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1 Andreza Cunha – Medicina de Emergência 2021.2 MANEJO DAS VIAS AÉREAS Queda da base da língua → principal causa de obstrução das VAS (perda de consciência) → não para ar da orofaringe, nem nasofaringe Manobra básica X Manobra avançada • Básica qualquer pessoa faz (leigo) • Avançada → profissional de saúde Dispositivos de suplementação X Dispositivos para manter a VA pérvia (básicos e avançados) X Dispositivos para assistência ventilatória • Cânula orofaríngea (Gedel) → básico • Sonda flexível de aspiração → básico • Dispositivo bolsa válvula máscara (Ambu) → serve para ventilar o paciente que não consegue respirar → básico • Cateter nasal → básico – suplementação de O2 • Máscara de Venturi → básico • Máscara não reinalante → básico • Nebulizador • Cânula nasofaríngea → baixa de consciência Dispositivos básicos • Oxigenoterapia suplementar • Manobras manuais • Aspiração • Dispositivos auxiliares de permeabilização (COF, CNF) • Bolsa-Válvula-Máscara Dispositivos avançados • Dispositivos extraglóticos • IOT • Intubação nasotraqueal • Via aérea cirúrgica Objetivos • Manter a via aérea pérvia é uma prioridade diante de um paciente grave • Oferecer oxigênio suplementar a todo paciente com sinais de hipoxemia • Assegurar, quando necessário o suporte ventilatório • Identificar a ineficácia de um dispositivo básico e a piora clínica do paciente • Reconhecer quando será necessária uma via aérea avançada • Reconhecer a falha na tentativa de uma intubação e o que fazer nestes casos 2 Andreza Cunha – Medicina de Emergência 2021.2 MANTER A VIA AÉREA PÉRVIA É UMA PRIORIDADE DIANTE DE UM PCT GRAVE Queda da base da língua • Ligada a mandíbula → hiperextensão do pescoço → mandíbula vai para frente e a língua também → paciente com via aérea pérvia • Quais pacientes pode usar? o Paciente que não tenha suspeita de trauma o Arritimia, infarto, AVC, intoxicação exógena Anteriorizar a mandíbula sem mexer no pescoço → JAW THRUST • Usa os polegares na região malar e com o restante da mão faz uma alavanca no ângulo da mandíbula e joga para frente Já fez a manobra paciente continua com a respiração ruidosa daí percebe- se bastante saliva na cavidade oral → aspiração: • Pré-oxigenar • A aspiração não deve ser prolongada o Sonda rígida X Flexível o Flexível: não tem controle, dificuldade de aspirar no lugar que estou vendo, desvia para outro canto → inclusive ir para o cérebro o Rígida: aspira exatamente no local → na emergência aspira com sonda rígida o Flexível usa quando o paciente já está intubado, aspira a secreção que está no tubo Depois que aspira tem que usar alguma coisa para manter a via aérea pérvia • Cânula de Geddel o O tamanho ideal é do canto da boca até o lóbulo da orelha o A curvatura é para ajustar com a língua, mantendo-a em posição anterior sem ter que deslocar a mandíbula o Se for muito pequena a língua não vai se manter anteriorizada o Se for muito grande pode empurrar a língua • Duas maneiras de colocar a cânula de Geddel o Encontra o palato duro, gira como um parafuso e ela encaixa o Ou usa um abaixador e coloca diretamente (principalmente em criança que o palato duro ainda é mole e pode haver lesão) o Com Geddel não precisa fazer as manobras já que a cânula está mantendo a língua anteriorizada OFERECER O2 SUPLEMENTAR A TODO PCT COM SINAIS DE HIPOXEMIA Sinais de hipóxia • Agitação • Taquidispneia • Uso de musculatura acessória o Fúrcula esternal o Aleteo nasal o Tiragem intercostal o Uso de musculatura abdominal Head tilt e chin lift 3 Andreza Cunha – Medicina de Emergência 2021.2 • Cianose • Achados de hipoperfusão • Saturação baixa ou não leitura pelos aparelhos Cânula nasal • Administrar concentrações baixas de O2 o Fluxo mínimo = 1 litro/min (24%) o Fluxo máximo = 6 litros/min (44%) Fórmula: 4 x fluxo (L/min) + 21% Não passa de 6L → começa a causar lesão na mucosa nasal, se precisar mais de 44% começa a usar algum tipo de máscara Máscara de Venturi • Moderado fluxo e concentração • Fluxo mínimo de 4l/min = 24% de O2 • Fluxo máximo de 15l/min = 50% de O2 ➔ Ideal em pacientes com DPOC (dá para controlar a quantidade de O2) Se quiser mais que 50% de O2 vamos para: Máscara Facial Não Reinalante (não deixa o ar expirado misturar com o ar enriquecido de O2, o ar sai pela lateral) • Alto fluxo • Alta concentração • A oferta de O2 chega próximo a 80% a partir de 10L/min • Atenção a uma piora ASSEGURAR QUANDO NECESSÁRIO O SUPORTE VENTILATÓRIO Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara • Pode ser usado com ou sem fonte de oxigênio • Cada ventilação deve ser feita em 1 segundo • Atenção para distensão gástrica • C na máscara e o E na mandíbula e com a outra mão ventila • O intervalo entre uma ventilação e outra é 6 segundos • Gasping é um tipo de parada respiratória 4 Andreza Cunha – Medicina de Emergência 2021.2 IDENTIFICAR A INEFICÁCIA DE UM DISPOSITIVO BÁSICO E A PIORA CLÍNICA DO PACIENTE • Senhora de 60 anos com HAS, chega na emergência com desconforto respiratório. Você observa agitação, uso de musculatura acessória e cianose de extremidades. A paciente encontra-se sentada e apoiada (POSIÇÃO CLÁSSICA DE PCT COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA) → HIPÓXIA! • Passa a ficar sonolenta, não conseguindo sustentar-se sentada, apresentando respiração ruidosa • Elevação de CO2 → pct não consegue ventilar, não consegue colocar CO2 para fora → hipercapnia (DPOC, bronquite crônica, asma, idoso) RECONHECER QUANDO SERÁ NECESSÁRIA UMA VIA AÉREA AVANÇADA Indicações • Falha dos outros métodos em manter a via aérea pérvia • Parada cardiorrespiratória • Dificuldade em manter uma boa oxigenação e ventilação • Escore da escala de coma de Glasgow < = 8 • Piora neurológica • Risco de obstrução das vias aéreas superiores • Risco de aspiração para as vias aéreas • Queimaduras que ameaçam as vias aéreas • Lesões por inalação • Quadros tóxico-metabólicos graves Se o PCT aceita Geddel → merece tubo Via Aérea Avançada • Via aérea definitiva o IOT ou nasotraqueal o Via aérea cirúrgica • Outras opções (Via aérea extraglótica) o Máscara laríngea o Tubo mono lúmen Via aérea definitiva → tem que contemplar esses 5 critérios: • Cânula na traqueia • Balonete insuflado • Fixado • Fonte de oxigênio • Ventilação com pressão positiva Sequência rápida de intubação 7 P’s • Preparação (MOVE, equipamento e medicações) • Pré-oxigenação • Pré-intubação → melhorar a condição clínica antes de IOT (otimização) o Estabilização clínica o DVA – droga vasoativa o Reposição volêmica o Descompressão torácica (pneumotórax) • Paralisia após indução de amnésia → etomidato, ketamina + bloqueador neuromuscular como a succinil colina • Posicionamento 5 Andreza Cunha – Medicina de Emergência 2021.2 Prova – confirmação • Método fisiológico • Ausculta → primeiro no epigástrio → sem ruído gástrico vai para o ápice esquerdo → sem MV do lado esquerdo (seletivo - provável que pela questão anatômica ele vai para esquerda) → ai desinsufla o Cuff, puxa o tubo, reinsufla e testa de novo na esquerda → depois compara na direita → escuta os ápices e as bases • Expansibilidade torácica • Embaçamento do TOT - tubo • Mudança da cor da pele → sai de azul para rosa • Método mecânico: oximetria, capnógrafo (mede CO2 saindo) Pós intubação • Reavaliação • Ventilação mecânica • DVA X reposição volêmica • Exames laboratoriais e de imagem Falha na IOT? • Pedir ajuda aos colegas Operador • Ausculta • Expansibilidade torácica • Embaçamento do TOT • Mudança da cor da pele Procedimento • Limitações técnicas (aspiração, imobilização cervical) • Limitações de equipamento (inadequado)Paciente • Via aérea difícil • Trauma maxilofacial Dispositivos extraglóticos • Máscara laríngea o Não é definitiva o É invasiva 6 Andreza Cunha – Medicina de Emergência 2021.2 • Tubo laríngeo o Coloca as cegas → pode ir pro esôfago o Não fica dentro da traqueia → não é via aérea definitiva • Via aérea cirúrgica o Ventilação jato transtraqueal percutânea (VJTP) o Cricotireoidostomia cirúrgica o É sempre a última opção o Referência anatômica o Eventualmente se faz
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