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Mudanças Climáticas e Reflorestamento Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira Presidente Diretoria-Geral do Sistema FIRJAN Augusto Cesar Franco de Alencar Diretor Diretoria Regional do SENAI-RJ Superintendência do SESI-RJ Maria Lúcia Telles Diretora Regional do SENAI-RJ Diretora Superintendente do SESI-RJ Diretoria de Educação Andréa Marinho de Souza Franco Diretora Diretoria de Inovação e Meio Ambiente Marilene Carvalho Diretora Gerência de Educação Profissional Regina Helena Malta do Nascimento Gerente Gerência de Meio Ambiente Luís Augusto Azevedo Gerente Grupo Executivo de Agroindústria Antonio Salazar Pessoa Brandão Coordenador Gerência Executiva do Movimento Petrópolis Tecnópolis Ana Hofmann Gerente Realização Aquecimento Global O calor do Sol chega à Terra, atravessa a atmosfera e a maior parte da radiação solar é absorvida pela superfície terrestre. O equilíbrio da temperatura da Terra é fundamental para a manutenção dos seres vivos. Uma parte dessa energia volta para o espaço e outra fica retida pela camada de gases que está em volta do planeta. É essa camada que produz o efeito estufa, o fenômeno natural responsável pela conservação e reprodução da vida de plantas, animais e seres humanos. aquecimento Global Atmosfera No século passado, a temperatura média da superfície terrestre aumentou 0,7 graus Celsius. A investigação científica mostrou que esse aquecimento é o resultado da intensificação do efeito estufa, causada pela ação humana. E que, neste nosso século XXI, o aumento é cada vez mais acelerado. Raios solares Atmosfera a influência do Gás Carbônico ... o dióxido de carbono (CO2). O principal gás causador do efeito estufa é ... A concentração de gases do efeito estufa aumenta com: queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural e derivados de petróleo), processos industriais, atividades agropecuárias, decomposição do lixo e desmatamento/queimada de florestas. O principal gás causador do efeito estufa é o dióxido de carbono (CO2). As plantas absorvem o gás carbônico da atmosfera para fazer a fotossíntese. Os oceanos são grandes reservatórios de gás carbônico, que é trocado com a atmosfera num processo constante. Os animais absorvem parte do carbono quando comem as plantas e o devolvem à atmosfera quando respiram. Mas, desde a Revolução Industrial, no século XVIII o ciclo do carbono mudou drasticamente. Sinais e Consequências os sinais do aquecimento Desertificação O Nordeste brasileiro é a região mais vulnerável ao aquecimento global e o sertão entre a Bahia e o Piauí é a região mais crítica para tornar-se um deserto, afetando a vida de milhões de pessoas. Uma elevação de 1,5ºC na temperatura poria fim aos lençóis freáticos e esgo- taria os açudes. Chuvas torrenciais incomuns acelerariam a erosão do solo. Mas existem medidas que poderiam frear essa situação... Geleiras As geleiras são os elementos geográficos mais sensíveis ao aquecimento global. Elas estão se derretendo em velocidade três vezes mais rápida do que na década de 1980. Uma elevação de um metro no nível dos oceanos já afetaria o campo de gravidade no hemisfério sul, modificando a rotação do planeta e provocando um acúmulo de água oceânica no hemisfério norte. Fenômenos extremos Ainda pode ser cedo para afirmar, com certeza, que o aquecimento global é a principal causa do aumento de ocorrência de fenômenos climáticos extremos como furacões e tempestades. O certo é que eles estão ocorrendo com mais frequência, atingindo localidades que antes não atingiam, em épocas do ano em que não eram comuns. Modificação de ecossistemas Mudanças climáticas afetam os limites dos ecossistemas (biomas) e também a distribuição das espécies dentro deles. A Amazônia, o maior bioma do mundo, poderá tornar-se uma savana (grande planície com grupos esparsos de árvores). O cerrado, o segundo maior bioma do Brasil, com 4% da água doce do mundo, terá seu tamanho reduzido... A caatinga será ainda mais árida. O Pantanal sofrerá mudanças hídricas e o pampa diminuirá sensivelmente. Não há como garantir que furacões não voltem a acontecer em SC, diz meteorologista Zero Hora, 11/03/2009 Derretimento das geleiras triplicou desde a década de 80 O Globo 30/01/2007 Como o aquecimento global vai afetar o Brasil Revista Época, 09/04/2008 Savana aumentará 170% na Amazônia até 2050, diz Inpe Folha on line, 17/03/2009 Muitos Estados nacionais precisam de ajuda externa, com intensos fluxos migratórios e tensões e conflitos de fronteira. as consequências previstas O Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) reuniu um grupo de cientistas reconhecidos nos EUA para lançar mão das evidências disponíveis e dos modelos de clima para imaginar cenários futuros do mundo cientificamente possíveis de acontecer. Este grupo produziu um relatório descrevendo as variáveis sob três títulos: o futuro esperado, o futuro grave e o futuro catastrófico. CaTaSTRÓFiCo 2040 a 2100 5,2oC acima da média da década de 1990 TERRITóRIO O mar ultrapassa em 2m o nível de 1990 tornando as atuais regiões costeiras inabitáveis, o que inclui muitas cidades e capitais. Os deltas de rio mais férteis do mundo tornam-se incultiváveis. Os fenômenos climáticos extremos (furacões, tempestades, tornados, tsunamis) se espalham por todo o planeta. O ecossistema marinho do Atlântico norte entra em colapso. No resto do mundo os padrões de precipitação (chuva) se tornam imprevisíveis. ECONOMIA, SAúdE, ALIMENTAçãO Não há pesca no Atlântico norte e o nordeste da Europa enfrenta invernos cada vez mais frios, pouco tempo para germinação e raras colheitas. Em todo mundo é difícil planejar o abastecimento de água e o plantio, prejudicando a produção de grãos. As regiões áridas se expandem rapidamente. Metade da população mundial sofre com a escassez de água. A economia mundial se desorganiza. POLíTICA FUTURO ANO TEMPERATURA eSPeRaDo 2040 1,3oC acima da média da década de 1990 Os piores impactos começam nas latitudes mais baixas do hemisfério e no Ártico (Polo Norte). O nível do mar sobe 23 cm e atinge as costas mais vulneráveis: sudeste dos EUA, América Central, região Mediterrânea, Andes tropicais, sub-Saara africano, deltas do sudeste asiático, pequenas ilhas tropicais dos oceanos Pacífico e índico. Eventos de extremo calor, perdas de florestas (incêndios e ação de insetos). Redução da disponibilidade de água, maior incidência de tempestades e furacões, perda de propriedades e infraestrutura, mais doenças relacionadas ao calor. Migração e pressão sobre fronteiras nacionais, perda de vidas principalmente entre as populações mais vulneráveis. MUiTo PReoCUPaNTe 2040 2,6oC acima da média da década de 1990 Impactos nas calotas de gelo polar levam ao aumento do nível do mar em 52 cm. Cerca de 2 bilhões de pessoas são afetadas nas latitudes mais baixas com o agravamento de todas as perdas e a inviabilidade de agricultura pela dificuldade de irrigação e salinização das fontes de água. O oceano se acidifica, corais desaparecem, perdem-se enormes porções de terras alagadas (mangues) nas regiões costeiras e a vida marinha é severamente afetada, com extinção de centenas de espécies. Escassez de água, alimentos e perda de moradia e infraestrutura. Aumentam muito as pressões migratórias e os conflitos de fronteiras. Fonte: Relatório The age of consequences: the foreing policy and national security implications of global climate change, Center for strategic & international studies (CSIS), 2007 Alternativa Brasileira Um crédito de carbono equivale a uma tonelada de CO2 que deixa de ser lançado à atmosfera. Em 2009, um crédito de carbono valia entre 7 a 14 Euros. 1 tonelada Co2 7 a 14 EUROS O Protocolo de Kyoto Foi realizada em 1979 na Suíça, a primeira Conferência Mundial sobre o Clima, reunindo cientistas de diversas áreas, que avaliaram oimpacto das mudanças climáticas nas atividades humanas. Em 1988, no Canadá, uma reunião entre cien- tistas e governantes alertou, pela primeira vez, para a necessidade de reduzir a emissão de gases de efeito estufa como forma de evitar o aquecimento global. Em 1990, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) publicou um infor- me alertando que seria necessário reduzir em 60% as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. Durante a ECO 92, no Rio de Janeiro, 160 pa- íses assinaram a Convenção marco sobre a mudança climática, assumindo que as respon- sabilidades eram de todos, mas que os países desenvolvidos deveriam ser os primeiros a agir. Em 1997, foi assinado na cidade japonesa de Kyoto um protocolo em que os países desen- volvidos se comprometeram a reduzir suas emissões de CO2. O Protocolo de Kyoto só entrou em vigor em 2005 e expirará em 2012. Os países que o assinaram já estão discutin- do os termos de um novo protocolo. oS CRéDiToS De CaRboNo O Protocolo de Kyoto criou mecanismos para que os países desenvolvidos alcancem suas metas de redução de emissões. Um deles é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Funciona assim: os países que têm metas calculam o volume das emissões de gases de efeito estufa que precisam reduzir. A partir daí, eles buscam comprar créditos de carbono gerados em países em desenvolvimento que adotaram projetos de MDL. São projetos que contribuem para o desenvolvimento sustentável, adicionando vantagens ao meio ambiente, de duas formas: • Evitando lançar gases na atmosfera; ou • plantando árvores que absorverão mais dióxido de carbono. Embora o Brasil esteja na lista dos 20 maiores poluidores, o país ainda não tem metas a cumprir. No mercado mundial dos créditos de carbono, 8% do volume negociado vem do Brasil. A Preocupação Mundial ReFloReSTaMeNTo A maior parte das emissões brasileiras de gases do efeito estufa está ligada ao uso do solo: desmatamento, queimadas e conver- são de florestas em sistemas agropecuários – práticas que causam outras perdas, como espécies extintas, solos desprotegidos e escassez de água apropriada para o consumo. Por isso, a alternativa de plantar florestas em áreas degradadas é muito adequada à nossa situação e uma das maneiras mais rápi- das de retirar da atmosfera os gases do efeito estufa. No Sudeste do Brasil, em grande parte no Estado do Rio de Janei- ro, fica a Mata Atlântica, uma das florestas mais importantes do planeta. Importante pela diversidade única de espécies que abriga e pelo fato de que já teve 90% de sua área original desmatada. Uma Alternativa Brasileira Composição química da madeira Carbono 49 a 50% Oxigênio 44 a 45% Hidrogênio 6% Nitrogênio 0,1 a 1% Um hectare de Mata Atlântica pode abrigar mais de duas mil árvores de mais de 450 espécies diferentes. Uma árvore madura, com mais de 30 anos de idade, é capaz de armazenar 200 quilos de carbono. Mas, em seus primeiros anos de vida, absorverá muito mais carbono, equilibrando seu balanço com o oxigênio na fotossíntese. IMAGINE: a Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro tem quase um milhão de hectares de áreas com potencial para restauração florestal! O que cada um pode fazer Fontes de Pesquisa INTERNET bhttp://scienceblogs.com.br/rastrodecarbono/2009/08/ copenhagen_desafios_para_um_no.php bhttp://www.greenpeace.org/brasil/greenpeace-brasil- clima/ bhttp://mudancasclimaticas.cptec.inpe.br/ bhttp://revistaescola.abril.com.br/img/ciencias/203- aquecimento-global.pdf bcsis.org/files/media/csis/pubs/071105_ageofconse- quences.pdf bwww.bioatlantica.org.br bwww.pactomataatlantica.org.br bhttp://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/ O,,MUL18843-5603,00.html bhttp://www.estadao.com.br/especiais/as-acoes-diarias- que-salvam-o-planeta,19069,htm VídEOS E FILMES bhttp://www.youtube.com/watch?v=0JybwJJj9sU bhttp://site.noticiaproibida.org/videos-sobre-aquecimen- to-global.html bhttp://video.globo.com/Videos/Player/ Noticias/0,,GIM616995-7823 AQUECIMENTO+GLOBAL+ CALOR+AMEACA+A+BIODIVERSIDADE,00.html bO dia depois de amanhã (EUA, 2004) bUma verdade inconveniente (EUA, 2006) bOs filhos da esperança (EUA/Inglaterra, 2006) bThe age of stupid - http://www.revistasustentabilidade. com.br/s02/blog/blog-da-redacao/archive/2009/05/17/ the-age-of-stupid- JOGOS E PASSATEMPOS bhttp://www.bbc.co.uk/sn/hottopics/climatechange/cli- mate_challenge/index_1.shtml bhttp://www.smartkids.com.br/passatempos/aquecimen- to-global.html bhttp://www.smartkids.com.br/jogos-educativos/quiz- aquecimentoglobal.html bhttp://www.discoverykidsbrasil.com/jogos/ciencias/ nivel_basico/seja_o_heroi_do_planeta/ O que cada um pode fazer USo Da eNeRGia b Economize energia elétrica apagando as luzes durante o dia e tirando da tomada os aparelhos que não estão sendo usados. b Use menos o automóvel. Troque pelo transporte coletivo; caminhe ou pedale, quando for possível. Ofereça ou pegue caro- na com conhecidos. USo Da ÁGUa b Não deixe a torneira aberta o tempo todo quando lava louça, toma banho, escova os dentes, ou faz a barba. b Guarde o óleo de cozi- nha usado em recipientes próprios e encaminhe para instituições que sabem reciclá-lo. durante um dia comum de nossas vidas as oportunidades aparecem de várias maneiras: Além das atitudes de grande escala – que são responsabilidade de autoridades públicas e dirigentes de empresas – existem muitas iniciativas que o cidadão comum pode ter no seu cotidiano para reduzir o aquecimento global. Elas podem parecer pequenas e “inúteis”, mas de fato não são. Em primeiro lugar porque elas correspondem à responsabilidade de cada um de nós. E, depois, porque podem gerar resultados importantes se forem adotadas coletivamente. USo Do PaPel b Use as folhas na frente e no verso e aproveite todas as páginas do caderno. b Separe do lixo comum jornais, revistas e embalagens de papel para que possam ser reciclados. CoNSUMo b Nas compras, utilize apenas as sacolas plásticas necessárias e aproveite-as de novo. b Prefira os produtos que podem ser repostos com refil. b Evite o uso de descartáveis. Você pode ter na mochila, por exemplo, seu próprio copo ou caneca. GeRação De liXo b Quando for descartar lixo, separe a parte úmi- da (restos de comida) do que pode ser reciclado, ou reaproveitado. b Não queime o lixo. Essa é forma direta de emissão de gases e calor. b Aproveite o lixo orgânico para adubar a terra e cultive plantas na sua casa. CooRDeNação Do PRojeTo Luís Augusto Azevedo (dIM/GMA) Conteúdo Andrea Cristina Galhego Figueiredo Lopes (dIM/GMA) Carolina Zoccoli (dIM/GMA) Beto Mesquita - IBIO Thadeu Melo - IBIO Efeitos de RA Coordenação ana Hofmann (GDT) Produção em 3D 4G Gennius Realização eyemotion Produção Angela Elisabeth denecke (GEP) Lienice Silva de Souza (GEP) Vera Regina Costa Abreu (GEP) Redação Milton Quintino Revisão técnica Luís Augusto Azevedo (dIM/GMA) Revisão gramatical/editorial Rosy Lamas Projeto gráfico Charles Steiman daniela Knorr Carla Patrícia Pereira Felipe Assistente Ilustração Christian Monnerat Vídeo Canal Futura - Maleta Meio Ambiente Cd2 Realidade aumentada Reflorestamento: Multiplique esta ideia. Este material didático contém efeitos especiais. Trata-se de uma nova tecnologia que permite agregar ao conteúdo impresso, outros recursos que contribuem para o maior entendimento do assunto. Quando encontrar este ícone, direcione a página para a web cam e o efeito será ativado. Mas, como isso ocorre? O sistema reconhece imagens através da web cam e projeta sobre elas objetos em 3d, animações, vídeos. Na verdade, há um programa instalado no computador que faz o reconhecimento da página e executa os efeitos programados para ela. A Realidade Aumentada proporciona uma nova forma de interagir com as imagens. Experimente!!! Parceria: Realização:
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