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2 2 - materialidade-e-relevancia

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Curso de Auditoria para ICMS-RS 2018 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Fontenelle – Aula 02 
 
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Sumário 
Item Página 
Materialidade e Relevância 02 
Resumão 07 
Questões 08 
Gabarito 11 
Questões Comentadas 12 
 
Esta aula contem:
18 páginas
Páginas de teoria
06
Páginas de questões 
comentadas
07
Questões FCC
01
Questões ESAF
04
Questões CESPE
01
Questões FGV
04
Questões VUNESP
-
Questões DIVERSAS
-
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Materialidade no Planejamento e na Execução da 
Auditoria 
 
 
A Resolução CFC nº 1.213/09, que aprovou a NBC TA 320 – 
Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria -, trata da 
responsabilidade do auditor independente de aplicar o conceito de 
materialidade no planejamento e na execução de auditoria de 
demonstrações contábeis, definindo que o objetivo do auditor é aplicar 
o conceito de materialidade adequadamente. 
 
A estrutura de relatórios financeiros, frequentemente, discute o 
conceito de materialidade no contexto da elaboração e apresentação 
de demonstrações contábeis, explicando que: 
 
• Distorções são relevantes quando for esperado que possam 
influenciar as decisões econômicas de usuários. 
 
• Julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das 
circunstâncias envolvidas. 
 
• Julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários 
são baseados em considerações sobre as necessidades de 
informações financeiras comuns a usuários como um grupo. 
 
A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de 
julgamento profissional e é afetada pela percepção das 
necessidades de informações financeiras dos usuários. Dessa forma, 
não existe uma regra pré-concebida em relação ao tema. 
 
Ex.: se o auditor está auditando uma padaria, ele pode entender que 
uma distorção de R$ 50.000,00 pode ser considerada material. 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
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Entretanto, será que esse valor seria considerado material se esse 
mesmo auditor estivesse auditando a Petrobras? 
 
É importante lembrar que a materialidade determinada no 
planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor 
abaixo do qual as distorções não corrigidas serão sempre avaliadas 
como não relevantes, pois as circunstâncias relacionadas a algumas 
distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo 
que estejam abaixo do limite de materialidade. Dessa forma: 
 
✓ Se uma distorção é material, necessariamente ela também é 
relevante. 
✓ Já uma distorção que não é material, ou seja, está abaixo do 
limite de materialidade definido pelo auditor, pode ou não ser 
relevante. Ex.: fraude cometida por um diretor da empresa 
auditada. Mesmo que o valor fraudado não seja material, 
poderá ser considerado relevante, já que os usuários das 
demonstrações contábeis (acionistas, investidores, etc., 
possivelmente seriam influenciados por este fato). 
 
De acordo com a NBC TA 320, materialidade para execução da 
auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, 
inferiores ao considerado relevante para as demonstrações como um 
todo, para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de 
que as distorções não corrigidas e não detectadas excedam a 
materialidade para as demonstrações como um todo. 
 
Explicando melhor. Primeiro o auditor deve definir a materialidade 
para as demonstrações contábeis como um todo, que é o que 
influenciará ou não o usuário da informação. Feito isso, irá definir a 
materialidade para a execução daquela auditoria, que 
necessariamente deverá ser menor que a materialidade definida 
anteriormente, já que ele trabalha por amostragem. 
 
Exemplo! 
Materialidade para as demonstrações contábeis: auditor define (a 
partir do seu julgamento profissional) que, diante dos números 
apresentados nas demonstrações, qualquer distorção acima de R$ 
10.000,00 será considerada material. 
Materialidade para a execução da auditoria: a partir da definição 
anterior, ele pode definir a materialidade para a execução da auditoria 
em R$ 6.000,00, pois como ele não irá aplicar testes em todas as 
transações realizadas pela empresa, pode entender que se encontrar 
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distorções acima desse valor, possivelmente corresponderá aos R$ 
10.000,00 definidos para a materialidade das demonstrações 
contábeis. 
Atenção! Os números utilizados acima são apenas 
exemplificativos. 
Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, 
também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou 
níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos 
contábeis e divulgações. Ex.: o auditor pode definir uma materialidade 
específica para a conta Fornecedores, se julgar necessário. 
 
Exemplificando. Vamos admitir o seguinte balanço patrimonial: 
 
Balanço Patrimonial (em R$) 
Ativo 
circulante 
300.000 Passivo 
circulante e 
não circulante 
500.000 
Ativo não 
circulante 
700.000 PL 500.000 
Ativo 
Total 
1.000.000 Passivo Total 1.000.000 
 
 A partir do seu julgamento profissional, o auditor pode definir, 
por exemplo, que o valor que irá considerar material para uma conta 
será de 1% do Ativo Total. Dessa forma, valores inferiores a R$ 
10.000,00 serão considerados não materiais, reduzindo a um nível 
baixo a probabilidade de que distorções não detectadas nessas contas 
influenciem nas demonstrações como um todo. 
 
Determinação da materialidade no planejamento e para a 
execução da auditoria 
 
Ao estabelecer a estratégia global de auditoria (durante o 
planejamento), o auditor deve determinar a materialidade para as 
demonstrações contábeis. 
 
Depois de estabelecida a materialidade para as demonstrações 
contábeis como um todo, o auditor deve determinar a materialidade 
para execução da auditoria, com o objetivo de avaliar os riscos de 
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distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão 
de procedimentos adicionais de auditoria. 
 
Deve-se ter atenção, pois planejar a auditoria somente para detectar 
distorção individualmente relevante negligencia o fato de que as 
distorções individualmente irrelevantes em conjunto podem 
levar à distorção relevante das demonstrações contábeis e não 
deixa margem para possíveis distorções não detectadas. 
 
A materialidade para execução da auditoria é fixada para reduzir a 
um nível adequadamente baixo a probabilidade de que as 
distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto nas 
demonstrações contábeis excedam a materialidade para as 
demonstrações contábeis como um todo. 
 
A determinação de materialidade para execução de testes não é um 
cálculo mecânicosimples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre 
a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de 
avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções 
identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas 
expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente. 
 
Distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando 
for razoavelmente esperado que essas possam, individualmente ou em 
conjunto, influenciar as decisões econômicas de usuários 
tomadas com base nas demonstrações contábeis. 
 
Julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das 
demonstrações contábeis são baseados em considerações sobre as 
necessidades de informações financeiras comuns a usuários 
como um grupo. 
 
Revisão no decorrer da auditoria 
 
O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações 
contábeis como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de 
materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis 
ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações que o 
teriam levado a determinar um valor diferente. 
 
 
A materialidade, assim como o 
planejamento do auditor NÃO é 
imutável e pode ser revista ao longo da 
execução da auditoria. 
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Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa para 
as demonstrações do que inicialmente determinado, o auditor deve 
verificar se é necessário revisar a materialidade e se a natureza, a 
época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria 
continuam apropriados. 
 
Documentação 
 
O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes 
valores e fatores considerados em sua determinação: 
 
(a) materialidade para as demonstrações como um todo; 
 
(b) se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para 
classes específicas de transações, saldos contábeis ou 
divulgação; 
 
(c) materialidade para execução da auditoria; e 
 
(d) qualquer revisão de (a) a (c) com o andamento da 
auditoria. 
 
Os fatores que podem afetar a identificação de referencial 
apropriado para determinação da materialidade incluem: 
 
(a) os elementos das demonstrações contábeis (por 
exemplo, ativo, passivo, patrimônio líquido, receita, despesa). 
 
(b) se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários 
das demonstrações contábeis da entidade específica (por 
exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das 
operações, os usuários tendem a focar sua atenção em lucro, 
receita ou patrimônio líquido). 
 
(c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu 
setor e o ambiente econômico em que atua. 
 
(d) a estrutura societária da entidade e como ela é 
financiada (por exemplo, se a entidade é financiada somente 
por dívida em vez de capital próprio, os usuários dão mais 
importância a informações sobre os ativos, e processos que os 
envolvam, do que nos resultados da entidade). 
 
(e) a volatilidade relativa do referencial. 
 
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RESUMÃO 
 
❖ Materialidade se refere a valor financeiro, fixado pelo auditor. 
 
❖ O auditor define a materialidade para as demonstrações contábeis e 
a materialidade para a execução da auditoria, sendo esta 
necessariamente menor que aquela. 
 
❖ A materialidade para execução da auditoria é fixada para reduzir a 
um nível adequadamente baixo a probabilidade de que as distorções 
não corrigidas e não detectadas em conjunto nas demonstrações 
contábeis excedam a materialidade para as demonstrações contábeis 
como um todo. 
 
❖ A materialidade é definida na Estratégia Global (fase de 
planejamento) e depende do julgamento profissional do auditor. 
 
❖ A determinação da materialidade não é um cálculo mecânico simples 
e pode ser revista ao longo da auditoria, desde que o auditor 
documente as alterações realizadas. 
 
❖ Uma distorção ou omissão será considerada relevante quando for 
razoavelmente esperado que possa, individualmente ou em 
conjunto, influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas 
com base nas demonstrações contábeis. 
 
 
 
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QUESTÕES ESAF 
 
1 - (ESAF / RFB / 2014) - A determinação de materialidade para 
execução de testes: 
A) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de 
julgamento profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor 
possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos 
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de 
distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, 
pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período 
corrente. 
B) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a 
entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de 
avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções 
identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas 
expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente. 
C) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de 
julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que 
o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos 
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de 
distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, 
pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período 
corrente e subsequentes. 
D) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que o auditor 
possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos 
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de 
distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, 
pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período 
corrente. 
E) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de 
julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que 
o auditor possui sobre a entidade, não deve ser atualizado durante a 
execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e 
extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa 
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maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções em 
períodos subsequentes. 
 
2 - (ESAF / SUSEP / 2010) - Com relação aos níveis de 
relevância determinados em um processo de auditoria externa, 
é verdadeiro afirmar que: 
A) o processo de avaliação de relevância deve sempre considerar os 
níveis de risco e as distorções identificadas, não sendo permitido 
considerar nos limites eventuais distorções não identificadas ou 
projetadas. 
B) o auditor, em nenhuma hipótese, pode estabelecer nível de 
relevância abaixo dos determinados no planejamento. 
C) não se devem considerar as avaliações de risco e relevância no seu 
conjunto, sendo sempre avaliadas individualmente. 
D) os níveis de relevância estabelecidos no planejamento devem ser 
mantidos, independentemente dos fatores encontrados, durante a 
realização dos trabalhos. 
E)se a administração da entidade auditada negar-se a ajustar as 
demonstrações contábeis e os procedimentos de auditoria adicionais, 
de forma a não permitir concluir que o montante agregado das 
distorções seja irrelevante, deve o auditor considerar os efeitos no seu 
parecer. 
 
QUESTÕES CESPE 
 
1 - (CESPE/TCE-PR/2016) - Assinale a opção correta, com 
referência à determinação da materialidade e da relevância no 
planejamento e na execução da auditoria. 
(A) Na determinação da materialidade, o auditor deve pressupor que 
os usuários do relatório de auditoria desconhecem os negócios e a 
atividade da entidade auditada. 
(B) É indispensável determinar um valor mínimo para a classificação 
de relevância das distorções encontradas. 
(C) Nas auditorias das demonstrações contábeis, a definição de 
materialidade para entidades públicas segue as mesmas regras e 
condições adotadas para as entidades privadas. 
(D) Determinada distorção pode ser considerada irrelevante em termos 
materiais, ainda que afete a decisão de um usuário específico da 
informação contábil. 
(E) No caso de entidades com fins lucrativos, as demonstrações 
contábeis tidas como relevantes para o público em geral podem não 
ser relevantes para os investidores que fornecem o capital de risco para 
o empreendimento. 
 
 
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QUESTÕES FCC 
 
1 - (FCC/ICMS-SP/2013) - Uma demonstração contábil 
apresenta distorções relevantes, quando o valor de distorções 
A) corrigidas não foi divulgado nas notas explicativas e supera a 
materialidade global estabelecida pelo auditor. 
B) corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a 
materialidade global estabelecida para o trabalho. 
C) não corrigidas, individualmente, é menor que a materialidade 
global. 
D) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a 
materialidade global estabelecida para o trabalho. 
E) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, supera o valor de 
R$ 10.000.000,00. 
 
 
QUESTÕES FGV 
 
1 - (FGV/ISS-Cuiabá/2014) - Sobre a materialidade no 
contexto de auditoria, assinale a afirmativa correta. 
(A) Os julgamentos sobre materialidade são afetados por um fator 
entre a magnitude ou a natureza das distorções. 
(B) O julgamento sobre relevância deve considerar o possível efeito de 
distorções sobre usuários individuais. 
(C) A determinação de materialidade pelo auditor não deve ser afetada 
por suas percepções pessoais. 
(D) As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar 
o auditor a avaliá-las como relevantes, mesmo que estejam abaixo do 
limite de materialidade. 
(E) A materialidade não pode ser modificada no decorrer da auditoria. 
 
2 - (FGV/ISS-Recife/2014) - A respeito da materialidade, 
assinale a afirmativa incorreta. 
(A) A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de 
apuração científica e é afetada pela percepção do auditor das 
necessidades de informações financeiras dos usuários das 
demonstrações contábeis. 
(B) O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no 
planejamento e na execução da auditoria, bem como na avaliação do 
efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não 
corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis. 
(C) Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a 
magnitude das distorções que são consideradas relevantes para 
determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos 
adicionais de auditoria. 
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(D) A materialidade determinada no planejamento da auditoria não 
estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não 
corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas 
como não relevantes. 
(E) Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve 
determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um 
todo. 
 
3 - (FGV/CGE-MA/2014) - O auditor, ao realizar uma auditoria, 
exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são 
consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base 
para: 
A) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de 
avaliação de risco. 
B) identificar e avaliar os riscos de distorção irrelevante. 
C) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos 
operacionais de relevância. 
D) tomar decisões econômicas razoáveis com base nas informações 
das demonstrações contábeis. 
E) entender que as demonstrações contábeis são elaboradas, 
apresentadas e auditadas considerando níveis de materialidade. 
 
4 - (FGV/CGE-MA/2014) - A determinação da materialidade 
para o planejamento envolve o exercício de julgamento 
profissional. Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um 
referencial selecionado como ponto de partida para determinar 
a materialidade para as demonstrações contábeis como um 
todo. Os fatores que podem afetar a identificação de referencial 
apropriado incluem: 
A) os elementos das notas explicativas. 
B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das 
demonstrações contábeis da entidade específica. 
C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o 
ambiente econômico em que atua. 
D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada. 
E) a volatilidade relativa do capital. 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito - ESAF 
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
A E 
Gabarito - CESPE 
1 
D 
Gabarito - FCC 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
D 
Gabarito - FGV 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
D A A C 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
QUESTÕES ESAF 
 
1 - (ESAF / RFB / 2014) - A determinação de materialidade para 
execução de testes: 
A) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de 
julgamento profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor 
possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos 
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de 
distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, 
pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período 
corrente. 
B) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a 
entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de 
avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções 
identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas 
expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente. 
C) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de 
julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que 
o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos 
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de 
distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, 
pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período 
corrente e subsequentes. 
D) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento 
profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que o auditor 
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possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos 
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza eextensão de 
distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, 
pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período 
corrente. 
E) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de 
julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo entendimento que 
o auditor possui sobre a entidade, não deve ser atualizado durante a 
execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e 
extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa 
maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções em 
períodos subsequentes. 
 
Comentários: 
Segundo o item A 12 da NBC TA 320, a determinação de 
materialidade para execução de testes não é um cálculo mecânico 
simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo 
entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado 
durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela 
natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias 
anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação 
a distorções no período corrente. 
Resposta: A 
 
2 - (ESAF / SUSEP / 2010) - Com relação aos níveis de 
relevância determinados em um processo de auditoria externa, 
é verdadeiro afirmar que: 
A) o processo de avaliação de relevância deve sempre considerar os 
níveis de risco e as distorções identificadas, não sendo permitido 
considerar nos limites eventuais distorções não identificadas ou 
projetadas. 
B) o auditor, em nenhuma hipótese, pode estabelecer nível de 
relevância abaixo dos determinados no planejamento. 
C) não se devem considerar as avaliações de risco e relevância no seu 
conjunto, sendo sempre avaliadas individualmente. 
D) os níveis de relevância estabelecidos no planejamento devem ser 
mantidos, independentemente dos fatores encontrados, durante a 
realização dos trabalhos. 
E) se a administração da entidade auditada negar-se a ajustar as 
demonstrações contábeis e os procedimentos de auditoria adicionais, 
de forma a não permitir concluir que o montante agregado das 
distorções seja irrelevante, deve o auditor considerar os efeitos no seu 
parecer. 
 
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 A alternativa “a” está errada, pois é permitido considerar nos 
limites eventuais distorções não identificadas ou projetadas, como 
acontece, por exemplo, em um processo de amostragem, no qual o 
auditor projeta, para a população, a distorção encontrada na amostra. 
 O auditor pode alterar o nível de relevância estabelecido no 
planejamento, uma vez que, como já vimos este não é imutável. A 
partir do seu julgamento profissional e dos resultados dos testes e 
procedimentos aplicados, o auditor poderá definir outro nível de 
relevância como mais apropriado àquela auditoria. Portanto, as opções 
“b” e “d” estão incorretas. 
 A letra “c” também é falsa, pois risco e relevância são conceitos 
interligados que devem ser avaliados em conjunto. Inclusive, há uma 
relação inversa entre risco de auditoria e relevância. 
 Por fim, a alternativa “e” retrata, de forma correta, uma situação 
em que o auditor deverá modificar sua opinião, o que será explicado 
mais detalhadamente em aula acerca desse tema. 
Resposta: E 
 
QUESTÕES CESPE 
 
1 - (CESPE/TCE-PR/2016) - Assinale a opção correta, com 
referência à determinação da materialidade e da relevância no 
planejamento e na execução da auditoria. 
(A) Na determinação da materialidade, o auditor deve pressupor que 
os usuários do relatório de auditoria desconhecem os negócios e a 
atividade da entidade auditada. 
(B) É indispensável determinar um valor mínimo para a classificação 
de relevância das distorções encontradas. 
(C) Nas auditorias das demonstrações contábeis, a definição de 
materialidade para entidades públicas segue as mesmas regras e 
condições adotadas para as entidades privadas. 
(D) Determinada distorção pode ser considerada irrelevante em termos 
materiais, ainda que afete a decisão de um usuário específico da 
informação contábil. 
(E) No caso de entidades com fins lucrativos, as demonstrações 
contábeis tidas como relevantes para o público em geral podem não 
ser relevantes para os investidores que fornecem o capital de risco para 
o empreendimento. 
 
Comentários: 
 Segundo a NBC TA 320, a materialidade determinada no 
planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor 
abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em 
conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. As 
circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o 
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auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do 
limite de materialidade. 
Resposta: D 
 
QUESTÕES FCC 
 
1 - (FCC/ICMS-SP/2013) - Uma demonstração contábil 
apresenta distorções relevantes, quando o valor de distorções 
A) corrigidas não foi divulgado nas notas explicativas e supera a 
materialidade global estabelecida pelo auditor. 
B) corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a 
materialidade global estabelecida para o trabalho. 
C) não corrigidas, individualmente, é menor que a materialidade 
global. 
D) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a 
materialidade global estabelecida para o trabalho. 
E) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, supera o valor de 
R$ 10.000.000,00. 
 
Comentários: 
 O auditor estabelece, quando do seu planejamento de auditoria, 
a materialidade global para aquele trabalho, dependendo do porte da 
empresa e sempre levando em conta seu julgamento profissional. Não 
existe regra para isso, como supõe a letra E. 
Dessa forma, ele irá considerar uma distorção relevante quando 
encontrar uma distorção, ao longo do processo de auditoria, e essa 
distorção, além de não ser corrigida pela administração, for superior 
àquele valor estabelecido pelo auditor inicialmente. 
Devemos lembrar que, se a distorção é corrigida pela 
administração, quando da publicação das demonstrações contábeis 
não haverá distorção, certo?! 
Resposta: D 
 
 
QUESTÕES FGV 
 
1 - (FGV/ISS-Cuiabá/2014) - Sobre a materialidade no 
contexto de auditoria, assinale a afirmativa correta. 
(A) Os julgamentos sobre materialidade são afetados por um fator 
entre a magnitude ou a natureza das distorções. 
(B) O julgamento sobre relevância deve considerar o possível efeito de 
distorções sobre usuários individuais. 
(C) A determinação de materialidade pelo auditor não deve ser afetada 
por suas percepções pessoais. 
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(D) As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar 
o auditor a avaliá-las como relevantes, mesmo que estejam abaixo do 
limite de materialidade. 
(E) A materialidade não pode ser modificada no decorrer da auditoria. 
 
Comentários: 
 Segundo o item 6 da NBC TA 320, norma que trata do assunto, 
a materialidade determinada no planejamento da auditoria não 
estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não 
corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas 
como não relevantes. As circunstâncias relacionadas a algumas 
distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo 
que estejam abaixo do limite de materialidade. (Exemplo da fraude 
cometida pelo diretor). 
Resposta: D 
 
2 - (FGV/ISS-Recife/2014) - A respeito da materialidade, 
assinale a afirmativaincorreta. 
(A) A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de 
apuração científica e é afetada pela percepção do auditor das 
necessidades de informações financeiras dos usuários das 
demonstrações contábeis. 
(B) O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no 
planejamento e na execução da auditoria, bem como na avaliação do 
efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não 
corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis. 
(C) Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a 
magnitude das distorções que são consideradas relevantes para 
determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos 
adicionais de auditoria. 
(D) A materialidade determinada no planejamento da auditoria não 
estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não 
corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas 
como não relevantes. 
(E) Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve 
determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um 
todo. 
 
Comentários: 
 Segundo a NBC TA 320, a determinação de materialidade pelo 
auditor é uma questão de julgamento profissional (não de apuração 
científica) e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de 
informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis. 
Resposta: A 
 
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3 - (FGV/CGE-MA/2014) - O auditor, ao realizar uma auditoria, 
exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são 
consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base 
para: 
A) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de 
avaliação de risco. 
B) identificar e avaliar os riscos de distorção irrelevante. 
C) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos 
operacionais de relevância. 
D) tomar decisões econômicas razoáveis com base nas informações 
das demonstrações contábeis. 
E) entender que as demonstrações contábeis são elaboradas, 
apresentadas e auditadas considerando níveis de materialidade. 
 
Comentários: 
 O auditor define a materialidade (na questão, definido como 
magnitude das distorções) para determinar a natureza, a época e a 
extensão de procedimentos de avaliação de risco. 
Resposta: A 
 
4 - (FGV/CGE-MA/2014) - A determinação da materialidade 
para o planejamento envolve o exercício de julgamento 
profissional. Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um 
referencial selecionado como ponto de partida para determinar 
a materialidade para as demonstrações contábeis como um 
todo. Os fatores que podem afetar a identificação de referencial 
apropriado incluem: 
A) os elementos das notas explicativas. 
B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das 
demonstrações contábeis da entidade específica. 
C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o 
ambiente econômico em que atua. 
D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada. 
E) a volatilidade relativa do capital. 
 
Comentários: 
 Segundo a NBC TA 320, “os fatores que podem afetar a 
identificação de referencial apropriado incluem: 
(a) os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, 
ativo, passivo, patrimônio líquido, receita, despesa); 
(b) se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das 
demonstrações contábeis da entidade específica (por exemplo, 
com o objetivo de avaliar o desempenho das operações, os 
usuários tendem a focar sua atenção em lucro, receita ou 
patrimônio líquido); 
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(c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o 
seu setor e o ambiente econômico em que atua; 
(d) a estrutura societária da entidade e como ela é financiada 
(por exemplo, se a entidade é financiada somente por dívida em 
vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a 
informações sobre os ativos, e processos que os envolvam, do 
que nos resultados da entidade); e 
(e) a volatilidade relativa do referencial.” (Grifei) 
Resposta: C

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