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Aluna: Nathacha Machado Problema 1: Inflamação que nada! MT1- P4
Objetivos
1.Compreender as neoplasias da mama (Definição, Classificação, Ciclo celular).
Neo(novo) Plasia( crescimento)= é sinônimo de tumor( acúmulo de célula e líquido), ou
seja, a massa de célula está crescendo.
Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle
do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o
hospedeiro. As neoplasias podem ser do tipo benigno ou maligno, se diferenciando
através de algumas características: nível de diferenciação, ritmo de crescimento,
invasão local e metástase.
❖ Classificação:
Benigno:
● Tendem a apresentar crescimento lento expansivo, determinando a compressão dos
tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa.
● Possuem estroma e uma rede vascular adequada, apresentando raramente necrose
e hemorragia.
● Células bem diferenciadas, são semelhantes ao aspecto das células do tecido de
origem.
● Pouca mitose e aspecto típico.
● Não possuem capacidade de produzir antígeno.
● Não produz metástase.
Maligno:
● Crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo, não permitindo a formação
da pseudocápsula.
● Apresentam um desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma
vascularizado, o que acarreta em áreas de hemorragia e necrose, de grau variável
com a velocidade do crescimento e a “idade” tumorais.
● Células pouco diferenciadas, diferenciando-se das células de origem.
● Muitas mitoses e aspecto atípico.
● Possui capacidade de produzir antígeno.
● Capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de metástases.
Característica Benigna Maligna
Diferenciação bem diferenciada anaplásica
Crescimento lenta rápida e descontrolada
Invasão Local não invade invade
Metástase ausente presente
Agressividade baixa alta
Prognóstico positivo negativo
Neoplasias Mamária:
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Existem vários tipos de câncer de mama e maneiras diferentes de descrevê-los. O tipo de
câncer de mama é determinado pelas células específicas da mama afetadas. A maioria dos
cânceres de mama são carcinomas, que são tumores que começam nas células epiteliais
que revestem órgãos e tecidos do corpo. Quando os carcinomas se formam na mama,
geralmente são um tipo específico denominado adenocarcinoma, que começa nas células
de um ducto mamário ou nas glândulas produtoras de leite (lóbulos).
Câncer de mama in situ versus Câncer de mama invasivo
O tipo de câncer de mama também pode se referir se o câncer se disseminou ou não. O
câncer de mama in situ é um câncer que começa no ducto de leite e não cresce no restante
do tecido mamário. O termo câncer de mama invasivo (ou infiltrante) é usado para
descrever qualquer tipo de câncer de mama que se disseminou no tecido mamário
circundante.
● Carcinoma ductal in situ (DCIS). Também conhecido como carcinoma
intraductal é considerado não invasivo ou câncer de mama pré-invasivo.
● Câncer de mama invasivo. O câncer de mama invasivo (ou infiltrante) é aquele
que se disseminou pelo tecido mamário adjacente. Os tipos mais comuns são o
carcinoma ductal invasivo e o carcinoma lobular invasivo. O carcinoma ductal
invasivo representa entre 70 a 80% de todos os cânceres de mama.
Tipos especiais de câncer de mama invasivo
Alguns cânceres de mama invasivos têm características especiais ou se desenvolvem de
maneiras diferentes que afetam seu tratamento e prognóstico. Esses cânceres são menos
comuns, mas podem ser mais graves do que outros tipos de câncer de mama.
● Câncer de mama triplo negativo. O câncer de mama triplo negativo é um tipo
agressivo de câncer de mama invasivo, representa cerca de 15% dos cânceres
de mama. É um câncer difícil de ser tratado.
● Câncer de Mama Inflamatório. O câncer de mama inflamatório é um tipo raro de
câncer de mama invasivo, que representa de 1 a 5% dos cânceres de mama.
Tipos menos comuns de câncer de mama
Existem outros tipos de câncer de mama que afetam outros tipos de células na mama.
Esses cânceres são muito menos comuns e às vezes precisam de diferentes tipos de
tratamento.
● Doença de Paget. A doença de Paget começa nos ductos mamários e se
dissemina para a pele do mamilo e para a aréola. É raro, representando de 1 a
3% dos casos de câncer de mama.
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● Angiossarcoma. Os sarcomas de mama são raros, representando menos de 1%
dos cânceres de mama. O angiossarcoma começa nas células que revestem os
vasos sanguíneos ou linfáticos. Pode envolver o tecido mamário ou a pele da
mama. Alguns podem estar relacionados ao tratamento radioterápico prévio
dessa região.
● Tumor Filóide. É um tipo de tumor de mama muito raro, que se desenvolve no
tecido conjuntivo (estroma), em contraste com os carcinomas, que se
desenvolvem nos ductos ou lóbulos. A maioria é benigna, mas existem outras
que são malignas (câncer).
Ciclo Celular:
❖ G1:A célula faz os preparativos para replicar o material genético. E antes de entrar
na fase S ( de síntese de DNA) a célula interrompe esse processo para fazer um
inventário.
➢ Mecanismo de controle é a proteína retinoblastoma(Rb)
❖ S: Quinases dependentes de ciclina (CDKs) ativadas inativam o controle de
retinoblastoma por fosforilação, que vai liberar o fator de transcrição regulador da
fase S e os genes necessários à progressão da fase S são expressos.
➢ Quando a célula define que não está pronta para iniciar a replicação do
DNA,alguns inibidores conseguem bloquear as ações das CDKs.
➢ Quase todos os cânceres têm um ou mais danos genéticos na etapa de
verificação da G1, que permite a progressão para a fase S.
2.Entender o câncer de mama (Fisiopatologia, fatores de riscos, rastreamento, diagnóstico e
tratamento).
Fisiopatologia
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O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve nos seios. Todo câncer é
caracterizado por um crescimento rápido e desordenado de células, quando as células
adquirem características anormais, células dos lobos mamários, células produtoras de
leite ou dos ductos por onde é drenado o leite, podem causar uma ou mais mutações no
material genético da célula.
É através do DNA que os cromossomas passam todas as informações relativas à
organização, forma, atividade e reprodução celular. Podem ocorrer alterações nos genes
que passam a receber informações erradas para suas atividades. Essas alterações podem
ocorrer em genes especiais, chamados proto oncogenes, inativos em células normais,
transformando-os em oncogenes, responsáveis pela cancerização de células normais. As
células cancerizadas multiplicam-se de maneira descontrolada, acumulam-se formando
tumor, e invadem o tecido vizinho.
Além disso, os tumores malignos adquirem capacidade de se desprender do tumor e
migrar, chegando a órgãos distantes, constituindo as metástases; perdem sua função
especializada e, à medida que substituem as células normais, comprometem a função do
órgão afetado.
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O processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, é em geral lento,
podendo levar vários anos para que uma célula prolifere e dê origem a um tumor
palpável. Esse processo é composto de vários estágios, quais sejam: estágio de
iniciação, onde os genes sofrem ação de fatores cancerígenos; estágio de
promoção, onde os agentes oncopromotores atuam na célula já alterada; e
estágio de progressão, caracterizada pela multiplicação descontrolada e
irreversível da célula.
O tempo médio para ocorrer a duplicação celular, no câncer de mama, é de 100
dias. O tumor pode ser palpável quando atinge 1 centímetro de diâmetro. Uma
esfera de 1 cm contém aproximadamente 1 bilhão de células que é o resultado de
30 duplicações celulares. Portanto, uma célula maligna levará 10 anos para se
tornar um tumor de 1 cm.
Fatores de Risco
O câncer de mama é causado por alterações genéticas,diretamente relacionadas à biologia
celular, que podem ser estimuladas por fatores ambientais tais como: tabagismo, uso de
hormônios (TRH – terapia de reposição hormonal por tempo prolongado), obesidade, fumo
e alcoolismo.Também é mais frequente nas mulheres que têm início da menstruação em
idade muito jovem e menopausa tardia.
Em 5 a 10% dos casos o tumor decorre de mutações genéticas encontradas em grupos
familiares, e é mais frequente em determinados grupos étnicos como, por exemplo, as
mulheres brancas, caucasianas, particularmente as judias de origem europeia. A atenção
deve ser dada às pacientes com antecedentes familiares importantes de câncer de
mama, particularmente quando há casos na família de mulheres acometidas antes
dos 35 anos de idade.
Diagnóstico e rastreamento do câncer de mama
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Programas de prevenção primária evitam o aparecimento de doenças, mas não são
utilizados em relação ao câncer de mama devido às suas características biológicas e
recursos tecnológicos disponíveis.
O controle dessa doença se dá através da detecção precoce, na qual a lesão se restringe
ao parênquima mamário, com um tamanho de no máximo três centímetros, permitindo
o uso de recursos terapêuticos menos mutiladores e maior possibilidade de cura.
Os meios mais eficazes para a detecção precoce de câncer de mama são o exame clínico
de mamas (ECM) e a mamografia, pois o autoexame de mamas (AEM) detecta a doença
geralmente em estádio avançado, sendo responsável por cerca de 80% das descobertas
de cânceres de mama.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) preconiza a realização do ECM anualmente, a
partir dos 40 anos de idade. É indicado o rastreamento com mamografia, com intervalo
máximo de dois anos, após os 50 anos, da combinação dos dois exames anualmente, a
partir dos 35 anos, para os grupos com risco elevado, e a garantia de acesso ao
diagnóstico, tratamento e seguimento para todas as mulheres com alteração nos
exames realizados.
Mamografia de rastreio com alteração ao nível do tecido mamário. Nódulo irregular,
hiperdenso e de contornos espiculados no quadrante superior externo, classificado
em BI-RADS 4c. No estudo ecográfico (b) é demonstrada uma área hipodensa,
irregular, de contornos indistintos, causando um cone de sombra acústica,
classificada como BI-RADS 4c. A elastografia (c) identificou uma lesão com ausência
de elasticidade, totalmente sombreada a azul, correspondendo ao nível 4 da escala de
Ueno. O resultado histopatológico revelou a presença de um carcinoma ductal
invasivo.
Em casos de alterações nos exames de imagem, a biópsia está indicada. O diagnóstico é
definido pela presença de células epiteliais malignas (carcinoma) apresentando
evidências de invasão estromal.
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A maioria das doenças malignas da mama são carcinomas que surgem de elementos
epiteliais. No entanto, existem vários tipos histológicos de carcinomas mamários, como
os sarcomas, que diferem na aparência microscópica e no comportamento biológico.
Tratamento do câncer de mama
O câncer de mama deve ser abordado por uma equipe multidisciplinar visando o
tratamento integral da paciente. As modalidades terapêuticas disponíveis atualmente
são a cirúrgica e a radioterápica para o tratamento locorregional, e a hormonioterapia e
a quimioterapia para o tratamento sistêmico.
Para fins de tratamento, é caracterizado usando o sistema Tumor, Nó, Metástase (TNM).
O câncer de mama não metastático é amplamente considerado em duas categorias:
Estágio inicial – Inclui pacientes com estágio I, IIA ou um subconjunto de doença em
estágio IIB (T2N1).
Localmente avançado – Inclui um subconjunto de pacientes com doença em estágio IIB
(T3N0) e pacientes com doença em estágio IIIA a IIIC.
A maioria dos pacientes com câncer de mama em estágio inicial será tratada
inicialmente com cirurgia. A abordagem cirúrgica do tumor primário depende do
tamanho do tumor, da presença ou não de doença multifocal e do tamanho da mama. As
opções incluem terapia conservadora da mama (cirurgia conservadora da mama mais
radioterapia [RT]) ou mastectomia (com ou sem RT).
Para pacientes que apresentam nódulos axilares clinicamente suspeitos, uma
investigação pré-operatória, incluindo ultrassom e biópsia de linfonodo, pode ajudar a
determinar a melhor abordagem cirúrgica. Se a biópsia do linfonodo for positiva e o
paciente prosseguir diretamente para a cirurgia, deverá ser realizada uma dissecção do
linfonodo axilar.
A maioria dos pacientes com câncer localmente avançado e alguns com em estágio
inicial (particularmente se HER2 positivo ou triplo negativo) são tratados com terapia
sistêmica neoadjuvante em vez de prosseguir com a cirurgia primária. Essas pacientes
geralmente não são candidatas à conservação da mama em sua apresentação inicial. O
tratamento neoadjuvante melhora a taxa de conservação da mama sem comprometer os
resultados de sobrevivência.
3.Entender como o vírus influencia no ciclo celular.
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4.Entender a mastite e a relação com o câncer de mama.
Mastite:Mastite é a infecção/inflamação do tecido mamário.
A mastite é a inflamação aguda dos tecidos da mama, que pode vir ou não acompanhada
de uma infecção bacteriana. Ela é benigna e é comum em mulheres que estão
amamentando (mastite puerperal). Porém, pode afetar as mulheres em outros momentos
também. Nesses outros casos, é chamada de mastite não-puerperal. Além disso, também
pode se desenvolver em homens, mas é mais raro.
Geralmente, a mastite afeta apenas uma das mamas e, além disso, causa muita dor na
mama e desconforto na região.
Durante a amamentação, a mastite pode ser causada pelo acúmulo de leite nas mamas ou
por um bloqueio no ducto mamário, ou seja, o canal por onde o leite passa. Isso acontece
quando o leite não consegue sair das mamas e acaba voltando, o que provoca a
inflamação. Mas ela também pode ocorrer quando as bactérias da pele da mulher e da boca
do recém-nascido penetram pelos ductos mamários e, ao entrarem em contato com o leite
acumulado nas mamas, se proliferam e acontece o processo inflamatório.
Sinais e sintomas : Um dos sintomas da mastite mais significativos é a dor na mama e o
desconforto na região. Mas há vários outros sinais e sintomas, tais como:
● Sensação de queimação durante amamentação;
● Dor ao tocar nas mamas;
● Vermelhidão na pele da região;
● Sensação de calor nas mamas;
● Inchaço das mamas;
● Espessamento do tecido mamário ou nódulo (área dura) mamário;
● Secreção saindo do mamilo, que pode ser branca ou com manchas de sangue;
● Febre;
● Calafrios;
● Cansaço.
O termo mastite significa inflamação na mama com ou sem infecção associada. É uma
condição benigna e com várias causas. Porém, existe um tipo de câncer, chamado de
carcinoma inflamatório, que pode ser confundido com mastite, pois se inicia com sinais e
sintomas semelhantes.Por esse motivo, ao detectar qualquer alteração nas mamas, o
Mastologista (que é o médico especialista em doenças da mama) deve ser consultado para
fazer o correto diagnóstico.
Mastite é um tipo de cancer de mama?Não. Mastite é um quadro inflamatório/infeccioso
da mama. Mas muito cuidado que existem quadros que mimetizam a mastite, tal como o
famigerado carcinoma inflamatório. Portanto, diante de uma quadro suspeito, procure
sempre um mastologista.
https://silviobromberg.com.br/conheca-5-alteracoes-benignas-das-mamas/

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