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LINHA DO TEMPO - ORIGEM DA PSICOLOGIA HUMANISTA Teorias fenomenológicas da Personalidade Final da década de 40, Maslow (1968), desenvolveu uma lista como forma de se comunicar com outros psicólogos que demonstravam afinidade com suas ideias, desencadeando uma rede nomeada por ele de Rede Eupsiquiana. Maslow defende o valor da pessoa não pela sua produção, mas pelo seu potencial, tem como um dos temas centrais, a teoria da hierarquia das necessidades, é uma de suas principais teorias de motivação. Maslow acreditava que todos temos certas necessidades, mas que temos uma ordem hierárquica de organizá-la. Ele fala do que é preciso para alcançar a felicidade. Para Maslow, na primeira linha de necessidades, temos a fisiológica, suprimos do momento que acordamos ao momento que vamos dormir, que se dá a condição de homeostase, de um tempo ao outro que essa necessidade precisa ser realizada, o organismo encontra a estabilidade para realização das suas funções, como um equilíbrio interno como um ser biológico. Logo após temos a linha de segurança, são aquelas vinculadas com a sensação de se sentir seguro, longe do perigo, com segurança, esta está ligada a estabilidade de vida financeira. Emprego, boa remuneração etc. Logo acima, temos as sociais, essas são as necessidades de manter a harmonia com o ser humano. Sentir-se pertencente a um grupo, de um clube, receber carinho, atenção e afeto. E acima dessa temos a necessidade de estima que está relacionada ao reconhecimento de nossas capacidades, por nós mesmos e o reconhecimento por parte dos outros. Nossa capacidade de adequação, sentir-se digno, respeitado por si e pelo meio que se vive com prestígio e reconhecimento. E no topo encontra-se a necessidade de autorrealização, que também é reconhecida como necessidade de crescimento. Está ligada ao sumo prazer de se viver, de sentir prazer nisso. Sempre para alcançar uma nova etapa, a anterior deve estar satisfeita ou ao menos parcialmente. Isso se dá uma vez que quando uma etapa está satisfeita, ela deixa de ser um elemento motivador do comportamento, fazendo com que a próxima tenha esse destaque de motivação. Os quatro primeiros níveis são mais fáceis de realização, fazem parte inclusive do cotidiano necessário, já a necessidade de auto realização nunca é saciada, pois quanto mais se tem, mais se deseja, mais se realiza, mais se quer avançar, mais se quer mais. As necessidades fisiológicas já nascem com o indivíduo, pois as necessidades primárias se satisfazem com mais facilidade que as secundárias. Após muita colaboração, e uma intensa discussão de novas ideias, decidiram que era hora de fundarem uma revista, ele e Anthony Sutich, psicólogo no qual Maslow conheceu no final da década de 40, ficou encarregado de viabilizar o projeto. Final da década de 50 e início da década de 60, Abraham Maslow não era apenas um psicólogo experimental, mas também professor na universidade de Brandeis, com interesses pouco ortodoxos em relação as ideias propostas pelo Behaviorismo, e confrontado pelas ideias da Psicanálise clínica e limitada ao conteúdo inconsciente, articulou um movimento que futuramente seria visto como Terceira força da Psicologia. O trabalho desenvolvido por Maslow, é como uma base para a Psicologia Humanista. Sua orientação, ideias e inspirações deram significado e direção no trabalho de cada um profissional, pensador e teórico da época. As ideias e teorias de Maslow, refletem as aspirações e preocupações às quais dedicou a sua vida. A psicologia antes de Maslow se resumia em Psicanálise ou Behaviorismo. Maslow e todos que iam a favor de sua ideia, foram líderes de uma revolução despercebida, denominada então a Terceira Força da Psicologia. Final dos anos 50 e começo dos anos 60, se dá origem a Psicologia Humanista, enquanto a psicanálise e o behaviorismo se concentravam em pensamentos e comportamentos problemáticos do indivíduo, Maslow veio com interesse em saber sobre o que realmente proporcionava felicidade nas pessoas, e o que eram capazes de fazer para atingir essa felicidade. Nasce a Revista Humanista, nome sugerido por S. Cohen em 1961. Pelo sucesso iminente da revista, desenvolveu-se a organização da Associação Americana de Psicologia Humanista, com fundamento em 1963. Grandes nomes da Psicologia aderiram ao movimento, Carl Rogers foi um deles. Carl Rogers defende a confiança irrestrita na pessoa; foi um psicólogo humanista que concordou com as pressuposições de Maslow e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se auto realizar, precisa de um ambiente que possa lhe proporcionar verdade (abertura e revelação), aceitação (ser aceito como é, sem imposição de condições) e empatia (ser compreendido) acreditava que o ser humano é dotado de uma natureza essencialmente positiva e que estamos constantemente em busca da auto realização. Foi junto com Maslow, um grande nome da psicologia humanista. Sua teoria ia de encontro com o pensamento de que cada indivíduo percebia o mundo de maneira única, as percepções de mundo de cada indivíduo, forma o seu campo fenomenal, e este campo é formado tanto por suas percepções conscientes que são aquelas que podemos pensar e refletir de forma objetiva, ou seja, quando vejo um indivíduo vê um animal, é capaz de pensar sobre sua forma, sua textura, o som que emite e a sensação que que provoca quando o encontra, quanto por percepções inconscientes, que são aquelas que não me proporcionam objetividade pensamento, são representadas por valores e ideias que o indivíduo incorpora ao longo da vida, justamente pela diversidade de pessoas que encontra e convive ao longo da vida. Rogers acreditava que mesmo o indivíduo tendo percepções conscientes e inconscientes, são as conscientes e que podem se tornar conscientes que determinam o comportamento de um indivíduo psicologicamente saudável, ou seja, quanto mais saudável psiquicamente é o indivíduo, mais escolhas conscientes ele faz, pois o comportamento é determinado pelos aspectos que se tem capacidade de pensar e refletir objetivamente e se necessário trabalhá-los. Ao contrário das outras duas forças da Psicologia, a Psicologia Humanista não enfatizava pensamentos por autor ou escola. Ela era centrada em compreender o indivíduo, como o mesmo se motivava para ir de encontro com sua auto realização. A psicologia mantém uma proposta similar a Psicologia da Forma Alemã, trazendo uma visão organísmica e holista do ser humano com o ambiente. Fritz Perls uma das personalidades mais curiosas dentro da psicologia, iniciou seus estudos em medicina. Mais tarde teve início a Primeira Guerra Mundial e Perls se alistou como voluntário da Cruz Vermelha. https://www.vittude.com/blog/empatia/ Acreditando que um indivíduo não pode ser reduzido a um ou a outro de suas características, subjetividade e atributos, isso faz com que o ser humano seja reconhecido não apenas como organismo biológico, mas um ser único modificado pela aquisição de experiência e influência da cultura capaz de refletir sobre a sua própria existência dando assim um significado e direcionamento a sua própria vida. Dentro da Gestalt Terapia, Perls trabalha com a criação interna, conscientização, tempo presente, realidade igual, emergindo a proposta do "eu/tu" "aqui/agora". Qualquer busca que se faça ao passado e ao futuro é examinada como uma resistência ao encontro que se sucede. O objetivo de Perls era com que o indivíduo pudesse recuperar seu potencial, perdido, integrar as polaridades conflitantes, entender a diferença de um lado entre o brincar, especialmente com jogos verbais e, do outro fluir sobre um comportamento genuíno, autêntico e confiante. Ou seja, integrar para fortalecer. A influência da psicologia da Gestalt, trazida dos Estados Unidos por Wertheimer, Koffka e Köhler, mais alguns psicólogos imigrantes fugitivos das perturbações políticas na Europa, encontra-se presente em praticamente todos os psicólogos humanistas. Ainda encontramos influência de Kurt Goldstein, responsável pela teoria organísmica e holística do organismo(auto regulação/ ajustamento criativo/ organismo inteligente), tendo ênfase no papel dos processos de criatividade como uma das ferramentas para a auto regulação organísmica. Essa experiência marcou sua vida profundamente, ainda que só falasse sobre muitos anos depois em sua biografia “A vida na agonia das trincheiras: horror de viver e horror de morrer”, trouxe o humanismo para a gestalt terapia Andras Angyal, que trouxe o conceito de biosfera, a palavra que indicava tanto o indivíduo quanto o ambiente, não como independentes que interagem, mas como integrantes de uma mesma realidade separada por abstração. E Kurt Lewin que ancorado no psicodrama de Moreno, teve uma influência extraordinária no desenvolvimento e aplicação de técnicas no processo grupal de trabalho marcando consideravelmente o movimento da Psicologia Humanista. Dentro de influência gestaltica, posteriormente temos Perls, polêmico, brilhante, teve ativa participação no movimento humanista nas décadas de 60/70. Compreende-se então que a Psicologia Humanista, de forma clara e evidente, torna-se a Terceira Força da Psicologia, num movimento organizado, reconhece e introduz a visão de homem na concepção filosófica da natureza humana, tendo como ponto de partida e indicador para qualquer projeto posterior da Psicologia. Referências Bibliográficas BEZERRA, Márcia Elena Soares; BEZERRA, Edson do nascimento. Aspectos humanistas, existenciais e fenomenológicos presentes na abordagem centrada na pessoa. Rev. NUFEN, São Paulo , v. 4, n. 2, p. 21-36, dez. 2012 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S2175-25912012000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 ago. 2021. A importância da obra de C. Rogers. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 1988, v. 8, n. 1 [Acessado 28 Agosto 2021] , pp. 34-36. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414- 98931988000100018>. Epub 28 Set 2012. ISSN 1982-3703. https://doi.org/10.1590/S1414- 98931988000100018. Bohrer, Ricardo SchlatterMotivação: abordagem crítica da teoria de Maslow pela propaganda. Revista de Administração de Empresas [online]. 1981, v. 21, n. 4 [Acessado 28 Agosto 2021] , pp. 43-47. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0034-75901981000400004>. Epub 28 Jun 2013. ISSN 2178-938X. https://doi.org/10.1590/S0034-75901981000400004. BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias – Uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Ed. Saraiva: 2002. Acadêmicas: Bárbara Georg Jéssica Santos
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