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TUTOR: ROBERTO JR Legislação e Normas Técnicas em Segurança do Trabalho Cronograma 18/03 Primeiro Encontro - Leg i s l a ção e Nor mas Técn i ca s em Segu r ança do Tr aba l ho Início do Agendamento da Avaliação Objetiva Realizada no Polo 01/04 Terceiro Encontro - Leg i s l a ção e Nor mas Técn i ca s em Segu r ança do Tr aba l ho Avaliação II - (Responder CPA 02) Avaliação Final (Discursiva) 08/04 Quarto Encontro - Leg i s l a ção e Nor mas Técn i ca s em Segu r ança do Tr aba l ho Início Realização da Avaliação Final (Objetiva) Realizada no Polo 25/03 Segundo Encontro - Leg i s l ação e Nor mas Técn i ca s em Segur ança do Tr aba l ho Avaliação I L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : UNIDADE 1 L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : A atual Constituição foi promulgada em 5 de outubro de 1988. São 250 artigos, subdivididos em diversos incisos, alíneas e parágrafos, o que confere ao seu texto um caráter excessivamente analítico. Nossa constituição está entre as maiores do mundo em extensão. Todas as normas da Constituição são dotadas de supremacia na ordem jurídica. Enquanto as demais normas do ordenamento jurídico devem estar submetidas ao Texto Constitucional, as próprias normas constitucionais não se submetem a qualquer parâmetro normativo. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : As normas constitucionais não podem ser modificadas por uma lei comum ou ordinária, mas apenas por uma emenda à Constituição normalmente demandante de um processo de elaboração mais dificultoso do que o previsto para as leis em geral. Emendas à Constituição são reparos, modificações, acréscimos, substituições ao texto constitucional. Atualmente, a nossa Constituição dispõe que a proposta de emenda deverá ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), em dois turnos, considerando-se aprovada aquela que obtiver, em ambas, três quintos dos votos dos respectivos membros (art. 60, § 2º). L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : CLT – CONSOLIDAÇÕES DAS LEIS TRABALHISTAS Elaborada por uma comissão presidida pelo então Ministro do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT – foi instituída pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas. Relativamente às questões das normas de Segurança e de Medicina do Trabalho estudo, a CLT estipula as normas de proteção ao trabalhador, consoante se vê em seu capítulo V, do Título II, intitulado "DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO", onde o Legislador dispõe 48 artigos (154 a 201), organizados da seguinte forma: L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Seção I- Disposições Gerais (Arts. 154 a 159). Seção II- Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição (Art. 160 e 161). Seção III- Dos Órgãos de Segurança e de Medicina do Trabalho nas Empresas (Art. 162 a 165). Seção IV- Do Equipamento de Proteção Individual (Art. 166 e 167). Seção V- Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho (Art. 168 e 169). Seção VI- Das Edificações (Art. 170 a 174). Seção VII- Da Iluminação (Art. 175). Seção VIII- Do Conforto Térmico (Art. 176 a 178). Seção IX- Das Instalações Elétricas (Art. 179 a 181). Seção X- Da Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais (Art. 182 e 183). Seção XI- Das Máquinas e Equipamentos (Art. 184 a 186). Seção XII- Das Caldeiras, Fornos e Recipientes sob Pressão (Art. 187 e 188). Seção XIII- Das Atividades Insalubres ou Perigosas (Art. 189 a 197). Seção XIV- Da Prevenção da Fadiga (Art. 198 e 199). Seção XV- Das outras Medidas Especiais de Proteção (Art. 200). Seção XVI- Das Penalidades (Art. 201) - os artigos 202 a 223 foram revogados. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : O texto do artigo 154 deixa claro que as empresas não só devem cumprir o que reza este Capítulo, mas, também, as disposições sobre a mesma matéria. Portanto, faz-se necessário explicitar que junto à CLT outras normas assumem relevo no contexto em exame. Assim, em cumprimento ao art. 200 e aos demais artigos do capítulo V, do Título II da CLT, o Ministério do Trabalho e Emprego expediu a Portaria n° 3.214, 8 de junho de 1978 e diversas portarias posteriores aprovando as Normas Regulamentadoras (com seus acréscimos, supressões e modificações), hoje em número de 37 (38), que são: L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : A elaboração e a revisão das normas regulamentadoras são realizadas adotando o sistema tripartite composta por: representantes do Governo Federal, representantes dos empregadores e representantes dos trabalhadores Em seguida as Normas Regulamentadoras são postas em consulta pública, envolvendo tanto a população no geral como os interessados. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : NORMA REGULAMENTADORA 01 - Disposições Gerais A Norma Regulamentadora nº 1, como o próprio título informa, refere-se às normas gerais de segurança e medicina do trabalho que devem ser observadas pelas empresas. Na referida NR está disposto, já em seu artigo 1º, que “são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT”. NORMA REGULAMENTADORA 02 - Inspeção Prévia L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : NORMA REGULAMENTADORA 03 - Embargo ou Interdição NORMA REGULAMENTADORA 04 - Serviços Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho NORMA REGULAMENTADORA 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes NORMA REGULAMENTADORA 06 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI NORMA REGULAMENTADORA 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional NORMA REGULAMENTADORA 08 - Edificações NORMA REGULAMENTADORA 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : NORMA REGULAMENTADORA 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NORMA REGULAMENTADORA 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NORMA REGULAMENTADORA 12 - Máquinas e Equipamentos NORMA REGULAMENTADORA 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão NORMA REGULAMENTADORA 14 - Fornos NORMA REGULAMENTADORA 15 - Atividades e Operações Insalubres NORMA REGULAMENTADORA 16 - Atividades e Operações Perigosas NORMA REGULAMENTADORA 17 - Ergonomia L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : NORMA REGULAMENTADORA 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NORMA REGULAMENTADORA 19 – Explosivos NORMA REGULAMENTADORA 20 - Líquidos Combustíveise Inflamáveis NORMA REGULAMENTADORA 21 - Trabalho a Céu Aberto NORMA REGULAMENTADORA 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração. NORMA REGULAMENTADORA 23 - Proteção Contra Incêndios NORMA REGULAMENTADORA 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NORMA REGULAMENTADORA 25 - Resíduos Industriais L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : NORMA REGULAMENTADORA 26 - Sinalização de Segurança NORMA REGULAMENTADORA 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB (Revogada pela Portaria GM nº 262/2008) NORMA REGULAMENTADORA 28 - Fiscalização e Penalidades NORMA REGULAMENTADORA 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NORMA REGULAMENTADORA 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NORMA REGULAMENTADORA 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : NORMA REGULAMENTADORA 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura NORMA REGULAMENTADORA 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde NORMA REGULAMENTADORA 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados NORMA REGULAMENTADORA 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval NORMA REGULAMENTADORA 35 - Trabalho em Altura NORMA REGULAMENTADORA 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados NORMA REGULAMENTADORA 37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : UNIDADE 2 L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Conforme já visto, torna-se cada vez maior a importância quanto à observância de regras que tratem de segurança e medicina do trabalho, devendo as empresas adotarem medidas a fim de promover e preservar um ambiente laboral sadio e livre de acidentes. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO PROFISSIONAL EM SEGURANÇA DO TRABALHO Assim, para que seja possível a implementação de regras de segurança e medicina no meio ambiente de trabalho, de vital importância é a participação dos engenheiros de segurança, técnicos de segurança e, mais recentemente, dos tecnólogos em segurança. O campo de atuação desses profissionais apresenta-se cada vez mais amplo, garantindo, para muitos, uma carreira de sucesso e constante crescimento profissional e pessoal, posto que do seu trabalho decorrem melhorias para as relações laborais, por exemplo, a prevenção de acidentes, garantindo empregos e maior produtividade. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Entre os profissionais, iniciamos traçando considerações sobre o engenheiro de segurança do trabalho. Sua atividade está regulamentada pela Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, a qual dispõe sobre a especialização de engenheiros e arquitetos em engenharia de segurança do trabalho e a profissão do técnico em segurança do trabalho. A especialização em engenheiro do trabalho será concedida a todo “Engenheiro ou Arquiteto, portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, a ser ministrado no País, em nível de pós-graduação L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Entre as incumbências do engenheiro de segurança estão I - Assessora empresas industriais e de outro gênero em assuntos relativos à segurança e higiene do trabalho, examinando locais e condições de trabalho, instalações em geral, métodos e processos de fabricação adotados, para determinar as necessidades dessas empresas no campo da prevenção de acidentes. II - Inspeciona estabelecimentos fabris, comerciais e de outro gênero, verificando se existem riscos de incêndio, desmoronamentos ou outros perigos, para fornecer indicações quanto às precauções a serem tomadas. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : III - Promove a aplicação de dispositivos especiais de segurança, como equipamentos de proteção individual e de proteção coletiva, determinando aspectos técnicos funcionais e demais características, para prevenir ou diminuir a possibilidade de acidentes. IV - Adapta os recursos técnicos e humanos, estudando a adequação da máquina ao homem e do homem à máquina, para proporcionar maior segurança ao trabalhador. V - Executa campanhas educativas sobre prevenção de acidentes, organizando palestras e divulgações nos meios de comunicação, distribuindo publicações e outro material informativo, para conscientizar os trabalhadores e o público em geral. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : VI - Estuda as ocupações encontradas num estabelecimento fabril, comercial ou de outro gênero, analisando suas características para avaliar a insalubridade ou periculosidade de tarefas ou operações ligadas à execução do trabalho. VII - Realiza estudos sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais, consultando técnicos de diversos campos, bibliografia especializada, visitando fábricas e outros estabelecimentos, para determinar as causas desses acidentes e elaborar recomendações de segurança. O artigo 3º, da Lei 7.410/1985, estabelece que o exercício da atividade dependerá do registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). De acordo com a tabela da Classificação Brasileira de Ocupações A atividade Engenheiro de segurança do trabalho possui descrição sob CBO nº 214915 L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Paralelo ao engenheiro de segurança e técnico de segurança do trabalho, mais recentemente surgiu a figura do tecnólogo de segurança do Trabalho. A referida atividade exige graduação em nível superior (curso de Tecnologia em Segurança do Trabalho), A profissão de tecnólogo, aguarda a aprovação do Projeto de Lei nº 2.245/07, o qual tramita no Congresso Nacional. Independente a isso, a atividade encontra respaldo junto ao Ministério da Educação (MEC), que tem reconhecido os cursos superiores. Exemplo disso é o curso superior de Tecnologia em Segurança do Trabalho da UNIASSELVI, reconhecido pela Portaria Ministerial nº 292, de 07 de julho de 2016, publicado no Diário Oficial da União de 08 de julho de 2016. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Segundo a justificativa apresentada com o Projeto de Lei, Os tecnólogos são profissionais de nível superior que, pela sua formação direcionada, estão aptos à atuação imediata e qualificada em sua modalidade. Através do domínio e aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos, transformam esses conhecimentos em processos, projetos, produtos e serviços. Atuam nas diversas atividades promovendo mudanças e avanços, fundamentando suas decisões no saber tecnológico e na visão multidisciplinar dos problemas que lhes compete solucionar. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Entre suas atribuições estão: I - analisar dados técnicos, desenvolver estudos, orientar e analisar projetos executivos;II - desenvolver projetos, elaborar especificações, instruções, divulgação técnica, orçamentos e planejamentos; III - dirigir, orientar, coordenar, supervisionar e fiscalizar serviços técnicos dentro das suas áreas de competência contempladas no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia do MEC e suas atualizações; IV - desenvolver processos, produtos e serviços para atender às necessidades do projeto e das demandas de mercado; L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : V - realizar vistorias, avaliações e laudos técnicos; VI - executar e responsabilizar-se tecnicamente por serviços e empresas; VII - desempenhar cargos e funções técnicas no serviço público e instituições privadas; VIII - prestar consultoria, assessoria, auditoria e perícias; IX - exercer o ensino, a pesquisa, a análise, a experimentação e o ensaio; X - conduzir equipes de instalação, montagem, operação, reparo e manutenção. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : A atividade igualmente possui descrição junto à Classificação Brasileira de Ocupações, sob CBO nº 2149-35, e a Resolução nº 313 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) dispõe sobre o exercício profissional dos tecnólogos das áreas submetidas à sua abrangência. O tecnólogo de segurança do Trabalho deve ter seu registro junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou junto ao Conselho Regional de Química (CRQ) L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Diferentemente do Engenheiro de Segurança do Trabalho e do Tecnologia em Segurança do Trabalho, o Técnico em Segurança do Trabalho não prescinde de formação em curso de nível superior, mas sim formação de nível médio. Para o exercício da sua atividade profissional, o técnico em segurança do trabalho deve ter seu registro junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e não junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Suas atribuições estão estabelecidas na Portaria nº 3.275, de 21 de setembro de 1989, do Ministério do Trabalho e Emprego, assim descritas: L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : I- informar o empregador, através de parecer técnico, sobre os riscos existentes nos ambientes de trabalho, bem como orientá-lo sobre as medidas de eliminação e neutralização; II- informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade, bem como as medidas de eliminação e neutralização; III- analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de risco de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e a presença de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo sua eliminação ou seu controle; IV- executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os resultados alcançados, adequando-os a estratégias utilizadas de maneira a integrar o processo prevencionista em uma planificação, beneficiando o trabalhador; L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : V- executar programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho nos ambientes de trabalho, com a participação dos trabalhadores, acompanhando e avaliando seus resultados, bem como sugerindo constante atualização dos mesmos estabelecendo procedimentos a serem seguidos; VI- promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, treinamentos e utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com o objetivo de divulgar as normas de segurança e higiene do trabalho, assuntos técnicos, visando evitar acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho; VII- executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, aplicação, reforma, arranjos físicos e de fluxos, com vistas à observância das medidas de segurança e higiene do trabalho, inclusive por terceiros; L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : VIII- encaminhar aos setores e áreas competentes normas, regulamentos, documentação, dados estatísticos, resultados de análises e avaliações, materiais de apoio técnico, educacional e outros de divulgação para conhecimento e autodesenvolvimento do trabalhador; IX- indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, recursos audiovisuais e didáticos e outros materiais considerados indispensáveis, de acordo com a legislação vigente, dentro das qualidades e especificações técnicas recomendadas, avaliando seu desempenho; X- cooperar com as atividades do meio ambiente, orientando quanto ao tratamento e destinação dos resíduos industriais, incentivando e conscientizando o trabalhador da sua importância para a vida; L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : XI- orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas, quanto aos procedimentos de segurança e higiene do trabalho previstos na legislação ou constantes em contratos de prestação de serviço; XII- executar as atividades ligadas à segurança e higiene do trabalho utilizando métodos e técnicas científicas, observando dispositivos legais e institucionais que objetivem a eliminação, controle ou redução permanente dos riscos de acidentes do trabalho e a melhoria das condições do ambiente, para preservar a integridade física e mental dos trabalhadores; L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : XIII- levantar e estudar os dados estatísticos de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho, calcular a frequência e a gravidade destes para ajustes das ações prevencionistas, normas, regulamentos e outros dispositivos de ordem técnica, que permitam a proteção coletiva e individual; XIV- articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos humanos, fornecendo-lhes resultados de levantamento técnico de riscos das áreas e atividades para subsidiar a adoção de medidas de prevenção a nível de pessoal; XV- informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubres, perigosas e penosas existentes na empresa, seus riscos específicos, bem como as medidas e alternativas de eliminação ou neutralização dos mesmos; L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : XVI- avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico que subsidie o planejamento e a organização do trabalho de forma segura para o trabalhador; XVII- articular-se a colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho. XVIII- participar de seminários, treinamento, congressos e cursos visando o intercâmbio e o aperfeiçoamento profissional. UNIDADE 3 L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : CERTIFICAÇÕES Certificar algo significa lhe dar valor, importância, respeitabilidade e confiança. Por certificação entenda-se o procedimento utilizado para estabelecer se determinado produto é de procedência, se preenche os requisitos necessários para ser considerado válido. No Brasil,essas regras de certificação são estabelecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, o INMETRO, sendo este uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : A certificação, por sua vez, pode ser voluntária, quando a empresa define se deve ou não certificar seu produto, ou compulsória, que ocorre quando um regulamento impõe a necessidade de certificação para produção e comercialização do seu produto. Vale destacar, por oportuno, que o INMETRO não garante que o produto avaliado efetivamente tenha qualidade garantida, pelo contrário, o órgão se limita em certificar que determinado produto preencheu as condições necessárias para sua certificação, gerando uma presunção de qualidade. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : ISO - INTERNACIONAL ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION De relevante importância no campo da certificação de produtos e serviços, o International Standart Organization (Organização Internacional de Normatização), ou simplesmente ISO, teve início em 1946 em Londres (Inglaterra). No Brasil, sua única e exclusiva representante é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), criada em 1940, com sede no Rio de Janeiro (RJ). Com efeito, a ABNT é membro fundador da ISO e se caracteriza por ser o órgão de normatização técnica responsável por fornecer a base necessária para o desenvolvimento tecnológico em nosso território. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Atualmente, a ISO 9000 é aplicada em mais de 170 países, contando com mais de um milhão de empresas certificadas. Como dito, essa garantia de qualidade focada no gerenciamento e gestão de qualidade implica em segurança para o cliente, proporcionando maior satisfação. Outra importante certificação, desta vez no campo da gestão ambiental, é a ISO 14000. As regras da série ISO 14000 foram editadas visando à garantia da qualidade ambiental e capacitar a empresa a implantar e desenvolver uma política que respeite a legislação e permita preservar o meio ambiente. A série ISO 14000, portanto, estabelece regras de gestão ambiental que avaliam as consequências ambientais da atividade realizada, seja no segmento da indústria ou de serviços, atenta às necessidades da sociedade. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Após implementada, possibilitará uma redução de custos em despesas com prevenção ao meio ambiente A preocupação ambiental é cada vez mais constante nos dias atuais e a ISO 14001 – que tem por objetivo oferecer credibilidade aos esforços da empresa quanto às questões ambientais, seja através da alocação de recursos, definição de responsabilidades, avaliações em suas práticas produtivas e comerciais, além da utilização de procedimentos e processos sustentáveis. A certificação ISO 14000 visa à excelência na gestão ambiental, permitindo a abertura de novos mercados, o equilíbrio entre a produção e prestação de serviços com a redução dos impactos ao meio ambiente, proporcionando redução de custos, melhor geração e administração de resíduos, o desenvolvimento de uma consciência ambiental e satisfação dos consumidores. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : ISO RELACIONADOS À SEGURANÇA No campo voltado para a segurança do trabalho, é de vital importância citar a ISO 45001, voltada para o sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho. Referida certificação surge para substituir a atual norma de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional OHSAS 18001. A ISO 45000 surge como compromisso que promove a gestão da saúde e segurança no trabalho, permitindo competitividade e segurança nas relações. Com efeito, deverá integrar esse importante campo ao sistema de gestão global das empresas, conferindo maior responsabilidade aos administradores e gestores das mais diversas organizações. A empresa terá um prazo de três anos para se adequar às novas regras, razão pela qual a OHSAS continuará valendo. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : OHSAS A sigla OHSAS significa Occupation Health ans Safety Assessments Series, tendo sido publicada pela British Standards Institution (BSI). Está voltada para a proteção dos trabalhadores a fim de que a empresa possua um ambiente de trabalho seguro e saudável, tratando-se, portanto, de uma norma do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO). A OHSAS importante para o estudo ora posto é a de número 18001, cuja certificação está baseada nos riscos que a atividade de determinada empresa pode trazer à saúde dos empregados, devendo o SGSSO abranger todas as atividades realizadas. L e g i s l a ç ã o e N o r m a s T é c n i c a s e m S e g u r a n ç a d o T r a b a l h o T U T O R E X T E R N O R o b e r t o J r : Merecem destaque também a ISO 28000 e a ISO 31000. A ISO 28000 trata da gestão de segurança das cadeias de fornecimento para identificação de riscos de segurança, preservando a integridade das mercadorias transportadas, protegendo os trabalhadores de acidentes. Já a ISO 31000 fornece regras para a gestão de riscos, fornecendo princípios e orientações diretivas para melhor análise e identificação dos riscos.