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HUMANAS2 – HISTÓRIA – SEMANA 
Conteúdo: Absolutismo, Liberalismo e Pensamento Iluminista. 
Próximo assunto: Revolução Inglesa 
 
 ROTEIRO DA AULA 
 
1. Absolutismo 
2. Liberalismo 
3. Iluminismo - Aspectos políticos. 
4. Iluminismo - Aspectos econômicos. 
5. Influências iluministas. 
 
TÍTULO: Absolutismo, Liberalismo e Pensamento Iluminista. 
 
 
QUESTÕES TRADICIONAIS 
 
 
1. Absolutismo 
 
 O processo de transição da Idade Média para a Moderna caracterizou-se pela 
constituição de um tipo de Estado que vinha se desenvolvendo na Europa Ocidental 
desde o século XII: o Estado moderno. A centralização do poder, nesse processo, 
acabou afirmando-se no absolutismo monárquico, com o rei sendo identificado com o 
Estado. O poder absoluto do rei era justificado pela concepção de origem divina do 
poder real. As concepções políticas que fundamentaram o Estado moderno 
aparecem formuladas em obras de pensadores renascentistas. Os mais destacados 
são Nicolau Maquiavel, Jean Bodin, Jacques Bossuet e Thomas Hobbes. 
As bases do Estado moderno foram dadas pelas transformações socioeconômicas 
e culturais que tiveram como núcleo fundamental o desenvolvimento das atividades 
comerciais – desde o comércio local, no interior das cidades, até a montagem do 
grande comércio colonial, em escala mundial, organizado a partir do século XV. A 
política econômica característica do Estado moderno foi denominada, por estudiosos 
posteriores, de mercantilismo. 
Ao conjunto composto da organização política do Estado moderno – monárquico, 
centralizado e absolutista -, do mercantilismo e da estruturação aristocrática da 
sociedade chamou-se, a partir do século XVIII, na França, de Antigo Regime. 
 
 
1. (Fgvrj 2017) Soberania popular, igualdade civil, igualdade perante a lei – as palavras 
hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter 
explosivo em 1789. Não conseguimos nos imaginar num mundo mental como o do 
Antigo Regime...DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. 
Trad., São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 30. 
 
As sociedades europeias do chamado Antigo Regime baseavam-se 
 
a) no princípio da igualdade social e econômica e no direito divino de seus monarcas. 
b) na ordenação social hierárquica e em concepções filosóficas ligadas a religiões. 
c) na perspectiva da desigualdade social e em doutrinas religiosas democráticas. 
d) na liberdade de expressão religiosa e no sentimento nacionalista. 
e) na efetivação da igualdade jurídica e na mentalidade clerical. 
 
 
2. Liberalismo 
 
 O processo de aburguesamento da Europa e, por extensão, do mundo, não foi 
homogêneo, nem linear. As bases mais gerais e amplas desse processo foram as 
revoluções liberais. Tradicionalmente, identificam-se a Revolução Francesa e a 
Revolução Industrial inglesa como marcos fundamentais da tomada de poder 
econômico e político pela burguesia. Nesse sentido, por “aburguesamento” entende-se 
a face social e cultural do desenvolvimento capitalista liberal. 
 A identificação do processo de aburguesamento com o desenvolvimento econômico 
não lhe confere, porém, caráter necessariamente progressista. Tratou-se, na verdade, 
de um processo permeado por contradições típicas das intensas lutas de classes. De 
um lado, a burguesia enfrentava a aristocracia tradicional. Nesse aspecto, os 
burgueses eram portadores do elemento novo. De outro, o embate se dava contra as 
novas forças sociais e as novas concepções filosóficas e políticas que se forjavam: os 
trabalhadores e suas organizações. 
 As primeiras ondas do liberalismo popularizaram o individualismo econômico, ao 
mesmo tempo em que expandiam os governos constitucionais e a autoridade 
parlamentar. Um dos maiores triunfos liberais envolveu a substituição da natureza 
caprichosa dos governos monárquicos e absolutistas por um processo de tomada de 
decisão codificado em leis escritas. Liberais procuraram e estabeleceram de fato uma 
ordem constitucional que prezava pelas liberdades individuais, como a liberdade de 
expressão e a de associação, um Poder Judiciário independente e o julgamento por um 
júri público, além da abolição dos privilégios aristocráticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. (Upe 2013) Qual das alternativas a seguir apresenta apenas características 
associadas ao Liberalismo? 
 
a) Monarquia parlamentarista, mínima participação do estado na economia, 
propriedade privada e metalismo. 
b) O processo de cercamentos, tolerância religiosa, direito divino, crescimento urbano. 
c) Sistema de livre concorrência, monarquia parlamentarista, divisão entre os poderes, 
sufrágio universal. 
d) Livre comércio, o processo de cercamentos, a monarquia parlamentarista e o 
trabalho servil. 
e) Propriedade privada, livre comércio, igualdade perante a lei e mínima participação 
do estado na economia. 
 
 
3. Iluminismo – Aspectos políticos. 
 
 O século XVIII ficou conhecido na História como o “Século das Luzes”. Trata-se de 
uma referência ao movimento Iluminista ou Ilustracionista. Apresentava críticas radicais 
ao absolutismo monárquico e propostas para novas formas de organização social. 
A característica básica do Iluminismo era o que se poderia chamar de uso da razão 
– no sentido de raciocínio ou atitude racional/racionalidade – como princípio 
fundamental para a compreensão de todos os fenômenos e de todas as coisas. A ideia 
norteadora das formulações iluministas era a liberdade individual como característica 
essencial e natural do homem, em função da qual a sociedade deveria ser organizada. 
John Locke (1632-1704), filósofo inglês, foi um dos principais representantes do 
pensamento iluminista. Montesquieu (1689-1755), francês, teve, como maior 
contribuição para o pensamento político, a ideia de separação dos poderes Legislativo 
e Executivo. Voltaire (1694 – 1778), ou François – Marie Arouet, francês, defendia que 
as transformações sociais não deveriam ocorrer a partir da reação popular mas sim em 
função da atuação de um soberano ilustrado, um rei-filósofo. Jean – Jacques Rousseau 
(1712 – 1778), suíço, apresentou certo teor democrático nas formulações filosóficas e 
políticas de sua obra. Considerava a propriedade a origem da desigualdade entre os 
homens e defendia um governo representante da vontade geral ou vontade coletiva 
(vontade de toda a sociedade). 
A filosofia iluminista não contestava o Estado nem o regime monárquico. Pleiteava 
que os soberanos governassem segundo os preceitos da razão esclarecida. Nesse 
sentido, o despotismo esclarecido pode ser considerado consequência política do 
Iluminismo, na medida em que seria uma forma de adequar o Estado e o governo às 
ideias da época, visando mais seu fortalecimento do que sua mudança. 
 
 
3. (Upe-ssa 2 2016) O Princípio de Separação dos Poderes, embora tenha sido 
positivado por meio da revolução constitucionalista do final do século XVIII, tem raízes 
muito mais profundas, tendo em vista que a preocupação de atribuir as funções 
fundamentais do estado a órgãos distintos é objeto de reflexão e discussão desde os 
primórdios da organização estatal. A separação dos poderes do Estado tem suas 
bases definidas por meio de uma teoria, que se desenvolveu ao longo do tempo, 
mediante a reflexão de filósofos que remontam à Antiguidade, consagrando-se 
efetivamente após a análise de Montesquieu, no século XVIII. BARBOSA, Marília 
Costa. Revisão da Teoria da Separação dos Poderes do Estado. Escola Superior do 
Ministério Público do Ceará. (Adaptado) 
 
Diante do contexto explicado, qual a principal característica da separação dos poderes 
no pensamento de Montesquieu? 
 
a) Combater a expansão dos ideais socialistas. 
b) Possibilitar a exploração dos trabalhadores. 
c) Garantir a manutenção do Antigo Regime. 
d) Propiciar a expansão da industrialização. 
e) Assegurar a liberdade dos indivíduos. 
 
 
4. Iluminismo – Aspectos econômicos. 
 
 As bases econômicas do Antigo Regime foram rigorosamente questionadas pelopensamento iluminista. O mercantilismo começou a ser contestado e acabou 
suplantado por ideias liberais, base para as teorias socioeconômicas que se tornaram 
predominantes no século XIX e se consubstanciaram no liberalismo. 
 As ideias econômicas do final do século XVIII deram origem à escola Fisiocrata, 
que pressupunha a existência de uma ordem natural regulando e organizando os fatos 
econômicos. A desigualdade social, a propriedade privada, a exploração do trabalho 
pelo capital eram, portanto, admitidas como leis naturais. Segundo os fisiocratas, o 
Estado não devia intervir na economia, mas apenas assegurar a ordem, a propriedade 
e a liberdade individual. A economia devia realizar-se a partir da livre iniciativa e da 
livre concorrência asseguradas aos empresários pela não-intervenção dos governos. 
Essa concepção foi identificada pelas expressões laissez-faire, laissez-passer (deixai 
fazer, deixai passar). Para os fisiocratas a agricultura constituiria a principal atividade 
econômica, a verdadeira geradora de riquezas, pois produzia os meios de subsistência, 
enquanto a indústria se limitava a transformar a matéria prima. Quesnay e Turgot foram 
os principais representantes do pensamento fisiocrata na França. 
 Atribui-se ao escocês Adam Smith (1723 – 1790) a condição de fundador do 
Liberalismo clássico. Escreveu Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza 
das nações, defendendo a ordem natural como a melhor maneira de regular as 
relações entre produtores e consumidores, formulando a chamada Lei da oferta e da 
procura (atualmente se fala em leis do mercado). Para ele, a fixação do salário devia 
resultar de uma discussão entre o capitalista e o trabalhador, sem interferência do 
poder público. Admitia, assim a luta de classes como lei natural. 
 
 
4. (Uespi 2012) As teorias dos economistas clássicos foram importantes para 
consolidar o capitalismo e reorganizar a produção da época, quebrando tradições nos 
negócios e rompendo preconceitos com relação ao uso do trabalho assalariado. Os 
economistas clássicos 
 
a) definiam a necessidade de intensificar a colonização, focalizando a produção no 
avanço das técnicas agrícolas e na exportação de mercadorias. 
b) reforçaram as teses dos mercantilistas, mas redefiniram o lugar do trabalho, 
defendendo a melhoria salarial e o fim da escravidão. 
c) criticavam a excessiva interferência do Estado na economia, derrubando teses 
mercantilistas e valorizando o trabalho produtivo. 
d) admitiram a ideia de que a agricultura era a grande fonte de riqueza e seguiram os 
caminhos sugeridos pelos fisiocratas. 
e) estavam desatualizados com as questões financeiras da época, sendo criticados 
pelos pensadores iluministas franceses. 
 
 
5. Influências iluministas. 
 
 As concepções e propostas iluministas foram produzidas e divulgadas 
principalmente na França e na Inglaterra, por meio de obras escritas, que são 
analisadas e discutidas até hoje. 
 Do ponto de vista político, o Iluminismo não mudou radicalmente a Europa. Na 
maioria dos países, mesmo nos reformados pelo despotismo esclarecido (Prússia, 
Áustria, Rússia, Espanha, Portugal), continuou prevalecendo a velha ordem 
aristocrática. Nos demais sentidos, porém – econômico, social, moral, cultural -, os 
novos valores, com predominância dos que representavam as ideias e os interesses da 
burguesia, já indicavam novos tempos, nova ordem. 
 O movimento de independência dos Estados Unidos, a Revolução francesa, a 
Revolução industrial, os movimentos de independência das colônias ibéricas na 
América, dentre outros, foram acontecimentos ocorridos durante a crise do Antigo 
regime e que tiveram, de uma forma ou de outra, inspiração nas ideias burguesas que 
se expressavam nos campos políticos e econômicos, no contexto das críticas ao 
mercantilismo e ao absolutismo. 
 
 
5. (Unesp 1999) A Declaração de Direitos (Bill of Rights) da Inglaterra de 1689, a 
Declaração de Independência dos Estados Unidos da América de 1776 e a Declaração 
dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 da França são documentos que 
expressam um processo revolucionário abrangente que pode ser caracterizado como 
 
a) declínio da aristocracia feudal, fim do poder monárquico e redemocratização dos 
Estados. 
b) ascensão política da burguesia, queda do poder absolutista e fortalecimento do 
liberalismo. 
c) igualdade de direitos para todos, fim das monarquias e difusão das ideias iluministas. 
d) fim dos privilégios da nobreza, organização de repúblicas e difusão do positivismo. 
e) ampliação dos direitos da burguesia, estabelecimento de democracias e declínio do 
liberalismo. 
 
 
Observações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES CONTEXTUALIZADAS 
 
1. (Ufjf-pism 1 2017) Leia o texto a seguir e observe com atenção a imagem da pintura 
a óleo de um rei francês em um campo de batalha. Os dois estão relacionados ao 
período dos Estados Absolutistas Modernos: 
 
“Como é importante que o público seja governado por um só, também importa que 
quem cumpre essa função esteja de tal forma elevado acima dos outros que ninguém 
se possa confundir ou se comparar com ele; não se pode retirar do seu chefe a mínima 
marca da superioridade que o distingue...”. RIBEIRO, R. J. A ética no Antigo Regime. 
São Paulo: Moderna, 1999. p. 54. 
 
 
 
Sobre os Estados Absolutistas, assinale a alternativa CORRETA. 
 
a) a formação de exércitos permanentes, profissionais e centralizados era o objetivo 
militar de Estados Absolutistas que pretendiam defender suas fronteiras estabelecidas. 
b) os exemplos mais característicos de Estados Absolutistas, nos quais o poder do 
monarca era concentrado efetivamente na Europa, eram a Itália e a Alemanha. 
c) a política econômica dos Estados Absolutistas combatia as propostas que defendiam 
a unificação de impostos, moedas, pesos e medidas em todo seu território. 
d) diferentes representações artísticas traziam a imagem idealizada de monarcas dos 
Estados Absolutistas, caracterizando-os como indivíduos semelhantes aos seus 
súditos. 
e) a justificativa do poder exercido pela nobreza nos Estados Absolutistas buscava se 
afastar do princípio da origem divina que lhe conferiria um caráter ilimitado. 
 
2. (Fgv 2017) Perante esta sociedade, a burguesia está longe de assumir uma atitude 
revolucionária. Não protesta nem contra a autoridade dos príncipes territoriais, nem 
contra os privilégios da nobreza, nem, principalmente, contra a Igreja. (...) A única coisa 
de que trata é a conquista do seu lugar. As suas reivindicações não excedem os limites 
das necessidades mais indispensáveis. Henri Pirenne. História econômica e social da 
Idade Média, 1978. 
 
Segundo o texto, é correto afirmar que 
a) a burguesia, nascida da própria sociedade medieval, nela não tem lugar; para 
conquistá-lo, suas reivindicações são a liberdade de ir e vir, elaborar contratos, dispor 
de seus bens, fazer comércio, liberdade administrativa das cidades, ou seja, não tem o 
objetivo de destruir a nobreza e o clero. 
b) os burgueses, enriquecidos pelo comércio, reivindicam privilégios semelhantes aos 
da nobreza e do clero na sociedade moderna; acentuadamente revolucionários, os 
seus interesses significam título, terras e servos para garantirem um lugar compatível 
com sua riqueza. 
c) o território da burguesia é o solo urbano, a cidade como sinônimo de liberdade, 
protegida da exploração da nobreza e do clero; para isso, cria o direito urbano, isto é, 
leis para o comércio, a justiça e a administração que, de forma revolucionária, 
asseguram-lhe um lugar na sociedade moderna. 
d) a sociedade medieval tem um lugar específico para os burgueses, pois as 
liberdades, as leis, a justiça e a administração estão em suas mãos; tal situação tem o 
objetivo de brecar o poder político e econômico dos nobres e da Igreja, fortalecidos 
pela expansão da servidão e pelo declínio do comércio. 
e) com exigências revolucionárias, como liberdade comercial, jurídicae territorial, a 
burguesia, cada vez mais rica, visa destruir a sociedade medieval; esta, por sua vez, 
barra a ascensão econômica e política da burguesia, ao fortalecer a servidão no campo 
e impedir as transações comerciais na cidade. 
 
3. (Fgv 2016) “O gênero humano é de tal ordem que não pode subsistir, a menos que 
haja uma grande infinidade de homens úteis que não possuam nada.” 
(Dicionário filosófico, verbete Igualdade) 
 
“O comércio, que enriqueceu os cidadãos na Inglaterra, contribuiu para os tornar livres, 
e essa liberdade deu por sua vez maior expansão ao comércio; daí se formou o poderio 
do Estado.” 
(Cartas inglesas) 
Sobre os trechos de Voltaire, é correto afirmar que o autor 
a) define, com suas ideias, os interesses da burguesia como classe, no século XVIII: o 
comércio como condição para a acumulação de capital, a riqueza como fator de 
liberdade e do poder de Estado e a propriedade ligada à desigualdade. 
b) crê, como filósofo iluminista do século XVIII, nas igualdades social e política, pois a 
filosofia burguesa elabora uma doutrina universalista que confunde a causa da 
burguesia com a de toda a humanidade. 
c) critica a centralização do poder na medida em que ela breca a liberdade, impedindo 
o progresso das técnicas e a expansão do comércio que geram riqueza, e, ao mesmo 
tempo, aceita a propriedade como fundamento da igualdade. 
d) considera que a burguesia não se constitui em uma classe no século XVIII, e ela 
precisa do poder do Estado centralizado para garantir a sua riqueza e, nessa medida, 
aproxima-se da nobreza para obter apoio político. 
e) defende, como representante da Ilustração, a liberdade ligada à ausência da 
propriedade e elabora princípios universais, com direitos e deveres para todos os 
homens, o que faz a igualdade econômica ser o fundamento da sociedade. 
4. (Pucrj 2014) Os parágrafos que se seguem foram extraídos do documento 
“Declaração de Independência dos Estados Unidos”, assinado pela unanimidade dos 
representantes políticos das Treze Colônias, no Segundo Congresso Continental no 
ano de 1776. 
 
“Quando no decurso da História do Homem se torna necessário um povo quebrar os 
elos políticos que o ligavam a outro e assumir, de entre os poderes terrenos, um 
estatuto de diferenciação e igualdade ao qual as Leis da Natureza e do Deus da 
Natureza lhe conferem o direito, o respeito que é devido perante as opiniões da 
Humanidade exige que esse povo declare as razões que o impelem à separação. (...) 
 
(...) o Povo tem direito a (...) instituir um novo governo, assentando os seus 
fundamentos nesses princípios e organizando os seus poderes do modo que lhe 
pareça mais adequado à promoção de sua Segurança (...).” 
http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados 
 
Assinale a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao conjunto de ideias e 
ideais relacionados à época histórica tratada pelo documento. 
 
a) O liberalismo enquanto doutrina defendia a menor intervenção possível do Estado na 
condução política da sociedade. 
b) O racionalismo científico renascentista atribuía ao homem o poder de conhecimento 
e intervenção tanto na natureza como na condução política das sociedades. 
c) O nacionalismo partia do pressuposto de que a lealdade do indivíduo ao Estado-
nação deveria estar acima dos interesses pessoais ou dos interesses de determinados 
grupos. 
d) O Iluminismo defendia, de modo geral, a ideia de que o Estado deveria assegurar ao 
Homem o direito de expressar sua consciência de forma autônoma, bem como os 
direitos inalienáveis à vida e à busca da felicidade. 
e) As doutrinas sociais emergentes do contexto da sociedade industrial pregavam a 
ampliação da participação política à classe operária, além de melhores condições de 
vida para a mesma. 
 
5. (Unesp 2016) Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos 
direitos inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felicidade. 
Para assegurar esses direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam 
seus justos poderes do consentimento dos governados. Sempre que uma forma de 
governo se dispõe a destruir essas finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la ou 
aboli-la, e instituir um novo governo, assentando seu fundamento sobre tais princípios e 
organizando seus poderes de tal forma que a ele pareça ter maior probabilidade de 
alcançar-lhe a segurança e a felicidade. 
(Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: Harold Syrett (org.). 
Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.) 
 
O documento expõe o vínculo da luta pela independência das treze colônias com os 
princípios 
a) liberais, que defendem a necessidade de impor regras rígidas de protecionismo 
fiscal. 
b) mercantilistas, que determinam os interesses de expansão do comércio externo. 
c) iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de rebelião contra governos 
tirânicos. 
d) luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar pela própria salvação. 
e) católicos, que justificam a ação humana apenas em função da vontade e do direito 
divinos. 
 
 
 
QUESTÕES ESPECÍFICAS 
1. (Mackenzie 2016) “O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam 
naturalmente a liberdade e o domínio sobre os votos), ao introduzir aquela restrição 
sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com a sua 
própria conservação e com uma vida mais satisfeita.” 
(Thomas Hobbes) 
 
Hobbes, teórico e filósofo do século XVII, elaborou as bases do seu pensamento 
político, admitindo a existência de um pacto social entre os homens e o governo, capaz 
de realizar uma construção racional da sociedade. 
 
Considere as assertivas abaixo. 
I. A humanidade, no seu estado natural, era uma selva. Mas quando os homens 
eram submetidos por Estados soberanos, não tinham que recear um regresso à selva 
no relacionamento entre indivíduos, a partir do momento em que os benefícios 
consentidos do poder absoluto, em princípio ilimitado, permitiam ao homem deixar de 
ser uma ameaça para os outros homens. 
II. Sua doutrina, a respeito do direito divino dos reis serviu como suporte ideológico ao 
despotismo esclarecido dos monarcas europeus durante a Era Moderna e de 
inspiração para a burguesia mercantil, em luta contra o poderio que a nobreza exercia 
sobre as cidades. 
III. O Absolutismo, por ele defendido, seria uma nova forma de governo capaz de 
articular setores sociais distintos. Atenderia aos anseios dos setores populares 
urbanos, interessados em apoiar o poder real a fim de contar com isenção fiscal, assim 
como a aristocracia, que encontra, nessa forma de governo, possibilidade de manter 
seus privilégios econômicos e sociais. 
 
Assinale 
a) se apenas I estiver correta. 
b) se apenas II estiver correta. 
c) se apenas III estiver correta. 
d) se apenas I e II estiverem corretas. 
e) se apenas II e III estiverem corretas. 
2. (Pucpr 2007) As revoluções liberais burguesas inspiraram-se em ideias de 
intelectuais iluministas que muito valorizavam a razão, procurando explicações 
racionais para todas as coisas. 
 
Dentre estas ideias, as que mais estavam diretamente relacionadas àqueles 
movimentos revolucionários eram: 
I - A liberdade individual era um entrave ao funcionamento do Estado e deveria ser 
abolida. 
II - O estado nada mais era do que o poder conjunto de todos os membros da 
sociedade, poder este limitado. 
III - O poder político deve ser indivisível e uno, pois somente assim pode atender suas 
finalidades. 
I V- Em oposição ao Antigo Regime, a centralização administrativa devia concentrar os 
poderes políticos. 
V - O Mercantilismo deveria ser substituído pelo Liberalismo, em oposição a qualquer 
tipo de regulamentação. 
 
São corretas as afirmações: 
 
a) I e IV 
b) I e III 
c) II e V 
d) III e IV 
e) IV e V 
 
3. (Upe 2015) A Filosofia das Luzes teria destruído as bases sobre as quais a 
monarquia se mantiveradurante séculos. Revolução, Iluminismo e Republicanismo 
formariam assim uma tríade inseparável para a compreensão dos acontecimentos que 
abalaram a França no final do século XVIII. (BIGNOTTO, Newton. As aventuras da 
virtude: As ideias republicanas na França do século XVIII. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2010. pp. 16-17. Adaptado) 
 
Sobre a temática e o período indicado no texto, assinale a alternativa CORRETA. 
 
a) O ideário republicano iluminista teve um papel muito importante na formatação 
ideológica da Revolução Americana de 1776. 
b) Na América Hispânica, esse ideário não influenciou o processo de independência 
das antigas colônias espanholas. 
c) Jean-Jacques Rousseau foi um dos grandes críticos do Republicanismo. 
d) As ideias republicanas francesas foram a base política do processo de 
independência do Brasil em 1822. 
e) Apesar da força do pensamento republicano no processo revolucionário, a 
monarquia persistiu na França, após a Revolução de 1848. 
 
4. (Ifsp 2013) Em 1776, Adam Smith lançou o livro A Riqueza das Nações, que 
apresenta as bases da economia clássica. Segundo o autor, o crescimento econômico 
de uma nação depende 
 
a) da quantidade de ouro e prata que cada nação tem entesourados. 
b) do dirigismo econômico feito pelo Estado, pois apenas ao rei cabe conduzir sua 
nação. 
c) da natureza, pois terras áridas e clima desfavorável não trarão boas colheitas. 
d) da produtividade do trabalho, em função de seu grau de especialização. 
e) do comércio altamente desenvolvido através das companhias de comércio e dos 
monopólios. 
 
5. (Pucrs 2007) Responder à questão com base nas afirmativas sobre o Iluminismo, 
uma revolução intelectual que se efetivou na Europa, no século XVIII. 
 
I. As ideias iluministas surgiram como resposta a problemas concretos enfrentados pela 
burguesia, como, por exemplo, a intervenção do Estado na economia, que impunha 
limites à expansão dos negócios empreendidos por essa camada social. 
II. As bases do pensamento iluminista - o racionalismo, o liberalismo e o 
desenvolvimento do pensamento científico - foram estabelecidas a partir das ideias de 
pensadores do século XVII, como René Descartes, John Locke e Isaac Newton. 
III. Os iluministas, em suas obras, criticavam os resquícios feudais, como a servidão, 
assim como o regime absolutista e o mercantilismo, que limitavam o direito à 
propriedade. 
IV. A filosofia iluminista incentivava a influência da Igreja Católica sobre a sociedade, 
principalmente no âmbito da educação e da cultura, o que resultou no aumento do 
poder político da Igreja, pela emergência da teoria do direito divino. 
 
Estão corretas apenas 
 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) II, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES APROFUNDADAS 
 
1. (Fgv 2012) “Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de 
dominação feudal alargado e reforçado, destinado a fixar as massas camponesas na 
sua posição social tradicional (...). Por outras palavras, o Estado absolutista nunca foi 
um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, ainda menos um instrumento da 
burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma 
nobreza atemorizada (...).” 
 
ANDERSON, Perry, Linhagens do Estado Absolutista. Trad. Porto: Afrontamento, 1984, 
pp. 16-17. 
 
a) Na perspectiva de Anderson, o Estado absolutista significou um rompimento drástico 
com relação à fragmentação política característica do período feudal? Justifique. 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
b) Na visão de Anderson, qual era o grupo social dominante nos quadros do Estado 
absolutista? Justifique. 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
c) Além dos elementos apontados no texto, ofereça mais duas características 
constitutivas dos chamados Estados absolutistas. 
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2. (Unicamp 1997) No século XVIII, um grupo de economistas franceses conhecidos 
por fisiocratas defendeu a livre concorrência e a liberdade no funcionamento da 
economia, cunhando a famosa expressão "laissez faire, laissez passez, le monde va de 
lui-même" (deixe estar, deixe passar, o mundo caminha por si). Este ideal foi uma das 
bases para o liberalismo econômico que, diretamente ligado à ascensão da burguesia, 
marcou o pensamento do século das Luzes. 
 
Explique as relações entre os princípios do liberalismo econômico e os objetivos da 
burguesia ascendente. 
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3. (Ufes 2012) No apogeu da crítica ao Antigo Regime, o filósofo e escritor francês 
Denis Diderot (1713-1784) afirmou: “Os homens somente serão livres quando o último 
rei for enforcado nas tripas do último padre”. Ao lado de D´Alembert, Rousseau, 
Montesquieu, Voltaire e outros pensadores do seu tempo, Diderot produziu a famosa 
Enciclopédia, obra em 33 volumes, com 71.818 artigos e 2.885 ilustrações, redigida 
entre 1750 e 1772. Essa obra integrava um importante movimento filosófico conhecido 
como Iluminismo, que realizou forte crítica às monarquias de então e aos costumes da 
época, consolidando a modernidade. 
 
a) Aponte duas das principais ideias do Iluminismo. 
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b) Analise a relação entre o pensamento iluminista e o surgimento do despotismo 
esclarecido, adotado por algumas monarquias europeias. 
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4. (Fuvest 2014) O problema agrário era portanto o fundamental no ano de 1789, e é 
fácil compreender por que a primeira escola sistematizada de economia do continente, 
os fisiocratas franceses, tomara como verdade o fato de que a terra, e o aluguel da 
terra, era a única fonte de renda líquida. E o ponto crucial do problema agrário era a 
relação entre os que cultivavam a terra e os que a possuíam, os que produziam sua 
riqueza e os que a acumulavam. Eric Hobsbawm. A era das revoluções. 1789‐1848. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 29. 
 
a) Caracterize o momento social e econômico por que a França passava no período a 
que se refere o texto. 
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b) Quais são as principais diferenças entre as propostas fisiocratas e as práticas 
mercantilistas anteriores a elas? 
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5. (Ufjf-pism 2 2015) Leia atentamente um trecho da Declaração de Independência dos 
Estados Unidos, de 1776. 
 
Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário a um povo 
dissolver os laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da 
Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus 
da natureza, o respeito digno para com as opiniões dos homens exige que se declarem 
as causas que os levam a essa separação. Consideramos estas verdades como 
evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo 
Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a 
procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos 
entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; 
que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao 
povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais 
princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente 
para realizar-lhe a segurança e a felicidade. (...) Mas quando uma longa série de 
abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objeto, indica o desígnio 
de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de 
abolir tais governos e instituir novos Guardiães para sua futura segurança. Tal tem sido 
o sofrimento paciente destas colônias e tal agora a necessidade que as força a alterar 
os sistemas anteriores de governo. A história do atual Rei da Grã-Bretanha compõe-se 
de repetidas injúrias e usurpações, tendo todos por objetivo direto o estabelecimento 
da tirania absoluta sobre estes Estados. 
Fonte: Disponível em: <http://www.arqnet.pt/portal/teoria/declaracao_vport.html>. Acesso 
em: 28 ago. 2014. 
 
 
 
 
a) Segundo os autores da declaração, quais as justificativas para a ruptura com a 
metrópole? 
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b) Relacione a Declaração a um ideário político do período. 
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Gabarito: 
 
Tradicionais: 
 
1.B 2.E 3.E 4.C 5.B 
 
Contextualizadas: 
 
1.A 2.A 3.A 4.D 5.C 
 
Específicas: 
 
1. A 2. C 3.A 4.D 5. D 
 
Aprofundadas: 
 
1. Segundo o autor, que representa um dos expoentes da visão marxista de História, o 
Estado Absolutista não representa uma mudança drástica, pois preserva os tradicionais 
privilégios da velha elite feudal. Tal modelo, desenvolvido na Idade Moderna, apesar de 
possuir uma estrutura centralizada de poder, representou uma adaptação. Para o autor, 
a classe dominante é a nobreza, responsável pelo controle dos principais cargos 
políticos. Ministros, conselheiros e assessores do Rei pertenciam à nobreza, colocando 
essa classe social no controle do Estado. Os Estados Absolutistas garantiam privilégios 
ao clero e eram caracterizados por grande intolerância religiosa, principalmente nos 
países católicos, nos quais o poder do rei era justificado como sendo de origem divina. 
No campo econômico, os Estados exerciam forte intervenção e controle, preocupados 
em obter balança comercial favorável, segundo uma mentalidade mercantilista. 
 
2. A burguesia, interessada em desenvolver o capitalismo, encontra no liberalismo a 
ideologia que melhor expressa esse interesse. 
 
3. 
a) O Iluminismo foi um movimento cultural e filosófico que agitou as elites durante o 
século XVIII na Europa, que mobilizou a razão no sentido de transformar a sociedade e 
o pensamento existentes e representou um momento de intenso intercâmbio cultural. 
- A principal ideia era o uso da razão e não da consciência religiosa como instrumento 
para a emancipação humana. 
- O Iluminismo constituiu-se como um conjunto de concepções de grande influência 
em diversos domínios: político, filosófico, social, econômico e cultural. 
- Outro pressuposto fundamental consistia na defesa da liberdade humana, 
reivindicando o fim de tudo aquilo que prendesse ou mantivesse os homens na 
servidão. Ele contestava o Absolutismo monárquico que defendia a tese do poder 
divino dos reais, visto defender a soberania como emanação da vontade da 
população. 
- Além de uma reação ao Absolutismo, o Iluminismo também representou uma 
reação contra a influência da Igreja na política e na vida sociocultural. 
- Outro desdobramento nesse sentido foi o desenvolvimento do liberalismo e das 
doutrinas liberais no século XIX. Elas revelam a reação do Iluminismo a várias 
práticas econômicas existentes no bojo do que se convencionou chamar de 
Mercantilismo. 
 
b) - O desenvolvimento do ideário iluminista acabou inspirando e pressionando os 
monarcas reinantes a adotarem alguns de seus preceitos, tendo surgido alguns 
personagens que coadjuvaram alguns Estados europeus a implementarem 
reformas na condução dos aspectos políticos e administrativos. Isto representou 
uma mudança social e politicamente mais abrangente, que foi denominada como 
despotismo esclarecido (ou ilustrado, ou ainda absolutismo ilustrado), uma 
expressão que identifica uma forma de governar característica da Europa 
continental a partir da segunda metade do século XVIII. 
- Embora o poder dos soberanos não fosse questionado e estes se mantivessem à 
frente da condução dos assuntos ou negócios dos Estados, foram assumidos ou 
incorporados determinados princípios reformistas do Iluminismo. Ou seja, surgiu 
uma alteração no princípio que fundamentava o poder real desde a Idade Média, 
inclusive o direito divino dos reis, sendo adotadas algumas ideias defendidas pelo 
Iluminismo, havendo uma combinação entre estes. Desta forma a autoridade 
absoluta dos reis foi abrandada por reformas cujos princípios inspiravam-se no 
pensamento iluminista, conferindo sobrevida ao Antigo Regime. 
- O despotismo esclarecido desenvolveu-se em vários países destacando, 
sobretudo, providências ou medidas aplicadas à economia, visando superar alguns 
entraves que a mantinham atrasada e essencialmente agrícola, coadjuvando no 
desenvolvimento da burguesia junto ao Estado. 
- Os Déspotas Esclarecidos continuavam implementaram reformas administrativas, 
políticas, jurídicas e econômicas, bem como incentivaram reformas no ensino e 
incorporaram uma maior dose de tolerância e de liberdade ao pensamento e a 
certas práticas. Isto representou a consolidação daquilo que entendemos como a 
modernidade, que exerceu impulsos sensíveis no processo de modernização na 
Europa. 
- Do ponto de vista político o despotismo esclarecido representa uma abertura da 
monarquia a determinadas pressões sociais, aproximando-se dos intelectuais, da 
burguesia em expansão e acolhendo, no interior do Estado, segmentos deuma 
burocracia administrativa, em especial os magistrados, que passam a adquirir cada 
vez mais importância na condução do governo. Lentamente agentes patrimoniais 
deram lugar a funcionários que ingressam na burocracia estatal, cujo exercício 
profissional encontra-se definido principalmente na retração do princípio da 
hereditariedade no cargo. 
- Do ponto de vista religioso o despotismo esclarecido não encontrou 
homogeneidade, embora seja caracterizado pela ampliação da tolerância e pela 
ênfase sobre a laicização. De qualquer modo, em alguns países caracterizou-se por 
um espírito secular e, em outros casos, foi demasiado hostil a certas expressões 
religiosas. Em alguns países o déspota manteve alianças com a religião. 
- Em Portugal, o expoente do despotismo esclarecido foi o marquês de Pombal, 
ministro do rei D. José I; na Prússia, o rei Frederico II; na Rússia, a representante 
do despotismo esclarecido foi Catarina II; na Suécia, foi Gustavo III; na Áustria 
destacaram-se d. Maria Teresa e seu ministro Kaunitz, bem como José II; nos 
Estados italianos os principais representantes foram o arquiduque Leopoldo de 
Habsburgo e o grão-duque da Toscana; no Reino de Nápoles, o ministro Bernardo 
Tanuci; na Espanha, os reis Filipe V, Fernando VI e Carlos III. 
 
4. 
a) A França na segunda metade do século XVIII estava em profunda crise social e 
econômica. O país vivia o Antigo Regime, Absolutismo e Mercantilismo. Havia o 
Primeiro Estado, o Clero, o Segundo Estado, Nobreza e o Terceiro Estado constituído 
pela burguesia, camponeses, homens pobres da cidade, que, juntos, representavam 
95% da população francesa. Os dois primeiros Estados não pagavam impostos e a 
nobreza ainda recebia pensões do Estado. Assim, somente o Terceiro estado pagava 
impostos mantendo o Estado. O voto era por estamento e cada Estado tinha direito a 
um voto. A burguesia apoiada em ideias Iluministas defendia o voto por cabeça e, não 
por estamento, considerando que o Terceiro Estado possuía maioria. Na economia, a 
França estava mergulhada em uma grave crise econômica e financeira devido aos 
gastos excessivos da corte, o apoio no processo de independência dos EUA e o 
tratado comercial entre Inglaterra e França que tanto prejudicou a burguesia francesa. 
 
b) A política mercantilista caracterizava-se, entre outros, pelo intervencionismo estatal 
na economia através do protecionismo e pelo metalismo enquanto os fisiocratas 
defendiam a liberdade econômica através do laissez faire laissez passer e que a 
riqueza vem da terra, da agricultura. 
 
5. 
 
a) O texto se apoia nas ideias do pensador inglês John Locke, defensor dos “direitos 
naturais” do homem, tais como o direito à vida, liberdade, propriedade e à busca da 
felicidade. Caso o governo instituído não garanta estes direitos cabe à sociedade civil 
se rebelar. A metrópole inglesa, segundo o texto, tem abusado do poder político e 
explorado muito a colônia. 
 
b) A Declaração está vinculada ao ideário Iluminista, movimento filosófico do século 
XVIII que defendia ideias como liberdade política, religiosa e de expressão, igualdade 
política, entre outras.

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