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Apostila teórica

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
ANATOMIA BÁSICA 
PROFESSORA: FLÁVIA DUTRA DA SILVEIRA MAGALHÃES COTTA 
 
APOSTILA TEÓRICA 
 
 
 
CURSO: 
ALUNO: 
TURMA: 
BELO HORIZONTE 
2018 
 
2 
 
HISTÓRIA DA ANATOMIA 
“Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo 
nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o agasalhou. 
Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou 
um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse 
derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus sabe. Mas o destino inexorável 
deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou indiferente“ 
 (Rokitansky,1876). 
 
O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da Itália com 
Alcméon de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo depois, um texto clínico da escola 
hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada com a dissecação. Aristóteles 
mencionou as ilustrações anatômicas quando se referiu aos paradigmas, que provavelmente eram figuras 
baseadas na dissecação animal. No século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na 
Alexandria. Muitas descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que 
realizaram dissecações humanas de modo sistemático. A partir do ano 150 A.C., a dissecação humana foi 
de novo proibida por razões éticas e religiosas. O conhecimento anatômico sobre o corpo humano continuou 
no mundo helenístico, porém só se conhecia através das dissecações em animais. No século II D.C., Galeno 
dissecou quase tudo, macacos e porcos, aplicando depois os resultados obtidos na anatomia humana, quase 
sempre corretamente; contudo, alguns erros foram inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os 
3 
 
achados em cadáveres humanos. Galeno desenvolveu assim mesmo a doutrina da “causa final”, um sistema 
teológico que requeria que todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia. 
Porém não chegaram até nós as ilustrações anatômicas do período clássico, sendo as “séries de cinco figuras” 
medievais dos ossos, veias, artérias, órgãos internos e nervos são provavelmente cópias de desenhos 
anteriores. Invariavelmente, as figuras são representadas numa posição semelhante a de uma rã aberta, para 
demonstrar os diversos sistemas, às vezes, se agrega uma sexta figura que representa uma mulher grávida e 
órgãos sexuais masculinos ou femininos. Nos antigos baixos-relevos, camafeus e bronzes aparecem muitas 
vezes representações de esqueletos e corpos encolhidos cobertos com a pele (chamados lêmures), de caráter 
mágico ou simbólico mais que esquemático e sem finalidade didática alguma. 
Parece que o estudo da anatomia humana recomeçou mais por razões práticas que intelectuais. A guerra não 
era um assunto local e se fez necessário dispor de meios para repatriar os corpos dos mortos em combate. O 
embalsamento era suficiente para trajetos curtos, mas as distâncias maiores como as Cruzadas introduziram 
a prática de “cocção dos ossos”. A bula pontifica De sepulturis de Bonifácio VIII (1300), que alguns 
historiadores acreditaram equivocadamente proibir a dissecção humana, tentava abolir esta prática. O 
motivo mais importante para a dissecação humana, foi o desejo de saber a causa da morte por razões 
essencialmente médico-legais, de averiguar o que havia matado uma pessoa importante ou elucidar a 
natureza da peste ou outra enfermidade infecciosa. 
O verbo “dissecar” era usado também para descrever a operação cesariana cada vez mais frequente. A 
tradição manuscrita do período medieval não se baseou no mundo natural. As ilustrações anteriores eram 
aceitas e copiadas. Em geral, a capacidade dos escritores era limitada e ao examinar a realidade natural, 
introduziram pelo menos alguns erros, tanto de conceito como de técnica. As coisas “eram vistas” tal qual os 
antigos e as ilustrações realistas eram consideradas como um curto-circuito do próprio método de estudo. 
A anatomia não era uma disciplina independente, mas um auxiliar da cirurgia, que nessa época era 
relativamente grosseira e reunia sobre todo conhecer os pontos apropriados para a sangria. Durante todo o 
tempo que a anatomia ostentou essa qualidade oposta à prática, as figuras não-realistas e esquemáticas 
foram suficientes. 
O primeiro livro ilustrado com imagens impressas mais do que pintadas foi a obra de Ulrich Boner Der 
Edelstein. Foi publicada por Albrecht Plister em Banberg depois de 1460 e suas ilustrações foram algo mais 
que decorações vulgares. Em 1475, Konrad Megenberg publicou seu Buch der Natur, que incluía várias 
gravuras em madeira representando peixes, pássaros e outros animais, assim como plantas diversas. Essas 
figuras, igual a muitas outras pertencentes a livros sobre a natureza e enciclopédias desse período, estão 
dentro da tradição manuscrita e são dificilmente identificáveis. 
4 
 
Dentre os muitos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da técnica ilustrativa no começo do 
século XVI, dois ocuparam lugar destacado: o primeiro foi o final da tradição manuscrita consistente em 
copiar os antigos desenhos e a conversão da natureza em modelo primário. Chegou-se ao convencimento de 
que o mais apropriado para o homem era o mundo natural e não a posteridade. O escolasticismo de São 
Tomás de Aquino havia preparado inadvertidamente o caminho através da separação entre o mundo natural 
e o sobrenatural, prevalecendo a teologia sobre a ciência natural. O segundo fator que influiu no 
desenvolvimento da ilustração científica para o ensino foi a lenta instauração de melhores técnicas. No 
começo os editores, com um critério puramente quantitativo, pensaram que com a imprensa poderiam fazer 
grande quantidade de reproduções de modo fácil e barato. Só mais tarde reconheceram a importância que 
cada ilustração fosse idêntica ao original. A capacidade para repetir exatamente reproduções pictórica, 
daquilo que se observava, constituiu a característica distinta de várias disciplinas científicas, que 
descartaram seu apoio anterior à tradição e aceitação de uma metodologia, que foi descritiva no princípio e 
experimental mais tarde. 
As primeiras ilustrações anatômicas impressas baseiam-se na tradição manuscrita medieval. O Fasciculus 
medicinae era uma coleção de textos de autores contemporâneos destinada aos médicos práticos, que 
alcançou muitas edições. Na primeira (1491) utilizou-se a xilografia pela primeira vez, para figuras 
anatômicas. As ilustrações representam corpos humanos mostrando os pontos de sangria, e linhas que unem 
a figura às explicações impressas nas margens. As dissecações foram desenhadas de uma forma primitiva e 
pouco realista. 
 
5 
 
Na segunda edição (1493), as posições das figuras são mais naturais. Os textos de Hieronymous Brunschwig 
(cerca de 1450-1512) continuaram utilizando ilustrações descritivas. O capítulo final de uma obra de 
Johannes Peyligk (1474-1522) consiste numa breve anatomia do corpo humano como um todo, mas as onze 
gravuras de madeira que inclui são algo mais que representações esquemáticas posteriores dos árabes. Na 
Margarita philosophica de George Reisch (1467-1525), que é uma enciclopédia de todas as ciências, forma 
colocadas algumas inovações nas tradicionais gravuras em madeira e as vísceras abdominais são 
representadas de modo realista. 
Além desses textos anatômicos destinadosespecificamente aos estudantes de medicina e aos médicos, foram 
impressas muitas outras páginas com figuras anatômicas, intituladas não em latim (como todas as obras 
para médicos), mas sim em várias línguas vulgares. Houve um grande interesse, por exemplo, na concepção 
e na formação do feto humano. O uso frequente da frase “conhece-te a ti mesmo” fala da orientação filosófica 
e essencialmente não médica. A “Dança da Morte” chegou a ser um tema muito popular, sobretudo nos países 
de língua germânica, após a Peste Negra e surpreendentemente, as representações dos esqueletos e da 
anatomia humana dos artistas que as desenharam são melhores que as dos anatomistas. 
 
Os artistas renascentistas do século XV se interessavam cada vez mais pelas formas humanas, e o estudo da 
anatomia fez parte necessária da formação dos artistas jovens, sobretudo no norte da Itália. 
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro artista que considerou a anatomia além do ponto de vista 
meramente pictórico. Fez preparações que logo desenhou, das quais são conservadas mais de 750, e 
representam o esqueleto, os músculos, os nervos e os vasos. As ilustrações foram completadas muitas vezes 
com anotações do tipo fisiológico. A precisão de Leonardo é maior que a de Vesalio e sua beleza artística 
6 
 
permanece inalterada. Sua valorização correta da curvatura da coluna vertebral ficou esquecida durante 
mais de cem anos. Representou corretamente a posição do fetus in utero e foi o primeiro a assinalar algumas 
estruturas anatômicas conhecidas. Só uns poucos contemporâneos viram seus folhetos que, sem dúvida, não 
foram publicados até o final do século passado. 
 
Michelangelo Buonarotti (1475-1564) passou pelo menos vinte anos adquirindo conhecimentos anatômicos 
através das dissecações que praticava pessoalmente, sobretudo no convento de Santo Espírito de Florença. 
Posteriormente expôs a evolução a que esteve sujeito, ao considerar a anatomia pouco útil para o artista até 
pensar que encerrava um interesse por si mesma, ainda que sempre subordinada à arte. 
Albrecht Dürer (1471-1528) escreveu obras de matemática, destilação, hidráulica e anatomia. Seu tratado 
sobre as proporções do corpo humano foi publicado após sua morte. Sua preocupação pela anatomia humana 
era inteiramente estética, derivando em último extremo um interesse pelos cânones clássicos, através dos 
quais podia adquirir-se a beleza. 
Com a importante exceção de Leonardo, cujos desenhos não estiveram ao alcance dos anatomistas do século 
XVII, o artista do Renascimento era anatomista só de maneira secundária. Ainda foram feitas importantes 
contribuições na representação realista da forma humana (como o uso da perspectiva e do sombreado para 
sugerir profundidade e tridimensionalidade), e os verdadeiros avanços científicos exigiam a colaboração de 
anatomistas profissionais e de artistas. Quando os anatomistas puderam representar de modo realista os 
conhecimentos anatômicos corretos, se iniciou em toda Europa um período de intensa investigação, 
7 
 
sobretudo no norte da Itália e no sul da Alemanha. O melhor representante deste grupo é Jacob Berengario 
da Capri (+1530), autor dos Commentaria super anatomica mundini (1521), que contém as primeiras 
ilustrações anatômicas tomadas do natural. Em 1536, Cratander publicou em Basiléia uma edição das obras 
de Galeno, que incluía figuras, especialmente de osteologia, feitas de um modo muito realista. A partir de 
uma data tão cedo como 1532, Charles Estienne preparou em Paris uma obra em que ressaltava a completa 
representação pictórica do corpo humano. 
VESÁLIO 
Uma das primeiras e mais acertada solução para uma reprodução perfeita das representações gráficas foi 
encontrada nas ilustrações publicadas nos tratados anatômicos de Andrés Vesálio (1514-1564), que 
culminou com seu De humanis corpori, fabricada em 1553, um dos livros mais importantes da história do 
homem. Vesálio comprovou também que não são iguais em todos os indivíduos. Relatou sua surpresa ao 
encontrar inúmeros erros nas obras de Galeno, e temos que ressaltar a importância de sua negativa em 
aceitar algo só por tê-lo encontrado nos escritos do grande médico grego. Sem dúvida, apesar de ter 
desmentido a existência dos orifícios que Galeno afirmava existir comunicando as cavidades cardíacas, foi 
de todas as maneiras um seguidor da fisiologia galênica. Foram engrandecidas as diferenças que separavam 
seu conhecimento anatômico do de Galeno, começando pelo próprio Vesálio. 
Talvez pensasse que uma polêmica era um modo de chamar atenção. Manteve depois uma disputa acirrada 
com seu mestre Jacques du Bois (ou Sylvius, na forma latina), que foi um convencido galenista cuja única 
resposta, ante as diferenças entre algumas estruturas tal como eram vistas por Vesálio e como as havia 
descrito Galeno, foi que a humanidade devia tê-lo mudado durante esses dois séculos. 
 
8 
 
Vesálio tinha atribuído o traçado das primeiras figuras a um certo Fleming, mas na Fabrica não confiou em 
ninguém, e a identidade do artista ou artistas que colaboraram na sua obra tem sido objeto de grande 
controvérsia, que se acentuou ante a questão de quem é mais importante, se o artista ou o anatomista. Essa 
última foi uma discussão não pertinente, já que é óbvio que as ilustrações são importantes precisamente 
porque juntam uma combinação de arte e ciência, uma colaboração entre o artista e o anatomista. As figuras 
da Fabrica implicam em tantos conhecimentos anatômicos que forçosamente Vesálio devia participar na 
preparação dos desenhos, ainda que o grau de refinamento e do conhecimento de técnicas novas de desenho, 
também para os artistas do Renascimento, excluem também que fora o único responsável. Até hoje é 
discutido se Jan Stephan van Calcar (1499-1456/50), que fez as primeiras figuras e trabalhou no estúdio de 
Ticiano na vizinha Veneza, era o artista. De qualquer maneira, havia-se encontrado uma solução na busca de 
uma expressão pictórica adequada aos fenômenos naturais. 
No século XVII foram efetuadas notáveis descobertas no campo da anatomia e da fisiologia humana. Francis 
Glisson (1597-1677) descreveu em detalhes o fígado, o estômago e o intestino. Apesar de seus pontos de 
vista sobre a biologia serem basicamente aristotélicos, teve também concepções modernas, como a que se 
refere aos impulsos nervosos responsáveis pelo esvaziamento da vesícula biliar. 
Thomas Wharton (1614-1673) deu um grande passo ao ultrapassar a velha e comum ideia de que o cérebro 
era uma glândula que secretava muco (sem dúvida, continuou acreditando que as lágrimas se originavam 
ali). Wharton descreveu as características diferenciais das glândulas digestivas, linfáticas e sexuais. O 
conduto de evacuação da glândula salivar submandibular conhece-se como conduto de Wharton. Uma 
importante contribuição foi distinguir entre glândulas de secreção interna (chamadas hoje endócrinas), cujo 
produto cai no sangue, e as glândulas de secreção externa (exócrinas), que descarregam nas cavidades. 
Niels Steenson, em 1611, estabeleceu a diferença entre esse tipo de glândula e os nódulos linfáticos (que 
recebiam o nome de glândula apesar de não fazer parte do sistema). Considerava que as lágrimas provinham 
do cérebro. A nova concepção dos sistemas de transporte do organismo que se obteve graças às 
contribuições de muitos investigadores ajudou a resolver os erros da fisiologia galênica referentes à 
produção de sangue. 
Gasparo Aselli (1581-1626) descobriu que após a ingestão abundante de comida o peritônio e o intestino de 
um cachorro se cobriam de umas fibras brancas que, ao serem seccionadas, extravasavam um líquido 
esbranquiçado. Tratava-se dos capilares quilíferos. Até a época de Harvey se pensava que a respiração 
estimulava o coração para produzir espíritos vitais no ventrículo direito. Harvey, porém, demonstrou que o 
sangue nos pulmões mudava de venoso para arterial, mas desconheciaas bases desta transformação. A 
explicação da função respiratória levou muitos anos, mas durante o século XVII foram dados passos 
importantes para seu esclarecimento. 
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Gasparo Aselli (1581-1626) descobriu que após a ingestão abundante de comida o peritônio e o intestino de 
um cachorro se cobriam de umas fibras brancas que, ao serem seccionadas, extravasavam um líquido 
esbranquiçado. Tratava-se dos capilares quilíferos. Até a época de Harvey se pensava que a respiração 
estimulava o coração para produzir espíritos vitais no ventrículo direito. Harvey, porém, demonstrou que o 
sangue nos pulmões mudava de venoso para arterial, mas desconhecia as bases desta transformação. A 
explicação da função respiratória levou muitos anos, mas durante o século XVII foram dados passos 
importantes para seu esclarecimento. 
Robert Hook (1635-1703) demonstrou que um animal podia sobreviver também sem movimento pulmonar 
se inflássemos ar nos pulmões. 
Richard Lower (1631-1691) foi o primeiro a realizar transfusão direta de sangue, demonstrando a diferença 
de cor entre o sangue arterial e o venoso, a qual se devia ao constato com o ar dos pulmões. 
John Mayow (1640-1679) afirmou que a vermelhidão do sangue venoso se devia à extração de alguma 
substância do ar. Chegou à conclusão de que o processo respiratório não era mais que um intercâmbio de 
gases do ar e do sangue; este cedia o espírito nitroaéreo e ganhava os vapores produzidos pelo sangue. 
Em 1664 Thomas Willis (1621-1675) publicou De Anatomi Cerebri (ilustrado por Christopher Wren e 
Richard Lower), sem dúvida o compêndio mais detalhado sobre o sistema nervoso. Seus estudos anatômicos 
ligaram seu nome ao círculo das artérias da base do cérebro, ao décimo primeiro par craniano e também a 
um determinado tipo de surdez. Contudo, sua obsessão em localizar no nível anatômico os processos mentais 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwihyvjGjJ3cAhWExVkKHcB6CBYQjRx6BAgBEAU&url=https://www.canarias7.es/hemeroteca/la_anatomia_y_la_vision_de_vesalio-CBCSN349874&psig=AOvVaw3jIQ25lU_nZX7y51X8Uk43&ust=1531606377067784
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o fez chegar a conclusões equívocas; entre elas, que o cérebro controlava os movimentos do coração, 
pulmões, estômago e intestinos e que o corpo caloso era assunto da imaginação. 
A partir de então, o desenvolvimento da anatomia acelerou-se. Berengario da Carpi estudou o apêndice e o 
timo, e Bartolomeu Eustáquio os canais auditivos. A nova anatomia do Renascimento exigiu a revisão da 
ciência. O inglês William Harvey, educado em Pádua, combinou a tradição anatômica italiana com a ciência 
experimental que nascia na Inglaterra. Seu livro a respeito, publicado em 1628, trata de anatomia e fisiologia. 
Ao lado de problemas de dissecação e descrição de órgãos isolados, estuda a mecânica da circulação do 
sangue, comparando o corpo humano a uma máquina hidráulica. O aperfeiçoamento do microscópio (por 
Leeuwenhoek) ajudou Marcello Malpighi a provar a teoria de Harvey, sobre a circulação do sangue, e 
também a descobrir a estrutura mais íntima de muitos órgãos. Introduzia-se, assim, o estudo microscópico 
da anatomia. Gabriele Aselli punha em evidência os vasos linfáticos; Bernardino Genga falava, então, em 
“anatomia cirúrgica”. 
Nos séculos XVIII e XIX, o estudo cada vês pormenorizado das técnicas operatórias levou à subdivisão da 
anatomia, dando-se muita importância à anatomia topográfica. O estudo anatômico-clínico do cadáver, como 
meio mais seguro de estudar as alterações provocadas pela doença, foi introduzido por Giovan Battista 
Morgani. Surgia a anatomia patológica, que permitiu grandes descobertas no campo da patologia celular, por 
Rudolf Virchow, e dos agentes responsáveis por doenças infecciosas, por Pasteur e Koch. 
Recentemente, a anatomia tornou-se submicroscópica. A fisiologia, a bioquímica, a microscopia eletônica e 
positrônica, as técnicas de difração com raios X, aplicadas ao estudo das células, estão descrevendo suas 
estruturas íntimas em nível molecular. 
Hoje em dia há a possibilidade de estudar anatomia mesmo em pessoas vivas, através de técnicas de imagem 
como a radiografia, a endoscopia, a angiografia, a tomografia axial computadorizada, a tomografia por 
emissão de positrões, a imagem de ressonância magnética nuclear, a ecografia, a termografia e outras. 
 
 
 
 
 
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SUGESTÃO DE LEITURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjJwM6Kip3cAhWNjlkKHfM9BBYQjRx6BAgBEAU&url=https://www.casasbahia.com.br/livros/livrodemedicinaesaude/livrosdeanatomia/os-cadernos-anatomicos-de-leonardo-da-vinci-leonardo-da-vinci-1930471.html&psig=AOvVaw0ZbfSI8lxieUS16Iq48siu&ust=1531605187444709
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi-3sPWip3cAhVnpVkKHV1CCA0QjRx6BAgBEAU&url=http://www.godofredofrancaleiloes.com.br/peca.asp?ID%3D17720&psig=AOvVaw2zsx8ZG4hKaX4PDiV0mt3Y&ust=1531605867856103
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj5wtz8ip3cAhVvrlkKHbNrCXIQjRx6BAgBEAU&url=https://livros.mercadolivre.com.br/petrucelli-historia-de-la-medicina-lyons&psig=AOvVaw2zsx8ZG4hKaX4PDiV0mt3Y&ust=1531605867856103
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O que é o homem Vitruviano? 
 
Com certeza já deve tê-lo visto em livros, revistas, encartes de CD, internet, ou 
outra mídia qualquer. Mas não é uma simples ilustração, há algo valioso contido 
no mesmo. Este desenho foi encontrado no bloco de notas de Leonardo da Vinci 
e feito pelo próprio por volta de 1490 baseando-se no conceito exposto na obra 
“Os dez livros da Arquitetura”, escrito pelo arquiteto romano Marcus Vitruvius 
Pollio. Desta forma, o homem descrito por Vitruvius apresenta-se como um modelo 
ideal para o ser humano, cujas proporções são perfeitas, segundo o ideal clássico 
de beleza. O desenho também é considerado como um símbolo da simetria básica 
do corpo humano e, para extensão, para o universo como um todo. É interessante 
observar que a área total do círculo é idêntica a área total do quadrado e este 
desenho pode ser considerado um algoritmo matemático para calcular o valor do 
número irracional “phi’ (=1,618). 
Seguindo este conceito de beleza como é descrito o corpo humano? 
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UNIDADE I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA 
 
1. CONCEITO: Anatomia (ANA = em partes; TOMEIN = cortar) é uma palavra de 
origem grega que significa cortar ou dissecar. O estudo da anatomia é parte da 
morfologia que estuda macroscopicamente a constituição dos seres 
organizados. 
 
2. NOMENCLATURA ANATÔMICA 
◼ Ao conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo 
ou suas partes dá-se o nome de nomenclatura anatômica. 
◼ Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura adotar 
termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também 
alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura. 
◼ Dentro desse princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para 
designarcoisas) e os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua 
posição ou situação (nervo mediano); o seu trajeto (artéria circunflexa da 
escápula); as suas conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); a 
sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua função (músculo 
levantador da escápula); critério misto função e situação (músculo flexor 
superficial dos dedos). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito 
lógicos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso 
(fígado, por exemplo). 
 
3. DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
◼ Cabeça: Crânio neural (neurocrânio) e crânio visceral ou face 
(viscerocrânio). 
◼ Pescoço. 
◼ Tronco: Tórax, abdome e pelve. 
◼ Membros superiores: 
➢ Raiz: Ombro. 
➢ Parte livre: Braço, antebraço e mão (palma e dorso). 
◼ Membros inferiores: 
14 
 
➢ Raiz: Quadril. 
➢ Parte livre: Coxa, perna e pé (planta e dorso). 
◼ A transição entre o braço e o antebraço há o cotovelo; entre o antebraço e 
a mão há o punho; entre a coxa e a perna há o joelho; entre a perna e o pé 
há o tornozelo. 
◼ A região posterior do tronco é denominada dorso. 
 
4. POSIÇÃO ANATÔMICA 
◼ Indivíduo em posição ereta (em pé, ortostática ou bípede). 
◼ Olhar dirigido para o horizonte. 
◼ Face voltada para frente. 
◼ Membros superiores estendidos aplicados ao tronco e com as palmas das 
mãos voltadas para frente. 
◼ Membros inferiores unidos com as pontas dos pés dirigidas para frente. 
◼ Não importa que o indivíduo esteja em decúbito dorsal (com o dorso acolado 
à mesa), decúbito ventral (com o ventre acolado à mesa) ou decúbito lateral 
(de lado): as descrições anatômicas são feitas considerando o indivíduo em 
posição anatômica. 
 
5. PLANOS DE SECÇÃO 
◼ Sagital: Plano vertical que atravessa o corpo paralelamente ao plano 
mediano, dividindo o corpo em parte direita e esquerda. 
◼ Frontal ou coronal: Plano vertical que atravessa o corpo formando 
ângulos retos com o plano mediano, dividindo o corpo em parte anterior 
e posterior. 
◼ Transversal: Plano horizontal que atravessa o corpo formando ângulos 
retos com o plano mediano e frontal, dividindo o corpo em parte superior 
e inferior. 
 
6. TERMOS DE RELAÇÃO E COMPARAÇÃO 
◼ Mediana: Estrutura situada no plano mediano. 
◼ Lateral: Estrutura situada mais distante do plano mediano. 
15 
 
◼ Medial: Estrutura situada mais próxima do plano mediano. 
◼ Intermédia: Estrutura situada entre uma lateral e outra medial. 
◼ Dorsal ou posterior: Estrutura situada mais próxima ao dorso. 
◼ Ventral ou anterior: Estrutura situada mais próxima à superfície frontal. 
◼ Rostral: É usado frequentemente em lugar de ventral ao descrever partes 
da cabeça. 
◼ Superior ou cranial: Estrutura situada mais próxima ao vértice, o ponto mais 
alto do crânio. 
◼ Inferior ou podálico ou caudal: Estrutura situada mais próxima da planta do 
pé. No caso do termo caudal é usado caso a estrutura esteja situada até o 
cóccix. 
◼ Proximal: Estrutura do membro superior ou inferior mais próxima da raiz do 
membro. Substitui o termo superior. 
◼ Distal: Estrutura do membro superior ou inferior mais distante da raiz do 
membro. Substitui o termo inferior. 
◼ Média: Estrutura situada entre uma dorsal e outra ventral, entre uma 
superior e outra inferior ou entre uma proximal e outra distal. 
◼ Superficial: Estrutura mais próxima da superfície do corpo. 
◼ Profundo: Estrutura mais distante da superfície do corpo. 
◼ Externo: Estrutura voltada para o exterior de uma cavidade. 
◼ Interno: Estrutura voltada para o interior de uma cavidade. 
 
7. CAVIDADES DO CORPO HUMANO 
◼ Cavidade dorsal: Está localizada próximo à superfície dorsal do corpo. Ela 
é composta por uma cavidade craniana, que é formada pelos ossos do 
crânio e contém o encéfalo e seus revestimentos, e pela cavidade vertebral, 
que é formada pelos ossos da coluna vertebral e contém a medula espinhal. 
◼ Cavidade ventral: Está localizada na porção ventral do corpo e contém 
órgãos chamados coletivamente de vísceras. Como a cavidade dorsal, a 
cavidade ventral do corpo apresenta duas subdivisões principais: uma 
porção superior, chamada cavidade torácica, e uma porção inferior, 
chamada cavidade abdominopélvica. A cavidade torácica contém três 
16 
 
cavidades menores: a cavidade do pericárdio, um espaço preenchido por 
fluido, que circunda o coração, e duas cavidades pleurais, cada uma das 
quais circunda um pulmão e contém pequena quantidade de fluido. A 
porção central da cavidade torácica é denominada mediastino, sendo 
preenchida por tecidos localizados entre as cavidades pleurais e 
estendendo-se do esterno à coluna vertebral, e do pescoço ao diafragma. 
A cavidade abdominopélvica é dividida em duas porções, embora nenhuma 
parede as separe. A porção superior, a cavidade abdominal, contém o 
estômago, o baço, o fígado, a vesícula biliar, o intestino delgado e a maior 
parte do intestino grosso. A porção inferior, a cavidade pélvica, contém a 
bexiga urinária, partes do intestino grosso e os órgãos internos do sistema 
genital. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. O que estuda a anatomia? 
2. O que é nomenclatura anatômica? 
3. O que são epônimos? 
4. Cite exemplos na nomenclatura anatômica que tragam informação ou 
descrição da estrutura. 
5. O corpo humano é dividido em quais regiões? 
6. Os membros superiores e inferiores possuem uma raiz e uma parte 
livre, cite-as. 
7. O coração, o fígado, a mandíbula, a bexiga e o cérebro se localizam em 
quais regiões do corpo humano? 
8. Descreva a correta posição corporal usada no estudo do corpo humano. 
9. Qual plano anatômico é feito para se obter o plano dorsal e ventral? 
10. Qual plano anatômico é feito para se obter o plano superior e inferior? 
11. Diferencie uma estrutura na posição mediana, medial, intermédia e 
média. 
12. Identifique o termo de direção e posição utilizado para comparar as 
estruturas abaixo: 
17 
 
a. A tíbia em relação à fíbula, os dois ossos da perna. 
b. Os três lobos do pulmão direito. 
c. As três falanges do dedo II da mão. 
d. O osso esterno em relação ao coração. 
13. Onde se localiza a cavidade dorsal e a cavidade ventral? 
14. Cite as cavidades que compõem a cavidade dorsal. 
15. Quais estruturas formam a cavidade do crânio e o canal vertebral? 
16. A cavidade ventral possui duas subdivisões principais. Quais são elas? 
17. Cite as três cavidades que compõem a cavidade torácica. 
18. Quais estruturas formam a cavidade do pericárdio, as cavidades 
pleurais e o mediastino? 
19. Cite as duas porções em que é dividida a cavidade abdominopélvica. 
20. Quais estruturas formam a cavidade abdominal e pélvica? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
EXERCÍCIOS COM IMAGENS 
 
1. Identifique as regiões do corpo humano. 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
2. Indique no desenho características da posição de descrição anatômica. Explique 
as características apontadas. 
 
 
21 
 
3. Identifique os planos de secção. Diga quais partes são obtidas destes planos. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
4. Identifique as cavidades do corpo humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
UNIDADE II: SISTEMA LOCOMOTOR 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
FUNÇÕES: Sustentação, conformação do corpo, forma caixas de proteção (para 
órgãos como o coração, pulmões, encéfalo e medula espinhal), local de 
armazenamento de íons Ca e P, forma um sistema de alavancas que movimentadas 
pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo e produção de células do 
sangue. 
 
◼ O esqueleto é o conjunto de 206 ossos articulados para formar o arcabouço 
do corpo. 
◼ Estes ossos encontram-se agrupados em duas categorias principais que 
distinguem o esqueleto axial e o esqueleto apendicular. 
◼ O esqueleto axial constitui o eixo do corpo. É formado pelos ossos dacabeça, do pescoço e do tronco. Formado por 80 ossos. 
◼ O esqueleto apendicular conecta-se ao tronco, contendo os ossos dos 
membros superiores e inferiores. Formado por 126 ossos. 
◼ O tecido ósseo é composto por dois tipos de substâncias ósseas: a 
compacta e a esponjosa. 
◼ A substância compacta não possui espaços livres interpostos às lamínulas 
ósseas, ocupa a camada externa do osso, apresentando-se densa e rija. 
◼ A substância esponjosa encontra-se na camada interna do osso. Suas 
lamínulas ósseas arranjam-se na forma de trabéculas ósseas permitindo a 
presença de espaços entre si. Este arranjo confere aspecto poroso à 
substância esponjosa, cujos espaços são preenchidos pela medula óssea. 
Este padrão de disposição das trabéculas favorece a resistência às forças 
de tensão exercidas sobre o osso. 
◼ A disposição das substâncias compacta e esponjosa pode variar no mesmo 
osso. 
◼ Os ossos são revestidos por tecido conjuntivo denominado periósteo, 
exceto nas superfícies articulares. O periósteo possui dois folhetos: um 
superficial que se apresenta inervado e outro profundo, altamente 
24 
 
vascularizado. Isto propicia melhor fornecimento de nutrientes, favorecendo 
o seu desenvolvimento e reparo. 
◼ Os ossos podem ser classificados de acordo com a sua forma, com a 
predominância de uma de suas dimensões (comprimento, largura ou 
espessura) e com as suas especificidades. Assim, podem ser: 
1. Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por 
um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que 
lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o 
estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que 
há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos apresentam duas 
extremidades, denominadas epífises e um corpo, a diáfise. Esta possui, 
no seu interior, uma cavidade denominada canal medular. As diáfises são 
formadas por tecido ósseo compacto e as epífises apresentam grande 
quantidade de tecido ósseo esponjoso. 
2. Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos 
praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso 
esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo 
compacto. 
3. Ossos Planos: São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas 
de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. 
Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas 
para inserção de músculos. 
4. Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não 
apresentam canal central. 
5. Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e 
revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação 
ao seu volume. 
6. Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser 
agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles têm quantidades 
variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. 
25 
 
7. Ossos Sesamoides: Estão presentes no interior de alguns tendões ou de 
uma cápsula articular. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. Cite duas funções do sistema esquelético. Explique-as. 
2. O que significa esqueleto axial? Ele é composto por quais ossos? 
3. O que significa esqueleto apendicular? Ele é composto por quais ossos? 
4. Qual é o total de ossos no esqueleto axial e no apendicular? 
6. Qual é a diferença entre o tecido ósseo compacto do esponjoso? 
7. O que é periósteo? 
8. Em que se baseia a classificação dos ossos? 
9. Descreva a estrutura anatômica de um osso longo. 
10. O que são ossos curtos? 
11. Qual é a importância dos ossos planos? 
12. Qual é a diferença entre um osso longo e alongado? 
13. O que são ossos pneumáticos? 
14. O que são ossos irregulares? 
15. O que são ossos sesamoides? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
EXERCÍCIOS COM IMAGENS 
 
1. Classifique os ossos indicados pelas setas quanto ao esqueleto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
2. Identifique a substância óssea compacta e esponjosa. 
 
 
 
3. Classifique os ossos indicados pelas setas em longos, curtos, planos, 
alongados, pneumáticos, irregulares ou sesamoides. 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj75YDtrqLcAhUFmlkKHSxWAlcQjRx6BAgBEAU&url=https://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/structure/&psig=AOvVaw2fQyLJ4XHiD_y85w03YQXl&ust=1531787340207256
28 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
4. Identifique as estruturas de um osso longo: 1. Epífises; 2. Diáfise; 3. Canal 
medular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi_uLyUrqLcAhWQslkKHcLhAecQjRx6BAgBEAU&url=https://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-detalhes-da-estrutura-do-osso-image33013302&psig=AOvVaw1GOpQgYIEhUXa8Cv1p0WBO&ust=1531787157666690
30 
 
SISTEMA ARTICULAR 
 
FUNÇÕES: Unir os ossos uns aos outros para constituir o esqueleto. Esta união coloca 
os ossos em contato, permitindo mobilidade. Entretanto, as articulações ocorrem de 
maneiras diferentes conferindo maior ou menor movimentação. 
 
1. ARTICULAÇÕES FIBROSAS 
◼ O elemento que se interpõe às peças ósseas que se articulam é um tecido 
conjuntivo fibroso. 
◼ São conhecidas como sinartroses. 
◼ São imóveis. 
 
2. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS 
◼ O elemento que se interpõe às peças ósseas que se articulam é um tecido 
cartilaginoso, podendo ser uma cartilagem hialina ou fibrosa. 
◼ São conhecidas como anfiartroses. 
◼ São pouco móveis. 
 
3. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
◼ O elemento que se interpõe às peças ósseas que se articulam é uma 
cápsula articular. 
◼ A cápsula articular é uma membrana conjuntiva que envolve a articulação 
sinovial. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e 
a membrana sinovial (interna). A primeira é mais resistente e pode estar 
reforçada, em alguns pontos, por feixes também fibrosos, que constituem 
os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. 
◼ A membrana sinovial é a mais interna. É abundantemente vascularizada e 
inervada, sendo encarregada da produção do líquido sinovial (sinóvia). O 
líquido sinovial tem função lubrificadora permitindo maior amplitude de 
movimento nestas articulações 
◼ Em várias articulações sinoviais, interpostas às superfícies articulares, 
encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos, que 
31 
 
servem à melhor adaptação das superfícies que se articulam destinadas a 
receber fortes pressões, agindo como amortecedores. 
◼ Em muitas articulações sinoviais, existem ligamentos independentes da 
cápsula articular. Esses ligamentos podem ser extracapsulares ou 
intracapsulares. 
◼ São conhecidas como diartroses. 
◼ São móveis. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. O que é articulação? 
2. Qual é a consequência do fato de que nem todas as articulações se unem 
da mesma forma? 
3. Como é o tecido de interposição e o grau de mobilidade das articulações 
fibrosas? 
4. Como é o tecido de interposição e o grau de mobilidade das articulações 
cartilaginosas? 
5. Em qual articulação é encontrada a cápsula articular? 
6. Descreva a cápsula articular. 
7. Qual é a função do líquido sinovial? 
8. Qual é a função dos discos e meniscos das articulações sinoviais? 
9. Qual é o grau de mobilidade das articulações sinoviais? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
EXERCÍCIOS COM IMAGENS 
 
1. Identifique os tipos de articulações abaixo. Em cada uma delas diga o grau de 
mobilidade e marque um x nas que são anfiartroses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
2. Identifique as estruturas de uma cápsula articular. 
 
 
 
 
3. Identifique as estruturas abaixo e diga em qual tipo de articulação elas são 
encontradas?https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjUnd_suaLcAhUFy1kKHeboApMQjRx6BAgBEAU&url=https://br.depositphotos.com/53385985/stock-illustration-normal-synovial-joint-anatomy.html&psig=AOvVaw1XiasSAZUMdc89aLIOZAK5&ust=1531790083513979
34 
 
SISTEMA MUSCULAR 
 
FUNÇÕES: Produzir os movimentos do corpo, estabilizar as posições do corpo, 
regular o volume dos órgãos, mover substâncias no interior do corpo e produzir calor. 
 
1. TIPOS DE TECIDO MUSCULAR 
◼ Tecido muscular esquelético: A maior parte está fixada em ossos e move o 
esqueleto. É estriado; isto é, possui estrias ou faixas alternadas claras e 
escuras. É voluntário, pois pode ser levado a contrair e relaxar por controle 
consciente. Sua contração é rápida. Devido à presença de poucas células 
que podem sofrer divisão celular; o músculo esquelético tem capacidade de 
regeneração limitada. 
◼ Tecido muscular cardíaco: Encontrado somente no coração, forma a maior 
parte da parede do coração, órgão que bombeia o sangue através dos 
vasos sanguíneos para todas as partes do corpo. Como o tecido muscular 
esquelético, ele é estriado. No entanto, diferentemente desse tecido, ele é 
involuntário, isto é, suas contrações não estão sob controle consciente. Sua 
contração é rápida. 
◼ Tecido muscular liso: Está localizado nas paredes das estruturas internas 
ocas, como os vasos sanguíneos, as vias respiratórias, o estômago e os 
intestinos. Participa de processos internos como a digestão e a regulação 
da pressão sanguínea. Ele é liso, pois não apresenta estrias, e involuntário, 
pois não está sob controle consciente. Sua contração é lenta. Esse tecido 
tem considerável capacidade de regeneração quando comparado aos 
outros tecidos musculares. 
 
2. COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADOS 
ESQUELÉTICOS 
◼ Apresentam nas suas extremidades os tendões. Estas estruturas são muito 
resistentes e caracterizadas pelo aspecto esbranquiçado e brilhante. Sua 
função é fixar o músculo ao osso para produzir os movimentos corporais. 
◼ A parte média dos músculos esqueléticos é denominada ventre muscular. 
Apresenta-se na cor vermelha por ser altamente vascularizada e composta 
35 
 
principalmente por fibras musculares. O ventre muscular é a parte contrátil 
do músculo esquelético. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. Cite as funções dos músculos. Justifique essas funções. 
2. Quais são os tipos de tecido muscular? Desses tipos quais são involuntários 
e quais são estriados? 
3. Qual dos tipos musculares fixa-se aos ossos? 
4. Em quais estruturas encontra-se tecido muscular liso? 
5. O que são tendões? 
6. O que é ventre muscular? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
EXERCÍCIOS COM IMAGENS 
 
1. Identifique os tipos de tecido muscular e cite para cada um deles duas 
características. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
2. Identifique os componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
UNIDADE III: SISTEMA NERVOSO 
 
FUNÇÕES: É um sistema que controla e coordena as funções de todos os sistemas 
do organismo e ainda, recebendo estímulos externos ao corpo, é capaz de interpretá-
los e desencadear, eventualmente respostas adequadas a estes estímulos. 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
 
DIVISÃO Encéfalo Cérebro Telencéfalo 
 Diencéfalo 
 
 Tronco encefálico Mesencéfalo 
 Ponte 
 Bulbo 
 
 Cerebelo 
 
 
 Medula espinhal 
 
1. MENINGES 
◼ O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por membranas 
de tecido conjuntivo denso não modelado chamadas de meninges. 
◼ Estende-se até a 2ª vértebra sacral. 
◼ É dividido em três camadas: Dura-máter, aracnoide e pia-máter. 
◼ A dura-máter é a mais superficial, espessa e resistente, apresentando-se 
rica em fibras colágenas e também possui vasos e nervos. 
◼ A aracnoide é muito delicada, justaposta à dura-máter, da qual se encontra 
separada pelo espaço subdural. 
◼ A pia-máter é a mais interna das meninges, relacionando-se intimamente 
com a superfície do Sistema Nervoso Central. Entre a pia-máter e a 
aracnoide há o espaço subaracnoide que contém o líquor. O líquor 
caracteriza-se por ser aquoso, incolor e inodoro. É produzido pelo plexo 
corioide no interior dos ventrículos situados no encéfalo. O volume de líquor 
no espaço subaracnoide é de 100 a 150 cm3, renovados totalmente a cada 
39 
 
oito horas. Atua na proteção mecânica e biológica do Sistema Nervoso 
Central. 
 
2. ENCÉFALO 
 
2.1.VENTRÍCULOS ENCEFÁLICOS 
◼ A luz do telencéfalo corresponde aos ventrículos laterais direito e esquerdo. 
◼ A luz do diencéfalo corresponde ao 3º ventrículo. Os ventrículos laterais 
comunicam-se com o 3º ventrículo através do forame interventricular. 
◼ A luz do mesencéfalo é um canal estreitado, o aqueduto cerebral, o qual 
comunica o 3º ventrículo com o 4º ventrículo. 
◼ A luz da ponte corresponde ao 4º ventrículo, este é continuado pelo canal 
central da medula espinhal e se comunica com o espaço subaracnoide. 
 
2.2.CÉREBRO - TELENCÉFALO 
◼ É constituído por uma borda externa de substância cinzenta, denominada 
córtex cerebral e, de uma região interna de substância banca com núcleos 
de substância cinzenta mergulhados profundamente em seu interior. 
◼ É dividido em hemisférios cerebrais direito e esquerdo, que são separados 
entre si pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por 
uma larga faixa de fibras, denominada corpo caloso, principal meio de união 
entre os dois hemisférios. 
◼ Tem uma superfície irregular, marcada pela presença de sulcos que 
delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. 
◼ A superfície de cada hemisfério cerebral é dividida em quatro lobos, 
denominados segundo os ossos que os recobrem: lobo frontal, lobo parietal 
direito e esquerdo, lobo temporal direito e esquerdo e lobo occipital. 
◼ Existe um quinto lobo situado profundamente, denominado ínsula. 
 
2.3.CÉREBRO - DIENCÉFALO 
◼ Consiste em quatro regiões: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. 
◼ O tálamo tem uma forma ovalada. 
40 
 
◼ O hipotálamo situa-se inferiormente ao tálamo. Na parte mais inferior do 
hipotálamo fica a hipófise, uma glândula endócrina. 
◼ O epitálamo ou glândula pineal, glândula endócrina situada posteriormente 
ao tálamo. 
◼ O subtálamo encontra-se entre o mesencéfalo e o hipotálamo. 
 
2.4.TRONCO ENCEFÁLICO 
◼ Localiza-se entre o diencéfalo e a medula espinhal. 
◼ Consiste em três regiões: mesencéfalo, ponte e bulbo. 
◼ O mesencéfalo conecta a ponte ao diencéfalo. 
◼ A ponte situa-se acima do bulbo e à frente do cerebelo. 
◼ O bulbo forma a parte inferior do tronco encefálico. 
 
2.5.CEREBELO 
◼ Localiza-se posteriormente à ponte e ao bulbo e, inferiormente ao lobo 
occipital do telencéfalo. 
◼ A superfície do cerebelo, denominada córtex cerebelar, constitui-se de 
substância cinzenta. Sob esse córtex, há substância branca que lembra os 
ramos de uma árvore. 
◼ O cerebelo tem uma porção mediana, o vérmis, ladeada por duas massas 
laterais, que são os hemisférios cerebelares direito e esquerdo. 
◼ Na sua superfície há sulcos predominantemente transversais, delimitando 
as folhas cerebelares. 
◼ Possui três lóbulos: anterior, posterior e floculonodular. 
 
3. MEDULA ESPINHAL 
◼ Está localizada no interior do canal vertebral da coluna vertebral. 
◼ Ela se estende da parte inferior do encéfalo, o bulbo, até a margem superior 
da 2ª vértebra lombar (L2). 
◼ A medula espinhaltermina afilando-se para formar o cone medular. 
◼ A medula apresenta uma forma aproximadamente cilíndrica, sendo 
ligeiramente achatada no sentido anteroposterior. 
41 
 
◼ Seu calibre não é uniforme, destacando-se duas expansões: a 
intumescência cervical (entre a 2ª e 3ª vértebras cervicais), de onde partem 
as raízes nervosas para formar o plexo braquial destinado a inervação dos 
membros superiores e, a intumescência lombar (entre a 9ª e 12ª vértebras 
torácicas), de onde partem as raízes nervosas para formar o plexo 
lombossacral destinado a inervação dos membros inferiores. 
◼ A medula espinhal não percorre todo o comprimento da coluna vertebral. 
Consequentemente, os nervos que se originam da porção mais inferior da 
medula espinhal angulam-se para baixo no canal vertebral, formando a 
cauda equina. 
◼ Na medula espinhal, a substância branca circunda uma massa de 
substância cinzenta em forma de "H", localizada centralmente. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. Cite a divisão do sistema nervoso central. 
2. Quais estruturas ósseas recobrem e protegem o encéfalo e a medula 
espinhal? 
3. Onde encontramos as meninges? 
4. Qual é a função das meninges? 
5. Cite as três camadas que formam as meninges. 
6. Das três camadas meníngeas, qual delas é a mais interna? 
7. Onde se localizam os espaços subdural e subaracnoide? 
8. O que é líquor? 
9. Onde é produzido o líquor? 
10. Cite os ventrículos encefálicos e suas comunicações. 
11. Como é a disposição da substância cinzenta e branca no encéfalo? 
12. Cite os quatro lobos visíveis no córtex do telencéfalo. 
13. Como é chamado o quinto lobo do telencéfalo? 
14. Qual dos quatro lobos do telencéfalo é o mais anterior? 
15. Quais lobos do telencéfalo são ímpares? 
16. Cite as quatro partes do diencéfalo. 
42 
 
17. Como é chamada a glândula endócrina localizada na parte inferior ao 
hipotálamo? 
18. Cite as três partes do tronco encefálico. 
19. Qual das três partes do tronco encefálico está em contato com a medula 
espinhal? 
20. Dê uma posição anatômica para o cerebelo. 
21. Qual é a constituição do córtex cerebelar? 
22. Qual é o formato da substância branca do cerebelo? 
23. Como é chamada a porção mediana do cerebelo? 
24. Como é a disposição dos sulcos na superfície cerebelar? 
25. Cite os quatro lóbulos do cerebelo. 
26. Qual é o limite cranial e caudal da medula espinhal? 
27. Como é o formato da medula espinhal? 
28. O que são intumescências? Localize-as e cite a importância delas. 
29. O que é cone medular? 
30. O que é cauda equina? 
31. Como é a disposição da substância branca na medula espinhal? 
32. Qual é o formato da substância cinzenta na medula espinhal? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
EXERCÍCIOS COM IMAGENS 
 
1. Observe o encéfalo em vista medial direita. Colorir de vermelho o cérebro e sua 
divisão em telencéfalo; de verde o cérebro e sua divisão em diencéfalo; de cinza 
o tronco encefálico e sua divisão em mesencéfalo; de amarelo o tronco 
encefálico e sua divisão em ponte; de azul o tronco encefálico e sua divisão em 
bulbo; de marrom o cerebelo. 
 
 
2. Observe o encéfalo dentro da cavidade craniana em vista superior e identifique 
as meninges que o recobrem. 
 
44 
 
3. Observe a secção frontal do crânio. Identifique: 1. Dura-máter; 2. Aracnoide; 3. 
Pia-máter; 4. Espaço subdural; 5. Espaço subaracnoide. 
 
 
4. Observe a secção transversal da medula espinhal. Identifique: 1. Dura-máter; 2. 
Aracnoide; 3. Pia-máter. 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwinnJWWw8PVAhUJDZAKHcwgDKUQjRwIBw&url=http://keywordteam.net/gallery/1000071.html&psig=AFQjCNGQC42MoMY0i3NeW0VXmt2x-Xkz5w&ust=1502140058992770
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiZh6_c38PVAhUFQ5AKHZsjBLsQjRwIBw&url=https://pt.slideshare.net/gueste74a91/sistema-nervoso-1888015&psig=AFQjCNFMn3HGwpky_SrC3JFKtv2yA-HJtA&ust=1502148035917136
45 
 
5. Utilizando setas demonstre na figura a circulação do líquor. 
 
 
6. Observe os ventrículos encefálicos internamente no encéfalo e isolados com 
suas comunicações. Identifique: 1. Ventrículo lateral direito; 2. Ventrículo lateral 
esquerdo; 3. 3º ventrículo; 4. 4º ventrículo; 5. Forame interventricular; 6. 
Aqueduto cerebral. 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwilme_Jq9zcAhWBCpAKHTShBHYQjRx6BAgBEAU&url=http://proext.ledes.net/systems/view/11&psig=AOvVaw0FSTyLsZYruqmE640GzooI&ust=1533779314918131
46 
 
7. Observe a secção frontal do encéfalo. Identifique: 1. Córtex cerebral constituído 
de substância cinzenta; 2. Substância branca com núcleos de substância 
cinzenta. 
 
 
8. Observe o cérebro em vista superior e medial direita. Identifique: 1. Hemisfério 
cerebral direito; 2. Hemisfério cerebral esquerdo; 3. Fissura longitudinal do 
cérebro; 4. Corpo caloso 
 
47 
 
9. Observe o cérebro em vista superior. Identifique: 1. Giros; 2. Sulcos. 
 
 
10. Identificar as vistas em cada figura e colorir de rosa o lobo frontal, de azul os 
lobos parietais, de verde os lobos temporais e de amarelo o lobo occipital. 
 
 
 
48 
 
11. Observe o telencéfalo internamente e identifique a ínsula. 
 
12. Identifique os cinco lobos na sequência abaixo. 
 
 
13. Observe o encéfalo em vista medial direita. Identifique: 1. Hipotálamo; 2. 
Tálamo; 3. Epitálamo ou glândula pineal; 4. Subtálamo; 5. Glândula hipófise. 
 
49 
 
14. Observe o encéfalo em vista medial direita. Identifique: 1. Mesencéfalo; 2. 
Ponte; 3. Bulbo. 
 
 
15. Observe o cerebelo em vista posterossuperior. Identifique: 1. Hemisfério 
cerebelar direito; 2. Hemisfério cerebelar esquerdo; 3. Vérmis; 4. Sulcos. 
 
16. Observe a secção frontal do cerebelo. Identifique: 1. Córtex cerebelar 
constituído de substância cinzenta; 2. Substância branca. 
 
50 
 
17. Observe o cerebelo em vista posterosuperior e anterior. Identifique: 1. Lóbulo 
anterior; 2. Lóbulo posterior; 3. Lóbulo floculonodular. 
 
 
 
 
18. Observe a medula espinhal em vista posterior. Identifique: 1. Intumescência 
cervical; 2. Intumescência lombossacral; 3. Cone medular; 4. Cauda equina. 
 
51 
 
19. Observe as secções transversais de diferentes regiões da medula espinhal. 
Identifique: 1. Secção cervical; 2. Secção torácica; 3. Secção lombar; 4. Secção 
sacral. 
 
 
 
20. Observe a secção transversal da medula espinhal cervical. Identifique: 1. 
Substância branca; 2. Substância cinzenta em forma de "H". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 
 
 DIVISÃO Nervos Cranianos 
 Espinhais 
 Gânglios 
 Terminações nervosas 
 
1. NERVOS: São cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas 
por tecido conjuntivo e que têm como função levar (ou trazer) impulsos ao (do) 
sistema nervoso central. 
 
1.1.NERVOS CRANIANOS 
◼ São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. 
◼ O 1º e 2º par se originam do telencéfalo. 
◼ O 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º par originam-se do tronco encefálico. 
 
 1.2.NERVOS ESPINHAIS 
◼ Formados por 31 pares. 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj2qsLh5MPVAhXDDZAKHankB14QjRwIBw&url=http://slideplayer.com.br/slide/1670245/&psig=AFQjCNFexp93Jv0jHp-j60hk8jWBH3uj0Q&ust=150214934453160853 
 
◼ Existem 8 pares de nervos cervicais, 12 pares de nervos torácicos, 5 pares 
de nervos lombares, 5 pares de nervos sacrais e 1 par de nervos coccígeos. 
◼ O 1º par de nervos cervical emerge acima da 1ª vértebra cervical. 
◼ Todos os demais nervos saem da coluna vertebral pelos forames 
intervertebrais. 
◼ Todo nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e 
outra dorsal. A raiz ventral possui fibras motoras (eferentes). A raiz dorsal 
possui fibras sensitivas (aferentes). A fusão das raízes motora e sensitiva 
resulta no nervo espinhal. Isto significa que o nervo espinhal é sempre 
misto, isto é, está constituído de fibras eferentes e aferentes. 
◼ Após a fusão das raízes ventral e dorsal o nervo espinhal se divide em dois 
ramos: ventral (mais calibroso), e dorsal (menos calibroso). 
◼ Nas regiões cervical e lombar os ramos ventrais formam redes em cada 
lado do corpo. Essas redes são chamadas plexos. 
◼ Os principais plexos são: o cervical (C1 a C4) que supre a pele e os 
músculos da parte posterior da cabeça, do pescoço, da parte superior dos 
ombros e o diafragma; o braquial (C5 a T1) que constitui o suprimento 
nervoso para os membros superiores e uma série de músculos do pescoço 
e do ombro; lombossacral (T12 a S4) supre a parede abdominal, os órgãos 
genitais externos, a região glútea, o períneo e os membros inferiores. 
◼ Os nervos espinhais T2 a T11 não forma plexos. São conhecidos como 
nervos intercostais e vão diretamente às estruturas que eles suprem, 
incluindo os músculos entre as costelas, os músculos abdominais e a pele 
do tórax e do dorso. 
 
2. GÂNGLIOS: São acúmulos de corpos celulares de neurônios que ocorrem fora 
do sistema nervoso central e apresentam-se, geralmente, como uma dilatação. 
 
3. TERMINAÇÕES NERVOSAS: São estruturas localizadas na extremidade de 
fibras sensitivas e motoras especializadas para receber estímulos físicos ou 
químicos na superfície ou no interior do corpo originando impulsos nervosos que 
caminham pelas fibras em direção ao sistema nervoso central. 
54 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. Quais estruturas compõem o sistema nervoso periférico? 
2. Qual é a função do sistema nervoso periférico? 
3. Quantos são os pares de nervos cranianos? 
4. De qual região do sistema nervoso central originam-se os nervos 
cranianos? 
5. Quais pares de nervos cranianos originam-se do tronco encefálico? 
6. Quais nervos cranianos são sensoriais? 
7. Quais nervos cranianos são motores? 
8. Quais nervos cranianos são mistos? 
9. Quais nervos cranianos agem na movimentação do globo ocular? 
10. Quais nervos cranianos agem na percepção gustativa? 
11. Qual é o nervo craniano que age na inervação das vísceras torácicas e 
abdominais? 
12. Quantos são os pares de nervos espinhais? 
13. De qual região do sistema nervoso central originam-se os nervos 
espinhais? 
14. Quantos nervos espinhais compõem a região cervical, torácica, lombar, 
sacral e coccígea? 
15. Onde se localiza o 1º nervo espinhal cervical? 
16. Qual nervo espinhal está localizado entre a vértebra C7 e a vértebra T1? 
17. Como é formado o nervo espinhal? 
18. Qual é a via eferente e aferente? 
19. Por que o nervo espinhal é misto? 
20. O que ocorre após a formação do nervo espinhal? 
21. O que são plexos? 
22. Descreva os três plexos quanto ao nome, localização e função. 
23. Qual segmento não forma plexos? 
24. O que são gânglios? 
25. O que são terminações nervosas? 
 
55 
 
EXERCÍCIOS COM IMAGENS 
 
1. Observe os nervos cranianos na vista inferior do encéfalo. Identifique: 1. Nervo 
olfatório (I); 2. Nervo óptico (II); 3. Nervo oculomotor (III); 4. Nervo troclear (IV); 
5. Nervo trigêmeo (V); 6. Nervo abducente (VI); 7. Nervo facial (VII); 8. Nervo 
vestíbulo-coclear (VIII); 9. Nervo glossofaríngeo (IX); 10. Nervo vago (X); 11. 
Nervo acessório (XI); 12. Nervo vago (XII). 
 
 
 
 
 
56 
 
2. Observe os nervos cranianos na vista medial direita do encéfalo. Identifique as 
mesmas estruturas da questão anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
3. Para cada nervo craniano dê suas funções. 
 
 
 
 
58 
 
4. Observe a medula espinhal em vista externa anterior. Identifique os nervos 
cervicais (C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7, C8), torácicos (T1, T2, T3, T4, T5, T6, 
T7, T8, T9, T10, T11, T12), lombares (L1, L2, L3, L4, L5), sacrais (S1, S2, S3, 
S4, S5) e coccígeo (Co1). 
 
 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=&url=http://fisiotersaude.webnode.com.br/album/galeria-de-fotos-pagina-inicial/segmentos-da-medula-espinhal-jpg/&psig=AFQjCNGovTJAZEkSy1QCkP66vfKo_yi_ug&ust=1455233405474021
59 
 
5. Observe os nervos que emergem da medula espinhal em secção transversal. 
Identifique: 1. Raiz ventral; 2. Raiz dorsal; 3. Nervo espinhal; 4. Ramo ventral; 
5. Ramo dorsal. 
 
 
 
6. Observe os nervos que emergem da medula espinhal em secção transversal. 
Identifique: 1. A via eferente; 2. A via aferente; 3. O local que possui as duas 
vias, eferente e aferente. 
 
60 
 
7. Observe os nervos que emergem da metade direita da coluna vertebral. 
Identifique: 1. Plexo cervical; 2. Plexo braquial; 3. Nervos intercostais; 4. Plexo 
lombossacral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
UNIDADE IV: SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
FUNÇÕES: Levar material nutritivo e oxigênio às células. O sangue circulante 
transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos às 
células de todas as partes do organismo. Da mesma forma, o oxigênio que é 
incorporado ao sangue, quando este circula pelos pulmões, será levado a todas 
as células. Além desta função primordial, o sangue circulante transporta também 
os produtos residuais do metabolismo celular, desde os locais onde foram 
produzidos até os órgãos encarregados de eliminá-los. O sangue possui ainda 
células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e micro-
organismos e promove a coagulação. 
 
 DIVISÃO Sangue. 
 Coração. 
 Vasos sanguíneos. 
 
1. SANGUE 
◼ O sangue é um fluido mais denso e viscoso do que a água. Sua temperatura 
é aproximadamente de 38º C e seu pH é levemente alcalino, variando de 
7,35 a 7,45. 
◼ O sangue constitui cerca de 8% do peso corporal total. O volume sanguíneo 
é de 5 a 6 litros em um homem adulto e de 4 a 5 litros em uma mulher adulta, 
ambos de tamanho médio. 
◼ O sangue é composto de duas porções: o plasma sanguíneo e os elementos 
figurados. 
◼ Plasma sanguíneo: 
➢ É um líquido amarelado que contém substâncias dissolvidas. 
➢ Consiste em 91,5% de água, 7% de proteínas e 1,5% de solutos não-
proteicos. 
◼ Elementos figurados: 
62 
 
➢ São formados pelos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e 
plaquetas. 
➢ Os glóbulos vermelhos ou hemácias são células anucleadas que 
apresenta a forma de um disco bicôncavo. Em seu interior, 
encontramos um pigmento vermelho de natureza proteica que 
contém ferro na sua constituição, denominado hemoglobina. Esse 
pigmento realiza o transporte de gases, combinando-se 
reversivelmente com o oxigênio e com o gás carbônico e 
irreversivelmente com o monóxido de carbono. 
➢ Os glóbulos brancos ou leucócitos são células nucleadas que fazem 
parte do sistema imunológico. 
➢ As plaquetas ou trombócitos são fragmentos da medula óssea que 
atuam na coagulação do sangue. 
 
2. CORAÇÃO 
◼ O coração está localizado dentro da cavidade torácica, entre os dois 
pulmões em uma região denominada de mediastino, com aproximadamente 
dois terços de sua massa situando-se à esquerda da linha mediana do 
corpo. 
◼ O coração tem o tamanhoaproximado de uma mão fechada. 
◼ É um órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil- 
propulsora. 
◼ O tecido muscular que forma o coração é o estriado cardíaco, e constitui 
sua camada média ou miocárdio. 
◼ Forrando internamente o miocárdio existe um endotélio, o qual é contínuo 
com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta 
camada interna recebe o nome de endocárdio. 
◼ Externamente ao miocárdio, há uma serosa revestindo-o, denominada 
epicárdio. 
◼ O coração tem a forma aproximada de um cone, apresentando uma base, 
um ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar). A base do 
coração corresponde à área ocupada pelas raízes dos grandes vasos do 
63 
 
coração. O ápice do coração, é formada pela ponta do ventrículo esquerdo 
(uma câmara inferior do coração) e repousa no diafragma. 
◼ O coração é envolto por um saco fibroseroso, denominado pericárdio, cuja 
função é separá-lo dos outros órgãos do mediastino e limitar sua expansão 
durante a diástole ventricular. Consiste em duas partes: o pericárdio fibroso 
(externo) e o pericárdio seroso (interno). 
◼ Na base do coração existem quatro grandes vasos: a artéria aorta, a artéria 
do tronco pulmonar, as veias cavas superior e inferior e as veias 
pulmonares. 
◼ A artéria aorta retira o sangue do coração levando-o para o corpo todo. 
Nesta artéria passa sangue arterial. 
◼ A artéria do tronco pulmonar retira o sangue do coração levando-o para os 
pulmões. Nesta artéria passa sangue venoso. 
◼ As veias cavas superior e inferior trazem sangue venoso do corpo para o 
coração. 
◼ As veias pulmonares (em número de quatro) trazem sangue arterial dos 
pulmões para o coração. 
◼ Externamente no coração está a artéria coronária direita e esquerda cuja 
função é nutrir o músculo cardíaco. Elas originam-se da base da artéria 
aorta de onde obtêm o sangue arterial. 
◼ Também externamente está presente a veia cardíaca direita e esquerda. A 
maior parte do sangue desoxigenado proveniente da parede do coração flui 
pelas veias cardíacas. As veias cardíacas dilatam-se na superfície posterior 
do coração formando uma veia grande denominada seio coronário, que 
transfere o sangue desoxigenado para o átrio direito. 
◼ O coração possui quatro câmaras. As duas superiores são os átrios e as 
duas inferiores são os ventrículos. 
◼ As quatro câmaras são separadas por septos. O septo horizontal 
denominado atrioventricular, divide os átrios dos ventrículos. Verticalmente 
a porção superior apresenta o septo interatrial que divide o átrio direito do 
64 
 
esquerdo, já a porção inferior apresenta o septo interventricular que divide 
o ventrículo direito do esquerdo. 
◼ Na superfície anterior de cada átrio encontra-se uma estrutura rugosa em 
forma de bolsa, chamada aurícula. Cada aurícula aumenta um pouco a 
capacidade de um átrio, possibilitando-lhe conter um volume maior de 
sangue. 
◼ Para impedir que haja refluxo de sangue, o coração tem quatro valvas 
compostas de tecido conjuntivo denso recoberto pelo endotélio. Tais valvas 
abrem e fecham em resposta a mudanças de pressão, quando o coração 
contrai e relaxa. 
◼ Entre os átrios e ventrículos existem as valvas atrioventriculares localizadas 
no septo atrioventricular que permitem a passagem do sangue somente do 
átrio para o ventrículo. A valva tricúspide (consiste em três válvulas) situa-
se entre o átrio e o ventrículo direito; a valva bicúspide ou mitral (consiste 
em duas válvulas) situa-se entre o átrio e o ventrículo esquerdo. 
◼ Ao nível da saída das artérias do tronco pulmonar e aorta, respectivamente 
no ventrículo direito e esquerdo, existe um dispositivo valvar para impedir o 
retorno do sangue por ocasião do enchimento dos ventrículos: são a valva 
do tronco pulmonar e a valva aórtica. Cada uma dessas valvas está 
constituída por três válvulas semilunares, lâminas de tecido conjuntivo 
forradas de endotélio em forma de bolso. 
◼ Quando ocorre a sístole (contração) ventricular, a tensão nesta câmara 
aumenta consideravelmente, o que poderia provocar a eversão das valvas 
tricúspide e mitral para o átrio e consequentemente refluxo do sangue para 
esta câmara. Tal fato não ocorre porque cordas tendíneas prendem a valva 
a músculos papilares, os quais são projeções do miocárdio nas paredes 
internas do ventrículo. 
◼ Tipos de circulação: 
➢ Circulação pulmonar ou pequena circulação: Tem início no ventrículo 
direito, de onde o sangue é bombeado para a rede capilar dos 
pulmões. Depois de sofrer a hematose, o sangue oxigenado retorna 
65 
 
ao átrio esquerdo. Em síntese é uma circulação coração-pulmões-
coração. 
➢ Circulação sistêmica ou grande circulação: Tem início no ventrículo 
esquerdo, de onde o sangue é bombeado para a rede capilar dos 
tecidos de todo o organismo. Após as trocas, o sangue retorna pelas 
veias ao átrio direito. Em síntese, é uma circulação coração-tecidos-
coração. 
◼ O lado esquerdo do coração bombeia sangue arterial para o corpo. 
◼ O lado direito do coração bombeia o sangue venoso para os pulmões, 
permitindo-lhe captar o oxigênio e descarregar o dióxido de carbono. 
◼ Cerca de 1% das fibras musculares cardíacas são diferentes de todas as 
outras, porque podem gerar potenciais de ação repetidamente e fazem isso 
em um padrão rítmico. Essas células têm duas funções importantes: 
funcionam como um marcapasso estabelecendo o ritmo para todo o 
coração e estabelecem uma rota para a propagação dos potenciais de ação 
para todo o músculo cardíaco. Os potenciais de ação cardíacos propagam-
se ao longo dos seguintes componentes do complexo estimulante do 
coração: 
➢ Começa no nó sinoatrial (SA), localizado na parede superior do átrio 
direito e depois conduzido no interior de ambos os átrios; 
➢ Chega ao nó atrioventricular (AV), localizado no septo interatrial; 
➢ Entra no feixe de His, no septo interventricular; 
➢ Depois entra em ambos os ramos direito e esquerdo que correm 
ao longo do septo interventricular; 
➢ Finalmente as fibras de Purkinje, de grande diâmetro conduzem o 
potencial de ação, primeiramente ao ápice dos ventrículos e depois, 
em direção ascendente, ao restante do miocárdio. 
 
3. VASOS SANGUÍNEOS 
◼ Existem três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares. 
◼ Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para fora do coração são as 
artérias. Estas se ramificam muito, tornam-se progressivamente menores, 
66 
 
e terminam em pequenos vasos chamados de arteríolas. A partir destes 
vasos, o sangue é capaz de realizar suas funções de nutrição e de absorção 
atravessando uma rede de canais microscópicos, chamados capilares, os 
quais permitem ao sangue trocar substâncias com os tecidos. Dos 
capilares, o sangue é coletado em vênulas; em seguida, através das veias 
de diâmetro maior, alcança de novo o coração. 
 
ARTÉRIAS VEIAS 
Levam sangue do coração aos tecidos 
 
Levam sangue dos tecidos ao coração 
Sangue flui com alta pressão 
 
Sangue flui com baixa pressão 
Túnica média espessa Túnica média delgada 
 
Túnica adventícia delgada 
 
Túnica adventícia espessa 
Profundas 
 
Superficiais e profundas 
Parede delgada 
 
Parede espessa 
Luz menor e redonda Luz maior e oval 
 
Ausência de válvulas internas Presença de válvulas internas 
 
Pulso presente Pulso ausente 
 
 
◼ O retorno venoso decorre da pressão gerada pelas contrações da bomba 
do músculo esquelético da perna. A bomba do músculo esquelético quando 
contraída comprime a veia empurrando o sangue pela válvula venosa mais 
próxima do coração. Ao mesmo tempo, a válvula venosa mais distante do 
coração, no segmento não-comprimido da veia, fecha-se. Sem a ação da 
bomba, quando se está em repouso, tanto a válvula venosa mais próxima 
do coração quanto a mais distante dele, nessa parte da perna, estão 
abertas. 
◼ Os capilares são vasos microscópicos de pequeníssimo calibre. Constituem 
a rede de distribuição e recolhimentodo sangue nas células. Neles se 
processam as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos. Estes vasos 
67 
 
estão em comunicação, por um lado, com ramificações originárias das 
artérias e, por outro lado, com as veias de menor dimensão. Os capilares 
existem em grande quantidade no nosso corpo. Exceto, nos epitélios de 
revestimento, nas córneas e nas lentes dos bulbos dos olhos e nas 
cartilagens. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. Citar os elementos constituintes do sistema cardiovascular. 
2. Explique as funções do sistema cardiovascular. 
3. Qual é o volume de sangue em um homem e uma mulher adultos de 
tamanho médio? 
4. Explique a composição do sangue. 
5. Quais são as funções dos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e 
plaquetas? 
6. O que é hemoglobina? 
7. Descreva a localização e posição do coração. 
8. Onde se localiza e qual é a importância da base do coração? 
9. O que é ápice? 
10. Cite e localize as três faces do coração. 
11. Descreva a parede do coração. 
12. Qual parte da parede do coração é constituída de tecido muscular 
estriado? 
13. O que é pericárdio? Qual é a sua função? Descreva sua constituição. 
14. Cite os quatro vasos da base. 
15. Qual é a função da artéria aorta? Qual tipo de sangue flui por ela? 
16. Qual é a função da artéria do tronco pulmonar? Qual tipo de sangue flui 
por ela? 
17. Qual é a função das veias cavas superior e inferior? Qual tipo de sangue 
flui por elas? 
18. Qual é a função das veias pulmonares? Qual tipo de sangue flui por elas? 
19. Faça o trajeto da pequena circulação e da grande circulação. 
68 
 
20. Onde se localizam as artérias e veias coronárias? 
21. Qual é a função das artérias coronárias? 
22. De onde as artérias coronárias obtêm o sangue arterial? 
23. Qual é a função das veias coronárias? 
24. O que é seio venoso? 
25. Citar as câmaras cardíacas do coração. 
26. Quais câmaras cardíacas são superiores e menores? 
27. Quais câmaras cardíacas são inferiores e maiores? 
28. Identificar os septos e citar as câmaras separadas por eles. 
29. O que são aurículas? 
30. Qual é a função das aurículas? 
31. Conceituar, do ponto de vista funcional, as valvas tricúspide, mitral, 
pulmonar e aórtica. 
32. Dê a localização das valvas tricúspide, mitral, tronco pulmonar e aórtica. 
33. Quais são as valvas semilunares? 
34. O que são cordas tendíneas? 
35. Qual é a função das cordas tendíneas? 
36. Diferencie a circulação pulmonar da sistêmica. 
37. Faça o trajeto da circulação pulmonar e da circulação sistêmica 
38. Qual é a porcentagem de fibras musculares cardíacas que geram 
potenciais de ação? 
39. Quais são as funções das fibras musculares cardíacas geradoras de 
potenciais de ação? 
40. Quais são os componentes do complexo estimulante do coração? 
41. Conceituar, do ponto de vista funcional, um vaso sanguíneo. 
42. Dê três características para cada tipo de vaso sanguíneo. 
43. Classificar as artérias segundo seu calibre. 
44. Citar os fatores que determinam a quantidade de artérias que irrigam um 
órgão. 
45. Descrever o funcionamento da válvula venosa. 
 
69 
 
EXERCÍCIOS COM IMAGENS 
 
1. Observe o tubo de ensaio com sangue. Identifique: 1. Plasma sanguíneo; 2. 
Glóbulos brancos e plaquetas; 3. Glóbulos vermelhos. 
 
 
2. Observe o coração internamente em vista lateral esquerda. Identifique: 1. 
Epicárdio; 2. Miocárdio; 3. Endocárdio. 
 
 
 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=elementos do sangue&source=images&cd=&cad=rja&docid=U-svN0JbGlUl0M&tbnid=BCcA1k_VmEHSZM:&ved=0CAUQjRw&url=/url?sa=i&rct=j&q=elementos do sangue&source=images&cd=&cad=rja&docid=U-svN0JbGlUl0M&tbnid=BCcA1k_VmEHSZM:&ved=&url=http://jmarcosrs.wordpress.com/2011/06/15/plasmaferese/&ei=rP_-UZzrJJL69gSfzICQCw&bvm=bv.50165853,d.eWU&psig=AFQjCNFCwcJKUKuPUayfDnCHVMLV0um7Cw&ust=1375752493037023&ei=6__-UdTtIZTO9ASYtoHAAw&bvm=bv.50165853,d.eWU&psig=AFQjCNFCwcJKUKuPUayfDnCHVMLV0um7Cw&ust=1375752493037023
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCPKcvry4gccCFQnYHgod0iAPpw&url=http://aulas-de-anatomia.blogspot.com/2006/08/sistema-circulatrio_22.html&ei=qFq5VfKoBomwe9LBvLgK&bvm=bv.99028883,d.dmo&psig=AFQjCNEFNV5wqWhfe8dypMrMQOAtNivp4A&ust=1438297030503893
70 
 
3. Observe o coração “in situ”. Identifique: 1. Face diafragmática; 2. Face pulmonar 
esquerda; 3. Face pulmonar direita; 4. Face esternocostal; 5. Ápice; 6. Base. 
 
 
4. Observe o coração “in situ” e Identifique o pericárdio. 
 
 
 
http://planetabiologia.com/sistema-cardiovascular-o-coracao/
71 
 
5. Observe o coração em vista anterior e posterior externa. Identifique: 1. Artéria 
coronária direita; 2. Artéria coronária esquerda; 3. Veia cardíaca direita; 4. Veia 
coronária esquerda; 5. Seio coronário; 6. Artéria aorta; 7. Tronco pulmonar; 8. 
Artéria pulmonar direita; 9. Artéria pulmonar esquerda; 10. Veia cava superior; 
11. Veia cava inferior; 12. Veias pulmonares. 
 
 
 
5. Observe o coração internamente em vista anterior. Identifique: 1. Átrio direito; 
2. Átrio esquerdo; 3. Ventrículo direito; 4. Ventrículo esquerdo; 5. Septo 
interatrial; 6. Septo interventricular; 7. Septo atrioventricular. 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCLTywuu4gccCFQRsHgod9p4A_A&url=http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfls8AG/sistema-circulatorio&ei=Clu5VbTFLYTYefa9guAP&psig=AFQjCNEFNV5wqWhfe8dypMrMQOAtNivp4A&ust=1438297030503893
72 
 
6. Observe o coração em vista anterior externa. Identifique: 1. Aurícula direita; 2. 
Aurícula esquerda. 
 
 
7. Observe o coração internamente em vista anterior. Identifique: 1. Valva 
atrioventricular direita ou tricúspide; 2. Valva atrioventricular esquerda ou mitral; 
3. Valva semilunar do tronco pulmonar; 4. Valva semilunar aórtica. 
 
 
 
 
 
73 
 
8. Observe as valvas em vista superior. Identifique: 1. Valva atrioventricular direita 
ou tricúspide; 2. Valva atrioventricular esquerda ou mitral; 3. Valva semilunar do 
tronco pulmonar; 4. Valva semilunar aórtica. 
 
 
9. Observe o coração internamente em vista anterior. Identifique: 1. Cordas 
tendíneas; 2. Músculos papilares. 
 
74 
 
10. Observe o esquema do funcionamento das cordas tendíneas e músculos 
papilares sobre as valvas atrioventriculares. Explique como se comportam as 
cordas tendíneas e os músculos papilares quando elas estão abertas e 
fechadas. 
 
 
 
11. Observe o coração em vista anterior e posterior externa e identifique as artérias 
e veias do coração que fazem parte da circulação sistêmica e pulmonar. Indique 
através de setas os destinos do fluxo sanguíneo e o tipo de sangue circulante. 
 
 
 
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13. Observe o coração internamente em vista anterior e identifique os componentes 
do complexo estimulante do coração. 
 
 
14. Observe as secções transversais dos vasos sanguíneos e identifique-os. Dê 
uma característica para cada um. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
 
FUNÇÕES: Drenagem dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; produção de 
células imunes. 
 
 DIVISÃO Vasos linfáticos. 
 Órgãos e tecidos linfáticos. 
 
2.1. VASOS LINFÁTICOS 
◼ Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai 
do sangue e acumula-se nos espaços tissulares. Esse excesso de líquido, 
que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue, chama-se linfa. 
◼ A linfa é coletada por difusão, através dos capilares

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