Buscar

Temporada IV - Geoprocessamento em saúde coletiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Geoprocessamento em saúde coletiva
APRESENTAÇÃO
A Geografia da Saúde é um ramo da ciência geográfica responsável pela interação de 
informações geográficas, da cartografia e do sensoriamento remoto com o estudo da saúde, das 
doenças, das epidemias e da assistência médica. Para fins de explicar eventos relacionados à 
saúde coletiva, os conhecimentos em Epidemiologia e Geografia se agregam no intuito de 
caracterizar, mensurar e analisar o estado de saúde de um grupo populacional em determinado 
espaço e tempo, tendo o geoprocessamento como importante ferramenta de apoio à tomada de 
decisão.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender sobre as contribuições da Epidemiologia e 
da Geografia nos estudos envolvendo a saúde coletiva, permeando alguns conceitos básicos a 
respeito da análise espacial e das técnicas de geoprocessamento utilizadas na representação 
gráfica e na análise de dados e informações relacionadas à saúde.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer conceitos básicos de análise espacial em saúde.•
Analisar as contribuições da Geografia e da Epidemiologia 
para a saúde.
•
Identificar a utilização do geoprocessamento como ferramenta 
de dados.
•
DESAFIO
Em dezembro de 2019, foram detectados, na Cidade de Wuhan, na China, os primeiros casos da 
Covid-19. Já no final do mês de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) 
definiu a doença como uma emergência de saúde pública de importância internacional em razão 
do acelerado crescimento no número de casos, de óbitos e de países afetados. No Brasil, no 
início de fevereiro de 2020, a epidemia foi declarada emergência em saúde pública de 
importância nacional e, no início de março de 2020, a OMS declarou que a Covid-19 tomou 
proporções de uma pandemia. 
Os casos confirmados da Covid-19 no Brasil aumentaram gradativamente desde a última 
semana de fevereiro até a última semana de maio, como pode ser observado no mapa a seguir:
Imagine que você é professor de Geografia do Ensino Médio e, diante das divulgações em 
massa de notícias a respeito da Covid-19, um aluno lhe questiona de que forma ela se distribuiu 
no Brasil. Entenda que, ao questionar "de que forma", está implícito que o aluno busca entender 
como a doença se distribui espacialmente no território brasileiro no período de fevereiro a maio.
Sendo assim, elabore uma explicação para o questionamento do aluno a partir de sua 
interpretação do mapa, evidenciando os locais onde foram registrados os primeiros casos, onde 
ocorreram as maiores concentrações da doença até a última semana de maio e se pode ser 
detectado algum tipo de padrão de distribuição espacial da Covid-19 no Brasil.
INFOGRÁFICO
As análises espaciais são cada vez mais difundidas na área da saúde coletiva, especialmente em 
Epidemiologia. Por meio de técnicas de geoprocessamento, os gestores públicos e os agentes de 
saúde conseguem manipular grandes volumes de variáveis, realizar análises e reproduzir 
graficamente fenômenos complexos, algo imprescindível para acompanhar as modificações 
espaço-temporais que ocorrem em razão de uma epidemia. O geoprocessamento permitiu que 
pesquisadores da área da saúde realizassem análises espaciais que a estatística não seria capaz 
de atingir, contribuindo para a melhor compreensão dos processos epidêmicos. Diante dessa 
problemática, Cardoso et al. (2020) questionam: por que somente os números não respondem?
Neste Infográfico, você vai entender melhor essa problemática.
CONTEÚDO DO LIVRO
Na Geografia da Saúde, estuda-se a influência do meio geográfico no aparecimento e na 
distribuição das doenças por meio de variáveis das dimensões de pessoa, de lugar e de tempo. 
Conciliando os conhecimentos da Geografia e da Epidemiologia, é possível, então, estudar o 
processo saúde-doença nas coletividades, demonstrando como determinado agravo se distribui 
espacialmente. Por meio de geotecnologias, podem-se diagnosticar de forma eficiente os 
agravos de saúde, propor soluções rápidas e de custo relativamente baixo, bem como analisar as 
diversas alternativas para a mitigação de graves situações.
No capítulo Geoprocessamento em Saúde Coletiva, da obra Geoprocessamento, base teórica 
desta Unidade de Aprendizagem, você vai entender conceitos primordiais empregados na 
análise espacial em saúde, compreender as contribuições que a Epidemiologia e a Geografia 
proporcionam aos gestores de saúde e à população em geral, além de aprender sobre as 
principais utilizações do geoprocessamento na saúde coletiva.
Boa leitura.
GEOPROCESSAMENTO
Luiz Otávio Moras Filho
Geoprocessamento 
em saúde coletiva
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer conceitos básicos de análise espacial em saúde.
 � Analisar as contribuições da geografia e da epidemiologia para a saúde.
 � Identificar a utilização do geoprocessamento como ferramenta de 
dados.
Introdução
Diversas são as áreas em que a geografia se comunica e apresenta ins-
trumentos para a melhor compreensão de um fenômeno, e uma delas é 
a saúde coletiva. O aparato técnico para localizar, representar, modelar e 
analisar fenômenos possibilita aos gestores e agentes de saúde a visualiza-
ção e a melhor compreensão de processos epidêmicos. Um exemplo disso 
são os estudos envolvendo a dispersão da covid-19 ao redor do globo. 
Neste capítulo, você vai verificar as contribuições da geografia e da 
epidemiologia para a saúde coletiva, aprendendo conceitos básicos a 
respeito da análise espacial em saúde. Você também vai reconhecer a 
importância das ferramentas de geoprocessamento empregadas como 
suporte à tomada de decisão nas áreas da saúde.
1 Conceitos básicos de análise espacial 
em saúde
Entre as mais diversas áreas de atuação da geografia, a geografia da saúde 
vem ganhando especial destaque, principalmente em meio às recentes epide-
mias de dengue e febre amarela no Brasil, com um grande número de casos 
registrados a partir de 2008, de chikungunya e de zika em 2014, além da 
pandemia de covid-19 em 2020. A geografia da saúde, segundo Palmeira, 
Miyashiro e Chaiblich (2017), é o ramo da geografia dedicado ao estudo da 
influência do meio geográfico no aparecimento e na distribuição das doenças, 
utilizado para descrever a 
[...] distribuição espacial de eventos, segundo variáveis da dimensão ‘lugar’: 
clima, relevo, solo, hidrografia, flora, fauna, agentes etiológicos, vetores, 
reservatórios, habitações, saneamento, distribuição e densidade da população, 
hábitos socioculturais, atividade econômica (PALMEIRA; MIYASHIRO; 
CHAIBLICH, 2017, p. 46). 
É importante observar que essa interação entre a geografia e a saúde 
coletiva não deve se limitar apenas ao campo da distribuição e das causas das 
doenças, devendo abranger também estudos que relacionem espaço e tempo, 
do local ao global (GUIMARÃES, 2016).
A análise espacial, de acordo com Arjona (2017, p. 127), abrange os mé-
todos necessários “para compreensão de determinados fenômenos por meio 
da estatística espacial que permite a identificação de padrões de distribuição 
espacial de eventos que têm associação com elementos do território”. Como 
exemplo, podemos citar a concentração e a dispersão de casos de uma doença 
em um bairro, um município ou um estado.
Para explicar eventos relacionados à saúde, é necessário coletar dados 
e produzir informações que permitam caracterizar, analisar e mensurar o 
estado de saúde de determinada população, em determinado tempo e lugar, 
como densidade populacional, renda, faixas etárias e ocupação. A produção 
de informação relacionada à saúde coletiva (bem como em outras áreas de 
pesquisa) se divide em quatro etapas: coleta do dado, codificação do dado 
coletado, processamento do dado codificado e divulgação, conforme apre-
sentado a seguir, com base em Cunha e Vargens (2017).
Geoprocessamento em saúde coletiva2
 �1ª etapa — coleta de dados: consiste no registro imediato do que foi 
coletado, podendo ser feito em formulário de papel ou em plataforma 
eletrônica. Os dados coletados e registrados devem ser armazenados 
em banco de dados, o que permite sua recuperação de forma rápida e 
em formato que facilita a utilização.
 � 2ª etapa — codificação dos dados coletados: consiste em transformar 
todos os dados registrados em valores previamente definidos (numéricos 
ou letras).
 � 3ª etapa — processamento dos dados codificados: consiste em classificar 
e agrupar os dados codificados de modo sistemático, em categorias ou 
em classes predeterminadas.
 � 4ª etapa — divulgação: consiste na divulgação da informação, sendo 
que o seu formato e a sua linguagem podem variar conforme o perfil de 
quem a demanda e utiliza (população em geral ou segmentos técnicos 
e operacionais específicos).
Dados e informações relacionadas à saúde coletiva são considerados bens 
públicos, ou seja, devem estar acessíveis a qualquer pessoa. Para facilitar a 
coleta de dados em campo, geralmente são utilizadas matrizes compostas por 
linhas e colunas, conforme apresentado no Quadro 1.
Fonte: Adaptado de Palmeira, Miyashiro e Chaiblich (2017).
Unidade de 
análise (UA)
Variáveis
Idade 
(I)
Sexo 
(S)
Escolaridade 
(E)
Renda 
(R)
Localização da 
moradia (LM)
UA 1 I1 S1 E1 R1 LM
UA 2 I2 S2 E2 R2 LM2
UA 3 I3 S3 E3 R3 LM3
UA n (...) In Sn En Rn LMn
Quadro 1. Exemplo de matriz de dados relacionados à saúde
3Geoprocessamento em saúde coletiva
As unidades de análise (UAs) compreendem todos os objetos ou locais 
aos quais as pesquisas na área da saúde se referem, ou seja, o “que” ou “quem” 
será descrito, analisado ou comparado — por exemplo, pessoas (população), 
domicílios, municípios, regiões ou países. Já as variáveis são as características 
da população ou do ambiente que será foco da análise, podendo ser classificadas 
de acordo com o Quadro 2. 
Fonte: Adaptado de Palmeira, Miyashiro e Chaiblich (2017).
Variável quantitativa (numérica)
Variável qualitativa 
(não numérica)
Discreta Contínua Nominal Ordinal
Admite apenas 
valores absolutos
Admite valores 
fracionados
Não existe 
ordenação da 
categoria
Existe ordenação 
da categoria
P. ex.: número 
de pessoas, 
número de filhos, 
número de casas
P. ex.: peso, 
altura, renda
P. ex.: sexo, 
doente, sadio, 
cor dos olhos, 
fumante, não 
fumante
P. ex.: estágio da 
doença (inicial, 
intermediário, 
terminal)
Quadro 2. Tipos de variáveis quantitativas e qualitativas
Segundo Palmeira, Miyashiro e Chaiblich (2017), por meio dessa base 
de dados, que pode ser coletada em campo (dados primários) ou cedida por 
instituições de pesquisa (dados secundários), é possível medir a frequência, 
a distribuição e a duração de eventos, o que é fundamental para “compreender 
características epidemiológicas de uma população, lugar e período especí-
ficos” (PALMEIRA; MIYASHIRO; CHAIBLICH, 2017, p. 41). Assim, são 
consideradas dimensões básicas do método epidemiológico: 
 � a pessoa (quem está exposto ao agravo);
 � o tempo (quando acontece o agravo); e
 � o lugar (onde ocorre o agravo), considerando-se suas especificidades 
ou variações.
Geoprocessamento em saúde coletiva4
Nos estudos envolvendo a geografia da saúde, é necessário articular as 
dimensões de pessoa, tempo e lugar por meio da frequência, da distribuição 
e da duração de determinado evento, para que se obtenham indicadores de 
saúde. Estes, de acordo com Palmeira, Miyashiro e Chaiblich (2017, p. 47), são 
“medidas-síntese de informação sobre determinados atributos e dimensões 
referidos à saúde”, em determinada população, durante determinado período. 
Os principais indicadores de saúde são apresentados e descritos no Quadro 3.
Indicadores de mortalidade: referentes à 
quantidade de pessoas que morrem
Coeficiente geral de mortalidade 
Coeficientes específicos 
de mortalidade
Número absoluto de óbitos ocorridos 
em uma determinada população em 
determinado período (numerador), 
ponderado pelo tamanho da 
população na metade do período 
(denominador).
Número absoluto de óbitos de 
pessoas segundo atributo específico 
(numerador), como idade, sexo, raça 
ou renda, ponderado pelo total de 
pessoas da população com o mesmo 
atributo (denominador).
Mortalidade proporcional Coeficiente de mortalidade infantil 
Número absoluto de óbitos de 
pessoas segundo atributo específico 
(numerador), ponderado pelo total de 
óbitos na população (denominador).
Número de óbitos de criança menor 
de 1 ano (numerador), ponderado 
pelo número de nascidos vivos 
na população no mesmo período 
considerado (denominador).
Taxa de letalidade
Estima a gravidade de uma doença expressa pela relação entre o total de óbitos 
(numerador) e o total de pessoas que adoecem (denominador) no lugar e no 
tempo determinados.
Quadro 3. Principais indicadores de mortalidade e morbidade (medidos em grupos de 
1.000 pessoas/ano)
(Continua)
5Geoprocessamento em saúde coletiva
Fonte: Adaptado de Palmeira, Miyashiro e Chaiblich (2017).
Indicadores de morbidade: referentes à 
quantidade de pessoas que adoecem
Prevalência Incidência
Expressa a quantidade de casos 
existentes de uma doença em uma 
determinada população, lugar e 
momento. O acompanhamento 
da ocorrência de uma doença e 
do desfecho dos casos (cura, óbito, 
migração) permite determinar a 
prevalência em período determinado.
Corresponde à quantidade de casos 
novos ocorridos em uma determinada 
população durante certo período 
e lugar. A incidência reporta à 
velocidade ou à intensidade e permite 
estimar risco (probabilidade).
Obs. 1: para as medidas de prevalência e de incidência, é considerada a duração da doença:
a) doença aguda (curta duração): baixa prevalência, mesmo quando a incidência é alta (p. ex.: dengue).
b) doença crônica (longa duração): alta prevalência, mesmo quando a incidência é baixa (p. ex.: 
diabetes melito).
Obs. 2: quando uma doença aguda expõe a população de determinado lugar, em período limitado, 
a determinado risco (como ocorre nos surtos epidêmicos), a incidência é considerada “taxa de 
ataque” (expressa em percentagem).
Quadro 3. Principais indicadores de mortalidade e morbidade (medidos em grupos de 
1.000 pessoas/ano)
(Continuação)
Por meio de técnicas de geoprocessamento, surge a possibilidade de carto-
grafar esses dados, ou seja, representá-los espacialmente, ao se atribuir um par 
de coordenadas geográficas a cada dado (georreferenciamento), espacializando 
situações, grupos e modos de vida. As ferramentas disponíveis em um sistema 
de informações geográficas (SIG), de acordo com Arjona (2017, p. 131), 
possibilitam “produzir mapas que identificam e localizam situações de risco 
a que estão expostas populações de determinada área (micro área, bairro) por 
meio da distribuição espacial de variáveis socioambientais e epidemiológicas”. 
Geoprocessamento em saúde coletiva6
Assim, é possível espacializar e analisar dados primários (coletados em 
cada UA), como as residências visitadas ou as situações de risco à saúde, 
bem como dados secundários (obtidos em sistemas de informação oficiais), 
como indicadores demográficos, ambientais ou de saúde. Como produto do 
geoprocessamento, podem ser confeccionados mapas temáticos, como o 
exemplo apresentado na Figura 1. O uso desses mapas é imprescindível para os 
serviços de saúde coletiva, uma vez que a informação espacializada auxiliará 
os profissionais de saúde a compreenderem o processo saúde-doença em uma 
determinada população.
Figura 1. Exemplos de mapas temáticos da incidência de leishmaniose visceral humana, 
por bairros, em Campo Grande (Mato Grosso do Sul), nos anos de 2007 a 2011, destacando 
áreas com maior incidência em tons mais escuros de vermelho.
Fonte: Marques et al. (2017, p. 161). 
Compreender as técnicas de geoprocessamento é fundamental para adotar 
a espacialização de informações na saúde pública. Segundo Arjona (2017), 
produzir essas informações requer bastante dedicaçãodos atores interessados 
em conhecer o objeto a ser estudado, “principalmente na fase de análise dos 
resultados, de modo a ampliar a interpretação e a análise para fundamentar e 
orientar a tomada de decisão, consoante os objetivos e as finalidades da rede 
de serviços de saúde” (ARJONA, 2017, p. 134).
7Geoprocessamento em saúde coletiva
Apesar de serem tratados como sinônimos por algumas pessoas, existe uma diferença 
significativa entre dados e informações, mapa e mapeamento, geoprocessamento e 
SIG, conforme descrito a seguir.
 � Os dados são medidas objetivas das características de pessoas, lugares, coisas ou 
eventos. Já as informações nada mais são do que dados processados e converti-
dos em um contexto significativo e em usos específicos (CUNHA; VARGENS, 2017).
 � Um mapa é um instrumento cartográfico que codifica e representa um aspecto 
da realidade, composto por dois elementos fundamentais: ordem geográfica e 
conteúdo. Por sua vez, o mapeamento é o processo de construção de mapas, por 
meio de técnicas de topografia, geoprocessamento, códigos e signos, utilizados 
para descrever a realidade de forma objetiva (IBIAPINA; BERNARDES, 2019).
 � O geoprocessamento é uma tecnologia que desenvolve sistemas para coleta e 
tratamento de informações espaciais, utilizando múltiplas metodologias e equi-
pamentos, englobando o SIG. Este, por sua vez, é considerado um recurso tecno-
lógico que atua por meio de uma base de dados gráficos, auxiliando na análise da 
distribuição espacial de um problema (IBIAPINA; BERNARDES, 2019).
2 Contribuições da geografia e 
da epidemiologia para a saúde
Segundo o Manual de epidemiologia (FRONTEIRA, 2019), podemos com-
preender a epidemiologia como:
Estudo da ocorrência e distribuição de eventos, estados e processos relacio-
nados com a saúde em populações específicas, incluindo o estudo dos deter-
minantes que influenciam esses processos e a aplicação desse conhecimento 
ao controle dos problemas de saúde relevantes. 
Estudo inclui vigilância, observação, rastreio, teste de hipóteses, investigação 
analítica, experimentação e predição.
Distribuição refere-se à análise por tempo, lugar (ou espaço) e população.
Determinantes são todos os fatores geofísicos, biológicos, comportamentais, 
sociais, culturais, econômicos e políticos que influenciam a saúde.
Estados, eventos e processos de saúde incluem surtos, doenças, problemas, 
causas de morte, comportamentos, processos socioeconômicos e ambientais, 
efeitos de programas preventivos e utilização de serviços de saúde e sociais.
Populações específicas são aquelas com contextos comuns e características 
identificáveis (FRONTEIRA, 2018, documento on-line).
Geoprocessamento em saúde coletiva8
De modo geral, a epidemiologia possibilita a compreensão do processo 
saúde-doença em coletividades humanas, com foco na distribuição da doença 
na população, no tempo e no lugar. É uma ciência multidisciplinar, reunindo 
conhecimentos relacionados à biologia, à medicina, à estatística, à matemática, 
à geografia, às ciências sociais, entre outras áreas do conhecimento. Assim, 
de acordo com Palmeira, Miyashiro e Chaiblich (2017), no estudo do pro-
cesso saúde-doença, a epidemiologia possibilita a análise de distribuição dos 
determinantes de doenças, danos e eventos relacionados à saúde, propondo 
medidas específicas para sua prevenção e controle.
Para representar graficamente uma epidemia (Figura 2), utiliza-se na prática a curva 
epidêmica, que representa (PALMEIRA; MIYASHIRO; CHAIBLICH, 2017):
a) nível endêmico: coeficiente de incidência habitual ou esperado da doença;
b) nível epidêmico (ou egressão): inicia quando ultrapassa o nível endêmico, atinge 
o coeficiente de incidência máximo e regride até o limiar epidêmico. A egressão 
tem três fases (momentos genéricos):
 ■ progressão — fase de aumento crescente do número de casos;
 ■ coeficiente de incidência máximo — fase de duração variada;
 ■ regressão — fase de queda do coeficiente de incidência, com tendência à 
estabilização em nível endêmico igual ou abaixo do original.
Figura 2. Exemplo gráfico de uma curva epidêmica.
Fonte: Rotta (c2020, documento on-line). 
9Geoprocessamento em saúde coletiva
Para identificar uma epidemia, o primeiro passo é determinar o coeficiente de 
incidência habitual de uma doença, em anos anteriores ao que se quer analisar. Isso é 
feito por meio do gráfico diagrama de controle, que permite o acompanhamento da 
evolução temporal (mês a mês, habitualmente no período de 10 anos, excluindo-se 
dados de anos epidêmicos).
A epidemiologia exige o estudo de um amplo leque de questões. Guimarães 
(2016) destaca as seguintes: 
 � a emergência de novas doenças, a análise de suas etiologias e, no caso 
das doenças transmissíveis, a sua propagação; 
 � a reemergência de doenças que já estavam sob controle;
 � o impacto do crescimento das doenças crônico-degenerativas e mentais; 
e 
 � a prevalência e a etiologia de doenças relacionadas com o comporta-
mento e o modo de vida, particularmente o fumo, a bebida, os hábitos 
alimentares, a vida sedentária, a vida sexual e o uso de drogas.
Diante dessas questões, a geografia pode contribuir, de acordo com Cardoso 
et al. (2020, p. 127), para a “organização e leitura de uma série de aspectos 
socioespaciais que podem subsidiar tomadas de decisão, que vão desde adoção 
de estratégias para proteção de grupos sociais vulneráveis e desprivilegiados, 
até na construção de cenários pós crise sanitária”, com destaque para as 
geotecnologias. O marco dessa estreita relação entre a geografia e a epide-
miologia ocorreu em 1854, quando o médico John Snow utilizou um mapa 
para espacializar e relacionar a distribuição de pontos de captação de água e 
de residência com pessoas afetadas por cólera no bairro Soho, em Londres. 
O médico percebeu, após pontuar na planta da cidade a localização de todas 
as pessoas que haviam contraído a doença, que havia um padrão espacial que 
evidenciava a concentração de doentes no entorno de uma bomba de água de 
Broad Street, atual Broadwick Street. Para resolver o problema, lacrou-se a 
bomba, impedindo a contaminação de outras pessoas (CARDOSO et al., 2020).
Geoprocessamento em saúde coletiva10
As novas tecnologias de informação espacial, ou de geoprocessamento, têm 
reafirmado “a utilização de representações cartográficas como instrumentos 
de conhecimento e de ação na área da saúde e sua relação com o ambiente”, 
segundo Canal e Kuhn (2018, p. 96). Guimarães et al. (2020) destacam a 
importância metodológica da produção cartográfica, ao se estabelecerem 
relações entre “a localização dos eventos, a extensão desse fenômeno e suas 
conexões com outros fenômenos de interesse social” (GUIMARÃES et al., 
2020, p. 121). Os pesquisadores citam o pensamento do geógrafo Max Sorre, 
que afirma que “os primeiros objetivos de qualquer mapa são localizar os 
fenômenos, o local onde ocorreram; segundo determinar as áreas de extensão 
desses fenômenos; e terceiro marcar as variações de intensidade dentro destas 
áreas” (SORRE, 1978, p. 239 apud GUIMARÃES et al., 2020, p. 121).
Apesar de serem bastante empregados atualmente, ainda existe certa confusão entre 
os termos quarentena, isolamento, endemia, epidemia e pandemia, descritos a seguir 
com base em Palmeira, Miyashiro e Chaiblich (2017).
 � Quarentena é a restrição de atividades de pessoas sãs que se expuseram a caso de 
doença transmissível durante o período de transmissibilidade ou contágio, objeti-
vando prevenir a disseminação da doença durante esse período. Já o isolamento 
é a separação de pessoas infectadas do convívio das outras pessoas, durante o 
período de transmissibilidade, com a finalidade de evitar a infecção nos suscetíveis; 
pode ser domiciliar ou hospitalar.
 � Endemia consiste na presença constante de uma doença ou de um agente in-
feccioso em determinada área geográfica, podendo haver flutuações sazonais. 
Já em uma epidemia, ocorre o aumento da ocorrência de casos, comparado ao 
coeficiente deincidência esperado (ou habitual) de uma doença, em determinado 
espaço geográfico e período de tempo. Quando a epidemia atinge vários países, 
inclusive mais de um continente, é denominada pandemia.
11Geoprocessamento em saúde coletiva
Guimarães et al. (2020) apresentam informações gráficas a respeito da 
concentração e da dispersão da covid-19 no Brasil, destacando as principais 
estruturas territoriais e os territórios de maior vulnerabilidade (Figura 3). 
Note que a dispersão do vírus no Brasil ocorreu a partir de áreas com maior 
densidade de relações, que as redes de transporte rodoviário foram as rotas 
preferenciais (em razão da maior densidade de circulação) e que, ao se dispersar 
no país, a covid-19 assumiu feições geográficas zonais, reticulares e pontuais.
Figura 3. Principais estruturas territoriais brasileiras da covid-19.
Fonte: Guimarães et al. (2020, p. 135).
Geoprocessamento em saúde coletiva12
Em estudos epidemiológicos, como o de Guimarães et al. (2020, p. 128), 
é necessário identificar “formas sugestivas, por padrões espaciais e por co-
nexões estruturais que deem sentido às situações geográficas e a eventos 
históricos”, estruturas essas denominadas coremas por Roger Brunet. 
A partir da identificação dos coremas, são empregadas chaves gráficas que 
representam as relações e dão sentido à situação geográfica. Essas chaves 
podem se apresentar na forma de manchas, indicando contiguidade do fe-
nômeno que se estende em todas as direções; em eixos, quando o fenômeno 
se estabelece em um ou dois sentidos; em pontos, quando um fenômeno se 
diferencia significativamente do seu entorno. Articuladamente, essas cha-
ves podem representar uma quantidade significativa de formas e processos, 
representados de forma sintetizada. (GUIMARÃES et al., 2020, p. 129).
Podemos afirmar que a geotecnologia é extremamente relevante para 
estudos associando a geografia e a epidemiologia, uma vez que possibilita 
“diagnósticos eficientes, propõe soluções de baixo custo e cria alternativas 
otimizadas para as questões enfrentadas diante das mudanças aceleradas que 
observamos atualmente” (CARDOSO et al., 2020, p. 128).
3 O geoprocessamento aplicado à saúde 
coletiva: da coleta à análise de dados
A Organização Pan-Americana de Saúde define sistema de informação de 
saúde (SIS) como o “conjunto de componentes (estruturas administrativas, 
departamento de estatística de saúde, unidades de informação em saúde) que 
atua, de forma integrada, com finalidade de produzir informação necessária 
e oportuna para implementar processos de decisão na área” (CUNHA; VAR-
GENS, 2017, p. 86). Enquanto um SIS agrega dados e informações a serem 
utilizados no planejamento, na avaliação e na operacionalização de ações e 
serviços de saúde, as tecnologias de informação e comunicação possibilitam 
o acesso aos dados armazenados em diferentes sistemas de informação.
No Brasil, o gerenciamento e a preservação de dados dos SIS são de res-
ponsabilidade do departamento de informática do Sistema Único de Saúde 
(SUS) do Brasil, o DATASUS, que fornece informações para auxiliar as ações 
do Ministério da Saúde. Os SISs do SUS, segundo Cunha e Vargens (2017), 
agregam diversos tipos de bases de dados (sistemas e subsistemas) com dife-
rentes finalidades, apresentadas resumidamente no Quadro 4.
13Geoprocessamento em saúde coletiva
Fonte: Adaptado de Cunha e Vargens (2017).
Sistemas de 
informação de saúde
Objetos de registro Usos
Sistema de Informação 
de Agravos de 
Notificação
Agravos e doenças 
notificáveis
Estudos de morbidade 
de agravos e doenças 
sob notificação
Sistema de Informação 
sobre Mortalidade
Óbito Perfil de mortalidade
Sistema de Informações 
Hospitalares do SUS
Internações financiadas 
pelo SUS
Perfil de morbidade e 
mortalidade hospitalar 
no SUS
Sistema de Informação 
sobre Nascidos Vivos
Nascido vivo Perfil das condições de 
nascimento
Sistema de Informação 
em Saúde para a 
Atenção Básica
Ações e procedimentos 
da atenção básica
Monitoramento das 
condições de vida e 
saúde dos indivíduos e 
das famílias cadastradas
Sistema de Informações 
do Programa Nacional 
de Imunizações
Ações assistenciais 
e administrativas do 
Programa Nacional de 
Imunizações
Monitoramento da 
cobertura vacinal e 
dos eventos adversos, 
controle de estoque e 
distribuição de insumos
Sistema de Vigilância 
Alimentar e Nutricional
Ações previstas na 
Política Nacional de 
Alimentação e Nutrição
Monitoramento do 
perfil alimentar e da 
situação nutricional
Sistema de 
Acompanhamento da 
Gestante
Ações do programa de 
pré-natal
Monitoramento da 
atenção à gestante e 
à puérpera cadastrada 
no Programa de 
Humanização no 
Pré-natal e Nascimento 
Sistema de Informações 
Ambulatoriais do 
SUS e Autorização 
de Procedimentos 
Ambulatoriais de Alta 
Complexidade/Custo
Procedimentos de alta 
complexidade ou alto 
custo
Monitoramento 
do quantitativo de 
procedimentos de alto 
custo e complexidade
Quadro 4. Usos e objetos de registro dos sistemas de informação de saúde do Sistema 
Único de Saúde (SUS)
Geoprocessamento em saúde coletiva14
Os dados e as informações do SUS são alimentados nos SIS por iniciativas de instituições 
que disponibilizam uma série de indicadores e de análises, que podem auxiliar no 
planejamento e na gestão dos serviços de saúde. Cunha e Vargens (2017) apontam 
exemplos dessas iniciativas, apresentados a seguir.
 � Índice de Desempenho do SUS: conjunto de indicadores simples e compostos, 
que busca fazer uma aferição contextualizada do desempenho do SUS quanto ao 
cumprimento de seus princípios e de suas diretrizes.
 � Projeto de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde: metodologia de avalia-
ção para o sistema brasileiro de saúde, formulada por uma rede de pesquisadores 
vinculados a instituições de pesquisa, no campo da saúde coletiva.
 � Rede Interagencial de Informações para a Saúde: metodologia para qualificar os 
conteúdos básicos de informação sobre a situação e o progressivo aperfeiçoamento 
da saúde no país, com o intuito de produzir informações relativas à realidade 
sanitária brasileira.
Os SISs são importantes fontes de dados sobre, por exemplo, nascimentos, 
óbitos e doenças de notificação compulsória. Esses dados podem ser importados 
para um SIG e espacializados de acordo com suas feições geográficas. Boa 
parte dos problemas relacionados à epidemiologia se dão pela dificuldade 
em compreender a dinâmica espacial das doenças. Nesse aspecto, reside a 
maior contribuição do geoprocessamento para a saúde pública, auxiliando 
no diagnóstico das condições de vida e da situação de saúde no território 
(ARJONA, 2017).
Os avanços a partir dessa tecnologia permitem novas formas de análise e 
processamento dos dados em diferentes escalas, aumento na velocidade de 
processamento de grande quantidade de dados geográficos, trabalhos colabo-
rativos, diagnósticos e prognósticos através dos modelos matemáticos, além 
da publicação e divulgação desses dados através dos SIG-WEB fundamentais 
para momentos de crise. (CARDOSO et al., 2020, p. 129).
O geoprocessamento tem grande potencial para apoiar o gerenciamento de 
crises, como pode-se vivenciar pelo COVID-19. As análises espaciais refletem 
a distribuição da doença em diferentes escalas, subsidiando na tomada de 
decisões dos responsáveis pela saúde pública, bem como adotar estratégias 
mais restritivas e/ou priorizar locais com maior incidência da doença, inves-
tigando sua causa, e/ou alocando maior quantidade de insumos. (CARDOSO 
et al., 2020, p. 136).
15Geoprocessamento em saúde coletiva
A divulgação de resultados, de forma gráfica, de estudos desenvolvidos por 
meio do geoprocessamento auxilia na conscientização da sociedade, que passa 
a compreender melhor a dinâmica de determinada doença, além de subsidiar a 
tomada de decisão dos gestores da área de saúde. Na saúde coletiva, segundo 
Lima et al. (2020 documento on-line), a geolocalização auxilia “no processo 
de compreensão de incidência de eventos,predição, tendência, simulações, 
planejamento e construção de estratégia no campo”. Esses pesquisadores 
também afirmam que as geotecnologias permitem o mapeamento de doenças, 
a avaliação de riscos, o planejamento de ações de saúde e a avaliação de redes 
de atenção, como hospitais, unidades básicas de saúde, unidades de pronto 
atendimento e centros de referência de assistência social.
Chiaravalloti-Neto (2016) destaca que, por meio das bases de imagens 
obtidas por técnicas de sensoriamento remoto (algumas disponíveis gratui-
tamente na internet, como a da Figura 4), podem ser extraídas informações 
sobre uso e ocupação do solo, cobertura vegetal, temperatura e umidade. Essas 
informações são úteis na identificação de “áreas de risco para a presença de 
vetores transmissores de agentes etiológicos ou para ocorrência de agravos 
que guardem relação com variáveis ambientais” (CHIARAVALLOTI-NETO, 
2016, p. 1), como a presença do mosquito Aedes aegypti. Com base nessa 
informação, o poder público pode concentrar recursos e esforços direcionados 
para o controle de vetores de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Os SIGs, de acordo com Pina (1998, p. 130-131), podem ser utilizados de 
maneira efetiva em atividades como “análise na distribuição de pacientes, 
monitoramento da qualidade da água, variações na ocorrência de epidemias, 
monitoramento de vetores, avaliação em tempo real de situações de emer-
gência ou catastróficas”. Os SIGs também possibilitam implementar técnicas 
estatísticas de análise espacial de dados que apresentam dependência espa-
cial. Chiaravalloti-Neto (2016) utiliza como exemplo casos de leishmaniose 
visceral humana, afirmando que, se houve ocorrência dessa doença em um 
bairro de uma cidade, seria razoável presumir que ela pode estar ocorrendo 
em bairros vizinhos. Assim, podem ser identificados aglomerados espaciais 
ou espaço-temporais que representem áreas em que o risco de ocorrência de 
agravos é maior.
Geoprocessamento em saúde coletiva16
Figura 4. Exemplo de detecção de terrenos baldios em um bairro do município de Fer-
nandópolis (São Paulo), com auxílio de imagem obtida por sensor remoto disponibilizada 
no Google Earth Pro. 
Fonte: Lima et al. (2017, p. 33).
As aplicações de técnicas de geoprocessamento em estudos da geografia 
da saúde são as mais diversas. Lima et al. (2020) destacam algumas possibi-
lidades de estudo, como:
 � caracterização do espaço geográfico da distribuição de incidentes 
de trauma e análise do nível de instalações de saúde de destino dos 
pacientes;
 � análise do comportamento espacial da ocorrência de casos de tracoma, 
para definição de áreas prioritárias para a ação dos serviços de saúde;
 � identificação de padrões espaciais da distribuição da mortalidade por 
doença de Alzheimer;
 � sistematização de dados úteis para o registro e a detecção de associações 
de câncer e possíveis locais de risco;
 � determinação de como o acesso à intervenção coronariana percutânea 
é distribuído demograficamente no país;
 � identificação de incidência de óbitos por overdose nos serviços de 
ambulância e sua relação com o distanciamento urbano e a presença 
de serviços de dependência;
17Geoprocessamento em saúde coletiva
 � mapeamento das localizações de centros de radioterapia em todo o país 
e avaliação de possíveis disparidades espaciais;
 � mapeamento das áreas de incidência de tentativas de suicídio;
 � avaliação da distribuição geográfica dos primeiros filhos de mães 
adolescentes, por meio de dados demográficos e domésticos; e
 � estimativa de tempo de viagem em relação à distância para acesso aos 
cuidados médicos.
Em suma, temos disponíveis geotecnologias que permitem o processamento 
e a análise de dados georreferenciados e o acesso às bases de dados geográficos 
a respeito da saúde coletiva e a imagens de sensoriamento remoto disponíveis 
gratuitamente. Essas técnicas são, hoje, indispensáveis para o entendimento 
da dinâmica espaço-temporal de doenças, como a leishmaniose visceral, 
a dengue e a covid-19. Além da epidemiologia, o geoprocessamento pode ser útil 
em outras áreas da saúde, como o zoneamento de estruturas básicas de saúde, 
o monitoramento de acidentes e a identificação de áreas de risco ambiental.
Todo esse aparato auxilia os profissionais ligados à geografia da saúde, 
bem como os gestores públicos e os técnicos de serviço de saúde, a mapear 
agravos, identificar áreas de riscos, compreender processos epidêmicos e 
investigar fatores associados à ocorrência de doenças. Sendo assim, podemos 
afirmar que o geoprocessamento está intimamente ligado ao sucesso de ações 
envolvendo a saúde coletiva.
ARJONA, F. B. S. Sistema de informações geográficas: usos e aplicações na área de 
saúde. In: GONDIM, G. M. M.; CHRISTÓFARO, M. A. C.; MIYASHIRO, G. M. (Orgs.) Técnico de 
vigilância em saúde: fundamentos. Rio de Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim 
Venâncio, 2017. v. 2. p. 113-136.
CANAL, H.; KUHN, M. F. Cartografias participativas e abordagens em saúde e ambiente. 
Sustentabilidade em Debate, Brasília, DF, v. 9, n. 1, p. 95-106, 2018.
CARDOSO, P. V. et al. A importância da análise espacial para tomada de decisão: um olhar 
sobre a pandemia de covid-19. Revista Tamoios, São Gonçalo, v. 16, n. 1, p. 125-137, 2020.
CHIARAVALLOTI-NETO, F. O geoprocessamento e saúde pública. Arquivos de Ciências 
da Saúde, [S. l.], v. 23, n. 4, p. 1-2, 2016.
Geoprocessamento em saúde coletiva18
CUNHA, E. M.; VARGENS, J. M. C. Sistemas de informação do sistema único de saúde. 
In: GONDIM, G. M. M.; CHRISTÓFARO, M. A. C.; MIYASHIRO, G. M. (Orgs.) Técnico de vigi-
lância em saúde: fundamentos. Rio de Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim 
Venâncio, 2017. v. 2. p. 71-112. 
FRONTEIRA, I. Manual de epidemiologia. Coimbra: Almedina, 2018. (Olhares sobre a 
saúde). E-book.
GUIMARÃES, R. B. Geografia e saúde coletiva no Brasil. Saúde e Sociedade, São Paulo, 
v. 25, n. 4, p. 869-879, 2016.
GUIMARÃES, R. B. et al. O raciocínio geográfico e as chaves de leitura da Covid-19 no 
território brasileiro. Estudos Avançados, São Paulo, v. 34, n. 99, p. 119-140, 2020.
IBIAPINA, E.; BERNARDES, A. O mapa da saúde e o regime de visibilidade contempo-
râneo. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 322-336, 2019.
LIMA, C. L. et al. Densidade demográfica e renda per capita: indicadores sociais que 
influenciam nos casos de dengue em uma cidade do interior paulista. Revista Funec 
Científica – Enfermagem, Santa Fé do Sul, v. 1, n. 2, p. 25-37, 2017.
LIMA, K. P. et al. Uso de geotecnologias aplicadas em serviços de saúde: revisão inte-
grativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [S. l.], v. 12, n. 6, 2020. Disponível em: https://
acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/3072/1827. Acesso em: 17 ago. 2020.
MARQUES, N. T. A. et al. Geoprocessamento aplicado à epidemiologia da leishmaniose 
visceral. Hygeia – Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 13, n. 
26, p. 156-165, 2017.
PALMEIRA, G.; MIYASHIRO, G. M.; CHAIBLICH, J. V. Epidemiologia. In: GONDIM, G. M. M.; 
CHRISTÓFARO, M. A. C.; MIYASHIRO, G. M. (Orgs.) Técnico de vigilância em saúde: funda-
mentos. Rio de Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2017. v. 2. p. 21-70.
PINA, M. F. R. P. Potencialidades dos sistemas de informações geográficas na área da 
saúde. In: NAJAR, A. L.; MARQUES, E. C. (Org.) Saúde e espaço: estudos metodológicos 
e técnicas de análise. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz,1998. p.125-133.
ROTTA, L. A. Endemias e epidemias. In: SLIDEPLAYER. [S. l.], c2020. Disponível em: https://
slideplayer.com.br/slide/6003691/. Acesso em: 17 ago. 2020.
SORRE, M. Principes de cartographie applique a l’écologie humaine. Social Science & 
Medicine, [S. l.], v. 12, D, p. 238-50, 1978.
Leituras recomendadas
BARCELLOS, C. Uma nova geografia e o direito à informação e comunicação: a sobre-
vida em meio à pandemia de Covid-19. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação 
e Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 14, n.2, p. 461-472, 2020.
19Geoprocessamento em saúde coletiva
REGINATO, V. S. C. et al. Coleção de mapas temporais como auxílio na representação 
da difusão da Covid-19 no Estado de Santa Catarina: histórico entre 12/03/2020 e 
11/05/2020. Metodologias e Aprendizado, [S. l.], v. 3, p. 102-113, 2020.
VALLADARES, G. S. et al. Influência de variáveis ambientais na ocorrência da dengue 
utilizando geoprocessamento em Teresina, Piauí. Hygeia – Revista Brasileira de Geografia 
Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 15, n. 34, p. 102-114, 2019.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Geoprocessamento em saúde coletiva20
DICA DO PROFESSOR
Os estudos relacionados à saúde coletiva demandam, cada vez mais, a utilização das ferramentas 
de geoprocessamento. Por meio de um banco de dados geográficos sobre eventos da saúde 
(como o número de casos de uma doença em determinado local e período) e com o auxílio de 
um Sistema de Informações Geográficas (SIG), é possível visualizar graficamente a distribuição 
dos casos e realizar análises espaciais complexas.
Nesta Dica do Professor, você verá como utilizar dados georreferenciados em estudos 
envolvendo a saúde coletiva.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) No intuito de explicar fenômenos relacionados à saúde, os epidemiologistas buscam 
produzir geoinformações que, segundo Palmeira et al. (2017), possibilitam 
caracterizar, analisar e mensurar o estado de saúde de um grupo de indivíduos em 
determinado lugar e tempo.
Em relação aos dados e ao processo de produção de informações utilizados na análise 
espacial em saúde coletiva, assinale a alternativa correta:
A) As variáveis qualitativas utilizadas para representar as características da população em 
análise podem ser subclassificadas em variáveis discretas e variáveis contínuas.
B) Variáveis como peso, altura e renda são consideradas variáveis qualitativas ordinais, ou 
seja, variáveis que podem ser ordenadas dentro de cada categoria.
C) Após a coleta de dados em campo, um pesquisador precisará “codificá-los”, ou seja, 
transformá-los em um formato compreensível por um SIG para iniciar as análises 
espaciais.
D) As unidades de análise em estudos de saúde correspondem aos espaços físicos nos quais a 
pesquisa foi desenvolvida, tendo o município como menor unidade territorial para a coleta 
de dados.
E) Os indicadores empregados em estudos de saúde são considerados como medidas-síntese 
das características físicas de espaços geográficos distintos.
2) Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), todo indicador de saúde é 
uma estimativa (mensuração com certo grau de imprecisão) de uma dimensão de 
saúde em uma população-alvo, em determinado tempo e lugar. Os principais 
indicadores de saúde estão relacionados à mortalidade e à morbidade referentes à 
quantidade de pessoas que morrem e à quantidade de pessoas que adoecem, 
respectivamente.
Assinale a alternativa que apresenta a definição correta de um dos indicadores de 
saúde:
A) O Coeficiente de Mortalidade Infantil representa o número de óbitos de criança menor de 1 
ano em determinada população, ponderado pelo número de nascidos vivos no mesmo 
período e lugar.
B) O Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce expressa a quantidade de novos casos de 
uma doença ocorridos em bebês até o 6º dia de vida durante certo período e lugar.
C) O Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardia expressa a prevalência de casos de 
determinada doença, mesmo com baixa incidência em bebês entre o 7º e o 27º dias de vida 
em certo período e lugar.
D) O Coeficiente Geral de Mortalidade expressa numericamente a quantidade de casos 
existentes de uma doença em determinada população, lugar e momento.
E) O Coeficiente Geral de Morbidade representa o número absoluto de óbitos de pessoas de 
acordo com determinado atributo ponderado pelo total de óbitos de uma população.
3) Uma curva epidêmica é definida como uma representação gráfica do número de casos de 
doença pela data de início da doença. As curvas epidêmicas de determinadas doenças 
permitem que o Poder Público analise a evolução de uma doença e planeje ações de saúde 
pública para diminuir sua incidência.
Analise a figura a seguir:
Assinale a alternativa correta quanto aos elementos de uma curva epidêmica genérica:
A) A regressão representa a fase de queda do coeficiente de incidência com tendência à 
estabilização em nível endêmico igual ou abaixo do original.
B) A progressão representa a fase de aumento crescente do coeficiente de incidência da 
doença em nível igual ou inferior ao limiar epidêmico.
C) A egressão representa a fase de estabilização do coeficiente de incidência da doença em 
nível inferior ao limiar epidêmico.
D) O nível endêmico representa o aumento crescente do coeficiente de incidência até atingir o 
coeficiente de incidência máximo da doença.
E) O nível epidêmico representa o coeficiente de incidência habitual ou esperado de 
determinada doença, ou seja, uma situação de controle epidêmico.
4) Segundo o Ministério da Saúde, os Sistemas de Informação em Saúde são 
“instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados, que têm como 
objetivo o fornecimento de informações para análise e melhor compreensão de 
importantes problemas de saúde da população, subsidiando a tomada de decisões nos 
níveis municipal, estadual e federal”.
Em relação aos diferentes Sistemas de Informação de Saúde no Brasil, assinale a 
alternativa correta:
A) A Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa) consiste em um banco de dados 
para aferir o desempenho do Sistema Único de Saúde no País.
B) O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) é útil para os gestores de 
saúde traçarem o perfil de morbidade e mortalidade hospitalar do Sistema Único de Saúde 
no País.
C) O Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) auxilia os 
gestores de saúde a traçarem o perfil das condições de nascimento do Sistema Único de 
Saúde no País.
D) O Projeto de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) consiste em um 
banco de dados para produzir informações relativas à realidade sanitária do País.
E) O Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab) é utilizado por gestores 
de saúde para monitorar as condições de vida e saúde dos indivíduos e das famílias 
cadastradas.
5) De acordo com Cardoso et al. (2020), as técnicas de geoprocessamento que envolvem 
o estudo do comportamento espacial dos objetos e fenômenos dispostos na superfície 
terrestre possibilitam a interligação de diversas ciências voltadas para estudos dessa 
natureza, como a Geografia da Saúde. A necessidade de se trabalhar com um grande 
número de dados, de naturezas e de fontes diversas, tem levado a um crescente uso de 
geotecnologias como suporte às análises do setor de saúde.
Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta a relação correta entre um 
instrumento de geoprocessamento e uma possibilidade de aplicação em estudos de 
saúde coletiva:
A) Por meio dos Sistemas de Informações Geográficas, é possível que um pesquisador acesse, 
pesquise e faça o download de dados do departamento de informática do Sistema Único de 
Saúde (SUS) do País.
B) Como o auxílio das técnicas de sensoriamento remoto, é possível extrair de imagens de 
satélites informações espaciais úteis para identificar áreas de risco quanto à presença de 
insetos transmissores de doenças.
C) Com o suporte dos Bancos de Dados Geográficos do Sistema Único de Saúde (SUS), um 
pesquisador poderá manipular, visualizar e analisar dadosde saúde, bem como 
implementar ferramentas de análise estatística. 
D) Com base nas técnicas de cartografia digital, é possível que gestores públicos armazenem, 
analisem e manipulem dados georreferenciados, alimentando, por exemplo, o Sistema de 
Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
Por meio de técnicas de fotointerpretação, é possível armazenar dados georreferenciados 
nos Sistemas de Informação em Saúde e estimar, por exemplo, as dimensões de um 
E) 
processo epidêmico em mapas temáticos.
NA PRÁTICA
A cartografia digital é um instrumento de geoprocessamento que facilita o entendimento de 
informações relacionadas à saúde coletiva, uma vez que os dados georreferenciados (com 
latitude e longitude definidas em um sistema de coordenadas) são representados visualmente, de 
forma gráfica e dinâmica. Essa forma de visualização dos dados possibilita a identificação mais 
clara de padrões que ocorrem no espaço e no tempo. Os mapas, segundo Canal e Kuhn (2018), 
servem como “ferramentas de descrição da realidade a partir do agrupamento de fenômenos 
naturais e humanos, ao mesmo tempo que se buscava as relações entre fatores do meio físico”. 
Os processos de mapeamento não precisam se prender apenas à análise de informações lógicas, 
como das ciências naturais e das engenharias. Podem, e devem, ser incorporadas abordagens que 
“retomem e estruturem as formas de conhecimento centradas em estudos de casos, no resgate 
em experiências e histórias de vida e na ação em parceria com diferentes atores sociais”, 
processo denominado cartografia participativa. (CANAL; KUHN, 2018).
Confira, em Na Prática, as formas de empregar os conhecimentos do ramo da cartografia 
participativa na saúde coletiva e adaptar suas práticas à sala de aula.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Qual é o papel do geógrafo da Geografia da Saúde?
Neste vídeo, o Prof. Dr. Raul Borges Guimarães (do Departamento de Geografia do Campus de 
Presidente Prudente da UNESP) aborda a atuação dos geógrafos dentro da área Geografia da 
Saúde.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Uma nova geografia e o direito à informação e comunicação: a sobrevida em meio à 
pandemia de Covid-19
Nesta publicação, a Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde 
entrevista o geógrafo e sanitarista Dr. Christovam Barcellos a respeito da influência das 
condições socioambientais no estado de saúde das populações, principalmente no tocante à 
pandemia de Covid-19.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Mapeamento de agravos de saúde: uma aplicação da técnica de georreferenciamento com 
o uso do software Google Earth
Neste artigo, você encontrará um estudo de caso desenvolvido na Cidade de São Paulo a 
respeito do mapeamento de casos de tuberculose, sífilis em gestantes e sífilis congênita com o 
auxílio de Google Earth Pro, um software de georreferenciamento de uso gratuito e de interface 
simples.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Influência de variáveis ambientais na ocorrência da dengue utilizando geoprocessamento 
em Teresina, Piauí
Este artigo apresenta uma série de técnicas de geoprocessamento utilizadas para analisar a 
correlação de aspectos ambientais com a distribuição da doença, trazendo interessantes 
direcionamentos ao Poder Público para tornar mais eficazes as medidas populacionais do Aedes 
aegypti.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

Outros materiais