Há algo que não podemos negar de Adolf Hitler: trata-se, sem dúvida, do personagem histórico contemporâneo sobre quem se acumularam o maior número de mentiras. Inimigos e traidores lutaram para diluir sua verdadeira personalidade, lançando fábulas de todos os calibres. Apesar da pouca distância que nos separa de seus trabalhos e de seus dias, o historiador encontra já, diante de si, um muro de materiais espúreos que dificultam grandemente a visão do personagem. Mas talvez seja no campo "cercado" do temperamento e da vida íntima do Führer, onde se choca com maiores obstáculos, e se encontra sumido em uma infernal dança de dados contraditórios, lendas, calúnias e tontices. Se disse, e se escreveu, que Adolf Hitler era um sádico, um masoquista, um homossexual, um paranóico, um louco furioso que mordia tapetes. Hoje em dia sabemos, no entanto, que não era nada disto. Seus grandes biógrafos Allan Bullock, Joachim Fest, Helmut Heiber, etc... Devolveram aos personagens umas características mais humanas, se apoiando nos textos e livros de memórias de quem teve contato com eles longamente. A partir da famosa obra de August Kubiezek "Adolf Hitler: Meu Amigo de Juventude", possuímos as provas, em boa parte objetiva, de vários contemporâneos. Com a publicação destes textos, pode se afirmar que Adolf Hitler teve relações sentimentais com um bom número de mulheres. Alguns de tais contatos foram fugazes, e outros tiveram certa duração. Até o grande público compreendeu majoritariamente o nome de Eva Braun, a companheira dos últimos anos, com ela que Hitler se casou e compartilhou a morte na Chancelaria do Reich. Mas existem outras páginas interessantes na vida do Führer.