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CASO PRÁTICO - POLIANA

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CASO PRÁTICO - PARECER JURIDICO
Requerimento:
Emenda:
Sumário:
Relatório: 
A Requerente JULIA, em 22/02/2021 solicitou um paracer juídico para análise sobre o RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C PARTILHA DE BENS, no espolio do de cujus ARISTIDES.
A requerente deseja saber se sua relação com de cujus pode ser considerado união estável, mesmo existindo entre as partes um contratoe se tem direito a participação na herança deixada pelo de cujus ARISTIDES, com o qual teve dois (02) filhos, frutos desse relacionamento amoroso.
O contrato especifica que o casal através de compartilhamento genético teriam os filhos e que os criariam como "Amigos", juntamente, sem vínculo afetivo entre eles e dividiriam a mesma residência como outro casal comum. Permaneceram nesse relacionamento amoroso no período de 2005 a 2010, onde houve o rompimento do mesmo e reataram o no ano de 2012 houve uma reaproximação a qual durou até 10/02/2021, data esta que o de cujus veio a óbito vitima de um acidente automobilístico.
O de cujus deixou um testamento , no qual deixou explicita sua vontade quanto a partilha de seus espólio, ficando da seguinte forma: 75% dos bens para seus filhos, 25% de seus bens para seus sobrinhos e uma pensão mensal no valor de R$50,000,00 (CINQUENTA MIL REAIS) para sua mãe, ficando a Requerente Júlia fora da partilha, pois a mesma não foi citada no testamento.
A Requerente trouxe documentos que provam os fatos e o vínculo que existia entre as partes.
Fundamentação :
Para que seja reconhecida a união estável da Requerente e do de cujus é necessário ver se preenche os requisitos do CC. em seu artigo 1.723: 
ART. 1.723: É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
E se o relacionamento preenche os requisitos existentes no artigo do CC citado acima como: quanto a dualidade de sexos, quanto a durabilidade, quanto a continuidade, quanto a publicidade e se existia a intenção de se construir uma família.
. 
Conclusão;
Diante dos fatos apresentados e as evidências cabíveis ao caso e embora não exista um modelo único de família a Requerente JULIA não tem direito ao espólio do de cujus ARISTIDES, pelo fato de existir entre as partes um contrato de convivência no qual foram estipuladas várias cláusulas e as mesmas aceitas por ambos. E a família do de cujus também não reconhece a união estável entre as partes.
Caso esse contrato não houvesse, a união estável poderia ser deferida e a Requerente JULIA ingressaria no regime automático da comunhão parcial de bens e os bens adquiridos na constância da união de 15 anos (QUINZE ANOS) poderiam ser partilhado em partes iguais entre os companheiros, o que poderia reduzir consideravelmente o espólio.
Em relação aos bens adquiridos antes da união estável, caso fosse reconhecida, caberia à JULIA concorrendo com os filhos, o quinhão igual ao deles, até o limite da legítima, tendo em vista que há testamento dispondo da parte livre.
Caso esse contrato não houvesse, a união estável poderia ser deferida e a Requerente JULIA ingressaria no regime automático da comunhão parcial de bens e os bens adquiridos na constância da união de 15 anos (QUINZE ANOS) poderiam ser partilhado em partes iguais entre os companheiros, o que poderia reduzir consideravelmente o espólio.
Em relação aos bens adquiridos antes da união estável, caso fosse reconhecida, caberia à JULIA concorrendo com os filhos, o quinhão igual ao deles, até o limite da legítima, tendo em vista que há testamento dispondo da parte livre.
 Penápolis, 25 de Fevereiro de 2021.
 __________________________________________ 
 Drª. POLLIENE MONIQUE BEZERRA DE OLIVEIRA
 OAB Nº 000.000/SP

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