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Sistema Muscular

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Sistema Muscular e 
articulações
Marcelo Diedrich de Souza
Licenciado em Ciências da Natureza (Biologia e Química)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus POA
Mestrando em Educação em Ciências pelo Programa de Pós 
Graduação da UFRGS
Sistema articular
As articulações do corpo humano, pertencentes ao sistema articular, 
são responsáveis por muitos movimentos que realizamos.
Ela conecta os ossos do esqueleto humano aos outros ossos e 
cartilagens. Isso acontece nos joelhos, cotovelos, punhos, tornozelos, 
ombros, dentre outros.
Portanto, podemos dizer que a articulação é o ponto de encontro 
entre os ossos, possibilitando os movimentos do corpo.
Classificação das articulações
As articulações são classificadas conforme o grau de mobilidade que 
oferecem. Elas podem ser de três tipos:
Sinartrose: São as articulações fibrosas, localizadas entre um osso e 
outro, caracterizadas por serem inflexíveis. As duas superfícies ósseas 
são praticamente contínuas, separadas apenas por uma camada de 
tecido conjuntivo ou cartilaginoso. Exemplos: a articulação do crânio 
(sutura), dos dentes e do maxilar, da tíbia e a fíbula.
Anfiartrose: São articulações semi-móveis, flexíveis e cartilaginosas. 
Elas possuem cartilagens entre os ossos e permitem movimentos que 
evitam o desgaste excessivo dos ossos, auxiliando, dessa maneira, no 
deslizamento de uns sobre os outros a partir dos diferentes 
movimentos do corpo. Exemplos: ossos do quadril e vértebras.
Diartrose: São articulações flexíveis, caracterizadas pela presença de 
bolsas sinoviais, que contém o líquido sinovial ou sinovia, que evita o 
desgaste ocasionado pelo atrito. Elas localizam-se entre a pele e os 
ossos. Exemplos: articulações do ombro, joelhos e cotovelos.
Elementos das articulações
O movimento do corpo é produzido a partir da comunicação entre as 
extremidades do ossos envolvidos, realizadas pelas articulações 
sinoviais.
As bolsas sinoviais atuam como amortecedores em articulações 
móveis. O líquido sinovial é viscoso, transparente e facilita os 
deslocamento entre duas partes ósseas.
Com o envelhecimento, a produção deste líquido diminui, 
ocasionando dores nas articulações.
Alguns elementos que fazem parte das articulações:
a cartilagem articular (tecido conjuntivo elástico);
os ligamentos (estruturas fibrosas);
a cápsula articular (membrana fibrosa);
a membrana sinovial (bolsa com líquido sinovial);
os meniscos (estrutura de articulação dos joelhos).
Principais articulações e movimentos
Como principais articulações do corpo humano, nós temos:
Articulações do crânio;
Articulações do ombro;
Articulações do joelho;
Articulações das vértebras, costelas e quadris;
Articulações das mãos, pés e cotovelos.
Articulações do 
crânio
Os ossos do crânio estão ligados de forma que não permitem 
movimentos. É formado por articulações fixas ou suturas, 
caracterizando a sinartrose.
Outro exemplo é a articulação entre as costelas e o osso esterno, a 
movimentação quase não ocorre.
Articulações do ombro
As articulações do ombro são Glenoumeral, Acrômio-clavicular e 
Esternoclavicular. Em conjunto, elas permitem os movimentos de 
deslizamento, adução e abdução, flexão e extensão, rotação e 
circundação.
É comum ocorrer luxações no ombro, que é quando ele se desloca. A 
causa mais comum é durante a prática de determinados esportes, 
como natação, basquete e vôlei, ou devido a algum acidente.
Articulações do cotovelo
As articulações do cotovelo são: Úmero-ulnar, Úmero-radial e 
Rádio-ulnar proximal. Elas possibilitam movimentos de flexão e 
extensão.
Ela faz a ligação entre o braço e o antebraço, sendo fundamental 
para sua movimentação pois funciona como uma espécie de 
dobradiça.
Articulações de punho e mãos
As articulações do punho e da mão são: Rádio-ulnar distal, 
Rádiocárpica, Carpometacarpiana, Metacarpofalangiana, 
Interfalângicas.
Elas permitem movimentos de adução, abdução, flexão, extensão e 
deslizamento. Em conjunto, são responsáveis pela movimentação do 
punho e dos dedos.
Articulações do quadril
As articulações do quadril são: Sacroilíaca e Coxofemoral. A 
articulação sacroilíaca só realiza o movimento de deslizamento.
Os movimentos realizados pela coxofemoral são abdução e adução, 
flexão e extensão, rotação e circundação.
Articulações do joelho
As articulações do joelho são: Patelo-femoral, Tíbio-femoral, 
Tíbio-fibular. Em conjunto, realizam movimentos de deslizamento, 
flexão e extensão.
Ela é responsável por fazer a ligação entre a tíbia e o fêmur, e 
também entre o fêmur e a patela.
Além disso, atua na estabilização, biomecânica e absorção de 
impactos. Em alguns casos pode ocorrer o desgaste da cartilagem e 
prejudicar alguns movimentos.
Articulações da coluna vertebral
As articulações da coluna podem ser consideradas uma das mais 
complexas, pois é responsável por movimentos que são de extrema 
importância para as atividades do dia-a-dia.
O movimento entre duas vértebras é considerado pequeno, porém, 
em conjunto, representam movimentos de grande amplitude.
Doenças nas articulações
A artrite é caracterizada pela inflamação das articulações. Ela está 
associada ao excesso de peso corporal, trabalhos repetitivos, idade 
avançada, lesões, dentre outros.
Os sintomas causados pela artrite são: dificuldade de movimentar as 
articulações, dor, vermelhidão e inchaço.
A artrose ou a osteoartrite é uma doença crônica que afeta os ossos 
e as cartilagens do corpo. É mais comum se desenvolver nas 
articulações das mãos, punhos, ombros, cotovelos, joelho e pés.
É um tipo de artrite degenerativa, que ocorre normalmente em 
pessoas com excesso de peso, idade avançada, trabalhadores braçais, 
sendo mais habitual nas mulheres.
Sistema muscular
Formado por cerca de 600 músculos, o sistema muscular é o único 
sistema do corpo humano que tem a capacidade de transformar 
energia química em energia mecânica.
Juntos, nossos músculos podem somar de 40 a 50% de nosso peso. 
Essas estruturas são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando 
movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, 
impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a 
circulação do sangue no organismo, urinar, respirar…
O que é o Músculo?
Então, de uma forma bem elementar, os músculos são as estruturas 
básicas do Sistema Muscular. Como uma de suas principais 
propriedades, temos a contração, ou o encurtamento e alongamento 
das fibras musculares, e é justamente essa característica que torna 
possíveis os movimentos.
Os músculos também são responsáveis, entre outras coisas, por 
estabilizar as posições do nosso corpo e produzir calor, por exemplo. 
Esses órgãos são formados por um conjunto de células especializadas 
que são chamadas de Fibras Musculares.
Funções dos músculos
Produção dos movimentos corporais: movimentos globais do corpo, 
como andar e correr.
Estabilização das posições corporais: a contração dos músculos 
esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção 
das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.
Regulação do volume dos órgãos: 
a contração sustentada das faixas 
anelares dos músculos lisos 
(esfíncteres) pode impedir a saída 
do conteúdo de um órgão oco.
Movimento de substâncias dentro do corpo: as contrações dos 
músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade 
do fluxo. Esse tipo de músculo também pode mover alimentos, urina 
e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos 
promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.
Produção de calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz 
calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na 
manutenção da temperatura corporal.
Classificação dos músculos
Os músculos podem ser classificados didaticamente de acordo com a 
sua estrutura, a sua função e as suas característicasde contração. De 
acordo com as suas características de contração, os músculos podem 
ser:
Voluntários, quando a sua contração é coordenada pelo sistema 
nervoso, que é influenciado pelo desejo da pessoa;
Involuntários, em que a contração e o relaxamento do músculo não 
depende da vontade da pessoa, acontecendo de forma regular, como 
no caso do músculo cardíaco e do músculo presente no intestino que 
permite os movimentos peristálticos, por exemplo.
Tipos de músculos
Os músculos são divididos em três grupos: liso, estriado cardíaco e 
estriado esquelético. A diferença entre eles exige um estudo em 
microscópio, mas não é difícil compreender pela classificação.
Músculos lisos
O tecido muscular liso, também chamado de tecido muscular não 
estriado ou tecido muscular visceral, é constituído por células 
mononucleadas e alongadas. Esse tipo de músculo pode ser 
encontrado nas paredes dos órgãos ocos, como estômago, útero, 
bexiga, artérias, veias, vasos sanguíneos, etc.
As células do músculo liso não apresentam estrias transversais como 
as vistas nas células musculares estriadas esqueléticas ou cardíacas. 
A ausência dessas estrias ocorre porque os filamentos de actina e 
miosina não se organizam seguindo o mesmo padrão apresentado 
pelas outras células musculares.
O músculo liso, assim como o músculo estriado cardíaco, apresenta 
movimentos involuntários e age no organismo de diversas formas:
Empurrando o alimento ao longo do tubo digestório;
Regulando o fluxo de ar dos pulmões, através do controle do 
diâmetro dos brônquios e bronquíolos;
Regulando o fluxo de sangue para regiões do corpo através do 
controle do diâmetro dos vasos sanguíneos;
Controlando a intensidade da luz que chega aos olhos, por meio da 
regulação do diâmetro da pupila;
Ajudando durante o parto com a contração do útero, etc.
E as estrias musculares?
Essas estrias nada mais são que o limite de uma estrutura chamada 
sarcômero. Dentro da mesma fibra muscular possuímos vários 
sarcômeros. Para tomar nota: o sarcômero é a unidade contrátil da 
musculatura, ou seja, eles são responsáveis pelo encolhimento 
(contração) dos músculos.
Músculo cardíaco
O músculo cardíaco, também chamado de miocárdio, é o músculo 
que recobre o coração e permite os movimentos desse órgão, 
favorecendo o transporte de sangue e oxigênio para outros órgãos e 
tecidos do corpo, mantendo o bom funcionamento do corpo.
Esse músculo é classificado como involuntário, pois a sua função é 
desempenhada independente do desejo da pessoa. Além disso, 
apresenta estriações, podendo também ser chamado de estriado 
cardíaco, e é constituído por células alongadas e ramificadas que 
contraem de forma vigorosa e rítmica.
Músculo esquelético estriado
O músculo esquelético é também um tipo de músculo estriado, no 
entanto diferentemente dos outros tipos de músculos, ele possui 
contração voluntária, ou seja, para que exista movimentação é 
preciso que a pessoa dê esse sinal para que exista a contração do 
músculo.
Esse tipo de músculo está fixado aos ossos por meio dos tendões, 
permitindo que exista a movimentação dos músculos do braço, 
pernas e mãos, por exemplo.
Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos 
ossos, daí ser chamada de esquelética. Esse tipo de tecido apresenta 
contração voluntária (que depende da vontade do indivíduo).
Um músculo esquelético é um pacote de longas fibras. Cada uma 
delas é uma célula dotada de muitos núcleos, chamado miócitos 
multinucleados. Um fibra muscular pode medir vários centímetros de 
comprimento, por 50 mm de espessura.
A célula muscular estriada apresenta, no seu citoplasma, pacotes de 
finíssimas fibras contráteis, as miofibrilas, dispostas 
longitudinalmente. Cada miofibrila corresponde a um conjunto de 
dois tipos principais de proteínas: as miosina, espessas, e as actinas, 
finas. Esses proteínas estão organizados de tal modo que originam 
bandas transversais, claras e escuras, características das células 
musculares estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas.
Os filamentos de miosina formam bandas escuras, chamadas 
anisotrópicas (banda A), e os de actina, bandas claras, chamadas 
isotrópicas (banda I).
No centro de cada banda I aparece uma linha mais escura, chamada 
linha Z. O intervalo entre duas linhas Z consecutivas constitui um 
miômetro ou sarcômero e correspondem à unidade contrátil da 
célula muscular.
No centro de cada banda A existe 
uma faixa mais clara, chamada 
banda H, bem visível nas células 
musculares relaxadas e que vai 
desaparecendo à medida que a 
contração muscular ocorre.
Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de 
tamanho, mas os sarcômeros ficam mais curtos e toda a célula 
muscular se contrai.
O encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento 
dos miofilamentos finos sobre os grosso, havendo maior 
sobreposição entre eles: a banda I diminui de tamanho, pois os 
filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, penetram na 
banda A e reduzem a largura da banda H.
Os músculos são constituídos de duas partes: o ventre muscular e os 
tendões. O ventre muscular é a parte carnosa da musculatura e, é 
responsável pela contração muscular, que, como já vimos, é o que 
produz os movimentos e movem os pesos que carregamos. Sendo 
assim, podemos afirmar que este é o agente ativo do movimento 
humano.
Já os tendões são formados por tecido conjuntivo rico em fibras 
colágenas. Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores 
chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente por sua função) é 
caracterizado por apresentar células distanciadas entre si, em maior 
ou menor grau, responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e 
sustentar os outros tecidos.
Muito importante: os tendões não possuem unidade de contração 
muscular, sendo assim, são elementos passivos do movimento, pois 
transmitem a tensão gerada no músculo durante a contração 
muscular para as estruturas onde estão fixados, como o joelho, por 
exemplo.
Classificação funcional dos músculos
Agonista: são os músculos principais que ativam um movimento 
específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um 
movimento desejado, normalmente apresenta uma contração 
concêntrica. Ex: realizar uma flexão de cotovelo, o agonista é o bíceps 
braquial.
Antagonista: é aquele que se opõe à ação do agonista, regulando a 
potência, a força e a rapidez do movimento pretendido, e 
normalmente, apresenta uma contração excêntrica. Quando o 
agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente 
produzindo um movimento suave. Ex: no exemplo anterior, o 
antagonista é o tríceps braquial.
Sinergista: é o músculo que indiretamente ajuda em um movimento, 
atua eliminando ou minimizando movimentos indesejáveis, ajudando 
assim a tornar os movimentos precisos e objetivos. Ex: no mesmo 
exemplo, os flexores e extensores do punho contraem-se mantendo 
estáveis as articulações do punho e cotovelo.
Fixadores: estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa 
agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro 
quando se move a parte distal.
Irrigação muscular
A cor avermelhada da musculatura é 
resultado da grande concentração de 
sangue dentro das fibras musculares 
que estão ali para nutrir e para retirar 
todos os substratos energéticos 
durante o exercício.
Os vasos sanguíneos que irrigam o músculo esquelético, correm 
pelas membranas de tecido conjuntivo e se ramificam para formar 
uma abundante rede capilar em torno de cada uma das fibras 
musculares. Os capilares são suficientemente tortuosos para se 
adaptarem às alterações de comprimento das fibras, estirando-se 
durante o alongamento muscular e tornando-se tortuosos durante a 
contração.
O músculo esquelético constitui, aproximadamente, 45% do peso 
corporal e é o maior sistema orgânico do ser humano, sendo um 
importantetecido na homeostasia bioenergética (em outras 
palavras, na preservação das funções vitais do organismo), tanto em 
repouso como em exercício. 
Representa o principal local de transformação e de armazenamento 
de energia, sendo o destino final dos sistemas de suporte primários 
envolvidos no exercício, como o cardiovascular e o pulmonar.
Fibras musculares
A fibra muscular é revestida por uma membrana delicada chamada 
de sarcolema. Consiste de uma membrana celular verdadeira, de 
uma fina camada de material similar ao da membrana envolve os 
capilares sanguíneos; contém também finas fibrilas colágenas. 
Nas extremidades das fibras musculares, essas camadas superficiais 
do sarcolema se fundem com as fibras tendinosas que, por sua vez, 
se reúnem em feixes para formar as fáscias musculares.
É no sarcolema que encontramos a junção neuromuscular, que nada 
mais é que aproximação do neurônio motor, ou motoneurônio, à 
célula muscular; sendo assim, o sarcolema é responsável por captar e 
disseminar os impulsos nervosos que chegam do sistema nervoso até 
a fibra muscular, estimulando-a e promovendo a contração muscular.
Cãibras
Cãibras são contrações involuntárias dos músculos que costumam surgir 
após exercício físico intenso, refeições e até mesmo durante o sono. 
Apesar de a panturrilha ser um alvo preferencial do incômodo as 
repuxadas podem atingir também abdômen, coxa, pés, mãos e pescoço. 
Existem duas explicações para o aparecimento das cãibras. De acordo 
com a primeira, o ácido lático, substância produzida a partir da queima 
da glicose durante um esforço físico, se acumula em excesso e faz o 
músculo entrar em fadiga — a consequência disso são os espasmos. 
A outra explicação está em um desequilíbrio de sais minerais. Se a 
atividade dura mais de uma hora ou é muito intensa, por exemplo, o 
suor faz o organismo eliminar bastante sódio e potássio. 
Só que essas moléculas ajudam a coordenar o trabalho das fibras 
musculares. Se não são repostas, digamos que o músculo fica 
descoordenado, contraindo demais sem relaxar em seguida. Aí vêm 
aquelas fisgadas.
O melhor a fazer é preparar o corpo antes de atividades físicas mais 
exigentes para manter o equilíbrio dos sais minerais. Apesar da fama 
da banana, cheia de potássio, ela sozinha não previne a repuxada, já 
que a perda de sais com o suor é maior com o suor.
O melhor mesmo é caprichar na hidratação, com água e, se for o 
caso, isotônicos. Os líquidos repõem a perda dos sais e fazem o 
organismo suportar melhor o esforço. E isso não vale só para os 
atletas: quem sua mais de uma hora por dia, também precisa repor 
estes sais.

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