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Um crime socioambiental O que era para ser apenas um evento isolado se transformou em um verdadeiro pesadelo para a população dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro, situados em Maceió. Rachaduras, fissuras e afundamentos de terra, surgiram depois de um tremor de 2,4 pontos na escala Richter, em fevereiro de 2018. Porém apenas no final de 2018 foi considerado grave, ao ponto do órgãos governamentais, como o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) e a Agência Nacional de Mineração (ANM) serem solicitados para desenvolverem rígidos estudos no bairro, com o intuito de descobrir as reais causas do fenômeno. Em 2019, após os estudos o laudo técnico conclusivo da CPRM, apresentou como principal causa das rachaduras o desmoronamento subterrâneo das minas de sal-gema, exploradas pela Braskem em função de as minas terem sido construídas em intersecção com antigas falhas geológicas. Com isso, as falhas geológicas foram reativadas. O C A S O D A B R A S K E M E M M A C E I Ó A Braskem é uma empresa brasileira do ramo petroquímico, produtora de resinas termoplástica. Que Durante décadas, minerou sal-gema (matéria-prima utilizada na fabricação de soda e cloro) em Maceió, capital de Alagoas. O desastre causado pela Braskem em Maceió é resultado de um modelo de desenvolvimento que prioriza o lucro em lugar da vida das pessoas e do meio ambiente - Daniel Gaio, secretário do Meio Ambiente da CUT Edjani Rejane e Janaine Conceição Fonte: Letras Ambientais Fonte: O povo https://www.letrasambientais.org.br/posts/mineracao-comprometeu-solo-de-bairros-em-maceio.-e-agora- A Brasken desrespeitando todas as regras de exploração foi responsáveis pela destruição de 4 bairros de Maceió e pela remoção de 55 mil pessoas de suas casas. O MAIOR DESSATRE EM ÁREA URBANA EM ANDAMENTO NO MUNDO HOJE O crime iniciou desde o momento de sua instalação, pois o local de exploração, trata- se de uma área de restinga, muito sensível ambientalmente. E quem aprovou sua instalação foi o Governador Divaldo Suruagy, passando por cima de Jose Geraldo marques, que liberava o órgão ambiental, e se opôs a exploração nesta área. DIvaldo Suruagy, governou o estado de ALagoas por três vezes: 1975 a 1978, 1983 a 1986 e 1995 a 1997. Comerciantes e empreendedores locais tiveram que fechar as portas. As pessoas tiveram que deixar suas casa, e morar em locais distante de seus trabalhos, entre eles os pecadores e marisqueiros que subsistiam dos recursos da lagoa. 30 mil empregos foram perdidos Para indenizar estas famílias a Braskem criou o programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação em 2019. Além deste programa há um proposta alternativa no valor de R$ 81.500,00 reais, valor esse insuficiente para adquirir um imóvel em outro lugar e certamente insuficiente para cobrir todos os danos causados. Dessa forma a Braskem tem se tornado dona de 4 bairros de Maceió. Que a longo prazo, esta área pode valer até R$ 40 bilhões de reais para a petroquímica. Um lucro e tanto para a Braskem, que separou para arcar com o desastre que ela mesmo provocou apenas R$ 10 bilhões. Quem permitiu que isso acontecesse? Porém, durante esses anos de exploração, todos os governantes e prefeitos bem como o órgãos ambientais de fiscalização, entre eles o IMA, foram conviventes com esse crime, pois não houve fiscalização. Qual o desfecho deste crime? A Braskem interrompeu a extração de Salgema em maceió. Porém ainda não foi condenada culpada, e ninguém foi preso, mesmo com todos os estudos apontando- a como responsável pelas rachaduras e afundamento do solo. Um crime que deu lucro Fonte: Observatório da Mineração Fonte: Alagoas de verdadeFonte: Brasil miningsite