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03/10/2016 1 Engª. de Estruturas – OF1 – CorEu. Disciplina: FUNDAÇÕES – Módulo 3. Professor: M.Sc. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo. Módulo 3 - Tipos de Fundações Profundas – Parte 2 Evolução das estacas moldadas “ in loco” Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 2 4.9) Estacas “cravadas” pré-moldadas (concreto ou metálicas) - Equipamentos Bate estacas de queda livre sobre rolo e com torre de cravação tipo “gaiola”. Bate estacas montado em grua com adaptação para martelo hidráulico, diesel, etc. Tipos de martelo de cravação Bate estacas Leonardo da Vinci (1.452 – 1.519) – “Bate estaca Romano”. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 3 Tipos de martelo de cravação Bate estacas adaptados com sistemas de cravação com martelo a vapor e a diesel. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Equipamentos para cravação de estacas adaptados com martelos vibratório e hidráulico. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Tipos de martelo de cravação 03/10/2016 4 Diferentes tipos de martelos hidráulicos. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Tipos de martelo de cravação Cravação de estacas metálicas com martelo vibratório. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Tipos de martelo de cravação 03/10/2016 5 Princípio de funcionamento do martelo vibratório. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Tipos de martelo de cravação Bate estaca de queda livre. Detalhe de operação de manobra do bate estaca caminhando sobre o rolo. Equipamentos – Bate estacas 03/10/2016 6 Vista lateral de bate estaca de queda livre (torre de 16,5 metros e martelo de 4,0 tf – No fundo pode-se observar cravação de estacas inclinadas (7º). Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Equipamentos – Bate estacas Cravação de estacas metálicas nas proximidades de divisas / muros com utilização de bate estacas com diferentes tipos de torres (“perfil” e “gaiola”). Tipos de torres de bate estacas 03/10/2016 7 Detalhe do guincho de fricção (tambores, engrenagem e cabos de aço). Detalhe do motor à diesel de acionamento das correias e engrenagens. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Equipamentos – Bate estacas Detalhes do capacete e martelo de cravação (3,5 tf) Detalhe da operação de posicionamento da estaca no capacete / torre para cravação. Equipamentos – Bate estacas 03/10/2016 8 Detalhe do sistema de amortecimento para cravação de estacas. Engº. Sérgio Paulino M. de Araujo - M.Sc em Geotecnia Equipamentos – Bate estacas Conjunto de cilindros de gás (AGP) ou acetileno e oxigênio para realização de cortes nas estacas ou manutenção de equipamentos. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Equipamentos – Bate estacas 03/10/2016 9 Equipamento para realização de soldas nas estacas (emendas) e manutenção de demais equipamentos. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Equipamentos – Bate estacas Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia TIPOS DE MARTELOS X PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Caract. / Martelos Queda livre Martelo à diesel Hidráulico Nº. Golpes / min. 8 a 12 40 a 60 40 a 100 Altura de queda Medida (?) H= 4400(bpm²)-0,09 (m) Medida Velocidade de impacto Não medida Não medida Medida Energia potencial Peso x Hq Ep= w/(bpm/66)² W em kN Peso x Hq Eficiência 20% a 45% 40% a 60% 60% a 90% Sistema operacional Guincho de fricção a cabo Explosão na câmara de combustão Hidráulico Manutenção Simples Complexa Complexa Locomoção Bate estacas sobre rolos – lenta Rolo ou esteira Rápida (esteiras) Vantagens Investimento baixo Produtividade média Elevada produtividade Desvantagens Baixa produtividade Poluição, custos e funcionamento dependente do solo Elevado investimento para custo de cravação igual. Equipamentos – Bate estacas 03/10/2016 10 4.9.1) Estacas “cravadas” – Estacas prémoldadas de concreto • De todos materiais de construção, o concreto é aquele que melhor se presta à confecção de estacas, graças as seguintes características: – Resistência aos agentes agressivos; – Suporta muito bem as alternâncias de secagem e umidecimento; – Podem-se executar tanto estacas para pequena quanto para grande capacidade de carga. • Podem ser moldadas no canteiro ou em usina sendo classificadas quanto a forma de confecção em: – Concreto vibrado; – Concreto centrifugado; – Extrusão. • Quanto a armadura podem ser classificadas em: – Concreto armado; – Concreto protendido. • Podem apresentar diversas formas sendo as mais comuns as seções quadradas, circulares (vazadas ou maciças), etc.. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Moldagem de estacas pré-fabricadas Estaca armada vazada com forma central recuperável. Estaca protendida hexagonal maciça – Concretagem: Utilzação de vibrador. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 11 Estacas centrifugadas Engº. Sérgio Paulino M. de Araujo - M.Sc em Geotecnia O processo consiste basicamente em preencher uma forma metálica com um determinado volume de concreto e, posteriormente submeter essa forma a um movimento rotacional a elevada velocidade (frequência aprox. 600 r.p.m.) Esse processo proporciona estacas: - Homogêneas quanto à seção transversal, em geral circular vazada e com espessura de paredes bastante uniforme; - Com elevada impermeabilidade; - Com alta resistência mecânica; - Com baixo fator água/cimento. Alguns fabricantes e tipos de estacas 03/10/2016 12 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Alguns fabricantes e tipos de estacas Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Alguns fabricantes e tipos de estacas 03/10/2016 13 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Alguns fabricantes e tipos de estacas Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Cálculo estrutural das estacas pré-moldadas O dimensionamento estrutural de estacas pré-moldadas deve levar em consideração a “provável” excentricidade da cravação conforme a equação apresentada acima. 03/10/2016 14 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Tolerâncias para estacas pré-moldadas Tolerâncias geométricas conforme a NBR-16.258/14. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Tolerâncias para estacas pré-moldadas Algumas tolerâncias conforme a NBR-16.258/14. 03/10/2016 15 Vantagens e Desvantagens • As armações das estacas apresentam nas extremidades um reforço na armação transversal, necessário por conta das tensões que ali surgem em decorrência da cravação (tensões dinâmicas). Vantagens • Boa qualidade do concreto que se pode obter e no fato de que os agentes agressivos, eventualmente encontrados nos solos, não terão nenhuma ação na pega e cura do concreto. • Elevado controle tecnológico no processo de fabricação e permite inspeção prévia e total rastreabilidade quanto à qualidade de cada peça a ser utilizada. • Segurança que oferecem na passagem através de camadas muito moles, onde a concretagem “in loco” podem oferecer problemas. Desvantagens • Dificuldade de adaptação às variações do terreno. Se a camada resistente apresentar grandes variações na sua profundidade, e se a previsão de comprimento não for feita cuidadosamente, ter-se á de enfrentar o problema do corte ou emenda de estacas, com prejuízos para a economia da obra Quebras e sobras; • Para seções maiores podem gerar vibrações (deslocamentos) significativas, gerando danos às vizinhanças. Engº. Sérgio Paulino Mourthé deAraujo - M.Sc em Geotecnia • Para grandes cargas e grandes comprimentos tem-se utilizado com freqüência as estacas de concreto protendido. • As estacas precisam ser dimensionadas para resistir aos esforços que sofrerão por ação da estrutura (compressão, tração, forças horizontais e momentos) e aos esforços de manipulação e cravação. • Os esforços de manipulação são calculados a partir dos modos: • De levantamento (ou suspensão) para carga, descarga (manual ou com guindaste) e estocagem; • De içamento para cravação (realizado pelo próprio bate estaca com utilização de cabo de aço de manobra ou içamento). • Na operação de içamento da estaca deve-se “laçar” a estaca a ser cravada perto da sua extremidade. Consiste numa operação delicada devendo-se tomar um especial cuidado para evitar que a estaca sofra danos pelo choque com outras estacas ou objetos existentes em seu percurso ou com o próprio equipamento de cravação. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Esforços de manipulação das estacas 03/10/2016 16 Estocagem e Içamento Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Estocagem de estacas prémoldadas de concreto circulares maciças armadas com seção Ø 18 cm e Ø 23 cm. Estocagem de estacas prémoldadas de concreto circulares vazadas armadas com seção Ø 33 cm e Ø 38 cm. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Procedimentos executivos 03/10/2016 17 Procedimentos executivos Detalhes das etapas do procedimento de içamento da estaca – Verificar a utilização de redução na “cabeça” da estaca. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Etapa final do içamento da estaca com a realização do encaixe do capacete na estaca. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Procedimentos executivos 03/10/2016 18 Cravação • É uma questão que merece bastante atenção nas estacas prémoldadas de concreto, tendo vista que as tensões de cravação devem ser sempre inferiores à tensão característica do concreto (recomenda-se que sejam inferiores à 85% da resistência nominal do concreto, menos a protensão, se for o caso). • Como as tensões de cravação são diretamente proporcionais à altura de queda do martelo, para se evitar o esmagamento do concreto na cabeça da estaca deve-se trabalhar com alturas de queda pequenas (normalmente inferiores a 1 metro). • Assim quando estacas precisam ser cravadas a grandes profundidades ou penetrar camadas resistentes, devem-se adotar martelos mais pesados (40 kN ou mais). • A NBR-6122/2010 prescreve que o martelo tenha, no mínimo 75% do peso total da estaca e com peso mínimo de 20 kN. • Peso de martelo não inferior a 40 kN para estacas com carga de trabalho entre 0,7 MN e 1,3 MN. • Para estacas cuja a carga de trabalho seja superior a 1,3 MN a escolha do sistema de cravação deve ser previamente estudada. Emendas • Devem ser feitas de modo que as seções emendadas possam resistir a todas solicitações que nelas ocorram durante a cravação e a utilização da estaca. No Brasil, a maioria das emendas é feita soldando-se luvas ou anéis metálicos incorporados ao concreto. Estacas apenas com previsão de compressão em serviço e que não atravessam solos moles, podem ser emendadas por luvas de encaixe. Cravação e Emendas Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Cravação de estaca pré-moldada em solos moles – NBR 6122/10. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Cravação em solos moles 03/10/2016 19 Cravação de estaca prémoldada de concreto circular vazada Ø 42 cm e Ø 50 cm em Teófilo Otoni/MG. – Detalhe da estocagem das estacas. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Procedimentos executivos Detalhe da etapa de cravação da estaca com a verificação do prumo da estaca (utilização de prumo de face) – Estaca circular centrifugada Ø 60 cm. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Procedimentos executivos 03/10/2016 20 Diferentes tipos de junção de estacas: Normalmente são encontradas (fabricadas) estacas com junções para emendas através de luva ou soldada (anel de soldagem). Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Tipos de emendas Detalhes de anel de soldagem para emenda de estacas prémoldadas de concreto – Soldagem de anel de estaca circular vazada armada Ø 50 cm. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Emenda com anel de soldagem 03/10/2016 21 Etapa de soldagem de estaca pré- moldada – Detalhe de estaca circular vazada com soldagem concluída. Detalhe de emenda de estaca hexagonal maciça com redução de seção na emenda ou com seção plena. Engº. Sérgio Araujo - M.Sc em Geotecnia Emenda com anel de soldagem Emendas por luva metálica ou de encaixe. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Outros tipos de emendas Emendas por anel de encaixe ou de pressão. 03/10/2016 22 Outros tipos de emendas Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Emendas por pino de encaixe (“coladas”). Emendas “pinadas”. Detalhe de recuperação da cabeça de estaca pré-moldada circular vazada armada com utilização de resina Epoxi. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Recuperação do anel de soldagem 03/10/2016 23 Detalhe de estaca circular vazada com danos na cabeça ocorridos durante a cravação. Recuperação da estaca com utilização de “forma” improvisada. Recuperação do anel de soldagem Detalhe de anel de soldagem para emenda de estaca pré-moldada de concreto circular vazada com falha de concretagem – Detecção de falha de concretagem (“brocas” internas). Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Estacas com problemas de fabricação 03/10/2016 24 Detalhe de anel de soldagem para emenda de estaca pré-moldada de concreto circular vazada com falha de concretagem – Estaca danificada durante a cravação – Brocas detectadas por ensaio de auscultação – Reforço com bloco de estacas em substituição a estaca quebrada em profundidade. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Estacas com problemas de fabricação e na cravação – Reforço e substituição Detalhe do posicionamento de suplemento sobre estaca pré-moldada de concreto circular vazada Ø 42 cm – Etapa final de cravação da estaca com utilização de suplemento. – Comprimento máximo do suplemento é de 3,0 metros (NBR-6122/10). Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Uso de suplemento na cravação 03/10/2016 25 Vista geral de obra com fundações em estacas pré- moldadas de concreto com variação de profundidades de cravação – Relativo desperdício de estacas – Comprimento mínimo para aproveitamento = 2,0 m. Cravação de estacas pré-moldadas com utilização de martelo de queda livre com bate estacas sobre plataforma flutuante. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Perdas e Cravação com Flutuante Vista geral de obra com fundações em estacas pré-moldadas de concreto circulares vazadas (Ø 38 cm) em Nova Contagem/MG – Grande variação das profundidades das estacas para a base de uma mesma edificação fez com que novas sondagens fossem realizadas para análise das discrepâncias com as sondagens originais. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Problemas executivos 03/10/2016 26 Controles de cravação: • Realização de repique elástico; • Determinação da “nega”; • Determinação de diagrama de cravação. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Controles executivos (de cravação) Obtenção do repique elástico 03/10/2016 27 Exemplo de boletim de controle de cravação de estaca prémoldada de concreto com obtenção do diagrama de cravação,negas e repiques elásticos. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Controle executivo (de cravação) Controles de desempenho das estacas: • Realização de PDA; • Realização de PIT. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Controles de desempenho 03/10/2016 28 Arrasamento em estacas pré-moldadas de concreto (manual ou com equipamentos pneumáticos ou elétricos) Utilização de ponteira metálica (perfil) com objetivo de aumentar a resistência da ponta da estaca à cravação. Engº. Sérgio P M de Araujo - M.Sc em Geotecnia Arrasamento das estacas - Ponteira Utilização de ponteira metálica com segmento de perfil metálico em estacas pré-fabricadas circulares vazadas (estacas mistas). Engº. Sérgio P M de Araujo - M.Sc em Geotecnia Ponteira metálica em estacas pré-fabricadas 03/10/2016 29 4.9.2) Estacas cravadas – Estacas metálicas (trilho, perfil e tubos) • As estacas metálicas ou de aço são encontradas em diversas formas, desde perfis (laminados ou soldados) a tubos (de chapa calandrada e soldada ou sem costura). • Entre os perfis laminados estão os trilhos, utilizados em geral, depois de retirados de ferrovias (trilhos usados). • Os perfis podem ser usados isolados ou associados (trilhos: duplos, triplos ou quádruplos). Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 4.9.2) Estacas cravadas – Estacas metálicas (trilho, perfil e tubos) - Histórico Engº. Sérgio P M de Araujo - M.Sc em Geotecnia • O aço A 572 Grau 50 é 38% mais resistente que o aço A 36, portanto, pode-se projetar bitolas mais leves gerando uma economia de consumo de aço na fundação. • Recentemente a Gerdau introduziu o aço A 572 Grau 60 que apresenta uma resistência cerca de 20% superior em comparação ao Grau 50. 03/10/2016 30 Vantagens • São fabricadas com seções transversais de várias formas e dimensões o que permite uma adaptação bem ajustada a cada caso; • Devido ao peso relativamente pequeno e à elevada resistência à compressão, tração e flexão, são fáceis de transportar e de manipular; • Pela elevada resistência do aço são mais fáceis de cravar do que as estacas de madeira ou pré-moldadas de concreto, podendo atravessar camadas compactas ou até mesmo permitir o embutimento nesses materiais; • Pela facilidade com que podem ser cortadas por maçarico ou emendadas por solda, não oferecem dificuldades ao ajuste de comprimento no canteiro. Além disso os pedaços cortados podem ser utilizados em outras estacas (comprimento mínimo de 2,0 metros) ou na confecção de talas ou chapas de emenda ou de coroamento, respectivamente; • Podem-se utilizar em alguns casos aços resistentes à corrosão, tipo SAC. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Vantagens das estacas metálicas • Apresentam custo elevado no Brasil. Entretanto, nos últimos anos, as estacas de aço, especialmente do tipo A572, têm mostrado condições de concorrência com as estacas de concreto. É evidente que nessa análise deve-se considerar o custo global da fundação: Estaca (material e cravação), equipamento (mobilização), tempo de execução e blocos de coroamento (volumes de escavação e concreto). • Corrosão: Modernamente os efeitos da corrosão sobre o tempo de vida útil das estacas de aço tem tido sua importância devidamente limitada. Verifica-se no geral que a escassez de oxigênio inibe consideravelmente a corrosão em estacas enterradas. • Estacas metálicas inteira e permanentemente enterradas, salvo em casos excepcionais, dispensam qualquer proteção contra corrosão. Em cálculos de capacidade de carga estrutural, admite-se que a corrosão inutilize apenas uma espessura de sacrifício, de acordo com a norma NBR-6122/10. • Estacas metálicas com trecho desenterrado, no ar ou água, exigem uma proteção. Por segurança, faz-se a proteção desde a cota de erosão até o bloco de coroamento. • Nesses casos, quando a estaca é constituída por perfis I, H ou trilhos, faz-se um encamisamento com concreto, preferencialmente armado. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Desvantagens das estacas metálicas 03/10/2016 31 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Estacas com trechos “desenterrados” - Encamisamento Norma Brasileira: • Em relação à corrosão a NBR-6122/2010 prescreve que estacas de aço total e permanentemente enterradas, independentemente da situação do lençol freático podem dispensar de tratamento especial desde que seja descontada uma espessura de sacrifício conforme a tabela a seguir: Classe do solo Espessura de sacrifício (mm) Solos naturais e aterros controlados 1,0 Argila orgânica 1,5 Solos turfosos 3,0 Aterros não controlados 2,0 Solos contaminados* 3,2 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Espessura de Sacrifício • Caso de solos agressivos devem ser estudados especificamente. • Alternativamente pode ser realizada a galvanização de perfis Custo elevado. 03/10/2016 32 Emendas: • As emendas das estacas devem ser realizadas por meio de talas soldadas ou parafusadas, devendo as mesmas resistir às solicitações que possam ocorrer durante o manuseio, à cravação e ao trabalho do componente estrutural. • O eletrodo a ser usado deve ser especificado em projeto, compatível com o material da estaca e de classe não inferior ao tipo AWS E-7018 (aços ASTM A36, A572 e aços-carbono comuns). • No caso dos trilhos, devem-se empregar elementos cuja composição química seja de aço carbono comum (baixo teor de carbono) evitando-se aços especiais, duros, devido à dificuldade de realização das emendas e ao risco de quebra da estaca durante seu manuseio e cravação. Cravação: • A NBR-6122/10 prescreve que não seja utilizado martelo com peso menor que 10 kN. • Peso do martelo não inferior a 30 kN para estacas com carga de trabalho de 0,7 MN a 1,3 MN. • Para estacas com carga de trabalho superior a 1,3 MN o sistema de cravação deve ser estudado previamente. • Entretanto, embora um peso de martelo elevado seja vantajoso para cravação de estacas, no caso de perfis metálicos, o uso de martelos ou de alturas de quedas muito elevadas, sem a observância de uma nega adequada, pode levar a cravação excessiva. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Emenda e cravação das estacas Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Trilho ferroviários 03/10/2016 33 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Estacas tipo Trilho Tipo Peso (kg/m) Carga estrutural (kN) Novo Usado TR25 25 250 200 TR32 32 320 265 TR37 37 370 296 TR45 45 450 360 TR50 50 500 400 TR57 57 570 456 TR68 68 680 544 Cargas estruturais usualmente empregadas em Estacas tipo Trilho Tensão de escoamento = 240 MPa. Detalhe da solda para emenda de estacas tipo trilho (tala de emenda). Equipamento de cravação com martelo de queda livre preparando-se para cravação de estaca tipo trilho. Engº. Sérgio P M de Araujo - M.Sc em Geotecnia Estacas tipo Trilho 03/10/2016 34 Preparo da solda: Colocação da tala de emenda no elemento a ser içado e soldado. Estaca metálica tipo trilho cravada. Solda realizada para emenda de trilho TR-68 simples. Engº. Sérgio P M de Araujo - M.Sc em Geotecnia Emenda nas estacas tipo Trilho Içamento de estaca trilho para realização de emenda – Obra bairro São Bento – BH/MG.. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Içamento da estaca tipo Trilho 03/10/2016 35 Colocação do capacete na estaca trilho. Verificação do prumo da estaca antes da soldagem. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Posicionamento e verificação do prumo Escavação para realização de corte de arrasamento da estaca com maçarico – Estaca cortada na cota de arrasamento– Soldagem de chapa de coroamento para redução do puncionamento no bloco. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Arrasamento e coroamento 03/10/2016 36 Detalhe e identificação de estaca metálica tipo trilho. Detalhe de estaca metálica tipo trilho TR-68 quebrada (elevado teor de carbono). Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Quebra de trilhos (TR-68) Detalhe de estacas trilho emendadas: Soldagens de estacas duplas, triplas e quádruplas – Observar a variação de “duplagem” de trilhos (mesa-mesa e boleto-mesa). Composição de perfis com trilhos 03/10/2016 37 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Perfis Soldados • Limite de escoamento de 250 MPa. • Disponíveis em várias seções: perfis série CS tipo H Em geral são usados perfis isolados. Detalhe de estacas metálicas soldadas (dupladas) cravadas – Perfis I “duplados” (esquerda) e trilhos “duplados” (direita). Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Composição de estacas soldadas 03/10/2016 38 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Perfis Laminados • Limite de escoamento de 345 MPa. • Disponíveis em várias seções: perfis série H e W (I) Em geral são usados perfis isolados. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Perfis Laminados • Limite de escoamento de 345 MPa. • Disponíveis em várias seções: perfis série H e W (I) Em geral são usados perfis isolados. 03/10/2016 39 Estaca tipo Perfil metálico Estaca perfil com acelerômetro e medidor de deformação específica para realização de ensaio PDA. Preparo de estacas perfil para instrumentação PDA Perfuração dos perfis para colocação de acelerômetro e medidor de deformação. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Preparo do topo da estaca (aplainando) para realização de emenda (corte com maçarico). Solda de emenda de estaca inclinada (Espessador de Lama – Gerdau – Miguel Burnieur/MG. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Estaca tipo Perfil 03/10/2016 40 Colocação do perfil no bate estaca de queda livre. – Detalhe de colocação da estaca no capacete. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Posicionamento da estaca para cravação Cravação de estacas metálicas (perfil) HP 310 x 93 inclinadas de 7º. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Cravação de estacas inclinadas 03/10/2016 41 Espessura de sacrifício (NBR-6122/96) Detalhe da emenda em perfil considerando que a solda tenha a mesma capacidade de carga do perfil (inclusive a tração) Emenda das estacas metálicas (perfil) Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Especificação das talas para emenda dos perfis. Emenda das estacas metálicas (perfil) 03/10/2016 42 Detalhe de estacas metálicas cravadas (perfil) HP 310 x 93 inclinadas de 7º - Cavaletes. Detalhes de danos gerados durante a cravação em estacas metálicas. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Danos em perfis devido a cravação Estacas da Série 310 Composição de perfis – Seção decrescente Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 43 Composição de perfis da Série 310 com seção decrescente. Composição de perfis – Seção decrescente Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Cravação de estaca metálica inclinada com utilização de martelo hidráulico Utilização de perfis de seção decrescente. Composição de perfis – Seção decrescente 03/10/2016 44 Detalhe de estacas metálicas cravadas – Tubos Mannesmann Ø 32 cm – Blocos de 3 e 4 estacas. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Estacas metálicas tubulares Cravação de estacas metálicas (tubulares) – Obra Mannesmann Barreiro – Detalhe das fases de levantamento e centralização da estaca no CG do pilar. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Içamento e posicionamento 03/10/2016 45 Estacas metálicas (tubulares) – Obra Mannesmann Barreiro – Diferentes seções. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Estacas metálicas tubulares Detalhe das chapas de coroamento das estacas. Cravação de estacas metálicas (tubulares) Obra Mannesmann Barreiro – Detalhe de cravação de estacas para um bloco triplo. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Coroamento – Bloco de estacas 03/10/2016 46 Localidade: Macau – China. Obra: • Construção de ilhas artificiais (ensecadeiras) com a utilização de estacas circulares metálicas (aço) com diâmetro de 22 metros e espessura de 25,4 mm, com sistemas de enrijecimento internos de aço. • Profundidade das estacas entre 42 e 49 metros. • Peso aproximado das estacas de 500 toneladas. Sistema de cravação: Utilização de 8 martelos vibratórios acoplados em série da APE. Total de estacas e produtividade: 120 estacas com produtividade média de 2 estacas por dia. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia “Estacas” tubulares na China Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia “Estacas” tubulares na China Detalhe da estaca içada para posicionamento e cravação. Detalhe de montagem e dos enrijecedores da estaca 03/10/2016 47 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia “Estacas” tubulares na China Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia “Estacas” tubulares na China 03/10/2016 48 Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia “Estacas” tubulares na China 4.9.2.4) Estacas de madeira • São constituídas por troncos de árvores, razoavelmente retilíneos, que tem uma preparação das extremidades (topo e ponta) para cravação, limpeza da superfície lateral e, caso sejam utilizadas em obras permanentes, um tratamento com produtos preservativos. • No Brasil são utilizadas quase que exclusivamente em obras temporárias. • No passado eram utilizadas em obras permanentes (Teatro Municipal do Rio de Janeiro). • As estacas de madeira tem uma duração ilimitada quando mantidas permanentemente debaixo d´água. Quando sujeitas a alternância de secura e umidade, quase todas as madeiras são destruídas rapidamente. • Como principais vantagens pode-se citar a facilidade de manuseio, de corte e preparação para cravação e após a cravação. • A madeira para ser utilizada como estaca deve preservar o alburno, elemento que absorve bem o creosoto e outros preservativos, sendo que a casca deve ser removida. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 49 • Da preocupação de se manter em bom estado as estacas de madeira decorre que elas devem ser arrasadas, nas regiões onde o nível do lençol freático está sujeito a variações, sempre abaixo do nível mínimo. • Deve-se chamar atenção para o fato de que o rebaixamento do lençol freático para a execução de fundações ou obras subterrâneas em terrenos vizinhos, ainda que temporário, pode comprometer a segurança de obras suportadas por estacas de madeira. • A deterioração das estacas de madeira é devida a três causas principais: – Apodrecimento produzido pela presença de vegetais, cogumelos ou fungos que vivem na madeira; – Ao ataque de térmitas ou cupins (menos freqüente); – Por brocas marinhas entre as quais se incluem vários crustáceos e moluscos. • As brocas marinhas perfuram as madeiras tanto para seu alimento quanto para deposição de larvas. Uma estaca de obra marinha atacada por brocas pode apresentar exteriormente, somente alguns furos do tamanho de alfinete e interiormente estar completamente perfuradas. • Os animais marinhos são mais destrutivos que os demais e atacam a madeira mesmo abaixo do nível de água. Estacas de madeiraEngº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Cravação de estacas de madeira - Detalhe de instrumentação em estacas de madeira (PDA). Engº. Sérgio P M de Araujo - M.Sc em Geotecnia Instrumentação em estaca de madeira 03/10/2016 50 5) Tubulões escavados a céu aberto • “Elemento de fundação profunda, cilíndrico, em que em pelo menos na sua etapa final, há descida de operário” (ABNT). • Podem ter o fuste escavado manual ou mecanicamente; • Abertura de base (alargamento da base) é manual; • Podem ser encamisados ou não (camisas metálicas ou de concreto); • No caso de camisas metálicas podem ser recuperadas ou não; • É sempre uma solução atrativa no que se refere ao aspecto econômico; – Concreto com baixo consumo de cimento e mão de obra barata!! • Tecnicamente possibilita a verificação “in loco” do solo de apoio e das dimensões finais das escavações (fuste e base); • Problemas relacionados a desbarrancamentos, excesso de água, gases e matacões de grande porte podem inviabilizar a sua execução. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Tubulões com utilização de revestimento metálico recuperável (Obra CNT – Niquelância/GO) – Detalhe da colocação do revestimento. Camisa metálica recuperável 03/10/2016 51 • Escavação de tubulão a céu aberto com uso de revestimento de concreto não recuperável e esgotamento de água realizado por bombeamento (bomba de recalque ou submersa). • Não é recomendável a adoção desse procedimento em solos arenosos, devendo-se escavar a céu aberto em presença de água apenas em solos argilosos (baixa permeabilidade). Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Revestimento com anéis de concreto Escavação de fuste mecanizada (Ø 130 cm) Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 52 Inspeção de piso para abertura de bases – Slump Test Detalhe de armação integral Obra: Novo Nordisk - Montes Claros/MG. Ensaio de abatimento “Slump” = 10 cm. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Detalhe de colocação de armação integral Obra: Novo Nordisk - Montes Claros/MG. Reforço de fundações em estacas hélice contínua realizados com tubulões. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 53 Inspeção da geometria de base Bombeamento de “ar” para a base. Verificação de “barrigas” / ângulo de disparo. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Desmonte a frio – Argamassa expansiva Bloco de calcário obstruindo cerca de 60% da seção do fuste. Aplicação de argamassa expansiva nos pré-furos Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 54 Bloco de calcário após desmonte com utilização de argamassa expansiva – Detalhe “ in loco” das trincas geradas 24 horas após a aplicação da argamassa - Obra: Novo Nordisk - Montes Claros/MG. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Desmonte a frio – Argamassa expansiva Desmonte com explosivos plásticos Detalhe do estopim com espoleta. Detalhe do retardador no cordel. Explosivo plástico, cordel e estopim Início do aterro (tampão) Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 55 Verificação das profundidades dos furos para colocação de explosivos. Término do tampão e cordel detonante na superfície “boca do tubulão”. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Desmonte com explosivos plásticos Detalhe dos grampos com barras Ø 12,5 mm. Execução do grampeamento das paredes do fuste com tela. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Grampeamento de material solto no fuste 03/10/2016 56 Perfuração de bloco de rocha para colocação de explosivo plástico. Detalhes de blocos de rocha e pedras devidamente protegidos pelos grampos e telas. Detalhe das telas “argamassadas”. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Ferramentas para desmonte de rocha Perfuratriz pneumática. Martelo pneumático - 11 kg e 45 kg. Mais um dia de trabalho... Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 57 6) Tubulões a ar comprimido (pneumáticos) • É necessário quando se atinge o lençol freático, devendo-se revestir a escavação e utilizar ar comprimido; • Utiliza-se uma campânula que recebe ar comprimido com uma pressão que impede a entrada da água para o interior da escavação; • A campânula possui cachimbos para descarga de material escavado e para concretagem; • Muito utilizados para fundações de viadutos e pontes para rios, lagoas e para travessia do mar (Ponte Rio Niterói). • Podem ser executados: – Fuste escavado mecanicamente – Fuste escavado manualmente Fuste escavado mecanicamente: • Usualmente emprega-se um revestimento metálico que pode ou não ser recuperado. • A escavação do fuste é feita por equipamento, mantendo água no interior do tubulão. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia • Atingida a profundidade prevista é instalada a campânula, aplicado o ar comprimido e os operários descem para fazer o alargamento da base. • Normalmente concreta-se a base e um trecho do fuste sob ar comprimido. Assim que esse concreto adquire alguma resistência, a campânula pode ser retirada e o restante do fuste é concretado a céu aberto. • O equipamento necessário para a execução desse tipo de tubulão consiste numa máquina que faz descer a camisa metálica (chamada tubuladora) e numa máquina de escavação (que escava internamente o tubo). Em alguns casos, o revestimento metálico pode ser cravado à percussão. • Conforme equipamento disponível pode-se recuperar o revestimento metálico, cuja extração é iniciada logo após a concretagem do fuste. Fuste escavado manualmente: • Emprega-se revestimento metálico ou de concreto. Quando o diâmetro tubulão excede a disponibilidade de revestimento metálico (150 cm) ou por razões de custo, lança-se mão de revestimento de concreto. O revestimento desce junto com o processo de escavação. • O 1º elemento tem forma especial e compreende a câmara de trabalho. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 58 Esquema de montagem de tubulão a ar comprimido com revestimento de concreto. Equipamento de escavação para revestimentos metálicos (“Benoto”) Esquema de trabalho na execução de tubulão a ar comprimido. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Campânula de ar comprimido 03/10/2016 59 Detalhes dos cachimbos de material de escavação e de concretagem. Execução de tubulões pneumáticos para construção de ponte sobre rio. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Detalhes dos cachimbos de concretagem e da entrada da campânula. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Campânula de ar comprimido 03/10/2016 60 Detalhe das válvulas de pressão, sistema elétrico, etc., dentro da campânula. Detalhe do guincho de içamento e descida de material e pessoal. Detalhe da entrada para o fuste do tubulão. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Interior da campânula de ar comprimido Detalhe das camisas de concreto pré-fabricadas – Detalhe de tubulão concluído – Operário entrando na campânula. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Camisas de concreto pré-fabricado 03/10/2016 61 Execução de tubulões pneumáticos para construção de pontes para rodovias e para obra predial em centro urbano (pouco comum atualmente). Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Execução de tubulões a ar comprimido – Obra metro de Salvador (1999) – Tubulões concluídos. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 62Detalhe de operação de remoção de material escavado através dos cachimbos de escavação. Vista interna da base de tubulão pneumático com funcionários se preparando para içamento após a conferência da geometria da base. Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia Inspeção de base Retirada de material das escavações 6.1) Tubulões a ar comprimido – NR-15 • O trabalhador não poderá sofrer mais que uma compressão num período de 24 horas; • Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm² (34 m.c.a, 3,4 atm, 340 KPa), exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão, sob supervisão direta do médico responsável; • A duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior a 8 horas, em pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm2; a 6 horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm2; e a 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm2; • Após a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 horas, no canteiro de obra, cumprindo um período de observação médica; • Os operários devem ter mais de 18 e menos de 45 anos de idade; • A compressão deve ser gradual, no primeiro minuto, após o início da compressão, a pressão não poderá ter incremento maior que 0,3 kgf/cm2. • Atingido este valor, o aumento da pressão deverá ser feito a uma velocidade não-superior a 0,7 kgf/cm2, por minuto, para que nenhum trabalhador seja acometido de mal-estar; Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia 03/10/2016 63 Estágios de compressão e descompressão Engº. Sérgio Paulino Mourthé de Araujo - M.Sc em Geotecnia
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