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MARCHA, EQUILÍBRIO e COORDENAÇÃO MOTORA HAM 2 – FESAR | AFYA MARCHA É um ato motor aprendido com propósito de locomoção, deslocar de um lugar para o outro; Cada indivíduo possui sua própria maneira de deambular, devido suas características físicas e mentais; “Um indivíduo na saúde anda no seu modo, um individuo na doença anda no modo da enfermidade”. Para que ocorra a deambulação: 1 – Equilíbrio e postura ereta; 2 – Programas motores de iniciação da marcha; 3 – Ritmo/padrão; 4 – Adaptação (ambiente e objetivos). marcha Informações aferentes – receptores periféricos até o córtex; Informações eferentes – córtex até receptores periféricos. INFORMAÇÕES DE AFERÊNCIA Vestibular, Visão, Propriocepção SISTEMA INTEGRATIVO DE INTERPRETAÇÃO Tronco, Córtex frontal, Cerebelo SELEÇÃO DE PROGRAMAS MOTORES Postura, Equilíbrio, Marcha AVALIAÇÃO - Inicia quando o paciente adentra ao consultório; - Observar: Largura da base; Simetria da altura dos passos; Comprimento da passada; Quadril do paciente; Mãos do paciente – posicionamento; Movimentação dos membros superiores; Direção do olhar do paciente; Virada do paciente. AVALIAÇÃO: 1) Andar em Tandem Andar com o calcanhar de um pé, encostando no hálux do outro. Andar nas pontas dos pés; Andar com os calcanhares; Pular em um pé. ATÍPICA / FISIOLÓGICA: Olhar para frente; Balanço harmônico de membros superiores; Centro de gravidade desloca primeiro; Pouso do calcâneo; Avanço do pé com dorsiflexão; Passadas homogêneas e ritmo regular. DISBASIA: termo dado a qualquer distúrbio da marcha. MARCHA HELICÓPODE ou CEIFANTE ou HEMIPLÉGICA ou hemiparética Membro superior fletido 90º no cotovelo e em adução; Mão fechada em leve pronação; Membro inferior do mesmo lado espástico e joelho não flexiona; Perna se arrasta pelo chão descrevendo um semicírculo ao trocar de passo: movimento em foice; Patologia: hemiplegia/hemiparesia espástica (AVE). MARCHA HELICÓPODe/CEIFANTE/ HEMIPLÉGICA/hemiparética MARCHA ANSERINA/DO PATO/ MIOPÁTICA Acentuação da lordose lombar; Tronco inclina ora para direita e ora para esquerda; Movimentos alternados; “Andar de um pato”; Sinal de Trendelenburg – paciente em pé com uma perna, ocorre a queda do quadril para o lado da perna levantada; Patologia/fisiológica: diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas/gestação. MARCHA ANSERINA/ DE PATO/ miopática MARCHA PARKINSONIANA Andar em bloco enrijecido; Ausência de movimentos automáticos dos membros superiores; Cabeça inclinada anteriormente; Passos curtos e rápidos; Impressão que o paciente correr atrás do seu centro de gravidade e vai cair para frente; Patologia: doença de Parkinson. MARCHA PARKINSoNIANA MARCHA ATÁXICA/ CEREBELAR/DO ÉBRIO Movimentos em zigue-zague (bêbado); Patologia: lesões do cerebelo. MARCHA ATÁXICA/ CEREBELAR/ do ÉBRIO MARCHA TABÉTICA OU TALONANTE - Olhar fixo no chão; - Membros inferiores elevados de forma abrupta e explosivamente ao serem recolocados no chão; - Calcanhares tocam o solo de modo bem pesado; - Olhos fechados a marcha apresenta piora ou impossível; - Patologia: perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula (tabes dorsalis – neurosífilis/mielose funicular – mielopatia por def. de vit. b12, ác. fólico ou vit. b6/mielopatia vacuolar – HIV/mielopatia por deficiência de cobre após bariátrica/compressões da medula – mielopatia cervical). 19 MARCHA TABÉTICA OU TALONANTE MARCHA DE PEQUENOS PASSOS - Passos muito curtos; - Arrasto dos pés ao deambular; - Como se estivesse dançando uma “marchinha”; - Patologia: paralisia pseudobulbar e atrofia cortical degenerativa. 21 MARCHA DE PEQUENOS PASSOS MARCHA VESTIBULAR - Lateropulsão ao deambular; - Como se estivesse sendo empurrado para o lado ao deambular em linha reta; - Ambiente amplo solicita a deambulação ir de frente e voltar de costas com os olhos fechados; - Descrição de uma estrela – por isso: marcha em estrela; - Patologia: lesão vestibular (labirinto). MARCHA VESTIBULAR MARCHA ESCARVANTE / PARÉTICA - Toca o solo com a ponta do pé e tropeça; - Elevando gradualmente o membro inferior para evitar a queda; - Lembra “passo de ganso” dos soldados prussianos; - Patologia: paralisia do movimento de flexão dorsal do pé. MARCHA ESCARVANTE/PARÉTICA MARCHA CLAUDICANTE - Manca em um dos lados; - Patologia: insuficiência arterial periférica, lesões do aparelho locomotor, estenose de canal vertebral lombar. MARCHA CLAUDICANTE MARCHA ESPÁSTICA OU EM TESOURA - Os membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos; - Os pés se arrastam ; - As pernas se cruzam uma na frente da outra ao deambular; - Movimento lembra uma tesoura em funcionamento; - Patologia: paralisia cerebral. MARCHA ESPÁSTICA OU EM TESOURA EQUILÍBRIO EQUILÍBRIO ESTÁTICO (vestíbulo, propriocepção - cordão posterior da medula - e visão); Paciente na posição vertical, com os pés juntos, olhando para frente; Permanecer nessa postura por alguns segundos; Pede-se para que feche os olhos – prova de Romberg; Normal: nada acontece, ligeiras oscilações do corpo; Anormal: oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência a queda. TESTE DE ROMBERG Qualquer lado = vias de sensibilidade propioceptiva; Para um lado específico = aparelho vestibular. EQUILÍBRIO DINÂMICO Avaliação em movimento; Teste de Fukuda. COORDENAÇÃO MOTORA O exame da coordenação deve ser realizado após o teste de força; 1º avalia-se a potência motora do paciente para depois avaliar a coordenação; Pois se ocorrer déficit de força – poderia pensar que é uma ataxia, sendo apenas fraqueza – paresia. COORDENAÇÃO MOTORA SISTEMA MOTOR Força muscular = movimentos rápidos SISTEMA CEREBELAR Movimentos rítimicos e postura = movimentos ponto a ponto SISTEMA VESTIBULAR Equilíbrio e coordenação = marcha SISTEMA SENSORIAL Propriocepção = equilíbrio Dismetria; Disdiadococinesia; Dissinergia; Juntos = ATAXIA COORDENAÇÃO MOTORA EXAME DA COORDENAÇÃO: Avaliar cerebelo com conexões aferentes e eferentes. DISMETRIA: dificuldade de executar movimentos em direção a um alvo específico. Hipometria – não chega até o alvo; Hipermetria – passa do alvo; Distúrbio que promove a dificuldade de realizar o movimento de forma correta; Disfunção na execução do movimento; O planejamento se encontra normal. Manobra dedo-nariz ou index-nariz; Manobra dedo-nariz-dedo. Linhas Paralelas de Babinski Examinador realiza duas linhas paralelas; Paciente tenta conectar as duas linhas uma a outra. Prova Calcanhar-joelho Prova Hálux-dedo DISDIADOCOCINESIA: dificuldade de executar movimentos rápidos e alternados. Movimentos alternados (diadococinesia) – pronação e supinação nas coxas. Dedilhamento ou “finger tapping”. DISSINERGIA: dificuldade de sincronizar movimentos devido a alteração dos músculos – movimentos desarmonicos (agonista, antagonista, postural e sinergista) – movimentos que exigem participação de vários músculos. Teste de Stewart Holmes (sinal do rebote de Holmes).