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estudo de caso da vale

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Introdução
No espaço econômico onde as empresas transacionam sua produção, apresenta diversas estruturas. Estas são caracterizadas pela quantidade e comportamento dos agentes e pela natureza do produto final, serviço ou fato de produção.
Nos mercados concorrenciais pode existir a presença de uma grande quantidade de agentes em que as decisões individuais as empresas não afetam as decisões dos demais, eles se comportam apenas como tomadores de preços. Já em mercados onde não existem poucos agentes, a decisão de qualquer agente influenciará sobre a decisão dos demais, logo em certas circunstâncias eles podem ditar os preços.
Quando os produtos são homogêneos, portanto substitutos perfeitos, os mercados são puros. Porém em mercados imperfeitos existe a presença de produtos substitutos, e a diferenciação do produto é um dos fatores que possibilita a manifestação preferência do consumidor pelo bem.
Existem quatro estruturas básicas de organização dos mercados, são elas: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolista e oligopólio. Na concorrência perfeita existem muitos produtores e muitos consumidores, nó monopólio existe apenas um produtor, casos são situações extremas. No mundo real as estruturas pré-dominantes são a concorrência monopolista, onde há uma quantidade considerável de produtores com produtos diferenciados e o oligopólio que apresenta poucos produtores.
Conforme Vasconcellos (2005), o oligopólio tem como características: existência de um número pequeno de produtores fabricando que são substitutos próximos entre si; alguns produtores detêm parcela elevada da produção e que em alguns casos lhes permite exercer uma liderança na fixação de preço no mercado; as decisões das empresas quanto à produção e preço são interligadas. Portanto se uma empresa rebaixar o preço de seu produto para aumentar sua fatia do mercado, será acompanhado pelas demais empresas e se uma empresa produzir acima de sua fatia de mercado terá que carregar estoques; as empresas procuram manter o seu oligopólio através de diferenciação de produtos, acordos com revendedores, propaganda, etc.; não existe livre entrada e saída do mercado. As barreiras à entrada podem ser tecnológicas, ou o alto valor do capital necessário à produção, entre outras razões. São exemplos de oligopólios a indústria de automóvel, a indústria de tratores, a indústria de medicamentos veterinários, serviços de transporte aéreo e rodoviário, setores químico e siderúrgico e outros. 
O objetivo deste trabalho é identificar o padrão de concorrência em um ambiente de oligopólio ou concorrência monopolista, avaliando as estratégias ótimas. Logo iremos nos focar nestas estruturas.
Visando identificar os elementos de mercado das duas estruturas citadas, iremos utilizar os segmentos de mercado em que a Vale do Rio Doce, pois ela atua nas áreas de mineração, logística e energia elétrica, e é uma das empresas que mais contribui para o superávit da balança comercial brasileira.
Segmentos de atuação
A Vale do Rio Doce é uma empresa muito importante no cenário nacional e internacional, pois atua em uma diversidade de segmentos e suas matérias-primas dão origem a uma grande quantidade de produtos que vão de desde prédios, galpões, telhas, estruturas metálicas, tubos, conexões, canos, placas, postes, vigas, caminhões, guindastes, autopeças, rodas, motores, chassis, máquinas agrícolas, amortecedores, trilhos de ferrovias, vagões e locomotivas, chapas de navios, contêineres, válvulas, tambores de flutuação, geladeiras, fogões, freezers, lava-roupas, batedeiras, liquidificadores, refrigeradores, secadoras, embalagens variadas, bombas hidráulicas, botijões de gás, torres de transmissão, radares, robótica, informática, fertilizantes, Tintas e vernizes, pigmentos, automóveis, radares, discos rígidos, celulares, moedas e tantos outros. 
Podemos destacar ainda alguns dos mercados atendidos por estes segmentos que são: construção civil, arquitetura, urbanismo, indústrias automobilística, de transportes, naval e aeroespacial, agronegócios, eletrodomésticos, embalagens, telecomunicações, tecnologia e faz a logística de setores como a agricultura, construção, siderurgia e combustíveis, produtos químicos, produtos florestais e rochas ornamentais. 
Grau de diferenciação de produtos e serviços 
No segmento dos minerais ferrosos podemos destacar o minério de ferro, pelotas, manganês e ferroligas, sendo os dois primeiros os produtos mais importantes da empresa. Dentre os minerais não ferrosos destacam-se a produção de: níquel cobre cobalto, potássio e caulim. Já na cadeia de alumínio temos a: bauxita, alumina e alumínio primário. Todos os produtos destes segmentos são homogêneos, pois são substitutos perfeitos, e com isso apresentam baixa capacidade de diferenciação. No cenário doméstico existem poucas empresas no setor, sendo a Vale a maior. Já no cenário internacional existe um número maior de concorrentes, mas a Vale apresenta-se com a segunda maior do mundo em valor de mercado.
A Vale pretende expandir sua participação no segmento de carvão. Para tanto, estão previstos novos investimentos nos próximos cinco anos, tais como o projeto Moatize, em Moçambique, e a expansão da capacidade da mina de Carborough Downs, na Austrália.
Na siderurgia a atuação ocorre na produção de ferro-gusa por meio da empresa Ferro-Gusa Carajás, incorporada à
Vale em 2008. A produção anual gira em torno de 350 mil toneladas métricas por ano, utilizando como insumo o minério de ferro produzido em Carajás. Eucaliptos de florestas cultivadas são a fonte exclusiva do carvão vegetal usado na operação.
No segmento da logística a estrutura integrada é formada por cerca de 10 mil quilômetros de malha ferroviária, cinco terminais portuários – localizados em Vitória, Sergipe e Maranhão – e um terminal rodo-ferroviário e as principais cargas transportadas em 2008 foram insumos e produtos siderúrgicos (46,8%), produtos agrícolas (40,1%), combustíveis (5,3%), material de construção e produtos florestais (3,3%) e outros (4,5%).
No segmento de energia últimos anos, avançou-se na construção de diversas usinas de geração de energia elétrica para atender à nossa crescente demanda e reduzir os riscos de volatilidade de preços e suprimento, além dos próprios custos de operação. 
Grau de incentivo para a cooperação com os concorrentes
Conforme mostra em seu relatório de sustentabilidade de 2007, a Vale, para alcançar seu objetivo de estar entre as três maiores mineradoras diversificadas do mundo até o final da década, a Vale preconiza estratégia de negócios, governança corporativa, modelo de gestão e estrutura organizacional como os elementos básicos para que atinja o desafio. Para fortalecer a sua posição com a diversificação de produtos para melhor posicionamento nos mercados internacionais, o caminho escolhido tem sido a aquisição de outras grandes empresas com atuação na mesma área, porem com produtos diferentes de sua linha. A capitação de novos recursos permite fortalecer a posição financeira da companhia.
Em um mercado altamente competitivo, com poucas empresas, as políticas de negócios estão altamente interligadas, de forma que qualquer ação de uma firma afeta diretamente os resultados da outra. Logo o lucro da Vale não depende apenas dela, mas também das estratégias de cooperação e auto interesses que ela estabeleça com seus concorrentes. A teoria dos Jogos pode ser muito importante para análise deste tipo de mercado. 
Como líder mundial em minério de ferro, a Vale usualmente é a primeira a fechar uma negociação de preço com um grande cliente, que servirá de referência para todo o mercado - conhecido como benchmark, esse é o sistema de reajuste do minério de ferro, que não é cotado em bolsas de mercadorias. 
Segundo Bonatto (2009), em 2008 a Vale saiu na frente e obteve reajuste de 65% a 71% em fevereiro, dependendo do minério e as rivais Rio Tinto e BHP (anglo-australiana) esperam mais tempo - até junho – e conseguiram aumento de até 96%, num momento de mercado mais aquecido. Com isso a Valeadotou uma postura mais cautelosa este ano nas negociações, deixando tais empresas negociarem primeiro. Logo fica evidente a prática de colusão entre as empresas do setor. 
Tipo de mercado
Observando o que foi apresentado sobre a Vale no decorrer de deste trabalho, é possível perceber que o tipo de mercado onde esta empresa esta inserida é o oligopólio. Pois conforme Vasconcellos (2005) o oligopólio apresenta as seguintes características: pequeno de produtores fabricando produtos homogêneos, alguns produtores detêm parcela elevada da produção e que em alguns casos lhes permite exercer uma liderança na fixação de preço no mercado, as decisões das empresas quanto à produção e preço são interligadas e existem barreiras à entrada podem ser tecnológicas, ou o alto valor do capital necessário à produção como no caso da Vale, que é intensiva em capital.
Durante as negociações este ano pelo preço do minério do ferro, as mineradoras Rio Tinto e BHP Billiton conseguiram fechar acordos com siderúrgicas chinesas para corte de 33 por cento no preço do minério de ferro. Com a crise econômica mundial a China é hoje é o maior consumidor de minério de ferro do mundo, o que dá às siderúrgicas locais, maior poder de barganha nas negociações, tanto que no primeiro trimestre, o país comprou 66% de todo o minério de ferro vendido pela companhia brasileira. 
O resultado da negociação pelo preço do minério de ferro este ano, foi marcado por uma vitória para as mineradoras em uma longa batalha que incluiu acusações de espionagem entre China e Austrália. Evidenciando assim a grande disputa que ocorre entre as empresas oligopolistas.
Conclusão 
Foi possível perceber que a Vale é uma mineradora muito importante para o país, pois atua na extração, beneficiamento e comércio de minérios, transporte ferroviário e operação portuária. É a segunda mineradora do mundo em valor de mercado e tem previsão de se expandir ainda mais.
Sua eficiência baseia-se em parâmetros geológicos como qualidade do minério, na localização da suas minas e no tamanho de suas reservas minerais, que são barreiras à entrada naturais. A escala e a rentabilidade potencial da atividade dependem também de dois outros fatores também associados à geografia tanto o traçado das ferrovias e a localização dos portos, que conforme vimos é muito boa. 
A competitividade internacional da Vale dependerá, de um lado, das economias de escala na mineração, e, de outro, das economias de escala, escopo e densidade na operação dos serviços de logística, possibilitando a extração de minérios de boa qualidade em um mercado de configuração oligopolista 
Em um mercado oligopolista as empresas para se manterem no mercado têm que traçar estratégias cooperativas e não cooperativas conluios e às vezes até espionagem, de tão acirrada que é a competição.
Referências bibliográficas
Vasconcellos, Marco Antonio Sandoval de; Garcia, Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. 2ªed. São Paulo: Saraiva, 2005.
BARBOSA, Aline. Empresa em foco. Portal JFMG. Juiz de Fora. Disponível em: <http://www.jfmg.com.br/ver.php?centro=print_artigo&dados=8&tipo=empresa_foco>. Acesso em 23. Jul. 2009
As estratégias de negócios da Vale do Rio Doce. Disponível em: <http://papodeinvestidor.blogspot.com/2008/06/as-estratgias-de-negcios-da-vale-do-rio.html>. Acesso em 23. Jul. 2009
SANTOS, Gildenir Carolino. Referências – padrão ABNT. Campinas: Faculdade de Educação – UNICAMP, 2005. Disponível em:< http://www.bibli.fae.unicamp.br/suporte/citacao.doc>. Acesso em 22. jul. 2009.
Como investir – estratégia de investimento de Warren Buffett. Disponível em: <http://www.bolsadevalores.net>. Acesso em 23. Jul. 2009
BONATTO, A. C. A batalha pelo minério do ferro II. Disponível em: < http://www.webartigos.com/articles/19743/1/a-batalha-pelo-preco-do-minerio-de-ferro-ii/pagina1.html.>. Acesso em 23. Jul. 2009
Relatório de Sustentabilidade da Vale do Rio Doce. Ano 2007. Disponível em: http://www.vale.com/relatoriosustentabilidade2007/pdf/vale_portugues.pdf. Acesso em 23. Jul. 2009

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