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Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Indicadores em saúde O.1: INDICADORES DE SAÚDE Os indicadores de saúde foram desenvolvidos para facilitar a quantificação e a avaliação das informações produzidas com tal finalidade. Em termos gerais, os indicadores são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer. A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes utilizados em sua formulação (frequência de casos, tamanho da população em risco etc.) e da precisão dos sistemas de informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados etc.). O grau de excelência de um indicador deve ser definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares). Em geral, a validade de um indicador é determinada por sua sensibilidade (capacidade de detectar o fenômeno analisado) e especificidade (capacidade de detectar somente o fenômeno analisado). Outros atributos de um indicador são: mensurabilidade (basear-se em dados disponíveis ou fáceis de conseguir), relevância (responder a prioridades de saúde) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento de tempo e recursos). Espera-se que os indicadores possam ser analisados e interpretados com facilidade, e que sejam compreensíveis pelos usuários da informação, especialmente gerentes, gestores e os que atuam no controle social do sistema de saúde. Para um conjunto de indicadores, são atributos de qualidade importantes a integridade ou completude (dados completos) e a consistência interna (valores coerentes e não contraditórios). A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de saúde dependem da aplicação sistemática de definições operacionais e de procedimentos padronizados de medição e cálculo. A seleção do conjunto básico de indicadores – e de seus níveis de desagregação – deve ajustar-se à disponibilidade de sistemas de informação, fontes de dados, recursos, prioridades e necessidades específicas em cada região. A manutenção deste conjunto de indicadores deve depender de instrumentos e métodos simples, para facilitar a sua extração regular dos sistemas de informação. Para assegurar a confiança dos usuários na informação produzida, é necessário monitorar a qualidade dos indicadores, revisar periodicamente a consistência da série histórica de dados, e disseminar a informação com oportunidade e regularidade. Se gerados de forma regular e manejados em um sistema dinâmico, os indicadores de saúde são instrumentos valiosos para a gestão e avaliação da situação de saúde, em todos os níveis. Um conjunto de indicadores de saúde se destina a produzir evidência sobre a situação sanitária e suas tendências, como base empírica para identificar grupos humanos com maiores necessidades de saúde, estratificar o risco epidemiológico e identificar áreas críticas. Constitui, assim, insumo para o estabelecimento de políticas e prioridades melhor ajustadas às necessidades de saúde da população. Além de prover matéria prima essencial para a análise de saúde, a disponibilidade de um conjunto básico de indicadores tende a facilitar o monitoramento de objetivos e metas em saúde, estimular o fortalecimento da capacidade analítica das equipes de saúde e promover o desenvolvimento de sistemas de informação de saúde intercomunicados. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES PARA A ESCOLHA DE UM INDICADOR Apresentar simplicidade técnica : o indicador deve ser de fácil entendimento e percepção; Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Deve ter uniformidade; Deve atingir o maior número possível de variáveis; Permite comparações entre situações; Principalmente deve ser confiável; É relevante que sejam respeitados os aspectos éticos O QUE NOS LEVA A ESCOLHER UM TIPO DE INDICADOR ? No momento da escolha do indicador que iremos trabalhar devemos nos preocupar com três fatores fundamentais que são: sua eficiência ( custo e benefício) , sua eficácia ( obtenção dos objetivos propostos) e sua efetividade ( resultados ). Assim o melhor indicador é aquele que reúne os três “E” e nos fornece as respostas às nossas indagações. COMO OS DADOS OBTIDOS SÃO REPRESENTADOS ? Através de frequência absoluta; Através de frequência relativa(índice, coeficientes ou taxas), QUAIS OS PRINCIPAIS INDICADORES UTILIZADOS? Mortalidade Sobrevivência Morbidade Gravidade Incapacidade Nutrição Crescimento e desenvolvimento Aspectos demográficos Condições socioeconômicas Saúde ambiental Serviços de saúde. Para o profissional da saúde, é importante conhecer o primeiro indicador proposto, Saúde e Condições Demográficas, no qual o Indicador de Saúde deve expressar as condições de saúde de um indivíduo ou de uma população. Quando falamos de Indicadores em Saúde no Brasil, é importante saber um pouco a respeito da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA), criada a partir da implementação pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em 1995 da Iniciativa Regional de Dados Básicos em Saúde, com objetivo de difundir informações a respeito da situação e tendências na saúde nos países da América Latina. A RIPSA tem como objetivo estabelecer as bases de dados e informações produzidos no país; articular participação de instituições para produção e análise de dados; implementar mecanismos de apoio à produção de dados e informações; promover intercâmbio entre subsistemas de informação da administração pública; contribuir para estudos e compreensão do quadro sanitário brasileiro; fomentar mecanismos que promovam o uso de informação em processos decisórios na SUS. Os Indicadores disponíveis para consulta na web pela RIPSA em seu site no link: http://fichas.ripsa.org.br/2012/ , de forma agrupada são: Demográficos - Medem a distribuição de fatores determinantes da situação de saúde relacionados à dinâmica populacional na área geográfica referida; Socioeconômicos - Medem a distribuição dos fatores determinantes da situação de saúde relacionados ao perfil econômico e social da população residente na área geográfica referida; Mortalidade - Informam a ocorrência e distribuição das causas de óbito no perfil da mortalidade da população residente na área geográfica referida; Morbidade - Informam a ocorrência e distribuição de doenças e agravos à saúde na população residente na área geográfica referida; Fatores de Risco e de Proteção - Medem os fatores de risco (por ex. tabaco, álcool), e/ou proteção (por ex. alimentação saudável, atividade física, aleitamento) que predispõe à doenças e agravos ou, protegem das doenças e agravos; Recursos - Medem a oferta e a demanda de recursos humanos, físicos e financeiros para atendimento às necessidades básicas de saúde da população na área geográfica referida; Cobertura - Medem o grau de utilização dos meios oferecidos pelo setor público e pelo setor privado para atender às necessidades de saúde da população na área geográfica referida. (RIPSA, 2012) Podemos obter dados em outros locais, dentre este podemos citar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Sistema Estadual de Análise de Dados (SEAD) são instituições que disponibilizam à população informações relacionadas à situaçãodemográfica, à situação socioeconômica, à saúde, ao trabalho, entre outras, sendo, portanto, importante fonte para pesquisas relacionadas. Atualmente, com os recursos tecnológicos existentes, não é difícil você encontrar a descrição de um indicador, sua aplicabilidade, Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL sua fonte de dados, suas limitações. O importante é escolher o que melhor se aplicar ao seu objetivo. De acordo com a RIPSA (Rede Intergeracional de Informações para a Saúde) do Ministério da Saúde do Brasil podemos concluir que “os indicadores são medidas- síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões (não tem a mesma natureza. mas tem relação), taxas (representa o risco do surgimento daquele evento, analisa a população de referência) ou índices (relação totalmente diferente) mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer. ” http://www.ripsa.org.br/vhl/indicadores-e-dados-basicos-para-a-saude- no-brasil-idb/conceitos-e-criterios/ O.2: INDICADORES SOCIAIS Os indicadores sociais são meios utilizados para designar os países como sendo: Ricos (desenvolvidos), Em Desenvolvimento (economia emergente) ou Pobres (subdesenvolvidos). Com isso, organismos internacionais analisam os países segundo a: Expectativa de vida (É a média de anos de vida de uma pessoa em determinado país). Taxa de mortalidade (Corresponde ao número de pessoas que morreram durante o ano). Taxa de mortalidade infantil (Corresponde ao número de crianças que morrem antes de completar 1 ano). Taxa de analfabetismo (Corresponde ao percentual de pessoas que não sabem ler e nem escrever). Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos habitantes. Saúde (Refere-se à qualidade da saúde da população) Alimentação (Refere-se à alimentação mínima que uma pessoa necessita, cerca de 2.500 calorias, e se essa alimentação é balanceada). Condições médico-sanitárias (Acesso a esgoto, água tratada, pavimentação etc.) Qualidade de vida e acesso ao consumo (Correspondem ao número de carros, de computadores, televisores, celulares, acesso à internet entre outros). https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-indicadores-sociais.htm http://www.ripsa.org.br/vhl/indicadores-e-dados-basicos-para-a-saude-no-brasil-idb/conceitos-e-criterios/ http://www.ripsa.org.br/vhl/indicadores-e-dados-basicos-para-a-saude-no-brasil-idb/conceitos-e-criterios/ https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-indicadores-sociais.htm Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Síntese de Indicadores Sociasis (SIS) Analisa a qualidade de vida e os níveis de bem-estar das pessoas, famílias e grupos populacionais, a efetivação de direitos humanos e sociais, bem como o acesso a diferentes serviços, bens e oportunidades, por meio de indicadores que visam contemplar a heterogeneidade da sociedade brasileira sob a perspectiva das desigualdades sociais. A Síntese de Indicadores Sociais teve início em 1998. Sua origem remonta à publicação Indicadores sociais: relatório 1979, também do IBGE, que, rompendo com a hegemonia de indicadores econômicos para estes fins, em especial o Produto Interno Bruto - PIB, avançou na proposição de um novo escopo de avaliação das condições de vida da população, contemplando, à época, questões relacionadas a População e famílias, Divisão do trabalho, Mobilidade ocupacional da força de trabalho, Distribuição de renda, Despesa familiar, Habitação, Educação e Saúde. Até a edição de 2016, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD constituiu a sua principal fonte de informação, complementada com outras estatísticas, tanto do IBGE como de fontes externas. Com o encerramento da PNAD e sua substituição pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua, esta passou a ser a principal fonte de informação do estudo, somando-se a ela, da mesma forma, outras estatísticas internas e externas. Ao longo de sua existência, o estudo tem procurado abarcar uma série de informações essenciais para o mapeamento das desigualdades e seus efeitos sobre a realidade social brasileira, com vistas não só à incorporação de assuntos atuais e relevantes para as políticas públicas, como também ao aprofundamento das análises a partir do eixo das desigualdades de gênero, cor ou raça e grupos de idade. A periodicidade do estudo é anual, exceto nos anos de realização do Censo Demográfico. Sua abrangência geográfica é nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Regiões Metropolitanas e Municípios das Capitais. O.3: COEFICIENTES DE MORTALIDADE MORBIDADE OU MORBILIDADE – é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população estudada, em determinado momento. TAXA BRUTA DE MORTALIDADE - total de mortes ao ano por 1000 pessoas. TAXA DE MORTALIDADE PERINATAL é o número de óbitos fetais de 28 ou mais semanas de gestação e óbitos de nascidos vivos com menos de sete dias de idade, observado um determinado período de tempo, considerando-se cada 1000 nascimentos. TAXA DE MORTALIDADE NEONATAL - A taxa de mortalidade neonatal é o número de óbitos de crianças com menos de 28 dias de idade, observado durante um determinado período de tempo - normalmente, 1 ano civil -, referido ao número de nados vivos do mesmo período. TAXA DE MORTALIDADE PÓS NEONATAL - Número de óbitos de 28 a 364 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. TAXA DE MORTALIDADE MATERNA é o número de mulheres mortas durante o parto, considerando-se cada 100 000 nascimentos bem sucedidos. TAXA DE MORTALIDADE PREVISTA – representa a comparação proporcional do número de mortes previstas caso a população tivesse uma constituição mediana em termos de idade, sexo, etc. TAXA DE MORTALIDADE ESPECÍFICA ETÁRIA – relativa ao número total de mortes por ano, considerando-se cada 1000 pessoas de determinada idade. TAXA OU COEFICIENTE GERAL DE MORTALIDADE (CGM) OU TAXA DE MORTALIDADE GERAL, refere-se a toda população e não ao total de óbitos. É calculado dividindo-se o total de óbitos, em determinado período, pela população calculada para a metade do período. As vantagens desse indicador são a simplicidade de seu cálculo e a facilidade de obtenção de seus componentes. Permite comparar o nível de saúde de diferentes regiões ao longo do tempo. Normalmente, o coeficiente geral de mortalidade se situa entre 6 e 12 óbitos por 1.000 habitantes. Valores abaixo de 6 podem significar sub- registro de óbitos. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL - Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_mortalidade_perinatal https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_mortalidade_neonatal https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_mortalidade_neonatal https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_mortalidade_materna Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Interpretação Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida. Reflete, de uma maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. Expressa um conjunto de causas de morte cuja composição é diferenciada entre os subgrupos de idade Costuma-se classificar o valor da taxa como alto (50 por mil ou mais), médio (20 a 49) e baixo (menos de 20)2 , parâmetros esses que necessitam revisão periódica, em função de mudanças no perfil epidemiológico. Valores abaixo de 10 por mil são encontrados em vários países, mas deve-se considerar que taxas reduzidas podem estar encobrindo más condições de vida em segmentos sociais específicos. Usos Analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade infantil, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos. Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população, prestando-se para comparações nacionais e internacionais. Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal e ao parto, bem como para a proteção da saúde infantil. Método de Cálculo Direto: Indireto: estimativa por técnicas demográficas especiais. Os dados provenientes deste método têm sido adotados para os estados que apresentam cobertura do Sinasc inferior a 90% ou que não atingem o valor de 80% de um índice composto, especialmente criado, que combina a cobertura de óbitos infantis com a regularidade do SIM3 . Categorias Sugeridas para Análise Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados e Distrito Federal. Componentes da mortalidade infantil: mortalidade neonatal precoce (0 a 6 dias), neonatal tardia (7 a 27 dias) e pós-neonatal (28 a 364 dias). SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE Na década de 1970 no Brasil, com a necessidade crescente de informações na área da saúde, ocorreram dois fatos marcantes para a história dos SIS. O primeiro foi a criação da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV), em 1974, cuja finalidade, segundo a lei nº 6.125 - de 4 de novembro de 1974 que a constituiu, era a de análise de sistemas, programação e execução de serviços de tratamento da informação e o processamento de dados por computação eletrônica e serviços correlatos.. O segundo fato foi em 1975, a realização da 1ª Reunião Nacional sobre Sistemas de Informação em Saúde, cuja finalidade foi de assegurar a participação nos níveis estaduais na definição dos objetivos e planos de ações para o desenvolvimento de um sistema de informação em saúde. Nesta época foi criado, também, o Núcleo de Informática da Secretaria Geral do Ministério da Saúde com o 27 ofício de delinear e programar os Sistemas de Informações em Saúde. Neste período, mesmo com esta primeira visão de um SIS para todo o país, foram desenvolvidos sistemas de informações específicos para o atendimento aos programas emergenciais institucionalizados Nas últimas décadas, o Ministério da Saúde desenvolveu sistemas nacionais de informação sobre nascimentos, óbitos, doenças de notificação, atenção hospitalar, ambulatorial e básica, orçamento público em saúde e outros. Há ampla disponibilidade eletrônica desses dados, cada vez mais utilizados no ensino de saúde pública. O Ministério também promove investigações sobre temas específicos, ainda que de forma assistemática. Outras fontes relevantes para a saúde são os censos e pesquisas de base populacional do IBGE, que cobrem aspectos demográficos e socioeconômicos. O mesmo se aplica aos estudos e análises do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), referentes a políticas públicas. Subsídios adicionais provêm das informações produzidas por outros setores governamentais específicos. Por fim, grandes bases de informação científica e técnica estão acessíveis Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), apoiada pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme). A Iniciativa Regional de Dados Básicos em Saúde baseia- se em um conjunto de indicadores selecionados que visa oferecer um panorama geral da situação de saúde na Região. O trabalho empreendido motivou gestores nacionais a aperfeiçoar seus sistemas e bases de dados e a produzir e divulgar informações, segundo critérios comuns. Alinhados com essa iniciativa, o Ministério da Saúde e a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) acordaram em cooperar no aperfeiçoamento de informações para a saúde no Brasil. Uma avaliação preliminar das experiências passadas indicou a necessidade de esforços interinstitucionais para potencializar os recursos disponíveis e aperfeiçoar a capacidade de formulação, gestão e operacionalização do Sistema Nacional de Informação em Saúde preconizado na Lei Orgânica do SUS. A estratégia de cooperação centrou-se na criação da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa), concebida por grupo de trabalho ad hoc no qual estiveram representadas as principais estruturas do Ministério da Saúde, a Opas e instituições-chave da política de informações em saúde no País (IBGE, Abrasco, Faculdade de Saúde Pública da USP, Ipea e Fundação Seade). O Secretário-Executivo do Ministério coordenou o grupo, com o apoio de um secretariado técnico. A construção e revisão do Indicadores e Dados Básicos- IDB se desenvolvem por interação do Datasus com as instituições fontes dos indicadores e os coordenadores dos Comitês de Gestão de Indicadores - CGI. O processo é mediado pela Secretaria Técnica da Ripsa, que submete à deliberação da Oficina de Trabalho Interagencial - OTI questões de cunho estratégico, como a alteração, inclusão e supressão de indicadores. O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) compreende o conjunto interarticulado de instituições do setor público e privado componentes do Sistema Único de Saúde (SUS) que, direta ou indiretamente, notificam doenças e agravos, prestam serviços a grupos populacionais ou orientam a conduta a ser tomada no controle das mesmas. O SNVE está passando por profunda reorganização, que visa adequá-lo aos princípios de descentralização e de integralidade das ações definidas no SUS. Sistemas de Informações em Saúde (SIS) – São desenvolvidos e implantados - com o objetivo de facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, a fim de contribuir para melhorar a situação de saúde individual e coletiva. São funções dos SIS: planejamento; coordenação; supervisão dos processos de seleção, coleta, aquisição, registro, armazenamento, processamento, recuperação, análise e difusão de dados e geração de informações. CMD: É um documento público que coleta os dados de todos os estabelecimentos de saúde do país e de cada contato assistencial (unidade de registro do CMD e definido como atendimento ininterrupto dispensado a um indivíduo em uma modalidade assistencial e em um mesmo estabelecimento de saúde). Aqui, o objetivo é reduzir a fragmentação dos sistemas de informação, principalmente daqueles que possuem dados de caráter clínico-administrativo CNES é a base cadastral para operacionalização de diversos sistemas, tais como: Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), Sistema de Informação Hospitalar (SIH), e- SUS Atenção Básica (e-SUS AB), entre outros. É uma ferramenta auxiliadora, que proporciona o conhecimento da realidade da rede assistencial existente e suas potencialidades, de forma a auxiliar no planejamento em saúde das três esferasde Governo, para uma gestão eficaz e eficiente. SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos) O DATASUS desenvolveu o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) visando reunir informações epidemiológicas referentes aos nascimentos informados em todo território nacional. Sua implantação ocorreu de forma lenta e gradual em todas as Unidades da Federação. Benefícios: Subsidiar as intervenções relacionadas à saúde da mulher e da criança para todos os níveis do Sistema Único de Saúde (SUS); Como ações de atenção à gestante e ao recém nascido; O acompanhamento da evolução das séries históricas do SINASC permite a identificação de prioridades de intervenção, o que contribui para efetiva melhoria do sistema. Funcionalidades Declaração de nascimento informatizada; Geração de arquivos de dados em varias extensões para analises em outros aplicativos; Retroalimentação das informações ocorridas em municípios diferentes da residência do paciente; Controle de distribuição das declarações de nascimento (Municipal, Regional, Estadual e Federal); Transmissão de dados automatizada utilizando a ferramenta sisnet gerando a tramitação dos dados de forma ágil e segura entre os níveis municipal > estadual > federal; Backup on-line dos níveis de instalação (Municipal, Regional e Estadual). Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) foi criado pelo DATASUS para a obtenção regular de dados sobre mortalidade no país. A partir da criação do SIM foi possível a captação de dados sobre mortalidade, de forma abrangente, para subsidiar as diversas esferas de gestão na saúde pública. Com base nessas informações é possível realizar análises de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área. Benefícios: Produção de estatísticas de mortalidade; Construção dos principais indicadores de saúde; Análises estatísticas, epidemiológicas e sociodemográficas. Funcionalidades Declaração de óbito informatizada; Geração de arquivos de dados em varias extensões para analises em outros aplicativos; Retroalimentação das informações ocorridas em municípios diferentes da residência do paciente; Controle de distribuição das declarações de nascimento (Municipal, Regional, Estadual e Federal); Transmissão de dados automatizada utilizando a ferramenta sisnet gerando a tramitação dos dados de forma ágil e segura entre os níveis municipal > estadual > federal; Backup on-line dos níveis de instalação (Municipal, Regional, e Estadual). SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) O Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de Setembro de 2017, anexo V - Capítulo I), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, como varicela no estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo. Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e as tornem disponíveis para a comunidade. É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções. SIH-SUS (Sistema de Informação Hospitalar do SUS) O Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH-SUS) foi criado em 1991, para substituir o Sistema de Assistência Médico-Hospitalar da Previdência Social (SAMHPS) em uso desde 1981. O seu formulário de entrada de dados é o registro administrativo Autorização de Internação Hospitalar (AIH)1 . O principal objetivo deste sistema é o ressarcimento das despesas do atendimento dos pacientes internados nos hospitais que fazem parte do SUS. Os seus dados sobre a internação possibilitam, entre outras coisas, que estudos sobre o perfil morbi- mortalidade de cada canto do país. SIA-SUS (Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS) O Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA- SUS) foi criado em 1992, em substituição aos aplicativos Guia de Autorização de Pagamento (GAP) e Sistema de Informações e Controle Ambulatorial da Previdência Social (SICAPS), com o intuito de reembolsar os atendimentos ambulatoriais. A sua implantação ocorreu em 1994 nas Secretarias Estaduais de, mas somente em 1996 após a vigência Norma Operacional Básica da Assistência à Saúde do Sistema Único de saúde para 1996 (NOB-SUS 01/96) passou a ser executado nas Secretarias Municipais de Saúde. Este aplicativo processa o Boletim de Produção Ambulatorial (BPA) e a Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (APAC). A consolidação dos dados destes dois formulários valida o pagamento comparando-os com parâmetros orçamentários estipulados pelo Gestor de Saúde utilizando para isto a Ficha de Programação FísicoOrçamentária (FPO). Os Gestores enviam mensalmente base de dados contendo os procedimentos realizados SIAB (Sistema de Informação de Atenção Básica) O Sistema de Informação de Atenção Básica foi implantado pelo Ministério da Saúde em 1998, com o objetivo de acompanhar as ações e os resultados das atividades executadas pelo Programa Saúde da Família (PSF). Este sistema disponibiliza informações sobre: cadastros de famílias, condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e composição das equipes de saúde. O SIAB substituiu o Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (SIPACS). Os seus dados são oriundos das visitas domiciliares e das unidades básicas de saúde SI-PNI O SIPNI foi desenvolvido pelo PNI - Programa Nacional de Imunizações em parceria com o DATASUS - Departamento de Informática do SUS, com a finalidade de substituir sistemas utilizados pelo Programa Nacional de Imunização: SI-API; SI-AIU, SI-EAPV e SI-CRIE.Com entrada de dados individual e por procedência, esse sistema permite o acompanhamento do vacinado em vários lugares do Brasil, bem como a localização da Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL pessoa a ser vacinada, através dos seus dados cadastrais. O SIPNI já está em funcionamento desde 2010, no entanto, a expansão de utilização deste novo sistema não foi impulsionada pela falta de equipamentos de informática em todas as salas de vacina do país. Objetivo geral Registrar individualmente dados de vacinação de todos os residentes do Brasil Objetivos específicos Fornecer dados sobre pessoas vacinadas; Fornecer dados sobre movimentação de imunobiológicos nas salas de vacinação; Reduzir erros de imunização; Ser o único meio de transmissão de dados de vacinação para o Programa Nacional de Imunizações Público-alvo Salas de vacina de todo o Brasil onde serão vacinadas todas as pessoas do país; Qualquer interessado em dados de imunização poderá ter acesso a relatórios consistentes sobre pessoas vacinadas para qualquer vacina; PAPEIS DAS ESFERAS DE GOVERNO Município – mais que um coletor de dados, cabe a esta esfera a capacidade de produção, organização e coordenaçãodas informações em sua região; Estado - devem ficar atento, avaliar e divulgar as informações das regiões que estão sob sua jurisdição, além de fornecer apoio técnico e financeiro as mesmas. Nível federal – controlar a qualidade e garantir a unicidade das informações; PROBLEMAS RELATADOS Apesar da legislação existente alguns problemas importantes, relatados pela OPAS 34 , foram identificados na área de informações em saúde: A informação não é adequadamente utilizada como requisito fundamental do processo de tomada de decisão e planejamento, organização e avaliação de políticas, ações e serviços; Os múltiplos sistemas de informações existentes são insuficientes, imprecisos, não-compatíveis entre si e não contemplam a complexidade das diferentes dimensões da vida humana em sociedade que atuam no binômio saúde-doença; Inexistem processos regulares de análise da situação de saúde e de suas tendências, de avaliação de serviços e de disseminação de informações. https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2372/1/ENSP_Disserta%C3%A 7%C3%A3o_Santos_Andr%C3%A9ia_Cristina.pdf https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/si-pni O.5: INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA INCIDÊNCIA: A incidência de uma doença, em um determinado local e período, é o número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período. Traz a ideia de intensidade com que acontece uma doença numa população, mede a frequência ou probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. PREVALÊNCIA: prevalecer significa ser mais, preponderar, predominar. A prevalência indica qualidade do que prevalece, prevalência implica em acontecer e permanecer existindo num momento considerado. Portanto, a prevalência é o número total de casos de uma doença, existentes num determinado local e período. O coeficiente de prevalência é mais utilizado para doenças crônicas de longa duração. Ex: hanseníase, tuberculose, AIDS, tracoma ou diabetes. Casos prevalentes são os que estão sendo tratados (casos antigos), mais aqueles que foram descobertos ou diagnosticados (casos novos). A prevalência, como idéia de acúmulo, de estoque, indica a força com que subsiste a doença na população. A prevalência pode ser pontual ou no período (lápsica): https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2372/1/ENSP_Disserta%C3%A7%C3%A3o_Santos_Andr%C3%A9ia_Cristina.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2372/1/ENSP_Disserta%C3%A7%C3%A3o_Santos_Andr%C3%A9ia_Cristina.pdf https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/si-pni Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Prevalência pontual (instantânea ou prevalência momentânea) é medida pela frequência da doença ou pelo seu coeficiente em um ponto definido no tempo, seja o dia, a semana, o mês ou o ano. No intervalo de tempo definido da prevalência pontual, os casos prevalentes excluem aqueles que evoluíram para cura, para óbito ou que migraram. Prevalência num período de tempo ou lápsica abrange um lapso de tempo mais ou menos longo e que não concentra a informação em um dado ponto desse intervalo. Na prevalência lápsica estão incluídos todos os casos prevalentes, inclusive os que curaram, morreram e emigraram. TAXA DE ATAQUE: É o coeficiente ou taxa de incidência de uma determinada doença para um grupo de pessoas expostas ao mesmo risco limitadas a uma área bem definida. É muito útil para investigar e analisar surtos de doenças ou agravos à saúde em locais fechados. http://www.cvs.saude.sp.gov.br/pdf/epid_visa.pdf O.6: NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA E SUBNOTIFICAÇÃO O Ministério da Saúde estabelece a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. A ocorrência de suspeita ou confirmação de eventos de saúde pública, doenças e agravos listados, de acordo com a portaria vigente (PRC n° 4, de 28 de setembro de 2017, Anexo 1 do Anexo V (Origem: PRT MS/GM 204/2016, Anexo 1), e/ou a notificação de surto, são de comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados. É facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região. Segundo da PORTARIA NO - 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016: Art. 2o Para fins de notificação compulsória de importância nacional, serão considerados os seguintes conceitos: I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; II - autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS); III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos; IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública; V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes; VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal; VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível; VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo; IX - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória; X - vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS). http://www.cvs.saude.sp.gov.br/pdf/epid_visa.pdf Nivya Moraes P1/UC2 UNIT – AL Destaque para: • Lista Nacional de Notificação Compulsória; • Formulários para Notificação Eletrônica Imediata; • Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Fonte: http://www.saude.gov.br/vigilancia-em- saude/lista-nacional-de-notificacao-compulsoria sub·no·ti·fi·ca·ção (Ato ou efeito de subnotificar ou de notificar menos do q ue seria esperado oudevido (ex.: subnotificação da doen ça; subnotificação de acidentes de trabalho). https://dicionario.priberam.org/subnotifica%C3%A7%C3%A3o https://dicionario.priberam.org/subnotifica%C3%A7%C3%A3o
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