas celulares, bioquímicas, sejam moleculares. No organismo, alguns nutrientes também podem interagir com fármacos, receptores e outras estruturas biológicas provocando alterações tanto farmacocinéticas quanto farmacodinâmicas. Com base no exposto, descreva os principais alvos farmacológicos. Na sequência, explique como a ingestão de alimentos (e seus nutrientes) podem induzir alterações na farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos.

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Larissa Santos

Alvos Farmacológicos :

Um fármaco, após ser administrado e chegar ao tecido alvo, vai te r um mecanismo

próprio para modificar o organismo a fim de gerar uma resposta celular. Para isso, o fármaco

precisa chegar ao tecido alvo em quantidade suficiente específica para cada fármaco e seu

tecido alvo.

Todo fármaco exige certo grau de seletividade para exercer sua função, que depende

da droga, da via de administração e de variações individuais do paciente . A seletividade dita a

margem de segurança desse fármaco, já que um fármaco que atinge vários alvo s específicos

( promíscuo) tende a ser menos seguro, dando margem pros efeitos indesejados.

Ex. : atropina é específica e cloropromazina é promíscua.

O Princípio da Bala Mágica prega que os fármacos de veriam ser altamente seletivos

para um alvo a ponto de não alterar nenhum outro. Este princípio deve ser levado em conta

para o estudo dos antibióticos, pois é positivo que ele só destrua um tipo de bactéria, mas , no

geral, esse princípio não é sempre aplicado, muitas vezes se prefere um mais promíscuo.

Os fármacos que tem ações inespecíficas vão causar mais efeitos indesejados. No

geral, eles vão alterar a bi camada lipídica das células ( antibióticos) , alterar a osmolaridade de

algum líquido ou meio do organismo ( laxantes) ou causam reações físico- químicas ( carvão -

ativado e anti ácidos ).

Os fármacos específicos são os que têm alvo definido. A seletividade dos fármacos está

associada, diretamente , à sua estrutura. Ou seja, as características químicas de um fármaco

conferem a ele certa afinidade a certos alvos moleculares. Portanto, famílias químicas

parecidas têm efeitos farmacológicos similares. Ex .: cocaína e procaína, noradrenalina e

salbutamol .

A capacidade de interação dos fármacos com alguns sítios receptores é que definem

sua seletividade. De acordo com a força da interação, o fármaco pode agir de forma mais ou

me nos intensa, o que define a afinidade do fármaco pelo receptor.

Com base na relação estrutura x atividade e no conhecimento das porções funcionais

de cada fármaco, é possível desenvolver novos fármacos.

Os fármacos não criam uma ação, eles modulam ações que já existem, e esta

modulação ocorre pela interação do fármaco com o receptor. Os principais receptores são:

 Os metabotrópicos que são associados à membrana, como os acoplados à proteína G:

são o alvo principal da farmacologia atual . São dispostos em 7 al f a- hélices

transmembranares , com porções extracelulares ( ligantes) e intracelulares ( interação

com a proteína G). Proteína G possui as subunidades alfa, beta e gama e não fica ligada

ao receptor o tempo todo. A mudança na conformação do receptor aumenta a

afinidade com alguma proteína G específica, existe a interação entre eles. A

fosforilação da proteína G faz com que ela se desacople do receptor e entre si . A

subunidade al f a com GTP torna-se ativa e pode ativar enzimas ou alvos celulares

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San Blaze

Para que os efeitos farmacológicos ocorram, em geral é preciso que haja uma distribuição não uniforme das moléculas do fármaco dentro do organismo ou tecido. Isto é, as moléculas de um fármaco precisam se “conectar” aos constituintes específicos de células ou tecidos para produzir um efeito. Os  principais alvos farmacológico são: receptores, enzimas, moléculas carregadoras e canais iônicos.
Por definição, receptor é uma molecular que compõe um canal iônico com um  sítio ativo para um fármaco, indica também uma molécula-alvo com a qual a molécula de um fármaco tem que se combinar para desencadear seu efeito específico. A especificidade é recíproca: classes individuais de fármacos ligam-se apenas a certos alvos, e alvos individuais só reconhecem determinadas classes de fármacos.
 É importante ressaltar que nenhum fármaco é completamente específico em sua ação. Em muitos casos, ao aumentar a dose de um fármaco, a substância pode afetar outros alvos além de seu alvo principal, e esse fato pode levar ao aparecimento de efeitos colaterais.
Em geral, quanto menor a potência de um fármaco, e maior a dose necessária, maior a probabilidade de que outros sítios de ação, diferentes do sítio primário, ganhem importância.
As interações entre nutrientes e fármacos podem alterar a disponibilidade, a ação ou a toxicidade de uma destas substâncias ou de ambas. Elas podem ser físico-químicas, fisiológicas e patofisiológicas. Interações físico-químicas são caracterizadas por complexações entre componentes alimentares e os fármacos. As fisiológicas incluem as modificações induzidas por medicamentos no apetite, digestão, esvaziamento gástrico, biotransformação e clearance renal. As patofisiológicas ocorrem quando os fármacos prejudicam a absorção e/ou inibição do processo metabólico de nutrientes.

O consumo de alimentos com medicamentos pode ter efeito marcante sobre a velocidade e extensão de sua absorção. A administração de medicamentos com as refeições, segundo aqueles que a recomendam, se faz por três razões fundamentais: possibilidade de aumento da sua absorção; redução do efeito irritante de alguns fármacos sobre a mucosa gastrintestinal; e uso como auxiliar no cumprimento da terapia, associando sua ingestão com uma atividade relativamente fixa, como as principais refeições.

Entretanto, estes motivos são insuficientes para justificar este procedimento de forma generalizada, pois a ingestão de alimentos poderá afetar a biodisponibilidade do fármaco através de interações físico-químicas ou químicas. Sendo afetada a biodisponibilidade, por modificação dos processos farmacocinéticos, ocorrerá alteração da farmacodinâmica e da terapêutica. Assim, é de fundamental importância conhecer as substâncias ativas cuja velocidade de absorção e/ou quantidade são alteradas, bem como aquelas que não são afetadas pela presença de nutrientes . Estudos aprofundados com humanos sobre estes mecanismos têm sido realizados, com a finalidade de demonstrar mais precisamente os efeitos dos nutrientes sobre a biodisponibilidade dos fármacos.
Analgésicos e antiinflamatórios, por exemplo, são com freqüência administrados com alimentos. O objetivo é diminuir as irritações da mucosa gástrica provocadas, principalmente, pela administração destes medicamentos por tempo prolongado. De acordo com a maioria das pesquisas realizadas, os nutrientes diminuem a velocidade de absorção dos fármacos, provavelmente por retardarem o esvaziamento gástrico.
O retardo na absorção de certos fármacos, quando ingeridos com alimentos, nem sempre indica redução da quantidade absorvida. Mas, provavelmente, poderá ser necessário um período maior para se alcançar sua concentração sangüínea máxima, interferindo na latência do efeito. Entretanto, substâncias que se complexam com nutrientes estão freqüentemente indisponíveis para absorção.

O sistema renal constitui uma das principais vias de excreção de fármacos, sendo importante no processo de interação. O pH urinário sofre variações conforme a natureza ácida ou alcalina dos alimentos ou de seus metabólitos. Assim, dietas ricas em vegetais, leite e derivados elevam o pH urinário, acarretando um aumento na reabsorção de fármacos básicos, como, por exemplo, as anfetaminas. No entanto, com fármacos de caráter ácido, como barbitúricos, verifica-se elevação da excreção. Por outro lado, ovos, carnes e pães acidificam a urina, tendo como conseqüência o aumento da excreção renal de anfetaminas e outros fármacos básicos.

A natureza das diferentes interações pode apresentar os seguintes caminhos :

- alguns nutrientes podem influenciar no processo de absorção de fármacos;

- alguns nutrientes podem alterar o processo de biotransformação de algumas substâncias;

- alterações na excreção de fármacos podem ocorrer por influência de nutrientes;

- fármacos podem afetar o estado nutricional;

- o estado nutricional pode interferir sobre o metabolismo de certos fármacos, ou anulando seu potencial terapêutico ou aumentando seu efeito tóxico.


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