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Cláudio Lúcio PROJECTO

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Cláudio Lúcio Marcelino
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Química
Análise do Papel do Município da Cidade de Tete na Melhoria do Saneamento do Meio no Bairro Josina Machel (2015-2020)
Universidade Púnguè
Tete
2021
Cláudio Lúcio Marcelino
 (
Projecto de pesquisa da cadeira de Métodos de Estudo e Investigação Cientifica a ser apresentado no departamento de Ciências Naturais e Matemática, no Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia como requisito de avaliação, sob orientação:
Docente: Prof. Doutor Tibú
rcio Chembeze
)
Universidade Púnguè
Tete
2021
Índice
CAPITULO I	5
1.	Introdução	5
1.1.	Justificativa	5
1.2.	Problema da pesquisa	6
1.3.	Objectivos	6
1.3.1.	Geral	6
1.3.2.	Específicos	6
1.4.	Hipóteses	7
1.4.1.	Hipótese primária	7
1.4.2.	Hipótese Secundária	7
CAPITULO II	7
2.	Fundamentação Teórica	7
2.1.	Breve Historial do saneamento	7
2.2.	Revisão da literatura teórica	8
2.3.	O Saneamento básico	9
2.3.1.	Abastecimento de água	9
2.3.2.	Sistema de esgotos	9
2.3.3.	Disposição do lixo	9
2.3.4.	Drenagem urbana	10
2.3.5.	O Saneamento e sua importância para a saúde da comunidade	10
2.4.	Sustentabilidade Ambiental	11
CAPITULO III	12
3.	Tipo de pesquisa	12
3.1.	Quanto ao enfoque (abordagem)	12
3.2.	Quanto aos objectivos	12
3.3.	Quanto aos procedimentos técnicos e fontes de informação	12
4.	Método de pesquisa	13
4.1.	Participantes de estudo	13
4.2.	Técnicas de recolhas de dados	13
5.	Cronograma	13
6.	Resultados esperados	14
7.	Referências Bibliográficas	14
CAPITULO I
1. Introdução
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o controle de todos os factores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. De outra forma, pode-se dizer que saneamento caracteriza o conjunto de acções socioeconómicas que tem por objectivo alcançar salubridade ambiental
Este trabalho parte dos pressupostos da primeira Constituição, de 1990. Esta Constituição representou um marco no processo de descentralização política em Moçambique, ao reconhecer os municípios como Órgãos do Poder Local. Em Agosto de 1994, a Assembleia da República analisou e aprovou a proposta do Conselho de Ministros sobre os órgãos locais, dando origem à Lei 3/94 de 13 de Setembro, que institucionaliza a criação dos distritos municipais dotados de autonomia administrativa, patrimonial e financeira, a mesma é também conhecida como Quadro Institucional dos Distritos Municipais. 
As atribuições das autarquias locais respeitam os interesses próprios, comuns e específicos das populações respectivas, de acordo com os recursos financeiros ao seu alcance com vista ao desenvolvimento económico e social; meio ambiente, saneamento básico e qualidade de vida; abastecimento de água; saúde; educação; cultura, tempos livres e desportos; polícia da autarquia e urbanização, construção e habitação (números 1 e 2 do artigo 6 da lei 2/97, de 18 de Fevereiro, no respeito ao estabelecido pelo decreto 33/2006, de 30 de Agosto). 
A alínea b) do número 1 do artigo 27 da Lei 1/2008, de 16 de Janeiro, realça como competência própria das autarquias locais o investimento público, na área de saneamento público, instalação de sistemas autárquicos de abastecimento de água, sistemas de esgotos e sistema de recolha e tratamento de lixo e limpeza pública. As autarquias são responsáveis pela prestação de serviços públicos e pela realização de obras públicas, podendo adjudicar a particulares, mediante concurso público.
1.1. Justificativa
O interesse por este tema decorre pelo facto de que os municípios serem entidades locais que foram criadas para responder as demandas das necessidades dos cidadãos locais. A ideia era de que os municípios estavam na melhor posição para decidirem sobre as prioridades e os mecanismos de oferta de certos bens e serviços públicos tendo em conta os interesses e as necessidades das respectivas populações. O desejo de desenvolver este tema nasce de algumas indagações surgidas no contexto das aulas de Administração Autárquica, no que diz respeito a prestação de serviços concretamente saneamento do meio e escolheu-se o Município da Cidade de Tete especificamente o bairro Josina Machel como o campo de análise para fazer-se uma reflexão em torno dos serviços são prestados.
1.2. Problema da pesquisa
Visto que o município da Cidade de Tete é resultado do processo da descentralização democrática, tem-se a preocupação de saber como é que os serviços estão sendo prestados. A situação do bairro Josina Machel, no que tange ao saneamento do meio é preocupante. Tem-se observado “águas negras” pelo bairro, onde se criam mosquitos e causa mau cheiro, o que é prejudicial a saúde da população. Estas águas passam por residências, onde na maioria das vezes tem crianças a brincar. Ao redor dessas águas com as quais sempre mantém um contacto, o que lhes pode causar doenças. Neste caso, como é que o Município reage a esta situação tendo em conta que a saúde da população residente neste bairro está em risco, lembrando que um dos papéis da autarquia é garantir o bem-estar e a saúde da população. 
De um modo geral as autarquias locais são responsáveis pela prestação de serviços públicos e a realização de obras públicas, podendo adjudicar a particulares, mediante um concurso público. O presente estudo levanta a seguinte pergunta: De que forma o Município da Cidade de Tete contribui na melhoria do saneamento do meio no bairro Josina Machel?
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
· O objectivo geral deste trabalho é analisar o papel do município da Cidade de Tete na melhoria do saneamento do meio no Bairro Josina Machel (2015-2020).
1.3.2. Específicos
· Identificar os principais problemas encontrados pelo CMT na prestação do serviço de saneamento de meio no bairro Josina Machel; 
· Descrever o processo de prestação de serviço público de saneamento do meio no bairro Josina Machel; 
· Explicar o papel do Município da Cidade de Tete no saneamento do meio. 
1.4. Hipóteses
Segundo LAKATOS & MARCONI (2007), hipótese é uma suposição que antecede a constatação dos factos e tem como característica uma formulação provisória de respostas das constatações levantadas, deve ser testada para se determinar a sua validade.
Segundo (GIL 2008). 
Hipótese é uma proposição que pode ser colocada à prova para determinar sua validade. Neste sentido, hipótese é uma suposta resposta ao problema a ser investigado. A origem das hipóteses poderia estar na observação assistemática dos factos, nos resultados de outras pesquisas, nas teorias existentes, ou na simples intuição.
De acordo com as ideias dos autores acima citados, para este estudo, levantam-se as seguintes hipóteses:
1.4.1. Hipótese primária
· Quanto maior o PIB de um município, maior será a eficiência dos serviços de saneamento portanto, o município da cidade de Tete contribui para o melhoramento do saneamento do meio do bairro Josina Machel.
1.4.2. Hipótese Secundária
· A eficácia dos serviços de saneamento do meio possui relação com a predominância população do município.
CAPITULO II
2. Fundamentação Teórica
2.1. Breve Historial do saneamento
De acordo com Cavinatto (1992, citado em Ribeiro e Rooke, 2010, p. 5), diz que alguns povos antigos desenvolvem técnicas sofisticadas para a época, de captação, condução, armazenamento e utilização da água. Cavinatto (1992), diz ainda que os egípcios dominavam técnicas de irrigação do solo na agricultura e métodos de armazenamento de água, pois dependia das cheias do Rio Nilo. No Egipto, costumava-se armazenar água por um ano para que a sujeita se depositasse no fundo do recipiente. Segundo Ribeiro e Rooke (2010), embora ainda não se imaginasse que muitas doenças eram transmitidas por microrganismo patogénicos, os processos de filtragem e armazenamento removiam a maior parte desses patógenos. 
Para Guimarães, Carvalho e Silva (2007), a maioria dos problemas sanitários que afectam a população mundial está intrinsecamente relacionada com o meio ambiente. Um exemplo disso éa diarreia que, com mais de quatro bilhões de casos por ano, é uma das doenças que mais aflige a humanidade, já que 30% das mortes de crianças com menos de um ano de idade. Entre as causas dessa doença destacam-se as condições inadequadas de saneamento. Estudo do Banco Mundial (1993), estima que o ambiente doméstico inadequado é responsável por quase 30% da ocorrência de doenças nos países em desenvolvimento.
2.2. Revisão da literatura teórica 
Esta abordagem, de acordo com Moreira (2003), estabelece que o comportamento político é principalmente a resultante de uma tensão entre exigências e expectativas que a sociedade global dirige ao agente, e a capacidade de resposta ou acção que demonstra no papel de direcção que capturou. Neste caso, a municipalização é vista como mecanismo mais apropriado que o Estado tem para resolver os problemas que lhe são colocados aos níveis mais baixos da sua “máquina administrativa”, como é o caso de prestação de serviços públicos decorrentes das necessidades localmente manifestadas. 
A partir deste pressuposto, teóricos como Cistac (2001, p. 25), Lundin (2002, p. 127), Weimer (2002, p. 68), Sitoe e Hunguana (2005, p. 11) e Guambe (2008, p. 52), entendem que a descentralização foi pensada como uma resposta tanto para a melhor integração do Estado como para a participação do cidadão na coisa pública, tornado o Estado mais eficiente, eficaz e efectivo (cada vez mais presente), na solução de problemas ao nível local. Portanto, com base na abordagem funcionalista, a municipalização garante o desenvolvimento e amplia a própria capacidade de resposta às demandas emanadas localmente, tomando a eficiência, eficácia e efectividade como instrumentos presentes na actuação dos órgãos locais instituídos, na medida em que estabelece-se um diálogo permanente entre os órgãos municipais e os cidadãos locais, objectivando a identificação e uma busca de soluções conjuntas para os problemas que os apoquentam no dia-a-dia. 
2.3. O Saneamento básico 
2.3.1. Abastecimento de água 
Segundo Ribeiro e Rooke (2010), a água potável é a água própria para o consumo humano. Eles afirmam ainda que para ser consumida, ela deve atender aos padrões de potabilidade. Se ela contém substâncias que desrespeitam estes padrões, ela é considerada imprópria para o consumo humano. Ainda de acordo com Ribeiro e Rooke (2010), as substâncias que indicam esta poluição por matéria orgânica são compostos nitrogenados, oxigénio consumido e cloretos. 
De acordo com Barros et al (1995), o sistema de abastecimento de água representa o conjunto de obras, equipamentos e serviços destinados ao abastecimento de água potável de uma comunidade para fins de consumo doméstico, serviços públicos, consumo industrial e outros usos. 
2.3.2. Sistema de esgotos 
De acordo com Ribeiro e Rooke (2010, p. 10), um sistema de esgotos sanitários “é o conjunto de obras e instalações que propicia colecta, transporte e afastamento, tratamento e disposição final das águas residuárias, de uma forma adequada do ponto de vista sanitário e ambiental”. O sistema de esgotos existe para afastar a possibilidade de contacto de dejectos humanos com a população, com as águas de abastecimento, com vectores de doenças e alimentos. 
Segundo Leal (2008), com a construção de um sistema de esgotos sanitários em uma comunidade procura-se atingir os seguintes objectivos: afastamento rápido e seguro dos esgotos, colectas dos esgotos individual ou colectiva (fossas ou rede colectora); tratamento e disposição adequada dos esgotos tratados, visando atingir benefícios como conservação dos recursos naturais, melhoria das condições sanitárias locais, eliminação de focos de contaminação e poluição, eliminação de problemas estéticos desagradáveis, redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças, diminuição dos custos no tratamento de agua para abastecimento. 
2.3.3. Disposição do lixo 
O lixo é o “conjunto de resíduos sólidos resultantes da actividade humana “ (Ribeiro & Rooke, 2010, p. 11). De acordo com Ribeiro e Rooke (2010), o lixo é constituído de substâncias putrescíveis, combustíveis e incombustíveis. O lixo tem que ser bem acondicionado para facilitar a sua remoção. Eles afirmam que quando o lixo é disposto de forma inadequada, em lixões a céu aberto, por exemplo, os problemas sanitários e ambientais são inevitáveis. Isso porque estes locais tornam-se propícios para a atracão de animais que acabam por se constituírem em vectores de diversas doenças, especialmente para as populações que vivem perto desses locais. Além do mais, são responsáveis pela poluição do ar, quando ocorre a queima de resíduos, do solo e das águas superficiais e subterrâneas. À medida que as soluções técnicas são adoptadas, e quanto mais adequada for a operação dos sistemas de disposição final do lixo, que incorporem modernas tecnologias de tratamento, menores são os impactos para a saúde público e para o meio ambiente (Ribeiro & Rooke, 2010). 
2.3.4. Drenagem urbana 
Os sistemas de drenagem urbana são “essencialmente sistemas preventivos de inundações, empoçamentos, erosões, ravinamento e assoreamentos, principalmente nas áreas mais baixas das comunidades sujeitas a alagamentos ou marginais de cursos naturais de água” (Ribeiro & Rooke, 2010, p. 12). No campo de drenagem urbana, os problemas agravam-se em função da urbanização desordenada e falta de políticas de desenvolvimento urbano. 
2.3.5. O Saneamento e sua importância para a saúde da comunidade 
Segundo Cavinatto (1992), desde a antiguidade o homem aprendeu que a água poluída por dejectos e resíduos podia transmitir doenças. Há exemplos de civilizações, como a grega e a romana, que desenvolveram técnicas avançadas para a época, de tratamento e distribuição de água. 
Segundo Ribeiro e Rooke (2010), a descoberta de que seres microscópios eram responsáveis pelas moléstias só ocorreu séculos mais tarde por volta de 1850 com as pesquisas realizadas por Pateur e outros cientistas. A partir de então descobriu-se que mesmo solos e água aparentemente limpos podiam conter organismos patogénicos introduzidos por material contaminado ou fezes de pessoas doentes. 
Cavinatto (1992), explica que evitar a disseminação de doenças veiculadas por detritos na forma de esgotos e lixo é uma das principais funções do saneamento básico. Os profissionais que actuam nesta área são também responsáveis pelo fornecimento e qualidade das águas que abastecem as populações. O mesmo autor explica ainda que, quando alguém anda descalço no solo pode estar exposto a milhares de microrganismos que ali foram lançados. Alguns exemplos são as verminoses cujos agentes ambientais podem infectar o organismo através de contacto com a pele. Ainda hoje, populações no mundo inteiro sofrem com as moléstias causadas pela falta de saneamento básico. 
Contudo, a maioria dos microrganismos existentes na natureza são de vida livre e apenas uma pequena percentagem é capaz de causar doenças ao ser humano, dependendo de outro ser vivo para sobreviver, parasitando um hospedeiro e assim originando as doenças. De acordo com Cavinatto (1992), os parasitas se proliferam em determinados órgãos do corpo humano, perturbando o funcionamento normal do organismo. A forma mais adequada de evitar grande parte de tais doenças é cuidando da higiene, da limpeza do ambiente e da alimentação e uma das formas de fazê-lo é através do saneamento. 
O saneamento, portanto, é fundamental na prevenção de doenças. Além disso, a conservação da limpeza dos ambientes, evitando resíduos sólidos em locais inadequados, por exemplo, também evita a proliferação de vectores se doenças como ratos e insectos que são responsáveis pela disseminação de algumas moléstias. Saneamento significa higiene e limpeza (Cavinatto, 1992). Dentre as principais actividades de saneamento estão a colecta e tratamento de resíduos das actividades humanas tanto sólidos como líquidos (lixo e esgoto), prevenir a poluição das aguas dos rios, mares e outros mananciais, garantir a qualidade da agua utilizada pelas populações para consumo, bemcomo seu fornecimento de qualidade, alem do controlo de vectores. Incluem-se ainda no campo de actuação do saneamento a drenagem das águas das chuvas, prevenção de enchentes e cuidados com as águas subterrânea.
2.4. Sustentabilidade Ambiental 
Tendo em conta que o presente estudo aborda sobre o papel do município da Cidade de Tete na melhoria do saneamento do meio do bairro Josina Machel, tornou-se necessário falar do cuidado e da sustentabilidade ambiental dos municípios. Segundo Noronha e Brito (2009, p. 121), a sustentabilidade ambiental é talvez a menos abordada e discutida nos planos municipais, sendo contudo, a sustentabilidade que mais relação tem com as outras, pois um ambiente degradado não permite a qualidade de vida que promove o desenvolvimento sociocultural, político e económico da sociedade. 
Relativamente aos assentamentos desordenados, estes tem provocado a poluição do lençol freático em zonas residenciais, a proliferação de latrinas construídas sem os requisitos básicos de higiene, e práticas que põe em risco tanto o meio ambiente, como também os cidadãos que ali vivem. Doenças como malárias e a cólera são uma expressão clara deste problema. 
CAPITULO III
3. Tipo de pesquisa 
3.1. Quanto ao enfoque (abordagem)
No que diz respeito ao enfoque, o presente estudo é qualitativo. De acordo com Vilelas( 2009), o enfoque qualitativo é uma forma de estudo da sociedade que se centra no modo como as pessoas interpretam e dão sentido as suas experiencias e ao mundo em que elas vivem. Michel( 2005), acrescenta dizendo que a pesquisa qualitativa fundamenta-se na discussão e correlação de dados interpessoais, na co-participação das situações dos informantes, analisados com base na significação que dão aos seus actos, pelo que o pesquisador participa, compreende e interpreta. 
Foi por meio deste tipo de enfoque que conseguimos obter informações que nos ajudaram a compreender o papel do município da Cidade de Tete na melhoria do saneamento de meio no bairro Josina Machel. 
3.2. Quanto aos objectivos 
O presente trabalho, o tipo de pesquisa, quanto aos objectivos é um estudo explicativo. Os estudos explicativos têm como base fundamental identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenómenos (Gil, 2002; Sampieri, Collado & Lúcio 2006). Os mesmos autores acima citados afirmam que os estudos explicativos procuram responder as causas dos acontecimentos, dos fenómenos. 
Gil (2002), diz que esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porque das coisas. Por isso mesmo, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. 
3.3. Quanto aos procedimentos técnicos e fontes de informação 
Quanto aos procedimentos técnicos é estudo de caso e fontes de informação é bibliográfica. Com efeito, na observância do propósito da pesquisa, tomou-se como estudo de caso, pois visa estabelecer a relação entre a municipalização e a melhoria do processo de prestação de serviços públicos por parte das autarquias locais no nosso caso o município da cidade de Tete, visto que é uma forma de governo mais próximo dos cidadãos. 
De acordo com Marconi e Lakatos (2003), pesquisa bibliográfica abrange toda bibliografia publicada em relação ao estudo, desde publicações avulsas, boletim, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, até meios de comunicação orais (fontes secundárias) 
4. Método de pesquisa 
A pesquisa segue o método indutivo. Segundo Marconi e Lakatos (2003), indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam. 
4.1. Participantes de estudo 
Como o estudo é “localizado” e circunscrito a um determinada situação ou fenómeno, opta-se por escolher participantes que assumam um estatuto de “informadores privilegiados” (Guerra, 2006). Os participantes desse estudo foram os moradores do bairro Josina Machel e funcionários do Conselho Municipal da Cidade de Tete e a selecção desses foi por conveniência. 
4.2. Técnicas de recolhas de dados 
Para Gil (2002, p. 26), diz que técnicas “são procedimentos operacionais que servem de medição prática ou de recolha e análise de dados para a realização das pesquisas”. As técnicas de recolha de dados usadas nesta pesquisa foram as seguintes: entrevista (semi-estruturada), questionário e observação participante. Segundo Gil (2002), a entrevista é uma técnica de colecta de informação sobre um determinado assunto directamente solicitados aos sujeitos pesquisados. Gil (2002), diz ainda que entrevista é uma técnica que o investigador apresenta ao entrevistado e lhe formula perguntas, com objectivo de obtenção de dados que sustentem a investigação. Segundo alguns residentes do bairro Josina Machel que se recusaram a responder aos nossos questionários. 
5. Cronograma
A seguir se apresenta a lista por ordem e prazos, da realização das actividades relacionadas com a pesquisa desde da revisão bibliográfica atem a análise, interpretação e sistematização de dados.
Tabela 1: Cronograma de actividades
	
Anos
	
Meses
	Actividades
	
	
	
Revisão bibliográfica
	
Elaboração do Projecto
	Colecta de amostras e recolha de dados
	
Analise das amostras
	Análise, interpretação e sistematização de dados
	
2020
	Agosto
	
	
	
	
	
	
	Setembro
	
	
	
	
	
	
	Outubro
	
	
	
	
	
	
	Novembro
	
	
	
	
	
	
	Dezembro
	
	
	
	
	
	
2021
	Janeiro
	
	
	
	
	
	
	Fevereiro
	
	
	
	
	
	
	Abril
	
	
	
	
	
	
	Maio
	
	
	
	
	
Fonte: Auto elaboração
6. Resultados esperados
Com esta pesquisa espera-se que a partir dos dados obtidos nas entrevistas sobre o saneamento se faca uma comparação com os padrões estabelecidos sobre o saneamento do meio, auxiliando no entendimento em torno desse assunto por parte da população.
Tal pesquisa poderá auxiliar por parte do órgão municipal a monitorar o saneamento do meio no bairro Josina Machel, a fim de mantê-lo limpo e saudável garantindo a segurança de todos munícipes. 
7. Referências Bibliográficas 
· Amaral, D. F. (2006). Curso de Direito Administrativo. Coimbra: Almedina. 
· Barros, R. T. V. et al. (1995). Saneamento. Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 
· Canastra, F., Haanstra, F. & Vilanculos, M. (2014). Manual de investigação científica da Universidade Católica de Moçambique. Beira. 
· Cavinatto, V. M. (1992). Saneamento básico: fonte de saúde e bem-estar. São Paulo: Ed. Moderna. 
· Cistac, G. (2001). Manual do direito da Autarquias locais. Maputo: imprensa universitária da UEM. 
· De Fávere, F. C. (2008). Análise da tutela do Consumidor na prestação de serviços públicos.Florianopolis:Universidade Federal de Santa Catarina. 
· Di Pietro, M. S. Z. (2008). Direito Administrativo (21ª. ed.). São Paulo: Atlas. 
· Fonseca, J.J.S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC Apostila. 
· Forquilha, S.C. (Coord). (2008). O impacto das Reformas de Descentralização no Processo de Governação Local em Moçambique. Em Brito, L., et al, Cidadania e Governação em Moçambique. Maputo: IESE.
· Gil, A. C. (2002). Como elaborar projectos de pesquisa (4ª ed.). São Paulo: Atlas. 
· Leal, F. C. T. (2008). Sistemas de saneamento ambiental. Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora. 
· Marconi, M. A. & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica (5ª.ed.). São Paulo: Atlas. 
· Marconi, M. A. & Lakatos, E. M.(2011). Técnicas de pesquisa (7ª.ed.). São Paulo: Atlas. 
· Ministério Da Administração Estatal (MAE). (2008) Manual de Formação de Funcionários Municipais em Matéria de Planificação e Programação Orçamental. Maputo: CEDIMA, SARL. 
· Moreira, A. (2003). Ciência Política. Coimbra: Almedina. 
· Ribeiro, J. W. & Rooke, J. M. S. (2010). Saneamento básico esua relação com o meio ambiente e a saúde pública. Monografia. Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de fora. 
· Roque, C. & Tengler, H. (2000). Dondo no Dhondo: Planificação Municipal Participativa. Beira. 
· Rouquayrol, M. Z. & Almeida, F. N. (1999). Epidemiologia e saúde (5ª. Ed.). Rio de Janeiro: Editora Medsi. 
· Sampier, R.H., Collado, C. F & Lúcio, M. P.B. (2006). Metodologia de pesquisa (3ª ed.). São Paulo: Mc Graw-Hill. 
· Sérgio C. B (1999). Metodologia de planeamento de desenvolvimento local municipal sustentável. PCT-INCRA/IICA.
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