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Agentes antimicobacterianos

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Agentes antimicobacterianos
O processo de crescimento das micobactérias é mais lento do que das demais 
bactérias, dificultando a ação de fármacos.
O antimicobacteriano ideal deveria ter 3 características principais:
- Bactericida (morte maciça dos bacilos para reduzir infecção e evitar o contágio em um 
curto período de tempo)
- Bacteriostático (reduz o metabolismo celular e a proliferação das bactérias, permitindo 
o efeitos dos fármacos e da resposta imune)
- Esterilizante (capacidade de eliminar os bacilos presentes em todos os locais do 
organismo, inclusive nas lesões, evitando recidivas, ou seja, novas infecções futuras)
Isoniazida (INH ou H)
Pró-fármaco que penetra na membrana da micobactéria e há conversão em 
metabólitos ativos a partir de enzimas específicas da micobactérias. Esses metabólitos 
reduzem a síntese de ácido micólico e a conversão de H4- folato na micobactéria.
- Efeito principalmente bactericida
- Leva à perda de integridade da parede celular e consequente morte celular
- Biodisponibilidade oral
- Penetra em lesões
Efeitos indesejados:
- Análogo da piridoxina (causa deficiência de vitamina B6)
- Hepatite tóxica
- Hemólise em deficiência de G6PD
- “Reação do queijo”
- Risco de overdose
- Interação com simpatomiméticos
- Acúmulo no SNC (convulsão, psicoses)
Rifampicina (R ou RMP)
- Bactericida e esterilizante
- Inibe a RNA polimerase bacteriana
- Efetivo em hanseníase
Efeitos indesejados:
- Excreção exclusivamente renal e biliar
- Náusea, vômito e hepatotoxicidade
- Reações de hipersensibilidade (dor muscular, febre, hemólise, insuficiência renal 
aguda)
- Secreções laranja (suor, saliva, lágrimas)
- “Síndrome do homem vermelho” (overdose/intoxicação)
Pirazinamida (Z ou PZA)
- Bacteriostático e bactericida
- Funciona melhor em meio ácido
Prova:
- Reações indesejadas de cada 
fármaco
- Por que a interação entre 
medicamentos é mais vantajosa do 
que tomar só 1 fármaco
- Ativado por enzimas micobacterianas
- Inibe a síntese de ácido micólico
Efeitos indesejados: Hiperiucemia
Etambutol (E ou EMB)
- Bacteriostático
Efeitos indesejados: 
- Interação com etanol
- Resistência por bombas de efluxo
- Alteração na percepção de cores
- Diminuição da acuidade visual (progressiva)
Estreptomicina (S ou SM)
- Bactericida
- Inibe irreversivelmente a síntese proteica (efeito pós-antibiótico)
Efeitos indesejados:
- Não há absorção oral
- Ionização (protonação) em meio ácido
- Ototoxicidade irreversível (vestibular/coclear), podendo causar surdez permanente
- Nefrotoxicidade reversível
Efeitos indesejados menores: não suspender o tratamento
Efeitos indesejados maiores: a suspensão do tratamento é recomendada
Terapia combinada na TB
Uso de 4 fármacos principais ao longo de 6 meses.
Não administrar Etambutol em crianças (mais susceptíveis à neurite óptica).
R e H: fármacos de escolha para fase de manutenção (maior espectro de atuação)
Vantagens da terapia combinada:
- Sinergismo entre fármacos com mecanismos diferentes (atuam em vários alvos 
diferentes na bactéria)
- Menor chance de desenvolver resistência
- Compensação farmacocinética (entre tempos de meia vida)
- Redução do tempo de tratamento (aumento da eficácia)
Farmacologia da Hanseníase
Menos opções e maior duração do tratamento.
PB: 6 a 9 meses
MB: 12 a 18 meses
Dapsona
- Inibe a síntese de folato/ácido fólico
- Tempo de meia vida longo (facilita a adesão)
- Efeitos indesejados: hepatotoxicidade, ocorrência de reações de hipersensibilidades 
(reações hansênicas)
Clofazimina
- Agente corante (urina e pele vermelhos/negros)
- Efeito anti-inflamatório
- Tempo de meia vida muito longo (4 a 8 semanas)
- Efeitos indesejados: efeito lento, descoloração de lesões (hiper ou hipopigmentação), 
dor, diarreia, náuseas, vômito
Reações hansênicas
Reação tipo I: piora das lesões que já existem, em pacientes PB
Reação tipo II: mais séria, chamada de eritema nodoso hansênico, com surgimento de 
várias outras lesões, acometendo pacientes MB
Uso preferencial de corticoides. Para reações de tipo 2 pode-se adicionar a talidomida.

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