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A mitigação da inquisitoriedade do Inquérito Policial

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A mitigação da inquisitoriedade do Inquérito Policial.
Com o adventos de novas Leis, houve um possível enfraquecimento da inquisitoriedade do procedimento investigativo. Vamos entender como se deu tal mecanismo.
A INQUISITORIEDADE DO INQUÉRITO POLICIAL E REPRESENTAÇÃO CONSTITUCIONAL
Olá, estrategistas! Tudo bem?
No presente artigo, iremos tratar sobre os aspectos e as características do Inquérito policial e seus reflexos diante dos princípios norteadores dos direitos fundamentais presentes na Carta mãe, a Constituição Federal de 1988.
Incialmente, iremos falar um pouco sobre o nascimento do Inquérito policial e sua evolução até os dias atuais, trataremos também de que maneira a inquisitoriedade pode ser mitigada e como surgem os princípios da ampla defesa e do contraditório nessa fase instrutória para posterior persecução penal.
O Surgimento do Inquérito policial
 Sabe-se que o inquérito Policial é o principal procedimento investigativo que é disciplinado pelo Código de Processo Penal de 1941, a palavra inquérito, vem do latim e remonta a ideia de interrogar, perguntar, sua expressiva força se instalou ainda desde os tempos medievais, ganhando maior significado no movimento da Inquisição idealizado pela igreja Católica.
Possuía os métodos mais cruéis para se questionar o indivíduo, implicava muitas vezes a perda de bens, restrição de direitos e liberdades e não muito raro, resultava em mortes, com aplicação de torturas para se obter a confissão ou delação do criminoso.  
Esse modelo, foi trazido ao Brasil pelos portugueses e permaneceu até o governo de D. Pedro II, desde então o modelo pré-processual sofreu inúmeras alterações. Todavia, apesar dos direitos e garantias terem sido implantados na atualidade, ainda conservamos certas características do antigo modelo.
 O inquérito policial equivale a um procedimento de investigação feito pela polícia, sendo essencial à elucidação de fatos criminosos, são colhidas informações de modo a sustentar a justa causa da ação penal, além de servir de orientação para o órgão acusatório quando já na fase processual.
A partir disso, as autoridades policiais foram contempladas com a incumbência de investigar os crimes, atuando mediante diligências a fim de revelar a autoria, circunstâncias e materialidade dos delitos, avançando-se no decorrer dos anos até o atual modelo que até hoje (“atual” e “até hoje” é redundância) conhecemos.
Logo, o inquérito policial é um procedimento investigativo administrativo de natureza inquisitória, que tem por objetivo arrecadar informações para instauração da ação penal, dando assim justa causa para sua propositura.
A inquisitoriedade do Inquérito Policial
A inquisitoriedade é a primeira característica que mais se evidencia, nela não há muito espaço para igualdades e liberdades individuais, pois não se subordina aos princípios do contraditório e ampla defesa, uma vez que a investigação é conduzida de forma parcial, ou seja, o Delegado é o responsável por sua condução sem a participação do investigado.
Todavia, é importante deixar claro que nessa fase não é possível tratar o investigado como o acusado, isso se dá por ser um procedimento administrativo e não processual.
Por esse motivo, não afronta os direitos fundamentais nem os princípios inseridos no art. 5º, inciso LV, da CF, também dele não se origina nenhuma sanção direta.
Com o surgimento da Lei 13.245/16, foi concedido direitos importantíssimos ao advogado ainda na fase no inquérito, um dos mais importantes direitos conferidos foi através da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da Oab), Art. 7º , (Ficou faltando dizer qual foi esse direito específico)
Perante essas alterações, tornou-se precário a inquisitoriedade do inquérito, todavia, o acesso (Acesso do quê e de quem?) se dará apenas nas diligencias que já estão documentadas no procedimento investigatório, não havendo alcance nas que estão em andamento.
Houve de fato mitigação da inquisitoriedade no inquérito? (Não é recomendável usar uma pergunta como título, gera confusão)
No curso das investigações, a questão gira em torno se no curso das investigações os direitos fundamentais do investigado não estão ou não sendo garantidos nessa fase pré-processual. 
Pois bem, Constituição Federal, no artigo 5º, LV, “garante o contraditório e ampla defesa aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral”, todavia, apesar de não haver a inclusão do inquérito policial na normativa em tela, é imaturo concluir que tais princípios garantidores (contraditório e ampla defesa) não são de fato observados.
Em análise do próprio conteúdo desses princípios, conclui-se que estes são aplicáveis no procedimento investigatório, para tanto, o vocabulário “administrativo”, no artigo da CF supramencionado, o legislador não quis limitar  apenas ao processo judicial ou administrativo, à vista disso, utilizou-se o termo “aos acusados em geral”, assim, fica claro o direito de se ampliar ao investigado tais garantias. (Parágrafo tá confuso)
Desta forma, é de se destacar ainda que, segundo entendimento doutrinário, a CF deve ser interpretada de forma ampla e seus princípios garantidores dos direitos fundamentais de forma exemplificativa, onde se deve buscar sempre uma maior compreensão em benefício do homem, diferente da forma taxativa que limitaria a aplicação dos princípios da ampla defesa e contraditório.
Afinal, o indiciado, já é parte de um litígio onde seu direito de ir e vir, sua reputação moral diante da sociedade está em risco de ser lesionada, por ser o indiciado alvo de investigação em uma suposta prática de crime.
Apesar disso, não quer dizer que o Inquérito tenha perdido o status de inquisidor inquisitório, pois às partes ainda não é possível interferir na instrução investigatória, contudo, é permitido requerer qualquer diligência que será realizada ou não, ficando assim a critério da autoridade, como dispõe o art. 14 do CP: “O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.”
A AMPLA DEFESA e o CONTRADITÓRIO na instrução investigatória (Não pode caixa alta aqui)
Primeiramente, vale enfatizar que segundo o Código de Processo Penal, o inquérito policial não contempla os direitos fundamentais do contraditório e ampla defesa, sendo por esse motivo, qualificado como inquisitivo.
Nesse sentido, o doutrinador CAPEZ, 2014, p.110, assim disserta:
Caracteriza-se como inquisitivo o procedimento em que as atividades persecutórias concentram-se nas mãos de uma única autoridade, a qual, por isso, prescinde, para a sua atuação, da provocação de quem quer que seja, podendo e devendo agir de ofício, empreendendo, com discricionariedade, as atividades necessárias ao esclarecimento do crime e sua autoria.
Antes de tudo, é necessário esclarecer o que é o “Contraditório”, segundo ele, nos procedimentos processuais e também nos procedimentos pré-processuais, devem se desenvolver de forma a permitir que as partes possam livremente deduzir suas alegações, apresentar provas e criticar a atuação dos envolvidos no procedimento o qual o acusado está sendo submetido.
Em outras palavras, são elementos intrínsecos no contraditório a necessidade de informação e a chance de reação, são recursos plenamente garantidos na persecução penal, porém, com a aprovação da súmula vinculante nº 14 do STF, permitiu-se entendimentos que sustentam a contrariedade real no procedimento investigativo, vejamos o que dispõe a súmula:
“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.”
Tal garantia é exercida pelos advogados, conforme já mencionado acima, passando a ser um eficaz instrumento de garantias de preservação dos direitos fundamentais.
Desse modo, não se pode negar que existe uma atuação da defesa na fase investigativa, mesmo não havendo o contraditório.
Antes, defendia-seque o contraditório estava assegurado apenas no processo penal, todavia, agora não mais subsiste dúvida de que, em razão da nova redação, aplica-se a qualquer processo, judicial ou administrativo.
Da ampla defesa
Em se tratando de ampla defesa, na verdade ela é o centro do processo penal, é a garantida do acusado em (Cadê o restante? Kkkk)
Do entendimento das bancas sobre a inquisitoriedade do inquérito
Com o advento da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime), passou-se a prever a defesa ainda em sede de investigação criminal ou administrativa, pois os agentes de segurança passaram a ser subsidiados de autoridade advocatícia, nos em casos em que foi necessário o uso de força letal em situação de exercício, conforme demonstra Artigo 14-A do CP.
Todavia, é uma corrente minoritária que admite haver o contraditório e a ampla defesa em sede investigatória.
Marta Saad[1] ensina que "se não se mostra apropriado falar em contraditório no curso do inquérito policial, seja porque não há acusação formal, seja porque, na opinião de alguns, sequer há procedimento, não se pode afirmar que não se admite o exercício do direito de defesa, porque esta tem lugar em todos os crimes e em qualquer tempo, e estado da causa, e se trata de oposição ou resistência à imputação informal, pela ocorrência de lesão ou ameaça de lesão"
Considerações finais
Apesar disso (Tem que ser conjunção conclusiva aqui: Portanto, Assim), no procedimento investigativo, o que há de fato, são atos de defesa. Além disso, só pode existir o contraditório e a ampla defesa se estivermos diante de uma imputação formalizada, pois no inquérito policial não existe acusação formalizada, mas atos de investigação que perseguem a verdade real dos fatos, apontando ao final se houve ou não o cometimento de um crime, com eventual indiciando indiciamento assim o do acusado. (se não houver o cometimento do crime, não há o indiciamento)
PARA UM INDIVÍDUO TER DIREITO à AMPLA DEFESA, ELE PRECISA SABER DO QUE ESTÁ SENDO ACUSADO, ISSO SOMENTE APÓS FORMULAÇÃO E RECEBIMENTO DE VESTIBULAR ACUSATÓRIA. (não pode usar caixa alta na frase inteira) (Esse trecho não é uma conclusão, então não pode ser utilizado no final)
[1] (SAAD, Marta. O Direito de defesa no inquérito policial. São Paulo: RT, 2004. p. 221-222.)

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