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5 - testes-especificos pdf

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Curso de Auditoria para ICMS-RS 2018 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Fontenelle – Aula 05 
 
Prof. Rodrigo Fontenelle 
WWW.3DCONCURSOS.COM.BR 
 
1 
 
 
 
Sumário 
Item Página 
Testes em Áreas Específicas 02 
Resumão 27 
Questões 28 
Gabarito 41 
Questões Comentadas 42 
 
 
Esta aula contem:
60 páginas
Páginas de teoria
26
Páginas de questões 
comentadas
21
Questões FCC
04
Questões ESAF
09
Questões CESPE
13
Questões FGV
09
Questões VUNESP
-
Questões DIVERSAS
03
Curso de Auditoria para ICMS-RS 2018 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Fontenelle – Aula 05 
 
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2 
 
 
 
 
1. Tipos de Testes em áreas específicas das 
Demonstrações Contábeis 
 
1.1 Introdução 
 
Antes de começarmos este nosso encontro preciso deixar claro um 
ponto. 
 
De maneira geral, embora aconselhável, o conhecimento de 
contabilidade não é pressuposto para se entender a matéria auditoria. 
Entretanto, especificamente em relação a esta aula, é fundamental tal 
conhecimento, ainda que intermediário, ok? 
 
Feita essa consideração, vamos lá! 
 
As Demonstrações Contábeis obrigatoriamente sujeitas à Auditoria 
Independente, segundo a Lei nº 6.404/76 – Lei das Sociedades por 
Ações – são o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado 
do Exercício (DRE), a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados 
(DLPA), a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), a Demonstração 
do Valor Adicionado (DVA) e as Notas Explicativas (NE) que as 
acompanham. 
 
Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza-se das seguintes 
técnicas contábeis: 
 
 Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais); 
 Demonstrações (balanços e outras demonstrações); 
 Auditoria; e 
 Análise de balanços (ou análise das demonstrações 
contábeis). 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Galera!!! Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores 
que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos 
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Curso de Auditoria para ICMS-RS 2018 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Fontenelle – Aula 05 
 
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3 
 
Como temos visto ao longo do nosso curso, a Auditoria é uma técnica 
contábil que consiste na verificação da exatidão e da fidedignidade dos 
dados contidos nas demonstrações contábeis, por meio do exame dos 
registros contábeis e dos documentos que deram origem a esses 
registros. 
 
De acordo com a NBC TA 200, o objetivo da Auditoria das 
Demonstrações Contábeis é: 
 
Aumentar o grau de confiança nas demonstrações 
contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a 
expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as 
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os 
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura 
de relatório financeiro aplicável. (Grifei) 
 
Ainda, de acordo com a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria –, o 
objetivo do auditor é definir e executar procedimentos de auditoria 
que permitam conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente 
que lhe possibilitem obter conclusões razoáveis para fundamentar a 
sua opinião. 
 
Ou seja: 
 
 
 
1.2 Tipos de não conformidades 
 
Feitas essas considerações iniciais, chegamos ao tema específico desta 
aula. 
 
Para cada tipo de conta das demonstrações contábeis, o auditor deve 
aplicar testes e procedimentos específicos, em busca de evidências de 
distorções relevantes que possam justificar a existência de não 
conformidades porventura existentes. 
 
 
As não conformidades – ou distorções – segundo Ribeiro e Ribeiro 
(2012), encontradas nas DC podem ser de quatro tipos: 
Executa 
PROCEDIMENTOS 
para
conseguir 
EVIDÊNCIAS 
que 
possibilitem
obter 
CONCLUSÕES 
para
fundamentar 
sua 
OPINIÃO.
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4 
 
 
 Saldo superavaliado (valor maior que o real). 
 Saldo subavaliado (valor menor que o real). 
 Saldo fictício (valor inexistente ou irreal). 
 Saldo oculto (omissão de valor). 
 
 
Assim, em virtude desses riscos, recomenda-se que todas as contas 
apresentadas nas DC sejam testadas. 
 
O saldo de uma conta do balanço patrimonial ou da demonstração de 
resultado do exercício pode estar errado para mais (superavaliado) ou 
para menos (subavaliado). Por esse motivo, todas as contas da 
contabilidade devem ser testadas para superavaliação e subavaliação. 
 
Segundo Almeida (2012), a experiência tem demonstrado que se deve 
dirigir os testes principais de superavaliação para as contas 
devedoras (ativo, despesas) e os de subavaliação para as contas 
credoras (passivo, receitas). 
 
Em linhas gerais, funciona da seguinte forma: o auditor confere os 
cálculos dos grupos de contas apresentados nas DC, para depois 
conferir os saldos iniciais com os saldos finais da auditoria do exercício 
anterior. 
 
Adicionalmente, verifica se os saldos informados “batem” com os 
registrados nos livros contábeis (principalmente no Livro-razão). Se 
julgar conveniente, em vista do necessário ceticismo que deve possuir, 
estende as verificações aos registros contábeis. Isso porque o 
simples confronto entre os saldos das contas apresentadas nas DC com 
os saldos existentes no Livro-Razão dificilmente irá evidenciar as 
distorções nos respectivos saldos. 
 
Lembrem-se de que, de acordo com o Método das Partidas Dobradas 
(MPD), a cada débito (ou mais) há um correspondente crédito (ou 
mais) de igual valor e vice-versa. 
 
Exemplo: se durante o exame das demonstrações contábeis de uma 
empresa para o ano findo em 31/12/2015 o auditor descobre que as 
despesas de pessoal estão superavaliadas, em função de os salários do 
mês de janeiro de 2016 terem sido provisionados erroneamente em 
2015, é evidente que a conta credora de salários a pagar, classificada 
no passivo circulante, também está superavaliada. 
 
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5 
 
Observem o quadro resumo a seguir, contendo algumas das contas 
que abordaremos “em sala”, conforme a Lei nº 6.404/76, alterada pela 
11.941/09. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante (AC) 
- Disponibilidades 
 - Caixa e bancos 
 - Clientes (contas a receber) 
 - Estoques 
 
Ativo Não Circulante (ANC) 
- Ativo Realizável a Longo Prazo 
(ARLP) 
- Investimentos 
- Imobilizado 
- Intangível 
Passivo Circulante (PC) 
 
Passivo Não Circulante (PNC) 
 
Patrimônio Líquido (PL) 
 
Esse quadro não está completo, mas serve apenas para os colegas que 
ainda não estão craques na Contabilidade terem uma noção do 
posicionamento das contas no Balanço Patrimonial. 
 
Teste para superavaliação: 
 
No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no 
livro razão geral para o documento-suporte da transação, conforme 
demonstrado na figura a seguir. 
 
 
 
O registro final representa o último registro contábil antes do livro 
razão geral. Já o registro inicial é elaborado com base no documento e 
representa o primeiro registro contábil em função de uma operação. O 
Razão Geral Registro Final
Registro 
Intermediário
Registro InicialDocumento
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registro intermediário representa qualquer registro contábil elaborado 
entre o registro inicial e o final. 
 
Teste para subavaliação: 
 
Já no teste para subavaliação, o auditor parte do documento para o 
valor registrado no livro razão geral, conforme demonstrado na figura 
a seguir. 
 
 
 
Ativos e passivos - ocultos e fictícios 
 
Os testes que acabamos de ver (superavaliação e subavaliação de 
contas) podem constatar que foi registrado um ativo fictício ou que há 
um passivo oculto naquele balanço. 
 
Ativo fictício é quando bens e direitos existem apenas no Balanço 
Patrimonial, mas de fato não constam no patrimônio da empresa, não 
existem na “vida real”. Já Passivo fictício seria uma obrigação que 
somente consta nas demonstrações contábeis, mas já foram quitadas 
ou de fato não existem. 
 
Por outro lado, podem existir direitos e obrigações que de fato existem, 
mas não estão registrados na contabilidade da empresa. Nesse caso, 
dá-se o nome de Ativos ocultos e Passivos ocultos, respectivamente. 
 
O primeiro caso (Ativos e Passivos fictícios) gera uma superavaliação 
das contas, uma vez que os direitos e obrigações registrados nas 
demonstrações contábeis não existem. Já a segunda situação (Ativos 
e Passivos ocultos) proporciona uma subavaliação das contas, porque 
os direitos e obrigações existem, mas não foram registrados nas 
demonstrações contábeis, reduzindo o valor real dessas contas. 
 
Documento Registro Inicial
Registro 
Intermediário
Registro Final Razão Geral
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O quadro, baseado na obra de Ribeiro e Ribeiro (2012), apresenta 
alguns exemplos das situações que podem ocorrer, acerca dos quatro 
pontos que acabamos de ver: 
 
Situação Definição Exemplo 
Saldo 
superavaliado 
O saldo constante 
de uma conta da 
DC é superior ao 
saldo da mesma 
conta no livro-
razão 
Superavaliação em conta de 
despesa: despesa de 100 paga 
em $ (valor deixa de compor 
“caixa”), mas escriturada como 
120. Para haver compensação, ou 
o caixa será subavaliado em 20 ou 
o passivo será superavaliado com 
a inclusão de um saldo fictício 
(conta inexistente) 
Saldo subavaliado O saldo constante 
de uma conta da 
DC é inferior ao 
saldo da mesma 
conta no livro-
razão 
Subavaliação em conta de 
receita: receita de 500 recebida 
em $ (valor passa a compor 
“caixa”), mas escriturada como 
400. Acarretará subavaliação na 
conta de receita, e em 
contrapartida, subavaliação no 
saldo da conta “caixa”, que será 
menor que o real. 
Saldo fictício O saldo constante 
de uma conta da 
DC não existe no 
livro-razão 
Para compensar desfalque de 50 
no caixa, o contador 
intencionalmente lança o 
respectivo valor na conta 
“duplicatas a receber”. 
Saldo oculto O saldo de uma 
conta constante 
do livro-razão não 
foi informado ou 
sequer 
contabilizado 
Nota fiscal de venda de 
mercadorias a prazo, no valor de 
80, não escriturada no livro diário. 
Essa omissão provocou uma 
subavaliação no saldo da conta 
“duplicatas a receber” e a 
consequente subavaliação da 
conta de “receitas com vendas”. 
 
1.3 Contas do Ativo: 
 
São objetivos da aplicação de programas de auditoria em contas do 
Ativo: 
 
 Integridade: tem como função a verificação de operações 
existentes e não registradas. 
 
 Existência: identificar se houve operações registradas e não 
existentes. 
 
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 Propriedade: identificar operações registradas e não 
pertencentes à entidade. 
 
 Precisão: identificar operações registradas com dados 
errados. 
 
 Valorização: identificar operações calculadas erroneamente. 
 
 Apresentação: identificar informações imprecisas nas 
Demonstrações Financeiras. 
 
1.3.1. Caixa e Bancos 
 
Como sabemos, no Balanço Patrimonial, os ativos são classificados em 
ordem decrescente de grau de liquidez. Assim, caixa e bancos são 
classificados na primeira linha do lado do ativo do BP, pois é o ativo de 
maior liquidez. 
 
São registrados no grupo de caixa e bancos os recursos disponíveis 
para aplicação nas transações da empresa, tais como: 
 
 Dinheiro em caixa. 
 Dinheiros em contas correntes bancárias. 
 Recebimentos não depositados. 
 
O valor de caixa e bancos é composto, em geral, por dois 
componentes: o numerário em caixa (também denominado encaixe) 
e o depósito em bancos. Para cada componente, o auditor realiza 
procedimentos próprios. 
 
De acordo com Almeida (2010), para um ativo ser classificado nesse 
grupo, é importante que não haja restrições quanto ao seu uso 
imediato. Os cheques emitidos e ainda não entregues aos 
beneficiários não devem ser considerados como redução de caixa e 
bancos. 
 
O autor afirma que “caixa e bancos”, por ser um ativo de pronta 
liquidez, é o mais sujeito a uma utilização indevida. Nessa área, 
mesmo que haja bom sistema de controle interno, o auditor executa 
maior volume de testes do que o normal, já que o risco é maior. 
 
Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação, e o 
principal objetivo é verificar a existência do ativo. Entre os 
objetivos específicos, estão a verificação da existência, da propriedade 
da exatidão dos valores, a descoberta de restrições e a apresentação 
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exata nas DC. E qual seria, na opinião de vocês, a melhor forma de se 
ter certeza da existência de recursos em caixa? Exatamente: contá-los 
fisicamente, principalmente em empresas nas quais o fluxo de dinheiro 
diário é mais expressivo. 
 
Sempre que possível, a auditoria das DC deve ser iniciada pela 
contagem física do dinheiro existente em caixa. Para os recursos em 
contas correntes bancárias, esse procedimento não poderá ser 
executado, mas uma carta do banco, em resposta a uma circularização, 
normalmente é a forma utilizada para essa conferência. 
 
 
As contas “caixa e bancos” são as mais testadas nos trabalhos de 
auditoria, pois apresentam alto grau de liquidez, oferecendo mais 
riscos que as demais. 
Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação, e o 
principal objetivo é verificar a existência do ativo. 
 
1.3.1.1 Contagem de caixa (encaixe) 
 
É normalmente utilizada para as empresas que costumam manter uma 
quantia considerável em caixa na data do Balanço Patrimonial. Isso é 
bastante comum naquelas que vendem à vista grandes quantidades de 
produtos de pequeno valor. 
 
Para se realizar a contagem, na visão de Ribeiro e Ribeiro (2012), 
algumas recomendações devem ser seguidas: 
 
 Que a contagem física seja realizada em horário bem próximo 
ao final do expediente, para evitar que o saldo esteja muito 
baixo, o que descaracterizaria as verificações; 
 
 O fator surpresa inibe o mascaramento do movimento por 
parte dos responsáveis (isso pode ser conseguido por meio de 
uma segunda contagem, já que o auditado vai acabar esperando 
pela primeira); 
 
 Quando a empresa trabalhar com mais de um caixa, é 
importante se destacar membros da equipe de auditoria para que 
a contagem seja realizada simultaneamente (para evitar que 
o mesmo numerário seja contado nos dois caixas, por 
substituição de fundos); 
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 A contagem do dinheiro deve ser feita, se possível, pelo 
próprio tesoureiro, na presença da equipe de auditores (os 
auditores não devem se apoderar dos valores); 
 
 A contagem física deve abranger não só o dinheiro, mas 
também outros documentos integrados ao saldo, como por 
exemplo, recibos e cheques; 
 
 É importante verificar a existência de cheques depositados e 
devolvidos por falta de fundos ou por outro motivo (se os 
cheques não forem depositados enquanto o auditor controla o 
numerário, não será possível certificar-se da validade dos 
mesmos); 
 
 Após a conclusão da contagem, lavrar um termo de 
conferência. 
 
Desfalques no Caixa 
 
Basicamente, existem dois tipos de desfalques de caixa: o desfalque 
encoberto e o desfalque não coberto. 
 
Desfalque encoberto é aquele feito por meio de um lançamento de 
compensação nos registros contábeis, de modo que a falta do bem não 
seja notada. 
 
O desfalque não encoberto é aquele que não é acompanhado de 
lançamento contábil em contrapartida. Portanto, as faltas resultantes 
de desfalques não encobertos podem ser escondidas apenas por 
determinado tempo. Há dois tipos comuns de desfalques não 
encobertos, que são o lapping e o kiting. 
 
1. O lapping geralmente se faz com cobranças de contas a 
receber e consiste em desviar os resultados de cobranças, 
substituindo-se o montante desviado por cobranças posteriores. 
 
2. O kiting é um tipo de desfalque de caixa que envolve os 
desembolsos ali realizados. É, essencialmente, um sistema de 
encobrir faltas de dinheiro com transferências, em cheques não 
registrados. 
 
É mais fácil detectar kiting do que lapping, pois, com procedimentos 
adequados de auditoria de caixa, é possível descobrir tal fraude na data 
da verificação. 
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11 
 
 
Entre esses procedimentos, pode-se listar os seguintes: 
 
 Correto uso do extrato bancário. 
 Coleta de dados de caixa e conferência posterior com a lista de 
cheques em circulação. 
 Exame de recebimentos não depositados na data da verificação, 
com o objetivo de se certificar de que não há cheques da 
empresa entre esses recebimentos. 
 Preparação de uma cédula com todas as transferências bancárias 
ocorridas durante um período razoável, antes e após a data da 
verificação. 
 
1.3.1.2 Saldos bancários 
 
Aqui, o auditor não mais está tratando de dinheiro em mãos, mas com 
documentos que comprovam a existência do dinheiro. A checagem é 
feita, normalmente, por meio de circularização aos bancos e de 
conferência dos extratos bancários, após a resposta. 
 
Almeida (2010) relaciona as principais atividades a serem 
desenvolvidas pelo auditor, na verificação dos saldos bancários: 
 
 Solicitar o preenchimento da carta de circularização (lembre-
se de que quem preenche a carta é a administração da empresa, 
pois não há vínculo direto entre a equipe de auditoria e o banco 
a ser circularizado). 
 
 Incluir na carta um envelope selado endereçado à própria 
firma de auditoria (a resposta será enviada diretamente aos 
auditores, e isso facilitaria o trabalho do banco). 
 
 Para as cartas não respondidas, reiterar em quinze dias. Se ainda 
assim não obtiver êxito, obter confirmação pessoalmente. 
 
Os procedimentos finais de auditoria concentram-se nas conciliações 
bancárias. 
 
Uma modalidade de reconciliação bancaria particularmente útil para 
fins de auditoria é a “prova de caixa”. Nessa forma mais ampla de 
reconciliação, as transações bancárias do período que precede a 
verificação são analisadas, assim como o saldo bancário na data em 
que é feita essa verificação. 
 
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A análise de transações durante o período revela qualquer 
movimentação da conta, que não conste dos livros, ou vice-versa. 
 
Os itens mais comuns de reconciliação e os procedimentos de 
verificação mais usualmente utilizados pelos auditores são: 
 
Depósito em transito. 
 
Podem-se encobrir temporariamente certas faltas de dinheiro no 
caixa, simplesmente apresentado a maior os depósitos em 
trânsito. Na data da verificação, o auditor deve ter contato e, se 
necessário, controlado todo dinheiro em caixa, até este ser 
depositado no banco. 
 
Cheques em circulação. 
 
Omitir da lista de cheques em circulação um item qualquer 
constitui outro meio de ocultar, ainda que temporariamente, 
qualquer falta de dinheiro no caixa. O extrato bancário é usado 
pelo auditor para garantir a exatidão da lista de cheques em 
circulação. A existência de cheques antigos, lançados como em 
circulação, assim permanecendo por longos períodos, propicia o 
encobrimento de desfalques. 
 
1.3.2 Clientes (Outros Créditos) 
 
As contas de clientes, ou duplicatas a receber, representam 
direitos adquiridos por vendas a prazo de bens ou serviços 
relacionados ao objetivo social da empresa. Além desses, algumas 
transações são classificadas como outros créditos: 
 
 Adiantamentos (férias, 13º salário), e empréstimos a 
empregados, administradores, acionistas e empresas 
controladas e coligadas. 
 Impostos a recuperar. 
 Conta retificadora (provisão para devedores duvidosos – 
PDD). 
 Notas fiscais a receber. 
 Duplicatas a receber. 
 
Na venda de bens, a principal exigência é a transferência para o 
comprador dos riscos e benefícios mais significativos inerentes à 
propriedade dos bens. 
 
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O principal objetivo do auditor na auditoria dos valores a receber é 
cobrir a existência, a avaliação e a classificação das contas. 
 
Por serem de natureza intangível, exigem procedimentos diferentes 
daqueles aplicados na auditoria de caixa e bancos, tendo o auditor que 
aplicar critérios de julgamento não só quantitativos, mas 
qualitativos, por meio de evidências indiretas. 
 
Provisão para Créditos de liquidação Duvidosa 
 
Para que a conta contas a receber não fique superavaliada é preciso 
estimar uma quantidade de clientes que provavelmente se tornarão 
inadimplentes, o que torna subjetiva a mensuração e avaliação desta 
conta. Entretanto, buscando a melhor estimativa, deve-se seguir 
alguns passos, tais como classificar todas as contas segundo a idade 
numa coluna destinada a este tipo de análise, concluindo sobre quais 
clientes tem o potencial de não pagar. Além disso, pode-se fazer uma 
comparação entre empresas do mesmo ramo de negócios para que se 
identifique uma base confiável para a estimativa. 
 
Duplicatas descontadas 
 
É uma forma das empresas captar recursos junto a redes bancárias. 
 
Quando a empresa possui uma duplicata a receber e precisa adiantar 
esse crédito, a empresa “vende” esta duplicata (para um banco, por 
exemplo) e recebe o seu valor, mas pago um encargo embutido. 
Quando a duplicata vencer, caso o cliente não pague, o ônus do 
pagamento passa imediatamente para a empresa. O fato de as 
duplicatas terem sido descontadas não lhes retira a característica de 
títulos a receber. 
 
De acordo com Crepaldi (2012), os procedimentos de auditoria usados 
no exame de contas a receber podem ser classificados da seguinte 
maneira: 
 
a) Coleta e exame de evidências externas; 
 
b) Exame de evidências internas da firma; 
 
c) Procedimentos analíticos referentes a saldos de contas 
a recebere Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. 
 
a) Evidências Externas - Confirmação 
 
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14 
 
A confirmação externa é um dos mais importantes procedimentos de 
auditoria, e é particularmente utilizado na verificação da conta clientes. 
Sabemos que podem ocorrer dois tipos de pedidos de confirmação: 
positivo e negativo. 
 
LEMBRETE: 
O primeiro é utilizado quando há necessidade de resposta da pessoa de quem se 
quer obter uma confirmação formal. Pode ser usado de duas formas: 
 
- branco: quando não se colocam os valores nos pedidos de confirmação; 
- preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-
base indicada. 
 
O pedido de confirmação negativo é utilizado quando a resposta for necessária 
em caso de discordância da pessoa de quem se quer obter a confirmação, ou 
seja, na falta de confirmação, o auditor entende que a pessoa concorda com os 
valores colocados no pedido de confirmação. 
 
Considera-se de melhor qualidade a evidência obtida por meio dos 
pedidos de confirmação positivos, pois o auditor não tem meios 
imediatos de determinar se a ausência de resposta ocorreu por 
anuência ou negligência do devedor. 
 
Para as cartas de confirmação não respondidas, Almeida (2010) 
apresenta alguns procedimentos alternativos: 
 
 Inspeção de pedido de venda e nota fiscal. 
 Exame de comprovante de embarque, com atenção para 
as datas. 
 Verificação do recebimento subsequente, por meio da 
inspeção de recibos, avisos bancários comprovantes de 
depósitos. 
 
b) Evidências Internas – teste de avaliação das contas a receber 
 
Os procedimentos utilizados para essa parte da auditoria são os testes 
de registros contábeis e o exame da documentação hábil. Devem ser 
testadas a exatidão dos registros contábeis e os documentos 
comprobatórios, comparando-os aos registros. Esses procedimentos 
de auditoria são comumente denominados testes de transações. 
 
Para tanto, o auditor deve solicitar da empresa um mapa 
demonstrativo de contas a receber por idade de recebimento, a fim de 
facilitar a identificação de problemas. 
 
c) Procedimentos Analíticos 
 
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15 
 
Consiste em analisar, pelos vencimentos, os saldos das contas a 
receber, e fornece dados sobre o vencimento das contas a receber. 
Esse procedimento relaciona-se diretamente com a avaliação que o 
auditor faz da adequação da PDD, o que se traduz de grande para a 
fidedignidade das contas a receber, embora outros dados também 
possam ser utilizados com a mesma finalidade: 
 
 Antecedentes de porcentagens dos saldos a receber, 
expressos pela provisão. 
 Tendências da incidência de dívidas duvidosas. 
 Alterações na política de concessão de crédito. 
 Cálculos de movimentação de contas a receber. 
 Condições econômicas vigentes no momento. 
 
1.3.3 Estoques 
 
Segundo Almeida (2010), os estoques são bens destinados à venda 
ou à fabricação, relacionados com os objetivos e atividades da 
empresa. Eles são importantes na apuração do lucro líquido de cada 
exercício social e na determinação do valor do capital circulante líquido 
do Balanço Patrimonial. 
 
A importância dada a este item, na auditoria das DC, deve-se ao fato 
de que os resultados da empresa podem ser facilmente 
manipulados pela superavaliação ou subavaliação dos estoques. 
 
As principais classes de estoques são: 
 
 Matérias-primas (bens comprados e destinados à 
produção). 
 Produtos em processo (bens que estão em processo de 
produção). 
 Produtos acabados (bens produzidos e destinados à 
venda). 
 Mercadorias (bens comprados e destinados à venda). 
 
Ainda conforme a obra citada, os principais objetivos da auditoria de 
estoques (feita por amostragem) são: 
 
 Verificar se as quantidades de bens declaradas realmente 
existem. 
 Verificar se os bens foram custeados e avaliados de 
acordo com os princípios de contabilidade. 
 Verificar se as informações referentes aos estoques 
foram adequadamente divulgadas nas DC. 
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Crepaldi (2012), por sua vez, apresenta os seguintes objetivos: 
 
 Determinação de que há bom controle sobre os estoques. 
 Verificação de que o cliente é realmente o proprietário do 
estoque. 
 Determinação de quantidade de estoque em mão do 
cliente. 
 Averiguação e certeza de que o cliente atribui preço 
adequado a seu estoque. 
 Determinação se há ônus sobre o estoque. 
 Determinação da possibilidade de venda do estoque 
existente, atentando para indícios, tais como mercadoria 
danificada, itens obsoletos, etc. 
 Determinação da forma correta de apresentação do 
estoque nas DC. 
 
Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a 
inspeção física (verificação da existência física) e os testes de 
avaliação (sistema de alocação de custos aos estoques). 
 
A verificação da existência física ocorre por meio da observação 
e da contagem física, confrontando os resultados com os registros 
contábeis. 
 
A observação de estoque é importante para a auditoria, pois assim o 
auditor tem uma maior confiança em relação às quantidades, 
propriedade por parte das empresas em relação ao estoque, 
existência das mercadorias e suas características. 
 
O corte das operações (cut-off), de acordo com Franco e Marra 
(2011) consiste em determinar o momento em que os registros 
contábeis auxiliares, bem como os documentos a ele relacionados, 
refletem o levantamento do inventário. Assim, o que estiver 
registrado até aquele momento será incluído, o que vier a ser 
registrado depois será excluído. 
 
É escolhida uma data limite, e estando os registros rigorosamente em 
dia, verifica-se a última anotação constante, a qual indicará os 
materiais que, até ali, farão parte do inventário. 
 
Os testes de avaliação dos estoques dizem respeito à revisão do 
sistema de alocação de custos aos estoques – PEPS, UEPS – e à 
verificação de que o somatório das relações finais de inventário 
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concorda com os saldos das respectivas contas do razão geral da 
contabilidade. 
 
 
Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a 
inspeção física (verificação da existência física) e os testes de 
avaliação (sistema de alocação de custos aos estoques). 
 
Controle na contagem física: 
 
Para se obter um maior controle na contagem de estoques, são 
distribuídas etiquetas pré-numeradas aos empregados para serem 
usadas nas descrições e registro dos produtos. 
 
As etiquetas devem ser bem controladas para que não sejam usadas 
para outros fins ou de uma maneira equivocada. Apesar de o auditor 
ser responsável por essas etiquetas, não cabe a ele contar o estoque, 
e sim, certificar que a contagem está sendo feita corretamente. 
 
Avaliação do inventário físico 
 
É normal que os auditores registrem comentários em seus papéis de 
trabalho sobre o levantamento do estoque. Em alguns casos, o auditor 
pode não ter condições de determinar qualitativamente o estoque. 
Nesses casos, um especialista deve ser contratado pela auditoria para 
que possa ajudar na avaliação. 
 
1.3.4 Investimentos 
 
Como parte da política de algumas empresas, estasaplicam recursos 
em títulos e outros direitos. Essas aplicações normalmente se 
dividem em três grupos (Almeida, 2010): 
 
 Instrumentos financeiros de dívidas: aplicações em 
títulos públicos e privados. 
 Instrumentos financeiros de capital: participação no 
capital social de outras empresas. 
 Investimentos avaliados pelo método de equivalência 
patrimonial: investimentos em sociedades coligadas e em 
sociedades controladas. 
 
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Para concursos – ou seja, o que nos interessa no momento – o mais 
importante é o investimento no capital de outras empresas, tendo em 
vista que o que acontece com a investida acaba por refletir na situação 
da investidora, de acordo com a materialidade do investimento. 
 
Na auditoria de investimentos, o auditor deve tomar cuidados 
especiais, além daqueles comuns a outras contas do BP, em virtude 
das características das operações que envolvem as operações de 
investimentos, especificamente às relativas à legislação de aquisição e 
métodos de avaliação. 
 
As informações mais importantes dizem respeito: 
 
 Natureza do título. 
 Data e valor da aplicação. 
 Data e taxa dos juros e outros rendimentos que eles 
possam gerar. 
 Data do resgate. 
 Valor dos dividendos provisionados. 
 Valor de mercado, etc. 
 
De acordo com Crepaldi (2012), os procedimentos usados pelo auditor 
para atingir o objetivo referente à existência e à propriedade dos 
investimentos, normalmente, compreendem exame ou confirmação. 
Quando há títulos envolvidos, considera-se boa prática examiná-los e 
confrontá-los com a contagem realizada pelo cliente. 
 
Se esse procedimento for impraticável, uma alternativa pode ser a 
confirmação com o encarregado externo da custódia dos bens, 
ponderando sobre a reputação e os antecedentes financeiros de quem 
faz a confirmação. 
 
Os principais procedimentos utilizados são, de acordo com a obra 
de Franco e Marra (2011): 
 
1 - Verificação física (exame documental) dos títulos de 
investimento: verificação física, caso os títulos, contratos ou 
certificados estejam de posse da empresa; ou circularização, 
em caso negativo. 
 
2 - Verificação da contabilização do investimento: quando de 
sua aquisição, e das variações ocorridas, para assegurar-se da 
adequação dos valores mencionados no BP. 
 
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3 - Avaliações dos investimentos em coligadas e 
controladas (investimento relevante): deve ser feito por meio 
do Método de Equivalência Patrimonial – MEP –, por 
determinação legal. 
 
1.3.5 Imobilizado 
 
O Art. 179, IV, da Lei nº 6.404/76, considera Ativo Imobilizado como 
sendo os direitos que tenham por objeto os bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da Companhia ou da empresa, 
ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de 
operações que transfiram à Cia. os benefícios, riscos e controle desses 
bens. 
 
Ou seja, o Imobilizado é composto exclusivamente por bens 
materiais, tangíveis. 
 
Na auditoria do imobilizado, alguns procedimentos são comuns à 
auditoria de outras áreas do BP, como a conferência de cálculos, a 
checagem de saldos do BP com saldos constantes dos livros 
contábeis e da documentação comprobatória. 
 
Uma característica importante, tendo em vista a sujeição ao 
desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência, é avaliação dos 
planos e cálculos de depreciação. 
 
As verificações devem abranger os seguintes itens: existência, 
localização, uso, ociosidade, manutenção, preservação, obsoletismo, 
reavaliações corretas, depreciações, amortizações, exaustões, vendas, 
valores residuais, contabilização, seguro e empréstimos. 
 
De maneira mais detalhada, de acordo com Crepaldi (2012), a 
auditoria do imobilizado tem os seguintes objetivos: 
 
 Determinar sua existência física e a permanência em 
uso. 
 Determinar se pertence à empresa. 
 Determinar se foram utilizados os princípios de 
contabilidade, em bases uniformes. 
 Determinar se o imobilizado não contém despesas 
capitalizadas e, por outro lado, as despesas não contêm 
itens capitalizáveis. 
 Determinar se os bens do imobilizado foram 
adequadamente depreciados monetariamente, em 
bases aceitáveis. 
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 Determinar a existência de imobilizado penhorado, dado 
em garantia ou com restrição de uso. 
 Determinar se está corretamente classificado nas DC e 
se as divulgações cabíveis foram expostas por notas 
explicativas. 
 Estudar e avaliar o controle interno existente para esses 
bens. 
 
Com base nesses objetivos, podemos concluir pelas ações mais 
comuns: 
 
 Avaliação dos bens, inclusive correção. 
 Existência, propriedade e posse. 
 Eventual ônus sobre os bens. 
 Critérios e extensão das depreciações e amortizações. 
 
 
Na auditoria do imobilizado, alguns procedimentos são comuns à 
auditoria de outras áreas do BP, como a conferência de cálculos, 
a checagem de saldos do BP com saldos constantes dos livros 
contábeis e da documentação comprobatória. 
 
 
1.4 Contas do Passivo 
 
Segundo Attie (2010), a auditoria dos passivos tem como finalidade 
determinar: 
 
 Se são pertencentes à empresa. 
 Se foram utilizados os princípios de contabilidade. 
 A existência dos ativos dados em garantia ou vinculados 
aos passivos. 
 Se estão corretamente classificados no BP e se as 
divulgações cabíveis foram expostas em notas explicativas. 
 
1.4.1 Fornecedores 
 
Da mesma forma que nas Contas a Receber, o grupo Contas a Pagar 
engloba um conjunto de obrigações, como as obrigações com 
fornecedores, as obrigações trabalhistas, empréstimos, 
financiamentos, etc., de curto ou de longo prazo, ou seja, podem ser 
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classificadas tanto no Passivo Circulante (PC) como no Passivo Não 
Circulante (PNC). 
 
Em geral, o maior volume de testes recai sobre as obrigações com 
fornecedores. A conta fornecedores (componente do “contas a 
pagar”) representa uma obrigação da empresa auditada, uma dívida 
com fornecedores, devida às aquisições de bens ou serviços, e deve 
ser reconhecida quando a empresa recebe a prestação do serviço ou 
quando o ativo passa para sua propriedade. 
 
Os procedimentos de auditoria são semelhantes aos utilizados nas 
contas a receber, e podem ser identificados da seguinte forma: 
 
 Inspeção física. 
 Circularização. 
 Recálculo. 
 Investigação. 
 
Em relação à circularização, da mesma forma que na auditoria do 
”contas a receber”, no caso de “fornecedores”, é o procedimento 
mais importante, com a seguinte observação encontrada na obra de 
Ribeiro e Ribeiro (2012): “Em relação à circularização, nesse caso, nas 
cartas enviadas aos fornecedores, não constam valores, pois é o 
fornecedor quem informa o valor da dívida da auditada”. 
 
Nesse caso, a experiência demonstra ser a circularização mais 
eficiente, pois o credor tem maior interesse em demonstrar seu 
crédito ou apontar irregularidades, sendo de grande importância na 
detecção de omissão de passivos. 
 
1.4.2 Folha de pagamentos (salários a pagar) 
 
De acordo com Franco e Marra (2011), os procedimentos são 
orientados sobre a razoabilidade do saldo finala pagar. Para tanto, se 
deve pesquisar o movimento durante o exercício, a fim de verificar 
possíveis lançamentos extraordinários. O confronto das folhas de 
pagamento, se demonstrar regularidade, é um bom elemento de 
convicção. 
 
Almeida (2010) sugere as seguintes ações: 
 
 Análise de composição do saldo da conta. 
 Conferência do valor da análise com a respectiva conta do 
razão da contabilidade. 
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 Verificação de que não existam itens antigos ou anormais 
na análise. 
 Confrontação dos valores com a folha de pagamentos. 
 
1.4.3 Outros 
 
Segue um quadro adaptado de enumeração constante da obra de Attie 
(2010), no qual o autor ilustra alguns dos principais procedimentos 
que poderão ser utilizados nos trabalhos de auditoria do Passivo: 
 
Procedimento Aplicação 
Exame físico (inspeção) 
- Contagem das contas a pagar 
- Contagem dos títulos a pagar 
Circularização 
(confirmação) 
- Dos fornecedores 
- Dos empréstimos a pagar 
- Das contas a pagar 
Inspeção de documentos 
- Exame documental das faturas / 
notas fiscais 
- Exame documental dos contratos de 
empréstimos 
- exame das atas e assembleias 
-Exame documental das guias de 
recolhimento de impostos 
Cálculo (recálculo) 
- Dos impostos a pagar 
- Dos juros a pagar 
- Da composição dos fornecedores 
- Das provisões de férias, 13º salário 
- Dos royalties a pagar 
Observação 
- Classificação adequada das contas 
- Observação aos princípios de 
contabilidade 
- Observação de ativos dados em 
garantia 
Fonte: Attie (Atlas, 2010, p. 455 e 456) 
 
Por fim, cabe destacar o que aponta Crepaldi (2012), em relação 
a empréstimos e financiamentos. Segundo ele, dentre os objetivos da 
auditoria nessas contas estão verificar se os respectivos encargos são 
contabilizados de acordo com os princípios contábeis e de forma 
consistente, livre de distorções. 
 
1.5 Auditoria do Patrimônio Líquido 
 
Segundo Attie (2010), a auditoria do PL tem como objetivo determinar: 
 
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 Se as ações ou títulos de propriedades do capital social foram 
adequadamente autorizados e emitidos. 
 Se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as 
obrigações legais e sociais foram cumpridas. 
 Se foram utilizados os princípios de contabilidade. 
 A existência de restrições de uso das contas patrimoniais. 
 Se o PL está corretamente classificado no BP e se as 
divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas. 
 
1.6 Contas de Resultado 
 
Segundo Ferreira (2008), a auditoria das contas de resultado tem como 
objetivo verificar se: 
 
1 - As receitas e despesas foram apropriadas de acordo com os 
Princípios de Contabilidade, aplicados uniformemente em relação 
ao exercício anterior. 
2 - As despesas e receitas antecipadas ou diferidas estão 
corretamente apresentadas em contas patrimoniais. 
3 - As notas explicativas esclarecem os principais critérios 
adotados em relação à apropriação das receitas e despesas. 
4 - Foram apropriadas todas as despesas correspondentes às 
receitas realizadas no período. 
 
1.6.1 Receitas 
 
O teste dessas transações consiste em o auditor verificar se os valores 
foram registrados dentro do regime de competência, se foram 
aprovados, se estão de acordo com a natureza dos negócios da 
empresa, se existe documentação suportando a operação e se a 
classificação contábil foi adequada. 
 
Procedimento comum para verificação de receitas operacionais: 
 
1 - De forma geral, o teste das receitas operacionais começa pela 
seleção de notas fiscais (NF) de venda e conferência da 
aprovação desses créditos. 
2 - Depois, é comparada a NF com o pedido de compra do cliente, 
checando as somas, multiplicações, cálculos dos impostos, etc. 
3 - Feito isso, inspeciona-se a documentação de embarque das 
mercadorias. Verifica-se também a inclusão da NF no registro 
inicial de vendas. 
4 – Confere-se a soma do registro inicial de vendas. 
5 – Verifica-se a inclusão do valor total do registro inicial de 
vendas no registro intermediário de vendas. 
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6 – Confere-se a soma do registro intermediário de vendas. 
7 – Verifica-se a inclusão do valor total do registro intermediário 
de vendas no registro final de vendas. 
8 – Confere-se a soma do registro final de vendas. 
9 – Verifica-se a inclusão do valor total do registro final de vendas 
no razão geral de receitas. 
10 – Por fim, confere-se a soma do razão geral de receitas. 
 
O objetivo principal desse tipo de procedimento de auditoria é 
identificar subavaliações nas contas de receitas, que poderiam 
acontecer a partir de uma não contabilização de notas fiscais de 
vendas, por exemplo. 
 
1.6.2 Presunção de Omissão de Receitas 
Segundo o Regulamento do Imposto de Renda (RIR), presume-
se omissão no registro de receita, ressalvada ao contribuinte a prova 
da improcedência da presunção, a ocorrência das seguintes hipóteses: 
1 – A indicação na escrituração de saldo credor de caixa. 
2 – A falta de escrituração de pagamentos efetuados. 
3 – A manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja 
exigibilidade não seja comprovada. 
 
A omissão de receita nada mais é do que o popular “caixa 2”, ou seja, 
não se escritura contabilmente créditos da empresa. A intenção do 
contribuinte, nesse caso, é a burla do pagamento de impostos, razão 
pela qual o tema está disciplinado no regulamento supracitado. 
 
Exemplo: a empresa vende um produto e não emite a nota fiscal. Dessa 
forma, entra um recurso (numerário) no caixa, mas tal valor fica à 
margem da contabilidade. 
 
Saldo credor de caixa 
 
Por se tratar de uma conta do Ativo Circulante (e não sendo uma conta 
retificadora), o Caixa deve se apresentar sempre com saldo devedor 
ou, na pior das hipóteses, com saldo nulo. Um saldo credor nessa conta 
significaria dizer que houve pagamentos em montante superior ao que 
a empresa tinha disponível. 
 
Dessa forma, se isso ocorrer e não se tratar de uma falha na 
contabilidade, resta comprovado que a empresa utilizou numerário que 
não havia sido contabilizado, ou seja, omissão de receita. 
 
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Esse fenômeno também é chamado de “estouro de caixa”, e indica um 
saldo anormal, algo atípico à natureza da conta. 
 
Suprimentos de Caixa 
 
Quando os recursos da empresa são insuficientes para cumprir suas 
necessidades (pagar as contas, etc.), esta deve optar por obter capital 
de fontes externas, seja a partir de uma instituição financeira 
(financiamentos, descontos de duplicatas, etc.) ou até mesmo junto 
aos proprietários da empresa, via aumento de capital ou empréstimos. 
Esse aporte realizado pelos sócios também é chamado de suprimento 
de caixa. Isso tudo é legal. 
 
Entretanto, quando não se comprova o efetivo ingresso desse recurso 
na empresa, tem-se caracterizado o ingresso de valores oriundos do 
“caixa 2”, devido ao “estouro” do caixa oficial. Nesse caso, utiliza-se 
como contrapartida contábil uma operação fictícia, como por exemplo, 
algum empréstimo a pagar. 
 
Quando o auditor analisa os suprimentos de caixa ele deve verificar se 
o empréstimo efetivado por Pessoa Jurídicase encontra devidamente 
contabilizado na empresa que o procedeu e se a Pessoa Física que 
procedeu o empréstimo possuía capacidade financeira ou dispunha de 
recursos suficientes para tanto. 
 
O RIR dispõe que, comprovada à omissão de receita, por indícios na 
escrituração do contribuinte ou qualquer outro elemento de prova, a 
autoridade tributária poderá arbitrá-la (presumir um valor) com base 
no valor dos recursos de caixa fornecidos à empresa por 
administradores, sócios da sociedade não anônima, titular da empresa 
individual, ou pelo acionista controlador da empresa, se a efetividade 
da entrega e a origem dos recursos não forem comprovadamente 
demonstradas. 
 
1.7 Outros 
 
1.7.1 Advogados 
 
De acordo com a orientação IBRACON (Instituto dos Auditores 
Independentes do Brasil), referente ao tema Contingências, a 
circularização dos advogados é uma forma de o auditor obter 
confirmação independente das informações fornecidas pela 
administração, referentes a situações relacionadas a litígios, pedidos 
de indenização ou questões tributárias. 
 
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As respostas servem de evidência para que o auditor avalie se a 
administração adotou os procedimentos adequados para a 
contabilização e/ou divulgação dos passivos não registrados e/ou das 
contingências (ativas ou passivas). 
 
A extensão da seleção dos advogados a serem circularizados depende 
do julgamento profissional do auditor, que deve levar em 
consideração: 
 
 A estrutura de controles internos da empresa. 
 A natureza e a relevância dos assuntos envolvidos. 
 
Ao final o auditor deve avaliar todas as circunstâncias e as evidências 
obtidas durante a aplicação de seus procedimentos de auditoria para 
passivos não registrados e contingências para formar o seu julgamento 
quanto à adequação às práticas contábeis adotadas na elaboração e na 
apresentação das DC. 
 
1.7.2 Seguros 
 
De acordo com Franco e Marra (2011), para verificação deste item, 
além do exame atento das apólices vigentes, é recomendável a 
circularização, com o objetivo principal de constatar qual a cobertura 
existente para os ativos da empresa, se é suficiente e adequada, e se 
existem outros tipos de seguros para contingências. Dentro dessa 
técnica, a circularização positiva é mais confiável que a negativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMÃO 
 
 As não conformidades ou distorções encontradas nas DC podem ser 
de quatro tipos: saldo superavaliado, saldo subavaliado, saldo fictício 
e saldo oculto. 
 
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27 
 
 A experiência tem demonstrado que se deve dirigir os testes 
principais de superavaliação para as contas devedoras (ativo, 
despesas) e os de subavaliação para as contas credoras (passivo, 
receitas). 
 
 No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no 
livro razão geral para o documento-suporte da transação. Já no teste 
para subavaliação, o auditor parte desse documento para o valor 
registrado no livro razão geral. 
 
 Ativo fictício é quando bens e direitos existem apenas no Balanço 
Patrimonial, mas de fato não constam no patrimônio da empresa. Já 
o Passivo fictício seria uma obrigação que somente consta nas 
demonstrações contábeis, mas já foram quitadas ou de fato não 
existem. 
 
 São objetivos da aplicação de programas de auditoria em contas do 
ativo, verificar a integridade, existência, propriedade, precisão, 
valorização e apresentação. 
 
 Considera-se de melhor qualidade a evidência obtida por meio de um 
pedido de confirmação positivo. 
 
 
 
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QUESTÕES CESPE 
 
1 - (CESPE/AFT/2013) - Na realização do seu trabalho em 
determinado ente, ao constatar que não foram calculados e 
demonstrados os encargos incidentes sobre salários não 
reclamados de empregados recém-demitidos e sobre 
reclamações trabalhistas em tramitação há muito tempo na 
justiça trabalhista, o auditor-fiscal do trabalho deverá 
recomendar a constituição de reserva de contingência nos 
valores correspondentes. 
 
2 - (CESPE/FUB-DF/2013) - A auditoria para apuração do valor 
real do patrimônio líquido de uma empresa é essencial em 
circunstâncias tais como a transferência de seu controle 
acionário. Nessa ocasião, devem ser considerados não apenas 
os valores patrimoniais contabilizados, mas também os 
intangíveis. 
 
3 - (CESPE/TCU/2013) - O auditor constata que uma 
conciliação bancária preparada pelo auditado está correta se, a 
partir do saldo presente nos livros contábeis, chega ao saldo do 
extrato bancário mediante a soma dos depósitos em trânsito e 
dos cheques sem fundos e a subtração dos cheques ainda não 
descontados. 
 
4 - (CESPE/SEAD-SE/2009) - Com base nos conceitos e 
aplicações da auditoria, julgue o item a seguir. 
Entre os testes a serem efetuados pela auditoria de pessoal em 
um órgão da administração, é pertinente a verificação da 
compatibilidade dos cargos dos servidores com o regimento do 
referido órgão, bem como do nível exigido dos servidores com 
a natureza das funções exercidas. 
 
5 - (CESPE/TCU/2008) - A circularização de ativos sempre se 
revela mais eficaz, pois o credor tem mais interesse em 
confirmar seu crédito ou, até mesmo, em apontar possíveis 
irregularidades. Julgue CERTO ou ERRADO. 
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29 
 
 
(CESPE/TJ-CE/2008) - Julgue os itens a seguir, relativos à 
auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e 
procedimentos. 
 
6 - A circularização de passivos é considerada muito eficaz para 
detectar a omissão de passivos. O auditor não deve restringir o 
pedido de confirmação aos credores em aberto, mas incluir, 
também, outros com os quais a empresa tenha transacionado, 
pelo menos mais recentemente. A circularização deve abranger 
o maior percentual possível de credores combinado com o 
menor percentual possível dos valores correspondentes a esses 
credores. 
 
7 - Na hipótese da existência de baixas em valores a receber 
sem o recebimento correspondente, o programa de auditoria 
deverá prever a realização de procedimentos tais como o que 
permite a verificação das respectivas autorizações, bem como 
a existência de normas internas e de legislação que respaldem 
o reconhecimento dessas perdas, além da constatação das 
providências adotadas para a cobrança e execução tempestiva 
dos valores devidos. 
 
8 - Se, ao examinar a movimentação das entradas e saídas de 
mercadorias para venda em uma empresa, o auditor constatar 
que as despesas com transporte e seguro são segregadas em 
sua totalidade e, posteriormente, lançadas diretamente no 
resultado, e o estoque é registrado pelo valor líquido da 
aquisição, os testes conjugando contas de ativo e de despesa 
apurarão, conseqüentemente, superavaliação de ativo e 
subavaliação de despesa. 
 
9 - Em relação às aquisições de bens e serviços em geral, entre 
os procedimentos de auditoria a serem efetuados, deve-se 
verificar se os encargos incorridos com os financiamentos para 
tais aquisições estão sendo apropriados de acordo com os 
períodos de sua incorrência, ou seja, segundo o regime de 
competência. 
 
Texto 1A5AAA 
 
O contador de determinada empresa considerou,equivocamente, o 
valor bruto das vendas de longo prazo, em vez do lucro dessas vendas, 
na apuração do valor da reserva de lucros a realizar a ser registrado 
no patrimônio líquido da entidade. Uma auditoria independente nas 
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30 
 
demonstrações contábeis identificou, além da referida distorção de 
registro, uma falsificação de notas fiscais de saída, com a respectiva 
subtração indevida de estoques, o que gerou distorção no valor do 
ativo. Essas foram as únicas distorções encontradas nas 
demonstrações contábeis. 
 
10 - (CESPE/CAGE-RS/2018) - Na situação hipotética descrita 
no texto 1A5AAA, o auditor estará correto se concluir que 
A) parte do lucro obtido foi distribuído indevidamente. 
B) o resultado do exercício apresentou distorções em razão de 
mudanças de práticas contábeis. 
C) as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes. 
D) as demonstrações contábeis espelham fielmente a situação 
econômica da empresa. 
E) o balanço patrimonial carece de notas explicativas. 
 
11 - (CESPE/CAGE-RS/2018) - Relativamente aos estoques, um 
procedimento correto a ser adotado pelo auditor na situação 
apresentada no texto 1A5AAA consistiria de 
A) registrá-los pelo preço de compra somado aos impostos, a outros 
tributos (exceto os recuperáveis) e aos custos de transporte. 
B) verificar a existência de banco de dados de credores e de segregação 
de função entre os setores de compra e orçamento. 
C) proceder à contagem física ou à checagem do inventário físico. 
D) permitir a continuidade das operações no estoque mesmo durante 
o inventário e a contagem física. 
E) registrá-los pelo custo de aquisição ou de fabricação, deduzido da 
provisão, para justá-lo ao valor de mercado. 
 
12 - (CESPE/CAGE-RS/2018) - Assinale a opção correta no que 
se refere à auditoria para empréstimos e financiamentos 
circulantes e não circulantes 
A) As obrigações flutuantes devem estar apropriadamente classificadas 
e descritas nas demonstrações. 
B) O propósito dessa auditoria inclui verificar se todas obrigações 
foram devidamente autorizadas pelo controle interno. 
C) Todos os empréstimos e outras dívidas estão incluídos nas contas a 
receber, na data do balanço. 
D) Esse tipo de auditoria possui um único objetivo: verificar se os 
passivos são registrados na contabilidade corretamente. 
E) A contabilização dos encargos dever ser livre de distorções e 
conforme os princípios contábeis. 
 
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31 
 
13 - (CESPE/CAGE-RS/2018) - Nos casos em que o auditor 
seleciona contas de receita e de despesa para serem analisadas 
mais profundamente, o intuito do auditor é 
A) verificar operações incomuns e aquelas que tenham importância 
para a situação patrimonial. 
B) analisar as contas-chave em exercícios financeiros alternados, no 
caso de suspeita de fraude. 
C) conferir operações comuns e numerosas, independentemente do 
valor. 
D) conferir todas as operações registradas em determinada conta, 
relevantes ou não. 
E) atentar mais especificamente a operações comuns entre a empresa 
e diretores ou empregado-chave. 
 
QUESTÕES ESAF 
 
1 - (ESAF / SUSEP / 2010) - O auditor externo, ao realizar 
testes no cálculo do valor recuperável de um ativo imobilizado, 
feito pelo método do fluxo de caixa descontado, identificou que 
a taxa utilizada para descontar o fluxo de caixa estava maior 
que a recomendada para aquela atividade. Dessa forma, pode-
se afirmar que a conta: 
A) de ajuste especial no Patrimônio Líquido, está subavaliada. 
B) de despesa de depreciação, do imobilizado, está superavaliada. 
C) do ajuste especial no Resultado do Exercício, está subavaliada. 
D) de depreciação acumulada do imobilizado, está superavaliada. 
E) do ativo imobilizado está subavaliada. 
 
2 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - A empresa de prestação 
de serviços NBA Informática S.A. tem seus processos 
integrados sistemicamente. A folha de salários é integrada à 
contabilidade mensalmente. No mês de julho de 2009, não foi 
feita a parametrização no sistema, para contabilização de uma 
nova verba de horas extras a pagar, de 100% de acréscimo. A 
folha de pagamentos apresentava remuneração de R$ 
20.000,00 nessa verba. Dessa forma, pode-se afirmar que: 
A) o passivo está superavaliado e o resultado está subavaliado. 
B) o ativo está subavaliado e o passivo está superavaliado. 
C) o passivo está subavaliado e o resultado está subavaliado. 
D) os saldos estão adequados sem subavaliação ou superavaliação. 
E) o passivo está superavaliado e o resultado está superavaliado. 
 
3 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - O auditor, ao avaliar as 
provisões para processos trabalhistas elaboradas pela Empresa 
Projeções S.A., percebeu que nos últimos três anos, os valores 
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provisionados ficaram distantes dos valores reais. Dessa forma, 
deve o auditor: 
A) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela 
empresa, no período. 
B) determinar que a administração apresente novos procedimentos de 
cálculos que garantam os valores registrados. 
C) ressalvar o parecer, por inadequação dos procedimentos, 
dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis. 
D) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos 
três anos, para estabelecer o valor da provisão. 
E) avaliar se houve o ajuste dos procedimentos, para permitir 
estimativas mais apropriadas no período. 
 
4 - (ESAF/SEFAZ-SP/2009) - A inspeção física, por meio da 
contagem de numerário, é procedimento básico de auditoria 
aplicável à verificação em conta do: 
A) Ativo Circulante. 
B) Ativo Realizável a Longo Prazo. 
C) Ativo Permanente. 
D) Passivo Circulante. 
E) Patrimônio Líquido. 
 
5 - (ESAF/Pref. Natal-RN - AFTM/2008) - A empresa Grande 
Porte S.A. tem o seu Ativo formado em 15% pelo Contas a 
Receber e 35% composto pelos Estoques. Dessa forma, a 
auditoria contratada, ao realizar seus serviços, deve: 
A) proceder à conferência de 100% do faturamento e realizar 
inventário físico na empresa, para confirmar a existência dos estoques. 
B) ressalvar em parecer o Contas a Receber por não ser possível 
auditar por amostragem e recalcular a apropriação dos custos. 
C) realizar o procedimento de circularização para confirmação dos 
saldos de contas a receber e acompanhar o inventário físico realizado 
pela entidade. 
D) confrontar com os fornecedores o saldo de contas a receber e 
determinar a realização de inventário físico pela empresa. 
E) validar a existência de todos os clientes, mediante verificação do 
cadastro de clientes da empresa e realizar com sua equipe técnica, 
inventário físico para confirmação dos Estoques. 
 
6 - (ESAF/Pref. Natal-RN - AFTM/2008) - No processo de 
acompanhamento do inventário físico de estoques de matéria-
prima, o auditor constatou a existência de quantidades 
relevantes de itens que não constavam dos registros físico-
financeiros e contábeis. Neste caso, o auditor pode ter 
descoberto: 
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33 
 
A) ativos e passivos fictícios 
B) ativos e passivos ocultos 
C) ativos ocultos e passivos fictícios 
D) ativos fictícios e passivos ocultos 
E) ativosobsoletos e passivos a descoberto 
 
7 - (ESAF/SEFAZ-CE/ 2007) - Ao analisar a contabilização em 
uma imobiliária, de um terreno destinado à construção da sede 
da empresa, percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado 
nos Estoques. Pode-se afirmar que: 
A) ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos 
no Imobilizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de 
Terrenos estará superavaliada. 
B) ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques, 
a mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar 
superavaliado. 
C) independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser 
sempre contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem imóvel. 
D) ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a 
Receber, este apresentará saldo sub-avaliado. 
E) o referido procedimento está adequado, em virtude de a atividade 
da empresa ser de comercialização de imóveis. 
 
8 - (ESAF/Pref. Natal-RN - AFTM/2008) - Caracteriza-se como 
fraude o seguinte evento identificado pelo auditor: 
A) o sistema de folha de pagamentos não está calculando os 
duodécimos da provisão de férias para dois funcionários. 
B) a área de produção desativou máquina da linha de produção e não 
informou a área contábil para suspender a depreciação. 
C) a empresa não reconheceu os créditos de impostos decorrentes de 
prejuízos fiscais a compensar. 
D) saldo em aberto na Conta Fornecedores que, consultado na carta 
de circularização, respondeu não possuir nenhum crédito contra a 
empresa. 
E) existem depósitos não identificados efetuados na conta-corrente 
que estão em aberto na conciliação. 
 
9 - (ESAF/ISS-Natal-RN/ 2008) - Assinale a opção que não 
representa um controle eficaz para prevenir o inflacionamento 
da folha de pagamento. 
A) Reajuste de salários previamente aprovados pela diretoria. 
B) Anotações formais de realização de jornada de trabalho. 
C) Resumo da folha de pagamento contabilizado mensalmente. 
D) Conferência dos cálculos realizada por funcionário independente. 
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34 
 
E) Comparação com valores anteriores e análise de variações 
independentes. 
 
 
QUESTÕES FCC 
 
1 - (FCC/DPE SP/2013) - Em um teste para avaliar se há 
superavaliação, o Auditor deve: 
A) conferir e inspecionar lançamentos em contas similares no livro 
razão. 
B) conferir a composição e o histórico dos lançamentos contábeis 
referentes ao registro inicial. 
C) partir do valor total do registro e conferir a soma dos registros 
intermediários. 
D) verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro final. 
E) partir do valor registrado no livro razão e comparar com o 
documento-suporte da transação. 
 
(FCC/SEFAZ – AFRE – ADM. TRIBUTARIA/2016) - Determinada 
empresa de economia mista do Estado fez o seguro do ativo 
imobilizado, junto à seguradora Martelo, para o período de 24 
meses: 01/10/2015 a 30/09/2017. 
− O prêmio de seguro foi de R$ 600.000,00, pago 40% no ato 
e o restante 30 e 60 dias. 
 − A empresa encerra seu exercício social em 31 de dezembro 
de cada ano. 
− O lucro do exercício de 2015 foi de R$ 1.390.000,00. O 
auditor independente no exame dos registros contábeis da 
apólice do seguro contratado constatou que: 
− 300.000,00 – foram contabilizados (apropriados) como 
despesas de seguro do exercício de 2015, e que o valor da 
apropriação do seguro está incorreto. 
− 300.000,00 – foram contabilizados na conta “Seguros a 
Vencer” classificada no realizável de curto prazo. 
 
2 - O auditor concluiu, se a despesa com seguro do exercício 
de 2015 tivesse sido apropriada corretamente, o lucro do 
exercício de 2015 passaria de R$ 1.390.000,00, para, em reais, 
de 
(A) 1.165.000,00. 
(B) 1.465.000,00. 
(C) 1.190.000,00. 
(D) 1.440.000,00. 
(E) 1.615.000,00. 
 
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3 - A despesa de seguro paga antecipadamente (seguro a 
vencer), segundo o auditor, deveria ter sido classificada, 
respectivamente, nos grupos de contas e valores 
(A) ativo circulante – R$ 300.000,00 e ativo não circulante – R$ 
225.000,00. 
(B) passivo circulante – R$ 75.000,00 e passivo não circulante – R$ 
300.000,00. 
(C) ativo imobilizado – R$ 300.000,00 e passivo não circulante – R$ 
225.000,00. 
(D) ativo circulante – R$ 75.000,00 e ativo não circulante – R$ 
525.000,00. 
(E) ativo realizável curto prazo – R$ 225.000,00 e ativo realizável 
longo prazo – R$ 300.000,00. 
 
4 - (FCC/ISS - TERESINA /2016) - Estão sujeitas à auditoria, 
entre outras demonstrações contábeis, o Balanço Patrimonial e 
a Demonstração do Resultado do Exercício da entidade, 
elaborados pela sua administração. Na auditoria das 
demonstrações contábeis do exercício de 2015 de determinada 
empresa prestadora de serviços, o auditor, ao examinar as 
obrigações da empresa, constatou que o ISS a recolher com 
vencimento no exercício subsequente, no valor de R$ 
1.487.950,00, foi classificado incorretamente no Balanço 
Patrimonial. As obrigações, quando se vencerem no exercício 
seguinte, deverão ser classificadas no grupo de contas do 
Balanço Patrimonial 
(A) Ativo diferido. 
(B) Passivo circulante. 
(C) Ativo realizável a longo prazo. 
(D) Passivo não circulante. 
(E) Obrigações fiscais de longo prazo. 
 
QUESTÕES FGV 
 
1 - (FGV/TCM-SP/2015) - O contador está envolvido em um 
esquema de desfalques no caixa da empresa em que trabalha. 
A empresa mantém contas nos bancos X e Y. Com o objetivo de 
encobrir falta de dinheiro na conta do banco X, o contador 
deposita em 31/12 a quantia que faltava nessa conta, por meio 
de cheque da conta do banco Y. Porém, o cheque só foi 
registrado como desembolso na conta do banco Y em janeiro do 
ano seguinte. Na reconciliação bancária a falta de dinheiro no 
caixa é temporariamente ocultada em decorrência do tempo de 
compensação do cheque. Nos trabalhos de auditoria, esse tipo 
de desfalque é denominado: 
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(A) desfalque encoberto; 
(B) desfalque sistêmico; 
(C) encaixe; 
(D) kiting; 
(E) lapping. 
 
2 - (FGV/TCM-SP/2015) - Durante a execução do trabalho de 
auditoria em uma determinada empresa, um auditor detectou 
que uma aquisição de mercadorias a prazo realizada em 
dezembro de 2012 só foi registrada quando do efetivo 
pagamento, no exercício seguinte. Em consequência disso, as 
contas de fornecedores a pagar e mercadorias para revenda 
apresentaram distorções no exercício de competência. Nessa 
situação os testes realizados pelo auditor são: 
(A) teste principal para superavaliação de ativo e teste secundário para 
subavaliação de passivo; 
(B) teste principal para superavaliação de passivo e teste secundário 
para subavaliação de ativo; 
(C) teste principal para subavaliação de ativo e teste secundário para 
subavaliação de passivo; 
(D) teste principal para subavaliação de passivo e teste secundário 
para subavaliação de ativo; 
(E) teste principal para subavaliação de passivo e teste secundário para 
superavaliação de ativo. 
 
3 - (FGV/TCM-SP/2015) - Durante a execução de um trabalho 
de auditoria, o auditor responsável precisa de informações mais 
detalhadas sobre a suficiência dos seguros contratados pela 
empresa auditada para a cobertura dos seus ativos. Nessa 
situação, a técnica recomendada é a: 
(A) averiguação; 
(B) correlação; 
(C) circularização positiva; 
(D) circularizaçãonegativa; 
(E) inspeção de documentos. 
 
4 - (FGV/TCM-SP/2015) - Em muitas entidades, o Imobilizado 
representa um dos grupos de contas mais relevantes do Ativo 
e, como está sujeito a registros sistemáticos durante o 
exercício, deve passar por procedimentos específicos no exame 
de auditoria. Dos objetivos apresentados, o que está dissociado 
da auditoria do Imobilizado é: 
(A) avaliação dos bens, inclusive quanto à correção monetária; 
(B) especificação do custo de reposição dos bens; 
(C) detecção de eventual existência de ônus; 
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(D) identificação de critérios e extensões das depreciações; 
E) verificação de existência, propriedade e posse. 
 
5 - (FGV/HEMOCENTRO-SP/2013) - No exame das 
demonstrações contábeis de uma entidade para o ano de 2012, 
em que a contabilidade atendeu integralmente ao princípio de 
competência para as despesas públicas, o auditor identificou 
que a conta despesa com pessoal ativo estava superavaliada 
em razão do registro indevido em dezembro de 2012, da 
provisão da folha de pagamento de janeiro de 2013. Tal fato 
ocasionou: 
A) uma subavaliação no orçamento de 2013. 
B) uma subavaliação no ativo circulante de 2012. 
C) uma subavaliação no passivo circulante de 2012. 
D) uma superavaliação no passivo circulante de 2012. 
E) uma superavaliação no orçamento de 2012. 
 
6 - (FGV / ACI-RJ / 2011) - A diferença fundamental entre 
fraudes e erros reside na intenção. Havendo intenção de 
cometer o ato ou omiti-lo, está caracterizada a fraude. Se 
aquele item não estiver presente, trata-se de erro. Esses 
termos podem ser definidos da seguinte forma: 
I. Fraude: o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, 
adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis; e 
II. Erro: o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou 
má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações 
contábeis. 
O “estouro de caixa” é uma evidência de “caixa dois” (omissão de 
receitas, existência de recursos não contabilizados). Nesse diapasão, 
pode-se afirmar que uma de suas causas (“estouro”), que têm como 
consequência o saldo credor da conta contábil “caixa”, é: 
(a) O lançamento contábil da compra de mercadorias sem documento 
fiscal correspondente. 
(b) A venda de mercadorias para recebimento no longo prazo sem 
documento fiscal correspondente. 
(c) A venda de mercadorias à vista (com a consequente entrada de 
recursos) não contabilizada. 
(d) O recebimento de receitas antecipadas (adiantamento de clientes) 
contabilizado com observância do princípio da oportunidade e da 
competência. 
(e) O pagamento de despesas dedutíveis para fins de imposto de renda 
adequadamente contabilizado. 
 
7 - (FGV / SEAD-AP / 2010) - Assinale a alternativa que 
apresente o objetivo específico da auditoria do resultado: 
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38 
 
(A) comprovar se compras de mercadoria estão de acordo com os 
objetivos da empresa. 
(B) confirmar se os pagamentos realizados foram conciliados. 
(C) verificar se as despesas correspondentes às receitas realizadas 
foram apropriadas no período. 
(D) comprovar a correta apropriação das despesas em obediência ao 
regime de caixa. 
(E) conferir a exatidão dos registros contábeis dos estoques de 
mercadorias. 
 
8 - (FGV / SEAD-AP / 2010) - Assinale a alternativa que indique 
os procedimentos de auditoria aplicáveis à conta Provisão para 
Devedores Duvidosos. 
(A) Inspeção documental para exame dos documentos de pagamentos 
e recebimentos e solicitação de informações aos bancos mediante 
circularização. 
(B) Revisão de cálculos por meio da conferência da exatidão aritmética 
do valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram de 
base para fixação dos critérios de cálculo. 
(C) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos para a verificação 
dos valores lançados nos investimentos. 
(D) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos no caso de 
depreciação e amortização acumulada. 
(E) Revisão de cálculos e investigação e confirmação das operações 
por meio de circularização de informações financeiras. 
 
9 - (FGV / ICMS-RJ / 2009) - O contador da Cia. Quartzo Rosa 
incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da 
receita de juros sobre o investimento em debêntures, deixando 
de contabilizar a receita de juros no ano corrente. Antes que 
qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera o seguinte efeito 
no patrimônio da empresa: 
(A) subavalição do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido. 
(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. 
(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido. 
(D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. 
(E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do 
patrimônio líquido. 
 
 
QUESTÕES DIVERSAS 
 
1 - (FUNDATEC/SEFAZ-RS/2014) – Uma máquina registrada no 
ativo imobilizado da Companhia Mega foi adquirida, em 31de 
dezembro de 2012, por R$ 1.200.000,00. Em 31 de dezembro 
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39 
 
de 2013, o saldo da depreciação acumulada referente a essa 
máquina era de R$ 120.000,00, enquanto o valor justo 
recuperável líquido, apontado por uma empresa de avaliação, 
era de R$ 1.120.000,00. Com base nesses dados, o auditor 
conclui que o valor contábil líquido desse bem, em 31 de 
dezembro de 2013, é de: 
A) R$ 1.120.000,00, devendo ser feito um ajuste ao valor contábil 
líquido de R$ 40.000,00. 
B) R$ 1.200.000,00, devendo ser feito um ajuste ao valor contábil 
líquido de R$ 80.000,00. 
C) R$ 1.080.000,00, não devendo ser feito qualquer ajuste ao valor 
contábil líquido. 
D) R$ 1.120.000,00, não devendo ser feito qualquer ajuste ao valor 
contábil líquido. 
E) R$ 960.000,00, devendo ser feito um ajuste ao valor contábil líquido 
de R$ 120.000,00. 
 
2 - (FUNDATEC/SEFAZ-RS/2014) – Ao acompanhar o inventário 
dos estoques da Companhia Delta, antes de qualquer ajuste 
efetuado, o auditor apurou os seguintes dados: 
I - O saldo dos estoques no início do inventário era de R$ 1.500.000,00. 
II - Foram identificados itens na contagem física, que a nota fiscal de 
compra de matéria prima ainda não havia registrado na contabilidade, 
sendo o seu valor total de R$ 240.000,00, com R$ 40.000,00 de 
impostos recuperáveis incluídos no valor total. 
III - Não foram encontrados itens de estoque no valor total de R$ 
130.000,00. 
IV - Os estoques considerados de giro lento totalizaram R$ 300.000,00, 
sendo composto por R$ 200.000,00 formados nos últimos 6 meses e 
R$ 100.000,00 há mais de 12 meses. 
V - Os estoques obsoletos totalizaram R$ 180.000,00. 
Considerando os dados apurados na contagem dos estoques e que a 
Companhia Delta tem por critério, validado pela auditoria, provisionar 
os estoques de giro lento com prazo superior a 1 ano, bem como 
provisionar a totalidade dos itens obsoletos, qual será o saldo ajustado 
dos estoques após todos os efeitos decorrentes do inventário serem 
contabilizados? 
A) R$ 1.330.000,00. 
B) R$ 1.290.000,00. 
C) R$ 1.090.000,00. 
D) R$ 1.130.000,00. 
E) R$ 1.190.000,00. 
 
Curso de Auditoria para ICMS-RS 2018 
Teoria e exercícios comentados 
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3 - (FUNDATEC/SEFAZ-RS/2014)

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