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1 Boletim do Minério de Ferro Outubro 2020 PRODUÇÃO ÚLTIMOS 10 ANOS - QUANTIDADE E PREÇO Variação do preço: Existem diversos fatores que podem influenciar sobre o preço do minério de ferro, desde a granulometria do minério, sendo que o fino possui menor valor agregado quando comparado aos granulados, o modo pelo qual ele será transportado até o destino, a concentração encontrada (teor de ferro), o contrato que é fechado (se é de médio ou longo prazo), a condição do mercado na época da negociação (como está a oferta e a demanda), entre outros. Entretanto, em geral, o preço é fixo para um determinado teor de ferro. O comportamento do valor dessa Commodity dos últimos 20 anos pode ser verificado na figura 1 a seguir: Gráfico 1- Variação do preço através dos anos em Dólares americanosFonte: IndexMundi PRODUÇÃO DOS ÚLTIMOS ANOS As reservas brasileiras, com um teor médio de 46,2% de ferro, representam 19,8% das reservas mundiais. Os principais estados detentores de reservas de minério de ferro são: Minas Gerais (74,4% das reservas e teor médio de 41,1% de Fe), Pará (19,5% e teor médio de 65,6%) e Mato Grosso do Sul (2,2% e teor médio de 63,7%). A proporção pode ser melhor verificada no gráfico 2: Gráfico 2 - Distribuição das reservas brasileiras de minério de ferro Fonte: Fonte: ANM/SRDM; USGS-Mineral Commodity Summaries 2018. BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 2 Quanto a produção, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de minério de ferro, estando atrás apenas da Austrália. Abaixo, verifica-se a produção brasileira nos últimos anos: Gráfico 3 - A evolução da produção do minério de ferro Fonte: IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração) No ano de 2018, a pauta dos bens minerais exportados pelo Brasil atingiu um volume de 409 milhões de toneladas e representou, em dólares, US$ FOB 29,9 bilhões, sendo o minério de ferro representante de 68% desse valor. Em 2019, a produção de minério de ferro caiu devido à tragédia de Brumadinho (MG) ocorrida em janeiro deste ano. Os números oficiais de 2019 só devem ser conhecidos quando a Agência Nacional de Mineração (ANM) divulgar o Sumário Mineral. Segundo a entidade, a produção saiu de 450 milhões de toneladas em 2018 para cerca de 410 milhões de toneladas em 2019. CONSUMO O consumo efetivo do mercado de minério de ferro pode ser descrito como concentrado na produção de ferro gusa e na produção de pelotas. O ferro gusa é uma liga metálica formada pela síntese do ferro misturado a alguns óxidos à altas temperaturas, amplamente utilizado pelas usinas siderúrgicas e produtores independentes na produção do aço, enquanto as pelotas são pequenas bolinhas de minério de ferro, também usadas na fabricação do aço. O mercado também engloba outros produtos na indústria siderúrgica, tais como granulado, sinter e pellet feed (finos), e conhecê-los é fundamental, pois possuem preços e segmentos distintos. O consumo efetivo é estimado com base nos dados de produção de ferro gusa e pelotas, e nos índices médios de consumo informados pelas empresas produtoras. Em média, a quantidade de minério consumida para produção de gusa e pelotas são, respectivamente: 1,56 t de minério/t de gusa e 1,08 t de minério/t de pelotas). Figura 1 - Recolhimento de ferro gusa fundido, fonte: Brasil Escola, 2020. Figura 2 - Pelotas de ferro, fonte: Arquivos Vale, 2017. BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 3 Figura 3 - Elemento gráfico gerado a partir de dados e imagens da Usiminas mineração, 2020. Como o setor de minério de ferro opera fundamentalmente em função do setor siderúrgico e oscila em função de seu desempenho, o consumo é determinado de acordo com a demanda das empresas. As principais empresas que produzem no Brasil e também consomem como subsídio para a própria infraestrutura são a Vale; Samarco; CSN; MMX; e Usiminas. Escolhendo uma das empresas acima, apresentamos abaixo uma representação gráfica da produção da mineradora Usiminas entre 2010 e 2019. Gráfico 4 - Produção dos principais produtos da Usiminas. Fonte: Usiminas Mineração, 2020. O desenvolvimento do mercado de minério de ferro está ligado à indústria siderúrgica, uma vez que a maior parte do consumo de minério de ferro é destinada à fabricação do aço. Estima-se que 99% do total produzido seja destinado diretamente para a indústria siderúrgica (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, 2008). Desse modo, mudanças no consumo do aço impactam o mercado siderúrgico e consequentemente o mercado de minério de ferro. Ao analisar o gráfico, é possível observar que entre os anos de 2015 a 2017, o setor de mineração sofreu com os impactos da crise econômica que causou queda no consumo e, consequentemente, no preço do minério de ferro. Portanto, avaliando a relação do consumo com a demanda, podemos atribuir ao minério de ferro, um caráter de bem normal, ou seja, o crescimento da renda de seus consumidores estimulará a expansão da intensidade de consumo. Com isso, as siderúrgicas buscaram alternativas para redução de custos e novos investimentos, a fim de expandir a utilização do ferro, diminuindo as barreiras de crescimento do setor, e aumentando novamente a produção. BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 4 Também vale ressaltar, que o aumento da produção no ano seguinte, deve-se a crescente urbanização e infraestrutura do território dos consumidores, o que eleva a demanda por produtos siderúrgicos e, consequentemente, do insumo principal. Sobretudo, com a probabilidade de expansão das usinas de pelotização, o aproveitamento dos minérios finos gerados torna-se cada vez maior. De qualquer forma o aproveitamento do minério fino (pellet-feed), deve ter como destino principal, a exportação, seja como pelota (pellets) ou como minério (pellet-feed), como acontece atualmente. Portanto, mesmo com a implantação de novas usinas de pelotização, esse minério vai ficar na cota de disponível para a exportação com a união da produção ao consumo interno. ELASTICIDADE O valor de elasticidade positivo e menor do que 1 representa uma demanda inelástica, ou seja, a variação do preço do minério de ferro gera pouca variação na quantidade exportada. A partir da metodologia adotada foram obtidos os resultados mostrados no quadro 1 para a elasticidade-preço e elasticidade-renda: Quadro 1 - Análise da demanda por exportação de minério de ferro no Brasil Isso significa que o aumento em 1% no preço do minério de ferro leva a uma redução de 0,12% na quantidade demandada. Isso ocorre devido às características oligopolistas que esse setor possui, ou seja, poucas empresas dominam o setor, por isso, são elas que controlam o preço. E como o minério de ferro é um bem essencial, a variação do preço causa pouca variação na demanda. Já em relação à renda, o aumento em 1% na renda leva a um aumento de 0,18% na quantidade demandada. O minério de ferro é um bem normal, o aumento na renda também causa o aumento no consumo. Como poucas empresas ofertam essa commoditie, espera-se que os fornecedores sejam sempre os mesmos (ALBUQUERQUE, 2014) COMÉRCIO INTERNACIONAL A extração de minério de ferro ocorre em indústrias instaladas na grande parte dos países. Os dez maiores produtores mundiais de minério de ferro são: China, Brasil, Austrália, Índia, Rússia, Ucrânia, África do Sul, Irã, Canadá e Estados Unidos. (Informação: IPEADATA 2012). Assim, o preço do minério de ferro é diretamente influenciado pela economia desses principais produtores, especialmente a da China, pois mesmo sendo uma das maiores produtoras desta matéria-prima, ainda assim, é a maior compradora mundial de minério de ferro.Quadro 2 - Exportações brasileiras em 2019 e 2020 BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 5 Quadro 3 - Tabela de exportações de minério de ferro em 2019 e 2020 Figura 4 - Infográfico variação de preço Um exemplo envolvendo esses fatores é o caso de rompimento das barragens de Brumadinho e Mariana. As produções foram comprometidas, e os preços da empresa na bolsa de valores teve uma queda. No entanto, o preço do minério subiu. Conforme os dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de minério de ferro em agosto/20 foram de 31,3 milhões de toneladas, quantidade 7,4% menor que no mesmo mês do ano passado. Entre janeiro e agosto de 2020, as exportações somaram 211,4 milhões de toneladas, 8,3% abaixo de igual período em 2019. A receita das exportações em agosto atingiu US$ 2,4 bilhões, 15,7% abaixo do verificado no mesmo mês do ano passado. Nos primeiros oito meses de 2020, as receitas somaram US$ 14,3 bilhões, valor 6,7% inferior ao do mesmo período do ano passado. Quadro 4 - Exportações Brasileiras de Minério de Ferro Fonte: Secretária de Comércio Exterior - Secex BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 6 Gráfico 5 - Exportação Brasileira de Minério de Ferro - Receita Mensal Fonte: Secex / Bloomberg QUESTÕES TRIBUTÁRIAS E INCENTIVOS A mineração tem sido submetida à cobrança de encargos especiais ao longo da história. A razão fundamental para essa cobrança decorre da propriedade dos bens minerais. Na maioria dos países os recursos minerais pertencem ao Estado e, para conceder o direito de uso exclusivo de bens minerais de sua propriedade o Estado exige, como contrapartida, pagamento por esse direito. No Brasil esta compensação vem através do encargo CFEM. Além disso, a existência de um retorno econômico acima do que seria necessário para justificar o empreendimento mineiro, resultante da qualidade da mina, desperta interesse tributário uma vez que o proprietário do recurso pode desejar uma participação nesse benefício proporcionado pela natureza. Para atingir essas finalidades, os governos utilizam instrumentos diversos, cada um com vantagens e desvantagens, que se classificam em três grandes categorias: royalties específicos, royalties ad valorem(a compensação financeira é cobrada a partir da aplicação de um percentual sobre o valor bruto da venda) e impostos especiais sobre o lucro ou a renda proporcionada pelo empreendimento mineiro Levantamento recente identificou a existência de 11 impostos, 35 contribuições, 31 taxas e 7 fundos 1. Incidem, sobre a mineração brasileira, impostos, contribuições, taxas, emolumentos (recompensa), bem como a compensação financeira pela exploração dos recursos minerais e a participação do superficiário. De acordo o art.3º do Código Tributário Nacional os tributos são todas as prestações pecuniárias compulsórias instituídas em lei e cobrada mediante atividade administrativa vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito. No caso do setor de mineração no Brasil, especialmente em relação ao minério de ferro, os tributos existentes são compatíveis, em grande parte, com aqueles concedidos pelas principais economias mundiais, retratados em um quadro-resumo (quadro 5) dos tributos e incentivos fiscais (estando estes mais presentes para exportações). Minérios geralmente são materiais cotados como commodities, ou seja, seu preço é determinado pelo mercado mundial e não por sua marca ou empresa que o produz. Já que são indispensáveis para o desenvolvimento dos países e da sobrevivência humana. Dessa forma, seu preço varia de acordo com variados fatores, além do clássico modelo oferta e demanda. Assim, as empresas que participam desse mercado têm de aceitar o preço do minério dado a mercadoria com pouco ou nenhum poder para negociar cotações diferentes. A produtora sempre tentará repassar a totalidade dos impostos para os consumidores, porém, como a empresa deve aceitar o preço estabelecido pelo mercado mundial, não é a decisão dela deixar com que o ônus dos tributos recaia sobre os consumidos. BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 7 Quadro 5: Fonte: Braz, 2009, Modificado Os fatores que influenciam o preço do minério de ferro são diversos, como: logística(oferta e demanda), custo de produção, tarifas portuárias, fatores políticos dentre outros. Os tributos relacionados a extração e comercialização do minério de ferro afetam principalmente a demanda do produto. Porém, o produto segue uma demanda inelástica, por ser um produto essencial e por não haver produtos substitutos, assim, mesmo que os impostos consigam aumentar o preço estabelecido pelo mercado mundial, a demanda não será muito afetada. Tabela 1: Arrecadação da CFEM por Estado em R$. Fonte: DNPM BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 8 Externalidades – impactos ambientais/mudanças climáticas; barreiras O setor mineral gera resultados positivos no campo econômico, dimensionados pela produção e comercialização dos bens minerais, oferta de empregos e geração de receitas para os cofres públicos por meio de impostos e royalties. Da mesma forma, a extração e o beneficiamento do minério produzem reflexos no desenvolvimento social. Entretanto, a atividade também gera externalidades negativas nas regiões e em seu entorno, as quais absorvem os custos socioambientais da mineração, revelando a necessidade de aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão pública e de segurança nas operações das empresas do setor. A mineração de ferro não produz só bilhões de dólares e “progresso”: ela está repleta de perigos, mortes e destruição socioambiental. Trabalhadores morrem e adoecem; grandes áreas são desmatadas; caminhões e trens circulam atropelando pessoas e animais; as usinas de beneficiamento geram poluição atmosférica; aquíferos formados em regiões ferríferas são contaminados e destruídos; em tempos de crise hídrica a água consumida é enorme, inclusive pelos minerodutos; a quantidade de rejeitos é gigantesca e acumulada em barragens; e o rompimento delas com lamas com diferentes graus de toxicidade podem se transformar em um grande perigo. É possível identificar, pelo menos, dez dimensões que configuram a interface mineração e desenvolvimento. O menor ou o maior peso de cada dimensão é contextual, todavia, os estudos evidenciam que, se no passado recente apenas a viabilidade econômica e tecnológica oferecia garantias para o funcionamento de um empreendimento mineral. No século XXI isso não é mais aceitável e a mineração necessita dar conta das múltiplas dimensões que permeiam sua relação com a sociedade para que se avance na trilha da sustentabilidade. Figura 5: Dimensões que configuram a interface mineração e desenvolvimento. No Brasil, os principais problemas oriundos da mineração podem ser englobados em quatro categorias: poluição da água, poluição do ar, poluição sonora, e subsidência do terreno. Estas externalidades geram conflitos com a comunidade, que normalmente têm origem quando da implantação do empreendimento, pois o empreendedor não se informa sobre as expectativas, anseios e preocupações da comunidade que vive nas proximidades da empresa de mineração. Alguns dos principais problemas da mineração de ferro são as antigas barragens de contenção e poluição de águas superficiais. Um exemplo aconteceu em novembro de 2015, onde ocorreu um dos piores acidentes da mineração brasileira no município de Mariana- MG. BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 9 O acidente no município de Mariana-MG liberou aproximadamente 45 milhões de metros cúbicos de resíduos de mineração, formados principalmente por óxido de ferro, água e lama. Esses rejeitos ainda podem causardanos a grandes ecossistemas. A lama que atingiu a área próxima à barragem formou uma espécie de cobertura no local. Por sua vez, devido ao seu baixo conteúdo orgânico, a cobertura de lama impedirá o desenvolvimento de espécies vegetais, tornando a área estéril. À medida que a lama atinge os ambientes aquáticos, causa a morte de todos os organismos (como algas e peixes) ali encontrados. Além de afetar a economia de cidades beira-rio onde muitos moradores viviam a base da pesca, nesses rios afetados. Pouco mais de três anos após o acidente em Mariana-MG, em Janeiro de 2019, houve outro rompimento de barragem de rejeitos. Dessa vez, a barragem B1 da mina de ferro de Córrego do Feijão, pertencente à empresa brasileira Vale S.A., despejou, de forma abrupta, 13 milhões de m³ de lama de rejeito na natureza, sobre o município de Brumadinho-MG. Para além da questão dos danos ambientais – danos à biodiversidade aquática e terrestre, recursos hídricos e ar –, o crime causou problemas de saúde pública, uma vez que interferiu no abastecimento de água em pelo menos 21 municípios. Figura 6: Lama proveniente do rompimento da barragem de Brumadinho-MG Figura 7: Poluição da água decorrente de resíduos do minério de ferro Expectativa do "minério verde" Uma boa surpresa é a tecnologia a seco de concentração de rejeitos, estéreis e de minérios de baixo teor provenientes da mineração de ferro, com externalidades altamente positivas. Mais especificamente, trata-se da possibilidade de produzir minério de ferro e outros minerais a partir da remediação ambiental de bota-foras de resíduos e estéreis, áreas com potencial de causar impacto e acidentes ambientais, com danos à população. Os materiais recuperados das barragens, mormente minério de ferro, são transformados em metal, gerando renda, fomentando a atividade econômica, e promovendo o equilíbrio de locais ambientalmente deteriorados. Sob variados prismas, pode-se observar os benefícios do “minério verde” no aumento da sustentabilidade: economia de recursos, visto tratar-se de matéria-prima do processo siderúrgico; economia de água, por ser processo a seco; diminuição do risco de contaminação da água; economia de energia no processo e frete, em virtude de não dispender energia na manipulação e combustível no transporte até as siderúrgicas e por não haver consumo de coque na evaporação de águas dos fornos; diminuição de riscos e passivos ambientais; e por prescindir da construção de barragens. Por meio de processo a seco, transformam-se materiais destituídos de valor econômico em produtos equivalentes e até superior em termos de qualidade aos minérios comercializados, ou seja, obtém-se o mesmo produto por meio de processo produtivo diferente. O produto obtido foi denominado “minério verde”, em virtude de recuperar rejeitos deixados pela mineração convencional e de utilizar menos água e menos energia, se comparado com o processo ordinário “a úmido”. Tais ganhos ambientais são altamente relevantes! Se, de um lado, é óbvio que a estrutura de custos de produção do “minério verde” é mais elevada do que a produção mineira nos moldes usuais, por envolver atividade transformadora; por outro, os ganhos , externalidades positivas, da produção dos citados minérios para o meio ambiente e para toda a sociedade saltam aos olhos. Obviamente, são altos os investimentos para se implantar e manter uma unidade de recuperação, pois as respectivas estruturas de custo são superiores. Impõe-se, portanto, caso se queira usufruir das externalidades já apontadas que esse setor gerará, tratamento diferenciado no que respeita à política pública, tanto em geral, quanto na tributária, com seu enquadramento em regime fiscal alternativo. BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 10 É impositivo concluir que o futuro viável da mineração brasileira depende do aumento da produção de “minérios verdes”, que significa aumento de 25% das reservas viáveis economicamente de minério de ferro, pois permite aproveitamento de rejeitos com somente 19% de óxido de ferro, enquanto que a mineração convencional necessita de um teor mínimo de 38%. Ademais, os benefícios com externalidades e o impacto positivo sobre produção, empregos e salários são extremamente positivos e indispensáveis. CUSTO DE PRODUÇÃO Figura 8: Projeto de minério de ferro a seco Muitos são os fatores que interferem no custo final da produção do minério de ferro, desde a parte da extração, até a parte do minério pronto para ir para as refinarias, como pode ser visto no esquema abaixo: 1º Etapa - Extração Nessa etapa o custo é devido principalmente porque envolve a utilização de escavadeiras, tratores, e até mesmo explosivos quando o minério se encontra longe da superfície. Figura 9- Extração das rochas 2º Etapa - Transporte Figura 10- Caminhão utilizado para transporte Nessa etapa, o custo está associado com os caminhões fora- de-estrada que transportam a matéria bruta até a usina. São caminhões enormes, que suportam cerca de 365 toneladas (36 vezes mais que um caminhão comum), que não cabem em estradas comuns. 3 º Etapa- Britagem Nessa etapa o custo está relacionado com o modo com que o minério bruto chega à usina, ou seja, em grandes blocos, e por isso é necessário uma etapa para quebrar esses blocos. São esmagados até atingir o tamanho adequado para a separação. Figura 11- Etapa de britagem 4º Etapa - Separação Figura 12- Peneiramento por jatos de água Após a britagem vai para a peneiração, cuja separação é baseada na granulometria do metal. Os finos passam, e os mais grossos retornam para britadeira. O custo nessa etapa é principalmente devido o peneiramento ser feito com jatos de água, onde a quantidade de água utilizada é muito alta por tonelada de minério. BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 11 5º Etapa- Concentração Parte do minério fica tão fina que se confunde com os grãos de areia. Por esse motivo é necessário um separador magnético que irá atrair o pó de ferro, enquanto a areia vai embora. Etapa que também envolve um custo para funcionar. 6º Etapa - Reciclagem de água Figura 13- Separação por capacidade magnética Figura 14- Reaproveitamento de água A água utilizada para limpar o minério é recolhida no final do processo e, reutilizada novamente para reabastece-lo. Devido a isso, e ao fato dessa água ser utilizada em outras etapas , a concentração de minerais tende a aumentar cada vez mais e, ao longo tempo causar incrustações na tubulação ou, pelo aumento da acidez levar à corrosão dos tubos. É gerado custo então, desde a etapa de reaproveitamento de água, até a parte de ter que trocar os instrumentos e equipamentos por outros novos. 7º Etapa- Empilhadeira Como o nome sugere, uma máquina com pás gigantes vai descarregando o minério em pilhas, até formar uma verdadeira montanha de armazenagem. Processo que também interfere no custo. Figura 16- Transporte para o porto Figura 15- pilhas de armazenagem 8º Etapa- Ferrovia Para transporte desse material, toneladas de minério de ferro são transferido através de trens até o porto mais perto, de onde saem por meio de navios para seus destinos Por um lado melhores recuperações implicam em um aumento de custo, por outro lado, os custo não devem ser maiores que os lucros e, portanto, todos esses valores devem estar devidamente balanceados. Devido a isso diversos são os conceitos de custos e lucros que devem ser observados. O balanço financeiro de uma das maiores empresas no ramo de minério de ferro brasileira (Vale SA) pode ser verificado a seguir: Tabela 2- Receita da vale no 2º e 3º trimestre de 2020 BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 12 A receita pode ser definida como o faturamento deuma organização, entretanto não diz realmente o quanto a empresa lucrou, para isso se tem o Lucro Total, que corresponde à diferença entre a Receita Total e o Custo Total. Esses custos podem ser fixos ou variáveis, sendo que os fixos são regulares e não são alterados de acordo com o volume de produção, como por exemplo aluguéis de equipamentos e instalações, limpeza, ou salários da administração. Por outro lado os variáveis, como o próprio nome já diz, se modifica de acordo com o volume produzido, como por exemplo pode-se citar matéria prima, e Insumos Produtivos como Água e Energia. Verifica-se na tabela acima o valor do EBIT da empresa de mineração Vale. Esse termo pode ser definido como "Earnings Before Interest and Taxes”, ou em português “lucro antes dos juros e tributos”. O EBIT considera apenas o lucro operacional da empresa, sem incluir despesas ou receitas financeiras. Após ele, chega-se ao valor do EBITDA, que significa "earnings before interest, taxes", que em português pode ser traduzido como “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. Ele se diferencia do EBIT, porque apesar de ter o mesmo objetivo de demonstrar apenas o lucro operacional da empresa, ele desconsidera além dos valores de impostos e efeitos financeiros, a depreciação de ativos tangíveis e a amortização de ativos intangíveis. Pode-se entender por "depreciação" a perda de valor que um bem sofre durante sua vida útil, causado pelo seu uso constante que causa um desgaste. Por outro lado, a amortização pode ser definida como a desvalorização de bens intangíveis, ou seja, que não são materiais, como por exemplo pontos comerciais, licenças de softwares, direitos autorais, e outros bens cuja perda de valor se deve à redução no tempo do contrato. Quanto aos lucros e impostos, o EBITDA desconsidera despesas como juros de empréstimos ou despesa com impostos, que são fatores que variam de lugar para lugar, e de empresa para empresa e, portanto, esse fator demonstra melhor o desempenho de empresas diferentes em um mesmo ramo. No terceiro trimestre de 2020, essa mineradora teve lucro líquido de US$ 2,9 bilhões ( R$15,6 bilhões ), aumento de 76% comparado ao mesmo período de 2019, quando teve o desastre em Brumadinho, e o Ebitda de Minerais Ferrosos totalizou US$ 5,86 bilhões, ficando US$ 2,35 bilhões acima do segundo trimestre que teve um Ebitda ajustado em US$ 3,37 bilhões. Esse impulso deveu-se aos melhores preços do minério de ferro em meio à forte demanda da China. Abaixo pode-se verificar o desempenho da maior empresa de mineração brasileira através do ano de 2020: 1º , 2º e 3º trimestre de 2020: Balanço financeiro Vale do ano de 2020 Valor em milhões de reais 1º 2º 3º Receita de vendas, líquida - 31.251 40.434 57.906 Custo de produtos vendidos e serviços prestados - 19.215 22.667 25.893 Lucro bruto - 12.036 17.767 32.013 Margem Bruta % 38,5 % 43,9% 55,3% Despesas com vendas e administrativa - 516 664 684 Despesas com pesquisas e desenvolvimento - 429 484 563 Despesas com pré operacionais e paradas de operação - 1.192 1.277 1.011 Outras despesas operacionais - 267 1.282 612 Redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circunlantes 136 2.260 1.608 Evento de Brumadinho - 708 693 613 LUCRO OPERACIONAL - 8.788 11.107 26.922 Receitas financeiras - 492 714 370 Despesas financeiras - 2.290 3.132 6.571 Outros itens financeiros líquidos - 8.688 173 1.179 Resultado de participações e outros resultados em coligadas e joint 767 2.785 211 ventures - Lucros antes dos tributos sobre o lucro - 2.465 5.731 19.331 Tributo Corrente 1.593 1.741 4.018 Tributo diferido 4.695 887 241 Lucro Líquido 637 4.877 15.072 Prejuízo atribuído aos acionistas não controladores 347 412 543 Lucro líquido (prejuízo) atribuído aos acionistas da Vale 984 5.289 15.615 BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 13 Ter o conhecimento sobre custo de produção pode-se avaliar fatores como a viabilidade de produção, eficiência, competitividade, e redução de riscos. Para saber se o negócio é viável deve-se ter o conhecimento da margem (margem= renda bruta - custos), porque se essa for positiva significa que você está ganhando mais do que gastando, e se for negativa é exatamente o contrário, como aconteceu com a empresa Vale, tratada acima, no ano de 2019 devido desastre do rompimento da barreira em Brumadinho-MG. Nesse ano, a empresa fechou o ano com prejuízo de mais de 7 bilhões de reais. Com intuito de diminuir o custo de produção, alguma empresas do setor mineral buscam alternativas, como na parte do transporte. Como exemplo a Vale que fez substituições de caminhões por correias transportadoras nas unidades de Carajás e Itabira, reduzindo em 40% a distância transportada e dispensando o uso de carregadores. Outra medida refere-se à padronização de máquinas, que engloba a utilização de equipamentos de poucos fabricantes. No intuito de evitar desastres naturais, tem aplicado o Sistema "mineração a seco", que substitui o uso de água na produção por outras alternativas que não precisam de água, e portanto não necessitam de barragens. No Pará, 80% da produção já é com processamento a seco, enquanto em Minas, 32% da produção é sem uso de água. Apesar de ser um método mais caro, ele trás benefícios como diminuir a perda de material, por não haver o arrastamento pela água, diminuir o alto no uso de água pela empresa, além de não necessitar de barragens. Estruturas de Mercado De acordo com Garcia e Vasconcellos, criadores do livro Fundamentos da Economia, (2005, p.35), “A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de equilíbrio de um dado bem ou serviço. O preço e a quantidade, entretanto, dependerão da particular forma ou estrutura desse mercado, ou seja, se ele é competitivo, com muitas empresas, produzindo um dado produto, ou concentrado em poucas ou em uma única empresa.” Desta maneira, as estruturas de mercado, são diferenciadas de acordo com as características presentes na forma de realização do mercado. As estruturas de mercado estão relacionadas com características de mercado, que são principalmente, o número de vendedores e de compradores e as diferenças ou igualdades dos produtos a serem negociados. Existem 4 tipos de estruturas mercado, a concorrência perfeita o monopólio, o oligopólio e a concorrência monopolista. Conforme Gonçalves et al. (2003, p.45), “ O oligopólio é uma estrutura de mercado intermediária entre o monopólio e a concorrência perfeita.[...], é o único ambiente de mercado no qual se observa rivalidade entre as empresas participantes.” Isso acontece porque o número de empresas concorrentes não é muito grande, e geralmente essa concorrência é feita por grandes empresas. Quando uma delas toma uma atitude importante, esta deve ser considerada pelas demais, pois repercutirá no mercado. Em um mercado de oligopólio, se uma única empresa eleva seu preço, as outras não vão responder, enquanto que se uma reduz seu preço, imediatamente as outras também o fazem. Assim a curva de demanda de uma empresa terá uma “quebra” no nível de preço, e por consequência, o preço não muda por pequenas variações nos custos e na demanda. Conforme Vasconcellos (2005) o oligopólio apresenta as seguintes características: pequeno de produtores fabricando produtos homogêneos, alguns produtores detêm parcela elevada da produção e que em alguns casos lhes permite exercer uma liderança na fixação de preço no mercado, as decisões das empresas quanto à produção e preço são interligadas e existem barreiras à entrada podem ser tecnológicas, ou o alto valor do capital necessário à produção. Na indústria da mineração, a barreira de entrada do tipo custos absolutos está fortemente presente, já que é uma indústria intensiva em capital e tecnologia, o que requer das possíveis firmas, que desejamentrar no mercado, um investimento inicial alto para começarem a operar. Estes investimentos abrangem a compra de máquinas e equipamentos, obtenção de licenças de exploração ambiental junto ao governo, contratação de mão de obra, além da obtenção / descoberta de jazidas minerais com bom teor de pureza, recurso que é limitado no mundo e que as firmas estabelecidas já possuem. Esses fatores deixam as firmas entrantes na indústria em desvantagem, já que irão incorrer em custos mais elevados se comparado com os custos das firmas já estabelecidas no mercado. Diminuição do custo Aumento no custo BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 14 Em um mercado oligopolista as empresas para se manterem no mercado têm que traçar estratégias cooperativas e não cooperativas, combinações maléficas e às vezes até espionagem, devido a grande competição existente neste mercado. Uma estratégia utilizada pelas empresas para reduzir os custos absolutos incorridos na produção de minério de ferro é dividir as operações com as concorrentes, como forma de reduzir os custos obtidos com a compra de equipamentos, manutenção das instalações e licenças ambientais. Em 2012 de acordo com a base do RAIS, haviam apenas 195 estabelecimentos no setor de extração mineral do Brasil, mostrando uma alta concentração. Além disso, Gouveia e Miranda (2010), analisando o mercado de ferro através da evolução do seu preço, encontraram um índice de concentração de 35%, o que evidencia a existência de um oligopólio mundial. Quadro 6: Principais empresas produtoras de ferro no Brasil Na produção de minério de ferro no Brasil existe um número reduzido de empresas grandes ofertando este produto, existe uma rivalidade entre as empresas, porém também há estratégias corporativas, há uma barreira de entrada do tipo custos absolutos está fortemente presente e atitudes importantes de uma empresa afetam as outras empresas. A partir de todos esses fatos é possível descobrir que o minério de ferro no Brasil segue um oligopólio como estrutura de mercado. Projeções do mercado Segundo as projeções do preço do minério de ferro para este ano e os próximos, feita pela agência de classificação de risco Fitch Ratings, ocorrerá uma diminuição na oferta do material devido principalmente à expectativa de menor produção da mineradora brasileira Vale. Com isso, as premissas sobre preços do minério de ferro devido ao contínuo aperto na oferta, foram mudadas. Na China, os preços estabelecidos para o minério com teor de 62% ferro, são apresentados abaixo. Gráfico 6: Projeção da Fitch Rating para os preços do minério de ferro Fonte: Do autor (2020) BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 15 Quadro 7: Projeção da produção de algumas empresas A mineradora brasileira teve a capacidade reduzida após o rompimento de uma barragem em Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte) em janeiro passado, um desastre que deixou centenas de mortos e disparou diversas avaliações sobre segurança em outras unidades da empresa, com efeitos significativos sobre a produção. Segundo os executivos da Vale, “nenhuma outra mineradora tem um impacto comparável no equilíbrio do mercado e todas elas têm tentado fortemente entregar volumes adicionais e se beneficiar do ambiente de preços. Ainda assim, elas não têm sido capazes de substituir as 80 milhões de toneladas que a Vale perdeu (em produção) depois do desastre de 2019”, acrescentaram os executivos da Vale. Em vista das ameaças externas, provocadas pelo acidente e outros fatores como a pandemia, o mercado do minério tornou-se vulnerável, sendo necessária a elevação da produção de forma evidente entre 2020 e 2022 para que o mercado fique equilibrado ou com excesso de oferta. Além disso, os executivos ainda afirmaram em teleconferência de resultados no final de julho que a empresa tem um plano para retomar sua capacidade de produção e alcançar um nível de 400 milhões de toneladas em 2022. A mineradora tem meta de produzir entre 310 milhões e 330 milhões de toneladas de minério de ferro em 2020, mas mesmo essa marca tem sido colocada em dúvida por alguns analistas, que disseram no mês passado que a companhia precisaria produzir a um ritmo bastante forte e sem interrupções para cumprir o objetivo, o que é difícil em tempos de pandemia, onde as aglomerações no ambiente de trabalho devem ser evitadas, levando as empresas a adotarem uma forma de trabalho em escalas e com menos trabalhadores em operação. Para a análise do mercado por um prazo mais longo, foi estabelecida a avaliação da projeção para 2030 mantendo os parâmetros dos coeficientes técnicos do consumo de minério para produção de seus insumos, considerando que não haja alteração significativa da forma de consumo de minério de ferro. A expectativa é que em 2030, a capacidade de produção de aço no país seja de 80,0 Mt segundo o Instituto brasileiro de siderurgia (IBS). Esta produção será em pelo menos de 70% de usinas integradas, que usam o minério sinterizado, e que devem produzir 56,0 Mt de gusa com 1,68 t de minério por tonelada de gusa ou 94,0 Mt de minério. Os guseiros independentes, projetados para produzirem 20Mt em 2030, devem consumir cerca de 33,6 Mt de minério ainda granulado ou fino aglomerado ( sinterização ou pelotização). A produção de gusa total no Brasil em 2030 pode ser de 76 Mt onde o consumo de minério de ferro estimado pelo coeficiente técnico de 1,68t minério por tonelada de gusa expressa um consumo de 127Mt. O consumo na produção de pelota com coeficiente de 1,08 t de minério por tonelada de pelota, pode representar um consumo de 76 Mt para uma produção de pelota de 70 Mt em 2030 (capacidade instaladas prevista das usinas de pelotização). A demanda interna de minério de ferro em 2030 pode ser estimada em 203 Mt. Para atender a demanda interna e manter o Brasil como um participante ativo no mercado transoceânico de minério de ferro, as empresas atuais e as que pretendem produzir futuramente, mostram uma projeção da produção ilustrada no quadro abaixo: Fonte: Ministério de Minas e Energia (2009) BOLETIM DO MINÉRIO DE FERRO | OUTUBRO DE 2020 16 Os dados acima (Quadro 7) mostram que a VALE é a principal empresa produtora, destacando-se com a pretensão de produzir 514 Mt ou 70% da produção brasileira prevista, incluindo minérios para pelotização. Quadro 8: Projeção de produção da Vale para os próximos 10 anos Fonte: Ministério de Minas e Energia (2009) Por tipo de produto o granulado deve cair para cerca de 5% da produção total, em função da degradação dos minérios granulados (supondo que os guseiros ainda necessitam deste tipo de minério, o consumo chega a 34 Mt com a Vale produzindo 8 Mt. O sinter feed atende as siderúrgicas integradas 95 Mt e exporta o restante. As pelotizações consomem 76 Mt e destinam as pelotas para o mercado interno e/ou exportação. Sobretudo, os analistas afirmam que será necessária uma produção em um ritmo acelerado para o cumprimento das projeções. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Ministério da Economia. Balança Comercial Brasileira. 2020. Disponível em: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio- exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/balanca- comercial-brasileira-acumulado-do-ano. Acesso em: 01 out. 2020. MINERAÇÃO: Queda nas exportações de minério de ferro em agosto. 2020. Disponível em: https://acionista.com.br/secex-exportacoes-minerio- ferro/. Acesso em: 24 set. 2020. SILVA, Eduardo Miquelotti da. O Mercado mundial de Minério de Ferro e seus efeitos sobre a balança Comercial Brasileira. Disponível em: http://www.econ.puc- rio.br/uploads/adm/trabalhos/files/Eduardo_Miquelott i_da_Silva.pdf. Acesso em: 24 set. 2020. Fatores que influenciam o preço do minério. 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