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AV1 Pratica Constitucional- Agatha Cardoso Ribeiro Moreira

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AV1- Pratica Constitucional 
Agatha Cardoso Ribeiro Moreira – 201801175161
Profº.: Rodrigo Braga 
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL XXX DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	MÁRIO DINIZ, brasileiro, estado civil XXX, profissão XXX, residente e domiciliado na rua XXX, n. XXX, bairro XXX, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seu advogado ELDOR FERREIRA constituído pelo instrumento de procuração anexo, inscrito na OAB/RJ 123456 e que recebe intimações de foro em geral em seu endereço profissional sito na rua XXX, n. XXX, bairro XXX, na cidade de XXX ,e-mail XXXX vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro nos termos do art. 5º, LXXIII, da CRFB/ 88 e da Art. 1º Lei n. 4.7 17/65 , ajuizar a presente
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
	Pelo rito especial, em face do, PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, pessoa jurídica autônoma de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº... , e-mail..., com endereço/sede situada na..., nº..., bairro..., cidade..., Estado......, cep..., o que faz com fundamento no artigo 6º da Lei 4717/65, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I-DOS FATOS
	Mário Diniz, cidadão brasileiro e eleitor no Estado do Rio de Janeiro toma conhecimento via imprensa da decisão que pleno período de pandemia que assola todo planeta o Presidente da Câmara dos Deputados decide que cada um dos 513 Deputados Federais receberá uma verba de gabinete extra no valor de R$10.000.000,00 (dez milhões de reais) sem a necessidade de justificar os gastos dos valores, com a intenção de fortalecer suas bases eleitorais. Levando em consideração que os valores que serão gastos são extremamente excessivos e causarão grandes prejuízos ao erário, logo para que tal abuso de autoridade não venha causar grandes prejuízos aos cofres públicos, requer que o ato lesivo seja impugnado e o deferimento da presente ação para evitar que a obra aconteça, visto que fere diretamente os princípios da Gestão Pública Brasileira, quais sejam, Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência, todos consagrados pela Constituição Federal.
II – LEGITIMIDADE ATIVA
	A legitimidade ativa, por se tratar de uma Ação Popular, poderá ser impetrado por qualquer cidadão que será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio público, cultural, meio ambiente e à moralidade administrativa. Sendo que, para ingresso em juízo, a prova da cidadania será feita com o título eleitoral, conforme o artigo 1º caput e  § 3º da lei no 4.717/65, no caso em tela, Mário Diniz, possui legitimidade ativa para defender e proteger o patrimônio contra quaisquer atos lesivos. 
III – DA LEGITIMIDADE PASSIVA
A legitimidade passiva, por se tratar de Ação Popular, poderá ser impetrado contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no artigo 1º da lei 4.717/65, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo, de acordo com o artigo 6º da lei no 4.717/65. Sendo então a legitimidade na figura do PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
IV- DA COMPETÊNCIA 
	Uma vez que, envolvendo interesse da União que, inclusive, pode vir a atuar ao lado do autor na presente ação, é competente o Foro Federal sem privilégio de foro, contudo. Bem assim posto na Lei n.º 4.717, de 1965:
“Art. 5.º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
§ 2.º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interessar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver.
Ademais, assim dispõe o inciso I do art. 109, da Constituição da Republica Federativa do Brasil:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
, assim dispõe o § 2.º do art. 109, da Constituição da Republica Federativa do Brasil:
“§ 2.º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.”
	Por fim, exigir do autor, pessoa de parcos recursos financeiros, que se desloque até Brasília seria um absurdo jurídico e social, dado o desenho especial da ação popular.
V – DO CABIMENTO 
	Instrumento da cidadania, a Ação Popular imprescinde da demonstração do prejuízo material, posto visar, também, os princípios da administração pública, e da moralidade pública, como já sedimentado pelo Supremo Tribunal Federal. Para o cabimento da ação popular, basta a ilegalidade do ato administrativo a invalidar, por contrariar normas específicas que regem a sua prática ou por se desviar dos princípios que norteiam a Administração Pública, dispensável a demonstração de prejuízo material aos cofres públicos, não é ofensivo ao inc. LXXIII do art. 5.º da Constituição Federal c/c artigo no artigo 5º, LXXIII da Constituição Federal e artigo 1º da Lei nº 4.717/65 norma esta que abarca não só o patrimônio material do Poder Público, como também o patrimônio moral, o cultural e o histórico. No presente caso, então, aliada à real possibilidade iminente de prejuízo ao Erário, temos que o princípio da moralidade está sendo severamente afetado, principalmente em época de cortes orçamentários no nosso País, com a previsão de milhões de desempregados, e, ademais, os Governadores anteriores já vinham recebendo de há muito tempo autoridades em sua residência, que, certamente, a ninguém envergonhou no tocante às instalações.
VI – DAS CUSTAS
 	 Com base no artigo o artigo 10º da referida lei no 4.717/65, onde dispões que as partes só pagarão custas e preparo a final e deseja custear as despesas do presente processo, em conformidade com este dispositivo desta forma usufruindo do benefício proposto pela lei da Ação Popular.
VII- DOS REQUISITOS DA MEDIDA LIMINAR
	Conforme estabelece o art. 5º, § 4º, da Lei n. 4. 717/65 c/c 300 do CPC, na defesa do patrimônio público caberá à suspensão liminar do ato lesivo impugnado. Observa-se que, no caso em tela, a situação atenta contra a moralidade administrativa, princípio expresso no caput do art. 37 da Constituição Federal, o que demonstra inequivocamente o fumus boni iuris. Já o periculum in mora faz-se presente. Em bora o repasse das verbas ainda não tenham se iniciado, necessário se faz evitar que os gastos sejam efetuados, tendo em vista que em tempos de pandemia este valor poderá ser empregado no combate a Covid-19, haja vista que no caso do pagamento da verba haverá enorme dificuldade de reembolso ou ressarcimento futuro do Erário por parte dos Políticos
	Assim, presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, é cabível e necessária à concessão da liminar.
VIII – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
	Da descrição dos fatos, resta inescusável a desproporcional lesividade ao patrimônio público potencializada pelo atual cenário pandêmico. Assim, como disposto na Constituição da Republica Federativa do Brasil, precisamente em seu artigo 5º, LXXIII, qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Ademais, os requisitos legais estão presentes nos artigos da Lei n.º 4.717, de 1.965 abaixo transcritos:
“Art. 1.º Qualquer cidadão será partelegítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição Federal, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos
Art. 2.º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) Incompetência;	
b) Vício de forma;
c) Ilegalidade do objeto;
d) Inexistência dos motivos;
e) Desvio de finalidade.
	Cabe ressaltar que houve lesão ao patrimônio público, pois foi utilizado dinheiro do Governo do para beneficiar agentes políticos em suas pretensões pessoais, em termos de melhorias dos seus gabinetes, o que de forma expressa é vedado pela Constituição, nos termos do art. 37, caput, já que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
	Havendo, portanto, expressa violação ao princípio da moralidade, e publicidade uma vez que o dinheiro público e a máquina pública foram gastos para atender fins pessoais.
	Cabe ressaltar que A Lei Federal nº 12.527/2011, de Acesso à Informação, preceitua que as informações referentes à atividade deverão ser públicas, exceto aquelas expressas na legislação.
	Ela regulamenta o direito à informação garantido pela Constituição Federal, no inciso XXXIII, do Capítulo I - dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
	
VI- DO PEDIDO
	Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que:
a) O deferimento da tutela provisória com fulcro nos Art. 5º, 4º LAP + Art. 300 CPC
b) a citação por precatória do réu, nos prazos e termos do inciso IV do art. 7.º da Lei n.º 4.717, de 1965, com cópia desta inicial e documentos juntados;
c) a oitiva do representante do Ministério Público Federal (Art. 6º, § 4º, LAP);
d) a intimação da União para se manifestar, conforme disposto no § 3.º do art. 6.º da Lei n.º 4.717, de 1965;
e) A Procedência da ação popular com a confirmação da sentença de anulação de quaisquer atos administrativos tomados pelo demandado na presente ação visando despesas objeto da presente ação popular e, caso já tenha havido alguma despesa, o ressarcimento por parte do réu ao erário por despesas que venham a ser efetuados e já tenham sido efetuadas ao longo do processo, com comunicação ao Ministério Público para as devidas ações penal e de improbidade que entender pertinentes;
g) a condenação do Réu na sucumbência, a ser fixada por Vossa Excelência, nos termos do art. 12 da Lei n.º 4.717, de 1965, bem como nas custas.
X – DAS PROVAS
Por se tratar de Ação Popular a petição inicial deve ser instruída com prova pré-constituída no caso suficiente a demonstrar as ilegalidades narradas, conforme documentação anexa, comprovando o requisito essencial para a impetração da presente ação, devendo observância ao artigo 7 º, incisos III, IV e V da lei 4717/65.
XI – DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se à presente causa o valor estimado de R$ 10.000.000,00(Dez milhões de reais)
Termos em que pede e espera deferimento.
Rio de Janeiro/ Data
ELDOR FERREIRA /OAB/RJ nº 123456

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