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CONTABILIDADE DE INSTITUIÇÕES 
FINANCEIRAS
CURSO DE GRADUAÇÃO – EAD
Contabilidade de Instituições Financeiras – Prof. Ms. Fernando Cesar Rinaldi
Olá, pessoal! Meu nome é Fernando Cesar Rinaldi. Sou mestre 
em Ciências Contábeis pela PUC de São Paulo, com concentração 
na área de Controladoria Econômica de Gestão. Sou professor 
do Ensino Superior desde 2001, nas áreas de Contabilidade 
Geral, Gestão Estratégica de Custos, Demonstrações Financeiras 
e Contabilidade Social/Ambiental.
E-mail: fernando_rinaldi@hotmail.com
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
CONTABILIDADE DE 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Fernando Cesar Rinaldi
Batatais
Claretiano
2014
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Claretiana, 2014 – Batatais (SP)
Versão: dez./2014
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 657.833 R441c 
 
 Rinaldi, Fernando Cesar 
 Contabilidade de instituições financeiras / Fernando Cesar Rinaldi – Batatais, 
 SP : Claretiano, 2014. 
 250 p. 
 
 ISBN: 978-85-8377-285-9 
 1. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (COSIF). 2. Títulos e valores mobiliários. 
 3. Operações com arrendamento mercantil na visão do arrendador. I. Contabilidade 
 das instituições financeiras. 
 
 
 
 
 CDD 657.833 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera
Raquel Baptista Meneses Frata
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Eduardo Henrique Marinheiro
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Juliana Biggi
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rafael Antonio Morotti
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 7
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO ............................................................................. 8
3 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 32
UNIDADE 1 – ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 33
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 33
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 34
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 34
5 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ...................................................................... 34
6 FUNÇÃO FINANCEIRA DE UMA EMPRESA .......................................................... 52
7 INTREGRAÇÃO ENTRE: EMPRESAS DE SERVIÇOS, 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E A CONTABILIDADE .............................................. 57
8 REESTRUTURAÇÕES SOCIETÁRIAS ...................................................................... 60
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 66
10 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................... 68
11 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 69
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 69
UNIDADE 2 – CONTABILIDADE DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 71
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 71
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 72
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 72
5 COSIF .................................................................................................................. 72
6 PLANO DE CONTAS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ........................................ 89
7 BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS .......................... 108
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 142
9 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 145
10 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 145
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 146
UNIDADE 3 – OPERAÇÕES FINANCEIRAS
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 147
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 147
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 148
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 148
5 OPERAÇÕES PASSIVAS ........................................................................................ 148
6 OPERAÇÕES DE CRÉDITO.................................................................................... 152
7 ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO (LEASING) ..................................... 164
8 DERIVATIVOS ...................................................................................................... 169
9 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ..................................................................... 178
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 187
11 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 204
12 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 204
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 205
UNIDADE 4 – PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA 
(PCLD)
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 207
2 CONTEÚDOS .......................................................................................................207
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .................................................... 207
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 208
5 ANÁLISE DE CRÉDITO ......................................................................................... 208
6 PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA (PCLD) ........................ 210
7 ORIENTAÇÕES CONFORME DETERMINAÇÃO DA 
RESOLUÇÃO 2.682/99 DO BACEN ...................................................................... 214
8 CONTABILIZAÇÃO DA PCLD ................................................................................ 219
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 237
10 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 248
11 E-REFERÊNCIAS .................................................................................................. 249
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 249
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO
Para facilitar o estudo de Contabilidade de Instituições Fi-
nanceiras, dividimos o conteúdo em quatro unidades, que serão 
resumidamente apresentadas a seguir.
Logo no início dos estudos, apresentaremos os conceitos 
envolvendo a estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN), co-
nhecendo a estrutura básica do Sistema Financeiro, as instituições 
que fazem parte do subsistema normativo e subsistema de inter-
mediação.
Dessa forma, na Unidade 1, você aprenderá sobre a forma 
de constituição das instituições que formam o Sistema Financeiro 
Nacional e a forma que essas instituições realizam os negócios, 
entre poupadores e tomadores de recursos.
Na Unidade 2, será apresentado o Plano Contábil das Insti-
tuições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif). Esse plano define 
Conteúdo –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (COSIF). Títulos e valores mobiliários. 
Operações com arrendamento mercantil na visão do arrendador. Derivativos. 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Operações Passivas.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© Contabilidade de Instituições Financeiras8
todas as regras e normas que as instituições que operam no sis-
tema financeiro devem observar para realizar o registro contábil, 
controle da movimentação financeira e elaboração das Demons-
trações Financeiras.
Na Unidade 3, buscaremos apresentar os principais critérios 
relacionados com a contabilização de transações bancárias, como: 
operações de crédito, cessão de direitos creditórios, operações 
passivas, operações em títulos e valores mobiliários, aplicações in-
terfinanceiras de liquidez, operações com arrendamento mercan-
til financeiro (leasing) e operações com derivativos.
Enfim, na Unidade 4, serão apresentados os critérios para a 
constituição e a contabilização da Provisão para Créditos de Liqui-
dação Duvidosa (PCLD). As concessões de crédito representam um 
dos principais produtos negociados nas Instituições Financeiras, 
com isso torna-se necessário realizar provisão para perdas.
Acreditamos que ao término de seus estudos você estará 
apto a analisar (por enquanto, de forma superficial) a estrutura 
contábil das Instituições Financeiras. Porém, é necessária sua in-
teira dedicação à leitura e à prática dos exercícios aqui propostos, 
como também de livros que devem fazer parte de sua rotina aca-
dêmica.Portanto, seu aprendizado dependerá somente de você, e 
este Material Didático Mediacional que aqui se apresenta é ape-
nas uma ferramenta de auxílio, devendo ser complementada por 
outras fontes de estudo.
2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
Abordagem geral
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu-
dado nesta obra. Aqui, você entrará em contato com os assuntos 
principais deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportuni-
dade de aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. No 
Claretiano - Centro Universitário
9© Caderno de Referência de Conteúdo
entanto, essa Abordagem geral visa fornecer-lhe o conhecimento 
básico necessário a partir do qual você possa construir um refe-
rencial teórico com base sólida " científica e cultural " para que, 
no futuro exercício de sua profissão, você a exerça com competên-
cia cognitiva, ética e responsabilidade social. Vamos começar pela 
apresentação das ideias e dos princípios básicos que fundamen-
tam esta obra.
A estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Em decorrência da crescente expansão dos negócios finan-
ceiros em nível mundial e do grau de complexidade e sofisticação 
dos mercados financeiros mundiais, os países criaram formas de 
controle da movimentação desses recursos, para que eles não se 
tornassem vulneráveis.Surge, então, o Sistema Financeiro Nacio-
nal (SFN) que visa criar instrumentos financeiros para controlar de 
forma adequada as movimentações de recursos financeiros entre 
todas as partes.
O SFN é formado por um grupo de instituições financeiras 
públicas e privadas que operam por meio de diversos instrumen-
tos financeiros, com o objetivo de facilitar o caminho entre os pou-
padores e os tomadores desses recursos. 
No Brasil, até 1964 o Sistema Financeiro Nacional necessi-
tava de uma estruturação racional adequada para atender às ex-
pectativas e carências da sociedade. E, entre 1964 e 2007, ocor-
reu uma série de modificações na legislação, visando garantir a 
transparência das informações do mercado financeiro, com isso, a 
partir dessas Leis, houve uma estruturação no Sistema Financeiro 
Nacional, adequando as exigências nacionais e internacionais. En-
tre as principais modificações, podemos citar: 
a Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional
1) a Lei do Mercado de Capitais
2) a Lei da Comissão de Valores Mobiliários
3) a Lei das Sociedades Anônimas
© Contabilidade de Instituições Financeiras10
E, mais recentemente, em 2007, a Lei 11.638 que altera 
a antiga Lei das Sociedades Anônimas e acrescenta a ela novos 
dispositivos.
Mas, qual foi a finalidade dessa nova Lei das Sociedades 
Anônimas?
Com o surgimento de uma nova realidade econômica no 
Brasil e a necessidade de o governo ter mais segurança no am-
biente do mercado de capitais " que estava se modernizando, com 
expressivo fluxo de capitais ingressando no pais " existiu a neces-
sidade de aprimorar a legislação sobre os aspectos relativos ao di-
reito dos acionistas minoritários.
A solução foi adequar o modelo contábil brasileiro de acordo 
com as normas de contabilidade internacional, de forma a propor-
cionar maior transparência e qualidade às informações contábeis. 
Estabelecer novas regras para os balanços, harmonizar a Lei com as 
práticas contábeis internacionais, buscando eliminar as dificuldades 
de interpretação e aceitação das práticas contábeis brasileiras.
• No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional é composto pe-
los seguintes órgãos normativos:Conselho Monetário Na-
cional (CMN)Banco Central (Bacen)Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM)
O Conselho Monetário Nacional é um órgão, acima de tudo, 
normativo e não desempenha nenhuma atividade executiva. É o 
órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional, entretanto, deve se 
adequar às regras criadas pela Legislação Brasileira. Processa todo 
o controle do sistema financeiro e influencia não somente as ações 
de órgãos normativos, mas também assume funções de legislativo 
em instituições financeiras públicas e privadas. Além disso, tem a 
finalidade de formular toda a política de moeda e do crédito, com 
objetivo de atender aos interesses econômicos e sociais do país. 
O Banco Central do Brasil é o principal poder executivo das políticas 
determinadas pelo Conselho Monetário, sendo o órgão fiscalizador 
do sistema financeiro nacional. Ele opera como um fiscalizador e 
Claretiano - Centro Universitário
11© Caderno de Referência de Conteúdodisciplinador do mercado financeiro, definindo as regras, os limites 
e condutas das instituições, ao expedir normas de controle sobre 
as instituições financeiras. Suas atribuições estão previstas pela 
Constituição.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL –
TÍTULO VI - Da Tributação e do Orçamento
CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I - NORMAS GERAIS
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente 
pelo Banco Central.
§ 1º - É vedado ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos 
ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeira.
§ 2º - O Banco Central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro 
Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; 
as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades 
do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras 
oficiais, ressalvados os casos previstos em lei (STF, 2011).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Finalizando, existe a Comissão de Valores Mobiliários, que é 
o órgão definido pelo Conselho Monetário Nacional para regula-
mentar, acompanhar e fiscalizar as instituições que formam o mer-
cado de capitais, como:
• a Bolsa de Valores, as Sociedades Distribuidoras de Títu-
los e Valores Mobiliários; e
• a emissão de Valores Mobiliários.
O Conselho Monetário Nacional, o Banco Central e a Comis-
são de Valores Mobiliários são instituições que regulamentam e 
criam normas e regras para o Sistema Financeiro Nacional, por-
tanto, elas não fazem negócios, somente desempenham funções 
executivas e de controle.
© Contabilidade de Instituições Financeiras12
As instituições financeiras podem ser classificadas em duas 
categorias: bancárias ou monetárias e não bancárias ou não mo-
netárias. 
As instituições financeiras classificadas como bancárias ou 
monetárias são aquelas a quem se permite criar moeda, mediante 
o recebimento de depósitos à vista. Já as instituições não bancá-
rias ou não monetárias não são legalmente autorizadas a receber 
depósitos à vista, inexistindo, portanto, a possibilidade de criação 
de moeda. 
As negociações entre poupadores e tomadores de recursos 
são realizadas pelos intermediários financeiros, que são as institui-
ções financeiras autorizadas para efetuarem e realizarem esse tipo 
de operação, fazendo a transferência de recursos entre as partes 
(investidores, poupadores e captadores).
Os emprestadores de recursos são aqueles que dispõem de 
poupança financeira e que possuem recursos financeiros extras. Já 
os tomadores de recursos são aqueles que necessitam dos recur-
sos financeiros. O mercado financeiro faz a intermediação entre as 
duas partes, disponibilizando os recursos de diversos emprestado-
res que existem no mercado para os vários tomadores de recursos. 
Em troca, a instituição financeira cobra das partes para realizar as 
transações de empréstimos.Contabilidade de Instituições Finan-
ceiras
O Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Na-
cional (Cosif) é o plano contábil que deve ser adotado pelas insti-
tuições financeiras do Sistema Financeiro Nacional como padrão 
de referência. Ele representa as regras e normas que devem ser 
seguidas pelas instituições financeiras para a elaboração da conta-
bilidade e do registro de todas as transações financeiras dentro da 
entidade.Portanto, os critérios e procedimentos contábeis que são 
aplicados as instituições financeiras são determinados pelo Banco 
Central do Brasil em conformidade com o plano de contas contábil 
das Instituições do Sistema Financeiro Nacional.
Claretiano - Centro Universitário
13© Caderno de Referência de Conteúdo
O CMN é o órgão responsável em emitir as normas gerais de 
contabilidade que serão aplicadas pelas instituições financeiras. 
Enquanto as normas específicas são elaboradas pelo Banco Cen-
tral, mas em conformidade com as disposições da Lei das Socieda-
des por ações, Lei 11.638, seguindo os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade.
O Cosif foi criado com a edição da Circular 1.273, em 29 de 
dezembro de 1987, com o objetivo de unificar os diversos planos 
contábeis existentes na época e uniformizar os procedimentos de 
registro e elaboração de demonstrações financeiras, o que veio a 
facilitar o acompanhamento, a análise, avaliação do desempenho 
e controle das instituições integrantes do Sistema Financeiro Na-
cional.
Dessa forma, seu objetivo é: 
[...] uniformizar os registros contábeis dos atos e fatos administra-
tivos praticados, racionalizar a utilização de contas, estabelecer re-
gras, critérios e procedimentos necessários à obtenção e divulgação 
de dados, possibilitar o acompanhamento do sistema financeiro, 
bem como a análise, a avaliação do desempenho e o controle, de 
modo que as demonstrações financeiras elaboradas, expressem, 
com fidedignidade e clareza, a real situação econômico-financeira 
da instituição e conglomerados financeiros (Circ. 1273 apud COSIF, 
2011, p. 1).
 A utilização das normas e procedimentos contábeis, bem 
como a elaboração das demonstrações financeiras determinados 
pelo Cosif, deve ser obrigatória para todas as instituições financei-
ras.
Veremos agora sobre a escrituração contábil das Instituições 
Financeiras. A competência para expedir normas gerais de con-
tabilidade a serem observadas pelas instituições financeiras é do 
Conselho Monetário Nacional, que é concedida ao Banco Central, 
em reunião daquele conselho. É de responsabilidade do Bacen e 
da Comissão de Valores expedirem as normas e os critérios para 
avaliação dos valores mobiliários registrados nos ativos das socie-
dades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
© Contabilidade de Instituições Financeiras14
A escrituração das instituições financeiras deve ser 
completa, mantendo-se em registros permanentes todos os 
atos e os fatos administrativos que modifiquem ou que venham 
a modificar, imediatamente ou não, a composição patrimonial 
dessas entidades.Porém, 
O simples registro contábil não constitui elemento suficientemen-
te comprobatório, devendo a escrituração ser fundamentada em 
comprovantes hábeis para a perfeita validade dos atos e fatos ad-
ministrativos. No caso de lançamentos via processamento de da-
dos, tais como: saques em caixa eletrônico, operações “on line” e 
lançamentos fita a fita, a comprovação faz-se mediante listagens 
extraídas dos registros em arquivos magnéticos (Circ 1273 apud 
COSIF, 2011, p. 2).
Assim, além das "disposições legais e das exigências regulamentares 
específicas atinentes à escrituração", deve-se observar "ainda, os 
princípios fundamentais de contabilidade" (Circ 1273 apud COSIF, 
2011, p. 2).
Neste sentido, é importante salietar que:
O fornecimento de informações inexatas, a falta ou atraso de 
conciliações contábeis e a escrituração mantida em atraso por 
período superior a 15 (quinze) dias, subseqüentes ao encerramento 
de cada mês, ou processados em desacordo com as normas 
consubstanciadas neste Plano Contábil, colocam a instituição, seus 
administradores, gerentes, membros do conselho de administração, 
fiscal e semelhantes, sujeitos a penalidades cabíveis, nos termos da 
lei (Circ 1273 apud COSIF, 2011, p. 2)
Tais peneladidades estão sujeitas à Lei nº 4.595/64 e demais 
termos da legislação complementar. 
Os livros de escrituração
As instituições financeiras deverão manter o Livro Diário ou o 
Livro Balancetes Diários e Balanços e demais livros obrigatórios de 
acordo com as disposições previstas em leis e regulamentos.
Poderá ocorrer a substituição do Livro Diário pelo Livro 
Balancete Diário e Balanços, no entanto, esta substituição deve 
ser programada para que se processem todas as transações na 
Claretiano - Centro Universitário
15© Caderno de Referência de Conteúdo
mesma data em todas as suas dependências. Caso ocorra este 
procedimento,a instituição deverá escriturar normalmente o 
Livro Diário até a véspera da substituição, lavrando o termo de 
encerramento do Livro no final do expediente.
Segundo Norma Básica do Cosif, o banco comercial, ou banco 
múltiplo com carteira comercial, que mantiver contabilidade 
descentralizada deve possuir, para a sede e cada uma das agências, 
o Livro Diário ou livro Balancetes Diários e Balanços, legalizado no 
órgão competente.
O Exercício Social das instituições financeiras terá duração 
de um ano e a data de seu término, 31 de dezembro, deve ser 
fixada no estatuto ou contrato social.
A instituição não pode alterar ou modificar qualquer 
elemento caracterizador da conta padronizada pelo Cosif, ou seja, 
deve manter o seguinte critério: código, título, subtítulo ou função.
As demonstrações obrigatórias são:
1) balanço patrimonial
2) demonstração de resultados do exercício
3) demonstração das mutações do patrimônio líquido
4) demonstração do fluxo de caixa
5) demonstração do valor adicionado
Operações financeiras e análise de crédito
Os depósitos e retiradas referem-se às transações comuns 
das instituições financeiras, por meio das quais o banco consegue 
grande parte dos recursos financeiros, que podem ser aplicáveis 
nas operações de empréstimos e financiamentos. Podemos citar, 
como exemplo, os depósitos à vista ou a prazo, as retiradas ou 
saques e os depósitos de poupança. 
As operações de crédito representam o negócio entre duas 
pessoas jurídicas ou físicas e são o núcleo da empresa financeira, 
sendo uma das principais fontes de receita e geração de riqueza. 
© Contabilidade de Instituições Financeiras16
Nesse tipo de operação, uma das partes transfere para a outra a 
propriedade de algo e aquele que recebeu obriga-se a restituir o 
valor equivalente. Como exemplo: 
• Empréstimos: operações realizadas sem necessidade 
de comprovação da aplicação dos recursos pelo cliente, 
como os realizados para adquirir capital de giro, crédito 
pessoal ou adiantamento a depositantes. 
• Títulos descontados: operações de desconto de títulos, 
podendo ser realizados por meio de duplicatas que 
tenham por lastro as transações mercantis ou notas 
promissórias. 
• Financiamentos: operações que necessitam de 
comprovação da aplicação de recurso pelo cliente, com 
destinação específica, como financiamentos imobiliários 
e rurais ou aquisição de máquinas e equipamentos, entre 
outros.
O derivativo refere-se às operações financeiras cujo valor e 
características de operacionalidade do ativo dependem (derivam) 
da referência de outro ativo, ou seja, são instrumentos financeiros 
que se originam do valor de outro ativo, tido como referência. São 
operações que ocorrem no mercado financeiro, na qual o valor das 
transações depende do comportamento ou da expectativa futura 
dos mercados de ações, do câmbio ou dos juros.
O que se denomina por derivativo pode ser negociado nas 
seguintes modalidades:
• Mercado a termo
• Mercado futuro
• Mercado de opções
• Mercado de swaps
Por fim, as operações de compra e venda de Títulos e 
Valores Mobiliários representam uma das principais fontes de 
captação de recursos de curto, médio e longo prazo. Esse tipo de 
operação também é uma das principais opções de investimento 
Claretiano - Centro Universitário
17© Caderno de Referência de Conteúdo
das instituições financeiras. As transações podem ser realizadas 
com títulos públicos ou privados, com renda fixa ou variável, 
de acordo com o emissor. Os títulos devem ser classificados da 
seguinte forma:
• Para negociação
• Disponíveis para venda
• Mantidos até o vencimento
Análise de crédito
O crédito é a concedido a um cliente que se responsabilize por 
seu pagamento futuro. Ao conceder crédito, uma empresa procura 
avaliar os clientes em potencial, aqueles que provavelmente irão 
pagar e os que provavelmente não irão pagar. Segundo Ross et al. 
(1995), podemos utilizar alguns instrumentos para diagnosticar o 
cliente para avaliação de crédito, conforme segue: 
• Analisar as demonstrações financeiras: aplicar regras de 
índices para verificar capacidade de pagamento.
• Relatórios de crédito com o histórico de pagamento 
do cliente junto a outras empresas: buscar histórico de 
pagamento do cliente em outras instituições. 
• Experiência de pagamento do cliente com a própria 
empresa: analisar como o cliente efetuou o pagamento 
das contas anteriores.
E, ainda, conforme os mesmo autores, uma vez coletada as 
informações sobre o cliente, a empresa defronta-se com a difícil 
decisão de conceder ou não o crédito. Muitas empresas utilizam 
os critérios tradicionais e subjetivos, como "os 5C's" do crédito, 
que compreende a seguinte análise:
1) Caráter: disposição de o cliente liquidar suas obrigações.
2) Capacidade: potencial de o cliente liquidar suas obriga-
ções utilizando seus fluxos de caixa operacionais.
3) Capital: reservas financeiras do cliente.
© Contabilidade de Instituições Financeiras18
4) Collateral (garantias): ativos que podem servir como ga-
rantia em caso de inadimplência. 
5) Condições: condições econômicas em geral, vigentes e 
individuais.
Como o recebimento é incerto e muitos clientes podem se 
tornar inadimplentes, as empresas devem fazer a provisão para 
possíveis perdas com clientes. Dessa forma, torna-se necessário 
fazer uma provisão para créditos de liquidação duvidosa, com ob-
jetivo de cobrir as possíveis perdas financeiras com aqueles clien-
tes que não irão honrar os compromissos assumidos. 
Portanto, a provisão para devedores duvidosos é uma esti-
mativa do risco do cliente ou de um grupo de clientes tornarem-se 
inadimplentes. A inadimplência reduz os ganhos da empresa, pois 
assim ela deixa de receber os valores emprestados ou negociados, 
bem como os ganhos financeiros inclusos nas transações.
A provisão visa trazer o valor do ativo ao valor mais próximo 
da realidade. De acordo com Iudícibus et al. (2003), as contas a 
receber devem ser avaliadas por seu Valor Líquido de Realização, 
ou seja, pelo valor residual em dinheiro equivalente que se espera 
receber ou obter. Portanto, deve-se constituir uma Provisão para 
Crédito de Liquidação Duvidosa para cobrir eventuais perdas no 
recebimento das contas a receber. Com isso, essa provisão deve 
ser classificada como redução do valor das contas a receber, sendo 
demonstrado, assim, o valor das contas a receber por seu valor 
líquido realizável. 
No caso específico das instituições financeiras, elas devem 
adotar o critério determinado pela Resolução 2.682/99, elaborada 
pelo Bacen, que estabelece os critérios de classificação das ope-
rações de crédito e as regras para a constituição da provisão para 
créditos de liquidação duvidosa. De acordo com essa resolução, 
todos os créditos (vencidos ou a vencer) devem ser classificados 
em níveis distintos de risco de inadimplência.
Claretiano - Centro Universitário
19© Caderno de Referência de Conteúdo
A Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil determinou 
quais devem ser os critérios de classificação das operações de cré-
dito e criou as regras para a constituição da provisão para créditos 
de liquidação duvidosa, conforme segue:
Art. 1º Determinar que as instituições financeiras e demais institui-
ções autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem 
classificar as operações de crédito, em ordem crescente de risco, 
[...]
Art. 2. A classificação da operação no nível de risco correspondente 
e de responsabilidade da instituição detentora do crédito e deve 
ser efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, am-
parada por informações internas e externas, contemplando, pelo 
menos, os seguintes aspectos: 
I - em relação ao devedor e seus garantidores: 
a) situação econômico-financeira; 
b) grau de endividamento; 
c) capacidade de geração de resultados; 
d) fluxo de caixa; 
e) administração e qualidade de controles; 
f) pontualidade e atrasos nos pagamentos; 
g) contingências; 
h) setor de atividade econômica; 
i) limitede crédito; 
II - em relação a operação: 
a) natureza e finalidade da transação; 
b) características das garantias, particularmente quanto a sufici-
ência e liquidez; 
c) valor.
Parágrafo único. A classificação das operações de crédito de 
titularidade de pessoas físicas deve levar em conta, tambem, as 
situações de renda e de patrimônio bem como outras informações 
cadastrais do devedor. 
Art. 3. A classificação das operações de crédito de um mesmo clien-
te ou grupo econômico deve ser definida considerando aquela que 
apresentar maior risco, admitindo-se excepcionalmente classifica-
© Contabilidade de Instituições Financeiras20
ção diversa para determinada operação, observado o disposto no 
art. 2., inciso II (RESOLUÇÃO 2986/99, 2011).
Complementando, foi determinado pela Resolução nº 2.682 
que a classificação dos níveis de risco das operações de crédito, 
deve ser revisada da seguinte forma: 
I - mensalmente, por ocasiao dos balancetes e balancos, em função 
de atraso verificado no pagamento de parcela de principal ou de 
encargos, [...]
II - com base nos critérios estabelecidos nos arts. 2. e 3.: 
a) a cada seis meses, para operações de um mesmo cliente ou gru-
po econômico cujo montante seja superior a 5% (cinco por cento) 
do patrimônio líquido ajustado; 
b) uma vez a cada doze meses, em todas as situações, exceto na 
hipótese prevista no art. 5.. 
Parágrafo 1. As operações de adiantamento sobre contratos 
de câmbio, as de financiamento a importação e aquelas com pra-
zos inferiores a um mes, que apresentem atrasos superiores a trin-
ta dias, bem como o adiantamento a depositante a partir de trinta 
dias de sua ocorrência, devem ser classificados, no mínimo, como 
de risco nível G. 
Parágrafo 2. Para as operações com prazo a decorrer supe-
rior a 36 meses admite-se a contagem em dobro dos prazos previs-
tos no inciso I (RESOLUÇÃO 2986/99, 2011). 
Parágrafo 3. O não atendimento ao disposto neste artigo implica a 
reclassificação das operações do devedor para o risco nível H, in-
dependentemente de outras medidas de natureza administrativa. 
Art. 5. As operações de crédito contratadas com cliente cuja 
responsabilidade total seja de valor inferior a R$ 50.000,00 (cin-
quenta mil reais) podem ter sua classificação revista de forma au-
tomática unicamente em função dos atrasos consignados no art. 
4., inciso I, desta Resolução, observado que deve ser mantida a 
classificação original quando a revisão corresponder a nível de me-
nor risco. 
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21© Caderno de Referência de Conteúdo
Parágrafo 1. O Banco Central do Brasil poderá alterar o valor 
de que trata este artigo. 
Parágrafo 2. O disposto neste artigo aplica-se as operações contra-
tadas ate 29 de fevereiro de 2000, observados o valor referido no 
caput e a classificação, no mínimo, como de risco nível A (RESOLU-
ÇÃO 2986/99, 2011).
Nas operações de crédito, a provisão para créditos de liqui-
dação duvidosa deverá ser constituída mensalmente, mas não po-
derá ser inferior ao total da aplicação, entre 0,5% e 100% depen-
dendo o nível de classificação, sem prejuízo da responsabilidade 
dos administradores das instituições pela constituição de provisão 
em montantes suficientes para defrontar perdas prováveis na rea-
lização dos créditos. 
Dessa forma, as instituições financeiras devem manter sua 
política e procedimentos para concessão e classificação de opera-
ções de crédito adequadamente documentados, os quais devem 
ficar à disposição do Bacen e de auditor independente. Essa docu-
mentação deve evidenciar, pelo menos, o tipo e os níveis de risco 
que se dispõe a administrar, os requerimentos mínimos exigidos 
para a concessão de empréstimos e o processo de autorização.
A composição da carteira de operações de crédito deverá ser 
divulgada por meio de notas explicitavas, com informações deta-
lhadas sobre a sua constituição, que deverá ser observado, no mí-
nino as seguintes informações: 
I - distribuição das operações, segregadas por tipo de cliente e ati-
vidade econômica; 
II - distribuição por faixa de vencimento; 
III - montantes de operações renegociadas, lancados contra prejuí-
zo e de operações recuperadas, no exercício (RESOLUÇÃO 2986/99, 
2011).
Quando necessário, o Bacen poderá expedir normas com-
plementares sobre o cumprimento do disposto nesta Resolução.
Acompanhe, pelo quadro a seguir, o nível de risco, os dias de 
atraso e a porcentagem de provisão que deverá ser constituída.
© Contabilidade de Instituições Financeiras22
NÍVEL DE RISCO DIAS DE ATRASO, MÁXIMO
% DE PROVISÃO QUE 
DEVERÁ SER CONSTITUÍDA
AA 14 0%
A 14 0,5%
B 30 1%
C 60 3%
D 90 10%
E 120 30%
F 150 50%
G 180 70%
H – 100%
Chegamos ao final dessa abordagem geral e como comple-
mentação ao material aqui apresentado e discutido, é importante 
que pesquise as bibliografias indicadas nas unidades desta obra. 
Glossário de conceitos
O Glossário permite a você uma consulta rápida e precisa 
das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio 
dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento 
dos temas tratados em Contabilidade de Instituições Financeiras. 
Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos desta obra:
1) Acordo de Basileia: Acordo firmado em 1988 e ratifi-
cado por mais de 100 países, definido pelo Comitê de 
Regulamentação Bancária e Práticas de Supervisão, se-
diado em Basileia, Suíça. Após longas discussões, esse 
acordo definiu mecanismos para mensuração do risco 
de crédito e estabeleceu a exigência de capital mínimo 
para suportar riscos. Hoje é conhecido como Basileia I 
(BANCO DO BRASIL, 2011). 
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23© Caderno de Referência de Conteúdo
2) Arrendamento mercantil: de acordo com o pronuncia-
mento técnico CPC 06, é um acordo pelo qual o arren-
dador repassa ao arrendatário o direito de uso de um 
ativo por determinado período de tempo, em troca de 
um pagamento ou série de pagamentos. No Brasil, esse 
tipo de operação foi regulamentada pela Lei nº 6.099 de 
12/09/1974, obedecendo às normas determinadas pelo 
Conselho Monetário Nacional.
3) Bacen: sigla de Banco Central do Brasil, principal poder 
executivo das políticas determinadas pelo Conselho Mo-
netário, órgão com a responsabilidade de fiscalizar o sis-
tema financeiro nacional, operando como fiscalizador e 
disciplinador do mercado financeiro. É responsável pela 
expedição de normas de controle sobre as instituições 
financeiras, como definição de regras, limites e conduta 
dessas instituições.
4) Circular nº 1.273: circular que instituiu, em dezembro 
de 1987, o Plano de Contábil das Instituições do Sistema 
Financeiro Nacional (Cosif). Esse plano que tem como 
objetivo unificar todos os planos contábeis utilizados até 
aquele ano em um único procedimento de registro e ela-
boração de demonstrações financeiras. O texto comple-
to da Circular nº 1.273 encontra-se no Anexo 2.
5) Contas de compensação: de acordo com o item 1.18.1.1 
do COSIF, as instituições deverão utilizar as contas de 
compensação (ativas e passivas) para controle, registro 
e acompanhamento de quaisquer atos administrativos 
que venham a se transformar em direito, ganho, obri-
gação, perda, risco ou ônus efetivos, em decorrência de 
acontecimentos futuros, previstos ou fortuitos.
6) Cosif: sigla de Plano de Contábil das Instituições do Siste-
ma Financeiro Nacional, instituído pela Circular nº 1.273 
(veja Anexo 2), que deve ser utilizado como padrão de 
referência. Esse plano representa as regras, normas, cri-
térios e procedimentos que deverão ser seguidos pelas 
instituições financeiras. 
7) Comissão de Valores Mobiliários (CVM): órgão que tem 
por responsabilidade regulamentar, acompanhar e fisca-
© Contabilidade de Instituições Financeiras24
lizar as instituições que formam o mercado de capitais e 
emissão de valores mobiliários.
8) Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC): Entida-
de autônoma criada pela Resolução CFC 1.055/05, com 
a seguinte composição: ABRASCA,APIMEC, BOVESPA, 
CFC, FIPECAFI e IBRACON. Tem por objetivo estudar, pre-
parar e emitir pronunciamentos técnicos sobre procedi-
mentos contábeis e divulgar informações dessa natureza 
para as empresas que atuam no Brasil.
9) Demonstrações Contábeis: conjuntos de Demonstra-
ções determinadas pela Lei 6.404/76, atualizada pela Lei 
11.638/07, com objetivo de fornecer informações sobre 
a situação patrimonial da entidade, incluindo Balanço 
Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício, 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, De-
monstração do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor 
Adicionado.
10) Depósitos à vista: refere-se à captação de depósitos li-
vremente movimentáveis (depósitos de clientes em con-
ta-corrente, conta-salário etc.), denominada captação a 
custo zero. Grande parte desses recursos devem ser re-
passados ao Banco Central por meio dos recolhimentos 
compulsórios.
11) Financial Accounting Standard Board (FASB): órgão 
americano, responsável pela emissão de normas con-
tábeis que devem ser observadas pelas empresas que 
atuam nos Estados Unidos e suas subsidiárias ao redor 
do mundo. 
12) Generally Accepted Accounting Principles (GAAP): ex-
pressão em inglês que representa os Princípios Funda-
mentais de Contabilidade, incorporando conjunto de 
convenções, regras e procedimentos contábeis.
13) Generally Accepted Accounting Principles (US GAAP): 
expressão em inglês que representa os Princípios Funda-
mentais de Contabilidade utilizados pelas empresas dos 
EUA, incorporando o conjunto de convenções, as regras 
e os procedimentos contábeis desse país.
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25© Caderno de Referência de Conteúdo
14) Instituições Financeiras Bancárias ou Monetárias: são 
aquelas que criam moeda, operando com ativos finan-
ceiros monetários, que representam os meios de paga-
mento, como dinheiro em poder do público em geral e 
os depósitos à vista, no banco. 
15) Instituições Financeiras Não Bancárias ou Não Mone-
tárias: são aquelas que não possuem autorização para 
operar com ativos monetários. Operam exclusivamente 
com ativos não monetários, como ações, letras de câm-
bio, certificados de depósitos bancários, debênture etc.
16) Instrumentos Financeiros Derivativos: operações finan-
ceiras cujo valor e características dependem da referên-
cia de outro ativo, ou seja, são instrumentos financeiros 
que se originam (derivam) de outro ativo, tido como re-
ferência.
17) International Accounting Standard Committee (IASC): 
órgão independente, criado em 1973 e reestruturado 
em 2001, responsável pelo processo de harmonização 
de normas contábeis internacionais.
18) International Financial Reporting Standard (IFRS): con-
junto de normas internacionais de relatórios financeiros, 
vigentes para as empresas da União Europeia, emitidos 
pelo IASC. Os critérios determinados pelo IFRS devem 
ser observados por todas as empresas ao redor do mun-
do, como padrão de referência. No Brasil, o modelo tor-
nou-se obrigatório a partir de 2010.
19) Leasing financeiro: caracteriza-se como um arrenda-
mento mercantil, com a transferência de riscos e bene-
fícios para o arrendatário. Existe a transferência de ris-
co do arrendador para o arrendatário. De acordo com 
o item IV do artigo 179, da Lei 11.638/07, mesmo não 
possuindo a propriedade dos bens, o arrendatário deve 
classificá-lo com ativo imobilizado.
20) Leasing operacional: caracteriza-se como um arrenda-
mento mercantil, diferente do leasing financeiro, sem a 
transferência de riscos e benefícios para o arrendatário. 
Nessa modalidade, não existe a transferência de risco do 
arrendador para o arrendatário.
© Contabilidade de Instituições Financeiras26
21) Lei 4.595/64: Lei publicada em 31/12/1964, com objeti-
vo de regulamentar, estruturar e aperfeiçoar o Sistema 
Financeiro Nacional, através das seguintes instituições: 
Conselho Monetário Nacional, Banco Central do Brasil, 
Banco do Brasil S.A., Banco Nacional do Desenvolvimen-
to Econômico e demais Instituições Financeiras Públicas 
e Privadas. O texto completo da Lei nº 4.595 encontra-se 
no Anexo 1. 
22) Lei 6.404/76: Lei publicada em 15/12/1976, com o ob-
jetivo de normatizar as Sociedades Anônimas, criando 
regras para constituição das mesmas, bem como a de-
finição dos critérios de Contabilização e dos Relatórios 
Contábeis utilizados por essas empresas.
23) Lei 11.638/07: Lei publicada em 28/12/2009, com obje-
tivo de atualizar a Lei 6.404/76, visando harmonizar os 
critérios contábeis utilizados no Brasil, de acordo com 
as normas internacionais, bem como facilitar o entendi-
mento das Demonstrações Contábeis no Brasil. Essa Lei 
também determina novos critérios de avaliação dos Ati-
vos e Passivos das Sociedades.
24) Lei 11.941/09: Lei publicada em 27/05/2009, visando 
complementar a Lei 11.638/07, em relação aos crité-
rios tributários e estrutura contábil a ser utilizada pelas 
empresas. Apresenta também, no artigo nº 62, a inde-
pendência dos normativos da Lei 4.595/64, em relação 
à escrituração contábil das instituições financeiras e das 
demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil, inclusive aquelas constituídas na forma 
de Sociedades Anônimas.
25) PROER: o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao 
Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional, foi um 
programa brasileiro, lançado pelo Governo Federal, 
implementado em 1995, com objetivo de recuperar as 
instituições financeiras que estavam com sérios proble-
mas de caixa. Esse programa foi necessário para firmar 
a estabilidade no sistema financeiro, impedindo que o 
mesmo entrasse em colapso.
26) Resolução nº 2.682: determinou quais devem ser os 
critérios de classificação das operações de crédito para 
Claretiano - Centro Universitário
27© Caderno de Referência de Conteúdo
a correta avaliação do nível de risco, criando as regras 
para a constituição da provisão para créditos de liquida-
ção duvidosa. O texto completo da Resolução nº 2.682 
encontra-se no Anexo 3.
27) Sistema Financeiro Nacional (SFN): representa o grupo 
de instituições financeiras públicas e privadas que reali-
zam a captação, distribuição e transferência de recursos 
financeiros, com objetivo de facilitar a conexão entre 
poupadores e tomadores de recursos financeiros.
28) VGR: sigla de Valor Residual Garantido, representa o 
valor residual do bem, nas operações de arrendamento 
mercantil.
29) Valor Justo (Fair Value): de acordo com o IAS 39, é o 
valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um pas-
sivo liquidado, entre as partes interessadas, dispostas a 
negociar em uma transação que não envolva favoreci-
mentos.
30) Valor Presente (Present Value): refere-se à estimativa 
do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso 
normal das operações da empresa.
Esquema dos Conceitos-chave
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es-
quema dos Conceitos-chave da obra. O mais aconselhável é que 
você mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mes-
mo o seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você cons-
truir o seu conhecimento, ressignificando as informações a partir 
de suas próprias percepções.
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema é re-
presentar, de maneira gráfica, as relações entre os conceitos por 
meio de palavras-chave, partindo dos mais complexos para os 
mais simples. Esse recurso pode auxiliá-lo na ordenação e na se-
quenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. 
© Contabilidade de Instituições Financeiras28
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-
-se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em 
esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu co-
nhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pe-
dagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendiza-
gem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (como planejamentos de currículo, sistemas epesquisas em 
Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, na 
ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que estabe-
lece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos concei-
tos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, novas 
ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem pontos 
de ancoragem.
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma 
vez que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas 
cognitivas, outros serão também relembrados. Nessa perspectiva, 
partindo-se do pressuposto de que é você o principal agente da 
construção do próprio conhecimento, por meio de sua predispo-
sição afetiva e de suas motivações internas e externas, o Esquema 
dos Conceitos-chave tem por objetivo tornar significativa a sua 
aprendizagem, transformando o seu conhecimento sistematizado 
em conteúdo curricular, ou seja, estabelecendo uma relação entre 
aquilo que você acabou de conhecer com o que já fazia parte do 
seu conhecimento de mundo.
Claretiano - Centro Universitário
29© Caderno de Referência de Conteúdo
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave de Contabilidade de Instituições Financeiras.
Como você pode observar, esse Esquema oferece, como dis-
semos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais impor-
tantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre um e 
outro conceito desta obra e descobrir o caminho para construir o 
seu processo de ensino-aprendizagem. Para identificar quais enti-
dades devem utilizar o Plano de Contas das Instituições do Sistema 
Financeiro Nacional (Cosif), você deve conhecer sobre a estrutura 
do Sistema Financeiro Nacional e o conjunto de entidades que fa-
zem parte desse sistema, que estão no Capítulo 1, isso implica, que 
você deve conhecer a etapa anterior, que antecede a elaboração 
dos relatórios contábeis, por isso, a Contabilidade é apresentada 
em etapas. 
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento.
© Contabilidade de Instituições Financeiras30
Questões autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem 
ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas disserta-
tivas.Responder, discutir e comentar essas questões, bem como 
relacioná-las com a prática do ensino de Contabilidade de Institui-
ções Financeiras pode ser uma forma de você avaliar o seu conhe-
cimento. Assim, mediante a resolução de questões pertinentes ao 
assunto tratado, você estará se preparando para a avaliação final, 
que será dissertativa. Além disso, essa é uma maneira privilegiada 
de você testar seus conhecimentos e adquirir uma formação sólida 
para a sua prática profissional. 
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões 
autoavaliativas de múltipla escolha.
As questões de múltipla escolha são as que têm como respos-
ta apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entende-se por 
questões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos 
matemáticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, 
inalterada. Já as questões abertas dissertativas obtêm por res-
posta uma interpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, 
normalmente, não há nada relacionado a elas no item Gabarito. 
Você pode comentar suas respostas com o seu tutor ou com seus 
colegas de turma.
Bibliografia básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
Claretiano - Centro Universitário
31© Caderno de Referência de Conteúdo
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos desta obra, pois relacionar aquilo que está no campo visual 
com o conceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
O estudo desta disciplina convida você a olhar, de forma 
mais apurada, a Educação como processo de emancipação do ser 
humano. É importante que você se atente às explicações teóricas, 
práticas e científicas que estão presentes nos meios de comunica-
ção, bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, 
ao compartilhar com outras pessoas aquilo que você observa, per-
mite-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a 
ver e a notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, 
portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno do curso de Ciências Contábeis na moda-
lidade EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e con-
sistente. Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, 
do tutor presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. 
Sugerimos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as ativi-
dades nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discu-
ta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoau-
las. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
© Contabilidade de Instituições Financeiras32
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
esta obra, entre em contato com seu tutor. Ele estará pronto para 
ajudar você. 
3. E-REFERÊNCIAS
BANCO DO BRASIL. Acordo de Basiléia. Disponível em: 
< h t t p : / / w w w . b b . c o m . b r / p o r t a l b b / p a g e 5 1 , 1 3 6 , 3 6 9 6 , 0 , 0 , 1 , 8 .
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21 jul. 2011.
COSIF. Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional. Disponível em: 
<http://www4.bcb.gov.br/denorcosif/DOWNLOAD/nb-01.PDF>. Acesso em: 20 jul. 2011.
RESOLUÇÃO 2682/99. Disponível em: <http://www.leasingabel.com.br/site/Adm/
userfiles/Resolucao_2682.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2011.
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ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 
2010.
1
EA
D
Estrutura do Sistema 
Financeiro Nacional
1. OBJETIVOS
• Conhecer a estrutura do Sistema Financeiro Nacional.
• Identificar as características do Sistema Financeiro Nacio-
nal e dos Intermediários financeiros.
• Entender como é a interaçãoentre as empresa e o mer-
cado financeiro.
• Conhecer quais são as funções financeiras principais de 
uma empresa. 
2. CONTEÚDOS
• Estrutura do Sistema Financeiro Nacional.
• Órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional.
• Intermediários financeiros.
• Interação entre as empresas e o mercado financeiro.
• Principais funções financeiras de uma empresa. 
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3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
1) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos expli-
citados no Glossário e suas ligações pelo Esquema de 
Conceitos-chave. Isso poderá facilitar sua aprendizagem 
e seu desempenho.
2) É importante aprofundar os conhecimentos sobre a es-
tutura do Sistema Finaneiro Nacional, pesquisando o Ca-
pítulo 2, do livro Mercado Financeiro e de Capitais, do 
autor Roberto Kerr, EDIÇÃO. editora Pearson, disponível 
no acervo da Biblioteca Virtual.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nesta primeira unidade, serão apresentados a estrutura do 
Sistema Financeiro Nacional, os órgãos normativos reguladores, as 
instituições financeiras e os intermediários financeiros.
Além disso, conheceremos a integração existente entre o 
mercado de capitais com os tomadores de recursos, verificando 
a forma em que as empresas conseguem realizar a captação dos 
recursos financeiros e como aplicam esses recursos nos negócios.
Bom estudo!
5. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
O que é o Sistema Financeiro Nacional?
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um gru-
po de instituições financeiras públicas e privadas que operam por 
meio de diversos instrumentos financeiros, fazendo a captação, 
distribuição e transferências de recursos entre os diversos agentes 
econômicos, com objetivo de facilitar o caminho entre os poupa-
dores e os tomadores desses recursos.
Claretiano - Centro Universitário
35© U1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Em decorrência da crescente expansão dos negócios finan-
ceiros no mundo e do grau de complexidade e sofisticação dos 
mercados financeiros mundiais, os países perceberam a impor-
tância e a necessidade da criação de algumas formas de contro-
le sobre a movimentação desses recursos, para que eles não se 
tornassem vulneráveis e também para gerar maior credibilidade 
no mercado. Surge, então, o Sistema Financeiro Nacional que visa 
criar instrumentos financeiros para controlar de forma adequada 
as movimentações de recursos financeiros entre todas as partes. 
Nesse sentido, a autoridade monetária faz a regulamentação 
do volume de dinheiro em circulação, com objetivo de zelar pela 
estabilidade da moeda.
No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) representa 
a forma pela qual o mercado financeiro é estruturado. De acor-
do com Lopes et al. (2009) sua regulamentação ocorre, principal-
mente, por meio das Lei 4.595/64 (Lei da reforma bancária), Lei 
4.728/65 (Lei do mercado de capitais), Lei 6.385/76 (Lei da criação 
da CVM) e Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), além de 
diversas complementações que ocorreram ao longo do tempo. 
Segundo Iudícibus (1997, p. 94): 
[...] em países com um ativo mercado de capitais, assume impor-
tância impar a existência de informações corretas, oportunas, su-
ficientes e inteligíveis sobre o patrimônio líquido das entidades e 
suas mutações, com vista à adequada avaliação de riscos e opor-
tunidades por parte dos investidores, sempre interessados na se-
gurança dos seus investimentos e em retornos compensadores em 
relação às demais aplicações. A qualidade dessas informações deve 
ser assegurada pelo sistema de normas alicerçadas nos Princípios 
Fundamentais, o que torna a Contabilidade um verdadeiro catalisa-
dor do mercador de ações.
Entre 1964 e 2007 ocorreu uma série de modificações na le-
gislação, visando garantir a transparência das informações do mer-
cado financeiro. Com isso, a partir dessas leis houve uma estru-
turação no Sistema Financeiro Nacional, adequando as exigências 
nacionais e internacionais.
© Contabilidade de Instituições Financeiras3636
Veja na Tabela 1 as leis e os respectivos anos que marcam as 
alterações na legislação:
Tabela 1 Anos que marcam alterações nas leis referentes ao 
mercado financeiro. 
Ano 1964 1964 1964 1965 1976 1976 2001 2007 2009
Lei 4.357 4.380 4.595 4.728 6.385 6.404 10.303 11.638 11.941
 De acordo com Fortuna (2002), até 1964 o Sistema Finan-
ceiro Nacional necessitava de uma estruturação racional adequa-
da para atender às expectativas e carências da sociedade. Isso se 
tornou possível a partir da edição das Leis relacionadas a seguir:
........................................................................................................
Lei 4.357/64 – Lei da Correção Monetária
• Problema: a inflação no Brasil superava 12% ao ano e, com base na 
no Direito Canônico, a Lei da Usura limitava os juros a 12% ao ano. 
Com isso, as empresas e os cidadãos preferiam aplicar seus recursos 
em outras opções de investimento, inclusive, adiando o pagamento das 
obrigações tributárias. Essa situação inflacionária limitava a capacidade 
do Poder Público de financiar-se com a emissão de títulos próprios, 
necessitando emitir papel moeda para atender suas necessidades 
financeiras. Outro problema relacionava-se com as Demonstrações 
Financeiras, que deixavam de refletir adequadamente a situação 
econômica e financeira, trazendo novamente conseqüência ao Tesouro 
Nacional, em relação a diminuição da arrecadação e aos potenciais 
investidores.
• Solução: a Lei determinou normas para a indexação de débitos fiscais, 
criou títulos públicos federais (ORTN), com cláusulas de correção 
monetária. Essas ações destinavam-se a antecipação das receitas, 
cobrirem o déficit público e promover investimentos.
Lei 4.380/64 – Lei do Plano Nacional de Habitação
• Problema: com a recessão econômica dos anos 1960, houve um 
aumento do número de trabalhadores sem (ou com pouca) qualificação 
profissional, e o Estado não possuía condições de criar ou fomentar 
postos de trabalho para essa mão de obra. Uma das alternativas seria 
a criação de novos empregos na construção civil.
• Solução: criação do Banco Nacional da Habitação (BNH), órgão gestor 
do então criado Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), 
com objetivo de estimular a construção de casas populares e obras 
de saneamento e infraestrutura urbana, com moeda própria (UPC – 
Unidade Padrão de Capital) e seus próprios instrumentos de captação 
de recursos – Letras Hipotecárias, Letras Imobiliárias e Cadernetas de 
Poupança. Posteriormente, a esses recursos foram adicionados os do 
FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
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37© U1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Lei 4.595/64 – Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional
• Problema: os órgãos de orientação e gestão da política monetária, de 
crédito e finanças públicas concentravam-se no Ministério de Fazenda, 
na Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) e no Banco 
Central, e essa estrutura não era suficiente para atender aos crescentes 
encargos e responsabilidades que a condução da política econômica 
exigia e demandava.
• Solução: foi criado o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco 
Central do Brasil (Bacen), bem como, determinadas as normas 
operacionais, as rotinas de funcionamento e os procedimentos de 
qualificação, aos quais as entidades do sistema financeiro deveriam se 
subordinar.
Lei 4.728/65 – Lei do Mercado de Capitais
• Problema: problema de popularização do investimento estava reprimido 
em decorrência da nítida preferência dos investidores por imóveis de 
renda e reserva de valor. Para o governo era interessante a evolução dos 
níveis de poupança interna e o seu direcionamento para investimentos 
produtivos.
• Solução: foram estabelecidos normas e regulamentos básicos para a 
estruturação de um sistema de investimentos destinados ao apoio do 
desenvolvimento nacionale também para atender a crescente demanda 
de crédito. 
Lei 6.385/76 – Lei da CMV (Comissão de Valores Mobiliários)
• Problema: faltava até o momento, uma entidade responsável pela 
regulação e fiscalização do mercado de capitais, especialmente 
direcionada as sociedades de capital aberto.
• Solução: criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sendo 
transferida do Banco Central a responsabilidade pela regulamentação 
e fiscalização das atividades relacionadas ao mercado de valores 
mobiliários (ações, debêntures etc.).
Lei 6.404/76 – Lei das Sociedades Anônimas
• Problema: tornou-se necessário atualizar a legislação sobre as 
sociedades anônimas brasileiras, especialmente em relação dos 
aspectos relativos a composição acionária, negociação de valores 
mobiliários (ações, debêntures etc.) e modernizar o fluxo de informações 
dessas empresas.
• Solução: foram estabelecidas regras claras quanto às características, 
formas de constituição, composição acionária, estrutura das 
demonstrações financeiras, obrigações societárias, direitos e obrigações 
de acionistas e órgãos estatutários e legais.
Lei 10.303/01 – Lei que altera e acrescenta novos dispositivos na Lei 
6.404/76
• Problema: aprimorar a legislação sobre as sociedades anônimas (Lei 
6.404/76), especificamente quanto aos aspectos relativos ao direito 
© Contabilidade de Instituições Financeiras3838
do acionista minoritário, e da Lei 6.385/76, relativamente a algumas 
atribuições da CVM.
• Solução: estabeleceu novos direitos aos acionistas minoritários, tais 
como o tag along mínino de 80% e a composição de ações (limitando 
o percentual de ações preferenciais em 50%). Além disso, dentre as 
alterações da Lei 6.385/76, destaca-se a transferência para a CVM a 
competência para regular e supervisionar os fundos de investimento e 
os derivativos.
Lei 11.638/07 – Nova Lei das Sociedades Anônimas
• Problema: surgimento de uma nova realidade econômica no Brasil e 
a Necessidade de o governo de ter mais segurança no ambiente do 
mercado de capitais, que estava de modernizado, com expressivo fluxo 
de capitais ingressando no país. Necessidade de aprimorar a legislação 
sobre os aspectos relativos ao direito dos acionistas minoritários. 
• Solução: adequação do modelo contábil brasileiro de acordo com as 
normas de contabilidade internacional, de forma a proporcionar maior 
transparência e qualidade às informações contábeis. Estabelecer novas 
regras para os balanços, harmonizar a Lei com as práticas contábeis 
internacionais (IASB) International Accounting Standards Board, 
buscando eliminar as dificuldades de interpretação e aceitação das 
práticas contábeis brasileiras. Estabeleceu novos direitos aos acionistas 
minoritários.
Lei 11.941/09 – Lei que altera e acrescenta novos dispositivos na Lei 
11.638/07
• Problema: a nova lei das sociedades anônimas (11.638) apresentou 
uma nova realidade contábil no Brasil, determinando que a contabilidade 
realizada no pais ocorresse de acordo com os padrões internacionais, 
seguindo os critérios determinados pelo (IASB) International Accounting 
Standards Board. Mas, ocorreu o problema de convergência no âmbito 
contábil, fiscal e tributário.
• Solução: A lei 11.941 converteu a MP 449/08 em lei, determinando os 
critérios fiscais e tributários que devem ser observados pelas empresas 
e cria o RTT (Regime Tributário Transitório), além de alterar a estrutura 
do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados do Exercício. 
No artigo 61, reforça a independência dos normativos da Lei 4.595/64, 
em relação a escrituração contábil das instituições financeiras e de 
demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do 
Brasil, incluse aquelas constituídas na forma de Sociedades Anônimas 
(FORTUNA, 2002, p. 13).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A estrutura do Sistema Financeiro Nacional segue os ins-
trumentos legais apresentados anteriormente, ela se baseia no 
modelo de especialização de instituições existentes nos Estados 
Unidos, em que cada segmento é identificado de acordo com o 
objetivo principal das destinações dos recursos captados. 
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39© U1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Segundo Niyama e Gomes (2008), esses segmentos e res-
pectivos destinos são os seguintes:
Tabela 2 Segmentos do SFN. 
Crédito de curto e curtíssimo prazo
Bancos Comerciais, Caixa Econômica 
Federal, Cooperativas de Crédito e Bancos 
Múltiplos com carteira comercial.
Crédito de médio e longo prazo
Bancos de Investimentos, Bancos de 
Desenvolvimento, Caixa Econômica 
Federal e Bancos Múltiplos com carteira 
de investimento ou desenvolvimento.
Crédito ao consumidor
Sociedades de Crédito, Financiamentos 
e Investimentos ("Financeiras") e Bancos 
Múltiplos com carteira de crédito, 
financiamento e investimento.
Crédito habitacional
Caixa Econômica Federal, Associações de 
Poupança e Empréstimo, Companhias 
Hipotecárias, Sociedades de Crédito 
Imobiliário e Bancos Múltiplos com 
carteira de crédito imobiliário.
Intermediação de títulos e valores 
mobiliários
Sociedades Corretoras e Distribuidoras 
de Títulos e Valores Mobiliários, Bancos 
de Investimentos e Bancos Múltiplos com 
carteira de investimento.
Arrendamento mercantil
Sociedades de Arrendamento Mercantil 
e Bancos Múltiplos com carteira de 
arrendamento mercantil.
Fonte: adaptado de Niyama; Gomes, (2008, p. 3). 
Além disso, podemos destacar outras entidades, que são de-
tentoras de volume significativo de recursos públicos em geral ou 
com especialização em determinados segmentos, que mesmo não 
participando diretamente do processo de intermediação financei-
ra ou de distribuição de títulos e valores mobiliários, vem obtendo 
crescente representatividade no âmbito do Sistema Financeiro Na-
cional, conforme segue:
1) Seguradoras
2) Companhias de capitalização
3) Entidades fechadas e abertas de previdência privada
4) Empresas de factoring
5) Consórcios
© Contabilidade de Instituições Financeiras4040
6) Companhias hipotecárias
7) Agências de fomento
8) Sociedades de crédito ao microempreendedor.
O Sistema Financeiro Nacional está dividido em subsistema 
normativo e subsistema de intermediação. De acordo com o Bacen, 
o subsistema normativo é composto pelos seguintes órgãos: 
 
Conselho Monetário 
Nacional 
CMN 
Conselho Nacional de 
Seguros Privados 
CNSP 
Conselho de Gestão da 
Previdência 
Complementar 
CGPC 
Fonte: Adaptado de Filgueiras (2010, p. 17).
Figura 1 Órgãos que compõem o SFN.
Sistema normativo 
O objetivo do subsistema normativo é editar normas que de-
terminem os parâmetros para a realização das transferências de 
recursos financeiros entre os poupadores e os tomadores, exer-
cendo o controle sobre o funcionamento das instituições e entida-
des que realizam atividades de intermediação financeira. 
Dessa forma, cada um dos três órgãos normativos apresen-
tados possui suas entidades supervisoras e os operadores, apre-
sentados da seguinte forma:
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41© U1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Tabela 3 Órgãos normativos do SFN, entidades supervisoras e 
operadores. 
ÓRGÃOS 
NORMATIVOS
ENTIDADES 
SUPERVISORAS OPERADORES
Conselho 
Monetário 
Nacional 
(CMN)
Banco Central do 
Brasil (Bacen)
Instituições 
financeiras 
captadoras 
de depósitos 
à vista
Demais 
instituições 
financeiras
Outros intermediários 
financeiros e 
administradores de 
recursos de terceirosComissão 
de Valores 
Mobiliários (CVM)
Bolsa de 
Mercadorias 
e Futuros
Bolsa de 
Valores
Conselho 
Nacional 
de Seguros 
Privados 
(CNSP)
Superintendência 
de Seguros 
Privados (Susep)
Brasil 
Resseguros 
(IRB)
Sociedades 
Seguradoras
So
ci
ed
ad
es
 d
e 
ca
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co
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Conselho de 
Gestão da 
Previdência 
Complementar 
(CGPC)
Secretaria de 
Previdência 
Complementar 
(SPC)
Entidades fechadas de previdência complementar 
(fundos depensão)
Fonte: Banco Central do Brasil, 2010.
Fazem parte da composição do Conselho Monetário Nacio-
nal (CMN) os seguintes órgãos: 
• Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional 
(CRSFN).
• Banco Central do Brasil (BCB).
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em relação ao Conselho Nacional de Seguros Privados, faz 
parte da composição desse órgão a:
• Superintendência de Seguros Privados (Susep).
E, finalizando, faz parte da composição do Conselho de 
Gestão da Previdência Complementar a:
• Secretaria de Previdência Complementar (SPC). 
© Contabilidade de Instituições Financeiras4242
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um órgão acima 
de tudo normativo e não desempenha nenhuma atividade execu-
tiva. É composto pelo Ministro de estado da Fazenda, na qualidade 
de Presidente, Ministro de Estado de Orçamento e Gestão e o Pre-
sidente do Banco Central. 
É o órgão máximo do SFN, entretanto deve se adequar às re-
gras criadas pela Legislação Brasileira. Ele processa todo o controle 
do sistema financeiro, influencia as ações de órgãos normativos e 
assume funções de legislativo em instituições financeiras públicas 
e privadas. 
O CMN tem amplas atribuições e a finalidade de formular 
toda a política de moeda e do crédito, buscando atender aos in-
teresses econômicos e sociais do país. Suas atribuições estão defi-
nidas na Lei nº 4.595/64, dentre as quais Assaf Neto (2001, p. 70) 
cita as principais:
• Fixar as diretrizes e as normas da política cambial, através da 
regulamentação das operações de câmbio, com objetivo de 
controlar a paridade da moeda e o equilíbrio da balança de 
pagamentos. 
• Regulamentaras taxas de juros e, comissões, bem como, 
quaisquer outras formas de renumeração realizadas pelas 
instituições financeiras. 
• Estabelecer regras para a constituição e funcionamento das 
instituições financeiras, zelando pela sua liquidez. 
• Determinar orientações para as instituições financeiras, 
mediante fixação de índices de encaixe, de capital mínimo, de 
normas de contabilização etc.
• Adicionar as medidas de prevenção para eventuais desequilíbrios 
econômicos, tendências inflacionárias etc.
• Regulamentar todos os tipos de credito e orientar as instituições 
financeiras na aplicação dos seus recursos, com objetivo de 
promover o desenvolvimento equilibrado da economia. 
• Estabelecer regras para as operações de redesconto e as demais 
operações que ocorrem no mercado aberto. 
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional 
(CRSFN) foi criado pelo Decreto nº 91.152/85, com o objetivo de 
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43© U1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
julgar, em primeira e segunda instância, os recursos provenientes 
das decisões envolvendo aplicações de penalidades administrati-
vas que foram determinadas pelo Bacen, pela CMV e pela Secreta-
ria de Comércio Exterior (Secex).
O Banco Central do Brasil (Bacen) é o principal poder 
executivo das políticas determinadas pelo Conselho Monetário, 
sendo o órgão fiscalizador do sistema financeiro nacional. Ele 
opera como um fiscalizador e disciplinador do mercado financeiro, 
definindo as regras, os limites e condutas das instituições, ao 
expedir normas de controle sobre as instituições financeiras. 
É o agente da sociedade que possui, entre suas 
responsabilidades, a manutenção da estabilidade do poder de 
compra da moeda brasileira. Suas principais funções e atribuições 
são:
1) A fiscalização das instituições financeiras e a aplicação 
das penalidades previstas em Lei, caso necessário.
2) A concessão de autorizações para que as instituições fi-
nanceiras funcionem no país, se instalem ou transfiram 
suas sedes e dependências. Além disso, concede demais 
solicitações para fusões e incorporações. 
3) A realização das operações de redesconto e de emprés-
timos a instituições financeiras.
4) A execução da emissão de papel-moeda, o controle do 
crédito e o recebimento de depósitos compulsórios dos 
bancos.
5) A supervisão dos serviços de compensação de cheques 
e outros papéis, efetuar como instrumento de política 
monetária, a compra e venda de títulos públicos.
Dessa forma, o Bacen atua como um regulador do suprimen-
to de moeda no mercado e mantenedor do equilíbrio monetá-
rio, exercendo a autoridade monetária. De acordo com Filgueiras 
(2010, p. 3), suas atribuições são seguintes:
• Banco dos bancos: sendo o emprestador de recursos financeiros 
de última instância das instituições que fazem parte da 
composição do sistema financeiro nacional;
© Contabilidade de Instituições Financeiras4444
• Único banco emissor: banco que exerce a função de autoridade 
monetária, detendo o monopólio sobre a emissão de moeda;
• Banqueiro do governo: o banco central é o centralizador do 
caixa do governo.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão definido 
pelo CMN para regulamentar, acompanhar e fiscalizar a emissão 
de Valores Mobiliários e as instituições que formam o mercado de 
capitais: Bolsa de Valores, Sociedades Distribuidoras de Títulos e 
Valores Mobiliários entre outras. 
As principais leis que norteiam o ambiente da CMV e do 
mercado de Valores Mobiliários são:
• Lei nº 6.385/76, que disciplinou o mercado de capitais e 
criou a CVM;
• Lei nº 6404/76, que dispõe sobre as sociedades por ações, 
atualizada pela Lei nº 11.638/07.
A CVM controla e disciplina a emissão e a distribuição de 
títulos mobiliários. São funções básicas da Comissão de Valores 
Mobiliários:
1) Dar proteção aos investidores do mercado de ações.
2) Assegurar a transparência das operações de compra e 
venda de valores mobiliários.
3) Disciplinas e fiscalizar a emissão e distribuição de valores 
mobiliários no mercado, bem como organizar o funcio-
namento e operações das bolsas de valores.
4) Fiscalizar as companhias abertas. 
5) Fixar limites máximos de preços e comissões cobradas 
pelos intermediários.
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é um ór-
gão criado em 1966, com a responsabilidade de normatizar as 
atividades securitárias do país, determinando diretrizes e normas 
da política governamental para as instituições que operam com 
seguros privados, capitalização e previdência privada abertas. En-
tre suas principais atribuições, citadas por Filgueiras (2010, p. 23), 
destacamos:
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45© U1 - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
• Fixação das diretrizes e normas da política de seguros privados;
• Regulamentação da constituição, organização, funcionamento e 
fiscalização daqueles que exercem atividades subordinadas ao 
Sistema Nacional de Seguros Privados, e na determinação das 
penalidades previstas;
• Fixação das características gerais dos contratos de seguros, 
previdência privada e capitalização;
• Estabelecimento das diretrizes gerais sobre as operações de 
resseguros;
• Determinação dos critérios de constituição das sociedades 
seguradoras, de previdência privada aberta e de capitalização;
• Disciplinar a corretagem no mercado e a profissão de corretor.
O Conselho de Gestão da Previdência Complementar 
(CGPC) é um órgão vinculado ao Ministério da Previdência e As-
sistência Social, responsável pela regulamentação, normatização 
e coordenação das atividades realizadas pelas entidades fechadas 
de previdência complementar. Suas principais atribuições são:
1) Estabelecer normas complementares a legislação, apli-
cáveis a entidades fechadas de previdência complemen-
tar.
2) Determinar regras para a constituição e funcionamento 
das sociedades fechadas.
3) Determinar padrões para a instituição de operação de 
planos de benefícios, para assegurar a transparência, 
solvência, liquidez e equilíbrio financeiro.
4) Determinar a metodologia que deverá ser aplicada nas 
avaliações atuariais.
5) Estabelecer normas gerais de contabilidade, atuária, 
econômico financeiro e estatísticas.
Sistema de intermediação
O Conselho Monetário Nacional, o Banco Central e a Comis-
são de Valores Mobiliários são instituições que regulamentam

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