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res. ' CIDADAO KANE '

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Resenha : Cidadão Kane
Ano : 1941
Diretor : Orson Welles
Autor : Ana Luísa Pereira
Rosebud: a memória de um grande homem.
Quando dirigiu, produziu, protagonizou e foi co roteirista de Cidadão Kane, Orson Welles tinha 25 anos e conquistara fama no rádio: em 1939 fez história ao transmitir programa que simulava uma invasão dos Estados Unidos por marcianos. A primeira entrada da reportagem no ar relatou acontecimentos imprecisos que, nos flashes seguintes, foram se tornando cada vez mais claros e ameaçadores; eram entrevistados populares, autoridades, especialistas etc., compondo um quadro cada vez mais assustador e complicado. Baseado no livro A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, o show radiofônico criou habilmente a ilusão de veracidade, levando os ouvintes ao pânico. Dando ao cineasta a chance de ver seu nome no topo dos comentários.
Graças a isso, o diretor novato ganhou da produtora RKO “carta branca” para produzir, e um orçamento muito bom. Reforçando seu jeito polemico, ele fez um filme no qual se identificavam alusões ao magnata das comunicações William Randolph Hearst.
Com o filme, Welles concorreu com 9 indicações ao Oscar, entre elas melhor roteiro original, melhor ator, melhor diretor e melhor filme, ganhando porém apenas o titulo de melhor roteiro original
Considerado por parte da crítica especializada o melhor filme de todos os tempos, Cidadão Kane, conta a história do magnata da comunicação Charles Foster Kane, um americano visionário e austero, que consegue fama, dinheiro e problemas ao longo de sua carreira midiática, através da investigação jornalística do repórter Thompson (Joseph Cotten). Este faz durante o filme toda a trajetória de vida de Kane, arrecadando fatos, historias, depoimentos, de uma forma linear.
O filme se inicia com a morte do protagonista. Dado bem incomum para a época da sua produção. Welles que gostava de inovar, escreveu essa narrativa de forma linear, porém iniciando-a pelo passado.
Só se fala da morte de Charles Kane. Um dos jornais que estava produzindo um curta sobre a vida do homem, queria inovar, mostrando algo que ainda não tivesse sido publicado na mídia. Então, se dão conta de que Kane pronunciou uma palavra antes de sua morte: “Rosebud”, e decidem investigar para tentar descobrir o que ela significava.
O jornalista encarregado dessa tarefa foi Jerry Thompson, interpretado pelo ator Willian Alland. Jerry, sabendo de sua difícil missão, tenta em primeiro plano conversar com a segunda esposa de Kane, Susan Alexander (Dorothy Comingore), já que esta teria sido a ultima pessoa a conviver com Kane. Porém, ela bastante alterada, deprimida e afogada em suas magoas, se recusou a conversar com o jornalista.
Ele então segue para o local onde se encontra guardado o diário do tutor de Kane, o Sr. Walter Park Tatcher (George Colouris). Em seu diário, está registrado como tudo começou na vida de Charles, e como este foi crescendo e se desenvolvendo. Conta de onde surgiu a fortuna dele, e como Kane decidiu inicialmente administrá-la.
No seu relato, ele com ta que a família de Charles Foster Kane ganhara de um inquilino devedor uma enorme herança. Na esperança de fazer de seu filho um grande homem e afastá-lo do pai, que batia nele, a Sra. Mary Kane, interpretada pela atriz Agnes Moorehead, mãe de Charles, decidiu então dar sua tutela a um banco, e quem cuidaria do menino nos anos seguintes seria ele, Walter Park Tatcher 
Em uma situação extremamente desagradável, pois acabara de receber a noticia que teria de se separar de sua mãe, Kane, que brincava com teu trenó na neve, é violento com seu com ele, pessoa com quem mais a frente, durante todos os seus anos de vida, teve conflitos e uma relação muito frágil.
Aos 25 anos, Kane pode então assumir sua fortuna, porem avisou que de tudo, queria apenas usar seu jornal. Forma que ele encontrou de atacar tudo aquilo que achava errado, e principalmente, o seu tutor. Os anos se passam, e ele, em meio à crise, abre mão de administrar seus jornais por um quantia mensal em dinheiro. No dia dessa conversa, Kane fala que não se considerava um grande homem, mas que se não fosse rico, poderia ter sido. Ao ser questionado por Tatcher sobre o que Kane gostaria de ter se tornado ele diz “tudo aquilo que você odeia.” 
Com seu tempo esgotado, e se dando conta de que no diário não haveria maiores informações sobre aquilo que pesquisava, Jerry vai então visitar o presidente, o Sr. Bernstein (Everette Solane), antigo secretário de Kane. Questionado sobre a palavra, Bernstein diz acreditar não se passar de apenas o nome de alguém que Kane tivesse conhecido no passado, porém não conhece o significado, e nem sabe por que Charles pronunciou-a antes de morrer. Para ajudar o repórter, ele indica alguém que acredita que possa saber, o Mr. Jedidah Leland, (Joseph Cotten) , que havia sido o maior amigo da vida de Kane.
Antes de ir embora, o jornalista escuta atentamente a como foi que Kane assumiu o Inquirer, jornal que Kane conduziu com paixão durante anos. Ele assim que chegou, já decidiu que faria mudanças, e a maior delas, foi passar o jornal que era diurno para 24 horas, pois acreditava que a noticia não podia parar. Dedicado, desejava que a população tivesse acesso a um jornal que fosse sempre comprometido com a verdade.
Após anos de trabalho, e depois de ter conseguido montar para o Inquirer a melhor equipe de jornalistas da época, Kane segue o conselho de seu medico e tira férias. Em sua volta, notifica a sua equipe que se casará. Charles Foster Kane fica noivo de Emily Moroe Norton (Ruth Wattick), sobrinha do então presidente.
Após finalizar a conversa escutando de Bernstein que Kane foi um homem que perdeu quase tudo que teve, e que tudo que ele quis na vida foi amor, Thompson segue em direção ao hospital em que se encontra Leland. Em sua entrevista, o antigo amigo de Charles, faz a trajetória amorosa dele.
Conta primeiro sobre Emily, o amor que uniu os dois, mas também a rotina que acomodou o casal. Kane era extremamente dedicado ao jornal, sobrando pouco tempo para a esposa. Outro complicador na vida deles, era a insistência do marido em falar mal no jornal do presidente atual, tio de sua esposa.
Com o casamento abalado, e já não se falando mais eles levaram a relação de fachada, para manter a pose a ajudar Kane a se eleger. Porém, em um dia de chuva, ocasionalmente ele conheceu Susan Alexander (Dorothy Comingore), uma cantora, que mudou os rumos de sua vida.
Ela passou a ser a terapia de Charles. Até o dia em que seu maior inimigo político descobriu sobre o romance, e o chantageou, dizendo que se Kane não desistisse da política por pelo menos um ano, todos os tablóides saberiam da vida dupla que levava. Corajoso, porém, não cede as exigência do seu adversário, e acaba vendo seu nome e sua chance de ser eleito jogados no lixo, no dia seguinte, quando saiu à publicação em todos os jornais.
Após o ocorrido, Leland fica muito decepcionado, e se embriaga. Ao chegar ao jornal, Kane e ele têm uma desavença, a amizade a partir daí acaba. Passam-se os anos, e eles continuam sem se falar. Charles monta para sua atual esposa um teatro lírico, onde ela faz sua primeira apresentação. Kane, então vai até o jornal e se depara com Leland dormindo bêbado sob a critica da estréia de Susan. Ele lê, e percebe que seu antigo melhor amigo, teceu em suas poucas linhas produzidas, pesadas criticas; Ele pega o texto, e de forma ética continua de onde Leland havia parado, sem colocar nenhum elogio, porém quando Jedediah acorda Charles o demite.
Terminando então todas as lembranças que Jedediah Leland achava importante, o jornalista Thompson segue seu caminho, para tentar novamente conversar com a ultima mulher de Charles Foster Kane. Susan dessa vez decide recebê-lo e conversa sobre como foi seu relacionamento com ele, sobre o palácio de xandu, sobre sua carreira, e tudo que Kane representou em sua vida. 
Iniciando suas lembranças ela fala sobre sua estréia no teatro, e as duras criticas recebidas. Diz que tentou desistir, mas que seu marido a proibiu. Os anosse passaram, e ela fez inúmeras apresentações, porém não agüentando mais o desdenho do publico e a pressão de ter que cantar, ela tentou o suicido, e foi a partir daí que conseguiu sair da vida que levava. 
No castelo construído por Charles, ela tinha tudo, era um mundo a parte, longe de tudo e todos, e muito luxuoso Xandu era o local que ninguém jamais saberia quando custou. Porem, Susan Alexander não agüentava mais a vida solitária, desejava festas e pessoas, tudo era muito vazio na casa. Kane, por outro lado, não queria mais sair de lá. Ela então percebe algo que faz com que todas as estruturas de seu casamento se abalem “Charles Foster Kane não ama ninguém além dele mesmo, e o que ele realmente deseja é que todos os amem”. É então que ela toma a difícil decisão de abandoná-lo.
Percebendo que a entrevistada não sabia nada sobre “Rosebud” Jerry decide ir até Xandu, onde sua equipe estaria tirando fotos das peças raríssimas da coleção de Kane. Chegando la, conversa com o mordomo, que serviu o empresário durante 11 anos. Voltando a memória de onde Susan parou, ele diz que Kane após a partida da esposa quebrou todo o quarto, e que só parou quando pegou em sua mão, uma bolinha de vidro com neve dentro, a qual olhou e disse “rosebud” a mesma palavra pronunciada em sua morte.
Quando chega ao fim a expedição em Xandu o reportar conversa com sua equipe, e explica que não conseguiu descobrir o significado da palavra. Diz que Kane foi um homem que teve tudo e perdeu tudo, e que isso que estavam procurando, talvez fosse apenas mais alguma coisa que ele tinha perdido em sua vida. Que provavelmente era apenas mais um peça faltante no quebra cabeça, mas não algo que pudesse determinar quem foi ele.
O filme então termina, com alguns objetos de Xandu sendo queimado, entre eles primeiro treno de Charles, que ele estava brincando na casa da sua mãe. No treno havia escrito a palavra “ROSEBUD”. Rosebud então era a lembrança dos momentos mais doces da vida desse homem, que almejou tanto ser amado, para poder recuperar o amor de sua mãe, que lhe foi tirado na infância.

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