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ATIVIDADE ASSÍNCRONA ADOÇÃO E PODER FAMILIAR - PROFESSORA MARIA RITA

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
ESCOLA DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DIREITO DE FAMÍLIA
Profª MARIA RITA DE HOLANDA
NOME: Túlio Cirne Ferreira
MATRÍCULA: 201820384-5
CASO 1 : Pesquise duas jurisprudências, preferencialmente no STJ, que apresentem decisões
distintas (procedente e improcedente) para a ação de adoção de netos por avós.
CASO 2 : Além disso, assista a aula e encontre duas decisões (STJ ou Tribunais) sobre
destituição do poder familiar que apontem hipóteses distintas previstas na lei, em seu art.
1638.
A coleta será das EMENTAS das decisões, mas é de suma importância consultar os inteiros
teores para os comentários. Esta atividade valerá 01 (um) ponto extra para o 2º GQ, para quem
enviar no prazo assinalado.
UTILIZE A FONTE 12, TIMES NEW ROMAN, JUSTIFICADO E COM
ESPAÇAMENTO 1,15.
1) COLE AQUI AS JURISPRUDÊNCIAS DO CASO 1 (EMENTAS), E ABAIXO
FAÇA O COMENTÁRIO EM ATÉ 10 (DEZ) LINHAS.
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. PENSÃO MILITAR.
ESCRITURA PÚBLICA DE ADOÇÃO. ARTIGO 375 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916.
ADOÇÃO DA NETA PELOS AVÓS. PAIS BIOLOGICOS DA ADOTADA QUE
ESTAVAM VIVOS. CONDIÇÃO DA NETA DE BENEFICIÁRIA DA PENSÃO POR
MORTE DO AVÔ. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. 1) Não obstante o
falecido militar do Exército Brasileiro (avô e pai adotivo da impetrante) tenha, após o
advento da MP 2.131/2000, realizado, até a data de seu óbito, a contribuição adicional
de 1,5% (um e meio por cento) sobre seus vencimentos, a fim de manter o rol de
beneficiários da pensão previsto na legislação revogada, verifica-se, à toda evidência,
que o processo de adoção, no caso, embora não tenha violado as normas legais à época
vigentes, teve por objetivo único a obtenção de direito que é vedado pela legislação
ordinária pertinente, qual seja, a instituição de pensão em favor de neta não órfã de pai
e mãe. Assim, não tem a adotada direito à pensão por morte do seu avô. 2) Ressalte-se
que, além de a impetrante não ter se desligado de seus pais naturais, como informado na
inicial, o pai dela também é militar, porém da Polícia Militar do Estado do Rio de
Janeiro, como registrado na escritura de adoção, pelo que se presume que tinha, junto
com sua esposa (mãe da impetrante), com quem assinou a referida escritura, totais
condições morais e financeiras de criar a filha. 3) Apelação improvida.
(TRF-2 - AMS: 69186 RJ 2006.51.01.012714-8, Relator: Desembargador Federal
ANTONIO CRUZ NETTO, Data de Julgamento: 26/11/2008, QUINTA TURMA
ESPECIALIZADA, Data de Publicação: DJU - Data::12/12/2008 - Página::242)
RESPOSTA:
2) COLE AQUI AS JURISPRUDÊNCIAS DO CASO 2 (EMENTAS), E ABAIXO
FAÇA O COMENTÁRIO EM ATÉ 10 (DEZ) LINHAS.
RESPOSTA:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR. GENITOR
QUE ALMEJA A GUARDA DOS SEUS TRÊS FILHOS. IMPOSSIBILIDADE.
NEGLIGÊNCIA DO PAI NA CRIAÇÃO DOS MENORES. VIOLAÇÃO DOS
DIREITOS FUNDAMENTAIS DAS CRIANÇAS. CONJUNTO PROBATÓRIO
ELUCIDATIVO. INEXISTÊNCIA DE CONDIÇÕES MATERIAIS E MORAIS DOS
PAIS PARA A CRIAÇÃO DOS FILHOS. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 1.638 DO
CC E 24 DO ECA. RESTABELECIMENTO, DE OFÍCIO, DO PAGAMENTO DE
ALIMENTOS EM FAVOR DOS FILHOS. OBRIGAÇÃO QUE NÃO DESAPARECE
COM A PERDA DO PODER FAMILIAR. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. É direito do filho menor ser alimentado pelos pais,
ainda que ocorra a perda ou a suspensão do poder familiar. Entendimento diverso
premiaria os genitores pela sua desídia.
(TJ-SC - AC: 20120825083 Turvo 2012.082508-3, Relator: Sérgio Izidoro Heil, Data de
Julgamento: 04/07/2013, Quinta Câmara de Direito Civil)
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.588.767 - MS (2019/0282773-3)
RELATORA : MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI AGRAVANTE : M DE O A
AGRAVANTE : D S DA S ADVOGADO : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE
MATO GROSSO DO SUL AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE
MATO GROSSO DO SUL DECISÃO Trata-se de agravo contra decisão que negou
seguimento a recurso especial interposto em face de acórdão assim ementado (e-STJ, fl.
724): APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DE PODER FAMILIAR -
HISTÓRICO DE MAUS-TRATOS E ABUSO SEXUAL - MENORES EM GRAVE
SITUAÇÃO DE RISCO - AUSÊNCIA DE MÍNIMA CONDIÇÃO DE ZELAR PELA
INTEGRIDADE FÍSICA E MENTAL DO FILHO - SITUAÇÃO DE RISCO -
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE PERDA DO PODER FAMILIAR - ART. 1.638 DO
CC - RECURSO IMPROVIDO. I) Restando evidenciado nos autos a ocorrência de
maus-tratos e abusos sexuais contra as menores por parte do genitor e também a
omissão e descaso da genitora com as filhas, restam preenchidos os requisitos descritos
no artigo 1638 do Código Civil, sendo induvidosa típica hipótese de destituição do poder
familiar, uma vez descumpridos, pelos genitores, todos os deveres que emanam do
princípio da paternidade ou maternidade responsável, de assistir, criar, educar os filhos,
garantindo-lhes integridade física, psíquica e moral. II) Recurso improvido, com o
parecer ministerial, mantendo-se a sentença que decretou a perda do poder familiar.
Nas razões de recurso especial, alegam os ora agravantes violação dos arts. 1.638 do
Código Civil de 2002; 19, § 3º, 100 e 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Sustentam má valoração das provas pela Corte local, que "deixou de sopesar que que os
recorrentes, em nenhum momento fizeram distinção entre as adolescentes T. e os outros
filhos, e, muito menos negligenciaram os cuidados com a saúde da mesma, conforme
ficou cabalmente demonstrado nos autos por meio da oitiva das testemunhas de defesa
(fls. 558)" (e-STJ, fl. 749); e de que "corroborando com as alegações dos recorrentes e
do depoimento das testemunhas, têm-se os relatórios do CER II, de fls. 271/288, que
demonstram que a recorrente M. sempre levou a adolescente T. para realizar o
tratamento necessário para sua saúde, sendo que a última consulta em que a recorrente
M. acompanhou a filha foi em Julho de 2016, ou seja, pouco tempo antes do
acolhimento da mesma" (e-STJ, fl. 750). Afirmam ainda que não procedem os
fundamentos do acórdão recorrido de que os agravantes aplicavam castigos às infantes
e que o agravante abusava sexualmente das adolescentes. Destacam que "o transtorno
emocional da infante foi diagnosticado muito antes das alegações de abuso dos
recorrentes, o que faz com que as afirmações do Ministério Público de que foram os
referidos abusos que causaram o transtorno se tornem improcedentes" (e-STJ, fl. 751).
Aduzem que os depoimentos das infantes são contraditórios; que o exame de corpo de
delito não demonstra nenhuma anormalidade; e, que "mesmo após o acolhimento das
filhas, os recorrentes nunca as abandonaram, indo visitá-las com frequência, até o
momento em que a visita foi suspensa, conforme determinação judicial. E, mesmo após
a suspensão das visitas, os recorrentes procuraram a Defensoria Pública solicitando
informações e assistência processual" (e-STJ, fl. 752). Por fim, requerem o
restabelecimento do poder familiar, tendo em vista que os relatórios juntados aos autos
não são suficientes para comprovar que, de fato, foram esgotadas todas as
possibilidades de reinserção e/ou reabilitação, antes de retirarem as crianças do seio da
família. Contrarrazões apresentadas às fls. 763-774 (e-STJ), pelo não provimento do
recurso especial. O recurso não foi admitido na origem, nos termos da decisão de fls.
776-780 (e-STJ). Contraminuta às fls. 797-802 (e-STJ). Assim delimitada a controvérsia,
passo a decidir. Destaca-se que a decisão recorrida foi publicada depois da entrada em
vigor da Lei 13.105 de 2015, estando o recurso sujeito aos requisitos de admissibilidade
do novo Código de Processo Civil, conforme Enunciado Administrativo 3/2016 desta
Corte. Da análise dos autos, verifico que a pretensão contida no recurso especial não
merece guarida, em razão do óbice contido na Súmula 7 do STJ, que impede a revisão
do conjunto fático-probatório dos autos em sede de recurso especial. O Tribunal de
origem, com base nos fatos e nas provas dos autos, entendeu pela manutenção da
sentença de primeiro grau, assim consignando(e-STJ, fls. 730-738): O recurso não
merece provimento. Pois bem. A menor T. V. de O. A. nasceu em 18/01/2006, possuía 11
anos a época do ajuizamento da ação, e atualmente conta com a idade de 13 anos. É
filha biológica da requerida M. e enteada do requerido D. A menor E. dos S. O. nasceu
em 08/12/2008, possuía oito anos a época do ajuizamento da ação, e atualmente conta
com a idade de 10 anos. É filha biológica de ambos os requeridos. As acusações de abuso
sexual praticado pelo apelante D. e maus-tratos praticados por ambos os recorrentes
foram embasadas nos relatos feitos pelas duas irmãs para a Conselheira Tutelar, após
esta ter sido chamada na escola das meninas para averiguação da ocorrência dos fatos,
tendo a situação dado ensejo ao pedido de acolhimento institucional das menores (f.
31-32). No Boletim de Ocorrência firmado perante a autoridade policial, as crianças
foram ouvidas e deram informações pormenorizadas a respeito da situação ocorrida,
tendo a menor E. relatado que presenciou seu genitor abusando sexualmente da irmã e
também que ambas foram expostas a conteúdos pornográficos. (...) Já na Unidade
Acolhimento, as crianças foram acompanhadas pelo Psicológo Igor Queiroz Paez que
apontou em seus Relatórios a averiguação da ocorrência da situação narrada, os efeitos
advindos nas crianças e também a clara tentativa dos pais de persuadir a menor E. a
alterar sua versão e apontar a inveracidade das denúncias. Sobre T., o psicólogo
apontou a constatação da situação de abuso ocorrida, a falta de carinho e cuidado
dentro do seio familiar, e a apresentação de sintomas de depressão e ansiedade. (...). (...)
Já sobre a menor E., o psicólogo concluiu que a criança, apesar de ter recontado o abuso
sofrido pela irmã, tentou desmentir os fatos ocorridos, sob clara orientação de sua
genitora. (...). (...) Assinala-se, assim, que as constatações feitas pelo psicólogo que
acompanhou as menores são todas no sentido da ocorrência de abusos, maus-tratos e
falta de acolhimento familiar e, por conseguinte, respaldam as alegações feitas na
inicial. Especificamente em relação a menor T., há ainda as informações trazidas pela
Diretora da Escola Municipal Eufrasina Pinto e que deram ensejo, inclusive, a
comunicação da ocorrência dos maus-tratos perante o Conselho Tutelar (...). (...) Pelas
informações trazidas no Relatório Escolar é possível aferir que a menor T. apresentava
problemas desde o ano de 2012, tendo sido negligenciada pelos seus genitores. Aliás,
somente no ano de 2015, após diversos contatos, é que a apelada M. a levou para uma
avaliação médica, tendo sido diagnosticada a depressão. Também é possível aferir pelas
informações constantes no documento que a menor não era bem tratada no âmbito
familiar, sendo descrita como mentirosa e dissimulada pela mãe e "criança do mal" pela
avó. Também pelos testemunhos dos familiares ouvidos é possível vislumbrar uma clara
tentativa de afastar as acusações incidentes contra os genitores, e, especificamente, em
relação à acusação de abuso sexual perpetrada pelo recorrente D. Entretanto, nenhuma
das testemunhas ouvidas conseguiu apontar fatos concretos que pudessem afastar a
conclusão a respeito dos graves fatos narrados na peça exordial. Assim, ao contrário do
que alegam os recorrentes, tenho que há elementos de sobejo para respaldar a
procedência do pedido de destituição do poder familiar em relação à adolescente T. e a
criança E., na medida em que demonstrado que ambas viviam em ambiente de risco,
com a ocorrência de maus-tratos e abusos de ordem física e sexual. Em rebate específico
aos argumentos trazidos na peça recursal, consigno que não vislumbro a alentada
contrariedade entre as informações prestadas pela meninas, mas sim a ocorrência de
tentativa de dissuasão na realização das acusações, com manifesto intuito de inocentar o
apelante D. das acusações. Aliás, resta clarividente que a apelante M., ao invés de
proteger e acolher as filhas, preferiu defender o marido e utilizou de todos os meios
para que as acusações fossem retiradas, em claro descaso à segurança e bem-estar das
menores. Não é, portanto, difícil concluir que a melhor solução, no caso, é mesmo a
retirada do poder familiar, possibilitando que uma família substituta adote as menores e
exerça com integralidade o conjunto de direitos e deveres sobre elas. É induvidoso que o
caso dos autos evidencia típica hipótese de destituição do poder familiar, uma vez
descumpridos, pelos genitores, todos os deveres que emanam do princípio da
paternidade ou maternidade responsável, de assistir, criar, educar os filhos,
garantindo-lhes integridade física, psíquica e moral. Nessa extensão, cumpre analisar a
redação do art. 1.638 do Código Civil, que elenca as possibilidades da perda do poder
familiar mediante ato judicial, in verbis: "Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder
familiar o pai ou a mãe que: I castigar imoderadamente o filho; II deixar o filho em
abandono; III praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; IV incidir
reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente." É de se observar, no caso, a
incidência dos genitores em todas as situações previstas no artigo acima transcrito,
restando patente, pelo histórico de abusos e maus-tratos, que não possuem a mínima
aptidão para proporcionar um desenvolvimento saudável às menores e, portanto, de
exercerem o poder familiar. (...) Inquestionável, portanto, a necessidade de manutenção
da sentença exarada em primeiro grau, não havendo qualquer reparo a se feito em sede
recursal. Com efeito, observo que o Tribunal de origem entendeu pela manutenção da
destituição do poder familiar, uma vez que descumpridos pelos genitores todos os
deveres que emanam do princípio da paternidade, ou maternidade responsável, com o
fim de assistir, criar e educar os filhos, garantindo-lhes integridade física, psíquica e
moral. A desconstituição da conclusão do acórdão recorrido, no sentido de ver
restabelecido o poder familiar aos genitores, ora agravantes, demandaria o reexame do
acervo fático e probatório dos autos, procedimento que, em sede de especial, encontra
óbice na Súmula 7 do STJ. No mesmo sentido: AGRAVO INTERNO. CIVIL. DIREITO
DE FAMÍLIA. DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR. REVELIA. EFEITOS.
ADVERTÊNCIA. MANDADO. NÃO CABIMENTO. CPC/1973, ART. 320, INC. II.
PREJUÍZO. AUSÊNCIA. NULIDADE AFASTADA. GENITORES. CONDIÇÕES
PSICOLÓGICAS E MORAIS. AUSÊNCIA. SÚMULAS 7 E 83/STJ. 1. A despeito de
ter constado expressamente no mandado de citação a advertência sobre a consequência
da não apresentação da contestação, os efeitos da revelia não foram decretados em
razão de a ação ter por objeto a destituição do poder familiar, direito indisponível ao
qual se aplica a regra do art. 320, inc. II, do CPC/1973. 2. As instâncias de origem, após
esmiuçar as provas dos autos, inclusive os diversos laudos elaborados por profissionais
das áreas de psicologia e assistência social, constarem que os genitores do menor ou
qualquer outro membro da família não apresentaram as mínimas condições morais e
psicológicas exigidas para criação e educação do menor, motivo pelo qual acolheram o
pedido do Ministério Público de destituição do poder familiar. 3. Não cabe, em recurso
especial, reexaminar matéria fática-probatória (Súmula 7/STJ). 4. Agravo interno a que
se nega provimento. (AgInt no AREsp 160.584/MS, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 15.8.2017, DJe 22.8.2017) AGRAVO
INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DESTITUIÇÃO DE PODER
FAMILIAR. PRESENÇA DOS MOTIVOS PARA DESTITUIÇÃO DO PODER
FAMILIAR. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. A
Corte de origem, mediante exame dos elementos informativos da demanda, entendeu
estarem presentes os motivos para a destituição do poder familiar, tendo em vista a
desestruturação familiar completa e o descaso e desinteresse demonstrado pelos
genitores com sua prole, razão pela qual confirmou a decisão que determinoua perda
do poder familiar do agravante. 2. Nesse contexto, infirmar as conclusões do julgado,
como ora postulado, demandaria o revolvimento do suporte fático-probatório dos autos,
o que encontra óbice na Súmula 7 do Superior Tribunal de Justiça. Precedentes. 3.
Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no AREsp 1.009.314/MS, Rel.
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 20.4.2017, DJe
2.5.2017) Em face do exposto, nego provimento ao agravo. Deixo de majorar os
honorários advocatícios (artigo 85, § 11, do CPC/2015) ante a impossibilidade de
percepção de honorários sucumbenciais em favor do Ministério Público. Intimem-se.
Brasília (DF), 18 de fevereiro de 2020. MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI
Relatora (STJ - AREsp: 1588767 MS 2019/0282773-3, Relator: Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, Data de Publicação: DJ 02/03/2020)

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