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ROTEIRO VII

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Av. Antonio Francisco Cortes, nº 2.501, St. Cidade Universitária – Barra do Garças/MT – CEP 78.600-000 
Fone/Fax (66) 3402- 3200 - e-mail: diretoria@barra.cathedral.edu.br 
 
 
PRISÕES 
ROTEIRO VII 
 
■ PRISÃO DOMICILIAR (arts. 317 e 318 do CPP) 
- Introduzida pela Lei 12.403/2011, contempla a prisão domiciliar 
como forma de cumprimento da prisão preventiva. 
- Consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua 
residência, de onde apenas poderá sair com prévia autorização judicial. 
Obs: A prisão domiciliar não possui existência própria como prisão 
cautelar, apenas substituindo a prisão preventiva nas hipóteses 
estabelecidas em lei; 
Para que seja aplicável, o agente, comprovadamente, deverá 
ser: 
I – Maior de 80 (oitenta) anos; 
Obs: Parte da doutrina entende que ao individuo que mesmo idoso, 
não esteja acometido de limitações de ordem física ou mental, ou 
padecendo dificuldades, não há motivos que justifiquem o deferimento do 
benefício. 
II – Extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
- É necessária a efetiva comprovação de que o preso depende de 
tratamento médico que não poderá ser fornecido no estabelecimento 
prisional para onde deva ser recolhido. 
Obs: Há muito a jurisprudência majoritária já se consolidou no 
sentido de que, para a concessão do benefício, é necessário comprovar, 
de forma inequívoca, por dados empiricamente documentados, que a 
permanência no cárcere tem como consequência lógica agravar a moléstia 
do custodiado. 
III – Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 
6 (seis) anos de idade ou com deficiência; 
- 1ª parte - Observada a literalidade do dispositivo, é certo que esta 
regra, incide apenas na hipótese de a criança menor de 6 (seis) anos não 
ser filha do indivíduo sob preventiva. É o caso, por exemplo, de se tratar 
de criança sob sua guarda ou tutela. 
- 2ª parte - Imprescindibilidade aos cuidados especiais de pessoa 
com deficiência é irrelevante, neste caso, a idade. 
mailto:diretoria@barra.cathedral.edu.br
 
_____________________________________________________________________________________ 
Av. Antonio Francisco Cortes, nº 2.501, St. Cidade Universitária – Barra do Garças/MT – CEP 78.600-000 
Fone/Fax (66) 3402- 3200 - e-mail: diretoria@barra.cathedral.edu.br 
 
Obs: Não deve, sob esse rótulo, ser deferido o benefício na hipótese, 
por exemplo, de a pessoa portadora de deficiência ser responsável por 
seus atos e apresentar plena autonomia. 
Obs: É necessário que observe o juiz o aspecto da 
imprescindibilidade do indivíduo aos cuidados das pessoas que pretendeu 
o legislador tutelar. 
IV – Gestante; 
- Se, apesar da gravidez, as condições do cárcere não revelarem a 
necessidade do benefício ou contraindicá-lo (por exemplo, em face da 
elevada propensão à prática de outros delitos; à ausência de vínculo com 
o distrito da culpa; à ausência de comprovação de residência etc.), este 
poderá ser indeferido sem que importe ilegal constrangimento à presa. 
Obs: STF decidiu no HC coletivo nº 143.641 que todas as mulheres 
presas provisoriamente que sejam gestantes ou mães de crianças e 
deficientes sob sua guarda deveriam ter a conversão da prisão cautelar 
em domiciliar. 
V – Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos; 
- Embora a lei não tenha citado a imprescindibilidade, é preciso, 
mais uma vez, analisar o caso concreto, apenas sendo a benesse deferida 
quando presente situação de excepcionalidade tal que permita a 
presunção de que, longe da mãe, a criança está em situação de risco. 
VI – Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do 
filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. 
- Mesma idéia do item anterior; 
Obs: Importante ressaltar que para o pronunciamento favorável do 
juiz a respeito da concessão da preventiva domiciliar, não basta a 
alegação do agente no sentido de se enquadrar nesta ou naquela 
situação. Pelo contrário. O art. 328, parágrafo único, é explícito ao dispor 
que “para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos 
estabelecidos neste artigo”. 
IMPORTANTE: Lei nº 13.769, de 2018 
Art. 1º Esta Lei estabelece a substituição da prisão preventiva 
por prisão domiciliar da mulher gestante ou que for mãe ou 
responsável por crianças ou pessoas com deficiência e disciplina o 
regime de cumprimento de pena privativa de liberdade de 
condenadas na mesma situação. 
Alteração no CPP - Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à 
mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou 
mailto:diretoria@barra.cathedral.edu.br
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/213357041/art-1-da-lei-13769-18
 
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Fone/Fax (66) 3402- 3200 - e-mail: diretoria@barra.cathedral.edu.br 
 
pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde 
que: 
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a 
pessoa; 
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou 
dependente. 
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A 
poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das 
medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código. 
Questões relevantes 
Obs: A prisão domiciliar, aqui, distingue-se daquela prevista no art. 
117 da Lei 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais), destinada ao preso que 
já está condenado por sentença definitiva e, nesta condição, cumpre pena 
em regime aberto. 
Dispõe, com efeito, esse artigo que somente se admitirá o 
recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular 
quando se tratar de: 
 I – condenado maior de 70 anos; 
II – condenado acometido de doença grave; 
III – condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
IV – condenada gestante. 
Obs: Não se confunde a prisão domiciliar dos arts. 317 e 318 do 
CPP com a medida cautelar diversa da prisão estipulada no art. 319, V, 
do CPP, consistente no recolhimento domiciliar no período noturno e nos 
dias de folga: 
- Caso não seja possível a utilização do monitoramento eletrônico 
não há óbice ao emprego de vigilância contínua na residência, caso se 
entenda necessária e conveniente, desde que com discrição e sem 
constrangimento ao preso. 
 
■ PRISÃO TEMPORÁRIA 
- É uma medida privativa da liberdade de locomoção, decretada por 
tempo determinado, destinada a possibilitar as investigações de crimes 
considerados graves, durante o inquérito policial. Sua disciplina 
encontra-se na Lei n. 7.960/89. 
 
mailto:diretoria@barra.cathedral.edu.br
 
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■ Hipóteses de cabimento 
Nos termos do art. 1º, da Lei n. 7.960/89, caberá prisão 
temporária: 
I — Quando for imprescindível para as investigações durante o 
inquérito policial; 
- Quando houver indícios de que, sem a prisão, as diligências serão 
malsucedidas. 
II — Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não 
fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. 
- Não ter residência fixa tem sido entendido pela doutrina como 
sendo a ausência total de um endereço onde possa o indiciado ser 
localizado. 
III — Quando houver indícios de autoria ou de participação em 
um dos seguintes crimes: 
- homicídio doloso; 
- sequestro ou cárcere privado; 
- roubo; 
- extorsão ou extorsão mediante seqüestro; 
- estupro; 
- epidemia ou envenenamento de água ou alimento; 
- quadrilha – associação criminosa; 
- genocídio; 
- tráfico de entorpecentes; 
- crime contra o sistema financeiro.- O art. 2º, § 4º, da Lei n. 8.072/90 possibilita também a decretação 
da prisão temporária nos crimes de terrorismo, tortura e em todos os 
crimes hediondos; 
- Apesar de divergências a respeito, prevalece o entendimento de 
que a prisão temporária só é cabível nos crimes mencionados no inciso 
III e desde que também presente a hipótese do inciso I ou do inciso II. 
Obs: A prisão temporária só pode ser decretada durante o 
inquérito policial, nunca durante o tramitar da ação. 
mailto:diretoria@barra.cathedral.edu.br
 
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- Assim como ocorre em relação à prisão preventiva, também a 
decretação da prisão temporária deve ser devidamente fundamentada, do 
contrário, a decisão será nula, ensejando a revogação da custódia. 
IMPORTANTE – JULGAMENTO DA ADIN 3.360 E 4.109 
STF FIXOU NOVOS PARÂMETROS para dar interpretação 
conforme a Constituição Federal ao art. 1º da lei 7.960/89 e fixar o 
entendimento de que a decretação de prisão temporária autoriza-se 
quando, cumulativamente: 
1) for imprescindível para as investigações do inquérito policial 
(art. 1º, I, lei 7.960/1989) (periculum libertatis), constatada a partir 
de elementos concretos, e não meras conjecturas, vedada a sua 
utilização como prisão para averiguações, em violação ao direito a 
não autoincriminação, ou quando fundada no mero fato de o 
representado não possuir residência fixa (inciso II); 
2) houver fundadas razoes de autoria ou participação do 
indiciado nos crimes previstos no art. 1º, III, lei 7.960/89 (fumus 
comissi delicti), vedada a analogia ou a interpretação extensiva do 
rol previsto no dispositivo; 
3) for justificada em fatos novos ou contemporâneos que 
fundamentem a medida (art. 312, § 2º, CPP); 
4) a medida for adequada à gravidade concreta do crime, às 
circunstâncias do fato e às condições pessoais do indiciado (art. 282, 
II, CPP); 5) não for suficiente a imposição de medidas cautelares 
diversas, previstas nos arts. 319 e 320 do CPP (art. 282, § 6º, CPP). 
 
■ Procedimento 
- A prisão temporária só pode ser decretada pelo juiz, que, 
entretanto, não pode fazê-lo de ofício, dependendo de requerimento do 
Ministério Público ou representação da autoridade policial. 
- Feito os autos conclusos ao juiz, ele terá vinte e quatro horas 
para proferir sua decisão, decretando, de forma fundamentada, a prisão 
temporária ou indeferindo-a (art. 2º, § 2º). 
Obs: Por interpretação extensiva ao art. 581, V, do CPP, cabe 
recurso em sentido estrito contra a decisão que denega a decretação da 
prisão temporária e habeas corpus contra aquela que a decreta. 
- Efetuada a prisão, a autoridade deve informar o preso acerca de 
seus direitos constitucionais (art. 2º, § 6º) — de permanecer calado, de 
ter sua prisão comunicada aos familiares ou pessoa por ele indicada etc. 
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Obs: Nos termos do art. 3º da Lei n. 7.960/89, os presos 
temporários devem permanecer, obrigatoriamente, separados dos 
demais detentos (provisórios ou condenados). 
■ Prazos 
- De acordo com art. 2º, caput, da Lei n. 7.960/89, a duração da 
prisão temporária é de cinco dias, prorrogável por mais cinco em caso 
de extrema e comprovada necessidade. 
- O art. 2º, § 4º, da Lei n. 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos) 
permite que a prisão temporária seja decretada por prazo de trinta dias, 
prorrogável por igual período, quando se trate de crime hediondo, tráfico 
de drogas, terrorismo ou tortura. 
Art. 2º, § 8º: Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de 
prisão no cômputo do prazo de prisão temporária. 
- Uma vez expirado o tempo de duração da prisão, implicará a 
imediata libertação do indiciado, salvo se já tiver sido decretada sua 
prisão preventiva. 
Art. 2º, § 4º-A: O mandado de prisão conterá necessariamente 
o período de duração da prisão temporária estabelecido 
no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser 
libertado. 
Art. 2º, § 7º: Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, 
a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente 
de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em 
liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão 
temporária ou da decretação da prisão preventiva. 
 - A não libertação do preso após o exaurimento do prazo constitui 
modalidade específica do crime de abuso de autoridade. 
 
■ O ATO DA PRISÃO EM RESIDÊNCIA 
O ato da prisão pode ocorrer de duas formas: 
a) Em razão de prisão em flagrante; 
b) Em decorrência de cumprimento de mandado de prisão 
expedido por ordem judicial. 
Podemos tirar algumas conclusões: 
1) Prisão em flagrante: mesmo contra a vontade do morador, pode-
se invadir a residência, a qualquer hora, do dia ou da noite, para prender 
o agente que esteja em situação de flagrância, desde que a medida esteja 
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amparada por fundadas razões, passíveis de demonstração a posteriori, 
de que a infração estivesse ocorrendo 
2) Prisão por mandado: 
a) Se houver consentimento do morador, é possível que se 
ingresse na casa para cumprir a ordem de prisão a qualquer hora, do dia 
ou da noite; 
b) Sem o consentimento do morador (pouco importando se o 
mandado de prisão é contra ele ou contra terceiro que se encontra em 
sua casa) o cumprimento só pode se dar durante o dia. 
Obs: Nesse caso, o executor, após receber a negativa, convocará 
duas testemunhas e entrará à força, ainda que tenha de arrombar as 
portas (durante o dia). 
Obs: Por outro lado, se o fato ocorrer durante a noite, o mandado 
não poderá ser cumprido sem a autorização do morador. Nesse caso, o 
art. 293, caput, do Código de Processo Penal diz que o executor fará 
guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que 
amanhecer, arrombará as portas, na presença das duas testemunhas, e 
efetuará a prisão. 
■ USO DE ALGEMAS 
- Súmula Vinculante 11 enuncia: “Só é lícito o uso de algemas em 
caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade 
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar 
civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do 
ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do 
Estado”. 
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