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DE GERENCIAMENTO
uia prá ico
DE RESÍDUOS EM FARMÁCIAS
Monitoramento do Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS em farmácias
1ª edição / ano 2018uia prá ico
DE GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS EM FARMÁCIAS
	 	
Este Guia Prático de Gerenciamento de Resíduos em Farmácias tem o objetivo de orientar farmacêuticos quanto à atualização da documentação regulatória, dos procedimentos e processos de separação, segregação, identificação, armazenamento e destinação final corretos dos resíduos gerados pelo estabelecimento ou aqueles devolvidos por usuários em função de vencimento ou por desuso. Também pretende contribuir para a proteção das pessoas (sociedade e trabalhadores) e do meio ambiente.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Ademir Valério Silva (SP)
Adolfo Cabral Filho (SC) (Presidente) Augusto César Q. de Carvalho (PE, AL, PB) Andrea Kamizaki Lima (MG)
Carlos Alberto Pinto Oliveira (DF) Claudia Cristina Silva Aguiar (BA)
Cybele Moniz Figueira Faria Santos (MT) Denise de Almeida Martins Oliveira (ES) Elpidio Nereu Zanchet (SP)
Evandro Tokarski (GO)
Gelza Rúbia Rigue Araújo (RJ) José Elizaine Borges (GO) Marcelo Brasil do Couto (AM) Márcia Paula Ribeiro Arão (MS) Marina S.M. Hashimoto (PR) Marco Antônio Perino (SP) Rogério Tokarski (DF)
Sílvia Muxfeldt Chagas (RS)
Diretor Executivo:
Marco Fiaschetti
Elaboração:
Maria Aparecida Ferreira Soares
Revisão:
Vagner Miguel – Gerente Técnico e de Assuntos Regulatórios
Equipe de Farmacêuticos: Jaqueline Tiemi Watanabe Lúcia Helena Gonzaga Pinto Luciane Bresciane Quirino
Tatiane Nakayama Bognar Berbert Valéria Faggion
Revisão Final:
Taís Ahouagi
Coordenadora de Comunicação
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
PREFÁCIO
Entre as principais diretrizes de atuação da ANFARMAG, encontra-se a elaboração de materiais e serviços para associados de forma a facilitar o dia a dia da farmácia e do farmacêutico magistral.
O objetivo da entidade é criar facilidades, disponibilizar benefícios e auxiliar a farmácia a instrumentalizar suas operações de caráter regulatório e técnico otimizando a execução de obrigações da farmácia com maior velocidade, facilidade e confiabilidade.
Com isso, queremos que você tenha a Anfarmag como seu ponto de referência para prover suporte no cumprimento das obrigações legais exigidas por órgãos reguladores.
Procuramos inserir neste guia orientações atualizadas baseadas na publicação das mais recentes normas relacionadas ao assunto como forma de facilitar ao farmacêutico magistral adequar seus processos e atender a regulamentação.
Boa leitura.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
SUMÁRIO
Introdução Objetivo Definições
Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS) Elaboração prática do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)
· Metodologia
· Classificação dos resíduos
· Material para acondicionamento
· Plano de Contingência
· Kit de derramamento
· Informações complementares
Elaboração prática do Procedimento Operacional Padrão (POP) Fontes geradoras de resíduos na farmácia
Estrutura e organização da farmácia para os resíduos
· Informações complementares
· Equipamentos de proteção
· Informações complementares
· Descarte de EPI’s
Descarte de insumos/medicamentos sujeitos ao controle especial Reciclagem de resíduos
Disposição final dos resíduos Treinamento de recursos humanos Documentação
Referências Anexos
· Anexo I - Fluxograma do PGRS
· Anexo II – Modelos de documentos
· Anexo III – Estudo Comparativo entre a RDC nº 306/2004 e RDC nº 222/2018
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
INTRODUÇÃO
O gerenciamento de resíduos pelos estabelecimentos de saúde é parte imprescindível das boas práticas. Exigido pela legislação sanitária vigente, as farmácias se obrigam a aplicar os conceitos e técnicas corretas para o recolhimento, identificação, armazenamento, manuseio e descarte apropriado dos resíduos gerados internamente ou daqueles entregues pelo consumidor – quando se tratar de medicamentos ou produtos vencidos ou em desuso.
A alteração dos dispositivos legais a que os estabelecimentos de saúde são submetidos os obriga a harmonizar constantemente seus processos para atendê-los, bem como às modificações de comportamento e exigências legais.
Os profissionais das farmácias já possuem experiência e conhecimentos necessários para se organizar, elaborar e executar o “Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)”, observando as regulamentações federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal. Porém, recomenda-se atualizar o Procedimento Operacional Padrão (POP), bem como estabelecer um fluxo ideal para gerenciar o descarte e destinação final conveniente dos resíduos gerados.
Essa resolução não traz grandes alterações em relação à anterior (Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004) , mas descreve novas orientações sobre a forma de conduzir o plano de gerenciamento, treinamento de pessoal e registros dos processos, assegurando perfeita rastreabilidade dos resíduos e proporcionando redução ou minimização da geração dos resíduos.
OBJETIVO
Este guia tem o intuito de colaborar com os profissionais farmacêuticos responsáveis na elaboração ou atualização do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) das farmácias em função da publicação de nova norma da Anvisa (Resolução RDC nº 222, de 28 de março de 2018) sobre o tema.
Este guia pretende trazer esclarecimentos sobre essa, na qual o órgão regulador procurou atualizar as regras e assegurar que os estabelecimentos colaborem para a preservação do meio ambiente e da saúde pública.
DEFINIÇÕES
Acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que evitem vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às ações de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam adequados física e quimicamente ao conteúdo acondicionado.
Aterro Sanitário: É a forma de disposição final de resíduos sólidos no solo, em local devidamente impermeabilizado, mediante confinamento em camadas cobertas com material inerte, geralmente solo, segundo normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
segurança, minimizando os impactos ambientais.
Coleta e transporte externos: remoção dos resíduos de serviços de saúde do abrigo externo até a unidade de tratamento ou outra destinação, ou disposição final ambientalmente adequada, utilizando-se de técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento, realizadas por empresas autorizadas.
Coletor: recipiente utilizado para acondicionar os sacos com resíduos.
Equipamento de proteção individual (EPI): dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Equipamento de proteção coletiva (EPC): dispositivos ou produtos de uso coletivo utilizados pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho e de terceiros.
Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ): ficha que contém informações essenciais detalhadas dos produtos químicos, especialmente sua identificação, seu fornecedor, sua classificação, sua periculosidade, as medidas de precaução e os procedimentos em caso de emergência.
Geradores de RSS: são todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar, farmácias, incluindo as farmácias de manipulação, distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de produtos farmacêuticos e outros, que produz resíduos biológicos, químicos, perfuro-cortantes.
Incineração: É o processo de redução de peso e volume do lixo pela combustão controlada. A incineração é utilizada, atualmente, no Brasil, apenas para o tratamento de resíduos hospitalares e industriais.É bastante difundida em países desenvolvidos e com pouca extensão territorial e, normalmente, associada à produção de energia.
Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Manejo dos resíduos: critérios técnicos e ações que conduzam à minimização do risco à saúde pública e à qualidade do meio ambiente.
Manejo dos resíduos de serviços de saúde: atividade de manuseio dos resíduos de serviços de saúde, cujas etapas são a segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, armazenamento externo, coleta interna, transporte externo, destinação e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos de serviços de saúde.
Resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem descartado, resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.
Reciclagem: Consiste, basicamente, da reintrodução dos resíduos no processo de produção.
Sistema de destinação final: conjunto de instalações, processos e procedimentos que visam a destinação ambientalmente adequada dos resíduos em consonância com as exigências ambientais.
Tratamento: Etapa da destinação que consiste na aplicação de processo que modifique as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de dano ao meio ambiente ou à saúde pública.
PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS)
O plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (PGRSS) é o documento gerado pela garantia da qualidade da farmácia que irá descrever as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos. Deve conter informações referentes as etapas da geração, identificação, acondicionamento, coleta, armazenamento (interno e externo) e disposição final de forma adequada, bem como estabelecer ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente.
O PGRSS se aplica às farmácias, com atividades alopáticas e homeopáticas, conforme as determinações contidas na Resolução RDC nº 222/2018. Outros estabelecimentos também seguem a norma a exemplo os distribuidores de insumos e produtos.
A nova norma indica que os resíduos sólidos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico podem ser encaminhados para reciclagem, recuperação, reutilização ou compostagem. Apresenta ainda, sem obrigatoriedade, a possibilidade de adotar a logística reversa, mas neste caso deverá ir para o descarte adequado como medicamentos.
O esquema a seguir demonstra, de forma simples, a finalidade do PGRSS:
Gerenciamento
e separação
Disposição
final
Sustentabilidade
Coleta
seletiva
Transporte
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
O PGRSS é, portanto, um plano que visa integrar diversas ações coordenadas pelo estabelecimento com o objetivo de minimizar ou eliminar danos ao meio ambiente, aos trabalhadores e à sociedade e contribui com a sustentabilidade da empresa.
No ANEXO I deste guia encontra-se o fluxograma do PGRSS que demonstra de forma fácil o ciclo ou as etapas que vai da geração até a destinação final dos resíduos.
ELABORAÇÃO PRÁTICA DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS)
Compete ao farmacêutico verificar o plano de gerenciamento de resíduos existente na farmácia, o qual era exigido pela da Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004 - revogada pela Resolução RDC nº 222, de 28 de março de 2018, em vigor 180 dias a partir da data da publicação no DOU nº 61, de 29 de março de 2018 e atualizar seu plano de gerenciamento.
A elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS), compreendendo todas as suas etapas, pode ser realizado por terceiro mediante contratação de empresa terceirizada ou mesmo de profissional autônomo. Nesse caso, a farmácia deve manter cadastro técnico do elaborador do PGRS. Todas as folhas do plano devem ser rubricadas pelo elaborador do PGRS. É importante ter anotação de responsabilidade técnica do elaborador do PGRSS ou declaração do Conselho de Classe informando ser este apto a elaborar Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde.
Embora a responsabilidade direta pelos resíduos seja do estabelecimento gerador, pelo princípio da responsabilidade compartilhada, se estende a outros atores: ao poder público e às empresas de coleta, tratamento e disposição final (ANVISA, 2018).
O PGRS deve conter o planejamento, a adequação dos procedimentos de armazenamento e disposição, as operações de limpeza e o sistema de sinalização e o uso de equipamentos apropriados.
Metodologia
Para abranger todas as etapas - geração, classificação, segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte, destinação até a disposição final adequada – o planejamento das etapas com descrição de operações e cuidados deve incluir:
(i) Classificação dos resíduos que a farmácia gera;
(ii) Definição dos locais para o armazenamento temporário dos resíduos (internamente e externamente ao estabelecimento);
(iii) Definição das operações (procedimentos) sequenciais que vão da geração até a disposição final dos resíduos;
(iv) Definição dos produtos a serem utilizados na limpeza e sanitização em cada área;
(v) Definição das responsabilidades e prazos para cada ação;
(vi) Definição do plano de contingência, ou seja, ações a serem tomadas quando houver falha em alguma parte ou momento dos procedimentos descritos que possam gerar riscos ao
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
estabelecimento, aos trabalhadores ou ao meio ambiente;
(vii) Pesquisa e contratação de empresa terceirizada para coleta e transporte dos resíduos;
(viii) Treinamento de pessoal interno e, quando necessário, externo nos procedimentos envolvidos que vão da geração até a disposição final dos resíduos;
(ix) Pesquisa do local onde os resíduos da farmácia serão depositados pelo terceiro, sua documentação de aprovação pelo órgão competente, bem como os processos de destinação final;
(x) Definição das ações de supervisão e conferência final;
(xi) Descrição em documento próprio de todo o plano de gerenciamento dos resíduos, que vai dos i tens i a x, incluindo modelos de relatórios e registros adequados;
(xii) Aprovação do PGRS pelo farmacêutico responsável.
Classificação dos resíduos
Para elaborar seu PGRS, a farmácia deve definir a classificação dos resíduos do PGRS, baseando-se nos conceitos elencados no Anexo I da RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Os resíduos importantes para os estabelecimentos farmacêuticos, inclusive farmácias magistrais, são:
Resíduos de serviços de saúde do Grupo B: resíduos contendo produtos químicos que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
· Produtos farmacêuticos
· Resíduos de saneantes, desinfetantes
· Reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
· Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.
Resíduos de serviços de saúde do Grupo D: resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares, elencados no Anexo I da resolução.
· Papel de uso sanitário, absorventes higiênicos e outros equivalentes
· Peças descartáveis de vestuário,gorros e máscaras descartáveis.
· Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
· Resto alimentar de refeitório.
· Resíduos provenientes das áreas administrativas.
· Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
· Outros.
Resíduos de serviços de saúde do Grupo E: resíduos perfurocortantes ou escarificantes, tais como: agulhas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas e placas de Petri).
A Norma ABNT 10.004/2004 também considera os resíduos quanto ao seu risco ao meio ambiente e à saúde pública. Nessa norma, os resíduos são classificados em duas categorias:
· Resíduos Classe I – Perigosos;
· Resíduos Classe II – Não Perigosos (IIA – Não Inertes e IIB – Inertes).
Segundo esta norma os resíduos perigosos são os que apresentam características de periculosidade, ou seja, apresentam por meio de suas propriedades, físicas, químicas ou infecto contagiosas, riscos à saúde
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
pública, provocando a mortalidade, incidência de doenças, bem como riscos ao meio ambiente e apresentam uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
Segundo a Resolução 275, de 25 de abril de 2001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama, os tipos de resíduos produzidos na Unidade Geradora se constituem em:
· Orgânicos (restos de comida, casca de frutas e verduras, grama, galhos pequenos, etc.);
· Rejeitos (papel higiênico, absorventes íntimos, palitos de dentes, filtros de cigarro, etc.);
· Rejeitos perigosos e especiais (no caso do modelo simplificado, esses resíduos deverão obedecer aos seguintes critérios: serem produzidos em pequenas quantidades e em caráter esporádico;
· se tratarem apenas de lâmpadas fluorescentes, filtros de ar condicionado, baterias e pilhas);
· Recicláveis: papel, papelão, plásticos em geral, metais.
Material para acondicionamento
O material de acondicionamento é outro ponto a ser descrito no PGRS, bem como no POP da farmácia e deve ser escolhido entre sacos plásticos ou recipientes (vidros ou outro material) que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
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· Sacos plásticos de cor laranja
· Coletores (galões ou outros que ofereçam segurança)Resíduos sólid
Resíduos sólidos e líquidos
Resíduos perfurocortantes
Padrão de cores dos contentores, estabelecido pela Resolução CONAMA nº 275/01:
AZUL: papel/papelão	VERMELHO: plástico
PRETO: madeira	VERDE: vidro
AMARELO: metal	LARANJA: resíduos perigosos
MARROM: resíduos orgânicos	ROXO: resíduos radioativos
BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou
As embalagens para resíduos químicos podem ser selecionadas de acordo com os resíduos gerados pela farmácia. Alguns exemplos:
	Tipo de resíduo
	Embalagem identificada
	Resíduo líquido contendo solventes ou outros
	Frascos de vidro ou bombonas de material compatível
	Resíduos sólidos (pó)
	Sacos plásticos e ou bombonas de material compatível
Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/residuos/files/2014/04/nbr-12235-1992-armazenamento-de-res%C3% ADduos-s%C3%B3lidos-perigosos.pdf
Considerações:
1 No caso de resíduos reativos ou corrosivos verificar instruções específicas quanto à compatibilidade do resíduo com o material da embalagem e adotar a orientação descrita na FISPQ.
2 Ao misturar resíduos certifique-se que eles são compatíveis e nunca encha o frasco até sua capacidade máxima. Prefira um máximo de 80% do volume total.
3 Não aproveitar o espaço de uma mesma caixa para colocação de substâncias de grupos diferentes. Para evitar atrito entre os frascos, colocar material de amortecimento entre eles. Os frascos deverão ser identificados e embalados.
4 A Tabela 1 - Incompatibilidade de resíduos da norma ABNT NBR 12235 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos deve ser seguida. (https://wp.ufpel.edu.br/residuos/files/2014/04/nbr-12235-1992- armazenamento-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos-perigosos.pdf, traz tais informações.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
Material de limpeza
A escolha dos produtos e a forma com que será realizada deverá estar descrita no PGRS e no POP, com pessoal treinado.
Os produtos químicos utilizados para a limpeza das áreas de armazenamento e nos recipientes podem ser, entre outras categorias:
· Sabões e detergentes
· Solventes
· Ácidos suaves ou fortes
· Bases suaves ou fortes
· Álcool
Plano de Contingência
Ainda no PGRS, o Plano de Contingência é um instrumento gerencial ou planejamento preventivo, descrito de forma clara e concisa, que define tarefas, atividades e responsabilidades a serem adotadas em caso de situações possíveis de anormalidade, emergência ou ocorrências que possam colocar em risco o funcionamento da farmácia.
· Forma de acionamento de autoridades (telefone, e-mail, celular, etc.),
· Recursos humanos e materiais envolvidos para o controle dos riscos,
· Definição das competências, responsabilidades e obrigações das equipes de trabalho,
A garantia da qualidade pode designar um colaborador para elaborar e executar o plano de contingência. Sugere-se que neste plano conste pelo menos os seguintes itens:
· Providências a serem adotadas em casos de acidentes ou emergências.
Tipos possíveis de ocorrências na farmácia:
1. Falta de energia
2. Derramamento de produtos voláteis, corrosivos, inflamáveis e contaminantes
3. Acidentes de veículos (transporte)
4. Inundação
5. Acidentes com pessoas
6. Outras
Kit de Derramamento
O kit de derramamento deve conter, no mínimo, luvas de procedimentos, avental de baixa permeabilidade, mantas ou compressas absorventes, proteção respiratória (máscaras), proteção ocular (óculos), sabão, pá para recolher material, sacos ou outro dispositivo para a coleta.
A farmácia deve ter procedimento onde consta a seleção e método para contenção do derramamento
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
conforme a categoria do insumo e formulário ou ficha para o registro do acidente e recipiente identificado para recolhimento dos resíduos.
Deve estar em local apropriado e de fácil acesso para os casos de emergência ou de acidentes com frascos de produtos químicos (voláteis, corrosivos). A área deve ser isolada e somente liberada quando não oferecer riscos. Todos os colaboradores devem ser treinados e as ocorrências devem ser registradas.
O Kit também poderá ser denominado como kit mitigação, que é um dispositivo utilizado em caso de vazamento ou derramamento de produtos perigosos, composto por materiais e/ou equipamentos que absorvam o contaminante antes deste se infiltrar no solo, diminuindo o impacto ambiental.
Ao receber inspeção sanitária rotineira ou inspeção relativa a denúncia, a farmácia deve demonstrar que todas os dispositivos sobre os resíduos são observados de acordo com a Resolução RDC nº 67/07 e com a Resolução RDC nº 222/2018, ou outras que as substituírem.
Informações Complementares
Em caso de derramamento de produtos a exemplo de reagentes, ácidos e outros que ofereçam risco a saúde ou prejudicial por ser voláteis (mais de 100 mL), inflamáveis (mais de 1 litro) ou corrosivos (mais de 1 Litro) as seguintes providências devem ser tomadas:
a) interromper imediatamente o trabalho;
b) evitar inalação do vapor do produto derramado, remover fontes de ignição e desligar os equipamentos e o gás, se for o caso;
c) abrir as janelas e ligar o exaustor, se disponível, desde que não haja perigo em fazê-lo;
d) evacuar o laboratório;
e) isolar a área e fechar as portas do ambiente;
f) acionar a equipe de segurançaou corpo de bombeiro, conforme o caso;
g) atender as pessoas que podem ter se contaminado;
h) advertir as pessoas próximas sobre o ocorrido;
i) informar a chefia e/ou gerência do laboratório.
Qualquer derramamento de produto ou reagente deve ser limpo imediatamente, usando EPI adequado e outros materiais necessários. Informações sobre derramamento constam nas fichas de segurança dos insumos (FISPQ).
Recomenda-se ter à disposição e de forma visível de todos os colaboradores, bem como no PGRS e no POP, o número do telefone do corpo de bombeiros - 193 - para obter orientações seguras, seja contra incêndios e ou derramamento ou outros incidentes.
Algumas informações sobre os produtos químicos constantes da FISPQ também podem estar sempre à disposição de forma fácil para os casos de urgência:
PALAVRA DE ADVERTÊNCIA: Perigo
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
FRASES DE PERIGO: (sempre precedido de um código)
· Nocivo por inalação
· Nocivo em contato com a pele
CATEGORIA DE PERIGO (sempre precedido de um código)
· Nocivo se ingerido.
· Pode afetar os órgãos após exposição prolongada ou repetida
· Provoca irritação ocular grave
· Irritante para as vias respiratórias
· Provoca lesões oculares graves.
FRASES DE PRECAUÇÃO: (sempre precedido de um código)
· Manter fora do alcance de crianças.
· Pedir instruções específicas antes da utilização
· Não manuseie o produto antes de ter lido e compreendido todas as precauções de segurança
· Manter afastado de qualquer chama ou fonte de faísca - não fumar.
· Não respirar as poeiras/fumos/gases/névoas/vapores/aerossóis.
· Não pode entrar em contato com os olhos, a pele ou a roupa.
· Não coma, beba ou fume durante a utilização deste produto
· Não jogar os resíduos em esgotos ou rios.
· Usar luvas de proteção/vestuário de proteção/proteção ocular/proteção facial.
· Usar o equipamento de proteção individual exigido
SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS:
· Enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de contato, retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar.
· Em caso de irritação ou erupção cutânea: consulte um médico
· Armazenar em local bem ventilado. Manter o recipiente bem fechado
· Descarte o conteúdo/recipiente de acordo com as normas nacionais e regionais, aplicáveis
EFEITOS DO PRODUTO:
INGESTÃO: Toxicidade de uma única dose oral é considerável baixa. Não é esperado que a ingestão acidental de pequenas quantidades relacionadas como manuseio do produto cause alguma lesão. Se aspirado (líquido entra nos pulmões), pode causar lesão aos pulmões devido a pneumonite química, uma condição causada pelo petróleo e por solventes a base de petróleo. Se ingerido filme ou película seca da tinta, pode ser perigoso se mastigado ou engolido.
OLHOS: Em contato excessivo com os olhos, pode causar irritação severa, vermelhidão, sensação de queimação, distúrbios visuais e coceira.
PELE: Em contato prolongado com a pele, pode causar reações alérgicas, ressecamento, fissuras e dermatite de contato.
INALAÇÃO: Pode causar irritação das vias respiratórias, além de dores de cabeça, desmaios e náuseas. Inalações de altas concentrações podem levar a perda da coordenação e enfraquecimento. A contínua
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
exposição à poeira decorrente do lixamento do produto também poderá ocasionar problemas respiratórios e cutâneos.
ELABORAÇÃO PRÁTICA DO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)
O POP é o documento que descreve os procedimentos sequenciais práticos a serem executados no processo de gerenciamento de resíduos. Descreve de forma clara, objetiva e simples as ações executadas passo a passo que asseguram o cumprimento do PGRS do estabelecimento.
O POP deve ser descrito na mesma linguagem e formato dos demais POP’s que a farmácia já possui para outras atividades e deve minimamente conter alguns procedimentos a serem seguidas para resíduos da manipulação como:
· Descrição dos tipos de resíduos que a farmácia gera ou recolhe
· Descrição dos tipos de recipientes para descarte temporário dos resíduos
· Cuidados no descarte temporário dos resíduos, incluindo identificação e vedação
· Procedimento de esvaziamento dos recipientes fora da área de manipulação, com uso de EPI’s para o descarte apropriado, de acordo com a legislação vigente.
· Descrição e utilização dos produtos de limpeza e sanitização, bem como a lavagem das mãos (vide abaixo).
· Informação para seguir as regras do plano de contingência, sempre que necessitar.
· A critério da farmácia, informar sobre “indicadores de desempenho técnico para o descarte” onde poderá contemplar:
· Número de coleta (% de resíduos coletados do total gerado)
· Cobertura da coleta (Número de pessoas atendidas em % da população total), caso venha optar pela “Logística Reversa”
· Quantidade de resíduos processados por geração total de resíduos
· Quantidade de materiais recuperados (reciclados) por geração total de resíduos
· Outros pontos que julgar necessários.
Caso o farmacêutico decida por proceder inativação dos resíduos recomenda-se verificar o “ANEXO IV INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA ENTRE AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS PELOS GERADORES
DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE”, que a Anvisa publicou na RDC nº 222/2018 – Comentada e manter descrito no PGRS e POP.
Recomenda-se, ainda, atenção quando do acondicionamento de insumos em embalagem plásticas. A Anvisa publicou o “ANEXO V - LISTA DAS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS EM SERVIÇOS DE SAÚDE QUE REAGEM COM EMBALAGENS DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD)” na mesma resolução.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
Lavagem de mãos
O funcionário que efetuar o recolhimento e a coleta interna e externa dos resíduos deve lavar as mãos ainda enluvadas, retirar as luvas e colocá-las em local próprio. Ressalte-se que o funcionário também deve lavar as mãos antes de colocar as luvas e depois de retirá-las. A lavagem das mãos é considerada a medida mais importante na prevenção da infecção.
Fontes geradoras de resíduos na farmácia
Logística Reversa
Laboratórios
Construção (material de reforma)
Cozinha/ lanche (lixo doméstico)
Escritório (materiais)
Resíduos Gerados nas Farmácias
Construção (material de reforma)
Laboratórios
Logística Reversa
Cozinha/ lanche (lixo doméstico)
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA FARMÁCIA PARA OS RESÍDUOS
A planta física da farmácia deve estar preparada para ter área ou local interno com o objetivo de receber os resíduos oriundos das áreas de manipulação e de outros gerados ou recebidos na farmácia.
De acordo com RDC 222/2018, caso a farmácia ainda não tenha, deve se adaptar com o seguinte:
1. Área ou local para armazenamento interno: guarda do resíduo contendo produto químico oriundos da área de manipulação ou de armazenamento. As condições devem ser definidas segundo a legislação e normas aplicáveis a essa atividade. O local deve ser identificado com indicação: “SALA DE RESÍDUOS” ou outra frase que for mais apropriada ao local.
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2. Área para armazenamento temporário: guarda temporária dos coletores de resíduos de serviços de saúde, em ambiente próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta no interior instalações e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa
3. Área ou local para armazenamento externo: guarda dos coletores de resíduos em ambiente exclusivo, com acesso facilitado para a coleta externa. Este local é necessário quando tiver espaço suficiente. Neste local os resíduos aguardam sua retirada por empresa legalizada para dar a destinação conveniente. Esta área é adequada para estabelecimentos que geram grande volume de resíduos.
Estes locais deverão estar preparados para manter os coletores ou sacos sobre pallets ou outro suporte que não seja diretamente no piso, e que seja de fácil limpeza. Devem sempre ser mantidos fechados e com pessoal treinadoe autorizado para o acesso. A Anvisa esclarece na RDC nº 222/2018 - Comentada: “O armazenamento temporário consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à disponibilização para coleta externa. Dependendo da distância entre os pontos de geração de resíduos e do armazenamento externo, poderá ser dispensado o armazenamento temporário, fazendo-se o encaminhamento direto ao local de armazenamento para coleta externa.”
Informações Complementares:
· Verificar com o engenheiro ou arquiteto responsável da farmácia a possibilidade de obter o memorial descritivo das áreas de armazenamento (planta física) para guarda na documentação interna.
· Estas áreas devem ser bem ventiladas.
· Devem ter recipientes devidamente identificados quando colocados nas áreas de manipulação e no laboratório de controle de qualidade, e em local adequado para receber os resíduos originados após as etapas de manipulação, principalmente os resíduos que foram gerados no dia, paramentação descartável utilizada e outros itens que possam estar impregnados com o resíduo.
· Deve ter cautela no acondicionamento dos reagentes líquidos, quando tratar dos que estão vencidos ou a vencer no laboratório de controle de qualidade.
· O sistema de comunicação interno e externo irá permitir informações em caso de necessidade de ações de emergência. A correta operação de uma instalação de armazenamento é fundamental na minimização de possíveis efeitos danosos ao meio ambiente.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO (EPC e EPI)
O uso de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e do EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva ) é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de suas Normas Regulamentadoras Trabalhistas (NR 6).
Os EPCs e EPIs apenas diminuem ou evitam lesões ou acidentes que podem ocorrer no decorrer do processo de manipulação. Todos devem colaborar para que evitem qualquer incidência de acidentes.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
Na farmácia existe um conjunto de medidas de proteção, coletivas e individuais. Por exemplo, o “sistema de ar” – que inclui a exaustão para eliminação de gases, vapores, poeiras ou contaminantes – configura-se como parte dos (EPC). Já luvas, aventais, toucas e pro-pés, entre outros, são Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Seguem alguns exemplos de EPI’s:
Gorro ou touca (de cor branca, para proteger os cabelos).
Óculos (lente panorâmica, incolor e de plástico resistente, com armação em plástico flexível, proteção lateral e válvulas para ventilação).
Máscaras (para impedir a inalação de partículas e aerossóis, do tipo semifacial).
Macacão com gorro (muito utilizado nas farmácias estéreis).
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Luvas (de material
Botas (de material impermeável, resistente, tipo PVC,
de solado antiderrapante, cor clara, e de cano três quartos).
Avental (PVC, impermeável e de comprimento médio, na altura dos joelhos).
Pró-pé (de material impermeável, resistente, tipo PVC, antiderrapante e de cano longo).
Protetores auriculares (proteção contra os níveis de ruídos altos e a perda auditiva).
Seguem alguns exemplos de EPC’s:
Extintores de Incêndios de acordo com a orientação dos bombeiros.
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Lava Olhos – ter mais próximos do local ou de forma que o acesso seja possível. Cavalete para indicar perigo quando piso molhado.
Informações Complementares
A definição dos uniformes e vestimentas a serem utilizadas nas farmácias devem ser de acordo com as atividades, áreas e insumos de cada farmácia.
Devem ser trocados sempre que terminar a etapa do processo de manipulação diariamente e ou quando for danificado durante o referido processo.
Descartar em recipiente apropriado, após o uso e sempre que estiver visivelmente contaminada ou sem possibilidade de uso.
Deve ser composto por calça comprida e camisa com manga, no mínimo de 3/4, de tecido resistente e de cor clara, específico para o uso do funcionário do serviço, de forma a identificá-lo de acordo com a sua função (NBR 12810/2016).
Descartes dos EPI’s
Os equipamentos de proteção muitas vezes sofrem danos dos quais não é possível sua utilização ou recuperação e assim devem ser descartados. Outros são possíveis de limpeza e de uso novamente. Os EPIs devem ser descartados de forma apropriada e sempre de acordo com o tipo de contaminação relativa ao seu uso e a sua composição. Os recipientes devem obedecer às cores e símbolos da empresa que efetua o trabalho.
DESCARTE DE INSUMOS/MEDICAMENTOS SUJEITOS AO CONTROLE ESPECIAL
O farmacêutico deverá proceder:
1. Levantamento dos insumos que estejam vencidos (separados e segregados) e os que estejam prestes a vencer (sem quantidade suficiente para uma preparação, de acordo com a política da farmácia para o descarte) e ainda medicamentos ou produtos que porventura pacientes não tenham retirados ou devolvidos na farmácia.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
2. Manter os insumos/medicamentos manipulados ou outros que serão objeto do descarte por inutilizados dentro de armário ou outro dispositivo com chave ou com segurança, identificando de forma clara para que evite acesso e uso.
3. Solicitar por escrito (correspondência com logo da farmácia e assinada pelo farmacêutico - RT) à sua VISA local a referida inutilização. Nesta solicitação deverá anexar a lista dos insumos/ medicamentos e suas quantidades e o motivo da inutilização (vencidos, a vencer ou outra) e aguardar a liberação dada pela vigilância sanitária para inutilização dos mesmos. Muitas autoridades executam a verificação in loco, outras liberam por solicitação e, após conferência, emitem o Termo de Inutilização que poderá ser lavrado pela autoridade sanitária no ato da inspeção ou entrega em local e hora acordada.
4. Entrar em contato com a empresa que realiza a coleta em seu estabelecimento e apresentar a documentação exigida para a coleta e inutilização e, no caso dos “controlados”, apresentar o Termo de Inutilização para que esta proceda a coleta e incineração dos medicamentos. O farmacêutico responsável deve dar baixa, por perda, nos livros. Deverá ainda encaminhar a movimentação (inventário) constando a baixa dos insumos/medicamentos constantes da Portaria SVS/MS nº 344/98* para o SNGPC/Anvisa. O mesmo procedimento deverá ser aplica do para insumos/medicamentos antimicrobianos (RDC nº 20/2011).
O manejo, acondicionamento e destinação final para insumos e medicamentos de categorias espe- ciais como antimicrobianos, antineopláscios e outros que possam oferecer riscos ao meio ambiente e saúde pública devem seguir as regras da RDC nº 222/2018.
REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS
Na farmácia existe possibilidade tanto de reutilização como reciclagem de resíduos.
Reutilização: materiais como vidros ou frascos que permitam lavagem e secagem para reuso adequado ou embalagens de papelão que também permitam reutilização. O farmacêutico deve estabelecer em POP a identificação dos materiais que podem ser reutilizados, a forma e período para sua reutilização. Certas embalagens podem ser reutilizadas diversas vezes antes que sejam descartadas.
Reciclagem: segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos define em seu Título I – Disposições Gerais
· Capítulo II Definições – Inciso XIV define o termo RECICLAGEM como: “Processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama (Sistema nacional de Meio Ambiente) e, se couber, do SNVS (Sistema Nacional de Vigilância Sanitária) e do Suasa (Sistema Unificado de Atençãoà Sanidade Agropecuária)”. São materiais que não poderão ser reutilizados na farmácia, mas que poderão servir para outros fins por empresas especializadas. A título de exemplo, os papéis gerados na farmácia devidamente descaracterizados poderão ser doados ou vendidos para empresas que processam e elaboram “cadernos ou outro tipo de material”. A reciclagem é, portanto, um conjunto de técnicas cuja finalidade é aproveitar os resíduos e reintroduzi-los no ciclo de produção. A maior vantagem é a preservação dos recursos naturais, prolongando sua vida útil e reduzindo a destruição do meio ambiente.
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Alguns exemplos de resíduos que podem ser reciclados e utilizados:
· Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel e papeis de escritório.
· Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio.
· Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de supermercado.
· Embalagens longa vida: de leite, de tomate, de sucos, etc.
Ainda, de acordo com a Lei nº 12.305/2010 em seu art. 9º constam as prioridades:
Art. 9o Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem,tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
§ 1º Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilida de técnica e ambiental e com a implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.
§ 2º A Política Nacional de Resíduos Sólidos e as Políticas de Resíduos Sólidos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão compatíveis com o disposto no caput e no § 1º deste artigo e com as demais diretrizes estabelecidas nesta Lei. “
DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
A Farmácia deve verificar empresas que realizam as coletas dos resíduos, assim como coleta seletiva que a prefeitura do seu município oferece, e deve sempre verificar a forma de contratação ou credenciamento e os dias/horários para que possa gerenciar adequadamente seu descarte. Também deverá contratar empresa legalizada para a coleta dos resíduos químicos, de acordo com as características e classificação.
Tipos de tratamentos para resíduos
As formas de tratamento usuais são: reprocessamento, reciclagem, descontaminação, incineração ou disposição em aterros sanitário ou industrial.
Na farmácia o mais comum é a disposição em aterros sanitários pelas empresas contratadas para a coleta. Mas o farmacêutico, quando puder e o insumo ou produto permitir, poderá estabelecer procedimento para realizar a descaracterização mediante transformação ou por adição de outro produto tornando-o com menor risco. No caso de rótulos e outros materiais de identificação recicláveis, poderá efetuar a trituração, inclusive de documentos e papéis, com possível doação.
Deve-se requerer às empresas prestadoras de serviços, públicas e privadas, responsáveis pela execução da coleta, transporte e disposição final dos resíduos de serviços de saúde, documentação que identifique a conformidade com as orientações dos órgãos ambientais.
O gerador é responsável por seus resíduos até a completa destruição dos mesmos, que vai além da destinação final. Caso algum terceiro exerça atividades relacionadas aos resíduos gerados na empresa, ela também é responsável no caso de qualquer gestão inadequada. É isso que se chama de corresponsabilidade. É por isso, que as empresas geradoras devem auditar periodicamente seus prestadores de serviço, certificando-se de que eles estão gerenciando suas atividades corretamente (FIRJAN, 2006).
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
Informações complementares
Recomenda-se que o farmacêutico verifique na “FISPQ”, documento que acompanha os insumos e que fornece informações sobre vários itens dos produtos químicos (substâncias ou misturas) quanto à segurança, à saúde e ao meio ambiente; informando desta maneira, conhecimentos sobre produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência.
A FISPQ é um documento que deve acompanhar os insumos ou produtos químicos com informações dos perigos e possíveis riscos levando em consideração o uso
previsto dos produtos químicos (solicitar ao fornecedor). Este documento traz código que permite a farmácia informar a empresa que irá proceder a destinação dos mesmos. Ele traz ainda parte da informação necessária para a elaboração de um programa de saúde, segurança e meio ambiente. (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 14725)
A terceira parte da NBR 14725, que tem como título “Produtos químicos — Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente”, estabelece as informações de segurança relacionadas ao produto químico perigoso a serem incluídas na rotulagem.
TREINAMENTO DE RECURSOS HUMANOS
Os recursos humanos são parte integrante e essencial do PGRS. O estabelecimento, portanto, deve elaborar dentro do programa de treinamento da farmácia um voltado aos colaboradores e pessoas envolvidas no processo de retirada dos resíduos sólidos. Deve demonstrar a importância e desenvolvimento sobre as várias etapas dos descartes dos resíduos sólidos. Todo treinamento aplicado deve ser mantido os registros arquivados à disposição da autoridade sanitária ou outra.
O treinamento deve obedecer ao Procedimento Operacional Padrão (POP) que a farmácia já possui e registrá-lo em formulário próprio contemplando no mínimo os seguintes itens:
· Data da aplicação do treinamento
· Tema
· Conteúdo
· Ministrante
· Participantes
· Carga horária
· Assinaturas
Ainda, deve constar no treinamento a importância da utilização adequada dos EPIs e EPCs. Quando o trabalhador recebe instruções sobre a maneira correta de usar o EPI, a aceitação é melhor. Lembrar também que todo treinamento deverá possuir uma avaliação (ex.: prova escrita ou prática) para avaliar o aprendizado.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
DOCUMENTAÇÃO
A farmácia deverá ainda ter alguns documentos importantes para executar a destinação correta dos resíduos. Deve verificar a necessidade de efetuar cadastro junto ao órgão da sua localidade que trata de limpeza urbana e buscar se informar se a autoridade local tem modelo de cadastro para preencher e protocolizar o mesmo.
Em muitas localidades foram publicadas normas suplementares talvez anteriores à RDC nº 222/2018 (GRSS) ou poderão baixar normas complementares e assim recomendamos que fiquem atentos para proceder as adequações ao plano de gerenciamento. Neste sentido algumas vigilâncias sanitárias estipulam modelo de documentos para “cadastro”, “solicitação de inutilização de controlados”, entre outros.
Toda inutilização deve ter nota fiscal que descreve os itens que foram inutilizados.
Recomenda-se que a garantia da qualidade faça um dossiê para as questões do gerenciamento dos resíduos e que mantenha arquivados, informatizados ou não, os documentos conforme determina a RDC nº 67/2007, Anexo I, itens 7.3.19., 15.5.7. e ou 15.5.8. e Portaria SVS/MS nº 344/98*.
Como o prazo pode variar de 6 meses a 2 anos, o farmacêutico deverá escolher o prazo mais adequado aos resíduos da farmácia ou por ter uma tabela onde poderá se organizar para dar o descarte diferenciado.
A Resolução RDC nº 222, de 2018, artigo 6º, inciso X e XII e parágrafo único exige que a documentação referente ao contrato de prestação de serviços e da licença ambiental das empresas prestadoras de serviços para a destinação dos RSS e operação de venda ou de doação dos RSS destinados à recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística reversa devem permanecer arquivados na farmácia por 5 (cinco) anos, em meio físico ou eletrônico.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Lei nº 11.445, de 05 de janeirode 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
BRASIL. Anvisa. Resolução RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
BRASIL. Anvisa. Resolução RDC nº 222/2018 - COMENTADA. Brasília, 11 de junho de 2018. http://por- tal.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/RDC+222de+Mar%C3%A7o+de+2018+COMENTADA/edd 85795-17a2-4e1e-99ac-df6bad1e00ce
BRASIL. Anvisa. Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias.
BRASIL. Conama. Resolução nº 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. DOU no 117-E, de 19 de junho de 2001, Seção 1, página 80.
BRASIL. Ministério da Integração Nacional – Brasília - Elaboração de Plano de Contingencia, ano 2017 http://www.integracao.gov.br/documents/3958478/0/II+-+Plano+de+Contingencia+-+Livro+Base.pdf
/8bb53620-a1b4-4f3b-ad2d-29bfaac55258
BRASIL. Ministério do Trabalho - NORMA REGULAMENTADORA NR nº 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL - EPI (Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978) http://trabalho.gov.br/images/Docu- mentos/SST/NR/NR6.pdf
BRASIL. Ministério do Trabalho NORMA REGULAMENTADORA NR nº 26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURAN
ÇA (Portaria SIT 229/2011) http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr26.htm
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004:2004. Resíduos Sólidos – Classificação.
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 12.810:2016. Resíduos Sólidos – Classificação. Gerenciamento extra estabelecimento — Requisitos
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 16457:2016 - Logística reversa de medica mentos de uso humano vencidos e/ou em desuso – Procedimento
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 14725-4:2014. Produtos químicos — Infor- mações sobre segurança, saúde e meio ambiente Parte 4: Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ).
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 14725-3:2012 Produtos químicos — Infor mações sobre segurança, saúde e meio ambiente Parte 3: Rotulagem.
SITES:
http://www.den.ufla.br/attachments/article/71/uso_epi.pdf (Acesso em: 13/09/2018)
https://www.senaigo.com.br/repositoriosites/repositorio/senai/dados/File/CARTILHAPGRS.pdf (Acesso em: 13/09/2018)
http://respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTQzOA== (Acesso em: 13/09/2018)
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/Certidao%20destinacao.pdf (Acesso em: 13/09/2018)
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Anexos
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Perigoso?
Sim
Não
Requer pré- tratamento?
Não
Sim
Armazenamento Temporário (interno)
SEGREGAÇÃO
Reprocessamento
Descontaminação
Diluição
Sim
Passivo de reciclagem?
Não
DESTINAÇÃO FINAL:
Incineração ou Aterro Sanitário ou Industrial
Armazenamento Externo
Resíduos gerados
Classificação pelo risco
Documentos arquivados
Reciclagem, Reutilização Interna e Externa
Grupo E Perfurocortantes
ANEXO I
FLUXOGRAMA ATENDIMENTO AO PGRS
PGRS
Grupo B Reagentes / Produtos
Químicos
Grupo D Materiais/Administrativo Copa/Sanitários
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ANEXO II
MODELO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS)
O que deve conter o PGRS
O PGRS deve sempre ser adequado ao estabelecimento gerador (farmácia) levando em conta o tamanho e volume do resíduo que será gerado e de acordo com a classificação dos mesmos.
Compete ao farmacêutico da garantia da qualidade verificar sempre a necessidade de proceder sua atualização.
Assim, recomenda-se que o PGRS esteja em papel timbrado da farmácia, elaborado sem rasuras, datado e assinado. Este poderá ser um documento arquivado eletronicamente com possibilidade de impressão no ato de uma fiscalização, ou ser entregue em data estabelecida pela autoridade sanitária fiscalizadora, conforme determina a RDC nº 67/2007. Recomenda-se que contenha ao menos itens obrigatórios como os que descrevemos abaixo.
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(logo da farmácia)
PLANO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS)
· OBJETIVO
O presente plano descreve procedimentos de gestão, planejamento e implementação do gerenciamento dos resíduos gerados na farmácia conforme determina o regulamento das Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RDC - 222/2018) e outras normas legais, objetivando minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, uma destinação conveniente e segura, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública e do meio ambiente.
IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR (farmácia):
(a) Razão Social;
(b) CNPJ;
(c) Nome Fantasia;
(d) Endereço completo;
(e) Município/UF e CEP;
(g) Telefone; Fax; e-mail;
(h) Tipo de atividade;
(i) Número total de funcionários (próprios e terceirizados);
(j) Responsável legal;
(k) Responsável técnico pelo PGRS
(l) Área total:	m2
· IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PGRSS
Nome:
RG/CPF:
Profissão:
Registro no Conselho de Classe nº:
Endereço Residencial:
Bairro:
Cep:
Cidade:
Estado Fone/Fax:
Email:
· CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS:
É o diagnóstico de resíduos sólidos gerados (origem, volume e caracterização dos resíduos). Consiste na classificação dos resíduos baseado nos laudos de análise química, segundo a NBR- 10.004 da ABNT. Nesta etapa as empresas devem classificar, quantificar, indicar formas para a correta identificação e segregação na origem, dos resíduos gerados por área/unidade/ setor da empresa.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
- MEMORIAL DESCRITIVO:
· Dados detalhados dos responsáveis de cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos: O
PGRS deverá ser realizado por um responsável técnico da farmácia, devidamente inscrito no Conselho Profissional ou ser realizado por empresa terceirizada, mediante contrato.
· Definição dos procedimentos operacionais relativos ao gerenciamento de resíduos sólidos e forma de registro dos descartes;
	Locais
	GRUPO B
	GRUPO D
	GRUPO E
	Destino Final
	Laboratório Sólido
	XXXXXX
	
	
	
Aterro Sanitário (NOME DO ATERRO SANITARIO E LOCALIDADE)
	Laboratório Liquido
	XXXXXX
	
	
	
	Laboratório Semi-sólido
	XXXXX
	
	
	
	Laboratorio Controle Qualidade
	XXXXX
	
	
	
	Aplicação de injetáveis
	
	
	XXXXX
	
	Copa/Refeitório
	
	XXXXX
	
	Aterro Sanitário Municipal ou de município credenciado pela Prefeitura
	Administrativo
	
	XXXXX
	
	
	Sanitários
	
	XXXXX
	
	
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
	Classificação
	Símbolo
	Embalagem
	Frequência
	
Grupo B
( ) insumos vencidos ( ) sacos plásticos
ou outros com resíduos insumos
( ) outros
	
	
Embalagem original ou embalagem resistente a ruptura
	
Coleta: nº x por semana – (dias da
semana) - xx hs.
	
Grupo D
	
	
	
	( ) Papel de uso sanitário, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário
	
	
	
	( ) Sobras de alimentos e do preparo de
alimentos e resto alimentar de refeitório (Copa)
	
	
Saco Azul ou preto
	
Coleta: nº x por semana – (dias da semana) - xx hs.
	( )Resíduos provenientes das áreas administrativas
	
	
	
	( ) Outros
	
	
	
	
Grupo E
Resíduo Perfurocortante( ) agulhas ( ) vidros
	
	
Embalagem rígida, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa e identificada
	
Coleta: nº x por semana – (dias da semana) - xx hs.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
ARMAZENAMENTO
Esclarecer tanto o interno, intermediário e externo.
COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS GRUPO B, D e E:
Descrever que irá realizar, a forma como irá realizar (incineração, aterro sanitário, outra forma), procedimento e local onde será a destinação correta e conveniente, bem como contratos.
MEDIDAS EM CASO DE ACIDENTES
· Plano de contingência (planejamento de medidas a serem adotados para controlar uma situação de emergência): deve especificar quais as ações preventivas e corretivas para o controle e minimização de danos causados ao meio ambiente e ao patrimônio quando da ocorrência de situações anormais envolvendo quaisquer das etapas do gerenciamento do resíduo.
Neste plano deverão constar a forma de acionamento (telefone, e-mail, etc.), recursos huma- nos e materiais envolvidos para o controle dos riscos, bem como definição das competên- cias, responsabilidades e obrigações das equipes de trabalho, e as providências a serem adotadas em caso de acidente ou emergência.
· Metas e procedimentos de minimização da geração de resíduos -
· Prazo de vigência - estabelecer o melhor prazo para a revisão periodica.
Neste PGRSS deve estar descrito o procedimento adotado (POP) cujo modelo é próprio de cada farmácia.
· Modelos de documentos para registro de atividades de segregação, identificação e armaze- namento (guarda temporária de resíduos)
· Contrato com empresa terceirizada para destinação dos resíduos
· Check List – para um controle e verificação dos procedimentos executados
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
DECLARAÇÃO DE DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
Declaro, para os devidos fins, que eu,
(razão social/ nome completo)
, portador (a)
do CNPJ/CPF 	, recebo da empresa	(razão social/
nome completo)	, portador (a) do CNPJ/CPF 	, os
seguintes resíduos:
(especificação dos resíduos)
na(s) quantidade(s) de
 (especificar em volume) , respectivamente. declaro ainda que a destinação realizada para o resíduo é (descrever o que é feito com o resíduo. ex: reciclagem, reutilização, ração animal, etc), e que a frequência de coleta mínima é (semanal, quinzenal, mensal, ...). 
Declaro, também, estar ciente das obrigações previstas na lei municipal ou estadual nº .............
de / 	/ 	, alterada pela lei nº 	de 	/ 	/ 	(CASO TIVER), e da lei federal nº
9.605 de 12/02/2015 (lei de crimes ambientais), a respeito da destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos.
As informações acima são verdadeiras, sob pena de responder pelo Art.299 do Código Penal – “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante – Pena: reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular”. Declara, também, estar ciente de que o empreendimento ficará passível de fiscalização municipal.
Assinatura Responsável Legal/ CPF (Empresa Geradora dos Resíduos) Assinatura Responsável Legal/ CPF (Empresa Destino Final dos Resíduos)
*Anexa a esta declaração deve estar uma cópia legível do documento de identificação do responsável pelo
recebimento dos resíduos discriminados
DECLARAÇÃO PARA COLETA DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
(sem rasuras)
Declaro que 	(razão social do estabelecimento) 		 localizado na 		, nº 	tem
como prestador de serviço para coleta de Resíduos de Serviços de Saúde a empresa:
 		, localizada na 	,nº 		
Cidade: 		e com licença de operação da FEPAM nº: 	.
Declaramos que são produzidos e são coletados os resíduos do(s) grupo(s):
 	.
Me comprometo a comunicar de imediato à Vigilância Sanitária, no caso da não continuidade do prestador de serviço ou qualquer alteração.
Assinatura
Assinatura
Nome do responsável
estabelecimento
Nome do responsável pela
empresa prestadora do serviço.
Função do responsável pela empresa
prestadora do serviço
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MODELO CHECK LIST PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUO
O farmacêutico poderá, não obrigatoriamente, elaborar um check list para organização e conferência da documentação que está sendo preparada para o descarte final dos resíduos e o que realmente foi executado. Poderá estabelecer um “formulário” em papel timbrado a ser devidamente preenchido e assinado pelo colaborador indicado pela empresa.Logo farmácia
CHEK LIST RESÍDUO SÓLIDO
IDENTIFICAÇÃO (Local de coleta) DATA
COLETA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Conclusão:
Local e data:
Responsável pela verificação: Nome:
Nº de RG ou CPF ou Matrícula:
	Descrição geral
	Ações
	Situação
	Plano de trabalho:
-Classificação do resíduo
-Neutralização do resíduo
-Outra ação
	
	
	Tomada de preços
	
	
	Material acondicionado adequadamente
	
	
	Documentos que acompanham os resíduos: 1 .
2.
Outros
	
	
	Indicação da frequência da coleta do resíduo
	
	
	Empresa da coleta
	
	
	Destino Final
· Aterro
· Reciclagem
· Outro
	
	
Nota: A farmácia deve verificar se na sua municipalidade existe exigência de solicitação de Certidão de Destinação Final de Resíduos de Serviços de Saúde e providenciar o peticionamento
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ANEXO III
ESTUDO COMPARATIVO DAS RESOLUÇÕES QUE TRATAM DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUO SÓLIDO (PGRSS)
Objetivo – comparar a RDC nº 306/2004 com a RDC nº 222/2018 e verificar o impacto e alterações que serão necessárias para a adequação do setor magistral a nova norma.
Método – planilhar os assuntos contidos em artigos que demonstram modificação significante e apresentar propostas para a adequação ou orientação as farmácias associadas com relação as normas:
Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Resolução - RDC nº 222,deE 28 de março de 2018 - Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
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ESTUDO COMPARATIVO DAS RESOLUÇÕES QUE TRATAM DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUO SÓLIDO (PGRSS)
	ASSUNTO
	RDC Nº 306/2004
	RDC Nº 222/2018
	PROPOSTAS (Recomendação)
	
EMENTA
	Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
	Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências
	Elaboração de um Guia Prático de Boas Práticas do GRSS para que as farmácias possam elaborar o seu próprio guia.
	
LOGISTICA REVERSA
	
Não estabelece de forma direta e explicita a “logística reversa”.
	Definições
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições: (...)
XXXIV. logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada; (gn)
Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve: (...)
V - quando aplicável, contemplar os procedimentos locais definidos pelo processo de logística reversa para os diversos RSS; (...)
XII - apresentar documento comprobatório de operação de venda ou de doação dos RSS destinados à recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística reversa.
Destinação
Art. 40 Os RSS que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico podem ser encaminhados para reciclagem, recuperação,reutilização, compostagem, aproveitamento energético ou logística reversa.
Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo “D”, Art. 80 Os RSS do Grupo D, quando não encaminhados para reutilização, recuperação, reciclagem, compostagem, logística reversa ou aproveitamento energético, devem ser classificados como rejeitos.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
	
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
	Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
- PGRSS, baseado nas características dos resíduos gerados e na classificação constante do Apêndice I, estabelecendo as diretrizes de manejo dos RSS. O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta,
 transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas.
2.1. A elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental, normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana e outras orien- tações contidas neste Regulamento.
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE - PGRSS
4 - Compete a todo gerador de RSS elaborar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS;
4.1. O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e
	DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Art. 4º O gerenciamento dos RSS deve abranger todas as etapas de planeja- mento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos.
Art. 5º Todo serviço gerador deve dispor de um Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS),
observando as regulamentações federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal.
Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve:
I - estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos, conforme a classificação do Anexo I desta resolução;
II - descrever os procedimentos relacionados ao gerenciamento dos RSS quanto à geração, à segregação, ao acondicionamento, à identificação, à coleta, ao armazenamento, ao transporte, ao tratamento e à disposição final ambientalmente adequada;
III - estar em conformidade com as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente;
IV - estar em conformidade com a regulamentação sanitária e ambiental, bem como com as normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana;
V - quando aplicável, contemplar os procedimentos locais definidos pelo processo de logística reversa para os diversos RSS;
VI - estar em conformidade com as rotinas e processos de higienização e limpeza vigentes no serviço gerador de RSS; VII - descrever as ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes decorrentes do gerenciamento dos RSS; VIII - descrever as medidas preventivas e corretivas de controle integrado de vetores e pragas urbanas, incluindo a tecnologia utilizada e a periodicidade de sua implantação; IX - descrever os programas de capacitação desenvolvidos e implantados pelo serviço gerador abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o setor de limpeza e conservação; X - apresentar
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
	
	disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente. O PGRSS deve contemplar ainda:
4.1.1. Caso adote a reciclagem de resíduos para os Grupos B ou D, a elaboração, o desenvolvimento e a implantação de práticas, de acordo com as normas dos órgãos ambientais e demais critérios estabelecidos neste Regulamento.
	documento comprobatório da capacitação e treinamento dos funcionários envolvidos na prestação de serviço de limpeza e conservação que atuem no serviço, próprios ou terceiros de todas as unidades geradoras; XI - apresentar cópia do contrato de prestação de serviços e da licença ambiental das empresas prestadoras de serviços para a destinação dos RSS; e XII - apresentar documento comprobatório de operação de venda ou de doação dos RSS destinados à recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística reversa. (.	)
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ARMAZENAMENTO
	1.5 - ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO - Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o dos sacos em recipientes de acondicio- namento
1.5.1- O armazenamento temporário poderá ser dispensado nos casos em que a distância entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem.
1.5.2 - A sala para guarda de recipientes de trans- porte interno de resíduos deve ter pisos e paredes lisas e laváveis, sendo o piso ainda resistente ao tráfego dos recipientes coletores. Deve possuir ponto de iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores, para o posterior traslado até a área de armazena- mento externo. Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar identificada como “SALA DE RESÍDUOS”.
1.5.3 - A sala para o armazenamento temporário pode ser compartilhada com a sala de
utilidades. Neste caso, a sala deverá dispor de área exclusiva de no mínimo 2 m2, para armazenar, dois recipientes coletores para posterior traslado até a área de armazenamento externo.
	Armazenamento interno, temporário e externo
Art. 25 O transporte interno dos RSS deve ser realizado atendendo a rota e a horários previamente definidos, em coletor identificado de acordo com o Anexo II desta Resolução.
Art. 26 O coletor utilizado para transporte interno deve ser constituído de material liso, rígido, lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados. Parágrafo Único. Os coletores com mais de quatrocentos litros de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo.
Art. 27 No armazenamento temporário e externo de RSS é obrigatório manter os sacos acondicionados dentro de coletores com a tampa fechada.
Art. 28 Os procedimentos para o armazenamento interno devem ser descritos e incorporados ao PGRSS do serviço.
Parágrafo único. A coleta e o transporte externo dos RSS devem ser compatíveis com os Planos Municipais e do Distrito Federal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e com as demais normativas aplicáveis.
Art. 29 O abrigo temporário de RSS deve:
(...)
V - estar identificado como "ABRIGO TEMPORÁRIO DE RESÍDUOS" Art. 36 O abrigo externo dos RSS do Grupo B deve, ainda:
I - respeitar a segregação das categorias de RSS químicos e incompatibilidade química, conforme os Anexos III e IV desta Resolução;
II - estar identificado com a simbologia de risco associado à periculosidade do RSS químico, conforme Anexo II desta Resolução;
III - possuir caixa de retenção a montante das canaletas para o armazenamento de RSS líquidos ou outra forma de contenção validada;
IV - possuir sistema elétrico e de combate a incêndio, que atendam os requisitos de proteção estabelecidos pelos órgãos competentes.
Art. 37 É proibido o armazenamento dos coletores em uso fora de abrigos. Parágrafo Único. O armazenamento interno de RSS químico ou rejeito radioativo pode ser feito no local de trabalho onde foram gerados.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
	
	15.4- Os resíduos químicos do Grupo B devem ser armazenados em local exclusivo com dimensionamento compatível com as características quantitativas e qualitativas dos resíduos gerados.
15.5 - O abrigo de resíduos do Grupo B, quando necessário,deve ser projetado e construído em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas para ventilação adequada, com tela de proteção contra insetos. Ter piso e paredes revestidos internamente de material resistente, impermeável e lavável, com acabamento liso. O piso deve ser inclinado, com caimento indicando para as canaletas. Deve possuir sistema de drenagem com ralo sifonado provido de tampa que permita a sua vedação. Possuir porta dotada de proteção inferior para impedir o acesso de vetores e roedores.
15.6 - O abrigo de resíduos do Grupo B deve estar identificado, em local de fácil visualização, com sinalização de segurança RESÍDUOS QUÍMICOS, com símbolo baseado na norma NBR 7500 da ABNT. 15.7 - O armazenamento de resíduos perigosos deve contemplar ainda as orientações contidas na norma NBR 12.235 da ABNT
	
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CAPACITAÇÃO
	1.9 - O desenvolvimento e a implantação de programas de capacitação abrangendo todos os setores geradores de RSS, os setores de higienização e limpeza, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH, Comissões Internas de Biossegurança, os Serviços de Engenharia de Segurança e Medicina no Trabalho - SESMT, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, em consonância com o item 18 deste Regulamento e com as legislações de saúde, ambiental e de normas da CNEN, vigentes.
2.4 - Prover a capacitação e o treinamento inicial e de forma continuada para o pessoal envolvido no gerenciamento de resíduos, objeto deste Regulamento.
20 - Os serviços geradores de RSS devem manter um programa de educação continuada, independente do vínculo empregatício existente, que deve contemplar dentre outros temas: (Expressões e frases retiradas)
· Noções gerais sobre o tema;
· Conhecimento da legislação;
· Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;
· Identificação das classes de resíduos;
· Conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta;
· Orientações
	Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve:
(...)
IX - descrever os programas de capacitação desenvolvidos e implantados pelo serviço gerador abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o setor de limpeza e conservação;
X - apresentar documento comprobatório da capacitação e treinamento dos funcionários envolvidos na prestação de serviço de limpeza e conservação que atuem no serviço, próprios ou terceiros de todas as unidades geradoras;
(...)
Art. 91 O serviço deve manter um programa de educação continuada para os trabalhadores e todos os envolvidos nas atividades de gerenciamento de resíduos, mesmo os que atuam temporariamente, que contemplem os seguintes temas:
I - sistema adotado para o gerenciamento dos RSS; II - prática de segregação dos RSS;
III - símbolos, expressões, padrões de cores adotadas para o gerenciamento de RSS;
IV - localização dos ambientes de armazenamento e dos abrigos de RSS
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
	
DOCUMENTOS E MONITORAMENTO
	Nesta norma não indicava a periodicidade para o arquivamento dos documentos referentes ao PGRSS e também não informa sobre o monitoramento.
	Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve: (...)
Parágrafo único. Os documentos referidos nos incisos X e XII devem ser mantidos arquivados, em meio físico ou eletrônico, por no mínimo cinco anos, para fins de inspeção sanitária, a critério da autoridade sanitária competente.
Art. 7º O PGRSS deve ser monitorado e mantido atualizado, conforme periodicidade definida pelo responsável por sua elaboração e implantação
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
	
SEGURANÇA OCUPACIONAL
	16 - O pessoal envolvido diretamente com os processos de higienização, coleta, transporte, tratamento, e armazenamento de resíduos, deve ser submetido a exame médico admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional, conforme estabelecido no PCMSO da Portaria 3214 do MTE ou em legislação específica para o serviço público
	A nova norma resume a questão, abrangendo todos os trabalhadores que possam estar de forma direta envolvidos no programa de resíduo e não faz citação nominal de normas.
Art. 90 O serviço deve garantir que os trabalhadores sejam avaliados periodica- mente, seguindo a legislação específica, em relação à saúde ocupacional, mantendo registros desta avaliação.
	
ACONDICIONAMENTO/ IDENTIFICAÇÃO
	1.3 - IDENTIFICAÇÃO - Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.
1.3.1 - A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando- se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 7.500 da ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos.
1.3.2 - A identificação dos sacos de armazenamen- to e dos recipientes de transporte poderá ser feita por adesivos, desde que seja garantida a resistência destes aos processos normais de manuseio dos sacos e recipientes.
	DAS ETAPAS DO MANEJO
Seção I Segregação, acondicionamento e identificação
Art. 11 Os RSS devem ser segregados no momento de sua geração, conforme classificação por Grupos constante no Anexo I desta Resolução, em função do risco presente.
Art. 12 Quando, no momento da geração de RSS, não for possível a segrega- ção de acordo com os diferentes grupos, os coletores e os sacos devem ter seu manejo com observância das regras relativas à classificação do Anexo I desta Resolução.
Art. 21 Os RSS do Grupo D devem ser acondicionados de acordo com as orientações dos órgãos locais responsáveis pelo serviço de limpeza urbana.
Art. 22 A identificação dos RSS deve estar afixada nos carros de coleta, nos locais de armazenamento e nos sacos que acondicionam os resíduos.
§ 1º Os sacos que acondicionam os RSS do Grupo D não precisam ser identificados.
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Guia prático de gerenciamento de resíduos em farmácias
	
	1.3.3 - O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos
1.3.4 - O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco. (...)
1.3.6 - O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo
	Art. 60 Para o acondicionamento dos RSS do Grupo B devem ser observadas
	
	
	as incompatibilidades químicas descritas no Anexos IV e V desta Resolução.
	
	
	Parágrafo único. Os RSS do Grupo B destinados à recuperação ou reutilização
	
	
	devem ser acondicionados em recipientes individualizados, observados os
	
	
	requisitos de segurança e compatibilidade.
	
VACINAÇÂO
	5.2 - Resíduos resultantes de atividades de vacina- ção com microorganismos vivos ou atenuados, incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado, vazios ou com restos do produto, agulhas e seringas. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final.
	Art. 47 Os RSS resultantes de atividades de vacinação com microrganismos vivos, atenuados ou inativados incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado ou com restos do produto e seringas, quando desconectadas, devem ser tratados antes da disposição final ambientalmente adequada.
	
	5.2.1 - Devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice

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