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Qual a relação entre marxismo e a teoria histórico-crítica?

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JÚLIO MACHADO OFICIAL

OS MEIOS DE PRODUÇÃO

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dannyy danny

Autores vinculados ao paradigma marxista e à sua riqueza teórica afirmam ser fundamental a contribuição desta tradição sociológica, da pedagogia histórico-crítica (PHC) e da obra de Paulo Freire para constituição da educação ambiental crítica (EAC), emancipatória, transformadora (LOUREIRO, 2015; TOZONI-REIS, 2006) e enfrentamento da questão social-ambiental (par dialético, semelhante a sociedadeeducação). Da mesma forma, adotando como eixo de análise as contribuições do materialismo histórico dialético (MHD) e da PHC para a educação em geral e para a EAC, Loureiro (2014), Loureiro e Silva Neto (2016) e Loureiro e Tozoni-Reis (2016), fundamentados em György Lukács e Demerval Saviani, refletem sobre a ontologia do ser social e a formação humana omnilateral, e destacam o potencial da PHC, de suas formulações e 2 38ª Reunião Nacional da ANPEd – 01 a 05 de outubro de 2017 – UFMA – São Luís/MA proposições, para a implementação de políticas públicas e práticas de educação ambiental, principalmente na educação formal, pois a PHC em seus “passos dialéticos” exige a dialética relação entre educação, uma prática social, e prática social, na qual se inclui a consideração do par dialético sociedade-educação. Concordamos com os autores quando argumentam que quando os currículos e os conteúdos abordados em sala de aula dialogam com a prática social, não há como manipular o conflito de interesses que move nosso modo de produção e consumo, de vida (MARX, 2013). Com esta abordagem da EAC, argumentamos, com outros autores, que a transformação desta sociedade brasileira, em estado de barbárie, rumo ao controle humano do capital, do processo de acumulação capitalista, basear-se-á no conhecimento científico e em nossa capacidade de convencimento de todos que internalizaram uma falsa consciência de classe social (LUKÁCS, 2012), de ser humano (LUKÁCS, 2010; MÉSZÁROS, 2006) e, consequentemente, uma “falsa consciência ambiental”, antagônicas aos seus interesses como seres sociais e naturais. Entendemos que a conquista e manutenção do poder que sustentam as atuais relações sociais e a alienação em massa, que lhe corresponde, têm sua origem na produção de teoria educacional fundamentada nas ciências naturais (paradigma positivista), apoiada financeiramente pelo mercado interessado, disseminada acadêmica e midiaticamente (circulação) pela “teoria pedagógica da grande mídia” (SAVIANI, 2012) e consumida, em escala nacional, dentro e, principalmente, fora da sala de aula. Isto se dá em uma sociedade em que somos, os trabalhadores, a maioria da população brasileira e as principais vítimas de processos desumanizadores seculares. Educação tradicional bem-sucedida, cultura política autoritária, alienação. Constata-se, apesar das leis e políticas educacionais de EA, com texto de perfil crítico (LOUREIRO; VIÉGAS, 2013), a acachapante hegemonia das teorias educacionais tradicionais não-críticas (SAVIANI, 2013a, 2013b) na prática social e, correspondentemente na educação ambiental, do que denominamos “grande bloco político-pedagógico conservador ou comportamentalista” (LOUREIRO, 2005) ou de “macrotendências político-pedagógicas conservacionista e pragmática” (LAYRARGUES; LIMA, 2014). Isto implica reconhecer que a EAC - o bloco “transformador, crítico ou emancipatório” (LOUREIRO, 2005), a “macrotendência político-pedagógica crítica” (LAYRARGUES; LIMA, 2014) e, incluímos (não captado nas tipologias destes autores), o que denominamos “educação ambiental do pensamento pós-moderno”, amparados em 3 38ª Reunião Nacional da ANPEd – 01 a 05 de outubro de 2017 – UFMA – São Luís/MA Libâneo (2010) -, não conseguiu transformar este cenário, nem após 1981 (BRASIL, 1981) ou 2003, quando comunidades científicas de educadores foram reconhecidas como praticantes da ciência normal educação ambiental1 , em programas de pós-graduação em educação (KUHN, 1970). Destacamos que este reconhecimento ocorre um quarto de século após a criação da ANPEd, com a autorização provisória para funcionamento do Grupo de Estudo em Educação Ambiental (GE22). Temos clareza que o alcance das educações ambientais, compreendidas sob o registro da EAC, está relacionado às potencialidades e aos limites de cada um dos paradigmas e teorias educacionais compartilhados (o que não foi descoberto por nós, e aqui reside parte da contribuição deste ensaio: um lembrete!)

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Guga Gustavo

relações entre capital e educação. A tese argumenta que a pedagogia histórico-crítica baseada nas obras de Dermeval Saviani distancia-se da teoria marxiana ...



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