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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA ANATOMIA BÁSICA PROFESSORA: FLÁVIA DUTRA DA SILVEIRA MAGALHÃES COTTA APOSTILA TEÓRICA CURSO: ALUNO: TURMA: BELO HORIZONTE 2018 2 HISTÓRIA DA ANATOMIA “Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou indiferente“ (Rokitansky,1876). O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da Itália com Alcméon de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo depois, um texto clínico da escola hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada com a dissecação. Aristóteles mencionou as ilustrações anatômicas quando se referiu aos paradigmas, que provavelmente eram figuras baseadas na dissecação animal. No século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que realizaram dissecações humanas de modo sistemático. A partir do ano 150 A.C., a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e religiosas. O conhecimento anatômico sobre o corpo humano continuou no mundo helenístico, porém só se conhecia através das dissecações em animais. No século II D.C., Galeno dissecou quase tudo, macacos e porcos, aplicando depois os resultados obtidos na anatomia humana, quase sempre corretamente; contudo, alguns erros foram inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os 3 achados em cadáveres humanos. Galeno desenvolveu assim mesmo a doutrina da “causa final”, um sistema teológico que requeria que todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia. Porém não chegaram até nós as ilustrações anatômicas do período clássico, sendo as “séries de cinco figuras” medievais dos ossos, veias, artérias, órgãos internos e nervos são provavelmente cópias de desenhos anteriores. Invariavelmente, as figuras são representadas numa posição semelhante a de uma rã aberta, para demonstrar os diversos sistemas, às vezes, se agrega uma sexta figura que representa uma mulher grávida e órgãos sexuais masculinos ou femininos. Nos antigos baixos-relevos, camafeus e bronzes aparecem muitas vezes representações de esqueletos e corpos encolhidos cobertos com a pele (chamados lêmures), de caráter mágico ou simbólico mais que esquemático e sem finalidade didática alguma. Parece que o estudo da anatomia humana recomeçou mais por razões práticas que intelectuais. A guerra não era um assunto local e se fez necessário dispor de meios para repatriar os corpos dos mortos em combate. O embalsamento era suficiente para trajetos curtos, mas as distâncias maiores como as Cruzadas introduziram a prática de “cocção dos ossos”. A bula pontifica De sepulturis de Bonifácio VIII (1300), que alguns historiadores acreditaram equivocadamente proibir a dissecção humana, tentava abolir esta prática. O motivo mais importante para a dissecação humana, foi o desejo de saber a causa da morte por razões essencialmente médico-legais, de averiguar o que havia matado uma pessoa importante ou elucidar a natureza da peste ou outra enfermidade infecciosa. O verbo “dissecar” era usado também para descrever a operação cesariana cada vez mais frequente. A tradição manuscrita do período medieval não se baseou no mundo natural. As ilustrações anteriores eram aceitas e copiadas. Em geral, a capacidade dos escritores era limitada e ao examinar a realidade natural, introduziram pelo menos alguns erros, tanto de conceito como de técnica. As coisas “eram vistas” tal qual os antigos e as ilustrações realistas eram consideradas como um curto-circuito do próprio método de estudo. A anatomia não era uma disciplina independente, mas um auxiliar da cirurgia, que nessa época era relativamente grosseira e reunia sobre todo conhecer os pontos apropriados para a sangria. Durante todo o tempo que a anatomia ostentou essa qualidade oposta à prática, as figuras não-realistas e esquemáticas foram suficientes. O primeiro livro ilustrado com imagens impressas mais do que pintadas foi a obra de Ulrich Boner Der Edelstein. Foi publicada por Albrecht Plister em Banberg depois de 1460 e suas ilustrações foram algo mais que decorações vulgares. Em 1475, Konrad Megenberg publicou seu Buch der Natur, que incluía várias gravuras em madeira representando peixes, pássaros e outros animais, assim como plantas diversas. Essas figuras, igual a muitas outras pertencentes a livros sobre a natureza e enciclopédias desse período, estão dentro da tradição manuscrita e são dificilmente identificáveis. 4 Dentre os muitos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da técnica ilustrativa no começo do século XVI, dois ocuparam lugar destacado: o primeiro foi o final da tradição manuscrita consistente em copiar os antigos desenhos e a conversão da natureza em modelo primário. Chegou-se ao convencimento de que o mais apropriado para o homem era o mundo natural e não a posteridade. O escolasticismo de São Tomás de Aquino havia preparado inadvertidamente o caminho através da separação entre o mundo natural e o sobrenatural, prevalecendo a teologia sobre a ciência natural. O segundo fator que influiu no desenvolvimento da ilustração científica para o ensino foi a lenta instauração de melhores técnicas. No começo os editores, com um critério puramente quantitativo, pensaram que com a imprensa poderiam fazer grande quantidade de reproduções de modo fácil e barato. Só mais tarde reconheceram a importância que cada ilustração fosse idêntica ao original. A capacidade para repetir exatamente reproduções pictórica, daquilo que se observava, constituiu a característica distinta de várias disciplinas científicas, que descartaram seu apoio anterior à tradição e aceitação de uma metodologia, que foi descritiva no princípio e experimental mais tarde. As primeiras ilustrações anatômicas impressas baseiam-se na tradição manuscrita medieval. O Fasciculus medicinae era uma coleção de textos de autores contemporâneos destinada aos médicos práticos, que alcançou muitas edições. Na primeira (1491) utilizou-se a xilografia pela primeira vez, para figuras anatômicas. As ilustrações representam corpos humanos mostrando os pontos de sangria, e linhas que unem a figura às explicações impressas nas margens. As dissecações foram desenhadas de uma forma primitiva e pouco realista. 5 Na segunda edição (1493), as posições das figuras são mais naturais. Os textos de Hieronymous Brunschwig (cerca de 1450-1512) continuaram utilizando ilustrações descritivas. O capítulo final de uma obra de Johannes Peyligk (1474-1522) consiste numa breve anatomia do corpo humano como um todo, mas as onze gravuras de madeira que inclui são algo mais que representações esquemáticas posteriores dos árabes. Na Margarita philosophica de George Reisch (1467-1525), que é uma enciclopédia de todas as ciências, forma colocadas algumas inovações nas tradicionais gravuras em madeira e as vísceras abdominais são representadas de modo realista. Além desses textos anatômicos destinadosespecificamente aos estudantes de medicina e aos médicos, foram impressas muitas outras páginas com figuras anatômicas, intituladas não em latim (como todas as obras para médicos), mas sim em várias línguas vulgares. Houve um grande interesse, por exemplo, na concepção e na formação do feto humano. O uso frequente da frase “conhece-te a ti mesmo” fala da orientação filosófica e essencialmente não médica. A “Dança da Morte” chegou a ser um tema muito popular, sobretudo nos países de língua germânica, após a Peste Negra e surpreendentemente, as representações dos esqueletos e da anatomia humana dos artistas que as desenharam são melhores que as dos anatomistas. Os artistas renascentistas do século XV se interessavam cada vez mais pelas formas humanas, e o estudo da anatomia fez parte necessária da formação dos artistas jovens, sobretudo no norte da Itália. Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro artista que considerou a anatomia além do ponto de vista meramente pictórico. Fez preparações que logo desenhou, das quais são conservadas mais de 750, e representam o esqueleto, os músculos, os nervos e os vasos. As ilustrações foram completadas muitas vezes com anotações do tipo fisiológico. A precisão de Leonardo é maior que a de Vesalio e sua beleza artística 6 permanece inalterada. Sua valorização correta da curvatura da coluna vertebral ficou esquecida durante mais de cem anos. Representou corretamente a posição do fetus in utero e foi o primeiro a assinalar algumas estruturas anatômicas conhecidas. Só uns poucos contemporâneos viram seus folhetos que, sem dúvida, não foram publicados até o final do século passado. Michelangelo Buonarotti (1475-1564) passou pelo menos vinte anos adquirindo conhecimentos anatômicos através das dissecações que praticava pessoalmente, sobretudo no convento de Santo Espírito de Florença. Posteriormente expôs a evolução a que esteve sujeito, ao considerar a anatomia pouco útil para o artista até pensar que encerrava um interesse por si mesma, ainda que sempre subordinada à arte. Albrecht Dürer (1471-1528) escreveu obras de matemática, destilação, hidráulica e anatomia. Seu tratado sobre as proporções do corpo humano foi publicado após sua morte. Sua preocupação pela anatomia humana era inteiramente estética, derivando em último extremo um interesse pelos cânones clássicos, através dos quais podia adquirir-se a beleza. Com a importante exceção de Leonardo, cujos desenhos não estiveram ao alcance dos anatomistas do século XVII, o artista do Renascimento era anatomista só de maneira secundária. Ainda foram feitas importantes contribuições na representação realista da forma humana (como o uso da perspectiva e do sombreado para sugerir profundidade e tridimensionalidade), e os verdadeiros avanços científicos exigiam a colaboração de anatomistas profissionais e de artistas. Quando os anatomistas puderam representar de modo realista os conhecimentos anatômicos corretos, se iniciou em toda Europa um período de intensa investigação, 7 sobretudo no norte da Itália e no sul da Alemanha. O melhor representante deste grupo é Jacob Berengario da Capri (+1530), autor dos Commentaria super anatomica mundini (1521), que contém as primeiras ilustrações anatômicas tomadas do natural. Em 1536, Cratander publicou em Basiléia uma edição das obras de Galeno, que incluía figuras, especialmente de osteologia, feitas de um modo muito realista. A partir de uma data tão cedo como 1532, Charles Estienne preparou em Paris uma obra em que ressaltava a completa representação pictórica do corpo humano. VESÁLIO Uma das primeiras e mais acertada solução para uma reprodução perfeita das representações gráficas foi encontrada nas ilustrações publicadas nos tratados anatômicos de Andrés Vesálio (1514-1564), que culminou com seu De humanis corpori, fabricada em 1553, um dos livros mais importantes da história do homem. Vesálio comprovou também que não são iguais em todos os indivíduos. Relatou sua surpresa ao encontrar inúmeros erros nas obras de Galeno, e temos que ressaltar a importância de sua negativa em aceitar algo só por tê-lo encontrado nos escritos do grande médico grego. Sem dúvida, apesar de ter desmentido a existência dos orifícios que Galeno afirmava existir comunicando as cavidades cardíacas, foi de todas as maneiras um seguidor da fisiologia galênica. Foram engrandecidas as diferenças que separavam seu conhecimento anatômico do de Galeno, começando pelo próprio Vesálio. Talvez pensasse que uma polêmica era um modo de chamar atenção. Manteve depois uma disputa acirrada com seu mestre Jacques du Bois (ou Sylvius, na forma latina), que foi um convencido galenista cuja única resposta, ante as diferenças entre algumas estruturas tal como eram vistas por Vesálio e como as havia descrito Galeno, foi que a humanidade devia tê-lo mudado durante esses dois séculos. 8 Vesálio tinha atribuído o traçado das primeiras figuras a um certo Fleming, mas na Fabrica não confiou em ninguém, e a identidade do artista ou artistas que colaboraram na sua obra tem sido objeto de grande controvérsia, que se acentuou ante a questão de quem é mais importante, se o artista ou o anatomista. Essa última foi uma discussão não pertinente, já que é óbvio que as ilustrações são importantes precisamente porque juntam uma combinação de arte e ciência, uma colaboração entre o artista e o anatomista. As figuras da Fabrica implicam em tantos conhecimentos anatômicos que forçosamente Vesálio devia participar na preparação dos desenhos, ainda que o grau de refinamento e do conhecimento de técnicas novas de desenho, também para os artistas do Renascimento, excluem também que fora o único responsável. Até hoje é discutido se Jan Stephan van Calcar (1499-1456/50), que fez as primeiras figuras e trabalhou no estúdio de Ticiano na vizinha Veneza, era o artista. De qualquer maneira, havia-se encontrado uma solução na busca de uma expressão pictórica adequada aos fenômenos naturais. No século XVII foram efetuadas notáveis descobertas no campo da anatomia e da fisiologia humana. Francis Glisson (1597-1677) descreveu em detalhes o fígado, o estômago e o intestino. Apesar de seus pontos de vista sobre a biologia serem basicamente aristotélicos, teve também concepções modernas, como a que se refere aos impulsos nervosos responsáveis pelo esvaziamento da vesícula biliar. Thomas Wharton (1614-1673) deu um grande passo ao ultrapassar a velha e comum ideia de que o cérebro era uma glândula que secretava muco (sem dúvida, continuou acreditando que as lágrimas se originavam ali). Wharton descreveu as características diferenciais das glândulas digestivas, linfáticas e sexuais. O conduto de evacuação da glândula salivar submandibular conhece-se como conduto de Wharton. Uma importante contribuição foi distinguir entre glândulas de secreção interna (chamadas hoje endócrinas), cujo produto cai no sangue, e as glândulas de secreção externa (exócrinas), que descarregam nas cavidades. Niels Steenson, em 1611, estabeleceu a diferença entre esse tipo de glândula e os nódulos linfáticos (que recebiam o nome de glândula apesar de não fazer parte do sistema). Considerava que as lágrimas provinham do cérebro. A nova concepção dos sistemas de transporte do organismo que se obteve graças às contribuições de muitos investigadores ajudou a resolver os erros da fisiologia galênica referentes à produção de sangue. Gasparo Aselli (1581-1626) descobriu que após a ingestão abundante de comida o peritônio e o intestino de um cachorro se cobriam de umas fibras brancas que, ao serem seccionadas, extravasavam um líquido esbranquiçado. Tratava-se dos capilares quilíferos. Até a época de Harvey se pensava que a respiração estimulava o coração para produzir espíritos vitais no ventrículo direito. Harvey, porém, demonstrou que o sangue nos pulmões mudava de venoso para arterial, mas desconheciaas bases desta transformação. A explicação da função respiratória levou muitos anos, mas durante o século XVII foram dados passos importantes para seu esclarecimento. 9 Gasparo Aselli (1581-1626) descobriu que após a ingestão abundante de comida o peritônio e o intestino de um cachorro se cobriam de umas fibras brancas que, ao serem seccionadas, extravasavam um líquido esbranquiçado. Tratava-se dos capilares quilíferos. Até a época de Harvey se pensava que a respiração estimulava o coração para produzir espíritos vitais no ventrículo direito. Harvey, porém, demonstrou que o sangue nos pulmões mudava de venoso para arterial, mas desconhecia as bases desta transformação. A explicação da função respiratória levou muitos anos, mas durante o século XVII foram dados passos importantes para seu esclarecimento. Robert Hook (1635-1703) demonstrou que um animal podia sobreviver também sem movimento pulmonar se inflássemos ar nos pulmões. Richard Lower (1631-1691) foi o primeiro a realizar transfusão direta de sangue, demonstrando a diferença de cor entre o sangue arterial e o venoso, a qual se devia ao constato com o ar dos pulmões. John Mayow (1640-1679) afirmou que a vermelhidão do sangue venoso se devia à extração de alguma substância do ar. Chegou à conclusão de que o processo respiratório não era mais que um intercâmbio de gases do ar e do sangue; este cedia o espírito nitroaéreo e ganhava os vapores produzidos pelo sangue. Em 1664 Thomas Willis (1621-1675) publicou De Anatomi Cerebri (ilustrado por Christopher Wren e Richard Lower), sem dúvida o compêndio mais detalhado sobre o sistema nervoso. Seus estudos anatômicos ligaram seu nome ao círculo das artérias da base do cérebro, ao décimo primeiro par craniano e também a um determinado tipo de surdez. Contudo, sua obsessão em localizar no nível anatômico os processos mentais https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwihyvjGjJ3cAhWExVkKHcB6CBYQjRx6BAgBEAU&url=https://www.canarias7.es/hemeroteca/la_anatomia_y_la_vision_de_vesalio-CBCSN349874&psig=AOvVaw3jIQ25lU_nZX7y51X8Uk43&ust=1531606377067784 10 o fez chegar a conclusões equívocas; entre elas, que o cérebro controlava os movimentos do coração, pulmões, estômago e intestinos e que o corpo caloso era assunto da imaginação. A partir de então, o desenvolvimento da anatomia acelerou-se. Berengario da Carpi estudou o apêndice e o timo, e Bartolomeu Eustáquio os canais auditivos. A nova anatomia do Renascimento exigiu a revisão da ciência. O inglês William Harvey, educado em Pádua, combinou a tradição anatômica italiana com a ciência experimental que nascia na Inglaterra. Seu livro a respeito, publicado em 1628, trata de anatomia e fisiologia. Ao lado de problemas de dissecação e descrição de órgãos isolados, estuda a mecânica da circulação do sangue, comparando o corpo humano a uma máquina hidráulica. O aperfeiçoamento do microscópio (por Leeuwenhoek) ajudou Marcello Malpighi a provar a teoria de Harvey, sobre a circulação do sangue, e também a descobrir a estrutura mais íntima de muitos órgãos. Introduzia-se, assim, o estudo microscópico da anatomia. Gabriele Aselli punha em evidência os vasos linfáticos; Bernardino Genga falava, então, em “anatomia cirúrgica”. Nos séculos XVIII e XIX, o estudo cada vês pormenorizado das técnicas operatórias levou à subdivisão da anatomia, dando-se muita importância à anatomia topográfica. O estudo anatômico-clínico do cadáver, como meio mais seguro de estudar as alterações provocadas pela doença, foi introduzido por Giovan Battista Morgani. Surgia a anatomia patológica, que permitiu grandes descobertas no campo da patologia celular, por Rudolf Virchow, e dos agentes responsáveis por doenças infecciosas, por Pasteur e Koch. Recentemente, a anatomia tornou-se submicroscópica. A fisiologia, a bioquímica, a microscopia eletônica e positrônica, as técnicas de difração com raios X, aplicadas ao estudo das células, estão descrevendo suas estruturas íntimas em nível molecular. Hoje em dia há a possibilidade de estudar anatomia mesmo em pessoas vivas, através de técnicas de imagem como a radiografia, a endoscopia, a angiografia, a tomografia axial computadorizada, a tomografia por emissão de positrões, a imagem de ressonância magnética nuclear, a ecografia, a termografia e outras. 11 SUGESTÃO DE LEITURA https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjJwM6Kip3cAhWNjlkKHfM9BBYQjRx6BAgBEAU&url=https://www.casasbahia.com.br/livros/livrodemedicinaesaude/livrosdeanatomia/os-cadernos-anatomicos-de-leonardo-da-vinci-leonardo-da-vinci-1930471.html&psig=AOvVaw0ZbfSI8lxieUS16Iq48siu&ust=1531605187444709 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi-3sPWip3cAhVnpVkKHV1CCA0QjRx6BAgBEAU&url=http://www.godofredofrancaleiloes.com.br/peca.asp?ID%3D17720&psig=AOvVaw2zsx8ZG4hKaX4PDiV0mt3Y&ust=1531605867856103 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj5wtz8ip3cAhVvrlkKHbNrCXIQjRx6BAgBEAU&url=https://livros.mercadolivre.com.br/petrucelli-historia-de-la-medicina-lyons&psig=AOvVaw2zsx8ZG4hKaX4PDiV0mt3Y&ust=1531605867856103 12 O que é o homem Vitruviano? Com certeza já deve tê-lo visto em livros, revistas, encartes de CD, internet, ou outra mídia qualquer. Mas não é uma simples ilustração, há algo valioso contido no mesmo. Este desenho foi encontrado no bloco de notas de Leonardo da Vinci e feito pelo próprio por volta de 1490 baseando-se no conceito exposto na obra “Os dez livros da Arquitetura”, escrito pelo arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio. Desta forma, o homem descrito por Vitruvius apresenta-se como um modelo ideal para o ser humano, cujas proporções são perfeitas, segundo o ideal clássico de beleza. O desenho também é considerado como um símbolo da simetria básica do corpo humano e, para extensão, para o universo como um todo. É interessante observar que a área total do círculo é idêntica a área total do quadrado e este desenho pode ser considerado um algoritmo matemático para calcular o valor do número irracional “phi’ (=1,618). Seguindo este conceito de beleza como é descrito o corpo humano? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 13 UNIDADE I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA 1. CONCEITO: Anatomia (ANA = em partes; TOMEIN = cortar) é uma palavra de origem grega que significa cortar ou dissecar. O estudo da anatomia é parte da morfologia que estuda macroscopicamente a constituição dos seres organizados. 2. NOMENCLATURA ANATÔMICA ◼ Ao conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de nomenclatura anatômica. ◼ Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura adotar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura. ◼ Dentro desse princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designarcoisas) e os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua função (músculo levantador da escápula); critério misto função e situação (músculo flexor superficial dos dedos). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito lógicos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso (fígado, por exemplo). 3. DIVISÃO DO CORPO HUMANO ◼ Cabeça: Crânio neural (neurocrânio) e crânio visceral ou face (viscerocrânio). ◼ Pescoço. ◼ Tronco: Tórax, abdome e pelve. ◼ Membros superiores: ➢ Raiz: Ombro. ➢ Parte livre: Braço, antebraço e mão (palma e dorso). ◼ Membros inferiores: 14 ➢ Raiz: Quadril. ➢ Parte livre: Coxa, perna e pé (planta e dorso). ◼ A transição entre o braço e o antebraço há o cotovelo; entre o antebraço e a mão há o punho; entre a coxa e a perna há o joelho; entre a perna e o pé há o tornozelo. ◼ A região posterior do tronco é denominada dorso. 4. POSIÇÃO ANATÔMICA ◼ Indivíduo em posição ereta (em pé, ortostática ou bípede). ◼ Olhar dirigido para o horizonte. ◼ Face voltada para frente. ◼ Membros superiores estendidos aplicados ao tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente. ◼ Membros inferiores unidos com as pontas dos pés dirigidas para frente. ◼ Não importa que o indivíduo esteja em decúbito dorsal (com o dorso acolado à mesa), decúbito ventral (com o ventre acolado à mesa) ou decúbito lateral (de lado): as descrições anatômicas são feitas considerando o indivíduo em posição anatômica. 5. PLANOS DE SECÇÃO ◼ Sagital: Plano vertical que atravessa o corpo paralelamente ao plano mediano, dividindo o corpo em parte direita e esquerda. ◼ Frontal ou coronal: Plano vertical que atravessa o corpo formando ângulos retos com o plano mediano, dividindo o corpo em parte anterior e posterior. ◼ Transversal: Plano horizontal que atravessa o corpo formando ângulos retos com o plano mediano e frontal, dividindo o corpo em parte superior e inferior. 6. TERMOS DE RELAÇÃO E COMPARAÇÃO ◼ Mediana: Estrutura situada no plano mediano. ◼ Lateral: Estrutura situada mais distante do plano mediano. 15 ◼ Medial: Estrutura situada mais próxima do plano mediano. ◼ Intermédia: Estrutura situada entre uma lateral e outra medial. ◼ Dorsal ou posterior: Estrutura situada mais próxima ao dorso. ◼ Ventral ou anterior: Estrutura situada mais próxima à superfície frontal. ◼ Rostral: É usado frequentemente em lugar de ventral ao descrever partes da cabeça. ◼ Superior ou cranial: Estrutura situada mais próxima ao vértice, o ponto mais alto do crânio. ◼ Inferior ou podálico ou caudal: Estrutura situada mais próxima da planta do pé. No caso do termo caudal é usado caso a estrutura esteja situada até o cóccix. ◼ Proximal: Estrutura do membro superior ou inferior mais próxima da raiz do membro. Substitui o termo superior. ◼ Distal: Estrutura do membro superior ou inferior mais distante da raiz do membro. Substitui o termo inferior. ◼ Média: Estrutura situada entre uma dorsal e outra ventral, entre uma superior e outra inferior ou entre uma proximal e outra distal. ◼ Superficial: Estrutura mais próxima da superfície do corpo. ◼ Profundo: Estrutura mais distante da superfície do corpo. ◼ Externo: Estrutura voltada para o exterior de uma cavidade. ◼ Interno: Estrutura voltada para o interior de uma cavidade. 7. CAVIDADES DO CORPO HUMANO ◼ Cavidade dorsal: Está localizada próximo à superfície dorsal do corpo. Ela é composta por uma cavidade craniana, que é formada pelos ossos do crânio e contém o encéfalo e seus revestimentos, e pela cavidade vertebral, que é formada pelos ossos da coluna vertebral e contém a medula espinhal. ◼ Cavidade ventral: Está localizada na porção ventral do corpo e contém órgãos chamados coletivamente de vísceras. Como a cavidade dorsal, a cavidade ventral do corpo apresenta duas subdivisões principais: uma porção superior, chamada cavidade torácica, e uma porção inferior, chamada cavidade abdominopélvica. A cavidade torácica contém três 16 cavidades menores: a cavidade do pericárdio, um espaço preenchido por fluido, que circunda o coração, e duas cavidades pleurais, cada uma das quais circunda um pulmão e contém pequena quantidade de fluido. A porção central da cavidade torácica é denominada mediastino, sendo preenchida por tecidos localizados entre as cavidades pleurais e estendendo-se do esterno à coluna vertebral, e do pescoço ao diafragma. A cavidade abdominopélvica é dividida em duas porções, embora nenhuma parede as separe. A porção superior, a cavidade abdominal, contém o estômago, o baço, o fígado, a vesícula biliar, o intestino delgado e a maior parte do intestino grosso. A porção inferior, a cavidade pélvica, contém a bexiga urinária, partes do intestino grosso e os órgãos internos do sistema genital. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. O que estuda a anatomia? 2. O que é nomenclatura anatômica? 3. O que são epônimos? 4. Cite exemplos na nomenclatura anatômica que tragam informação ou descrição da estrutura. 5. O corpo humano é dividido em quais regiões? 6. Os membros superiores e inferiores possuem uma raiz e uma parte livre, cite-as. 7. O coração, o fígado, a mandíbula, a bexiga e o cérebro se localizam em quais regiões do corpo humano? 8. Descreva a correta posição corporal usada no estudo do corpo humano. 9. Qual plano anatômico é feito para se obter o plano dorsal e ventral? 10. Qual plano anatômico é feito para se obter o plano superior e inferior? 11. Diferencie uma estrutura na posição mediana, medial, intermédia e média. 12. Identifique o termo de direção e posição utilizado para comparar as estruturas abaixo: 17 a. A tíbia em relação à fíbula, os dois ossos da perna. b. Os três lobos do pulmão direito. c. As três falanges do dedo II da mão. d. O osso esterno em relação ao coração. 13. Onde se localiza a cavidade dorsal e a cavidade ventral? 14. Cite as cavidades que compõem a cavidade dorsal. 15. Quais estruturas formam a cavidade do crânio e o canal vertebral? 16. A cavidade ventral possui duas subdivisões principais. Quais são elas? 17. Cite as três cavidades que compõem a cavidade torácica. 18. Quais estruturas formam a cavidade do pericárdio, as cavidades pleurais e o mediastino? 19. Cite as duas porções em que é dividida a cavidade abdominopélvica. 20. Quais estruturas formam a cavidade abdominal e pélvica? 18 EXERCÍCIOS COM IMAGENS 1. Identifique as regiões do corpo humano. 19 20 2. Indique no desenho características da posição de descrição anatômica. Explique as características apontadas. 21 3. Identifique os planos de secção. Diga quais partes são obtidas destes planos. 22 4. Identifique as cavidades do corpo humano. 23 UNIDADE II: SISTEMA LOCOMOTOR SISTEMA ESQUELÉTICO FUNÇÕES: Sustentação, conformação do corpo, forma caixas de proteção (para órgãos como o coração, pulmões, encéfalo e medula espinhal), local de armazenamento de íons Ca e P, forma um sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo e produção de células do sangue. ◼ O esqueleto é o conjunto de 206 ossos articulados para formar o arcabouço do corpo. ◼ Estes ossos encontram-se agrupados em duas categorias principais que distinguem o esqueleto axial e o esqueleto apendicular. ◼ O esqueleto axial constitui o eixo do corpo. É formado pelos ossos dacabeça, do pescoço e do tronco. Formado por 80 ossos. ◼ O esqueleto apendicular conecta-se ao tronco, contendo os ossos dos membros superiores e inferiores. Formado por 126 ossos. ◼ O tecido ósseo é composto por dois tipos de substâncias ósseas: a compacta e a esponjosa. ◼ A substância compacta não possui espaços livres interpostos às lamínulas ósseas, ocupa a camada externa do osso, apresentando-se densa e rija. ◼ A substância esponjosa encontra-se na camada interna do osso. Suas lamínulas ósseas arranjam-se na forma de trabéculas ósseas permitindo a presença de espaços entre si. Este arranjo confere aspecto poroso à substância esponjosa, cujos espaços são preenchidos pela medula óssea. Este padrão de disposição das trabéculas favorece a resistência às forças de tensão exercidas sobre o osso. ◼ A disposição das substâncias compacta e esponjosa pode variar no mesmo osso. ◼ Os ossos são revestidos por tecido conjuntivo denominado periósteo, exceto nas superfícies articulares. O periósteo possui dois folhetos: um superficial que se apresenta inervado e outro profundo, altamente 24 vascularizado. Isto propicia melhor fornecimento de nutrientes, favorecendo o seu desenvolvimento e reparo. ◼ Os ossos podem ser classificados de acordo com a sua forma, com a predominância de uma de suas dimensões (comprimento, largura ou espessura) e com as suas especificidades. Assim, podem ser: 1. Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos apresentam duas extremidades, denominadas epífises e um corpo, a diáfise. Esta possui, no seu interior, uma cavidade denominada canal medular. As diáfises são formadas por tecido ósseo compacto e as epífises apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso. 2. Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto. 3. Ossos Planos: São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. 4. Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. 5. Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. 6. Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles têm quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. 25 7. Ossos Sesamoides: Estão presentes no interior de alguns tendões ou de uma cápsula articular. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Cite duas funções do sistema esquelético. Explique-as. 2. O que significa esqueleto axial? Ele é composto por quais ossos? 3. O que significa esqueleto apendicular? Ele é composto por quais ossos? 4. Qual é o total de ossos no esqueleto axial e no apendicular? 6. Qual é a diferença entre o tecido ósseo compacto do esponjoso? 7. O que é periósteo? 8. Em que se baseia a classificação dos ossos? 9. Descreva a estrutura anatômica de um osso longo. 10. O que são ossos curtos? 11. Qual é a importância dos ossos planos? 12. Qual é a diferença entre um osso longo e alongado? 13. O que são ossos pneumáticos? 14. O que são ossos irregulares? 15. O que são ossos sesamoides? 26 EXERCÍCIOS COM IMAGENS 1. Classifique os ossos indicados pelas setas quanto ao esqueleto. 27 2. Identifique a substância óssea compacta e esponjosa. 3. Classifique os ossos indicados pelas setas em longos, curtos, planos, alongados, pneumáticos, irregulares ou sesamoides. https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj75YDtrqLcAhUFmlkKHSxWAlcQjRx6BAgBEAU&url=https://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/structure/&psig=AOvVaw2fQyLJ4XHiD_y85w03YQXl&ust=1531787340207256 28 29 4. Identifique as estruturas de um osso longo: 1. Epífises; 2. Diáfise; 3. Canal medular. https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi_uLyUrqLcAhWQslkKHcLhAecQjRx6BAgBEAU&url=https://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-detalhes-da-estrutura-do-osso-image33013302&psig=AOvVaw1GOpQgYIEhUXa8Cv1p0WBO&ust=1531787157666690 30 SISTEMA ARTICULAR FUNÇÕES: Unir os ossos uns aos outros para constituir o esqueleto. Esta união coloca os ossos em contato, permitindo mobilidade. Entretanto, as articulações ocorrem de maneiras diferentes conferindo maior ou menor movimentação. 1. ARTICULAÇÕES FIBROSAS ◼ O elemento que se interpõe às peças ósseas que se articulam é um tecido conjuntivo fibroso. ◼ São conhecidas como sinartroses. ◼ São imóveis. 2. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS ◼ O elemento que se interpõe às peças ósseas que se articulam é um tecido cartilaginoso, podendo ser uma cartilagem hialina ou fibrosa. ◼ São conhecidas como anfiartroses. ◼ São pouco móveis. 3. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ◼ O elemento que se interpõe às peças ósseas que se articulam é uma cápsula articular. ◼ A cápsula articular é uma membrana conjuntiva que envolve a articulação sinovial. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos, por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. ◼ A membrana sinovial é a mais interna. É abundantemente vascularizada e inervada, sendo encarregada da produção do líquido sinovial (sinóvia). O líquido sinovial tem função lubrificadora permitindo maior amplitude de movimento nestas articulações ◼ Em várias articulações sinoviais, interpostas às superfícies articulares, encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos, que 31 servem à melhor adaptação das superfícies que se articulam destinadas a receber fortes pressões, agindo como amortecedores. ◼ Em muitas articulações sinoviais, existem ligamentos independentes da cápsula articular. Esses ligamentos podem ser extracapsulares ou intracapsulares. ◼ São conhecidas como diartroses. ◼ São móveis. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. O que é articulação? 2. Qual é a consequência do fato de que nem todas as articulações se unem da mesma forma? 3. Como é o tecido de interposição e o grau de mobilidade das articulações fibrosas? 4. Como é o tecido de interposição e o grau de mobilidade das articulações cartilaginosas? 5. Em qual articulação é encontrada a cápsula articular? 6. Descreva a cápsula articular. 7. Qual é a função do líquido sinovial? 8. Qual é a função dos discos e meniscos das articulações sinoviais? 9. Qual é o grau de mobilidade das articulações sinoviais? 32 EXERCÍCIOS COM IMAGENS 1. Identifique os tipos de articulações abaixo. Em cada uma delas diga o grau de mobilidade e marque um x nas que são anfiartroses. 33 2. Identifique as estruturas de uma cápsula articular. 3. Identifique as estruturas abaixo e diga em qual tipo de articulação elas são encontradas?https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjUnd_suaLcAhUFy1kKHeboApMQjRx6BAgBEAU&url=https://br.depositphotos.com/53385985/stock-illustration-normal-synovial-joint-anatomy.html&psig=AOvVaw1XiasSAZUMdc89aLIOZAK5&ust=1531790083513979 34 SISTEMA MUSCULAR FUNÇÕES: Produzir os movimentos do corpo, estabilizar as posições do corpo, regular o volume dos órgãos, mover substâncias no interior do corpo e produzir calor. 1. TIPOS DE TECIDO MUSCULAR ◼ Tecido muscular esquelético: A maior parte está fixada em ossos e move o esqueleto. É estriado; isto é, possui estrias ou faixas alternadas claras e escuras. É voluntário, pois pode ser levado a contrair e relaxar por controle consciente. Sua contração é rápida. Devido à presença de poucas células que podem sofrer divisão celular; o músculo esquelético tem capacidade de regeneração limitada. ◼ Tecido muscular cardíaco: Encontrado somente no coração, forma a maior parte da parede do coração, órgão que bombeia o sangue através dos vasos sanguíneos para todas as partes do corpo. Como o tecido muscular esquelético, ele é estriado. No entanto, diferentemente desse tecido, ele é involuntário, isto é, suas contrações não estão sob controle consciente. Sua contração é rápida. ◼ Tecido muscular liso: Está localizado nas paredes das estruturas internas ocas, como os vasos sanguíneos, as vias respiratórias, o estômago e os intestinos. Participa de processos internos como a digestão e a regulação da pressão sanguínea. Ele é liso, pois não apresenta estrias, e involuntário, pois não está sob controle consciente. Sua contração é lenta. Esse tecido tem considerável capacidade de regeneração quando comparado aos outros tecidos musculares. 2. COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS ◼ Apresentam nas suas extremidades os tendões. Estas estruturas são muito resistentes e caracterizadas pelo aspecto esbranquiçado e brilhante. Sua função é fixar o músculo ao osso para produzir os movimentos corporais. ◼ A parte média dos músculos esqueléticos é denominada ventre muscular. Apresenta-se na cor vermelha por ser altamente vascularizada e composta 35 principalmente por fibras musculares. O ventre muscular é a parte contrátil do músculo esquelético. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Cite as funções dos músculos. Justifique essas funções. 2. Quais são os tipos de tecido muscular? Desses tipos quais são involuntários e quais são estriados? 3. Qual dos tipos musculares fixa-se aos ossos? 4. Em quais estruturas encontra-se tecido muscular liso? 5. O que são tendões? 6. O que é ventre muscular? 36 EXERCÍCIOS COM IMAGENS 1. Identifique os tipos de tecido muscular e cite para cada um deles duas características. 37 2. Identifique os componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos. 38 UNIDADE III: SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES: É um sistema que controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo e ainda, recebendo estímulos externos ao corpo, é capaz de interpretá- los e desencadear, eventualmente respostas adequadas a estes estímulos. SISTEMA NERVOSO CENTRAL DIVISÃO Encéfalo Cérebro Telencéfalo Diencéfalo Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Cerebelo Medula espinhal 1. MENINGES ◼ O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por membranas de tecido conjuntivo denso não modelado chamadas de meninges. ◼ Estende-se até a 2ª vértebra sacral. ◼ É dividido em três camadas: Dura-máter, aracnoide e pia-máter. ◼ A dura-máter é a mais superficial, espessa e resistente, apresentando-se rica em fibras colágenas e também possui vasos e nervos. ◼ A aracnoide é muito delicada, justaposta à dura-máter, da qual se encontra separada pelo espaço subdural. ◼ A pia-máter é a mais interna das meninges, relacionando-se intimamente com a superfície do Sistema Nervoso Central. Entre a pia-máter e a aracnoide há o espaço subaracnoide que contém o líquor. O líquor caracteriza-se por ser aquoso, incolor e inodoro. É produzido pelo plexo corioide no interior dos ventrículos situados no encéfalo. O volume de líquor no espaço subaracnoide é de 100 a 150 cm3, renovados totalmente a cada 39 oito horas. Atua na proteção mecânica e biológica do Sistema Nervoso Central. 2. ENCÉFALO 2.1.VENTRÍCULOS ENCEFÁLICOS ◼ A luz do telencéfalo corresponde aos ventrículos laterais direito e esquerdo. ◼ A luz do diencéfalo corresponde ao 3º ventrículo. Os ventrículos laterais comunicam-se com o 3º ventrículo através do forame interventricular. ◼ A luz do mesencéfalo é um canal estreitado, o aqueduto cerebral, o qual comunica o 3º ventrículo com o 4º ventrículo. ◼ A luz da ponte corresponde ao 4º ventrículo, este é continuado pelo canal central da medula espinhal e se comunica com o espaço subaracnoide. 2.2.CÉREBRO - TELENCÉFALO ◼ É constituído por uma borda externa de substância cinzenta, denominada córtex cerebral e, de uma região interna de substância banca com núcleos de substância cinzenta mergulhados profundamente em seu interior. ◼ É dividido em hemisférios cerebrais direito e esquerdo, que são separados entre si pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. ◼ Tem uma superfície irregular, marcada pela presença de sulcos que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. ◼ A superfície de cada hemisfério cerebral é dividida em quatro lobos, denominados segundo os ossos que os recobrem: lobo frontal, lobo parietal direito e esquerdo, lobo temporal direito e esquerdo e lobo occipital. ◼ Existe um quinto lobo situado profundamente, denominado ínsula. 2.3.CÉREBRO - DIENCÉFALO ◼ Consiste em quatro regiões: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. ◼ O tálamo tem uma forma ovalada. 40 ◼ O hipotálamo situa-se inferiormente ao tálamo. Na parte mais inferior do hipotálamo fica a hipófise, uma glândula endócrina. ◼ O epitálamo ou glândula pineal, glândula endócrina situada posteriormente ao tálamo. ◼ O subtálamo encontra-se entre o mesencéfalo e o hipotálamo. 2.4.TRONCO ENCEFÁLICO ◼ Localiza-se entre o diencéfalo e a medula espinhal. ◼ Consiste em três regiões: mesencéfalo, ponte e bulbo. ◼ O mesencéfalo conecta a ponte ao diencéfalo. ◼ A ponte situa-se acima do bulbo e à frente do cerebelo. ◼ O bulbo forma a parte inferior do tronco encefálico. 2.5.CEREBELO ◼ Localiza-se posteriormente à ponte e ao bulbo e, inferiormente ao lobo occipital do telencéfalo. ◼ A superfície do cerebelo, denominada córtex cerebelar, constitui-se de substância cinzenta. Sob esse córtex, há substância branca que lembra os ramos de uma árvore. ◼ O cerebelo tem uma porção mediana, o vérmis, ladeada por duas massas laterais, que são os hemisférios cerebelares direito e esquerdo. ◼ Na sua superfície há sulcos predominantemente transversais, delimitando as folhas cerebelares. ◼ Possui três lóbulos: anterior, posterior e floculonodular. 3. MEDULA ESPINHAL ◼ Está localizada no interior do canal vertebral da coluna vertebral. ◼ Ela se estende da parte inferior do encéfalo, o bulbo, até a margem superior da 2ª vértebra lombar (L2). ◼ A medula espinhaltermina afilando-se para formar o cone medular. ◼ A medula apresenta uma forma aproximadamente cilíndrica, sendo ligeiramente achatada no sentido anteroposterior. 41 ◼ Seu calibre não é uniforme, destacando-se duas expansões: a intumescência cervical (entre a 2ª e 3ª vértebras cervicais), de onde partem as raízes nervosas para formar o plexo braquial destinado a inervação dos membros superiores e, a intumescência lombar (entre a 9ª e 12ª vértebras torácicas), de onde partem as raízes nervosas para formar o plexo lombossacral destinado a inervação dos membros inferiores. ◼ A medula espinhal não percorre todo o comprimento da coluna vertebral. Consequentemente, os nervos que se originam da porção mais inferior da medula espinhal angulam-se para baixo no canal vertebral, formando a cauda equina. ◼ Na medula espinhal, a substância branca circunda uma massa de substância cinzenta em forma de "H", localizada centralmente. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Cite a divisão do sistema nervoso central. 2. Quais estruturas ósseas recobrem e protegem o encéfalo e a medula espinhal? 3. Onde encontramos as meninges? 4. Qual é a função das meninges? 5. Cite as três camadas que formam as meninges. 6. Das três camadas meníngeas, qual delas é a mais interna? 7. Onde se localizam os espaços subdural e subaracnoide? 8. O que é líquor? 9. Onde é produzido o líquor? 10. Cite os ventrículos encefálicos e suas comunicações. 11. Como é a disposição da substância cinzenta e branca no encéfalo? 12. Cite os quatro lobos visíveis no córtex do telencéfalo. 13. Como é chamado o quinto lobo do telencéfalo? 14. Qual dos quatro lobos do telencéfalo é o mais anterior? 15. Quais lobos do telencéfalo são ímpares? 16. Cite as quatro partes do diencéfalo. 42 17. Como é chamada a glândula endócrina localizada na parte inferior ao hipotálamo? 18. Cite as três partes do tronco encefálico. 19. Qual das três partes do tronco encefálico está em contato com a medula espinhal? 20. Dê uma posição anatômica para o cerebelo. 21. Qual é a constituição do córtex cerebelar? 22. Qual é o formato da substância branca do cerebelo? 23. Como é chamada a porção mediana do cerebelo? 24. Como é a disposição dos sulcos na superfície cerebelar? 25. Cite os quatro lóbulos do cerebelo. 26. Qual é o limite cranial e caudal da medula espinhal? 27. Como é o formato da medula espinhal? 28. O que são intumescências? Localize-as e cite a importância delas. 29. O que é cone medular? 30. O que é cauda equina? 31. Como é a disposição da substância branca na medula espinhal? 32. Qual é o formato da substância cinzenta na medula espinhal? 43 EXERCÍCIOS COM IMAGENS 1. Observe o encéfalo em vista medial direita. Colorir de vermelho o cérebro e sua divisão em telencéfalo; de verde o cérebro e sua divisão em diencéfalo; de cinza o tronco encefálico e sua divisão em mesencéfalo; de amarelo o tronco encefálico e sua divisão em ponte; de azul o tronco encefálico e sua divisão em bulbo; de marrom o cerebelo. 2. Observe o encéfalo dentro da cavidade craniana em vista superior e identifique as meninges que o recobrem. 44 3. Observe a secção frontal do crânio. Identifique: 1. Dura-máter; 2. Aracnoide; 3. Pia-máter; 4. Espaço subdural; 5. Espaço subaracnoide. 4. Observe a secção transversal da medula espinhal. Identifique: 1. Dura-máter; 2. Aracnoide; 3. Pia-máter. https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwinnJWWw8PVAhUJDZAKHcwgDKUQjRwIBw&url=http://keywordteam.net/gallery/1000071.html&psig=AFQjCNGQC42MoMY0i3NeW0VXmt2x-Xkz5w&ust=1502140058992770 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiZh6_c38PVAhUFQ5AKHZsjBLsQjRwIBw&url=https://pt.slideshare.net/gueste74a91/sistema-nervoso-1888015&psig=AFQjCNFMn3HGwpky_SrC3JFKtv2yA-HJtA&ust=1502148035917136 45 5. Utilizando setas demonstre na figura a circulação do líquor. 6. Observe os ventrículos encefálicos internamente no encéfalo e isolados com suas comunicações. Identifique: 1. Ventrículo lateral direito; 2. Ventrículo lateral esquerdo; 3. 3º ventrículo; 4. 4º ventrículo; 5. Forame interventricular; 6. Aqueduto cerebral. https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwilme_Jq9zcAhWBCpAKHTShBHYQjRx6BAgBEAU&url=http://proext.ledes.net/systems/view/11&psig=AOvVaw0FSTyLsZYruqmE640GzooI&ust=1533779314918131 46 7. Observe a secção frontal do encéfalo. Identifique: 1. Córtex cerebral constituído de substância cinzenta; 2. Substância branca com núcleos de substância cinzenta. 8. Observe o cérebro em vista superior e medial direita. Identifique: 1. Hemisfério cerebral direito; 2. Hemisfério cerebral esquerdo; 3. Fissura longitudinal do cérebro; 4. Corpo caloso 47 9. Observe o cérebro em vista superior. Identifique: 1. Giros; 2. Sulcos. 10. Identificar as vistas em cada figura e colorir de rosa o lobo frontal, de azul os lobos parietais, de verde os lobos temporais e de amarelo o lobo occipital. 48 11. Observe o telencéfalo internamente e identifique a ínsula. 12. Identifique os cinco lobos na sequência abaixo. 13. Observe o encéfalo em vista medial direita. Identifique: 1. Hipotálamo; 2. Tálamo; 3. Epitálamo ou glândula pineal; 4. Subtálamo; 5. Glândula hipófise. 49 14. Observe o encéfalo em vista medial direita. Identifique: 1. Mesencéfalo; 2. Ponte; 3. Bulbo. 15. Observe o cerebelo em vista posterossuperior. Identifique: 1. Hemisfério cerebelar direito; 2. Hemisfério cerebelar esquerdo; 3. Vérmis; 4. Sulcos. 16. Observe a secção frontal do cerebelo. Identifique: 1. Córtex cerebelar constituído de substância cinzenta; 2. Substância branca. 50 17. Observe o cerebelo em vista posterosuperior e anterior. Identifique: 1. Lóbulo anterior; 2. Lóbulo posterior; 3. Lóbulo floculonodular. 18. Observe a medula espinhal em vista posterior. Identifique: 1. Intumescência cervical; 2. Intumescência lombossacral; 3. Cone medular; 4. Cauda equina. 51 19. Observe as secções transversais de diferentes regiões da medula espinhal. Identifique: 1. Secção cervical; 2. Secção torácica; 3. Secção lombar; 4. Secção sacral. 20. Observe a secção transversal da medula espinhal cervical. Identifique: 1. Substância branca; 2. Substância cinzenta em forma de "H". 52 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO DIVISÃO Nervos Cranianos Espinhais Gânglios Terminações nervosas 1. NERVOS: São cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que têm como função levar (ou trazer) impulsos ao (do) sistema nervoso central. 1.1.NERVOS CRANIANOS ◼ São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. ◼ O 1º e 2º par se originam do telencéfalo. ◼ O 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º par originam-se do tronco encefálico. 1.2.NERVOS ESPINHAIS ◼ Formados por 31 pares. https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj2qsLh5MPVAhXDDZAKHankB14QjRwIBw&url=http://slideplayer.com.br/slide/1670245/&psig=AFQjCNFexp93Jv0jHp-j60hk8jWBH3uj0Q&ust=150214934453160853 ◼ Existem 8 pares de nervos cervicais, 12 pares de nervos torácicos, 5 pares de nervos lombares, 5 pares de nervos sacrais e 1 par de nervos coccígeos. ◼ O 1º par de nervos cervical emerge acima da 1ª vértebra cervical. ◼ Todos os demais nervos saem da coluna vertebral pelos forames intervertebrais. ◼ Todo nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui fibras motoras (eferentes). A raiz dorsal possui fibras sensitivas (aferentes). A fusão das raízes motora e sensitiva resulta no nervo espinhal. Isto significa que o nervo espinhal é sempre misto, isto é, está constituído de fibras eferentes e aferentes. ◼ Após a fusão das raízes ventral e dorsal o nervo espinhal se divide em dois ramos: ventral (mais calibroso), e dorsal (menos calibroso). ◼ Nas regiões cervical e lombar os ramos ventrais formam redes em cada lado do corpo. Essas redes são chamadas plexos. ◼ Os principais plexos são: o cervical (C1 a C4) que supre a pele e os músculos da parte posterior da cabeça, do pescoço, da parte superior dos ombros e o diafragma; o braquial (C5 a T1) que constitui o suprimento nervoso para os membros superiores e uma série de músculos do pescoço e do ombro; lombossacral (T12 a S4) supre a parede abdominal, os órgãos genitais externos, a região glútea, o períneo e os membros inferiores. ◼ Os nervos espinhais T2 a T11 não forma plexos. São conhecidos como nervos intercostais e vão diretamente às estruturas que eles suprem, incluindo os músculos entre as costelas, os músculos abdominais e a pele do tórax e do dorso. 2. GÂNGLIOS: São acúmulos de corpos celulares de neurônios que ocorrem fora do sistema nervoso central e apresentam-se, geralmente, como uma dilatação. 3. TERMINAÇÕES NERVOSAS: São estruturas localizadas na extremidade de fibras sensitivas e motoras especializadas para receber estímulos físicos ou químicos na superfície ou no interior do corpo originando impulsos nervosos que caminham pelas fibras em direção ao sistema nervoso central. 54 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Quais estruturas compõem o sistema nervoso periférico? 2. Qual é a função do sistema nervoso periférico? 3. Quantos são os pares de nervos cranianos? 4. De qual região do sistema nervoso central originam-se os nervos cranianos? 5. Quais pares de nervos cranianos originam-se do tronco encefálico? 6. Quais nervos cranianos são sensoriais? 7. Quais nervos cranianos são motores? 8. Quais nervos cranianos são mistos? 9. Quais nervos cranianos agem na movimentação do globo ocular? 10. Quais nervos cranianos agem na percepção gustativa? 11. Qual é o nervo craniano que age na inervação das vísceras torácicas e abdominais? 12. Quantos são os pares de nervos espinhais? 13. De qual região do sistema nervoso central originam-se os nervos espinhais? 14. Quantos nervos espinhais compõem a região cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea? 15. Onde se localiza o 1º nervo espinhal cervical? 16. Qual nervo espinhal está localizado entre a vértebra C7 e a vértebra T1? 17. Como é formado o nervo espinhal? 18. Qual é a via eferente e aferente? 19. Por que o nervo espinhal é misto? 20. O que ocorre após a formação do nervo espinhal? 21. O que são plexos? 22. Descreva os três plexos quanto ao nome, localização e função. 23. Qual segmento não forma plexos? 24. O que são gânglios? 25. O que são terminações nervosas? 55 EXERCÍCIOS COM IMAGENS 1. Observe os nervos cranianos na vista inferior do encéfalo. Identifique: 1. Nervo olfatório (I); 2. Nervo óptico (II); 3. Nervo oculomotor (III); 4. Nervo troclear (IV); 5. Nervo trigêmeo (V); 6. Nervo abducente (VI); 7. Nervo facial (VII); 8. Nervo vestíbulo-coclear (VIII); 9. Nervo glossofaríngeo (IX); 10. Nervo vago (X); 11. Nervo acessório (XI); 12. Nervo vago (XII). 56 2. Observe os nervos cranianos na vista medial direita do encéfalo. Identifique as mesmas estruturas da questão anterior. 57 3. Para cada nervo craniano dê suas funções. 58 4. Observe a medula espinhal em vista externa anterior. Identifique os nervos cervicais (C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7, C8), torácicos (T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8, T9, T10, T11, T12), lombares (L1, L2, L3, L4, L5), sacrais (S1, S2, S3, S4, S5) e coccígeo (Co1). https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=&url=http://fisiotersaude.webnode.com.br/album/galeria-de-fotos-pagina-inicial/segmentos-da-medula-espinhal-jpg/&psig=AFQjCNGovTJAZEkSy1QCkP66vfKo_yi_ug&ust=1455233405474021 59 5. Observe os nervos que emergem da medula espinhal em secção transversal. Identifique: 1. Raiz ventral; 2. Raiz dorsal; 3. Nervo espinhal; 4. Ramo ventral; 5. Ramo dorsal. 6. Observe os nervos que emergem da medula espinhal em secção transversal. Identifique: 1. A via eferente; 2. A via aferente; 3. O local que possui as duas vias, eferente e aferente. 60 7. Observe os nervos que emergem da metade direita da coluna vertebral. Identifique: 1. Plexo cervical; 2. Plexo braquial; 3. Nervos intercostais; 4. Plexo lombossacral. 61 UNIDADE IV: SISTEMA CIRCULATÓRIO SISTEMA CARDIOVASCULAR FUNÇÕES: Levar material nutritivo e oxigênio às células. O sangue circulante transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos às células de todas as partes do organismo. Da mesma forma, o oxigênio que é incorporado ao sangue, quando este circula pelos pulmões, será levado a todas as células. Além desta função primordial, o sangue circulante transporta também os produtos residuais do metabolismo celular, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de eliminá-los. O sangue possui ainda células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e micro- organismos e promove a coagulação. DIVISÃO Sangue. Coração. Vasos sanguíneos. 1. SANGUE ◼ O sangue é um fluido mais denso e viscoso do que a água. Sua temperatura é aproximadamente de 38º C e seu pH é levemente alcalino, variando de 7,35 a 7,45. ◼ O sangue constitui cerca de 8% do peso corporal total. O volume sanguíneo é de 5 a 6 litros em um homem adulto e de 4 a 5 litros em uma mulher adulta, ambos de tamanho médio. ◼ O sangue é composto de duas porções: o plasma sanguíneo e os elementos figurados. ◼ Plasma sanguíneo: ➢ É um líquido amarelado que contém substâncias dissolvidas. ➢ Consiste em 91,5% de água, 7% de proteínas e 1,5% de solutos não- proteicos. ◼ Elementos figurados: 62 ➢ São formados pelos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. ➢ Os glóbulos vermelhos ou hemácias são células anucleadas que apresenta a forma de um disco bicôncavo. Em seu interior, encontramos um pigmento vermelho de natureza proteica que contém ferro na sua constituição, denominado hemoglobina. Esse pigmento realiza o transporte de gases, combinando-se reversivelmente com o oxigênio e com o gás carbônico e irreversivelmente com o monóxido de carbono. ➢ Os glóbulos brancos ou leucócitos são células nucleadas que fazem parte do sistema imunológico. ➢ As plaquetas ou trombócitos são fragmentos da medula óssea que atuam na coagulação do sangue. 2. CORAÇÃO ◼ O coração está localizado dentro da cavidade torácica, entre os dois pulmões em uma região denominada de mediastino, com aproximadamente dois terços de sua massa situando-se à esquerda da linha mediana do corpo. ◼ O coração tem o tamanhoaproximado de uma mão fechada. ◼ É um órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil- propulsora. ◼ O tecido muscular que forma o coração é o estriado cardíaco, e constitui sua camada média ou miocárdio. ◼ Forrando internamente o miocárdio existe um endotélio, o qual é contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada interna recebe o nome de endocárdio. ◼ Externamente ao miocárdio, há uma serosa revestindo-o, denominada epicárdio. ◼ O coração tem a forma aproximada de um cone, apresentando uma base, um ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar). A base do coração corresponde à área ocupada pelas raízes dos grandes vasos do 63 coração. O ápice do coração, é formada pela ponta do ventrículo esquerdo (uma câmara inferior do coração) e repousa no diafragma. ◼ O coração é envolto por um saco fibroseroso, denominado pericárdio, cuja função é separá-lo dos outros órgãos do mediastino e limitar sua expansão durante a diástole ventricular. Consiste em duas partes: o pericárdio fibroso (externo) e o pericárdio seroso (interno). ◼ Na base do coração existem quatro grandes vasos: a artéria aorta, a artéria do tronco pulmonar, as veias cavas superior e inferior e as veias pulmonares. ◼ A artéria aorta retira o sangue do coração levando-o para o corpo todo. Nesta artéria passa sangue arterial. ◼ A artéria do tronco pulmonar retira o sangue do coração levando-o para os pulmões. Nesta artéria passa sangue venoso. ◼ As veias cavas superior e inferior trazem sangue venoso do corpo para o coração. ◼ As veias pulmonares (em número de quatro) trazem sangue arterial dos pulmões para o coração. ◼ Externamente no coração está a artéria coronária direita e esquerda cuja função é nutrir o músculo cardíaco. Elas originam-se da base da artéria aorta de onde obtêm o sangue arterial. ◼ Também externamente está presente a veia cardíaca direita e esquerda. A maior parte do sangue desoxigenado proveniente da parede do coração flui pelas veias cardíacas. As veias cardíacas dilatam-se na superfície posterior do coração formando uma veia grande denominada seio coronário, que transfere o sangue desoxigenado para o átrio direito. ◼ O coração possui quatro câmaras. As duas superiores são os átrios e as duas inferiores são os ventrículos. ◼ As quatro câmaras são separadas por septos. O septo horizontal denominado atrioventricular, divide os átrios dos ventrículos. Verticalmente a porção superior apresenta o septo interatrial que divide o átrio direito do 64 esquerdo, já a porção inferior apresenta o septo interventricular que divide o ventrículo direito do esquerdo. ◼ Na superfície anterior de cada átrio encontra-se uma estrutura rugosa em forma de bolsa, chamada aurícula. Cada aurícula aumenta um pouco a capacidade de um átrio, possibilitando-lhe conter um volume maior de sangue. ◼ Para impedir que haja refluxo de sangue, o coração tem quatro valvas compostas de tecido conjuntivo denso recoberto pelo endotélio. Tais valvas abrem e fecham em resposta a mudanças de pressão, quando o coração contrai e relaxa. ◼ Entre os átrios e ventrículos existem as valvas atrioventriculares localizadas no septo atrioventricular que permitem a passagem do sangue somente do átrio para o ventrículo. A valva tricúspide (consiste em três válvulas) situa- se entre o átrio e o ventrículo direito; a valva bicúspide ou mitral (consiste em duas válvulas) situa-se entre o átrio e o ventrículo esquerdo. ◼ Ao nível da saída das artérias do tronco pulmonar e aorta, respectivamente no ventrículo direito e esquerdo, existe um dispositivo valvar para impedir o retorno do sangue por ocasião do enchimento dos ventrículos: são a valva do tronco pulmonar e a valva aórtica. Cada uma dessas valvas está constituída por três válvulas semilunares, lâminas de tecido conjuntivo forradas de endotélio em forma de bolso. ◼ Quando ocorre a sístole (contração) ventricular, a tensão nesta câmara aumenta consideravelmente, o que poderia provocar a eversão das valvas tricúspide e mitral para o átrio e consequentemente refluxo do sangue para esta câmara. Tal fato não ocorre porque cordas tendíneas prendem a valva a músculos papilares, os quais são projeções do miocárdio nas paredes internas do ventrículo. ◼ Tipos de circulação: ➢ Circulação pulmonar ou pequena circulação: Tem início no ventrículo direito, de onde o sangue é bombeado para a rede capilar dos pulmões. Depois de sofrer a hematose, o sangue oxigenado retorna 65 ao átrio esquerdo. Em síntese é uma circulação coração-pulmões- coração. ➢ Circulação sistêmica ou grande circulação: Tem início no ventrículo esquerdo, de onde o sangue é bombeado para a rede capilar dos tecidos de todo o organismo. Após as trocas, o sangue retorna pelas veias ao átrio direito. Em síntese, é uma circulação coração-tecidos- coração. ◼ O lado esquerdo do coração bombeia sangue arterial para o corpo. ◼ O lado direito do coração bombeia o sangue venoso para os pulmões, permitindo-lhe captar o oxigênio e descarregar o dióxido de carbono. ◼ Cerca de 1% das fibras musculares cardíacas são diferentes de todas as outras, porque podem gerar potenciais de ação repetidamente e fazem isso em um padrão rítmico. Essas células têm duas funções importantes: funcionam como um marcapasso estabelecendo o ritmo para todo o coração e estabelecem uma rota para a propagação dos potenciais de ação para todo o músculo cardíaco. Os potenciais de ação cardíacos propagam- se ao longo dos seguintes componentes do complexo estimulante do coração: ➢ Começa no nó sinoatrial (SA), localizado na parede superior do átrio direito e depois conduzido no interior de ambos os átrios; ➢ Chega ao nó atrioventricular (AV), localizado no septo interatrial; ➢ Entra no feixe de His, no septo interventricular; ➢ Depois entra em ambos os ramos direito e esquerdo que correm ao longo do septo interventricular; ➢ Finalmente as fibras de Purkinje, de grande diâmetro conduzem o potencial de ação, primeiramente ao ápice dos ventrículos e depois, em direção ascendente, ao restante do miocárdio. 3. VASOS SANGUÍNEOS ◼ Existem três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares. ◼ Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para fora do coração são as artérias. Estas se ramificam muito, tornam-se progressivamente menores, 66 e terminam em pequenos vasos chamados de arteríolas. A partir destes vasos, o sangue é capaz de realizar suas funções de nutrição e de absorção atravessando uma rede de canais microscópicos, chamados capilares, os quais permitem ao sangue trocar substâncias com os tecidos. Dos capilares, o sangue é coletado em vênulas; em seguida, através das veias de diâmetro maior, alcança de novo o coração. ARTÉRIAS VEIAS Levam sangue do coração aos tecidos Levam sangue dos tecidos ao coração Sangue flui com alta pressão Sangue flui com baixa pressão Túnica média espessa Túnica média delgada Túnica adventícia delgada Túnica adventícia espessa Profundas Superficiais e profundas Parede delgada Parede espessa Luz menor e redonda Luz maior e oval Ausência de válvulas internas Presença de válvulas internas Pulso presente Pulso ausente ◼ O retorno venoso decorre da pressão gerada pelas contrações da bomba do músculo esquelético da perna. A bomba do músculo esquelético quando contraída comprime a veia empurrando o sangue pela válvula venosa mais próxima do coração. Ao mesmo tempo, a válvula venosa mais distante do coração, no segmento não-comprimido da veia, fecha-se. Sem a ação da bomba, quando se está em repouso, tanto a válvula venosa mais próxima do coração quanto a mais distante dele, nessa parte da perna, estão abertas. ◼ Os capilares são vasos microscópicos de pequeníssimo calibre. Constituem a rede de distribuição e recolhimentodo sangue nas células. Neles se processam as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos. Estes vasos 67 estão em comunicação, por um lado, com ramificações originárias das artérias e, por outro lado, com as veias de menor dimensão. Os capilares existem em grande quantidade no nosso corpo. Exceto, nos epitélios de revestimento, nas córneas e nas lentes dos bulbos dos olhos e nas cartilagens. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Citar os elementos constituintes do sistema cardiovascular. 2. Explique as funções do sistema cardiovascular. 3. Qual é o volume de sangue em um homem e uma mulher adultos de tamanho médio? 4. Explique a composição do sangue. 5. Quais são as funções dos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas? 6. O que é hemoglobina? 7. Descreva a localização e posição do coração. 8. Onde se localiza e qual é a importância da base do coração? 9. O que é ápice? 10. Cite e localize as três faces do coração. 11. Descreva a parede do coração. 12. Qual parte da parede do coração é constituída de tecido muscular estriado? 13. O que é pericárdio? Qual é a sua função? Descreva sua constituição. 14. Cite os quatro vasos da base. 15. Qual é a função da artéria aorta? Qual tipo de sangue flui por ela? 16. Qual é a função da artéria do tronco pulmonar? Qual tipo de sangue flui por ela? 17. Qual é a função das veias cavas superior e inferior? Qual tipo de sangue flui por elas? 18. Qual é a função das veias pulmonares? Qual tipo de sangue flui por elas? 19. Faça o trajeto da pequena circulação e da grande circulação. 68 20. Onde se localizam as artérias e veias coronárias? 21. Qual é a função das artérias coronárias? 22. De onde as artérias coronárias obtêm o sangue arterial? 23. Qual é a função das veias coronárias? 24. O que é seio venoso? 25. Citar as câmaras cardíacas do coração. 26. Quais câmaras cardíacas são superiores e menores? 27. Quais câmaras cardíacas são inferiores e maiores? 28. Identificar os septos e citar as câmaras separadas por eles. 29. O que são aurículas? 30. Qual é a função das aurículas? 31. Conceituar, do ponto de vista funcional, as valvas tricúspide, mitral, pulmonar e aórtica. 32. Dê a localização das valvas tricúspide, mitral, tronco pulmonar e aórtica. 33. Quais são as valvas semilunares? 34. O que são cordas tendíneas? 35. Qual é a função das cordas tendíneas? 36. Diferencie a circulação pulmonar da sistêmica. 37. Faça o trajeto da circulação pulmonar e da circulação sistêmica 38. Qual é a porcentagem de fibras musculares cardíacas que geram potenciais de ação? 39. Quais são as funções das fibras musculares cardíacas geradoras de potenciais de ação? 40. Quais são os componentes do complexo estimulante do coração? 41. Conceituar, do ponto de vista funcional, um vaso sanguíneo. 42. Dê três características para cada tipo de vaso sanguíneo. 43. Classificar as artérias segundo seu calibre. 44. Citar os fatores que determinam a quantidade de artérias que irrigam um órgão. 45. Descrever o funcionamento da válvula venosa. 69 EXERCÍCIOS COM IMAGENS 1. Observe o tubo de ensaio com sangue. Identifique: 1. Plasma sanguíneo; 2. Glóbulos brancos e plaquetas; 3. Glóbulos vermelhos. 2. Observe o coração internamente em vista lateral esquerda. Identifique: 1. Epicárdio; 2. Miocárdio; 3. Endocárdio. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=elementos do sangue&source=images&cd=&cad=rja&docid=U-svN0JbGlUl0M&tbnid=BCcA1k_VmEHSZM:&ved=0CAUQjRw&url=/url?sa=i&rct=j&q=elementos do sangue&source=images&cd=&cad=rja&docid=U-svN0JbGlUl0M&tbnid=BCcA1k_VmEHSZM:&ved=&url=http://jmarcosrs.wordpress.com/2011/06/15/plasmaferese/&ei=rP_-UZzrJJL69gSfzICQCw&bvm=bv.50165853,d.eWU&psig=AFQjCNFCwcJKUKuPUayfDnCHVMLV0um7Cw&ust=1375752493037023&ei=6__-UdTtIZTO9ASYtoHAAw&bvm=bv.50165853,d.eWU&psig=AFQjCNFCwcJKUKuPUayfDnCHVMLV0um7Cw&ust=1375752493037023 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCPKcvry4gccCFQnYHgod0iAPpw&url=http://aulas-de-anatomia.blogspot.com/2006/08/sistema-circulatrio_22.html&ei=qFq5VfKoBomwe9LBvLgK&bvm=bv.99028883,d.dmo&psig=AFQjCNEFNV5wqWhfe8dypMrMQOAtNivp4A&ust=1438297030503893 70 3. Observe o coração “in situ”. Identifique: 1. Face diafragmática; 2. Face pulmonar esquerda; 3. Face pulmonar direita; 4. Face esternocostal; 5. Ápice; 6. Base. 4. Observe o coração “in situ” e Identifique o pericárdio. http://planetabiologia.com/sistema-cardiovascular-o-coracao/ 71 5. Observe o coração em vista anterior e posterior externa. Identifique: 1. Artéria coronária direita; 2. Artéria coronária esquerda; 3. Veia cardíaca direita; 4. Veia coronária esquerda; 5. Seio coronário; 6. Artéria aorta; 7. Tronco pulmonar; 8. Artéria pulmonar direita; 9. Artéria pulmonar esquerda; 10. Veia cava superior; 11. Veia cava inferior; 12. Veias pulmonares. 5. Observe o coração internamente em vista anterior. Identifique: 1. Átrio direito; 2. Átrio esquerdo; 3. Ventrículo direito; 4. Ventrículo esquerdo; 5. Septo interatrial; 6. Septo interventricular; 7. Septo atrioventricular. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCLTywuu4gccCFQRsHgod9p4A_A&url=http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfls8AG/sistema-circulatorio&ei=Clu5VbTFLYTYefa9guAP&psig=AFQjCNEFNV5wqWhfe8dypMrMQOAtNivp4A&ust=1438297030503893 72 6. Observe o coração em vista anterior externa. Identifique: 1. Aurícula direita; 2. Aurícula esquerda. 7. Observe o coração internamente em vista anterior. Identifique: 1. Valva atrioventricular direita ou tricúspide; 2. Valva atrioventricular esquerda ou mitral; 3. Valva semilunar do tronco pulmonar; 4. Valva semilunar aórtica. 73 8. Observe as valvas em vista superior. Identifique: 1. Valva atrioventricular direita ou tricúspide; 2. Valva atrioventricular esquerda ou mitral; 3. Valva semilunar do tronco pulmonar; 4. Valva semilunar aórtica. 9. Observe o coração internamente em vista anterior. Identifique: 1. Cordas tendíneas; 2. Músculos papilares. 74 10. Observe o esquema do funcionamento das cordas tendíneas e músculos papilares sobre as valvas atrioventriculares. Explique como se comportam as cordas tendíneas e os músculos papilares quando elas estão abertas e fechadas. 11. Observe o coração em vista anterior e posterior externa e identifique as artérias e veias do coração que fazem parte da circulação sistêmica e pulmonar. Indique através de setas os destinos do fluxo sanguíneo e o tipo de sangue circulante. 75 13. Observe o coração internamente em vista anterior e identifique os componentes do complexo estimulante do coração. 14. Observe as secções transversais dos vasos sanguíneos e identifique-os. Dê uma característica para cada um. 76 SISTEMA LINFÁTICO FUNÇÕES: Drenagem dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; produção de células imunes. DIVISÃO Vasos linfáticos. Órgãos e tecidos linfáticos. 2.1. VASOS LINFÁTICOS ◼ Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e acumula-se nos espaços tissulares. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue, chama-se linfa. ◼ A linfa é coletada por difusão, através dos capilares
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