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Antijuridicidade e Excludentes

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ANTIJURIDICIDADE
CONCEITO
ILÍCITO / ANTIJURÍDICO
A antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato e o
ordenamento jurídico. Não basta, para a ocorrência de um
crime, que o fato seja típico (previsto em lei). É necessário
também que seja antijurídico, ou seja, contrário à lei penal,
que viole bens jurídicos protegidos pelo ordenamento
jurídico.
PODE SER:
Antijuridicidade formal é a relação de contrariedade entre o
fato e a norma. Antijuridicidade material é a danosidade
social, representada pela lesão ou perigo de lesão a que é
exposto o bem jurídico.
CAUSAS DE EXCLUSÃO DE
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE
ESTADO DE NECESSIDADE
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
LEGÍTIMA DEFESA
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou
de outrem.
A legítima defesa requer, para sua configuração, a ocorrência dos seguintes
elementos:
a) Agressão injusta, atual ou iminente:
b) Direito próprio ou de terceiro:
c) Utilização dos meios necessários:
d) Utilização moderada de tais meios:
e) Conhecimento da situação de fato justificante:
LEGÍTIMA DEFESA
FORMAS
SUBJETIVA
É aquela em que ocorre o excesso por erro de tipo escusável. O agente,
inicialmente em legítima defesa, já tendo repelido a injusta agressão, supõe,
por erro, que a ofensa ainda não cessou, excedendo-se nos meios
necessários.
Ex. agente que, em face de injusta agressão, desfere golpe de faca no
agressor, que vem a cair. Pretendendo fugir, o agressor tenta levantar-se;
pensando o agente que aquele opressor intenta perpetrar-lhe nova agressão,
desfere-lhe novas facadas, matando-o. Neste caso, com a queda do agressor
em virtude da primeira facada, já havia cessado a agressão injusta. O agente,
entretanto, por erro de tipo escusável, supõe que o agressor pretende
levantar-se para novamente atacá-lo, razão pela qual, agindo com excesso,
mata-o com novas facadas - erro de tipo escusável - EXCLUI O DOLO
LEGÍTIMA DEFESA
FORMAS
SUCESSIVA
Ocorre a legítima defesa sucessiva na repulsa contra o excesso. A ação de
defesa inicial é legítima até que cesse a agressão injusta, configurando-se o
excesso a partir daí. No excesso, o agente atua ilegalmente, ensejando ao
agressor inicial, agora vítima da exacerbação, repeli-lo em legítima defesa.
RECÍPROCA
Não há injusta agressão a ser repelida, uma vez que a conduta inicial do
agente é ilícita. É a hipótese de legítima defesa contra legítima defesa, que
não é admitida no nosso ordenamento jurídico.
LEGÍTIMA DEFESA
FORMAS
FUNCIONAL
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo,
considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que
repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática
de crimes.
OFENDÍCULOS
São barreiras ou obstáculos para a defesa de bens jurídicos. Geralmente
constituem aparatos destinados a impedir a agressão a algum bem jurídico,
seja pela utilização de animais (cães ferozes, por exemplo), seja pela utilização
de aparelhos ou artefatos feitos pelo homem (arame farpado, cacos de vidro
sobre o muro e cerca eletrificada, por exemplo).
LEGÍTIMA DEFESA
FORMAS
PUTATIVA
Trata-se de uma situação em que uma pessoa age de forma violenta com
base em uma falsa percepção da realidade, acreditando estar se
defendendo de uma agressão iminente, quando na verdade não há
agressão alguma.
Nesse caso temos a excludente?
LEGÍTIMA DEFESA E EXCESSO PUNÍVEL
CASOS PRÁTICOS EM DEBATE
EXCLUDENTES DE ILICITUDE
ESTADO DE NECESSIDADE
Trata-se de uma situação de perigo atual de interesses legítimos e protegidos pelo
Direito, em que o agente, para afastá-la e salvar um bem próprio ou de terceiro,
não tem outro meio senão o de lesar o interesse de outrem, igualmente legítimo.
É necessário:
a) Existência de perigo atual (iminente? - doutrina aceita)
b) ameaça a direito próprio ou alheio
c) inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado
d) situação não causada voluntariamente pelo agente
e) inexistência do dever legal de enfrentar o perigo
f) Conhecimento da situação de fato justificante
Ex. Naufrágio e colete salva vidas
furto famélico
a lei, em determinados
casos, impõe ao agente
um comportamento.
E S T R I T O C U M P R I M E N T O D O D E V E R L E G A L
EX. POLICIAL E VIOLAÇÃO DE
DOMICÍLIO PARA SALVAR VÍTIMA DE
CRIME
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
A conduta, nesses casos, embora típica, não
será antijurídica, ilícita.
Ex. intervenções médico-cirúrgicas
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