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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS – UNIFEB CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL DRIELLE MARCELINO VASCONCELOS – RA nº529248 GABRIEL FERNANDO DE QUEIROGA DOMINGUEZ – RA nº529313 GABRIELA BAMPA MACHADO – RA nº529257 VISMAR BISMARCK REZENDE – RA nº 527214 DIMENSIONAMENTO DE GALPÃO EM AÇO PARTE I BARRETOS 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 2 CARACTERÍSTICAS DO AÇO .......................................................................... 4 2.1 SEGURANÇA E ESTADOS LIMITES ................................................................. 4 2.2 VANTAGENS DO AÇO ESTRUTURAL .............................................................. 4 2.3 DESVANTAGENS DO AÇO ESTRUTURAL ....................................................... 4 3 AÇÕES E CARREGAMENTOS .......................................................................... 5 3.1 DEFINIÇÕES ...................................................................................................... 5 3.2 AÇÕES DE VENTO ............................................................................................ 5 3.2.1 PRESSÃO DINÂMICA ..................................................................................... 5 3.2.2 FATOR TOPOGRÁFICO S1 ............................................................................ 6 3.2.3 FATOR DE RUGOSIDADE DO TERRENO S2 ................................................ 7 3.2.4 FATOR ESTATÍSTICO S3 ............................................................................... 8 3.2.5 COEFICIENTES DE PRESSÃO ....................................................................... 8 3.3 COMBINAÇÕES DE AÇÕES ............................................................................ 11 4 PARÂMETROS DE CÁLCULO ........................................................................ 12 4.1 COLUNA ........................................................................................................... 12 4.2 PLACA DE BASE DA COLUNA ........................................................................ 17 4.3 CHUMBADORES .............................................................................................. 19 4.4 BANZO INFERIOR MAIS CARREGADO .......................................................... 20 4.5 BANZO SUPERIOR MAIS CARREGADO ........................................................ 22 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 25 3 1 INTRODUÇÃO As estruturas, têm indicadores de sua utilização em escala industrial a partir de 1970. No Brasil o início de sua fabricação se dá por volta do anos de 1810, sendo que o grande avanço na fabricação de perfis em larga escala ocorreu com a implantação das grandes siderúrgicas. 4 2 CARACTERÍSTICAS DO AÇO As características mais importantes do aço para uma estrutura podem ser classificadas de acordo com o tipo de aço fornecido pelas empresas siderúrgicas. Alguns exemplos de aço estruturais e suas finalidades são: ASTM A36: Cantoneiras, chapas, perfis I e U laminados SAE 1020: Barras redondas ASTM A572-50: Perfis I e HP da Açominas ASTM A570: Perfis de chapas dobradas ASTM A 588-50: Perfis I e HP da Açominas, porém resistentes à corrosão. 2.1 SEGURANÇA E ESTADOS LIMITES Estado Limite Último: Estado onde a simples ocorrência de termina a paralisação parcial ou total da construção. Estado Limite de Serviço: Estado que causa efeitos estruturais indesejáveis ao uso normal da construção. 2.2 VANTAGENS DO AÇO ESTRUTURAL -Fabricação das estruturas com precisão de milímetros e, consequentemente um alto nível de controle de qualidade do produto final; -Execução de obras mais limpas e rápidas, -Alta resistência estrutural que resulta em seções transversais menores e estruturas mais leves; -Possibilidade de reaproveitamento dos materiais em estoque; -Possibilita a desmontagem das estruturas e sua posterior montagem em outra localidade. 2.3 DESVANTAGENS DO AÇO ESTRUTURAL -Necessidade de tratamento superficial das peças contra oxidação; -Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para sua fabricação e montagem; -Necessidade de transporte das peças e em consequência a limitação das suas dimensões. 5 3 AÇÕES E CARREGAMENTOS 3.1 DEFINIÇÕES -Ações Permanentes: aquelas que apresentam pequena variação ao longo da vida útil das estruturas, como o peso próprio dos componentes da construção. -Ações Variáveis: apresentam variações significativas durante a vida útil da construção, como vento, temperatura e sobrecargas de utilização. -Ações Excepcionais: apresentam atuação durante um período extremamente curto, baixa probabilidade de ocorrência, porém com consequências severas, como terremotos. Para a execução dos projetos, as ações devem ser combinadas entre si, com a aplicação de coeficientes sobre cada uma delas, para levar em conta a probabilidade de ocorrência simultânea. A aplicação das ações deve ser feita de modo a se conseguir as situações mais críticas para a estrutura. -Carregamento Normal: considera apenas as ações decorrentes do uso previsto para a construção. É considerado de longa duração e devemos verificar os estados limites de serviço, como peso próprio, vento e sobrecargas. -Carregamento Especial: quando certas cargas variáveis superam os efeitos considerados para um carregamento normal, como transporte especial sobre um viaduto ou ponte. -Carregamento Excepcional: quando existirem ações com efeitos catastróficos, como terremotos. -Carregamento de Construção: onde durante a construção, certos procedimentos podem levar parte da estrutura a atingir o estado limite último, como o içamento de uma treliça. 3.2 AÇÕES DE VENTO A ação do vento nas estruturas metálicas é uma das mais importantes a considerar, principalmente quando não houver ações de ponte rolante, não podendo ser negligenciada, sob o risco de colocar a estrutura em colapso. As forças devidas ao vento em uma estrutura, são regidas pela NBR 6123- Forças Devidas ao Vento nas Edificações. Para tal é necessário a determinação da pressão dinâmica, coeficientes de pressão e coeficientes de forma. 3.2.1 PRESSÃO DINÂMICA A pressão dinâmica do vento em uma estrutura é dada pela seguinte expressão: q=〖Vk〗^2/16, sendo: q: pressão dinâmica do vento (Kgf/m²); 6 〖Vk〗^: velocidade característica do vento (m/s). A velocidade característica é calculada através da seguinte expressão: 〖Vk〗^= V_0.s_1.s_2.s_3 , sendo: V_0: velocidade básica do vento (m/s); S_1: fator topográfico; S_2: fator de rugosidade do terreno; S_3: fator estatístico. A velocidade básica do vento é a velocidade de uma rajada de 3s de duração ultrapassada, em média, uma vez em 50 anos, a 10m de altura, em campo aberto e plano. É possível verificar a velocidade básica do vento pelo mapa de isopletas, para isso, é necessário ver a localidade da construção no mapa abaixo. 3.2.2 FATOR TOPOGRÁFICO S1 Considera as grandes variações na superfície do terreno, ou seja, acelerações encontradas perto de colinas, proteções conferidas por vales profundos e o efeito de afunilamento em vales. (A) Terreno plano ou fracamente acidentado: = 1,0 (B) Vales protegidos de ventos em qualquer direção: = 0,9 (C) Taludes e morros, proceder como descrito abaixo: 7 3.2.3 FATOR DE RUGOSIDADE DO TERRENO S2 Fator que depende das condições de vizinhança da construção, da altura acima do terreno e das dimensões da edificação. A rugosidade do terreno é dividida em cinco categorias: -Categoria 1: Superfícies lisas de grandes dimensões, com mais de 5 km de extensão, medida na direção e sentido do vento incidente, como mar calmo. -Categoria 2: Terrenos abertos em nívelou aproximadamente em nível, com poucos obstáculos isolados, tais como árvores e edificações baixas. -Categoria 3: Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes e muros, poucos quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas. -Categoria 4: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada, como São José do Rio Preto. -Categoria 5: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e pouco espaçados, como a cidade de São Paulo. Com relação às dimensões da estrutura, a NBR 6123 divide as estruturas em 3 classes: -Classe A: Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical não exceda 20m. -Classe B: Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical esteja entre 20m e 50m. 8 -Classe C: Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical exceda 50m. O fator é determinado pela tabela a seguir. 3.2.4 FATOR ESTATÍSTICO S3 Considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação, tendo por base o período de recorrência de 50 anos para determinação da velocidade e a probabilidade de que essa velocidade seja igualada ou excedida nesse período. O fator é dado pela tabela abaixo. 3.2.5 COEFICIENTES DE PRESSÃO Como a força do vento depende da diferença de pressão nas fases opostas da parte da edificação, em estudos os coeficientes de pressão são dados para superfícies externas e internas. Pressão efetiva externa; 9 Pressão efetiva internas, Pressão efetiva externa; Pressão efetiva interna. 10 11 3.3 COMBINAÇÕES DE AÇÕES ● C1: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,5.SCcobertura + 1,4.0,6.Vento 1 ● C2: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,5.SCcobertura + 1,4.0,6.Vento 2 ● C3: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,5.SCcobertura + 1,4.0,6.Vento 3 ● C4: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,5.SCcobertura + 1,4.0,6.Vento 4 ● C5: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,5.SCcobertura + 1,4.0,6.Vento 5 ● C6: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,5.SCcobertura + 1,4.0,6.Vento 6 ● C7: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,4.Vento 1 + 1,5.0,8.SCcobertura ● C8: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,4.Vento 2 + 1,5.0,8.SCcobertura ● C9: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,4.Vento 3 + 1,5.0,8.SCcobertura ● C10: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,4.Vento 4 + 1,5.0,8.SCcobertura ● C11: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,4.Vento 5 + 1,5.0,8.SCcobertura ● C12: 1,25.PPgerado + 1,55.PPtotal + 1,4.Vento 6 + 1,5.0,8.SCcobertura ● C13: 1,0.PPgerado + 1,0.PPtotal + 1,4.Vento 1 ● C14: 1,0.PPgerado + 1,0.PPtotal + 1,4.Vento 2 ● C15: 1,0.PPgerado + 1,0.PPtotal + 1,4.Vento 3 ● C16: 1,0.PPgerado + 1,0.PPtotal + 1,4.Vento 4 ● C17: 1,0.PPgerado + 1,0.PPtotal + 1,4.Vento 5 ● C18: 1,0.PPgerado + 1,0.PPtotal + 1,4.Vento 6 ● C19: Envelope de todas as combinações listadas anteriormente. 12 4 PARÂMETROS DE CÁLCULO Para que o galpão apresentado nos anexos A, B e C seja dimensionado, é necessário fazer a verificação de suas peças estruturais aos esforços solicitantes. As peças designadas ao grupo para a verificação foram: ● Colunas; ● Placas de Base; ● Chumbadores; ● Banzo Inferior mais carregado ; ● Banzo Superior mais carregado. 4.1 COLUNA Na verificação das colunas é necessário obter os esforços atuantes axiais, cortante e momentos. As verificações necessárias para a coluna são: ● Esforço Resistente à Tração; ● Esforço Resistente à Compressão; ● Esforço Resistente à Flexão Simples; ● Verificação da Flecha Máxima. O esforço resistente à tração consiste em analisar dois estados limites últimos: escoamento da seção bruta e ruptura da seção líquida efetiva. A força máxima resistente à tração, segundo o estado limite último de escoamento da seção bruta é dada pela seguinte equação: onde: - Esforço resistente de cálculo à tração (kN); - Área bruta da seção transversal (cm²); - Tensão de escoamento do aço (kN/cm²). A verificação da seção líquida efetiva é determinada através da seguinte expressão: onde: - Área líquida da seção transversal efetiva (cm²); 13 - Tensão de ruptura do aço (kN/cm²). Para efeito de cálculo neste trabalho, a área líquida da seção transversal será considerada 75% da área de seção bruta: Em seguida é feito a verificação do esforço à compressão. Nesta verificação é necessário verificar a estabilidade global e local da peça a ser dimensionada. A estabilidade local da coluna se dá em base de que há apenas uma borda longitudinal vinculada (AL) . O coeficiente redutor na flambagem local é obtido através da multiplicação do fator Qs pelo fator Qa. No caso das colunas do galpão o único coeficiente redutor será o Qs devido a coluna ter somente uma borda longitudinal vinculada. O fator de redução associado à flambagem global é determinado em função do índice de esbeltez reduzido : onde: - Esbeltez reduzida; - Estabilidade global; - Força axial de flambagem elástica (kN). Para se obter o valor da força axial de flambagem elástica, é necessário ver se a seção transversal da coluna é simétrica ou duplamente simétrica, no caso da coluna a ser verificada, sua seção transversal é duplamente simétrica sendo assim, é necessário fazer a flambagem por flexão nos eixos X e Y e por torção no eixo Z. a) Flambagem por flexão em relação ao eixo x b) Flambagem por flexão em relação ao eixo y 14 c) Flambagem por torção em relação ao eixo z - Comprimento efetivo de flambagem em torno do eixo x (cm); - Comprimento efetivo de flambagem em torno do eixo y (cm); - Comprimento efetivo de flambagem por torção em torno do eixo z (cm); - Momentos de inércia em relação aos eixos x e y, respectivamente ( ); - Módulo de elasticidade longitudinal do aço (20500 Kn/cm²); - Módulo de elasticidade transversal do aço (0,385.E); - Constante de torção da seção transversal ( ); Cw - Constante de empenamento da seção transversal ( ); - Raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento (cm). - Raios de giração em torno dos eixos x e y (cm). - Coordenadas do centro de cisalhamento na direção do eixos x e y (cm). Quando a coluna está submetida à flexão simples deve ser verificado em três estados limites últimos: resistência ao esforço cortante, resistência ao momento fletor e verificação da flecha máxima. Seguindo a linha de raciocínio do parágrafo anterior, faz- se a verificação da força cortante resistente de cálculo quando onde: - Força cortante atuante de cálculo; - Força cortante resistente de cálculo. Para a seção I da coluna, a força cortante resistente de cálculo ( ) é dada por: : 15 : : Onde: - 5,0 para almas sem enrijecedores transversais - 5,0 + , para todos os demais casos; a - Distância entre as linhas de centro de dois enrijecedores transversais; h - Altura da alma; - Força correspondente à plastificação da alma por cisalhamento. Aw - Área efetiva de cisalhamento (cm); d - Altura total do perfil (cm); - Espessura da alma (cm); - 1,10 para combinações últimas normais. Para o dimensionamento das colunas submetidas ao momento fletor, é necessário verificar se o elemento possui alma esbelta ou não esbelta e também os valores de momento submetido à flambagem local da mesa, da alma e lateral por torção. O cálculo da verificação da esbeltez da peça se dá por : 16 Tendo os resultados no memorial de cálculo, podemos dizer que a peça não é esbelta pois . Partindo assim para o cálculo da verificação da flambagem lateral por torção. , sendo: - Parâmetro de esbeltez da coluna; lb- Comprimento destravado do pilar (cm); Ry- Raio de giração em torno do eixo y (cm). , sendo: - Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação; E- Módulo de elasticidade longitudinal (20500 kN/cm²);fy- Tensão de escoamento (kN/cm²). , sendo: -Coeficiente de dilatação térmica; W- Módulo de resistência (mínimo) elástico da seção, relativo ao eixo de flexão (cm); E- Módulo de elasticidade longitudinal (20500 kN/cm²); fy- Tensão de escoamento (kN/cm²); - Constante de torção da seção transversal ( ). , os itens a serem utilizados nessa fórmula, foram definidos anteriormente. Assim temos que , sendo: - Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento. , sendo: Cb- Fator de modificação para diagrama de momento fletor não uniforme. , sendo: Mr- Momento fletor correspondente ao início do escoamento (kN.cm); Wx- Módulo de resistência elástico em relação ao eixo X (cm). 17 , sendo: Mrd- Momento resistente de cálculo(kN.cm) Para o estado limite flambagem local da alma, o momento fletor resistente de cálculo através da seguinte verificação: Como , temos que a equação do momento resistente de cálculo é: Por último deve ser feita a verificação da flecha máxima. - flecha máxima permitida (mm) Porém, as colunas deste galpão em questão tiveram um deslocamento três vezes maior do que o máximo permitido. 4.2 PLACA DE BASE DA COLUNA Os objetivos da colocação de bases em colunas são vão desde distribuir a pressão concentrada da coluna sobre uma determinada área da fundação, até garantir a fixação da extremidade inferior do fuste da coluna na fundação, de acordo com o esquema estrutural adotado. As bases das colunas metálicas são divididas em apoiadas ou rotuladas e engastadas. As bases rotuladas são as mais simples e mais usadas, são formadas por uma placa soldada no pé da coluna e pela colocação de dois chumbadores no centro, o mais próximo possível do seu eixo. As bases rotuladas são mais econômicas para as fundações e podem ser usadas em qualquer tipo de terreno, especialmente em locais onde o solo apresenta baixa resistência. As bases engastadas resultam em estruturas mais econômicas, mas possuem as fundações mais cara que as rotuladas. Sua finalidade é engastar os pilares na fundação. São dimensionadas para resistir às cargas verticais, horizontais e momentos fletores. A base 18 engastada mais simples e utilizada é aquela em que a coluna é soldada à placa de base, com os chumbadores afastados, da linha de centro, formando um braço de alavanca. A placa de base deste projeto é do tipo rotulada, submetida à compressão axial central, ela é dimensionada em função da resistência admissível do concreto do bloco de fundação. Utilizando a carga de compressão e a pressão efetiva no concreto, determina- se a área mínima da chapa. Ach= , sendo: Ach- Área mínima da chapa da placa de base (cm²) N- Carga solicitante característica (kN); fck - Resistência característica à compressão do concreto (kN/cm²). fc= , sendo: fc - Pressão efetiva no concreto (kN/cm²); N - Carga solicitante característica (kN); B - Maior lado da placa de base (cm); C - Menor lado da placa de base (cm). m= , sendo: m- Um dos parâmetros para a determinação do l (cm); d-Altura total do perfil metálico (cm); C- Menor lado da placa de base (cm). n= , sendo: n - Um dos parâmetros para a determinação do l (cm); bf - Largura da mesa do perfil (cm); B - Maior lado da placa de base (cm). n’= , sendo: n’- Um dos parâmetros para a determinação do l (cm); d - Altura total do perfil metálico (cm); bf - Largura da mesa do perfil (cm). t=1,83.l. , sendo: t- Espessura da chapa de base (cm); 19 fc- Pressão efetiva no concreto (kN/cm²); fy- Tensão de escoamento do aço (kN/cm²); l- Menor valor entre m, n e n’ (cm). 4.3 CHUMBADORES Os chumbadores, são barras que tem a finalidade de fixar as bases das colunas às fundações. Os chumbadores podem ser dimensionados somente à cisalhamento, tração ou para bases rotuladas com cisalhamento. Para o dimensionamento dos chumbadores deste galpão, foi solicitado esforços de tração e cisalhamento. Neste caso, precisamos calcular as tensões de tração e de cisalhamento, através das seguintes expressões: onde: - Área do chumbador (cm²). - Tração característica (kN); - Cisalhamento característico (kN). Para o cálculo da área do chumbador, pode-se usar a equação da área mínima para ter uma base de cálculo representada pela equação a seguir: onde: - Esforço resultante da tração e cisalhamento (kN) - Área mínima da seção transversal do chumbador (cm²) Para determinar o diâmetro do chumbador, substitui-se o valor da área mínima na equação da área do chumbador, obtendo assim um diâmetro mínimo necessário, sendo assimilado com um diâmetro igual o maior comercial. Em seguida definimos a tensão resultante pela seguinte equação: 20 4.4 BANZO INFERIOR MAIS CARREGADO As treliças são elementos estruturais que resistem apenas à esforços axiais, para o seu dimensionamento foi necessário determinar o esforço resistente à tração e o esforço resistente à compressão. O esforço resistente à tração consiste em analisar dois estados limites últimos: escoamento da seção bruta e ruptura da seção líquida efetiva. A força máxima resistente à tração, segundo o estado limite último de escoamento da seção bruta é dada pela seguinte equação: onde: - esforço resistente de cálculo à tração (kN); - área bruta da seção transversal (cm²); - tensão de escoamento do aço (kN/cm²). A verificação da seção líquida efetiva é determinada através da seguinte expressão: onde: - área líquida da seção transversal efetiva (cm²); - tensão de ruptura do aço (kN/cm²). Para efeito de cálculo neste trabalho, a área líquida da seção transversal será considerada 75% da área de seção bruta: Em seguida é feito a verificação do esforço à compressão. Nesta verificação é necessário verificar a estabilidade global e local da peça a ser dimensionada. A estabilidade local da cantoneira do banzo se dá apenas por uma borda longitudinal vinculada (AL) . O coeficiente redutor na flambagem local é obtido através da multiplicação do fator Qs pelo fator Qa. No caso das cantoneiras do banzo do galpão o único coeficiente redutor será o Qs devido a coluna ter somente uma borda longitudinal vinculada. 21 O fator de redução associado à flambagem global é determinado em função do índice de esbeltez reduzido : onde: - Esbeltez reduzida; - Estabilidade global; - Força axial de flambagem elástica (kN). Para se obter o valor da força axial de flambagem elástica, é necessário ver se a seção transversal do banzo da treliça é simétrica ou duplamente simétrica, no caso do banzo a ser verificado, a seção transversal é duplamente simétrica logo, é necessário fazer a flambagem por flexão nos eixos X e Y e por torção no eixo Z. a) Flambagem por flexão em relação ao eixo x b) Flambagem por flexão em relação ao eixo y c) Flambagem por torção em relação ao eixo z - Comprimento efetivo de flambagem em torno do eixo x (cm); - Comprimento efetivo de flambagem em torno do eixo y (cm); - Comprimento efetivo de flambagem por torção em torno do eixo z (cm); - Momentos de inércia em relação aos eixos x e y, respectivamente ( ); - Módulo de elasticidade longitudinal do aço (20500 Kn/cm²); - Módulo de elasticidade transversal do aço (0,385.E); - Constante de torção da seção transversal ( ); Cw - Constante de empenamento da seção transversal ( ); 22 - Raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento (cm). - Raios de giração em torno dos eixos x e y (cm). 4.5 BANZO SUPERIOR MAIS CARREGADO As treliças são elementos estruturais que resistem apenas à esforços axiais, para o seu dimensionamento foi necessário determinar o esforço resistente à tração e o esforço resistente à compressão. O esforço resistente à tração consiste em analisar dois estados limitesúltimos: escoamento da seção bruta e ruptura da seção líquida efetiva. A força máxima resistente à tração, segundo o estado limite último de escoamento da seção bruta é dada pela seguinte equação: onde: - esforço resistente de cálculo à tração (kN); - área bruta da seção transversal (cm²); - tensão de escoamento do aço (kN/cm²). A verificação da seção líquida efetiva é determinada através da seguinte expressão: onde: - área líquida da seção transversal efetiva (cm²); - tensão de ruptura do aço (kN/cm²). Para efeito de cálculo neste trabalho, a área líquida da seção transversal será considerada 75% da área de seção bruta: Em seguida é feito a verificação do esforço à compressão. Nesta verificação é necessário verificar a estabilidade global e local da peça a ser dimensionada. A estabilidade local da cantoneira do banzo se dá apenas por uma borda longitudinal vinculada (AL) . O coeficiente redutor na flambagem local é obtido através da multiplicação do fator Qs pelo fator Qa. 23 No caso das cantoneiras do banzo do galpão o único coeficiente redutor será o Qs devido a coluna ter somente uma borda longitudinal vinculada. O fator de redução associado à flambagem global é determinado em função do índice de esbeltez reduzido : onde: - Esbeltez reduzida; - Estabilidade global; - Força axial de flambagem elástica (kN). Para se obter o valor da força axial de flambagem elástica, é necessário ver se a seção transversal do banzo da treliça é simétrica ou duplamente simétrica, no caso do banzo a ser verificado, a seção transversal é duplamente simétrica logo, é necessário fazer a flambagem por flexão nos eixos X e Y e por torção no eixo Z. a) Flambagem por flexão em relação ao eixo x b) Flambagem por flexão em relação ao eixo y c) Flambagem por torção em relação ao eixo z - Comprimento efetivo de flambagem em torno do eixo x (cm); - Comprimento efetivo de flambagem em torno do eixo y (cm); - Comprimento efetivo de flambagem por torção em torno do eixo z (cm); - Momentos de inércia em relação aos eixos x e y, respectivamente ( ); - Módulo de elasticidade longitudinal do aço (20500 Kn/cm²); 24 - Módulo de elasticidade transversal do aço (0,385.E); - Constante de torção da seção transversal ( ); Cw - Constante de empenamento da seção transversal ( ); - Raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento (cm). - Raios de giração em torno dos eixos x e y (cm). 25 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do cálculo de uma estrutura em aço requer atenção às suas necessidades e peculiaridades. As peças sujeitas à tração necessitam de um cuidado com a resistência do aço na sua seção bruta e com o rompimento da sua seção líquida efetiva. As peças comprimidas precisam de uma análise de esbeltez, através dela que são admitidos parâmetros de cálculos, como a redução da flambagem local, redução da flambagem global e a força axial de flambagem elástica. Para os itens sujeitos à flexão simples, é preciso verificar a resistência ao momento fletor, ao esforço cortante e a flecha máxima. Para o cálculo da cortante, é imprescindível a verificação da esbeltez da peça, pois ela determina de maneira direta o valor do esforço cortante resistente de cálculo. O momento fletor, é função das flambagens locais da mesa e da alma da seção e também da flambagem lateral por torção. A flecha máxima foi estimada com o auxílio do software SAP 2000, para o galpão analisado, a flecha máxima obtida superou os valores estabelecidos por norma. Para a resolução deste problema, é possível aumentar a seção transversal da coluna, engastar a sua base, ou ambos. Na placa de base da coluna, é necessário verificar se não haverá o esmagamento da fundação de concreto, se os chumbadores estarão posicionados de acordo com o tipo de base e com a área mínima necessária. Como os chumbadores possuem a função de fixar as bases das colunas às fundações, podem ser dimensionados somente à tração, somente ao cisalhamento e à tração com o cisalhamento combinados. As treliças são elementos que demandam atenção, como não resistem a esforços normais ao seu eixo e de momento, o seu carregamento deve ser distribuído apenas nos seus nós. E para aplicações de cálculo são considerados apenas esforços axiais. Por fim, foi constatado que para a coluna, o galpão está de acordo com os itens especificados em norma nas solicitações de esforços axiais, cisalhantes e fletores, entretanto, na verificação do estado limite de serviço, a coluna não possui a eficiência necessária. A placa de base e os chumbadores também atenderam as determinações requeridas, como resistência à tração e ao cisalhamento, combinando rendimento com economia de material. 26 Os banzos da treliça conseguirão absorver os esforços vindos das cargas de cobertura, peso próprio da estrutura e vento, sendo transmitidos às colunas, às bases e aos chumbadores.
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