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Bioquimica aula 05 Marcadores do Metabolismo ósseo Verena Facchini

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Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
MARCADORES DO METABOLISMO ÓSSEO 
Eu vou falar pra vocês um pouco sobre os marcadores que a gente usa de reabsorção, remodelamento que 
são relacionados com os diferentes tipos de células que compõem essa matriz óssea. Vou fazer uma 
introdução sobre esse tecido até chegarmos na parte mais importante mesmo. 
Então tem vários trabalhos científicos que revelam um verdadeiro abandono dos marcadores porque a 
imagem hoje, como a densitometria a própria RM elas podem trazer uma resposta bem positiva. Os 
marcadores eles são bastante eficientes quando a gente fala de uma fase precoce, mas é importante 
conhecermos eles. 
TECIDO ÓSSEO 
 • Renovação e remodelação 
– Osteoblastos, osteoclastos e osteócitos 
– Processos antagônicos acoplados 
- Formação e reabsorção 
– Mantido por um complexo sistema de controle 
- Hormônios, fatores físicos e fatores humorais locais. 
• Fatores: 
Idade, doenças ósteo-metabólicas, mobilidade diminuída 
 Bom então a gente tem essa relação dos osteoblastos, osteoclastos e osteócitos que tem processos 
tanto antagônicos como acoplados, esses processos acoplados é que vão manter a homeostase 
desse tecido, a formação e reabsorção para que não haja nem formação em excesso e nem 
reabsorção em excesso. 
 Esse sistema de controle é mantido por fatores hormonais, humorais e fatores físicos, locais. Então 
a gente tem um conjunto de fatores que vão levar a um equilíbrio, a essa homeostase desse 
acoplamento de reações entre essas células. 
 E fatores como idade, doenças ósteo-metabólicas, mobilidade diminuída, alteração de pH, queda 
da atividade de alguma célula, isso tudo pode levar para alguma doença óssea. 
Matriz óssea 
 
o Orgânica - 20% 
o Colágeno 
o Glicoproteínas 
o Proteoglicanos 
o Fatores de crescimento 
Inorgânica– 65% 
Hidroxiapatita – Ca10(PO4)6(OH)2 
Fosfato de cálcio (outros) 
Ca8H2(PO4)6.5H2O 
CaHPO4.2H2O 
Ca9(PO4)6 
 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
Água – 10% 
 A matriz óssea é dividida em componente orgânico e inorgânico, onde a maior parte dessa matriz é 
inorgânica. A composição orgânica foi o que abordamos na aula da semana passada em relação a matriz 
extracelular, o qual é o componente orgânico predominante nessas células, dando esse suporte para 
essas células. E no próprio osso, a gente tem essa relação de precipitação de alguns elementos. Quando 
a gente fala dessa precipitação, a maior parte de fusão de elementos que a gente tem é o fosfato e o 
cálcio que juntos vão formar substâncias distintas e representam 65% dessa matriz. 
 Então a hidroxiapatita é uma forma de hidroxilação do fosfato de cálcio, sendo essa a maior 
representante das formas de complexação do fosfato de cálcio. O que importa é saber essa relação do 
fosfato de cálcio pra que haja a composição da matriz inorgânica. Tem outros elementos envolvidos 
nessa matriz também que vou mostrar mais a frente como: sódio, potássio, magnésio. Então essa 
relação acima é predominante o fosfato de cálcio e um pouco de água. 
Células Ósseas 
 
o Stem cells 
o Osteoblastos 
o Osteócitos 
o Osteoclastos 
 
Composição iônica 
 
 Quem são os componentes celulares diferentes dessa matriz? As células tronco ou Stem cells, que são 
indiferenciadas mesenquimais, os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos. E também temos essa relação 
de outros cátions e aníons que estão presentes e compondo essa matriz orgânica, então a gente tem 
essa relação de moléculas que estão mais ou menos prevalente, a depender dessa complexação que 
existe, lembrando da predominância do fosfato de cálcio e cálcio como principal cátion nessa 
composição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cation valor Anion valor 
Ca2 6.66 PO³ 4.02 
Mg2 0.18 CO³ 0.79 
Na+ 0.32 Citrate 0.05 
K+ 0.02 CL 0.02 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
 Aqui é uma relação esquemática das relações de acoplamento que existem entre essas células. 
Então a gente tem um esquema de como seria formada essa unidade do osso. A gente tem 
osteoblastos ativos, revestindo toda essa matriz, zonas de reabsorção que estão intimamente 
ligadas aos osteoclastos e as zonas de precipitação mineral que você tem a predominância da 
substância inorgânica. 
 O importante é a gente saber que existe uma relação de acoplamento entre essas células, e 
essas reações de acoplamento é que serão responsivas tanto por fatores hormonais internos ou 
externo, tanto essa própria relação de fatores de crescimento ou fatores de transcrição, tanto 
faz, que são produzidas por essas próprias células, em resposta a atividade hormonal por 
exemplo os osteoclastos vão expressar diferentes fatores de crescimento ( CSF, GCSF) que são 
fatores que irão estimular a diferenciação da célula em osteoclasto e também vai expressar o 
ligante do Rank que é o fator de crescimento predominante desse tecido. Então essas relações 
nos chamamos de acoplamento, pra isso precisa que a matriz mineral esteja dando substratos 
suficientes para que haja essa diferenciação de célula. Essas relações estarão ocorrendo o 
tempo inteiro. 
Hormônios do sistema homeostático de cálcio 
 (nível fisiológico normal de Ca2 + é de 8,5 - 10,6 mg / dL) 
 Hormônio paratireoide (PTH) - reabsorção óssea (estimulação de monócitos para transformar em 
osteoclastos). 
 Calcitonina - formação óssea (inibição de monócitos para transformar em osteoclastos). 
 1,25-di-hidroxicolecalciferol (1,25- (OH) 2 vitamina D3) - formação óssea (ativação de osteoblastos para 
sintetizar o colágeno, promover a mineralização). 
Bom então a gente tem hormônios que estão ligados a esse sistema homeostático do cálcio, esses 
hormônios são: PTH, a calcitonina e a vitamina D3. 
 Especificamente com relação a vitamina D, ela é um esteroide, então ela vai atuar como um fator 
de transcrição, vai atravessar a membrana do osteoblasto e vai agir diretamente no DNA, em vários 
lócus gênicos. A gente já tem mais de 200 lócus gênicos onde a vitamina D pode se inserir. O que 
isso significa na prática? Ela estimula a produção de varias moléculas, ela atua como fator de 
transcrição, atuando nessa forma: Di-hidroxi vitamina D. Então tem que ser a forma duplamente 
hidroxilada, ela vai atuar estimulando a produção de proteínas como colágeno, de fatores de 
transcrição, atuando de forma mais significante que o PTH. Vai além do metabolismo homeostático 
do cálcio, porque ela age como fator de transcrição (4ªx isso!!!). A gente tem vários trabalhos 
científicos que mostram o trabalho relevante da vitamina D3 no tratamento de doenças ósseas, o 
grande problema é que a concentração pra atingir o remodelamento é muito alto e isso faria com 
que tirasse muito cálcio dos ossos, então essa relação ainda não foi encontrada na farmacologia pra 
se estabelecer na pratica o uso da vitamina D independente, o que a gente tem já bem estabelecido 
é que deficiência ou queda de vitamina D vão comprometer o estado de homeostase da matriz 
óssea, mas usa a vitamina D como tratamento ainda é um problema porque não se sabe o limite de 
sequestro de cálcio que ela vai fazer da matriz, para restabelecer os níveis. 
 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
Homeostase do Cálcio 
 
 Então em relação a homeostase do cálcio, o PTH é liberado por conta da diminuição do cálcio no 
plasma, estimulando a reabsorção e estimulando a síntese de vitamina D3. 
 
 A vitamina D3ela tem que ter as hidroxilases que são as enzimas que promovem a hidroxilação 
tanto no carbono 1 quanto no carbono 25 e isso acontece no fígado que é lá que tema hidroxilase 
25. E a hidroxilação do carbono 1 acontece no rim porque é lá que tem a hidroxilase do carbono 1. 
Estimula a absorção óssea e estimula a absorção de cálcio no intestino, e como ela vai fazer essa 
absorção no intestino? Mais um fator de transcrição desse esteroide. Mas nos enterócitos ela atua 
como fator transcricional estimulando a síntese de uma proteína chamada CALBINDINA, ela vai 
ajudar a aumentar o transporte do cálcio intestinal pro plasma, então vai favorecer a absorção do 
cálcio, pra que ele não seja eliminado. As concentrações ideais de cálcio na nutrição, mas é 1g 
diário, e depois disso ele não tem mais facilidade de absorção, então é isso que a vitamina D é 
fundamental nesse processo. 
 
 Calcitonina que é liberado quando o cálcio está elevado, pra equilibrar nesse contexto, vai atuar 
nos osteoclastos, promovendo a redução da reabsorção para que não saia mais cálcio dos ossos e o 
resultado da situação é um declínio do cálcio e do fosfato do plasma. Então existe uma relação 
entre a eliminação dessas moléculas que eu vou falar adiante. Sobre quando elas são eliminadas se 
tem filtração renal ou não, também sob a atuação desses hormônios. 
Outros Hormônios Sistêmicos 
 
 Outros hormônios sistêmicos vão ter uma relação com o metabolismo do cálcio. Então os 
glicocorticoides vão fazer uma inibição da formação óssea, e isso é interessante a gente falar, 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
porque tanto eles quanto as prostaglandinas têm um papel relevante. Eles são esteroides que vão 
ser utilizados para diversas desordens inflamatórias e ele também é um esteroide e atua como um 
fator transcricional, mas ele vai inibir alguns fatores de diferenciação celular então eu não vou ter 
osteoclastos diferenciando, não vou ter aquela relação de acoplamento entre as células e isso faz 
com que haja um desequilíbrio da matriz óssea. 
 As prostaglandinas podem ter relação diferente, por isso as vezes justifica o uso de corticoides em 
uma inflamação óssea porque as próprias prostaglandinas podem também atuar estimulando o 
remodelamento ósseo e outras inibindo. Então por isso que ainda assim em uma doença óssea 
inflamatória se justifica usar o glicocorticoide, mesmo que por período curto. 
 Recapitulando!! Porque eu vou usar o corticoide se ele vai interferir pra fazer uma inibição da 
formação óssea? Porque algumas prostaglandinas que são produzidas no estado inflamatório 
podem ter um aspecto negativo sobre aquela matriz óssea. 
 
 O GH vai fazer o estimulo na formação óssea de forma indireta, ele tem uma relação apenas com o 
metabolismo celular, mas ele estimula a produção de somatomedinas (IGFs) aí são os IGFs que vão 
ajudar a atuar na diferenciação das células da matriz óssea. 
 
 A insulina faz a estimulação sintética dos osteoblastos, confesso que não conheço o mecanismo de 
ação. A insulina imagino que seja um fator de crescimento também, tem atuação mitogênica, pode 
ser por essa ação. 
 
 Os hormônios tireoidianos estimulam os osteoclastos e ativação da remodelação óssea pelo próprio 
mecanismo de ação de ativação das células do metabolismo basal dessas células aceleradas. 
 
 E o estrogênio vai fazer a inibição da reabsorção óssea, inibe a atividade osteoclástica através de 
fatores locais específicos. Nós temos 3 estrogênios: Estrona, estradiol e estriol, então os 
estrogênios vão ter uma diferença a depender da fase da vida reprodutiva. O estriol está presente 
na vida fetal; o estradiol na maior parte da nossa vida, que é quando estamos na fase reprodutiva e 
a Estrona é que vai substituindo o Estradiol durante a menopausa. O que acontece com esses 
diferentes estrogênios? Eles atuam como anticorpos heterofilos, ou seja, eles são capazes de ligar 
em outros receptores que não são os próprios. Um esteroide atravessa a membrana então seu 
receptor próprio tá dentro da célula, mas ele as vezes se liga a receptores que estão na superfície 
da membrana por isso que explica o porque da mulher ter mais doença autoimune do que o 
homem por exemplo. E em relação as doenças ósseas, isso vai ser um fator de inibir o 
remodelamento ou inibir fatores de crescimento sobre a célula porque vai agir nesses receptores, 
os inibindo, atuando como uma ligação inespecífica nesses receptores. 
 
 
 
 
 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
Marcadores Bioquimicos do Metabolismo Ósseo 
 
 Quando a gente fala de mercadores bioquímicos do metabolismo ósseo, são substâncias que vão 
retratar a formação ou reabsorção óssea. A fosfatase alcalina ela tem uma relação bastante 
significativa com a atividade osteoblástica, mas ela é uma enzima que tem várias isoformas no 
nosso organismo. A gente tem a isoforma intestinal, que é pouco expressa mas a gente tem uma 
isoforma hepática que é muito expressa, então pode sempre haver uma relação de confusão, tem 
sempre que se excluir uma doença hepática, mas a resposta plasmática de qualquer dano na 
atividade osteoblastica é enorme em relação ao aumento da concentração da Fosfatase Alcalina, 
ela aumenta significativamente no plasma. Ela pode ser usada para quantificar lesão por trauma? 
Não! Ela vai estar aumentada, mas não determina grau e extensão como exame de imagem, eu não 
posso dizer que eu vou excluir uma patologia. Mas numa doença óssea como a osteoporose, 
doença de Paget, essas doenças que interferem no remodelamento ósseo, a FAL é excelente para 
fazer essa monitorização. Existe também uma tentativa de isolar, tentaram fazer isso em 
laboratório, dosar só a FAL do osso, mas isso não prosperou. 
 Além da Fosfatase Alcalina, a gente tem a própria concentração do cálcio, eu vou falar as formas 
que ele circula no plasma, mas como marcador bioquímico pro osso é a eliminação do cálcio livre, a 
calciúria, a concentração de cálcio na urina, que da uma resposta bastante significativa. 
 E a eliminação de hidroxiprolina também, porque a gente sabe que a maior percentual em termos 
de aminoácidos presentes nos diferentes tipos de colágeno é de hidroxiprolina. Se eu estou 
eliminando hidroxiprolina é porque existe dano nesse colágeno. 
 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
 A vitamina D também é usada como marcador, lembrando que ela é derivada do colesterol. Ela é 
um esteroide, sintetizado nas adrenais, na mesma via de síntese que sintetiza todos os nossos 
hormônios esteroidais, então ela veio a partir do colesterol. O que acontece é que na molécula de 
colesterol a gente tem a fusão de 4 anéis e isso não é efetivo para que ela faça toda aquela 
atividade de sinalização pra o metabolismo do cálcio e as células da matriz óssea. Então há 
necessidade de haver hidroxilação, pra haver isso é preciso romper os anéis, então é assim que a 
vitamina D passa, é a vitamina D na forma ativa, digamos assim. Então precisamos ter atenção em 
qual vitamina D eu vou pedir: D, D2, D3, além de que as dosagens também são de acordo com as 
formas dela. 
 Temos a De-hidrocolesterol e sob a luz UV, consegue fazer o rompimento de ligações hidrofóbicas, 
fazendo o rompimento desse anel acontece a primeira hidroxilação e temos o Colecalciferol que é a 
Vitamina D3. Mas ela ainda não é ativa, precisa passar pela ação das duas hidroxilases, a hepática 
(25 hidroxilase) e a renal (1 hidroxilase) e aí uma vez que eles forem ativados vai ter a hidroxilação 
dessa cadeia e a gente tem a 1,25-diidroxicolecalciferol. 
Biossintese de Calcitriol 
 
 
 Aqui a mesma coisa, então a luz UV vai romper o primeiro anel esteroidal e vai formar o 
Colecalciferol, então hoje a gente sabe que se eu precisar repor, já posso repor essa Vit. D3 no 
fígado, antes era recomendado dar banho de sol, mas hoje já sabe que o sol é fator de risco pro 
câncer de pele então é melhor suplementar os indivíduos. Isso é bem interessante porque não é 
toda formulafarmacêutica que tem a Vit. D3, então vocês já viram por exemplo formulações 
farmacêuticas que tem Calcio e Vitamina D? Não é, é a dehidrocolesterol que tá lá, porque em pó 
ou em substância aquosa a gente não tem o Colecalciferol, somente em substância oleosa!! 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
 
 Bom, então essa relação vitamina D, PTH e a reabsorção de cálcio vai depender do sinergismo entre 
esses 3 componentes. Fazendo uma relação entre intestino e a eliminação renal desses substratos 
também, se isso estiver em homeostase clara, a gente tem um reflexo positivo na matriz óssea. 
 
 Então quando o cálcio está baixo no soro é um sinal para a paratireoide secretar PTH, esse sinal 
também ativa as hidroxilases, a 1 e a 25, acontecendo então a ativação da Vit. D3. A Vit. D3 junto 
com o PTH, esse sinergismo vai agir na matriz óssea liberando cálcio do tecido ósseo para a 
corrente sanguínea afim de reestabelecer os níveis plasmáticos. No rim o PTH vai agir impedindo a 
eliminação de cálcio, ele está mobilizando cálcio da matriz óssea e tá impedindo que o cálcio seja 
eliminado. A Vit. D3 vai ser hidroxilada no fígado e no rim através das hidroxilases 25 e 1 
respectivamente. 
 
 
 Se tem alto cálcio no soro, a gente vai ter hormônio contra regulatório que é a calcitonina, ela vai 
cessar a reabsorção óssea pra que o cálcio volte a ser complexado na matriz óssea e vai ajudar na 
eliminação do cálcio renal. Vai fazer o inverso do PTH. 
 
 Se tem baixa de vitamina D, a gente vai ter ação só do PTH, o qual não terá uma contribuição 
significativa porque a vitamina D é importante nesse processo. 
 
 E se tem excesso de vitamina D é um problema porque a calcitonina vai estar ativa e ela vai 
mobilizar muito cálcio do osso em sinergismo com essa vitamina D e aí está mobilizando cálcio do 
osso só que a calcitonina está auxiliando na eliminação renal do cálcio, ou seja, só está 
desestruturando a matriz óssea. Por isso que eu disse no começo da aula, é um grande problema de 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
usar níveis altos de vitamina D, que seria o ideal para tratamento de doenças ósseas porque é às 
custas de desestabilizar a matriz óssea. 
Homeostase do Cálcio Sérico 
 
 
 
 
 
 
 Então a redução da síntese de calcitriol faz uma diminuição da absorção intestinal do cálcio, e isso é 
o pior porque a gente tem a relação da vitamina D e ela não pode estar diminuída, porque se ela 
estiver não teremos o fator transcricional de absorção do cálcio no intestino. Esse outro slide é a 
mesma coisa. 
 
 
 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
Ação do Hormônio da Paratireóide 
 
 O paratôrmonio tira o calcio dos osso e faz aumentar e inibe a eliminação renal, ajuda mesmo que 
indiretamente na absorção intestinal e o balanço total é positivo. No fosforo ele mais ajudar de forma mais 
significativa ainda que não seja eliminado o fosfato, só que ele não tem uma relação significativa na 
mobilização do fosfato e também na absorção do fosfato, então como ele é menos eliminado o balanço 
acaba sendo negativo. 
Cálcio, Fósforo e Magnésio 
 
 Então tá 99% do cálcio nos ossos e 1% nos tecidos (continuou nos slides posteriores). 
 Fosfato tá 85% nos ossos e 15% nos tecidos moles, 55% a fração é livre, 10% é ligado a proteína e 
35% complexado. Também vai ter uma diferença, mas pouco a gente usa o fosfato como dosagem. 
 Magnésio tá 30% livre, 30% ligado as proteínas e 15% complexado, em geral quando se dosa o 
magnésio é o livre. 
 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
 
 O cálcio temos ele em 3 formas: o ionizado, o não difusível e os sais de cálcio que é a maioria 
quando a gente fala do tecido ósseo. Os sais de cálcio podem estar condensados tanto em citrato 
que é um íon também presente na matriz óssea e o fosfato de cálcio sendo mais prevalente. Então 
quando pedimos a dosagem de cálcio a gente pode ter essas 3 dosagens. Por isso que a relação de 
hipocalcemia ou hipercalcemia deve ser avaliada a depender do tipo de cálcio que está sendo 
quantificado. 
 
 Hipocalcemia é perda de tecido da paratireoide pode levar a diminuição de cálcio. 
 Hipercalcemia tem como etiologia hiperparatireoidismo e outras coisas como por exemplo a 
intoxicação por vitamina D, você faz uma hipercalcemia, mas você tem a relação com a calcitonina 
então você está eliminando mais cálcio também. 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
 
 Os valores de referência são diferenciados quando a gente fala dos tipos de cálcio que são 
quantificados. É interessante a gente falar desse cálcio da urina que é o mais representativo, a 
eliminação de cálcio, tem que sempre ser ajustado com a taxa de filtração glomerular ou clearance 
de creatinina, tem que ser ajustado, porque você pode ter uma resposta do exame e isso ser uma 
resposta da filtração renal e não da eliminação de cálcio em si. Então sempre tem que ser feito 
junto o clearance, como é feito na urina de 24h já faz os dois na mesma amostra. Então menor que 
0,16 g/dL corrigindo com o clearance de creatinina. Você pega esse clearance, vai lá que dá 1 e 
divide, se der menos vai aumentar esse fator. 
Os valores críticos no soro é quando ele está menor que 7, sendo que o valor de referência é de 8 a 
10. Valores críticos pra hipocalcemia!! Valores críticos pra hipercalcemia é maior que 12. 
Fosfatase Alcalina (ALP) 
 
 
 A gente tem além daqueles íons, a Fosfatase Alcalina que falamos que ela tem essa atividade com o 
osteoblasto, lembrando que ela está presente em outros tecidos também. Já conseguiu se 
identificar o gene que é específico, é o alelo ALPL1 que é o alelo específico do sequenciamento da 
fosfatase alcalina óssea. O aumento sérico pode estar associado a todas as relações tanto 
fisiológicas que é a criança em crescimento, na criança a fosfatase alcalina é bem mais alta do que 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
no adulto, e em todas essas doenças ela pode estar aumentada porque todas elas estão envolvidas 
com a atividade osteoblastica. 
 Ela é um marcador de reabsorção!! Porque ela determina a atividade do osteoblasto. 
Marcadores de Formação Óssea 
 
 Aqui é o que eu disse da enzima, que é codificada. A fosfatase alcalina pode ser chamada também 
de ALPIDEIA (não sei se é assim que escreve) ou ALP que é o nome do gene. Porque ficou essa ideia 
de que estou solicitando ALPIDEIA, estou solicitando a isoforma óssea quando se solicitava ALP, 
ficou determinado dessa forma. 
 
 Onde que a fosfatase alcalina tá? Na superfície externa da enzima, ela é uma ectoenzima, eu falei 
dela quando tratamos de tratamento hepático, falei que ela fica ajudando no transporte da 
membrana de aminoácidos, fica circulando sobre a enzima. E ela tem uma atividade e importância 
na mineralização óssea ainda não totalmente definida, porque como ele faz o transporte de 
aminoácidos é como se ela ajudasse no transporte de substratos. Então quando a matriz está 
doente você tem a perda dessa expressão, a expressão aumentada dela no plasma é um mau 
prognostico para doença óssea porque você está tendo uma perda de atividade do substrato da 
matriz. 
 A diminuição do fosfato tem uma relação com a expressão do gene, então você pode ter uma 
diminuição dela pela hipofosfatasia. 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
 
 Aqui é aquela relação de tentar separar as duas isoenzimas, tentaram por inativação térmica aí as 
duas foram inativadas, por precipitação especifica porque quando você tem uma isoenzima? você 
tem uma sequência de aminoácidos diferentes mas que faz a mesma atividade catalítica, então 
tentaram precipitar, conectar essa enzima em uma lectina e fazer uma precipitação especifica,aí 
existem algumas técnicas de HTLC que conseguem identificar mas em geral o que temos no 
mercado é essa relação cruzada com a fosfatase alcalina hepática, tem sempre que excluir a 
possibilidade do individuo ter uma patologia óssea e hepática. 
 
 Outro marcador é a osteocalcina, é um peptídeo secretado pelos osteoblastos só que maduros, 
condrócitos e hipertrofiados podem secretar esse peptídeo. É depositado em quantidades 
significativas na matriz óssea, sendo uma das proteínas não colágenas mais abundantes, depois do 
colágeno. Não é um marcador de reabsorção óssea porque é destruído quando da reabsorção é 
promovida pelos osteoclastos, então é um marcador de formação óssea e não de reabsorção!! 
Porque ela é abundante, mas é abundante nos osteoblastos maduros!! 
 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
 Então a osteocalcina segue um ritmo circadiano, apesar de ser uma proteína funciona como um 
hormônio. Durante a manhã os valores estão diminuídos, durante a tarde se eleva e a noite atinge 
seu pico. Ela mede a atividade osteoblastica em estagio diferente da fosfatase alcalina pelo fato de 
a correlação entre as duas medidas ser baixa. Não quer dizer que se você tiver a fosfatase alcalina 
alta vai ter osteocalcina alta também. Apesar das duas estarem relacionadas a osteoblastos, são 
estágios diferentes, a fosfatase alcalina tá no estagio da reabsorção enquanto a osteocalcina na 
formação, na transformação do osteoblasto em osteoblasto maduro. 
 
 O mais importante é a hidroxiprolina dos marcadores de reabsorção. Ele que é aquele aminoácido 
que é hidroxilado pra fazer as pontes cruzadas do colágeno. Então a excreção urinaria da 
hidroxiprolina é um marcador clássico da reabsorção óssea. É a hidroxiprolinúria ou a eliminação de 
hidroxiprolina que é o marcador, não é dosar no soro e sim a sua eliminação. 
Uso dos Marcadores Bioquimicos no Diagnóstico de Patologias Ósteo-
Metabolicas 
 
 O uso de marcadores bioquímicos na prática tem se expandido de maneira considerável, isso se 
deve ao surgimento de novos métodos pra que você tenha uma identificação, não dava para ficar 
só com os marcadores isolados. Hoje, os marcadores com a imagem é que ajuda a ter essa resposta 
melhor. 
 
 
 
Bioquímica Aula 05 
Marcadores do Metabolismo Ósseo 
Verena Facchini 
 
Testes Bioquimicos 
 
 Então quando falamos de testes bioquímicos, vamos investigar a relação de cálcio e fosfato tanto 
no plasma quanto a excreção deles. Fosfatase alcalina e osteocalcina, lembrando que ambas 
determinam atividade osteoblastica, mas em estágios diferentes. Vitamina D, PTH e excreção de 
Hidroxiprolina. 
Ela falou no final isso aqui: Alterações no desequilíbrio acido base, diferentes desordens acido base podem 
levar a interferência de difusão de íons cálcio na matriz óssea, mas não sabe se é na reabsorção ou 
formação, para pesquisar.

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