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Gestão de transporte e infraestrutura

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 Editora Senac São Paulo.
Marco Antonio da Silva
Rubens Vieira da Silva
Gestão de transporte 
e infraestrutura
GESTÃO DE TRANSPORTES 
E INFRAESTRUTURA
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza - CRB 8a/6189)
Silva, Marco Antonio da
 Gestão de transportes e infraestrutura / Marco Antonio da Silva, 
Rubens Vieira da Silva – São Paulo : Editora Senac São Paulo, 2018. 
(Série Universitária)
	 Bibliografia.
 e-ISBN 978-85-396-2235-1 (ePub/2018)
 e-ISBN 978-85-396-2236-8 (PDF/2018)
 1. Transporte 2. Logística 3. Comércio Exterior I. Silva, Rubens 
Vieira da II. Título. III. Série.
 18-731s CDD- 388
 382
 BISAC BUS026000
 BUS078000
Índice para catálogo sistemático
1. Transportes 388
2. Transportes : Logística : Comércio Exterior 382
3. Logística : Administração de materiais 658.78
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GESTÃO DE TRANSPORTES 
E INFRAESTRUTURA
Marco Antonio da Silva
Rubens Vieira da Silva
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Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional
Luiz Francisco de A. Salgado
Superintendente Universitário e de Desenvolvimento
Luiz Carlos Dourado
Editora Senac São Paulo
Conselho Editorial
Luiz Francisco de A. Salgado 
Luiz Carlos Dourado 
Darcio Sayad Maia 
Lucila Mara Sbrana Sciotti 
Jeane Passos de Souza
Gerente/Publisher
Jeane Passos de Souza (jpassos@sp.senac.br)
Coordenação Editorial/Prospecção
Luís Américo Tousi Botelho (luis.tbotelho@sp.senac.br) 
Márcia Cavalheiro Rodrigues de Almeida (mcavalhe@sp.senac.br)
Administrativo
João Almeida Santos (joao.santos@sp.senac.br)
Comercial
Marcos Telmo da Costa (mtcosta@sp.senac.br)
Acompanhamento Pedagógico
Ariadiny Carolina Brasileiro Maciel
Designer Educacional
Alexsandra Cristiane Santos da Silva
Revisão Técnica
Francisco Carlos Gimenez Figueiredo
Coordenação de Preparação e Revisão de Texto
Luiza Elena Luchini
Preparação de Texto
Obá Editorial
Revisão de Texto
Bianca Rocha
Projeto Gráfico
Alexandre Lemes da Silva 
Emília Correa Abreu
Capa
Antonio Carlos De Angelis
Editoração Eletrônica
Cristiane Marinho de Souza
Ilustrações
Cristiane Marinho de Souza
Imagens
iStock Photos
E-pub
Ricardo Diana
Proibida a reprodução sem autorização expressa.
Todos os direitos desta edição reservados à
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Rua 24 de Maio, 208 – 3o andar 
Centro – CEP 01041-000 – São Paulo – SP
Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP
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© Editora Senac São Paulo, 2018
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Sumário
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Capítulo 1 
Transportes e sua importância 
dentro do contexto logístico, 9
1 A logística no mercado globalizado, 10
2 A importância dos transportes na 
logística, 11
3 O investimento no setor de transporte 
no Brasil em números, 17
Considerações	finais,		19
Referências, 19
Capítulo 2 
Modais de transporte I: o 
transporte rodoviário – parte I, 21
1 A relevância do transporte 
rodoviário, 22
2 A estrutura e a utilização do transporte 
rodoviário, 25
3 Equipamentos para o transporte 
rodoviário, 28
Considerações	finais,		32
Referências, 32
Capítulo 3 
Modais de transporte I: o 
transporte rodoviário – parte II , 33
1 Órgãos reguladores do transporte 
rodoviário, 34
2 Legislação de transporte 
rodoviário, 37
3 Documentos do transporte rodoviário 
de cargas, 42
4 Operador logístico 3PL e 4PL (third 
and fourth party logistics), 43
Considerações	finais,		46
Referências, 47
Capítulo 4 
Modais de transporte II: 
o transporte aeroviário, 49
1 A relevância do transporte 
aeroviário, 50
2 Agências reguladoras, 54
3 Os documentos no modal aéreo, 56
Considerações	finais,		60
Referências, 60
Capítulo 5 
Modais de transporte III: 
o transporte ferroviário, 63
1 O transporte ferroviário, 64
2 Ferrovia: de estatal para o setor 
privado, 67
3 Características do transporte por 
ferrovia, 69
4 Os equipamentos para o transporte 
ferroviário, 71
5 Agências reguladoras, 72
Considerações	finais,		73
Referências, 73
Capítulo 6 
Modais de transporte IV: 
o transporte hidroviário, 75
1 O transporte hidroviário, 76
2 Fatores decisórios para a escolha 
do transporte hidroviário, 80
3 Transporte marítimo de longo 
curso, 80
4 Cabotagem, 84
5 Infraestrutura portuária no Brasil, 85
Considerações	finais,		86
Referências, 87
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.Capítulo 7 
Modais de transporte V: o 
transporte dutoviário, 89
1 A relevância do transporte 
dutoviário, 90
2 Rede dutoviária no Brasil, 92
3 Vantagens e desvantagens do 
transporte dutoviário, 95
4 Visão geral da logística de 
transporte, 97
Considerações	finais,		103
Referências, 105
Capítulo 8 
Transporte de produtos 
perigosos, 107
1 A relevância do transporte de produtos 
perigosos, 108
2	Classificação	internacional	para	
produtos perigosos, 109
3	Identificação	do	produto	perigoso	para	
transporte, 111
4 Embalagens, 117
5 Procedimentos e regulamentos 
para o transporte de produtos 
perigosos, 118
Considerações	finais,		123
Referências, 123
Apêndice, 125
Capítulo 9 
Infraestrutura de transporte e 
multimodalidade, 131
1 Infraestrutura de transporte 
de cargas, 132
2 A importância da intermodalidade, 134
3 Intermodalidade e 
multimodalidade, 135
4 A multimodalidade no Brasil, 138
Considerações	finais,		142
Referências, 142
Capítulo 10 
Transporte internacional 
de carga, 145
1 A relevância da logística 
internacional, 146
2	Os	desafios	da	logística	 
internacional, 148
3 Controles operacional, administrativo 
e tributário nas operações de logística 
internacional no Brasil, 150
4 Administração dos serviços de 
transporte internacional, 155
5 Responsabilidades, deveres e 
obrigações do vendedor e do 
comprador internacional e os 
Incoterms, 156
Considerações	finais,		158
Referências, 158
Capítulo 11 
Custos logísticos, 161
1Custos logísticos: conceituação, 162
2 Elementos representativos 
na composição dos custos 
logísticos, 163
3 Custos de armazenagem e 
movimentação dos materiais, 165
4 Custos de transporte, 167
5 Custos de embalagens, 168
6 Custos de manutenção de 
inventário, 170
7 Custos de tecnologia da 
informação, 172
Considerações	finais,		174
Referências, 174
Capítulo 12 
Custos de transporte, 177
1 Custos logísticos de transporte: 
caracterização, 178
2 Fatores determinantes do valor do 
frete, 179
3 Categorias de custos de transporte: 
custos	fixos	e	variáveis,		180
4 Elementos componentes de 
custos aplicados ao transporte 
rodoviário, 183
Considerações	finais,		185
Referências, 185
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Capítulo 13 
Aplicação de TI no transporte de 
cargas, 187
1 A evolução da tecnologia da 
informação aplicada à logística, 188
2 Soluções de TI aplicadas à 
logística, 190
3 Sistema de gerenciamento de 
transporte (TMS), 191
Considerações	finais,		196
Referências, 197
Capítulo 14 
Gestão de riscos 
no transporte, 199
1 Conceituando gestão de riscos, 200
2 Composição e análise dos fatores de 
risco, 201
3 Planejamento e estrutura para 
gerenciamento de riscos, 204
4 O uso da tecnologia da 
informação na gestão de riscos 
de transportes, 207
Considerações	finais,		211
Referências, 211
Capítulo 15 
Regulação ao transporte de 
cargas, 213
1 Logística e transporte 
internacional, 214
2 Contratos internacionais, 215
3 Seguro de transporte, 219
Considerações	finais,		229
Referências, 230
Capítulo 16 
Transportes na gestão da cadeia 
de suprimentos, 231
1 O processo de transporte, 232
2 A rede de instalação de uma cadeia de 
suprimentos, 234
3 A relação entre o transporte e a cadeia 
de suprimentos, 236
Considerações	finais,		240
Referências, 241
Sobre os autores, 243
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Capítulo 1
Transportes e 
sua importância 
dentro do contexto 
logístico
Como pensamos o mundo atualmente? As mudanças são tantas e 
tão rápidas que quando analisamos o cenário atual é fácil perceber que 
hoje as empresas atuam em um ambiente dinâmico, instável e de maior 
complexidade do que nos anos 1980 e 1990. Além disso, a globalização 
promoveu um intenso estabelecimento de parcerias entre as nações. 
Se o mundo está mudado, e continuará mudando, assim como o âm-
bito dos negócios, as estratégias empresariais e a inovação deverão se 
tornar aliadas do empreendedor na busca por vantagens competitivas.
Para obter essas vantagens, o processo decisório nas empre-
sas leva em conta estratégias que envolvem suprimentos, produção, 
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armazenagem, movimentação e distribuição de produtos e serviços. 
Considerando essas áreas, a logística é essencial para a redução de 
custos,	 e	 o	 grande	 desafio	 é	 promover	 a	 integração	 entre	 as	 diversas	
atividades dentro dela e reconhecer que a competição se dá entre as 
suas cadeias, sejam elas nacionais ou internacionais.
Este capítulo tratará da importância dos transportes dentro do con-
texto logístico, sua relevância para o desenvolvimento social e eco-
nômico, bem como seu papel determinante no processo de troca de 
mercadorias entre cidades e países, independentemente da distância. 
Será possível compreender, também, o valor estratégico dessa ativida-
de logística na gestão empresarial.
1 A logística no mercado globalizado
A logística nem sempre foi da maneira como a conhecemos hoje. A 
evolução dessa atividade foi tamanha nas últimas décadas que acabou 
se tornando um fator de competitividade e de grande importância estra-
tégica na gestão dos negócios.
No passado, a atividade logística estava associada ao transporte de 
suprimentos aos postos de combate nas guerras. Os esforços logísti-
cos eram direcionados a suprir as frentes de batalha, o que, devido à 
situação,	era	um	grande	desafio.	É	possível	imaginar	a	dificuldade	e	os	
riscos que estavam envolvidos nesse processo.
As coisas mudaram. O mundo evoluiu. Tudo é mais veloz. Por exem-
plo, quando comparamos a tecnologia das décadas de 1970 e 1980 
com a atual, é possível compreender o quanto o avanço tecnológico 
permitiu a conexão entre as pessoas. A partir desse exemplo, vamos 
refletir:	como	percebemos	o	mundo	hoje?
Por muito tempo, os negócios aconteceram em um cenário mais 
simples, menos complexo, mais estável e pouco globalizado, o que 
11Transportes e sua importância dentro do contexto logístico
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difere muito dos dias atuais, em que temos um mundo mais dinâmico, 
mais complexo, instável e em constante mudança.
Novos	 cenários	 demandam	 novos	 desafios.	 Portanto,	 os	 negócios	
tiveram que evoluir. Dessa forma, a logística foi cada vez mais se in-
corporando ao mundo dos negócios e, de maneira natural, passou a 
ocupar um lugar especial no planejamento estratégico das empresas. A 
atividade logística assumiu tanta importância que, atualmente, não en-
volve apenas as atividades de transporte, mas também os processos de 
suprimentos, produção, armazenagem, movimentação e distribuição.
PARA PENSAR 
Ao longo dos últimos trinta anos, quanto a tecnologia contribuiu para o 
avanço dos negócios de forma globalizada? E quanto esse avanço mu-
dou o cenário competitivo nos mais variados segmentos da economia?
 
Para dar conta dos novos modelos e estratégias de negócios, a logís-
tica passou a ser pensada não mais como uma atividade de transporte 
desassociada de outras áreas dentro de uma empresa, mas sim como 
uma variedade de atividades interligadas umas às outras. Integração, 
essa é a palavra-chave: integrar todos os participantes de um modelo de 
negócio	é	garantir	uma	logística	eficiente	e	de	resultados.
2 A importância dos transportes na logística
Cada consumidor tem seus próprios critérios e preocupações no 
momento de obter um bem ou contratar um serviço. Há aqueles que 
gostam de pagar à vista, outros queparcelam, alguns que valorizam 
mais o preço do que a qualidade. Mas quando falamos sobre a dispo-
nibilidade do produto, todo consumidor dá importância para o prazo 
de	entrega.	 Independentemente	do	perfil	de	compra,	eles	querem	que	
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.os produtos estejam disponíveis no momento desejado. Tome como 
exemplo uma reforma de apartamento. Quem iria gostar de não receber 
os materiais para a reforma dentro do prazo? Imagine o descontenta-
mento	 se	 o	 transportador	 não	 fizer	 a	 entrega.	 Esse	 exemplo	 do	 coti-
diano nos faz perceber a importância do transporte para disponibilizar 
produtos	no	tempo	desejado	por	quem	os	adquiriu.	É	possível	até	dizer	
que, em alguns casos, o transporte entrega sonhos realizados, dada a 
sua	relevância	no	funcionamento	eficiente	da	logística.
Ao pensar no transporte em um processo logístico, imaginamos 
quantos produtos precisam ser transportados de um local para outro 
e a natureza diversa deles: produtos químicos, têxteis, alimentícios, 
commodities, de tamanho pequeno, grande, de dimensões extraordi-
nárias, de grandes turbinas para geração de energia elétrica a peque-
nas caixas de fósforo. Atender a essas demandas, disponibilizando os 
produtos no prazo esperado pelas empresas, faz do transporte uma 
das etapas essenciais na geração de valor das companhias que utili-
zam esse serviço.
E será que os diferentes tipos de produtos têm a mesma necessidade 
em termos de transporte? Obviamente que não. Portanto, o transporte 
ocupa um papel fundamental na logística de distribuição, sendo respon-
sável pela movimentação de diversos produtos em todas as regiões do 
Brasil e no exterior, e nos mais variados ambientes, contribuindo para 
fazer chegar o produto certo ao local certo, na hora certa e com preço 
justo. Ele contribui também para o desenvolvimento social e econômico 
das regiões por onde passa. Uma região no Brasil, ou mesmo em outro 
país,	 quanto	 mais	 desenvolvida	 for,	 significa	 que	 há	 ali	 uma	 atividade	
industrial intensa, tanto ofertando produtos como serviços. Um cenário 
assim exige muito do sistema de transporte. Por exemplo, em um país 
desenvolvido economicamente, com alto grau de industrialização, mas 
com	uma	infraestrutura	de	transporte	deficiente,	é	possível	imaginar	o	
quanto isso acarretaria de prejuízos.
13Transportes e sua importância dentro do contexto logístico
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Nesse panorama, os sistemas de transporte, que fazem parte do pro-
cesso logístico, assumem um papel fundamental e estratégico para a 
continuidade do desenvolvimento econômico. Ao longo da história hu-
mana, esses sistemas foram sendo aperfeiçoados para atender às novas 
necessidades da sociedade, bem como para sustentar o crescimento so-
cial	e	econômico.	Um	exemplo	disso	pode	ser	verificado	no	período	entre	
1760 a 1840, quando houve a passagem da produção artesanal para a 
produção	por	meio	de	máquinas,	o	que	ficou	conhecido	como	Revolução	
Industrial	e	alterou,	significativamente,	as	formas	de	transporte.
Figura 1 – Processo de produção: artesanal e por máquinas
Ao	 longo	 do	 tempo,	 em	 decorrência	 de	 maiores	 dificuldades	 na	
negociação de trocas, inúmeros materiais então disponíveis, foram 
utilizados como referencial de valor (dinheiro), gerando crescentes 
demandas por transporte e impondo ao homem que aprendesse a 
construir e aperfeiçoar veículos de diferentes velocidades e capaci-
dades de carga. (RODRIGUES, 2014, p. 15)
Transporte, segundo Rodrigues (2014, p. 15), é o deslocamento de 
pessoas e pesos de um local para o outro. Essa atividade, dentro da 
logística, é responsável pela coleta e entrega de produtos, levando satis-
fação a clientes dos mais diferentes setores, o que evidencia ainda mais 
sua relevância estratégica no mercado.
Como reconhecer a importância da atividade de transporte no 
mundo atual dos negócios? Basta analisar as diferentes regiões do 
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.Brasil,	a	dimensão	territorial	do	país	e	seus	desafios,	cada	qual	com	
suas	carências	específicas.	Um	bom	exemplo	para	justificar	essa	im-
portância é pensarmos no transporte de vacinas e recursos de saúde 
para regiões remotas do território brasileiro ou para países carentes 
desses produtos.
Na indústria, o transporte representa um elemento determinante 
dentro do componente logístico, e, considerando a infraestrutura brasi-
leira, saber decidir sobre a melhor logística de transporte é gerar ganhos 
e aumentar a competitividade. Quantas vezes já ouvimos ou lemos so-
bre o transporte ser um “gargalo” na logística? Eliminar esse gargalo por 
meio do planejamento do transporte é contribuir com o crescimento, 
não só empresarial, mas de toda a sociedade.
Vamos considerar, por exemplo, os setores da economia que fabri-
cam produtos com excesso de peso e de altura. Imagine a relevância do 
transporte na circulação dessas cargas e o quanto de planejamento é 
demandado nesse processo. O planejamento é tão necessário quanto 
reconhecer a importância do transporte e a infraestrutura necessária. 
Criar um gargalo nesse serviço é prejuízo na certa.
NA PRÁTICA 
Certa ocasião, em uma reunião de negócios, entrou na sala o respon-
sável pela logística informando que a inauguração de uma obra estava 
comprometida porque uma determinada peça se rompeu e não havia 
outra disponível para compra na região da obra. A solução encontrada 
foi retirar uma peça nova da fábrica na cidade de São Paulo e contratar 
um transporte aéreo para levá-la ao local. Em outra situação, uma turbi-
na para geração de energia a vapor foi descarregada de um navio e, para 
chegar à usina, foi transportada de carreta, o que exigiu um planejamen-
to prévio e muito detalhado para a verificação dos desvios do transporte, 
como evitar passar por pontes e por regiões com postes de energia.
 
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Portanto, a contratação de um serviço de transporte pode exigir 
bastante conhecimento de mercado, produto, condições de estrada, 
custos envolvidos, capacidade de relacionamento e habilidade em 
definir parcerias estratégicas. Segundo Rodrigues (2014), podemos 
descrever a constituição de um sistema de transporte conforme a 
figura 2, a seguir:
Figura 2 – Constituição de um sistema de transporte
Forma
(relacionamento entre vários
modos de transporte)
Modo
(via de transporte)
Instalações complementares
(terminais de carga)
Meio
(elemento transportador)
Sistema de
transporte
Fonte: adaptado de Rodrigues (2014).
Se considerarmos a globalização tal como ela se apresenta atualmen-
te, a competição entre as cadeias logísticas mudou a forma de as empre-
sas pensarem o transporte e as levou a perceber, analisar e entender sua 
fundamental importânciano desenvolvimento econômico.
PARA PENSAR 
Será que o consumidor, hoje, tem os mesmos hábitos de compra que há 
vinte ou trinta anos? O que será que o consumidor espera receber do seu 
fornecedor quando compra algo?
 
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.Respondendo à pergunta do quadro, o consumidor certamente espera 
qualidade, preço e atendimento de prazo, no mínimo. Sob essa perspec-
tiva, podemos analisar a importância do transporte na logística de uma 
empresa. Para isso, tomemos como base o transporte rodoviário e pro-
dutos embalados em caixa de papelão. Imagine se, ao coletar produtos, 
o responsável não os acomodar no caminhão de maneira adequada ou 
simplesmente jogar as caixas. Será que essa atitude compromete o trans-
porte em termos de qualidade? Será que interfere no preço? E no prazo 
de entrega? Supondo que o produto chegasse em caixas amassadas ou 
rasgadas, isso poderia gerar uma recusa e a devolução do produto?
É	fácil	perceber	o	quanto	o	transporte	passa	a	ser	a	peça-chave	para	
um resultado positivo nos negócios e o quanto pode gerar valor agregado 
que seja percebido e valorizado pelo cliente. Assim, a logística – sendo o 
transporte normalmente o seu principal componente – é compreendida 
como a última fronteira para a redução dos custos das empresas, e, nesse 
contexto, estudos sobre transportes têm se desenvolvido nas várias áreas 
do conhecimento, envolvendo aplicações das mais diversas, que passam 
das	especificidades	mais	técnicas	da	atividade	ao	aprofundamento	da	vi-
são logística dos transportes (CAIXETA-FILHO; MARTINS, 2011).
Qualidade	que	seja	percebida,	valor	agregado,	fidelização	do	cliente	e	
concorrência estão, portanto, diretamente relacionados à gestão logís-
tica das empresas. Se há uma forma de uma empresa aumentar a mar-
gem de lucro, certamente isso passa pela preocupação com a gestão 
logística e se reverte em rentabilidade.
IMPORTANTE 
Entender a logística de transporte é de fundamental importância para 
que as empresas atendam seus clientes com qualidade, preço justo e 
pontualidade. O produto certo, no lugar certo e na hora certa: a logística 
just in time.
 
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3 O investimento no setor de transporte no 
Brasil em números
A atividade de transporte é tão dinâmica quanto o mercado que a 
compõe.	É	influenciada	pelo	movimento	dos	mercados	e	pelas	altera-
ções da economia, e, nesse sentido, as políticas governamentais para 
o	 setor	 merecem	 uma	 atenção	 especial	 dos	 gestores	 e	 profissionais	
de logística. Conhecê-las possibilita tomar as decisões necessárias às 
adequações no planejamento sobre a movimentação, coleta, entrega e 
distribuição de cargas.
O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil desenvolve polí-
ticas para os mais diversos modais e participa do planejamento estraté-
gico de investimentos na área. Uma das ações é o Projeto Crescer (PPI), 
que foi criado pelo governo federal em parceria com a iniciativa privada 
para coordenar políticas de investimento em infraestrutura, priorizan-
do e acompanhando projetos por meio de concessões e privatizações 
(BRASIL, 2014).
PARA SABER MAIS 
Para conhecer mais sobre o assunto, consulte sobre o Projeto Crescer 
(PPI) no site do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
 
Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de 
Transportes (DNIT) e da Secretaria de Gestão dos Programas de 
Transportes (SEGES), os investimentos em obras de manutenção, dupli-
cação, adequação e construção de rodovias foram de R$ 6,3 bilhões em 
2015. No setor de transporte ferroviário, o setor privado investiu R$ 7,658 
milhões em 2015, ano em que o transporte por ferrovia atingiu 485,4 mi-
lhões de toneladas úteis segundo a SEGES (BRASIL, 2015). Ainda devido 
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.ao aumento das exportações de commodities e da necessidade de uma 
melhoria	na	infraestrutura	do	transporte	fluvial,	novos	terminais	fluviais	
foram construídos principalmente na região amazônica. Seguindo essa 
linha de investimento e de acordo com dados disponibilizados pelo 
Ministério, o governo deverá promover um salto qualitativo na gestão 
dos transportes avançando na melhoria de hidrovias e investindo em 
centros de integração logística e em parcerias internacionais.
PARA SABER MAIS 
Para conhecer esses indicadores em detalhe, visite o site do Ministério 
dos Transportes, Portos e Aviação Civil, na seção de Políticas de Trans-
portes, e acesse o balanço anual mais recente.
 
O	que	esse	panorama	de	investimentos	pode	significar	em	ganhos	
ao mercado?
Considerando a importância estratégica do setor de transporte para 
a	economia,	investimentos	nessa	área	significam	mais	desenvolvimen-
to	social	e	econômico,	equilíbrio	de	renda	e	emprego,	menor	custo	final	
dos produtos, maior rentabilidade, ampliação de mercados, melhoria 
na produção, inovação, entre outros benefícios. Sobre o tema inovação, 
podemos	 citar	 um	 exemplo	 relacionado	 à	 eficiência	 no	 transporte:	 a	
melancia quadrada. A fruta cresce em moldes quadrados e adquire um 
formato diferenciado. Isso permite um transporte mais seguro e com 
menos danos ao produto, já que esse tipo de melancia pode ser colo-
cado dentro de uma caixa com mais facilidade, otimizando o espaço e 
certamente aumentando a capacidade de transporte.
Como um coração que funciona interligado a vários outros órgãos 
apartados, mas que não funcionam sozinhos, assim a logística re-
presenta, sem dúvida, uma importante ferramenta de conquista de 
novos negócios, porém é essencial que as empresas promovam a 
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integração entre os elos da logística dentro de uma cadeia de su-
primentos, sendo eficiente e com produtos com qualidade e preços 
melhores que o da concorrência.
Considerações finais
Em um cenário tão imprevisível e de concorrência global, a capaci-
dade de compreensão da logística, independentemente do segmento 
de	mercado	ou	tamanho	de	uma	empresa,	determina	o	quão	eficiente	
ela será no atendimento a seus clientes, ou seja, alinhar as decisões 
empresariais à sua capacidade de desenvolver uma logística integrada 
potencializa ganhos. Assim, as ações logísticas devem levar em con-
ta as áreas de suprimentos, produção, armazenagem, movimentação 
e distribuição da empresa, com importância dedicada à atividade de 
transporte	–	definido	aqui	como	o	deslocamento	de	pessoas	e	pesos	
de um local para o outro.
Nesse sentido, se uma empresa percebe a importância do transporte, 
ela	 será	 capaz	 de	 identificar	 as	 melhores	 alternativas	 para	 redução	 do	
custo de seus produtos, bem como realocar seus recursos e investimen-
tos propondo melhorias dentrodo planejamento de logística integrada.
Cabe lembrar que as decisões devem levar em conta as políticas 
governamentais para o setor, o sistema de infraestrutura disponível, os 
programas de melhoria propostos pelo governo e, ainda, estar de olho 
na realidade mutante dos mercados. Entregar o produto certo no preço 
justo e no prazo certo resulta em competitividade.
Referências
BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Política de 
transportes. 18 nov. 2014. Disponível em: <http://www.transportes.gov.br/
editoria-a.html>. Acesso em: 3 fev. 2017.
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.______. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Transportes 2015. 
2015. Disponível em: <http://www.transportes.gov.br/images/2016/04/
Transportes2015Versao_Web.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2017.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Orgs.). Gestão 
logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 2011.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio. Introdução aos sistemas de transporte 
no Brasil e à logística internacional. 4. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2014. 
21
Capítulo 2
Modais de 
transporte I: 
o transporte 
rodoviário – parte I
Quando falamos em logística e no quanto ela representa para as em-
presas, sobretudo nas estratégias de negócios, percebemos a extensão 
do tema e sua relevância nas atividades empresariais, na medida em 
que orienta todas as etapas de um processo de produção, movimenta-
ção, armazenagem e distribuição de bens e serviços.
Uma das atividades mais relevantes dentro da logística é o transpor-
te rodoviário. Por meio dele, circulam produtos do agronegócio, minério 
de ferro, bens primários, gêneros de primeira necessidade e tudo mais 
que os consumidores necessitam. Dada a sua relevância na economia 
do país, este capítulo aborda as características, a composição, a impor-
tância e os equipamentos do transporte no modal rodoviário.
Neste capítulo, abordaremos o transporte rodoviário como um dos 
componentes mais importantes para o desenvolvimento econômico e 
social, e para a geração de emprego e renda. Partindo da conceitua-
ção desse modal, de sua aplicabilidade mais simples e conservadora à 
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.mais complexa e desafiadora, o capítulo tratará ainda de sua evolução 
ao longo dos anos e das expectativas de crescimento e modernização. 
A relevância do modal e sua força aparecem quando, por algum motivo, 
o setor sente os efeitos de uma crise global, e o seu desaquecimento 
acaba interferindo diretamente no equilíbrio econômico, demonstrando 
ser um importante fator de medição para o desempenho econômico.
1 A relevância do transporte rodoviário
Para que uma empresa seja superior em qualidade e preço quando 
comparada a seus concorrentes, muitos estudos são necessários, prin-
cipalmente nos dias atuais, em que a globalização e a integração cada 
vez mais ganham importância. Assim, a análise sobre o transporte é 
parte desse processo de busca por mais qualidade e, quando falamos 
em transporte, não há como desassociar esse componente logístico do 
crescimento econômico regional, nacional e internacional. É o transpor-
te, para muitos especialistas, o principal componente da logística.
O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil descreve, em 
números, a importância da malha rodoviária brasileira (quadro 1):
Quadro 1 – Malha rodoviária brasileira
O Brasil tem 1,7 milhão de quilômetros de estradas:
• Estradas pavimentadas: 12,9% (221.820 km)
• Estradas não pavimentadas: 79,5% (1.363,740 km)
• Estradas planejadas: 7,5% (128.904 km)
• Rodovias estaduais: 14,8% (255.040 km)
• Rodovias municipais: 78,11% (1.339,26 km)
• Rodovias federais: 7% (119.936 km)
• Rodovias pavimentadas em obras: 13.830 km
• Rodovias duplicadas: 9.522 km
• Rodovias simples: 192.569 km
Fonte: DNIT (apud BRASIL, 2015).
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Além da importância nacional, o modal rodoviário tem uma relevan-
te participação na América do Sul, sobretudo no âmbito do Mercosul. O 
Brasil tem acordos de transporte internacional, o que facilita os trâmi-
tes fronteiriços. Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres 
(ANTT) indicam que há 681 empresas brasileiras habilitadas para o trans-
porte internacional, com uma frota conjunta de 561.051 veículos, sendo 
que a Argentina contempla o maior número dessas empresas: 460.
Os estudos na área de transporte são de fundamental importân-
cia na atual realidade da globalização. A logística, na qual o trans-
porte é normalmente seu principal componente, é vista como a 
última fronteira para redução de custos para as empresas. Por 
outro lado, não se concebe uma política de desenvolvimento re-
gional e nacional sem adequação da infraestrutura de transporte. 
(CAIXETA-FILHO; MARTINS, 2011, p. 13)
Para facilitar a compreensão sobre a importância do transporte, va-
mos voltar no tempo. Nas décadas de 1980 e 1990, no Brasil, como era 
o mercado para quem desejasse adquirir determinado produto? E como 
era o comportamento do consumidor nessa época? Foi um período em 
que não havia opção de mercado fornecedor. As compras eram feitas 
no mercado doméstico, em raras ocasiões os produtos vinham de fora, 
assim como era raro o entendimento das empresas sobre qualidade 
e vantagem competitiva. Era tudo bem diferente quando comparamos 
com o mundo globalizado de hoje.
Atualmente, o mercado consumidor é o mundo. Compramos pela 
internet produtos da Ásia, da Europa, da América do Sul e de tantos 
outros lugares. Da mesma forma, enviamos produtos para outros paí-
ses. Como consumidores, somos mais exigentes. Temos a vantagem 
da escolha e queremos o produto certo, com preço justo e dentro do 
prazo. Entretanto, esses produtos precisam ser coletados, distribuídos 
e entregues. Quem exerce essas etapas do processo de logística é 
o transporte, que assume um papel de relevância à medida que, em 
um mundo globalizado, as transações comerciais passam a ter uma 
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.atuação não somente regional, mas também global. Nesse contexto, 
a existência de uma gestão de transporte eficiente melhora os resul-
tados das empresas. Isso independe de seu segmento de atuação ou 
de seu tamanho.
Segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, o 
transporte rodoviário tem a maiorrepresentatividade entre os modais 
existentes. Além disso, é adequado para curtas e médias distâncias. As 
características do transporte rodoviário são (BRASIL, 2015):
 • baixo custo inicial de implantação;
 • maior flexibilidade com grande extensão de malhas;
 • transporte com velocidade moderada;
 • integração de todos os estados brasileiros.
Embora tenha uma representatividade e um valor agregado interes-
santes, há desafios a serem superados, uma vez que o transporte rodo-
viário tem alto custo de manutenção, impacta no meio ambiente por ser 
poluente, tem baixa capacidade de carga quando comparado a outros 
modais e pode não ser viável em termos de custos quando o transporte 
é de longa distância.
IMPORTANTE 
O transporte caminha lado a lado com o desenvolvimento social e eco-
nômico. É uma atividade importante dentro do processo logístico regio-
nal, nacional e internacional.
 
Desde 2012, o governo brasileiro vem investindo em logística de 
transporte rodoviário pelo Programa de Investimento em Logística. 
A partir dele, foram feitas concessões de rodovias ao setor priva-
do em um modelo que busca a redução de tarifas. As propostas de 
25Modais de transporte I: o transporte rodoviário – parte I
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investimento continuam e novas concessões devem ser realizadas 
nos próximos anos, viabilizando o desenvolvimento desse modal em 
estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Goiás, Minas Gerais 
e Mato Grosso. São dados importantes para um setor-chave na eco-
nomia brasileira. Os projetos injetam dinheiro no setor, melhorando a 
infraestrutura do transporte rodoviário. No próximo tópico, vamos co-
nhecer essa estrutura.
2 A estrutura e a utilização do transporte 
rodoviário
No Brasil, o processo de reestruturação do transporte se intensi-
ficou em 1990, quando o governo alavancou uma série de medidas 
com esse objetivo, assim, todo o setor produtivo da economia (indús-
tria, varejo, distribuidores e outras áreas) foi afetado, e as mudanças 
trouxeram uma nova realidade de mercado, alterando profundamente 
o que se entendia por logística, a qual passou a exercer um papel 
cada vez mais estratégico nas organizações. A reestruturação teve 
reflexos em todas as atividades dentro da logística, o que inclui o 
transporte rodoviário.
Para Valente et al. (2008, p. 2), “[…] o transporte de cargas pelo siste-
ma rodoviário no Brasil tem uma estrutura respeitável e é responsável 
pelo escoamento, que vai desde safras inteiras da agricultura até sim-
ples encomendas”.
A maior parte da movimentação de produtos no Brasil é feita por ro-
dovias, porém o custo elevado dessa atividade faz o transporte rodoviá-
rio ser uma pedra no sapato das estratégias logísticas. Mas, mesmo as-
sim, há suas vantagens. Como exemplos, uma balsa não chegaria a uma 
indústria para fazer coleta, e as ferrovias não estão 100% preparadas 
para coletar produtos em todas as fábricas do Brasil. E, pensando um 
pouco mais, quando uma empresa precisa de um serviço de transporte, 
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.ela liga em uma concessionária ferroviária e logo chega um trem para 
servi-la? Todos esses fatores jogam a favor do modal rodoviário.
IMPORTANTE 
O transporte rodoviário tem vantagem sobre outros modais porque 
chega a todos os pontos do país, responde rapidamente a uma demanda 
por transporte e tem facilidade de contratação.
 
Por ser um modal de simples utilização, o transporte rodoviário ga-
nhou espaço e se tornou o que é hoje. Em uma análise bastante sim-
ples, basta ter uma rodovia e lá estará um caminhão transportando. 
Além disso, se considerarmos outros modais, como o ferroviário, o ma-
rítimo e o aéreo, o transporte por rodovia é fundamental como logística 
de abastecimento para os locais de onde partem e chegam os demais 
modais. É um importante instrumento de logística de movimentação 
intermediário. Liga produtores a portos e aeroportos, liga centros de dis-
tribuição a ramais de transportes por outros modais.
No modal marítimo, quem leva ou retira uma carga do porto? O na-
vio não vai à fábrica fazer a coleta. A mesma coisa serve para o avião. 
Portanto, são caminhões que executam essas tarefas, sendo um im-
portante meio de ligação entre pontos de embarque e desembarque de 
bens e passageiros e um elo de integração entre modais.
Porém, simplicidade na utilização nem sempre significa qualidade. 
Embora o transporte rodoviário tenha certa facilidade em comparação a 
outros, como o marítimo e o aéreo, por exemplo, é muito importante, em 
seu processo de contratação, que se defina muito bem as condições 
que vão gerir o transporte rodoviário. Se administrar o trânsito de um 
único caminhão não é fácil, imagine o de uma frota. Para que o transpor-
te rodoviário aconteça, se faz necessário estabelecer condições para a 
realização:
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• da coleta;
• da entrega;
• de segurança da carga;
• de embalagem;
• do pagamento do frete e outros detalhes.
Para Valente et al. (2008), um dos problemas típicos da operação 
de frota no transporte rodoviário de cargas é o planejamento da ope-
ração de coleta e distribuição. Esse problema se enquadra no contexto 
da logística do transporte e está relacionado ao fato de que uma região 
geográfica é dividida em zonas, cujos contornos podem ser rígidos ou 
sofrer alterações. Para cada zona é alocado um veículo com uma equi-
pe de serviço; para cada veículo é designado um roteiro incluindo locais 
de parada e pontos de coleta e entrega; o serviço deve ser realizado 
dentro de um tempo pretendido; os veículos são despachados a partir 
de um depósito onde se efetua a triagem da mercadoria ou serviço, e 
quando há mais de um depósito a organização do serviço deve ser feita 
conforme a demanda e área geográfica atendida.
Na prática, a organização da coleta de produtos e sua distribuição é 
fortemente influenciada por todas essas variáveis, o que demanda um 
planejamento minucioso que, se não realizado, compromete a qualidade 
da logística de transporte.
NA PRÁTICA 
Certa vez, ao contratar o frete rodoviário para uma carga que deveria ser 
levada ao porto, o fabricante e o transportador contratado não se comuni-
caram de forma clara e, quando a mercadoria estava pronta, o fabricante 
esperou a retirada e o transportador aguardou que a carga fosse entregue 
em seu armazém. A falta de informação atrasou o transporte e, como 
resultado, houve uma correria desnecessária para cumprir o prazo.
 
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.Perceba que são detalhes simples que fazem toda a diferença. Note 
que prestar atenção neles pode evitar retrabalhos e perda de prazos, 
portanto, estabelecer procedimentos para contratação, operação e con-
trole dotransporte rodoviário organiza as tarefas dentro da atividade 
logística. O modal rodoviário é o principal meio de transporte de cargas 
no país e desempenha um papel vital para a economia e o bem-estar da 
nação (VALENTE et al., 2008).
3 Equipamentos para o transporte 
rodoviário
Falando agora da operação no segmento do transporte rodoviário, 
será que a maneira de prestar esse serviço é igual para todos os seg-
mentos e tipos de produtos? Será que, no Brasil, a operação de trans-
porte é igual à de outros países? Regras, restrições, legislação e muitos 
outros fatores externos interferem na organização dessa atividade den-
tro da logística. Em alguns países, a distribuição de cargas acontece 
somente à noite, diferentemente do Brasil, onde a distribuição pode ser 
feita durante o dia.
Partindo dessa afirmação, o transporte rodoviário, obviamente, tem 
seus gargalos. Dá para citar congestionamentos durante o dia; estradas 
que cortam cidades, elevando o número de caminhões em centros urba-
nos; o valor do pedágio e do combustível, etc. Esses são alguns dos de-
safios para o setor de transporte rodoviário, embora ele seja de simples 
utilização. Além disso, no planejamento da operação de transporte por 
rodovia, dependendo das características do produto, da complexidade 
da operação e também das normas legais para a movimentação de al-
guns tipos de carga, é preciso estar atento a algumas providências para 
garantir o êxito na operação. Podemos destacar os seguintes fatores:
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Figura 1 – Fatores de atenção para o planejamento do transporte rodoviário de produtos com restrição
Obter autorização para 
circular junto às autoridades 
locais quando necessário
Atender às restrições de 
horário de circulação
Atender ao rodízio de 
veículos quando adotado 
pelas cidades onde se 
circula
Atender às cláusulas 
estabelecidas em apólice de 
seguro para o transporte 
rodoviário de carga
Para cumprir todas as suas atividades, a logística de transporte ro-
doviário conta com equipamentos específicos de acordo com cada ne-
cessidade, produto, capacidade de carga, etc.
NA PRÁTICA 
Em uma operação de transporte, foi realizada a importação de um equi-
pamento que saiu da Suíça com destino ao Brasil. Devido ao seu ta-
manho e peso, o equipamento foi transportado por via marítima dentro 
de um contêiner. No entanto, no momento de descarregar, não havia 
no porto uma empilhadeira que suportasse o seu peso e foi necessário 
contratar um caminhão munck (veículo com guindaste) que pudesse 
efetuar a descarga. Sem esse equipamento, a operação de descarregar 
a máquina seria muito delicada, difícil de ser realizada e muito onerosa. 
Um exemplo clássico de que o equipamento de suporte ao transporte 
fez toda a diferença.
 
Os principais equipamentos rodoviários são:
• Caminhão-baú: sua estrutura fechada permite segurança e prote-
ção da carga contra, por exemplo, o mau tempo.
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. • Caminhão-plataforma: utilizado no transporte de contêineres e 
cargas com excesso de volume e peso.
 • Caminhão aberto: destinado ao transporte de produtos não pere-
cíveis e pequenos volumes.
 • Caminhão refrigerado: usado para o transporte de produtos que 
necessitam de controle de temperatura, como os perecíveis e os 
sensíveis ao calor.
 • Caminhão-tanque: utilizado para o transporte de líquidos. Sua 
estrutura é um reservatório. Com frequência, vemos esse tipo de 
caminhão abastecendo os postos de combustível.
 • Caminhão graneleiro: utilizado para o transporte de granel sólido, 
como soja e milho.
 • Caminhões especiais: são veículos com estruturas diferenciadas 
e que servem a várias funções. Por exemplo, caminhões com um 
guindaste na carroceria, do tipo cegonha, para o transporte de veí-
culos, com escadas elevatórias, para o transporte de animais, etc.
 • Semirreboque: é uma carroceria que se acopla a um veículo de 
tração. Os tipos e tamanhos são variados e podem ser engatados 
e desengatados nos armazéns, liberando o cavalo mecânico.
 • Cavalo mecânico: veículo de tração que recebe o semirreboque 
para o transporte.
 • Treminhão: veículo formado por cavalo mecânico, semirreboque 
e reboque, utilizado para o transporte de grandes cargas.
Os equipamentos se adaptam a cada tipo de produto para atender 
às necessidades específicas e para o bom desempenho do transporte. 
É importante destacar, também, que em função das restrições de loco-
moção, principalmente nos grandes centros, foram criadas outras ca-
tegorias de veículos, como os VUCs, os caminhões sider, entre outros.
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PARA PENSAR 
Procure acompanhar em estradas uma carreta puxando duas carrocerias 
ao mesmo tempo. É o treminhão em ação. Observe também que, em de-
terminados locais das rodovias, pode haver uma carreta plataforma le-
vando um produto que tem peso diferenciado para um porto. É comum 
que transformadores pesados, que circulam somente à noite, estejam em 
acostamentos aguardando o horário de seguir viagem. Repare, nas rodo-
vias, que caminhões abertos normalmente são cobertos com lona para 
proteger a carga da chuva.
 
Embora estes sejam os principais equipamentos para o transporte 
rodoviário, há também os equipamentos de apoio que ajudam nos servi-
ços mais simples do transporte, evitam trabalho braçal e desnecessário, 
agilizam o processo de carga e descarga, dão segurança, etc. Podemos 
incluir nessa lista os equipamentos a seguir:
Figura 2 – Equipamentos de apoio para o transporte rodoviário
Por ser um setor em constante evolução, é preciso pensar sempre 
no bem-estar dos condutores, na tecnologia à disposição do modal, 
na agilidade, na segurança, na confiabilidade e na redução de custos. 
Assim, os veículos para o transporte rodoviário vêm a cada ano sendo 
Carrinho para o transporte de caixa até o caminhão ou do 
caminhão para o consumidor
Paleteira para mover pallets dentro da carroceria do caminhão
Cinta de amarração de carga para garantir a segurança 
durante o trajeto e transporte
Cordas para amarração para dar segurança à carga
Sapatas de fixação para evitar movimentação da carga
Empilhadeira para carregar e descarregar volumes pesados
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.aprimorados, o que gera ganhos em eficiência, permitindo o crescimen-
to dos serviços de transporte rodoviário e, além disso, impulsionando o 
crescimento de outros setores da economia. Equipamentos cada vez 
mais modernos tornam o modal rodoviário mais eficiente, mais eco-
nômico, mais seguro, menos poluente e em sintonia com a cultura da 
sustentabilidade, alavancando os negócios no Brasil e no mundo.
Considerações finais
Pense comoseria o ambiente dos negócios sem o modal rodoviário 
e como a logística na cadeia de suprimentos das empresas seria sofrí-
vel e perderia em qualidade. Dada sua significância, o modal rodoviário 
se apresenta como importante instrumento não só para a movimenta-
ção de cargas e pessoas, mas para o desenvolvimento social e econô-
mico em nível regional, nacional e internacional.
Ao manter os investimentos propostos para o setor, o governo pos-
sibilita a manutenção de um forte componente de crescimento. Às em-
presas de logística, desenvolver estratégias de transporte rodoviário em 
sua cadeia de valor constitui um fator de competitividade. À indústria, 
desenvolver soluções inovadoras para atender à demanda do setor é 
trabalhar em prol do desenvolvimento, da segurança, da sustentabilida-
de e da redução de custo desse importante componente logístico.
Referências
BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Transporte 
rodoviário. nov. 2015. Disponível em: <http://www.transportes.gov.br/
transporte-rodoviario-relevancia.html>. Acesso em: 5 maio 2017.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Orgs.). Gestão de 
logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 2011.
VALENTE, Amir Mattar et al. Gerenciamento de transporte e frotas. 2. ed. São 
Paulo: Cengage Learning, 2008.
33
Capítulo 3
Modais de 
transporte I: 
o transporte 
rodoviário – parte II 
As boas práticas de mercado instruem os operadores logísticos a 
atuar da melhor forma possível, com segurança e critérios bem defini-
dos, e orientam a execução do trabalho rotineiro. Possibilitam, ainda, 
compreender os diversos fatores internos e externos da organização e 
que influenciam nos resultados de suas atividades.
Neste capítulo, abordaremos o transporte rodoviário do ponto de vista 
da legislação que orienta seu funcionamento. Serão mostrados os crité-
rios para o transporte de produtos químicos perigosos, os requisitos bá-
sicos para o registro do transportador rodoviário de carga e as principais 
leis do setor. As agências reguladoras e o órgão executivo responsável 
pela política de infraestrutura também serão tratados neste capítulo.
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.Para o exercício da atividade de transporte, é necessária a figura do 
operador logístico. A relevância de sua função na prestação de serviços 
e suas formas de atuação, como parte de um processo de terceirização 
e quarteirização da logística, são assuntos que discutiremos também. 
Cabe ressaltar a importância de o operador logístico adequar suas deci-
sões à legislação, não só sobre o modal rodoviário, mas em toda cadeia 
logística de suprimentos e produção.
1 Órgãos reguladores do transporte 
rodoviário
Muitos fatores sustentam o transporte rodoviário e frequentemente 
falamos de um deles: a infraestrutura necessária. Seria impossível admi-
nistrar a operação de transporte sem ela. Portanto, são necessários in-
vestimentos a curto, médio e longo prazo, sem contar os emergenciais. 
Mas e se não houvesse leis ou um órgão regulador? Será que o transporte 
no Brasil seria adequado e de boa qualidade? Não se pode pensar em 
fazer um transporte de cargas organizado sem legislação e isentar as 
empresas disso, atribuindo apenas ao poder público a responsabilidade 
sobre o arranjo do transporte rodoviário. Isso seria um equívoco. Todos, 
empresas de transporte e governo, têm parte no processo regulatório.
PARA PENSAR 
Já pensou como seria realizar o transporte rodoviário de um produto 
químico sem que essa atividade fosse amparada pela lei? De quem se-
ria o compromisso com o manuseio e acondicionamento corretos nos 
veículos? Em caso de acidentes que envolvessem pessoas e o meio am-
biente, a quem atribuir a responsabilidade?
 
Para que o transporte rodoviário aconteça de maneira organizada, 
existem normas a serem cumpridas. São leis, resoluções, certificações, 
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etc., que estabelecem os critérios, deveres e obrigações de todos os 
atores envolvidos na atividade de transporte e na logística como um 
todo. A legislação tem influência nas decisões de qualquer empresa, 
pois é ela que estabelece os limites para a atuação no mercado. As leis 
existem e precisam ser cumpridas. Mas, antes de falar delas, falemos 
de quem as determina, ou seja, de seus legisladores e executores.
1.1 Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil
Entre as várias competências do Ministério dos Transportes, Portos 
e Aviação Civil estão a elaboração de políticas nacionais para o transpor-
te rodoviário, a formulação, coordenação e supervisão dessas políticas 
e o planejamento estratégico do transporte rodoviário, estabelecendo 
as diretrizes que representarão o Brasil em organismos internacionais, 
convenções, acordos e tratados referentes aos meios de transportes. 
Além disso, o Ministério atua nos demais modais, desenvolvendo políti-
cas e propondo melhorias para essa etapa da logística (BRASIL, 2014).
PARA SABER MAIS 
No site do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil é possível 
ter acesso ao histórico dos transportes no Brasil, desde sua estrutura-
ção pelo Barão de Mauá (1813-1889), e às competências do Ministério, 
além de outras informações ligadas à área que servem como fonte de 
orientação a qualquer profissional ou empresa. Lembre-se de sempre 
visitar os portais dos órgãos controladores e de se atualizar sobre as 
regras do setor.
 
1.2 Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
Compete à Agência Nacional de Transportes Terrestres regulamen-
tar o transporte terrestre no Brasil com relação a:
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. • concessão de ferrovias e rodovias e transporte ferroviário asso-
ciado à exploração da infraestrutura;
 • permissão para o transporte coletivo regular de passageiros 
pelos meios rodoviário e ferroviário não associado à explora-
ção da infraestrutura;
 • autorização do transporte de passageiro por empresas de turis-
mo e sob o regime de fretamento, o transporte internacional de 
cargas, o transporte multimodal e terminais (BRASIL, [s.d.]).
Como órgão governamental importante para o cenário econômico, 
a ANTT atua na exploração da infraestrutura e na prestação de serviço 
público no transporte ferroviário e rodoviário, com a responsabilidade 
de cadastrar dutovias para o transporte dutoviário, habilitar os opera-
dores de transporte multimodal e explorar terminais. Fica fácil perceber 
que a ANTT integra a política do Ministério, e que juntos fomentam o 
setor de transporte.
PARA SABER MAIS 
Para conhecer mais sobre o transporte dutoviário, acesse o site da ANTT.
 
1.3 Departamento Nacional de Infraestrutura de 
Transportes (DNIT)
Não há transporteque funcione sem a devida infraestrutura, desse 
modo, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes 
(DNIT) assume vital importância, pois é o órgão executor responsável 
pela implementação da política de infraestrutura, viabilizando a cons-
trução de novas vias e terminais, cabendo-lhe ainda a fiscalização pelo 
excesso de peso no transporte rodoviário nas rodovias brasileiras por 
meio das balanças e lombadas eletrônicas.
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Criado em 5 de junho de 2001, pela Lei no 10.233, o DNIT é uma autar-
quia federal vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação 
Civil (BRASIL, 2001).
Portanto, os órgãos estatais que mencionamos – juntamente a 
outros, como a ANTAQ, a INFRAERO e a ANAC – têm, sob sua respon-
sabilidade, a normatização, a manutenção da infraestrutura, o planeja-
mento, a execução e a coordenação dos transportes.
2 Legislação de transporte rodoviário
Segundo Castro (2011), concomitantemente ao processo de indus-
trialização, consolidado ao longo do século XX, o Brasil viveu um período 
de intenso crescimento da demanda de transporte inter-regional. A par-
tir desse fato, podemos concluir que o desenvolvimento do transporte 
rodoviário no país está intrinsecamente ligado ao aumento da produção 
industrial. E é fácil fazermos essa associação à medida que o cresci-
mento gera demanda de serviços. Como consequência do aumento de 
demanda, houve uma necessidade maior de investimentos.
Castro (2011) ainda destaca que o vigoroso aumento da demanda 
de transportes tem sua linha mestra dada pelos maciços investimentos 
públicos no setor a partir dos anos 1950. Até meados da década de 
1960, mais da metade dos recursos investidos pelo governo e empre-
sas estatais era dirigida ao setor de transportes, e, até o final dos anos 
1970, essa parcela chegava a um terço. Isso gerou um avanço signifi-
cativo do setor, principalmente com a expansão da malha rodoviária. 
Obviamente, tudo continuou a evoluir. A demanda se alterou no decorrer 
dos anos seguintes, o processo de globalização mudou o relacionamen-
to entre as empresas e seus consumidores, e a tecnologia evoluiu de tal 
forma que a transmissão de dados acontece em tempo real. As crises 
que vêm e vão provocam estragos para alguns, mas promovem oportu-
nidades para outros.
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.PARA PENSAR 
E hoje? Com as privatizações das estradas, novos modelos de investi-
mento surgiram, o que também transformou o sistema de transporte. 
Quantos tipos diferentes de produtos são transportados por rodovias?
 
Imagine quantos riscos estão implicados na atividade logística do trans-
porte de carga por caminhões. Riscos que envolvem pessoas, a conser-
vação das estradas, o meio ambiente, entre tantos outros. Imagine agora 
quantas regras existem para deliberar sobre esse modal de transporte. O 
que se pode ou não fazer, as responsabilidades do transportador, os horá-
rios para a circulação de produtos, os pesos permitidos para a circulação, e 
por aí vai. Para garantir uma operação segura e dentro das normas, vamos 
abordar algumas legislações que regulam o transporte rodoviário.
2.1 Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de 
Cargas (RNTRC)
Por ser um assunto amplo, trataremos de forma objetiva o funda-
mento legal das obrigações dos transportadores para a obtenção desse 
registro. Ele é regido pela atual Resolução no 4.799, de 27 de julho de 
2015, que “regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção no 
Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas, RNTRC; e 
dá outras providências” (BRASIL, 2015).
Nessa resolução, constam os procedimentos para o registro e 
a manutenção do RNTRC, tornando obrigatório a adequação para 
(BRASIL, 2015):
• transportador autônomo de cargas;
• empresa de transporte rodoviário de carga;
• cooperativa de transporte rodoviário de carga.
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partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
O transportador, autônomo ou não, e a cooperativa que queiram 
saber sobre os requisitos, critérios e documentos para o seu cadastro 
devem ficar atentos a essa resolução, e cabe ressaltar que muitos dos 
procedimentos são feitos por meio eletrônico, o que facilita o processo 
de obtenção do registro.
PARA PENSAR 
Procure analisar nos caminhões de carga que circulam pela cidade que 
há um adesivo com o código de registro do transportador no RNTRC.
 
Depois do cadastro efetuado, é preciso ficar atento ao prazo para a 
renovação e assim exercer a atividade do transporte de carga sempre 
em conformidade com a legislação, evitando assim o risco de pena-
lidade de multas.
2.2 Regulamentação para o transporte de produto perigoso
Além da obrigatoriedade do RNTRC, a legislação tem um capítulo de-
dicado ao transporte de produtos perigosos com o objetivo de alinhar 
essa atividade a princípios da sustentabilidade. Certamente, você já per-
cebeu quantos caminhões circulam por aí levando produtos perigosos e 
deve ter prestado atenção que, nesse tipo de transporte, sempre há pla-
cas indicativas sobre o risco que o produto oferece. Para isso, a legislação 
estabelece, por exemplo, os documentos necessários ao transporte, os 
equipamentos de segurança obrigatórios, as restrições de lugar e horá-
rios de circulação, a sinalização adequada, entre outras providências.
Segundo Fontana e Aguiar (2011), as empresas que trabalham visan-
do a um desenvolvimento sustentável, pesquisando produtos e serviços 
que provoquem pouco impacto ao meio ambiente, acabam criando um 
diferencial de mercado e, com isso, abrem novos horizontes em seus 
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.lucros, com a implantação de um planejamento estratégico ligado à 
preocupação ambiental.
IMPORTANTE 
O transportador de produtos perigosos deve sempre estar em conformi-
dade com a legislação para essa atividade, caso contrário, poderá recair 
sobre ele e sobre seus corresponsáveis as penas previstas em lei.
 
Acompanhe os aspectos legais mais relevantes em algumas leis 
sobre o assunto:
• Resolução no 5.232, de 14 de dezembro de 2016, que dispõe so-
bre as instruções completares para o transporte de produtos quí-
micos perigosos (BRASIL, 2016).
 • Resolução no 3.880, de 22 de agosto de 2012, que dispõe sobre os 
códigos de infrações aplicáveis devido à inobservância do regu-
lamento para o transporte de produtos perigosos (BRASIL, 2012).
 • Resolução no 3.665, de 4 de maio de 2011, que atualiza o 
Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos 
(BRASIL, 2011).
 • Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que trata da Política 
Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010).
Além disso, há outros pontos importantes, como a necessidade de 
treinamentoe de cursos de especificação para o motorista desse tipo 
de carga, a certificação SASSMAQ, laudos de bombeiros para ativida-
des relacionadas ao transporte de carga perigosa, cadastro no Ibama e 
licenças emitidas pelos órgãos ambientais. Não podemos esquecer de 
mencionar as normas ISO 14000, que certificam práticas sustentáveis 
para minimizar impactos ambientais.
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PARA PENSAR 
Já imaginou se, no decorrer da análise de um acidente, for descoberto 
que o motorista ou o transportador da carga estava em desacordo com 
a legislação? Portanto, para evitar complicações, esteja sempre com a 
documentação em dia, e saiba que, ao transportador de carga, é tam-
bém atribuída responsabilidade civil.
 
2.3 Responsabilidade civil do transportador de carga
Uma empresa que se propõe a atuar no segmento de transporte de car-
ga terá obrigações diversas, que vão desde a coleta de produtos e o trans-
porte propriamente dito até a entrega desses produtos, e, para ofertar esse 
serviço, há obrigações contratuais. Mas, além do produto em si, o trans-
portador tem responsabilidades para com a segurança das pessoas nas 
ruas e nas estradas, e também com o meio ambiente e os bens públicos 
ou privados, os quais, se danificados em decorrência do serviço de trans-
porte, imputarão a ele responsabilidades pelo dever de segurança assumi-
do na prestação do serviço. Quantas vezes você tomou conhecimento de 
acidentes com caminhões envolvendo vítimas, ou mesmo veículos que 
derrubaram postes, muros e até casas? São inúmeros os acidentes cau-
sados por veículos de transporte de cargas, e os danos causados deverão 
ser reparados. Isso deixa claro a responsabilidade civil do transportador.
Ainda sobre a legislação, cabe atender o que determinam os sindi-
catos em relação a horas trabalhadas do motorista, adicional noturno 
e de periculosidade, pernoite, horas de descanso obrigatórias e tudo o 
que for preciso para a segurança da atividade do transporte rodoviário 
de carga, inclusive o de produtos perigosos.
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3 Documentos do transporte rodoviário de 
cargas
Até aqui, apresentamos o registro necessário. Agora, daremos ên-
fase aos documentos obrigatórios do modal rodoviário. Acompanhe a 
seguir uma relação deles:
 • nota fiscal do produto: o produto não deve circular sem nota fiscal 
a não ser que haja alguma previsão legal para isso;
 • Conhecimento de Transporte Rodoviário (eletrônico) – CT-e: foi 
instituído pelo Ajuste SINIEF 09/2007, realizado pelo Conselho 
Nacional de Política Fazendária, e substituiu os modelos de co-
nhecimento de transporte existentes até então (BRASIL, 2007).
 • outros documentos conforme determina a legislação:
 ◦ ficha de emergência;
 ◦ certificado de análise;
 ◦ carta de correção de nota fiscal;
 ◦ comprovante de recolhimento de impostos, como o ICMS, se 
necessário.
É importante saber que cada operação de transporte terrestre tem 
sua própria exigência documental por conta da legislação aplicada ao 
segmento do produto transportado. Cabe ressaltar, como mencionado 
anteriormente, que é necessário ter todas as certificações dos órgãos 
fiscalizadores.
NA PRÁTICA 
Verifique nas rodovias de sua cidade, ou quando estiver viajando, quan-
tos veículos diferentes há para o transporte de produtos perigosos. 
Associe sua observação ao capítulo 2, em que apresentamos os veícu-
los e equipamentos para o transporte rodoviário, ou mesmo pesquise 
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na internet as opções para esse tipo de transporte. Analise a quantidade 
de informações presentes no veículo para identificar o tipo de carga que 
está sendo transportada.
 
Pela particularidade desse segmento de produto, verifique sempre 
a legislação brasileira, pois ela muda com frequência, e estabelecer um 
critério de consulta da legislação é imprescindível. Consulte sempre 
sobre esse tema em sites oficiais do governo, como o da ANTT e o do 
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
4 Operador logístico 3PL e 4PL (third and 
fourth party logistics)
Uma atividade essencial em qualquer empresa hoje é a logística. Fator 
de ganhos e geradora de valor agregado percebido por clientes, ela mere-
ce grande atenção quando o assunto for estratégia de mercado e manu-
tenção da rentabilidade de um negócio, seja ele regional ou global. Além 
disso, tem como objetivos a eficiência e a competitividade, as quais não 
são conquistadas trabalhando sozinho em algo tão complexo como uma 
cadeia logística. Se temos operações de logística, temos os operadores 
logísticos para desenvolver as tarefas. Os operadores fornecem soluções 
nas mais diversas atividades da cadeia de valor, o que inclui suprimentos, 
produção, armazenagem e distribuição. Eles pensam em soluções, pla-
nejam, executam, controlam e avaliam todas as atividades. Em resumo, 
atuam na prestação de serviços. Conforme já dissemos, quando uma 
empresa de serviços logísticos consegue operar de forma customizada e 
inovadora, acaba por gerar valor agregado.
Em uma análise mais recente sobre as operações logísticas e sua 
evolução global, segundo Rodrigues (2014), nos anos 1980, os serviços 
terceirizados emergiram em larga oferta. Os serviços de atendimen-
to ao cliente aumentaram de importância à medida que as empresas 
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.tentaram usar recursos logísticos para obter vantagens competitivas. 
Rodrigues afirma ainda que o campo era fértil para as soluções logísti-
cas, de forma a reverter as ameaças geradas pelo inevitável aumento da 
complexidade operacional.
A grande indústria criou o mercado mundial. As velhas indústrias 
foram aniquiladas e continuam a sê-lo dia a dia. Elas são suplan-
tadas por novas, cujos produtos se consomem simultaneamente 
tanto no próprio país como em todos os continentes. Em lugar das 
velhas necessidades, atendidas pelos produtos do próprio país, 
surgem necessidades novas, que exigem, para a sua satisfação, 
produtos dos países mais longínquos e de climas diversos. (MARX, 
1848 apud RODRIGUES, 2014, p. 158)
Considerando os padrões atuais de exigência de mercado, muitas 
empresas se firmaram no exterior e participam ativa ou esporadica-
mente da cadeia logística global. Embora uma atividade econômica em 
âmbito global possa gerar lucro, a complexidade e os riscos são outros 
quando comparados aos serviços direcionados ao mercado doméstico. 
Novas demandas surgem, novos serviços são oferecidos, os quais mui-
tas vezes são otimizados e inovadores. Nesse cenário vigoroso, está 
a gestão da cadeia logística, para administrar uma série de atividades.
Figura 1 – Algumas atividades administradas pela

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