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Elisa Kaori Harger Sakiyama COMPARAÇÃO ENTRE AS CARGAS ADMISSÍVEIS OBTIDAS POR MÉTODOS SEMIEMPÍRICOS E ENSAIO DE CARREGAMENTO DINÂMICO EM ESTACAS DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA MONITORADA Universidade Federal de Viçosa Curso de Graduação em Engenharia Civil Viçosa-MG 2014 20 14 /II C O M P A R A Ç Ã O E N T R E A S C A R G A S A D M IS S ÍV E IS O B T ID A S P O R M É T O D O S S E M IE M P ÍR IC O S ... 1 18 Elisa Kaori Harger Sakiyama COMPARAÇÃO ENTRE AS CARGAS ADMISSÍVEIS OBTIDAS POR MÉTODOS SEMIEMPÍRICOS E ENSAIO DE CARREGAMENTO DINÂMICO EM ESTACAS DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA MONITORADA Trabalho Final de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências da conclusão do curso de graduação em Engenharia Civil. Orientador: Paulo Sérgio de Almeida Barbosa – 6354-1 Universidade Federal de Viçosa Curso de Graduação em Engenharia Civil Viçosa-MG 2014 Elisa Kaori Harger Sakiyama COMPARAÇÃO ENTRE AS CARGAS ADMISSÍVEIS OBTIDAS POR MÉTODOS SEMIEMPÍRICOS E ENSAIO DE CARREGAMENTO DINÂMICO EM ESTACAS DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA MONITORADA Trabalho Final de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências da conclusão do curso de graduação em Engenharia Civil. Orientador: Paulo Sérgio de Almeida Barbosa – 6354-1 Aprovada em: 12 de dezembro de 2014. Enivaldo Minette, Membro da Banca Examinadora. Carlos Augusto Malachias Filho, Membro da Banca Examinadora. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo, Membro da Banca Examinadora. Paulo Sérgio de Almeida Barbosa, Orientador. ii AGRADECIMENTOS À minha família, ao Ulisses e à Adriana, pelo apoio e carinho. Ao Prof. Paulo Sérgio de Almeida Barbosa, pela excelente orientação e amizade. Aos engenheiros Carlos Augusto Malachias Filho e Sérgio Paulino Mourthé de Araujo e Prof. Enivaldo Minette, por todo material e tempo cedidos, além de compartilharem sua experiência. Ao Prof. Renê Chagas da Silva, pelas informações de grande utilidade. À UFV, pela oportunidade. iii RESUMO Para a verificação do desempenho do estaqueamento, o ensaio de carregamento dinâmico apresenta uma grande vantagem em relação às provas de carga estática quanto ao custo. Uma consequência do custo reduzido é a possibilidade de ensaiar mais estacas, aumentando a representatividade do programa de ensaios. Além disso, é um ótimo procedimento de avaliação da integridade das estacas. Este ensaio, apesar de ter sido desenvolvido para estacas cravadas, pode ser empregado também em estacas moldadas "in loco", como a estaca em hélice contínua monitorada. A fundação profunda em estaca tipo hélice contínua monitorada tem conquistado o mercado de fundações por diversas vantagens que apresenta: pode ser executada em grande gama de solos, com elevada produtividade, alta velocidade de execução e baixo nível de ruído e vibrações na vizinhança. Este trabalho analisa criticamente um estudo de caso em Divinópolis, MG, em que se propõe calcular a capacidade de carga de algumas estacas hélice contínua monitorada por diversos métodos semiempíricos e, posteriormente, confronta as cargas admissíveis previstas pelos métodos com valores experimentais obtidos em ensaios dinâmicos. Os resultados reiteram a competitividade do ensaio de carregamento dinâmico. Quanto aos métodos semiempíricos usados para a avaliação da carga admissível, os resultados desse trabalho não podem por si só determinar a eficiência ou ineficiência dos métodos testados para a avaliação da carga admissível de estacas hélice contínua monitorada. No entanto, podem ser tomados como referência para a região ou o tipo de solo. Palavras-chave: Fundação por estacas. Estaca em hélice contínua monitorada. Ensaio de carregamento dinâmico. Métodos semiempíricos. iv ABSTRACT The axial load capacity of a foundation element is an important parameter during its design. The fact that it is not easy to adjust a physical and mathematical model for the failure in pile foundations justifies the preference for semi-empirical methods over theoretical methods for computing the pile load capacity. However, it is important to apply these semi-empirical methods only to foundations that are comparable to those on which they were developed. For known Brazilian semi-empirical methods correlate the pile load capacity with SPT results: Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1978), Antunes-Cabral (1996), e Pedro Paulo Velloso (1979). For the verification of piling performance, dynamic testing is far more appealing cost-wise than static testing. This allows for a greater number of piles to be tested, which improves the representativity of testing data. Moreover, dynamic testing is also an excellent means of acessing pile integrity. Dynamic testing was originally developed for driven piles, but can also be used for cast in situ piles, such as monitored continuous flight auger piles. The deep foundation in continuous flight auger piles has conquered the foundation market due to its several advantages: it can be performed in a wide range of soils with high productivity, high execution speed and low noise and vibration. This work critically examines a case study in Divinópolis, MG, and calculates the load capacity of some monitored continuous flight auger piles by several semi-empirical methods to later confront the allowable loads provided by the methods with experimental values obtained with dynamic testing. The results confirm the competitiveness of dynamic testing. As for the semi- empirical methods used to evaluate the allowable loads, the results of this study cannot by themselves determine the efficiency or inefficiency of the tested methods for assessing the allowable loads for monitored continuous flight auger piles. However, they may be taken as a reference for the region or soil type. Keywords: Piling foundation. Monitored continuous flight auger piles. Dynamic testing. Semi-empirical methods. v ÍNDICE 1 Introdução ................................................................................................................. 1 2 Objetivos ................................................................................................................... 3 2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 3 2.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 3 3 Revisão de literatura ................................................................................................. 4 3.1 Definições e funções de uma fundação .............................................................. 4 3.2 O engenheiro de fundações ................................................................................ 4 3.2.1 Incertezas .................................................................................................... 5 3.2.2 Racionalismo e empirismo ......................................................................... 6 3.3 Investigação do subsolo ..................................................................................... 6 3.3.1 SPT – “Standard Penetration Test” ............................................................ 7 3.4 Tipos de fundação .............................................................................................. 8 3.5 Classificação das estacas..................................................................................11 3.6 Estacas hélice contínua monitorada ................................................................. 12 3.6.1 Execução ................................................................................................... 13 3.6.2 Controle de execução ............................................................................... 15 3.7 Capacidade de carga de elementos de fundação por estaca ............................. 16 3.7.1 . Método Aoki-Velloso (1975) ................................................................. 19 3.7.2 Método Décourt-Quaresma (1978) ........................................................... 22 3.7.3 Método Antunes-Cabral (1996) ................................................................ 24 3.7.4 Método Pedro Paulo Velloso (1979) ........................................................ 24 3.8 Carga admissível de uma estaca ...................................................................... 27 3.8.1 Quando a capacidade de carga é calculada por método semiempírico ..... 27 3.8.2 Quando a capacidade de carga é calculada por método estático .............. 27 vi 3.8.3 Quando a capacidade é aferida por interpretação de prova de carga ........ 27 3.9 Desempenho de fundações ............................................................................... 27 3.10 Prova de carga estática ................................................................................. 29 3.11 Ensaio de carregamento dinâmico ............................................................... 30 3.11.1 Teoria da equação de onda ....................................................................... 31 3.11.2 Método numérico de Smith ...................................................................... 32 3.11.3 Equipamento e instrumentação ................................................................. 35 3.11.4 Interpretação dos resultados ..................................................................... 37 3.11.5 Método CASE .......................................................................................... 39 3.11.6 CAPWAP ................................................................................................. 41 3.11.7 Controle de integridade da estaca ............................................................. 43 3.12 Interpretação de provas de carga .................................................................. 45 3.12.1 . Modos de ruptura .................................................................................... 45 3.12.2 Critérios de ruptura física ......................................................................... 46 3.12.3 . Critérios de ruptura convencional........................................................... 48 4 Metodologia ............................................................................................................ 50 4.1 Levantamento de dados.................................................................................... 50 4.2 Interpretação das curvas carga x deslocamento ............................................... 50 4.3 Métodos semiempíricos ................................................................................... 51 4.4 Cálculo dos fatores de segurança dos métodos ................................................ 54 5 Resultados e discussões .......................................................................................... 55 5.1 Estaca E02A ..................................................................................................... 56 5.2 Estaca E16A ..................................................................................................... 58 5.3 Estaca E95B ..................................................................................................... 60 5.4 Estaca E104A ................................................................................................... 62 5.5 Estaca E29B ..................................................................................................... 64 5.6 Estaca E91 ........................................................................................................ 66 vii 5.7 Estaca E36A ..................................................................................................... 68 5.8 Estaca E46/47C ................................................................................................ 71 5.9 Estaca E96/97C ................................................................................................ 73 5.10 Dispersões dos métodos semiempíricos ....................................................... 75 5.11 Fatores de segurança .................................................................................... 77 6 Conclusões .............................................................................................................. 81 Referências ............................................................................................................. 83 ANEXO A - Planta do projeto de fundação ........................................................... 85 ANEXO B - Relatório de sondagens ...................................................................... 87 ANEXO C - Relatório dos ensaios de carregamento dinâmico ............................. 103 ANEXO D - Relatório da prova de carga estática ................................................. 194 1 1 Introdução As fundações profundas são empregadas quando se trabalha com estruturas mais robustas e as camadas adjacentes à superfície não são capazes de receber toda a tensão gerada pelo carregamento aplicado. Em camadas mais profundas são encontradas maiores resistências e a transferência das tensões ocorre por atrito lateral do solo com o elemento estrutural e pelo efeito de ponta. A fundação profunda em estaca tipo hélice contínua monitorada tem conquistado o mercado de fundações por diversas vantagens que apresenta: pode ser executada em grande gama de solos, com elevada produtividade, alta velocidade de execução e baixo nível de ruído e vibrações na vizinhança. É difícil ajustar um bom modelo físico e matemático à questão da ruptura em estacas. Isso justifica a pouca utilização de métodos teóricos em projetos, sendo preteridos em prol dos métodos semiempíricos. Quatro métodos semiempíricos brasileiros baseados em/correlacionados com ensaios SPT muito utilizados são: Aoki- Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1978), Antunes-Cabral (1996), e Pedro Paulo Velloso (1979). Para a verificação do desempenho de fundações por estacas podem ser empregadas provas de carga estática e ensaios de carregamento dinâmico. Segundo Cintra et al (2013), há ainda certa relutância no meio técnico brasileiro na aceitação do ensaio de carregamento dinâmico porque o carregamento que as estacas geralmente sofrem em sua vida útil é estático. Para contrapor esse argumento, os autores lembram a enorme tradição brasileira em projetar fundações com base no SPT – um ensaio dinâmico. Além do mais, o importante é sempre a parcela de resistência estática que se deduz da resistência total da prova de carga dinâmica. A relutância mencionada pode ser apenas uma postura conservadora, mediante um ensaio que emprega tecnologia mais sofisticada e exige análise e interpretação especializada dos resultados. Portanto, é interessante que seja divulgado todo e qualquer resultado. Além de ser um ótimo mecanismo de avaliação da integridade das estacas, o ensaio de carregamento dinâmico apresenta uma grande vantagem em relação às provas de carga estática quanto ao custo. Uma consequência do custo reduzido é a 2 possibilidade de ensaiar mais estacas, aumentando a representatividade do programa de ensaios. Este trabalho analisa criticamente umestudo de caso, em que se propõe calcular a capacidade de carga de algumas estacas hélice contínua monitorada por diversos métodos semiempíricos e, posteriormente, confronta as cargas admissíveis previstas pelos métodos com valores experimentais obtidos em ensaios dinâmicos. 3 2 Objetivos 2.1 Objetivo Geral O objetivo geral desse trabalho é comparar as cargas admissíveis obtidas por métodos de cálculo estáticos semiempíricos com resultados de ensaio de carregamento dinâmico em estacas do tipo hélice contínua em obra de Divinópolis e analisar criticamente o projeto dessa obra. 2.2 Objetivos específicos Emprego de quatro métodos semiempíricos brasileiros baseados no ensaio SPT para determinar a carga admissível de cada estaca já executada, ou seja, com comprimento já definido. Os métodos são: Método de Aoki-Velloso (1975) Método de Décourt-Quaresma (1978) Método de Antunes-Cabral (1996) Método de P.P. Velloso (1979) Interpretação dos resultados de ensaios de carregamento dinâmico realizados nas estacas e comparação com as cargas admissíveis obtidas pelos métodos semiempíricos; Comparação entre um resultado de ensaio de carregamento dinâmico e uma prova de carga estática realizada em estaca próxima e de mesmo diâmetro. 4 3 Revisão de literatura 3.1 Definições e funções de uma fundação Uma fundação é o conjunto de elementos estruturais destinados a transmitir ao solo as cargas da edificação sem provocar ruptura dos mesmos e não apresentar deformações excessivas ou diferenciais. Analisa-se a possibilidade de utilizar um dos vários tipos de fundação possíveis, em ordem crescente de complexidade e custos. Fundações bem projetadas correspondem de 3% a 10% do custo total do edifício, porém, se forem mal concebidas e mal projetadas, podem atingir 5 a 10 vezes o custo da fundação mais apropriada para o caso.1 3.2 O engenheiro de fundações A engenharia de fundações não se encaixa perfeitamente em nenhuma das subdisciplinas tradicionais da engenharia civil. Ela deve ser multidisciplinar e possuir um conhecimento prático de cada uma das seguintes áreas: Engenharia das estruturas – A fundação é um elemento estrutural que deve ser capaz de transmitir as cargas aplicadas, então é necessário dominar os princípios e as práticas da engenharia das estruturas. Além disso, a fundação suporta uma estrutura e, por isso, é fundamental o entendimento das causas e naturezas das ações estruturais, assim como a tolerância da estrutura aos movimentos da fundação. Engenharia geotécnica – Todos os elementos de fundação interagem com o terreno. Por isso, o projeto deve refletir as propriedades e o comportamento do solo ou rocha adjacente. Portanto, o engenheiro de fundações deve entender a engenharia geotécnica. Muitos engenheiros de fundações também se consideram engenheiros geotécnicos. 1 ARAUJO, S. P. M. Notas de aula – Fundações – Pós graduação PUC. Belo Horizonte, 2014. Não publicado. 5 Engenharia de construção – Finalmente, as fundações precisam ser construídas. Embora a construção em si seja feita por empreiteiros e engenheiros de construção, é muito importante que o engenheiro projetista tenha amplo conhecimento dos métodos e equipamentos de construção para desenvolver um projeto que possa ser construído economicamente. O conhecimento da engenharia de construção também se mostra necessário ao se lidar com problemas que surgem durante a construção. 3.2.1 Incertezas Apesar dos muitos avanços na teoria da engenharia de fundações, ainda há muitas lacunas (gaps) no nosso entendimento. Em geral, as maiores incertezas são devidas ao nosso conhecimento limitado das condições do solo. Embora engenheiros de fundação usem várias técnicas de teste e investigação em uma tentativa de definir as condições do solo abaixo do local proposto para a fundação, até o programa de investigação mais minucioso se depara com uma pequena porção do substrato e baseia-se fortemente em interpolações e extrapolações. Limitações no entendimento da interação entre o elemento de fundação e o solo também introduz incertezas. Questões como o desenvolver da resistência por atrito lateral ao longo da superfície de uma estaca e o efeito que a instalação de uma estaca acarreta nas propriedades de engenharia dos solos adjacentes são assuntos de pesquisa até hoje. (CODUTO, 2001) Também é difícil prever as cargas de serviço que de fato atuarão solicitarão em uma fundação, especialmente as cargas vivas. Em decorrência dessas e de outras incertezas, o engenheiro mais sábio não segue cegamente os resultados de testes e análises. Estes testes e análises devem ser temperados com precedentes, senso comum e prática de engenharia. É perigoso encarar a engenharia de fundações como uma compilação de fórmulas e gráficos a serem seguidos usando uma receita de projeto. É essencial o entendimento do comportamento dos sistemas de fundações e as bases e limitações dos métodos de análise. 6 3.2.2 Racionalismo e empirismo Como não se compreende totalmente o comportamento das fundações, a maioria das análises e métodos de projetos incluem uma mistura de técnicas racionais e empíricas. Um dos requisitos para o sucesso em engenharia de fundações é a compreensão dessa mistura de racionalismo e empirismo, os pontos fortes e fracos de ambos, e como os aplicar aos problemas práticos de projeto. 3.3 Investigação do subsolo Diferentemente do concreto e do aço, que são materiais artificiais fabricados com controle para atender às características especificadas pela construção civil, o solo é um material natural e, portanto, muito variável quanto à composição e ao comportamento sob carga. Ao examinar uma vertical traçada a partir da superfície do terreno ou comparar duas verticais relativamente próximas, é possível detectar a variabilidade do maciço de solos em termos de tipo de solo, consistência, compacidade, características de resistência e deformabilidade, evidenciando uma heterogeneidade tridimensional. Por isso, em cada projeto de fundações deve-se proceder previamente a uma análise do maciço de solos, a chamada investigação geotécnica, com o objetivo de descobrir, caso a caso, as condições que a natureza oferece. O ensaio de penetração SPT (Standard Penetration Test), originário dos EUA, é o mais difundido método de prospecção geotécnica no Brasil e é comumente designado de sondagem à percussão. Com as amostras obtidas a cada metro, o SPT fornece o perfil do subsolo, muito útil para o projeto de fundações. Além disso, o número de golpes (NSPT) necessário para conseguir a cravação do amostrador representa uma medida indireta da resistência do solo. A programação de sondagens deve satisfazer a exigências mínimas que garantam o reconhecimento das condições do subsolo. A Norma Brasileira NBR 8036: 1983 regulamenta tais exigências, apresentando recomendações quanto ao número, localização e profundidade de sondagens de simples reconhecimento. As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200 m de área da projeção em planta do edifício, até 1200 m de área. Entre 1200 m e 2400 m deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m que excederem de 1200 m. Acima de 2400 m o número de sondagens deve 7 ser fixado de acordo com o plano particular da construção. Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser: dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m2; três para área entre 200 m2 e 400 m2. De acordo com Pinto (2006), alguns projetos justificam a execução de ensaios ao longo da profundidade, como a cravação contínua de um cone, medindo-se a resistência à cravação, CPT (Cone Penetration Test), ou a resistênciaà torção de uma palheta em argilas moles (Vane Test). Os índices obtidos nesses procedimentos são de qualidade superior ao SPT, mas não permitem a amostragem do solo. Sua utilização é, portanto, complementar. Para a obra em estudo, o ensaio utilizado para a investigação geotécnica foi o SPT, melhor descrito no item 3.3.1. 3.3.1 SPT – “Standard Penetration Test” O SPT é reconhecidamente a mais popular, rotineira e econômica ferramenta de investigação em muitos países. Constitui-se em uma medida de resistência dinâmica conjugada a uma sondagem de simples reconhecimento. No nosso país, O SPT deve seguir as recomendações da Norma Brasileira NBR 6484:2001. A perfuração é realizada por tradagem e circulação de água utilizando-se um trépano de lavagem como ferramenta de escavação. Amostras representativas do solo são coletadas a cada metro de profundidade por meio de amostrados-padrão, de diâmetro externo de 50,8 mm ± 2 mm e diâmetro interno de 39,4 mm ± 2 mm. O procedimento de ensaio consiste na cravação deste amostrador no fundo de uma escavação, usando um peso de 65,0 kg, caindo de uma altura de 750 mm. O valor de NSPT (índice de resistência à penetração) é o número de golpes necessário para fazer o amostrador penetrar 300 mm, após uma cravação inicial de 150 mm. No Brasil, algumas empresas executoras de sondagem realizam uma medida adicional após a cravação do amostrador (antes da sua retirada) em cada metro da sondagem: o torque necessário à rotação do amostrador. Esse tipo de sondagem é designado como SPT-T. Trata-se de uma invenção brasileira, de autoria de Ranzini, em 1988. (CINTRA et al, 2013) As vantagens deste ensaio com relação aos demais são: simplicidade do equipamento, baixo custo e obtenção de um valor numérico que pode ser relacionado com regras empíricas de projeto. Apesar das críticas válidas que são continuamente 8 feitas à diversidade de procedimentos utilizados para a execução do ensaio e à pouca racionalidade de alguns dos métodos de uso e interpretação, este é ainda o processo dominante na prática da Engenharia de Fundações. Métodos rotineiros de projeto de fundações diretas e profundas usam sistematicamente os resultados de SPT, principalmente no Brasil. (SCHNAID, 2000) Cintra et al (2013) entendem que a sondagem seve ser modernizada para acompanhar os desenvolvimentos de outros ensaios. Eles incentivam, por exemplo, a tendência de substituir nosso sistema manual pelo mecanizado, com a devida previsão em norma. Finalmente, Pinto (2006) alerta que o projetista deve prestar uma atenção especial à qualidade das sondagens, já que, por esse procedimento de sondagem à percussão ser realizado em campo sem supervisão permanente do engenheiro e depender de vários detalhes de operação, como a livre queda do martelo, a folga do tubo de revestimento no fundo ou a limpeza prévia do furo, os resultados podem apresentar discrepâncias muito acentuadas. 3.4 Tipos de fundação As fundações são convencionalmente separadas em dois grandes grupos: fundações superficiais (ou "diretas" ou rasas); fundações profundas. A distinção entre estes dois tipos é feita segundo o critério (arbitrário) de que uma fundação profunda é aquela cujo mecanismo de ruptura de base não surge na superfície do terreno. Como os mecanismos de ruptura de base atingem, acima dela, tipicamente duas vezes sua menor dimensão, a norma NBR 6122 determinou que fundações profundas são aquelas cujas bases estão implantadas a uma profundidade superior a duas vezes sua menor dimensão (Figura 1), e a pelo menos 3 m de profundidade. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e os tubulões. bloco te ne sapa qu di sapa pi fu sapa radie es F Quanto ao o - element ensões de ecessidade d ata - elemen ue as tensõe isposta para ata corrida ilares em um undação); ata associad er - elemen strutura. Figura 1- Fund os tipos de fu to de funda tração nel de armadura nto de funda es de tração a este fim (p a - sapata s m mesmo a da - sapata q nto de funda Figur dação superfici fundações su ação de con le resultant a; ação superf nele resulta por isso as s sujeita à aç alinhamento que recebe m ação superf ra 2- Principai 9 ial e profunda uperficiais, ncreto simp tes possam ficial de con antes sejam apatas têm ção de uma o (às vezes mais de um ficial que re is tipos de fund (VELLOSO E há (Figura ples, dimen m ser resis ncreto arma m resistidas p menor altur a carga dis s chamada d m pilar; ecebe parte dações superfi E LOPES, 2010 2): sionado de stidas pelo ado, dimens por armadur ra que os bl tribuída lin de baldram ou todos o ciais.2 0). maneira q concreto, sionado de m ra especialm ocos); nearmente o me ou de vig s pilares de que as sem modo mente ou de ga de e uma pela uma tubu fase estac execu de m 2 A fundaçã base (resist combinação ulão - eleme final de exe ca - element ução esta qu A NBR 6 madeira, de 2 ARAUJO Horizonte ão profunda tência de p o das duas. ento de fund ecução, requ to de funda ue pode ser 122:2010 re concreto pr , S. P. M. N , 2014. Não a é o eleme onta), por s Neste tipo dação profu uer a descid ção profund por cravaçã Figura 3 – Figura 4 – Fun econhece a ré-moldado Notas de au o publicado. 10 nto de fund sua superfíc de fundação nda de form da de operár da executad ão ou escav – Execução de ndação profun execução n e de aço c la – Funda . dação que tr cie lateral ( o incluem-s ma cilíndrica rio ou técnic do por ferram vação, ou ain tubulões.2 nda em estaca.2 no país dos cravadas (po ações – Pós ransmite a resistência se os tubulõ a que, pelo co; mentas ou e nda, mista; 2 s seguintes t or percussão graduação carga ao te de fuste) o es e as estac menos na su equipamento tipos de est o, prensage o PUC. Belo erreno u por cas: ua os, tacas: em ou o 11 vibração), estaca tipo Strauss, tipo Franki, estaca escavada (sem revestimento, com revestimento de aço – provisório ou perdido - e com escavação estabilizada por fluido), estaca raiz, microestaca injetada e estaca hélice. 3.5 Classificação das estacas De acordo com o material, podem ser classificadas em estacas (i) de madeira, (ii) de concreto, (iii) de aço e (iv) mistas. De acordo com o processo executivo, as estacas podem ser separadas segundo o efeito no solo (ou tipo de deslocamento) que provocam ao serem executadas e são classificadas como: – “de deslocamento”, que são as estacas cravadas em geral, uma vez que o solo no espaço que a estaca vai ocupar é deslocado horizontalmente; – “de substituição”, que são as estacas escavadas em geral, uma vez que o solo no local que a estaca vai ocupar é removido, causando algum nível de redução nas tensões horizontais geostáticas. Em alguns processos de estacas escavadas, em que não há praticamente remoção de solo e/ou, na ocasião da concretagem, são tomadas medidas para restabelecer as tensões geostáticas (ao menos parcialmente), estas estacas podem ser classificadas numa categoria intermediária, que são chamadas de "sem deslocamento". A Tabela 1 situa nas categorias acima os principais tipos de estaca executados no Brasil. As estacas hélice continua estão classificadas em duas categorias, uma vez que, dependendo de haver remoção ou não de solo durante sua execução, elas podem se aproximar de uma estaca escavada ou de uma estaca cravada (quando são chamadas de "estacas hélice de deslocamento"). Este trabalho foca nas estacas hélice contínua em geral, ou seja, as classificadas quanto ao tipo de execução como “de substituição”. conc um tr simu estac 1970 princ aceit 2010 comp extre uma 3.6Esta A NBR 6 reto moldad rado helico ultaneament ca. Esse tipo d 0 e foi intro cipais - ba tação. São g 0) Este tipo posto de ch emidade inf tampa que Tabela acas hélic 122:2010 d da in loco, idal contínu e à sua reti de estaca é duzido em aixo nível d geralmente u de estaca hapas em ferior do tra impede a en 1 – Tipos de e ce contínu descreve a e executada m uo. A injeçã rada. A arm utilizada no nosso país de vibraçõ usadas para é feito com espiral que ado é dotad ntrada de so 12 stacas (VELLO ua monito estaca hélice mediante a ão de concr madura é se os Estados no final da es e eleva a cargas até m um trado e se desenv da de garras olo no tubo OSO E LOPES orada e contínua introdução reto pela pró empre coloc Unidos e na a década de ada produtiv 40 tf a 250 o em hélic volvem em s para facili central dura S, 2010). monitorada no terreno ópria haste cada após a a Europa de 1980. Pela vidade - te 0 tf. (VELL e de grand m torno do itar o corte ante a escav a como esta , por rotaçã central do t concretage esde a déca s suas vanta em uma gr LOSO E LO de comprim tubo centr do terreno, vação. aca de ão, de trado, em da ada de agens rande OPES, mento, al. A , e de 13 Os equipamentos mais comuns permitem executar estacas com diâmetros de 30 cm a 100 cm e comprimentos de 15 m até 30 m. O processo executivo em hélice contínua monitorada resulta uma conformação de ponta da estaca em formato de cone. Além disso, como o concreto é injetado à medida que se retira a hélice, muitas vezes verifica-se um concreto misturado com solo na ponta da estaca e um solo solto abaixo da ponta da estaca. Por isso, a resistência de ponta é pequena nesse tipo de estaca e deve ser considerada com cautela. Não devem ser utilizadas em espessas camadas de solos muito compressíveis e com presença de matacões. 3.6.1 Execução Perfuração. A perfuração consiste na introdução da hélice no terreno, por meio de movimento rotacional transmitido por motores hidráulicos acoplados na extremidade superior da hélice, até a cota de projeto sem que a hélice seja retirada da perfuração em nenhum momento (Figura 5). Os equipamentos devem apresentar as características mínimas mencionadas na Tabela 2, obtida do Anexo F da NBR 6122:2010, além de torque compatível com o diâmetro da estaca e a resistência do solo a ser perfurado, para a minimização do desconfinamento durante a perfuração. conti é ret veloc intro conc máxi 3 Tabela Torqu kN m < 80 80 a 1 ≥ 16 Concretag inuamente ( tirada, sem cidade de e duzido no reto deve a imo igual a 3 ARAUJO Horizonte Fi a 2 – Caracterí ue m Arranq kN 0 400 150 400 60 700 gem. Alcan (sem interru m girar, ou extração da furo seja m apresentar a brita 0 (ped , S. P. M. N , 2014. Não igura 5 – Execu ísticas mínima que 0 ᴓ a 0 ᴓ a 0 ᴓ a nçada a pr upções) atra girando le a hélice do mantida pos abatimento drisco). A p Notas de au o publicado. 14 ução de estaca as da mesa rota Dime até 50 cm co até 80 cm co até 120 cm c rofundidade avés do tubo entamente n terreno de itiva (e acim da ordem pressão do c la – Funda . hélice contínu ativa e do guin ensões das e cm om comprime om comprime com comprim e desejada, o central, ao no mesmo eve ser tal ma de um de 22 cm, concreto dev ações – Pós ua.3 cho (NBR 6122 stacas ento até 17,0 ento até 27,0 mento até 30 , o concret o mesmo tem sentido da que a pres valor mínim , fck ≥ 20 M ve garantir q graduação 2:2010) 0 m 0 m 0,0 m to é bomb mpo que a h a perfuraçã são no con mo desejad MPa e agre que ele pree o PUC. Belo beado hélice ão. A ncreto do). O egado encha o 15 todos os vazios deixados pela extração da hélice. A concretagem é levada até um pouco acima da cota de arrasamento da estaca. Armadura. O processo executivo da estaca hélice continua impõe que a colocação da armadura seja feita após o término da concretagem. A "gaiola" de armadura é introduzida na estaca manualmente por operários ou com auxílio de um peso. As estacas submetidas apenas a esforços de compressão levam uma armadura no topo, em geral, com 4 m de comprimento (abaixo da cota de arrasamento). No caso de estacas submetidas a esforços transversais ou de tração, é possível introduzir uma armadura de maior comprimento (armaduras de 12 e até 18 m já foram introduzidas em estacas executadas com concretos especiais). Na extremidade inferior, a gaiola de armadura deve ter as barras ligeiramente curvadas para formar um cone (para facilitar a introdução no concreto), e deve ter espaçadores tipo rolete. O principal problema executivo está na descida da armação e a impossibilidade de controle de arrasamento das estacas, bem como as perdas excessivas de concreto. 3.6.2 Controle de execução A execução dessas estacas deve ser monitorada eletronicamente por meio de computador e sensores instalados na máquina. Como resultados do monitoramento podem ser obtidos os seguintes elementos: – comprimento da estaca; – inclinação; – torque; – velocidade de rotação; – velocidade de penetração do trado; – pressão no concreto; – velocidade de extração do trado; – volume de concreto (apresentado como “perfil da estaca”); – sobreconsumo de concreto (relação entre o percentual de concreto consumido e o volume teórico calculado com base no diâmetro informado). A análise e a interpretação desses dados permitem uma avaliação da estaca executada. A Figura 6 reproduz uma folha de controle. Nos estac ensai r p s Figura 6 – Fo 3.7 Cap métodos "e ca mobiliza ios de labor racionais ou parâmetros semiempíric olha de control pacidade d estáticos" a ando toda a ratório ou in u teóricos, do solo; cos, que se le de execução de carga d capacidade a resistênci n situ. Os m que utiliza baseiam em 16 o de estaca héli de elemen de carga é ia ao cisalh métodos está am soluçõe m ensaios in ce contínua (V ntos de fu calculada p hamento es áticos separa es teóricas n situ de pen VELLOSO E L undação p por fórmula stática do am-se em: de capacid netração (CP LOPES, 2010). por estaca as que estud solo, obtid dade de ca PT e SPT). a dam a da em arga e própr equil onde da es Nos méto rio da esta líbrio é expr e: ultQ = cap W = peso ultpQ , = ca ultlQ , = ca Figura 7 – E De acordo staca é desp dos estático aca (ou tub resso por: pacidade de o próprio da apacidade d apacidade d Estaca submet o com Vello prezado em f os, é imagi bulão) e a ult WQ carga (tota a estaca; de carga da p de carga do f tida à carga de oso e Lopes face das car 17 inado o equ resistência ultpQW , l) da estaca ponta ou ba fuste. e ruptura de co s (2010), na rgas envolv uilíbrio entr oferecida p ultlQ , ; ase; ompressão (VE a maioria da vidas. re a carga a pelo solo ( ELLOSO E LO as situações aplicada, o (Figura 7). OPES, 2010). s, o peso pr peso Esse (1) róprio 18 Para obter a parcela da ponta ( ultpQ , ), multiplica-se a resistência de ponta ( ultpq , ) pela área da seção transversal ( pA ). Já para a parcela de atrito, representemos por U o perímetro do fuste e façamos o somatório das forças resistentes por atrito lateral nos diversos segmentos da estaca. A expressão (1) pode então ser reescrita da seguinte maneira: pultpLultlult AqqUQ ,, )( (2) Observações experimentais de diversospesquisadores revelam que a condição de mobilização do atrito é atingida para baixos valores de recalque da estaca, geralmente entre 5 e 10 mm, independentemente do tipo de estaca e do diâmetro do seu fuste. Ao contrário, a máxima mobilização da resistência de ponta exige recalques bem mais elevados, com valores correspondentes a cerca de 10% do diâmetro da base, para estacas cravadas, e de até 30% do diâmetro da base, para estacas escavadas, diferença esta justificada pelo processo executivo da estaca. (CINTRA et al, 2010) Quanto às fórmulas teóricas de capacidade de carga de elementos de fundação por estacas, há uma diversidade de proposições, decorrente da dificuldade de ajustar um bom modelo físico e matemático à questão da ruptura em fundações profundas. De acordo com Cintra et al (2010), existem diversas tentativas de equacionar o problema, mas que ainda não são eficazes. Isso justifica a pouca utilização dos métodos teóricos em projetos, sendo preteridos em prol dos métodos semiempíricos. A seguir, serão apresentados quatro métodos semiempíricos brasileiros baseados em/correlacionados com ensaios SPT: Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1978), Antunes-Cabral (1996), e Pedro Paulo Velloso (1979). 19 3.7.1 . Método Aoki-Velloso (1975) A capacidade de carga (R) é equivalente à expressão (2), substituindo Qult por R e qult por r: ppLL ArrUR )( (3) Pelo método, as incógnitas geotécnicas Lr e pr são inicialmente correlacionadas com ensaios de penetração estática (CPT), por meio dos valores de resistência de ponta do come ( cq ) e do atrito lateral unitário na luva (fs): 1F q r cp (4) 2F f r sL (5) Onde, 1F e 2F são fatores de correção que levam em conta o efeito da escala, ou seja, a diferença de comportamento entre a estaca (protótipo) e o cone do CPT (modelo) e também a influência do método executivo de cada tipo de estaca (ver Erro! Fonte de referência não encontrada.). Mas como no Brasil o CPT não é tão empregado quanto o SPT, o valor da resistência de ponta cq pode ser substituído por uma correlação com o SPTN : SPTc NKq (6) em que o coeficiente K depende do tipo de solo (ver Tabela 4). Essa substituição possibilita exprimir também o atrito lateral em função de SPTN , com a utilização da razão de atrito , que é função do tipo de solo: c s q f (7) Logo: SPTcs NKqf (8) As ex cota espes com méto intro traba tipos ligeir não e uso d por c admi xpressões (4 Em que N de apoio ssura L , a Velloso e L odo adotaram Velloso e duzidas as alhos de fina s de estacas ramente con encontrada Para regiõ da formulaç correlações Quanto a issível, os a 4) e (5) pod pN e LN sã da ponta d ambos valo Lopes(2010 m um valor Lopes (201 estacas tipo al de curso . Os valore nservativa, a.). Tabe ões ou form ção geral do regionais, q o fator de autores adota dem ser rees ão, respecti da estaca e ores obtidos ), para efeit limite de N 0) também o raiz e não na UFRJ fo s de 1F = 2 das estacas ela 3 – Coeficie mações geoté o método, s que tenham e segurança am igual a 2 20 scritas como 1F NK r pp 2F NK rL ivamente, o o índice d s a partir da to de cálcul SPTN = 50. explica que o se executa oram feitas 2 e 2F =4 c raiz, hélice entes F1 e F2 (C écnicas espe substituindo validade co a a ser ut 2. o: p N L o índice de de resistênc a sondagem o da resistê e quando o avam ainda avaliações d conduziram e e ômega ( CINTRA et al, ecificas, Cin o as correla omprovada. tilizado par resistência cia na cam m mais próx ncia da pon método foi estacas tipo do método p a uma esti (Erro! Fon 2010) ntra et al (2 ções origin ra determin à penetraçã mada de so xima. De ac nta, os autor proposto, f o hélice. Em para esses n mativa razo te de refer 2010) suger ais, abrange nação da (9) (10) ão na lo de cordo res do foram m três novos oável, ência rem o entes, carga TTabela 4 – Coe 21 eficiente K1 e ra azão de atrito . de fu A est índic tabel deter que s A res A cap em q pN obtid imed C - carga de po 3.7.2 Mé As parcela undação por timativa da ce de resistê la apresenta rminação de serão utiliza sistência lat pacidade de que: - valor méd do a partir diatamente a coeficiente a realizadas Décourt (1 onta e latera étodo Décou as de resistê r estaca são a tensão de ência à pene ada pelos a e LN , adota ados na aval teral, em tf/m e carga junt dio do índi r de três v anterior e o característ s em estacas 1998) introd al, respectiv urt-Quares ência ( LR e expressas p adesão ou d etração do autores, sem am o limite liação da re m2, é dada p Lr o à ponta ou r ice de resis valores: o imediatame ico do solo s pré-molda Tabela 5 – Coe duziu os fat vamente, res 22 sma (1978) PR ) da cap por: UrR LL pp ArR de atrito lat SPT ao lon m nenhuma SPTN ≥ 3 N esistência de por: 1 3 LN u base da es pp NCr stência à pe correspond ente posteri o (Figura 5 adas de conc eficiente carac tores e β sultando um pacidade de LU pA teral ( Lr ) é ngo do fuste distinção q SPTN ≤ 15 e e ponta. staca ( pr ) é enetração n dente ao n or; ), ajustado creto. cterístico solo C β (Tabela 6) ma capacidad e carga ( R ) feita com o e ( LN ), de a quanto ao t e não consid é estimada p na ponta ou ível da po por meio d C ) nas parcel de de carga de um elem o valor méd acordo com tipo de solo deram os va pela equação u base da es onta da ba de 41 prov las de resist a, em tf, de: mento (11) (12) dio do m uma o. Na alores (13) o: (14) staca, ase, o vas de tência escav press que a Para aplic vadas em g sões. Tabela 6 – V Aplicando a carga adm R cação do m geral, estaca Valores dos fa o-se os coef missível da e Radm ANC pp método a e as tipos héli atores e β em ficientes de estaca é dad 0,4 ANC p 23 N 3 10 stacas esca ice contínua m função da esta segurança p da por: 10 Ap LUL 1 3 avadas com a e raiz, e e aca e do tipo d parciais sug 3,1 1 3 U NL m lama ben estacas injet de solo (DÉCO geridos pelo L ntonítica, es tadas sobre URT, 1998). o método, te (15) stacas e altas em-se (15) resist onde será: capac 3.7.3 M Esse mét tências de p e 1 e 2 sã A capacid Para um f 3.7.4 M Velloso ( cidade de c Método Antu odo, espec ponta e later ão fatores qu Tabela ade de carg fator de segu Método Pedr 1979) defin arga de pon unes-Cabral cífico para ral em kgf/c 2rp ue dependem 7 – Valores do ga será então UR urança igua ro Paulo Ve niu a capa nta pelas seg R LL 24 l (1996) estacas ti cm2 sejam, r 2 40kgfN p LL Nr 1 m do tipo de os coeficientes β o: LLN 1 al a2, a cap 2 R Radm elloso (1979 acidade de guintes equa CUL ipo hélice respectivam 2/ cmgf e solo, conf β1 e β2 (PRESA pp AN2 pacidade de 9) carga late ações 20 e 2 LNCL contínua, mente: forme Tabel A, 2004). e carga adm eral ao lon 21, respectiv sugere qu la 7. missível da e ngo da esta vamente: ue as (16) (17) (18) estaca (19) aca e (20) onde P : c L : c L : c p : c β = 1 cone p NC da es pC diâm Ta e: coeficiente coeficiente coeficiente coeficiente 1,016 – 0,01 holandês (= acima N é a m staca, acima abaixo N é a metro da esta Segundo o Tabela abela 9 – Coefi PR de correlaç de correlaç de correlaçã de correlaçã 16 (dp/dc), o =3,6cm); média dos v a da ponta d média dos v aca, abaixo o método, d 8 – Coeficiente icientes de L e ppP A 0,2 ção do atrito ção do atrito ão para com ão para com onde dp é o valores NC p da estaca; valores C p da ponta da eve-se utiliz es de L e p e e p em função 25 acp NC o de ponta; o lateral da e mpressão ou mpressão ou o diâmetro d N calculad N calculada a estaca. zar 40 quan m função do ti da solicitação pcima NC estaca ao lo u tração con u tração con da ponta da da num inter a num inter ndo N (SPT) ipo de estaca (M de esforços na abaixo N ngo do seu nforme solic nforme solic estaca; e dc rvalo de 8 v rvalo de 3,5 ) for superio MAGALHÃE a estaca (MAG comprimen citação later citação de po c é o diâmet vezes o diâm vezes o or 40. S, 2010). GALHÃES, 201 (21) nto; al; onta; tro do metro 10). Tab admi bela 10 – Parâm A capacid Com o fa issível da es metros de atrit ade total de ator de seg staca será: to lateral e pon e carga da es R gurança def R 26 nta CL e Cp em staca será: pL RRR finido pelo 5,2 R Radm m função do tip p autor de 2 o de solo (MAG 2,5, a capa GALHÃES, 20 cidade de 010). (22) carga (23) 27 3.8 Carga admissível de uma estaca A NBR 6122:2010 define a carga admissível de uma estaca como sendo a força adotada em projeto que, aplicada sobre a estaca atende, com coeficientes de segurança predeterminados, aos estados-limites último (ruptura) e de serviço (recalques, vibrações, etc.) Esta grandeza é utilizada quando se trabalha com ações em valores característicos. 3.8.1 Quando a capacidade de carga é calculada por método semiempírico Quando a resistência (capacidade de carga) de uma estaca é calculada por método semiempírico, a NBR 6122:2010 estabelece que o fator de segurança a ser utilizado para determinação da carga admissível é 2,0. 3.8.2 Quando a capacidade de carga é calculada por método estático Ainda de acordo com a NBR 6122:2010, quando se utiliza de método estático é necessário levar em conta a técnica executiva e as peculiaridades de cada tipo de estaca, na análise das parcelas de resistência de ponta e atrito lateral. No caso específico de estacas escavadas, a carga admissível deve ser no máximo 1,25 vez a resistência do atrito lateral calculada na ruptura, ou seja, no máximo 20% da carga admissível pode ser suportada pela ponta da estaca. 3.8.3 Quando a capacidade é aferida por interpretação de prova de carga Quando a carga de ruptura é determinada por provas de carga, o fator de segurança deve ser no mínimo igual a 2,0 com relação à carga de ruptura obtida na prova de carga ou por sua extrapolação (ver item 3.12.2). 3.9 Desempenho de fundações O objetivo da verificação do desempenho de uma fundação é demonstrar que o comportamento previsto no projeto está sendo confirmado na prática da execução, sendo a meta fundamental a ser atingida a de minimizar-se a probabilidade de ruptura da obra de fundação. A segurança à ruptura, ou seja, a resistência e a integridade do elemento estrutural e a resistência do solo, é o principal aspecto estrutural a ser 28 verificado e deve ser comprovada pelo fornecedor do serviço de fundações, durante ou após a execução. A comprovação do valor da carga especificada no projeto pode ser feita aplicando-se métodos estáticos ou dinâmicos. A NBR 6122:2010 prescreve que, para fundações em estacas, quando o número de estacas da obra for superior ao valor da coluna (B) da Tabela 11, deve ser executado um número de provas de carga estática igual a no mínimo 1% da quantidade total de estacas, arredondando-se sempre para mais. A norma permite a substituição das provas de carga estática por ensaios dinâmicos na proporção de cinco ensaios dinâmicos para cada prova de carga estática em obras que tenham um número de estacas entre os valores da coluna B (Tabela 11) e duas vezes esse valor. Acima desse número de estacas será obrigatória pelo menos uma prova de carga estática, conforme ABNT NBR 12131. aplic (cham recal encu ruptu resis atrito resist sistem para 3.10 Pro A prova d cação de car mados de lques da cab urtamento el ura ou carga A aplicaçã tência, o su o lateral so tência mobi Para efetu ma de reaçã atender a Tabela 11 ova de car de carga est rgas conhec estágios d beça da esta lástico do fu a máxima pr ão progress uficiente pa omada com ilizável, com uar o carreg ão, o qual é carga máx 1 – Quantidade rga estátic tática em e cidas no to de carga) c aca (desloca fuste e o rec rogramada, siva da car ara promove m a de pon m recalques gamento, us construído xima preten 29 e de provas de ca estaca, regid po da estac com a sim amentos ver calque da po seguida do rga no topo er o equilíb nta. Atingir s incessante sa-se um m em torno d dida no en carga (NBR 6 da pela NB ca em incre multânea mo rticais para onta da esta o descarrega o da estaca brio. Essa re r a ruptura s. (CINTRA macaco hidr da estaca a s nsaio, que é 6122:2010). BR 12131:2 ementos suc onitoração baixo, que aca), até qu amento. acarreta a esistência é a seria alca A et al, 201 ráulico que ser ensaiada é definida 006, consis cessivos e i dos respec compreend ue seja ating mobilizaçã é a resistênc ançar a má 3) atua contr a e dimensio pela NBR ste na iguais ctivos dem o gida a ão da cia de áxima ra um onado 6122 (ABN em d carga de 3 estab estab em q recal pela dinâm 3.11. instru integ devid sofre NT, 2010) c dez estágios a é mantida 30 minutos bilizados e d bilizado indi Como pro que P é a car lque do topo 3.11 Ens No ensaio NBR 1320 mico é inter .1), de mo umentação gridade da e Historicam do à simplic eu avanços s como sendo s de carga c a até atingir s. O desca duração mín ica o desloc oduto princi rga aplicada o da estaca, Figura 8 – C saio de ca de carregam 08:2007, o rpretado teo do a possi utilizada n estaca (item mente, o co cidade deste significativo o duas veze com increme r a estabiliz arregamento nima de 15 camento per ipal do ensa a no topo da representad Curva carga x r arregame mento dinâm comportam oricamente ibilitar a av na prova de 3.11.7). ontrole das e procedime os, principa 30 s a carga ad entos suces zação dos re o é feito minutos. A rmanente so aio, obtém- a estaca, rep do no eixo d recalque com a nto dinâm mico, cujo p mento da e com base n valiação da e carga din estacas cra ento. Poster almente a padmissível pr sivos e igua ecalques, re em quatro Ao final do d ofrido pela e se uma cur presentada n das ordenad a representaçã mico procedimen estaca subm na teoria de a capacidad nâmica, tam avadas se re riormente, a artir da solu revista em p ais. Em tod espeitada a o estágios, descarregam estaca. rva carga x no eixo das das voltado o dos estágios nto executiv metida a um e equação d de de carg mbém é pos estringia à a compreens ução da equa projeto, apl dos os estág duração mí com reca mento, o rec recalque, P abcissas, e para baixo. vo é especif m carregam e onda (ver ga. Por mei ssível verifi medida de são do fenôm ação de ond licada gios, a ínima alques calque P x ρ, ρ é o ficado mento r item io da icar a nega meno da por 31 algoritmos apresentada por Smith em 1960, que se tornou prática com os computadores, ocorrendo uma rápida difusão deste ensaio em todo o mundo. Este ensaio, apesar de ter sido desenvolvido para estacas cravadas, pode ser empregado também em outros tipos de estacas do tipo moldadas "in loco". Neste caso, é preciso montar um sistema especial para aplicação de impactos dinâmicos e provocar deslocamentos suficientes para mobilizar as resistências. 3.11.1 Teoria da equação de onda Na teoria da propagação unidimensional da onda, para a interpretação da resposta ao carregamento aplicado no sistema estaca-solo, considera-se inicialmente que o impacto do martelo causa uma onda de tensão descendente na estaca. A resistência por atrito lateral ou uma mudança de seção transversal da estaca (área, peso específico ou resistência) provoca reflexões ascendentes das ondas de tensão, as quais podem ser avaliadas, durante o impacto, por meio de medidas de força e velocidade em seção instrumentada no topo da estaca. A propagação unidimensional de ondas de tensão em uma estaca sem resistência ao longo do fuste é descrita pela equação unidimensional de onda: 2 2 2 2 z u c t u (24) em que: z – profundidade da seção transversal t – tempo u(z,t) – deslocamento da seção da estaca na profundidade z e instante de tempo t c – velocidade de propagação da onda de tensão pela estaca, dada por: E c (25) E – módulo de elasticidade do material da estaca ρ – massa específica do material da estaca A solução geral da equação da Eq. 25 é dada por: 32 )()(),( ctzgctzftzu (26) em que as funções f e g representam as duas ondas (descendente e ascendente) que se sobrepõem e se propagam com a mesma velocidade c, porém em sentidos opostos. Por meio dessa solução, é possível obter as funções de velocidade ν(z,t) e F(z,t) na seção instrumentada, que são proporcionais entre si por uma constante denominada impedância (Z): ZF (27) em que: c EA Z (28) A solução geral da equação de onda é representada graficamente por uma superfície de variação de deslocamento u(z,t), velocidades ν(z,t), força F(z,t), energia E(z,t), resistência mobilizada Rt(z,t) etc. ao longo do tempo e das seções da estaca. (CINTRA et al, 2013) Quando as condições de contorno são simples, a equação de onda é manejável. Mas as condições de contorno complexas associadas à fundação por estaca a torna muito complexa. Smith elaborou soluções numéricas em 1951 e mais tarde (1960, 1962) refinou o seu trabalho, formando a base da moderna análise de estacas por equação de onda. (CODUTO, 2001) 3.11.2 Método numérico de Smith No modelo numérico de Smith, martelo, sistema de amortecimento, estaca e solo são representados por componentes como massas, molas e amortecedores: o peso do martelo por uma massa, a estaca por massas e molas interligadas e o solo por molas (componentes elastoplásticos) e amortecedores (componentes viscolineares, portanto dependentes da velocidade). A estaca é dividida em vários segmentos de massa, e a resistência à penetração da estaca é calculada para cada segmento, como mostrado na Figura 9. uma tensã pelo estac esteja um m de tr resist tensã possu Figura 9 Uma vez velocidade ão que perco caminho. A ca. A onda e Normalme a submetida maciço duro ração. Isso tência à traç ão pode dan O modelo ui uma parc – Representaç montado, o e ao martelo orre até a po Após atingir eventualmen ente, as ond a somente a o e a ponta o é extrem ção é bem m nificar a esta de Smith ( cela estática ção da estaca e o modelo nu o igual à v onta da esta r a ponta, o nte é dissipa das refletida a tensões de embasada e amente im menor que s aca. 1960) cons a (Ru) e uma 33 e do sistema de umérico sim velocidade d aca, gerando impulso é r ada devido as são de co e compressã em solo bem mportante pa sua resistênc idera que a a parcela di ut RR e cravação pro mula o imp de impacto o deslocame refletido e p a perdas de ompressão, ão. Porém, m mais mol ara estacas cia à compr resistência inâmica (Rd dR oposta por Smi acto do ma o. Isso gera entos e ativa percorre de e energia. o que faz c se a estaca le, a onda r s de concre ressão e, po à penetraçã d): ith (1960). artelo confe um impuls ando resistê volta ao top com que a e a está envolt efletida pod eto, porque rtanto, a on ão da estaca erindo so de ências po da estaca ta em de ser e sua nda de a (Rt) (29) sendo diagr (ou d deco em q Js – c ν – v e a re resist resist por S o a parcela rama da, em deslocament Figura 10 – Di Para a re rrente do am que: coeficiente velocidade d Assim, a r esistência es Na Figura tência total tência dinâ Smith (1960 a estática ad m que Q é o to permanen iagrama da res esistência d mortecimen de amortec da partícula resistência t stática, com a 11, aprese (OA) na cu âmica. O di 0). dmitida com o quake do nte da estac sistência x desl dinâmica ( nto do solo, dR imento do s otal pode se tR mo: enta-se uma urva de resi iagrama EF 34 m comporta solo (ou co ca no golpe) locamento na p Rd), que Smith (196 SJ solo er reescrita Su JR 1 tu RR ilustração stência está FD represen amento elas ompressão e ). ponta da estac representa 60) estabelec uR como: dR didática da ática (OB), d nta o mode stoplástico, elástica do s ca proposto por uma resist ce a equaçã a transforma descontando lo elastoplá como mos solo) e S, a r Smith (1960) tência adic ão: ação da curv o-se a parce ástico ideal stra o a nega ). cional (30) (31) (32) va de ela de lizado Figur atrav e da marte cresc na re axial um p dispo efeito (“stra Whe defor de al ampl meno a 11 – Transfo 3.11.3 Eq O ensaio vés do impa a carga esp elo, é reali centes, o qu evisão de 20 A aquisiçã l, é realizad par de tran ostos de for os de flexão Os medid ain-gages”) atstone com rmação da lumínio. (GO Os aceler lificador in os 1000 g e ormação da cur quipamento realizado e acto de um m pecificada e izada a que ue correspon 007 da NBR ão dos regis a através da nsdutores d rma diamet o e excentric dores de de tipo pelícu mpleta, para estaca e co ONÇALVE rômetros u ncorporado, 7500 Hz pa rva de resistên o e instrum em estacas martelo, em em projeto eda livre d nde ao proc R 13208. stros gerado a prévia fixa de deformatralmente op cidade dura eformação ula de 350 a amplificar locados nos ES et al, 200 utilizados para reduz ara estacas d 35 ncia total na cu entação do tipo “ m que seu pe para a est desse marte cedimento d os, quando d ação, em um ação especí posta para ante a aplica são constit 0 ohms, mo r o efeito de s pontos de 01) (Figura 12 zir problem de concreto urva de resistên Hélice Con eso é determ taca. Quand elo sobre a de ensaio de da aplicação ma seção pr ífica e de que haja a ação do golp tuídos de q ontados em e variação d e concentraç 2) são do mas de ruíd o. ncia estática (C ntinua Mon minado a pa do determin a estaca a p e energia cre o do carrega róxima ao to um par d compensaç pe do marte quatro exte m um arranj da resistênci ção de tensã tipo piez do, e são l CINTRA et al, nitorada” é artir do diâm nado o pes partir de a escente, inc amento dinâ opo da estac de acelerôm ção de even elo. ensores elét o tipo pon ia proporcio ão das arm zoelétricos ineares até 2013). feito metro so do lturas cluído âmico ca, de metros ntuais tricos nte de onal à ações com pelo Figu trans da ac ponto instru analy cone senso ura 12 – Transd lateria do t Conhecend sdutor instal celeração m o instrumen Para a aq umentação, yser). Os si ctados aos ores. A Figu dutores de defo transdutor de d do-se o mó lado na esta medida pelos ntado, duran quisição do é utilizado inais obtido transdutore ura 13 exibe formação e ace deformação; (C ódulo de ela aca, obtém-s s acelerôme nte o impact os registro o um equip os são trans es ou por tra e o PDA mo 36 eleração: (A) de C) vista lateral asticidade d se a força n etros são obt to. s e o pro pamento po sferidos ao ansmissão w odelo PAX, etalhes de insta l do acelerôme dinâmico e na seção inst tidos a velo ocessamento ortátil deno equipamen wireless, de , da Pile Dy alação dos tran etro (CINTRA a deformaç trumentada ocidade e o d o dos sina ominado PD nto PDA po ependendo d ynamics, Inc nsdutores; (B) et al, 2013). ção medida . Pela integ deslocamen ais obtidos DA (pile dr or meio de c do modelo c. ) vista a pelo gração nto do pela riving cabos e dos calcu simp numé 2007 item curva trans de fo O PDA co ular resultad Força má Energia Eficiênc Verificaç Valores Resistên pelo Cas De acordo plificado do érica rigoro 7). CAPWA 3.11.6. 3.11.4 Int Os sinais as de força, A energia sferida. A m orça e veloc Figura 13 – ontém um p dos de: áxima de im máxima do ia do sistem ção do dano máximos de ncia estática se Institute o o com a N o tipo CASE osa, do tipo AP é a sigla terpretação coletados e velocidade a que efet máxima ener idade medid – Equipamento processador mpacto (FM golpe (EM ma de cravaç o estrutural e tensão e d mobilizada of Technolo NBR13208, E devem se o CAPWAP a para “Cas o dos resulta em campo e x impedân ivamente a rgia transfe das e equiva EMX 37 o PDA modelo r que utiliza MX); MX); ção; e sua posiç deslocament a (RMX), us ogy (ver item “os dados er confirma P, e/ou por u se Pile Wav ados são interpre ncia, desloca atinge a ca erida é comp ale ao traba tVtF PAX (BROCH a a teoria de ão; to (DMX); sando o mét m 3.11.5). s obtidos e ados e calib uma prova ve Analysis etados, na amento e en abeça da e putada pelo alho realizad dt HURE,2010) e propagaçã todo CASE e processad brados por de carga e s Program” seção instru nergia. estaca é c o PDA a pa do na estaca ão de ondas E, desenvolv dos pelo m meio de an stática” (AB ” e é descri umentada, hamada en artir dos reg a (PDI, 2009 s para vido étodo nálise BNT, ito no como nergia gistros 9): (32) cada na se curva máxi latera deco traçã dimin onda sinal só é r – a – a Quando a vez que é eção da est a de força ima intensid al que prov rre também Figura 1 Se a resis ão e soma-s nui ao long a refletida é l da velocida Figura 15 – De acordo razoavelme estaca for u estaca não t onda viaja oferecida re taca é a sob afasta-se d dade do imp vocou as on m da resistên 14 – Registro tí stência de p se à onda d go do tempo de compre ade. A Figu – Ondas de for o com PDI ( ente correta uniforme e e tiver fissura no sentido esistência a breposição da curva de pacto (t=t1) ndas refleti ncia de pont ípico de força e ponta da es descendente o 2L/c. No c ssão, o que ura 15 ilustr rça e velocidad (2012, apud se: elástica; as; 38 descendent ao longo da da onda d e velocidad ) e pela dife idas. Após ta da estaca e de velocidade staca for pe e, de modo caso de esta e provoca o a os dois ex de refletidas na d CINTRA te, ela é refl estaca. Com escendente de x imped erença é def o tempo 2L Figura 14. e x impedância equena ou n o que a vel aca com res aumento do xemplos. a ponta da esta et al, 2013 letida no sen mo a onda com a ond dância após finida a resis L/c, entreta a (CINTRA et nula, a ond ocidade au sistência de o sinal da f aca (CINTRA ), a superpo ntido ascen de força m da ascenden s o momen stência por anto, a dife al, 2013). da refletida umenta e a ponta eleva força e dimi et al, 2013). osição das o ndente medida nte, a nto de atrito erença é de força ada, a inui o ondas 39 – a onda não se alterar significantemente entre a região instrumentada e o local de máxima tensão. 3.11.5 Método CASE O CASE é um método simplificado que possibilita a estimativa imediata da resistência estática para uma estaca submetida ao impacto dinâmico, por meio da interpretação das medidas de força e velocidade em seu topo. Ele foi elaborado usando- se a solução fechada da equação da onda por intermédio de correlações empíricas com resultados de provas de carga estática. (CINTRA et al, 2013) De acordo com PDA-W (2009), a derivação da capacidade da estaca requer que esta seja uniforme (elasticamente linear com seção constante ao logo de seu comprimento). A resistência total Rt mobilizada no golpe de martelo é dada pela soma do atrito lateral e resistência de ponta através da fórmula: 2121 2 1 2 1 tttFtFRt (33) em que: 1t – tempo de maior intensidade do golpe; cLtt /212 ; 1tF e 1t – força e velocidade no tempo 1t ; 2tF e 2t – força e velocidade no tempo 2t ; Figur parce amor consi em q νp – v Jc – f partir Likin ra 16 – Registr A hipótes ela estática rtecimento idera a parc que: velocidade fator de amo Assim, a r De acordo r da velocid Na Tabela ns (1985 apu ros de força e v re e de Smith a e outra d é maior n cela dinâmic da ponta da ortecimento resistência e o com PDA dade do topo a 12 são ap ud CINTRA velocidade veze esistências enco h (1960), p dinâmica (E na ponta da ca como sen a estaca; o, que depen estática resu R A-W (2009) o da estaca p presentados A et al, 2013 40 es impedância ontradas (CIN ela qual a Eq. 29), é as estacas, ndo igual a: cd ZJR nde do tipo ulta em: ctu JRR ), a velocid da seguinte tFt 11 os valores 3). e sua relação TRA et al, 201 resistência adotada. P o método pZ de solo da p pc Z dade da pon e maneira: Z Rt de Jc suger com o comprim 13). total é com Porém, com CASE, po ponta da est nta da esta ridos por R mento da estac mposta por mo geralmen or simplifictaca. aca é estima Rausche, Go ca e as r uma nte o cação, (34) (35) ada a (36) oble e 41 Tabela 12 – Valores de Jc sugeridos. O método CASE, enquanto útil, é uma simplificação da verdadeira resposta dinâmica da estaca e do solo adjacente. O fator de amortecimento empírico Jc calibra a análise o o resultado final é tão bom quanto a habilidade do engenheiro em selecionar seu valor apropriado. Em contraste, uma análise baseada na equação de onda utiliza um modelo numérico muito mais preciso, mas sofre de uma fraca estimativa da energia que de fato é transmitida pelo martelo. Felizmente, os pontos fortes e fracos desses dois métodos são complementares e a combinação de ambos produz uma melhor análise. Essa combinação é o conhecido programa CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program). (CODUTO,2001) 3.11.6 CAPWAP O modelo numérico CAPWAP é essencialmente o mesmo da figura 5.10, mas o martelo e acessórios são substituídos por dados de F(t) e ν(t) registrados pelo PDA. A reação do solo é representada por componentes elastoplásticos e viscolineares. Assim, o modelo do solo possui para cada ponto três incógnitas: a resistência estática limite, a deformação elástica máxima (“quake”) e as constantes de amortecimento de Smith (“damping”). A análise é iterativa, atribuindo-se valores para os parâmetros do solo e estaca, e a mesma é prosseguida até a obtenção de suficiente concordância entre as curvas calculada e medida. Pode-se utilizar tanto os registros de força quanto os de velocidade como função imposta para a verificação dos parâmetros. Na Figura 17 é exemplificada a sequência de ajuste de um sinal pelo método CAPWAP. Tipo de solo Variaçao de J c Valor sugerido de J c Areia 0,05 ‐ 0,20 0,05 Areia siltosa ou silte arenoso 0,15 ‐ 0,30 0,15 Silte 0,20 ‐ 0,45 0,30 Argila siltosa ou silte argiloso 0,40 ‐ 0,70 0,55 Argila 0,60 ‐ 1,10 1,10 F utiliz ensai na c estáti dinam a res mobi resist de re aplic satur essa 1998 Figura 17 – Seq A partir d zado no mod A Figura 1 io de carreg abeça da e ica. Um dos as micamente, sistência dis ilização tota tência medi esistência na car golpes ração da res prática mai 8) A energia quência de ajus tracejada = dessa anális delo simplif 18 mostra u gamento din estaca (Figu spectos de m é a aplicaç sponível no al do “quak ida cresce c a interação de martelo sistência dis is satisfatori crescente fo ste de um sina = solução pela se também ficado do m um resultado nâmico. Dá- ura 18C), q maior relevâ ção de uma sistema est ke” (máxim com a energ estaca-solo o com ene sponível no iamente com foi incluída n 42 l pelo método equação de on pode ser f método de C o típico da a -se ênfase a que simula ância na ava energia do taca-solo, o o deslocam gia aplicada o. Por essa r ergias cresc o sistema es m martelos na revisão d CAPWAP: lin nda (CINTRA feita a aferi CASE. análise CAP aqui para a c o resultad aliação corr martelo su o que equiv mento elástic a até se atin razão, inicio centes para staca-solo. S de queda li de 2007 da N nha cheia = sina et al, 2013). ição do val PWAP para curva carga do de uma reta da capa ficiente par ale no mod co do solo). ngir um det ou-se no Br a verificar Só é possív ivre. (VÁRI NBR 13208 al medido; linh lor correto um golpe d a x deslocam prova de acidade de c ra mobilizar delo tipo Sm . Normalme terminado l rasil a práti a tendênci vel ser exec IOS AUTO 8. ha de Jc de um mento carga carga, r toda mith à ente a limite ica de ia de cutada ORES, Figur calcul ca re (poss estac gerad ra 18 – Resulta lada na seção i arga x deslocam esistência por 3.11.7 Co Quando a sível dano), ca. Quando e da uma ond ado típico de an instrumentada mento na cabe atrito lateral e ontrole de in a onda sofr , é causada xiste uma da de tração nálise CAPWA a; (B) curvas de eça e na ponta e diagrama de ntegridade d re uma refl uma muda diminuição o antes da p 43 AP após iteraçã e força e de ve da estaca; (D) esforços norm da estaca lexão ao en ança na forç o da seção ponta da es ão: (A) compar elocidade obtid gráfico de bar mais ao longo da ncontrar um ça e na vel da estaca e staca, que é ração da força das pelo PDA n rras referente à a estaca (CINT ma variação ocidade me em uma pr é sobrepost a medida com a no campo; (C) c à distribuição TRA et al, 2013 o de imped edida no top rofundidade a à onda in a força curvas de 3). dância po da e x, é nicial. Com no to Figu O fat mo resultado opo da estac ura 19 – Exemp O PDA ca tor β é calcu com: em que: u - aume iF - força R - decr dano. , após u inte ca, como ilu plo de registro alcula um fa ulado pela s ento na velo no impacto réscimo tota ervalo de te ustra a Figur o de um proble ator de integ seguinte equ ocidade x im o; al da força 44 empo 2x/c. a ra 19. ema na integrid gridade β co uação: 1 1 F u i 2 mpedância d no impacto a velocidad dade da estaca om base nes R devido ao da o em razão de aumenta e a pelo PDA (CI ssa alteração ano da estac o do atrito e a força dim INTRA et al, 2 o da impedâ ca; lateral acim minui 013). ância. (37) (37) ma do difer lemb apen estáti dano conv deve defor Os valores Tabela 13 – 3.12 Inte A interpre rentes visõe brar as pala nas dados pa 3.12.1 . M São estes ica em esta o estrutural vencional. Segundo a ser consi rmações con s de β indica – Nível do dano erpretaçã etação de es do proce avras de D ara interpret Modos de ru os três po acas, consid ou estrang a NBR 612 iderada def ntinuadas se am, de acor o na estaca (RA ão de prov provas de esso de rup avisson (19 tar". (VELL uptura ossíveis mo erando que gulamento d 22 (ABNT, finida quan em novos a Figura β 1,0 0,8 ‐ 1,0 0,6 a 0,8 Abaixo de 45 rdo com Tab AUSCHE E G vas de car carga é u tura (ver, p 970): "Prov LOSO E LO odos de rup as estacas do fuste: ru 2010), a ca ndo ocorre acréscimos d a 20 – Ruptura Nível Ínteg Levem Danif 0,6 Queb bela 13, o n GOBLE, 1979 a rga uma questã p. ex., Aok vas de carg OPES, 2010) ptura geoté sejam sufic uptura nítid apacidade d er ruptura de carga. a nítida do dano ra mente danif ficada brada nível do dan apud CINTRA ão ainda co ki, 1997). N ga não forn ) écnica em p cientemente da; ruptura de carga de a nítida ca ficada no na estaca et al, 2013). ontroversa, Nesse ponto necem respo provas de e resistentes física e ru estaca de p aracterizada com o vale ostas, carga , sem uptura prova a por apres extra trech a ex deno critér soma (este recal deslo O compor sentar ruptu quando aplicar (p quando configur Nessas du apolação da ho que se di xponencial d ominada rup Para deter rio que cara ado a uma p método po lque limite, 3.12.2 Cr O critério ocamento a rtamento de ura nítida. Is a capacida por exempl a estaca é rem uma rup uas circunst a curva carg ispõe da cur de Van de ptura física rminação d acteriza (ou porcentagem ode ser enq dentre os q ritérios de r o de ruptura seguinte fu e uma estac sso ocorre e de de carg o, por limit carregada ptura nítida tâncias, par ga x recalqu rva carga x er Veen (ve a. Figur da ruptura u convencion m da largura quadrado n quais cabe sa ruptura físi a física de unção expon
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