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Economia & Finanças #607 - 07 05 2021

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Ano 13 N.º 607 Sexta-feira, 7 de Maio de 2021 Kz 100
Director Agostinho Chitata Director-ADjuNto Mateus Cavumbo
Site: www.jornaldeeconomia.sapo.ao e-MAiL: redaccaoeconomia@gmail.com
bié
Materiais 
de construção 
mais caros
Os preços alteram todos 
os dias e, em face disso, 
tem reduzido o número de 
compradores. Por exemplo, 
um varão de aço de 10 
centímetros e de 12 estão a 
ser comercializados no valor 
de 7.100 kwanzas e 7.500, 
enquanto um balde de tinta 
custa 7.500 kwanzas. [22]
huíLA
PiiM teve 
execução 
financeira 
de 1,6 mil 
milhões 
de kwanzas
Dos 12 projectos inseridos 
no Plano Integrado de 
Intervenção nos Municípios 
(PIIM), cinco já foram 
concluídos e inaugurados. 
[12]
ALieNAção DA efAcec
Governo 
luso 
selecciona 
cinco 
propostas 
para a venda 
de 71,73% [30] 
AutoNoMiA 
especialistas 
avançam as 
vantagens do 
novo modelo 
de gestão 
do bNA [16]
[10-11]
No i triMeStre
Diamantes dão lucros ao estado 
de 220,3 milhões de dólares 
A comercialização das “pedras preciosas” no mercado mundial per-
mitiu a Endiama encaixar, no primeiro trimestre deste ano, o valor 
de mais de 220,3 milhões de dólares, um crescimento homólogo de 
35 por cento, dos 162 milhões do mesmo período de 2020, anunciou 
o director de Comercialização da companhia, José de Sousa. [19]
reSuLtADoS Do exercício
eNSA obteve desempenho 
positivo em 2020
O Plano Estratégico aplicado em 2020 no segmento 
contribuiu para que a seguradora mantivesse a lide-
rança do negócio com um resultado líquido de 17,7 
mil milhões de kwanzas e prémios bruto de 84,6 
mil milhões de kwanzas. [20]
“Ainda 
não houve 
despedimento 
na tAAG mas 
certamente 
haverá”
Presidente da comissão executiva rui carreira
Angola perspectiva uma 
recuperação económica 
mais sustentada 
Sociedade de 
Desenvolvimento 
empresarial 
junta recursos 
angolanos 
e equato-
guineenses [6-9]
ViSão De ecoNoMiStAS
em maLaBo 
[4]
2 Economia & Finançasopinião
A Regionalização Económica em Angola pode ser, a medio prazo, o caminho para a solução de assimetrias regionais (diferen-ças abismais) entre as diferen-
tes parcelas do extenso território nacional. 
Poderá significar também uma mudança 
efectiva do paradigma no processo de desen-
volvimento da economia nacional, em ter-
mos de infraestruturas económico-sociais, 
assentamentos populacional e para mino-
rar permanente êxodo rural.
Em termos de conceitos, a “Região Eco-
nómica” (RE) pressupõe um determinado 
espaço, definido não por delimitação geo-
gráfica ou territorial, mas sim, por uma 
série de atributos essenciais, cujas dife-
renças são insignificantes ou pouco rele-
vantes. São determinantes, na constituição 
de RE, as similitudes das parcelas quanto 
a potencialidades que representam.
A noção Região Económica está asso-
ciada à existência ou criação de Pólos de 
Crescimento, estruturas tecnológicas fun-
damentais que tornam, efectivamente, fun-
cionais as regiões económicas.
O Polo de Crescimento (PC) pode defi-
nir-se como um conjunto de indústrias 
fortemente interrelacionadas através do 
encadeamento de inputs /outputs (fluxos 
reais), ao redor de uma indústria líder que 
tem a capacidade de gerar o crescimento 
dinâmico da economia.
A RE é uma conexão Industrial capaz 
de prover maior produtividade, maior efi-
ciência e competitividade, proporcionar 
a diversificação económica e minorar as 
assimetrias regionais e sociais. 
Na região económica, procura-se esta-
belecer uma relação funcional entre as 
distintas parcelas do território com poten-
cialidades dentro da economia nacional 
e os critérios essenciais para determi-
nar “RE” são as similitudes em termos de 
recursos naturais. 
As regiões económicas e respectivos 
Polos de Crescimento, como estruturas 
funcionais, vão representar uma disse-
minação racional de centros de emprego 
locais, distribuição de quadros tecnica-
mente capazes e uma mudança real do 
“modus operandi” nas políticas do mer-
cado de trabalho .
Com a complementaridade de factores, 
as RE terão influência positiva na redução 
dos custos de produção, considerando sem-
pres a existência de água e luz como facto-
res –chave, neste processo.
Com base em procedimentos afins, as 
regiões económicas, porquanto estruturas 
funcionais, permitem estabelecer maior 
e eficiente mobilidade de factores na rede 
mercantil, fluxos reais regulares e coor-
denados (inputs/outputs), intra e entre 
as distintas regiões.
O estabelecimento de regiões económi-
cas, coerentemente concebidas e bem estru-
turadas, vai permitir melhor interacção e 
eficiência na acção dos agentes intervenien-
tes no processo produtivo, promovendo a 
competitividade na economia nacional. 
Considerando o factor mão de obra local, 
os custos de produção e o desemprego, os 
Polos de Crescimento podem ser estruturas 
aliciantes para o surgimento de Economias 
de Escala (EE) por parte de investidores 
estrangeiros/multinacionais, proporcio-
nando boas oportunidades de emprego 
directo qualificado.
A criação de Regiões Económicas visa, 
fundamentalmente, prover um equilíbrio 
sustentável no crescimento económico e 
desenvolvimento harmonioso do país e 
deve ser assumido pelo Estado porquanto 
entidade coordenadora e incentivadora da 
actividade económica.
As RE proporcionam o surgimento de 
centros industriais, especialização indus-
trial, fixação da população economicamente 
activa, evitando a migração permanente, 
o sufoco e a ruralização dos centros urba-
nos existentes.
A existência de Regiões Económicas em 
Angola vai significar, também, a descon-
centração necessária dos actuais e tra-
dicionais centros industriais do País, 
comedindo a mobilidade e complemen-
taridade de factores produtivos , intra e 
inter-regiões, a competitividade, a logís-
tica e o equilíbrio mercantil .
Porquanto estruturas funcionais de Cres-
cimento e de Desenvolvimento, as RE per-
mitirão, para além de maior mobilidade de 
factores, melhor coordenação de esforços 
na alocação de recursos humanos e finan-
ceiros pelo Executivo e por demais agen-
tes económicos privados.
Quer do ponto de vista microeconó-
mico (comportamento dos agentes), quer 
do ponto de vista macroeconómico (forma 
agregada), é de admitir que, nas actuais 
condições do país, as regiões económicas, 
eficientemente implantadas, vão permi-
tir maior mobilidade de factores produ-
tivos e contribuir, de forma eficaz, para 
o desenvolvimento harmonioso do sec-
tor da Economia Real. 
A economia angolana é caracterizada 
hoje pela existência de Oligopólios, obvia-
mente, um mercado de concorrência imper-
feita e acentuadas distorções. A intervenção 
do Estado é necessária e essencial para a 
equidade social.
Com o surgimento e desenvolvimento da 
Economia de Mercado, caracterizada por 
uma acentuada concorrência imperfeita, 
a noção de “ Mão Invisível” , ou seja auto-
-capacidade de regulação ou auto-regula-
ção mercantil, de Adam Smith, há muito 
deixou de ser uma regra absoluta a obser-
var, aliás, isso provam as grandes econo-
mias mundiais na actualidade.
Tendencialmente, o País caminha para 
uma fase de Industrialização, com a implan-
tação necessária de “Indústrias Transfor-
madoras de Ponta” capazes de impulsionar 
a Diversificação da Economia Nacional 
e maior nível de acessos no mercado de 
emprego qualificado.
A industrialização, o grande desafio 
nacional, é uma meta e factor-motor de 
desenvolvimento e diversificação da eco-
nomia. No processo produtivo, as indús-
trias desempenham um papel chave na 
Diversificação da Economia. A indústria 
permite maior produtividade e alongar o 
período de consumo directo de produtos 
agro-pecuários e derivados.
O sector produtivo de um país é o garante de uma economia 
actuante e servidora. Sem produção não há geração de 
receitas e se se reduz a uma realidade mais virada à 
importação sobretudo de bens essenciais. Uma nação deve 
produzir grosso modo o que consome e saber canalizar 
os seus recursos financeiros na obtenção de factores 
deprodução. Este tem sido a estratégia que um Estado 
interessado na estabilidade e na geração de oportunidades 
deve trilhar para atingir os patamares de satisfação.
Afinal o que é o sector produtivo de uma economia? Sob 
o ponto de vista didáctico, são definidos em três sectores: 
primário, secundário e terciário. São por via destes em que 
uma economia, virada ao crescimento, se pode alavancar na 
verdadeira acepção do termo. 
Para tal precisa de definir uma estratégia em conformidade 
com o que quer produzir e como o fazer, assim como os recursos 
a utilizar. Estes podem, desta forma, mostrar o grau de 
desenvolvimento que se pretende de uma economia próspera e que 
possa servir às famílias e às empresas. 
Numa altura de pandemia, como os demais países do mundo, 
também se observa entre nós poucas oportunidades de emprego, 
mormente porque muitas empresas do sector privado tiveram de 
fechar por razões de insolvência.
Entretanto, dizíamos, o sector primário tem a ver com a 
produção através da exploração especialmente dos recursos 
naturais. No caso, elencam-se a agricultura, mineração, pesca, 
pecuária, etc. São estes que fornecem a matéria-prima para a 
indústria de transformação.
O sector secundário é aquele que transforma as matérias-
primas produzidas pelo sector primário em produtos 
industrializados, exemplos, casas, máquinas, automóveis, 
alimentos industrializados, entre outros. Estes geram lucros 
significativos ao que a comercialização dos produtos diz respeito. 
Logo, a grande importância do sector secundário da economia. 
Digamos assim, este constitui a base do seu “oxigénio”. Diz-se 
mesmo que países com bom grau de desenvolvimento possuem 
uma acentuada base económica concentrada neste segmento.
O sector terciário é o ligado aos serviços, definidos como os 
não materiais em que pessoas ou empresas prestam a terceiros 
para satisfazer determinadas necessidades. Como por exemplo, 
educação, saúde, comércio, telecomunicações, seguros, transporte, 
serviços bancários, de alimentação e limpeza, turismo, etc.
Por via da prestação deste sector, entende-se o grau de 
desenvolvimento económico. Quanto mais os dois primeiros 
sectores desempenhem o seu papel económico, maior é a presença 
de actividades do sector terciário. Com o processo de globalização, 
iniciado no século XX, o terciário foi o sector da economia que mais 
se desenvolveu no mundo.
Como se pode avaliar, tem este jogado um papel determinante 
naquilo que diz respeito à criação de empregos e de receitas, à 
sobrevivência das famílias e à funcionalidade das empresas. 
Como nós estamos relativamente em termos da educação, saúde, 
comércio, telecomunicações, serviços de informática, seguros, 
transporte, turismo e serviços bancários?
Se existirem muitas reclamações por incumprimentos é porque 
ainda temos de crescer e trabalhar bastante. Se não, é porque o 
desempenho começa a surtir efeitos positivos. Verdadeiramente, 
quer-se um sector produtivo angolano justo e que saiba servir a 
economia, permitindo à geração de empregos e a felicidade das 
famílias e empresas.
eDitoriAL Regionalização económica 
solução para assimetrias regionais
Patrício Cambuandy 
Jornalista e economista 
Quer-se um sector 
produtivo servidor 
Uma nação deve prodUzir 
grosso modo o qUe consome 
e saber canalizar os seUs recUrsos 
financeiros na obtenção 
de factores de prodUção
EDiÇÕES noVEMBRo
}
3Sexta-feira, 7 de maio de 2021 opinião
13.376.000 kwanzas, representa o capital mínimo de indemni-zação a suportar pelos seguradores no seguro 
de responsabilidade civil auto-
móvel, este valor é extemporâ-
neo face a realidade económica 
e a inflação que regista o nosso 
país, as companhias de seguros 
assumem diante dos tomado-
res deseguro uma responsabili-
dade civil subjectiva, baseada na 
culpa, o lesado deve ser indem-
nizado pelo causador culposo do 
dano. Mas qualidade e barato não 
cabem no mesmo saco...
Face á insuficiência do capi-
tal indemnizatório, a Agência 
Angolana de Regulação e Super-
visão de Seguros (ARSEG), têm 
a legitimidade de uniformizar 
os capitais mínimo, os segura-
dores tem de cumprirem com 
o estipulado na lei, ou seja, os 
seguradores tem que rever os 
seus câmbios, o preço dos aces-
sórios para automóvel no nosso 
mercado estão muito caros, os 
preços com as clinicas priva-
das também está muito altos, 
logo, que para uma panóplia de 
sinistro, 13.370.000 kwanzas 
está degenerado como capital 
mínimo de acordo com a reali-
dade actual da nossa economia, 
é displicente pra os tomadores 
não poderem arcar com as des-
pesas na totalidade do terceiro 
lesado, quando este tem um 
seguros vigente, tudo porque, 
o capital mínimo não acompa-
nham a realidade económica 
do pais, para o bem da activi-
dade, no cumprimento justo do 
contrato de seguro automóvel, 
os seguradores devem actuali-
zar os seus câmbios, no sentido 
de atrair o mercado do seguro 
em Angola. 
Atendendo a insuficiência 
de capital e se existirem vários 
lesados com direito a indemni-
zação que, na sua globalidade, 
excedem o montante do capital 
seguro, os direitos dos lesados 
contra o Segurador ou contra o 
Fundo de Garantia Automóvel 
não reduzir-se-ão proporcio-
nalmente até á concorrência 
daquele ínfimo montante.
O seguro automóvel 🚗 vigora
desde o dia 11 de agosto de 2009, 
tendo sido objecto de diversas 
alterações que foram ajustando 
às directivas comunitárias, não 
alargando o âmbito de cobertura 
de danos, e o aumento dos capi-
tais mínimo obrigatórios para 
indemnização, nesta altura foi 
estipulado pelo regulador, (*) a 
unidade de conversão fiscal (1 
UCF) =53,00KZ, a última actuali-
zação é de: 88,00kz) x 152.000,00 
veículos automóveis ligeiro- des-
pacho nº 221/06 de 7 de abril (**) 
inclui danos materiais.
O seguro de responsabilidade 
civil automóvel tem carácter 
pessoal e não real, uma vez que 
se trata dum seguro pessoal e 
não de um seguro de coisas. Isto 
porqueo que se transfere para o 
segurador é a responsabilidade 
civil de alguém enquanto deten-
tor de determinado veículo, e 
não o próprio veículo.
Não obstante, dada a caracte-
rização de índole eminentemente 
social deste seguro, excepcio-
nalmente ficam garantidos os 
danos causados a terceiro, mas, 
com este mísero capital mínimo 
não motiva os cidadãos a subs-
creverem a referida modalidade 
de seguro, até a altura em que 
redigi este artigo, só a Fideli-
dade Seguro é que tem o capi-
tal mínimo triplicado.
A ARSEG, com atribuições 
muito alargadas na assistên-
cia ao governo na definição das 
políticas para o sector segura-
dor, de que decorrem importan-
tes competências:
Uma das competências da 
ARSEG: propor legislação rela-
tiva ao sector, nesta conformi-
dade, chamo a responsabilidade 
a ARSEG, pelo busílis que é 
nocivo ao terceiro lesado, vamos 
sair dos 88,00kz para um capi-
tal contextualizado a real situa-
ção económica do nosso país.
Os seguros de danos, respei-
tam a coisas, bens imateriais, 
crédito, e quaisquer outros direi-
tos patrimoniais. Integram os 
ramos vulgarmente, incluído 
os de responsabilidade civil, 
através dos quais se preserva 
o património do segurado. 
Abrangem todos os ramos de 
seguros que não sejam de pes-
soas, portanto, o seguro de res-
ponsabilidade civil automóvel 
é indemnizatório.Na altura,o 
13.376.000 de kwanzas corres-
pondia 130.000 dólares, mas, 
com as diversasvariações cam-
bias, o valor indemnizatório 
praticado pelas seguradoras 
éirrisório para regularização 
de vários sinistros.
A não obrigatoriedade do 
seguro de responsabilidade civil 
automóvel criava, com alguma 
frequência, situação sociais 
graves, pelo facto de não estar 
garantido que o causador de 
danos a terceiros tivesse capa-
cidade financeira para reparar 
os mesmos. Não existiam tam-
bém instituições estatais que 
pudessem colmatar essa falha. 
De acordo com esta conformi-
dade, os seguradores, são cha-
mados a responsabilidade em 
fazerem com a máxima urgência 
o aumento dos capitais mínimo 
para a indemnização.
O tomadorde seguro, em vez 
de sujeitar o azar e a incerteza 
do risco, transfere para o segu-
rador as as suas mais graves 
preocupações mediante uma 
pequena parcela dos seus rendi-
mentos. Pode parecer á primeira 
vista que os seguros e preven-
ção são contraditórios entre si, 
embora seja lógico pensa-se que 
diminuição de probabilidade do 
risco ou a minoração dos danos, 
tanto interessam ao tomador 
do seguro como ao segurador.
Vimos que actualmente, 
embora ainda existem alguns 
danos materiais que não ficam 
abrangidos pelo seguro obriga-
tório, em razão da qualidade das 
pessoas afectadas ou da carac-
terização de alguns acidentes, 
os danos corporais de terceiros 
ou de passageiros transporta-
dos, ficam sempre abrangidos.
A penas se excluem , por 
razão óbvia, os danos corpo-
rais sofridos pelo condutor 
culposo e os causados a cer-
tas pessoas nas situações de 
furto ou roubo, ou em acidente 
causados dolosamente.
 frASe DA SeMANA
Indemnização é extemporânea
}
milton reis
Secretário de Estado para o planeamento
Queremos encontrar o 
concorrente que tiver 
maior capacidade para 
explorar o aterro sanitário
NúMeroS
239 
iMóVeiS 
Activos que o Banco de poupança e Crédito (BpC) 
vai comercializar, cujo valor patrimonial é de 50 
mil milhões de kwanzas, por via de leilões digitais, 
cumprindo os pressupostos de segurança, lisura e 
transparência.
7,8
MiL MiLhõeS De KwANzAS
Valor que a Recredit - Gestão de Activos recuperou, 
nos últimos 12 meses, de um total de 182.7 mil 
milhões de kwanzas, do crédito malparado do Banco 
de poupança e Crédito.
4,4 
MiL toNeLADAS De cereAiS 
É quanto a Fazenda Gesterra, no município de 
Cacusso, Malanje, prevê colher durante a segunda 
época da campanha agrícola 2020/2021.
79,5
MiLhõeS De KwANzAS
Corresponde o volume de negócios da actividade 
do porto de Luanda, durante o exercício económico 
2020, representando um aumento de 29.831 
milhões de kwanzas (60 por cento) em relação ao 
ano 2019.
20
ProjectoS
Total de investimento de um universo de 27 
solicitações, que beneficiaram de financiamento, no 
âmbito do programa de Reconversão da Economia 
informal (pREi).
fichA técNicA
Presidente do conselho 
de Administração: 
Drumond Alcides Jaime Mafuta
Administradores executivos: 
Caetano Pedro da Conceição Júnior, Gilson dos Santos 
Antunes Carmelino, Rui André Marques Upalavela, 
Eunice Carla Teixeira Moreno
Administradores não executivos: 
Jaime Victorino Azulay 
Cândido Bessa Receado
E.P.
JORNAL DE ANGOLA I JORNAL DOS DESPORTOS
EDIÇÕES
NOVEMBRO
Director: Agostinho Chitata
Director-adjunto: Mateus Cavumbo 
Secretário de redacção: Carlos Cardoso 
redacção: Isaque Lourenço (editor), 
Adérito Veloso, Ismael Botelho, Pedro Peterson e 
Armando Estrela (subeditores), António Eugénio, André 
Sibi, Manuel Barros, Regina Handa, Vânia Inácio, Yola do 
Carmo e Xavier António (repórteres)
Departamento de Paginação : Irineu Caldeira 
(Chefe), Adilson Santos (Chefe-adjunto), Carlos Casimiro 
(Chefe de secção), Alcreto Abílio, Bruno Vieira Dias, 
Paulo Lopes e Alberto Quiluta 
Sede: Rua Rainha Ginga, 12-26 | Caixa Postal 1312 - Luanda 
telefone 222 020 174 | telefone geral 222 333 344 
fax 222 336 073 
Mail: redaccaoeconomia@gmail.com 
ednovembro.dg@nexus.ao 
Publicidade: 244-937 550 262/244-949 770 006, 
www.jornaldeeconomia.co.ao
Paulo Calunga 
Broker de seguros
EDiÇÕES noVEMBRo
4 Economia & Finançasespecial
Angola perspectiva uma 
recuperação mais sustentada 
Economistas Rui Malaquias, Euriteca André e António Estote consideram que o país não está isolado
do resto de África em que o impacto da crise financeira e da pandemia atrasaram o crescimento económico 
Mateus Cavumbo
A
n g o l a t e m 
perspectivado 
uma recupera-
ção económica 
de forma sus-
tentada, assim 
que as reformas 
duras que estão a ser implementa-
das pelo Governo angolano come-
cem a dar resultados, segundo 
opiniões expressas pelos econo-
mistas Rui Malaquias, Euriteca 
André e António Estote.
Contactados pelo Jornal de Eco-
nomia e Finanças para reagir a notí-
cia divulgada ontem pela agência 
Lusa sobre o mais recente relató-
rio da consultora FocusEconomics, 
sobre as economias da África Sub-
saariana, utilizando os dados dos 
bancos centrais e dos institutos 
nacionais de estatística dos paí-
ses da região Subsaariana, o tam-
bém mestre em Finanças e docente 
universitário, Rui Malaquias diz 
que é um ciclo normal a desacele-
ração esperada por Angola, e de 
certa forma consentida, sendo que 
todas as economias africanas caí-
ram em termos gerais. 
A publicação releva que a econo-
mia angolana caiu do terceiro para 
o oitavo lugar na lista das maiores 
economias da África Subsaariana, 
devido à depreciação do kwanza e 
ao crescimento económico negativo 
dos últimos cinco anos. 
No documento, enviado aos 
investidores e a que a Lusa teve 
acesso, os analistas da consul-
tora com sede em Barcelona apon-
tam o PIB da região nos 1,5 biliões 
de dólares, mais de 1,2 biliões de 
euros, que deverá crescer para 
mais de 2 biliões de dólares, mais 
de 1,6 biliões de euros, nos próxi-
mos cinco anos.
Para este ano, os analistas esti-
mam um crescimento económico 
de 1,4% em Angola, que deverá ace-
lerar para 2,7% no próximo ano, 
antevendo uma subida dos pre-
ços na ordem dos 21% este ano e 
15% em 2022.
De acordo com o mais recente 
relatório da consultora FocusEco-
nomics, a economia de Angola vale 
agora cerca de 74 mil milhões de 
dólares (61,5 mil milhões de euros), 
caindo na lista liderada pela Nigé-
ria, cujo Produto Interno Bruto 
(PIB) chega a 455 mil milhões de 
dólares, o equivalente a 377 mil 
milhões de euros.
Depois da Nigéria, a lista apre-
senta a África do Sul, com 344 mil 
milhões de dólares (285 mil milhões 
de euros, e o Quénia, seguindo-se 
Etiópia, Gana, Tanzânia e Costa do 
Marfim, antes de aparecer Angola, 
que surge acima da República 
Democrática do Congo, Camarões, 
Uganda, Zâmbia e Botsuana, figu-
rando ainda Moçambique como 
a 14.ª maior economia da África 
Subsaariana.
Para Moçambique, o outro 
único país lusófono analisado no 
documento, a FocusEconomics 
reviu em baixa a perspectiva de 
crescimento para este ano, ante-
vendo agora uma expansão de 2,3%, 
menos 0,5 pontos percentuais que 
no mês passado, e prevê uma acele-
ração para 4,4% no próximo ano.
“Esta queda sequencial da nossa 
economia, relativamente às suas 
congéneres africanas já era espe-
rada, pois os catalisadores desta 
desaceleração estão objectivamente 
verificados. Era de se esperar, pois, 
Angola está a fazer reformas estru-
turais desde 2017 e são reformas 
duras que ainda não surtiram os 
efeitos desejados”, disse o econo-
mista angolano Rui Malaquias.
Acrescentou que a desvalori-
zação cambial é um dos princi-
pais motivos, sendo que o PIB em 
Kwanzas perde valor quando se cal-
cula a sua equivalência em dólares 
à medida que a moeda nacional 
de desvaloriza. “Mas a verdade é 
que está desvalorização é consen-
tida a partir do momento em que 
o Executivo decidiu tornar a taxa 
de câmbio livre, o que mostra que 
este efeito de desvalorização do 
PIB já era esperado, bem como o 
efeito negativo da desvalorização 
cambial no poder de compra das 
famílias e das empresas”.
Para o especialista, a redu-
ção da produção petrolífera já era 
esperada pelo desinvestimento 
feito no sector antes de 2017 con-
duzido pela política menos conse-
guida da antiga Administração da 
Sonangol (ainda na pele de conces-
sionária nacional) sob a liderança 
da Engenheira Isabel dos Santos. 
Rui Malaquias acredita que a 
reforma recentemente posta em 
marcha com a criação da ANPG - 
Agência Nacional de Petróleo e Gás, 
os contratos fechados para constru-
ção de refinarias e reestruturação 
da própria SONANGOL, devem dar 
resultados em breve.
Outro catalisador apontado 
pelo economista é a queda do preço 
do barril crude no mercado inter-
nacional, na medida em que “este 
factor não é controlado ou influen-
ciado pelo nosso Executivo, a pan-
demia do Covid-19 que induziuo 
fechamento das economias mun-
diais encolheu a procura por petró-
leo no mundo, mantendo a oferta 
praticamente inalterada, razão 
pela qual levou à redução do preço 
do petróleo”.
Pandemia e petróleo 
Por sua vez, Euriteca Rodrigues 
André, economista e especialista 
em Contabilidade, Fiscalidade e 
Finanças Empresariais, reagiu 
dizendo que contribuiu para a revi-
são em baixa da posição da econo-
mia angolana a deterioração das 
perspectivas económicas nacio-
nais resultantes da recessão eco-
nómica que o país enfrenta desde 
2016. No ano passado, os desequi-
líbrios da actividade económica 
agravaram-se devido à pandemia 
do novo coronavírus e a queda das 
receitas petrolíferas. 
A docente universitária afir-
mou que Angola já enfrentava 
dificuldades do ponto de vista eco-
nómico antes da crise pandémica. 
No entanto, com a desaceleração 
acentuada da actividade econó-
mica em 2020, o Fundo Monetá-
rio Internacional (FMI) apontou 
para uma deterioração da economia 
angolana resultante dos impactos 
da pandemia da Covid-19. 
“A depreciação do Kwanza foi 
resultante da redução nas notas e 
moedas estrangeiras em circula-
ção, originada pela queda na receita 
das exportações do petróleo”, sus-
tentou Euriteca André. 
Relatório é coincidente 
Já o economista António Estote, 
a avaliação apresenta o mesmo sen-
tido das previsões do Governo e das 
instituições nacionais e interna-
cionais. “Portando, mais ou menos 
alguns pontos percentuais, em ter-
mos de previsão não é material-
mente relevante”.
No seu ponto de vista, a abor-
dagem das agências de notação 
de crédito, do Fundo Monetário 
Internacional e consultoras como 
a FocusEconomics, são voltadas 
para o investidor estrangeiro, 
quando o problema económico 
nacional maior está na degra-
dação das condições de vida das 
famílias e empresas angolanas”. 
“A desvalorização cambial ini-
ciada em 2018 reduziu o poder de 
compra dos angolanos em mais do 
que a metade, alinhado ao aumento 
da carga fiscal, bem como o 
aumento do desemprego que, numa 
primeira fase, deveu-se a redução 
da produção de bens e serviços e, 
numa segunda fase, a partir do II 
trimestre de 2020 aumentou expo-
nencialmente devido à Covid-19”, 
disse António Estote, tendo enfa-
tizado que a condição de pobreza 
uma parte significativa dos ango-
lanos resultante da redução signi-
ficativa da classe média latente.
O economista e investigador 
salientou, por outro lado, que o 
aumento do nível geral de preços 
incrementou incerteza sobre o 
retorno dos projectos de investi-
mentos, levando os investidores 
a preferirem investir em activos 
duradouros “imóveis” ou em acti-
vos protegido contra a desvalori-
zação cambial, desviando, desta 
forma, os recursos necessários 
para a reversão da redução da pro-
dução de bens e serviços.
“Queremos dizer que Angola 
tem os seus próprios problemas e 
estes deverão ser o princípio e o fim 
da intervenção de todos e de cada 
angolano, sem demérito do que 
os outros pensam sobre a nossa 
economia. Em termos miúdos, é 
preferível estar na posição 100 e 
todos angolanos poderem fazer 
pelo menos duas refeições por dia a 
estar na posição 1 e apenas alguns 
fazerem quatro refeições por dia”, 
rematou António Estote.
Rui Malaquias Euriteca Rodrigues André António Estote
angola está a fazer 
reformas estruturais 
desde 2017 e são 
reformas duras que 
ainda não surtiram 
os efeitos desejados
nós já 
enfrentávamos 
dificuldades 
económicas antes 
da crise pandémica
as previsões 
avançadas pela 
focuseconomics 
coincidem com as do 
governo angolano 
5Sexta-feira, 7 de Maio de 2021 puBLiCiDADE
(3427)PI/C
6 Economia & Finanças
Isaque Lourenço | Malabo
A
ngola, Guiné 
Equatorial e São 
Tomé e Príncipe 
são os três paí-
ses-membros 
com os quais o 
Banco de Desen-
volvimento dos Estados da África 
Central (BDEAC) conta para cana-
lizar à indústria e ao agro-negócio 
no continente o crédito adicional 
de 275 mil milhões de Franco CFA 
(326,4 mil milhões de kwanzas ou 
503,3 milhões de dólares), apro-
vado para 2021 e 2022.
Este valor é adicional aos 325 
mil milhões de Franco CFA (385 
mil milhões de kwanzas ou 594,8 
milhões de dólares) investidos 
nos últimos quatro anos e que 
representaram só 45 por cento 
do valor aprovado nesse período.
De acordo com o presidente 
do Banco de Desenvolvimento 
dos Estados da África Central 
(BDEAC), Fortunato Ofa Mbo 
Nchama, o mercado da África 
Central é um conjunto de 11 paí-
ses, incluindo os três (Angola, 
Guiné Equatorial e São Tomé 
DESTAquE
Presidente do Banco de Desenvolvimento 
dos Estados da África Central (BDEAC) 
abriu a bolsa e garante mais 275 mil milhões 
de Franco CFA em dois anos depois de os 
investidores só terem beneficiado de 45 por 
cento dos financiamentos aprovados nos 
últimos quatro anos
Crédito adicional 
dá força ao desejo 
de tornar África 
em Pólo Industrial
e Príncipe), que representa um 
Produto Interno Bruto de 500 
mil milhões de dólares e 190 
milhões de consumidores.
Logo, acrescenta, os empresá-
rios da Confederação Empresarial 
da Comunidade de Países de Lín-
gua Portuguesa (CE CPLP) devem 
procurar aproveitar as taxas de 
juro atractivas e os processos 
flexíveis do BDEAC bem como 
a geolocalização estratégica da 
Guiné Equatorial para produzi-
rem mais e venderem também 
nesta subregião africana.
“Com isso, quero indicar aos 
investidores que na hora de con-
ceberem os seus projectos a mate-
número que forma o mercado 
regional da África Central, dos 
quais Angola, Guiné equatorial e 
são tomé e Príncipe partilham o 
português como língua comum.
PAíSeS 
11
É o valor do PiB da África 
Central, onde também se 
estima a existência de um 
conjunto de 190 milhões de 
consumidores.
MiL MiLhõeS De uSD
500
}}
Crédito consumido pelos 
investidores africanos da sub-
região central nos últimos 
quatro anos para diversos 
projectos privados.
Por ceNto
45
}
É quanto vai estar disponível, 
neste e no próximo ano, na 
tesouraria do BDeAC para o 
apoiar os projectos do sector 
privado do continente.
 MiL MiLhõeS De cfA
275
}
}
oS EMpRESáRioS 
DA ConFEDERAÇão 
EMpRESARiAL 
(CE CpLp) DEVEM 
pRoCuRAR ApRoVEiTAR 
AS TAxAS DE JuRo 
ATRACTiVAS E oS 
pRoCESSoS FLExíVEiS 
Do BDEAC
os empresários da CPlP tomaram 
nota de um repto lançado pelo 
“chairman” do BDeAC: o banco 
garante apoio e financiamentos 
às Pequenas e médias empresas 
(Pme), bem como às Pequenas 
e médias indústrias (Pmi) do 
continente, uma vez que estas 
têm um papel de excelente motor 
na estratégia de desenvolvimento 
económico dos países africanos.
É nesse sentido, disse, 
que a indústria, através da 
transformação local de matérias-
prima existentes e a diversificação 
económica se constituem 
em bússola para a orientação 
do destino prioritário dos 
financiamentos.
Fortunato ofa mbo nchama 
entende ser este o momento de 
África sair da antiga estratégia de 
simples exportafora de matéria-
prima para iniciar uma verdadeira 
industrialização, através da 
transformação local dos recursos 
naturais abundantes e, deste 
modo, dar-lhe maior valor.
“este compromisso do BDeAC com 
a indústria transformadora é uma 
mensagem forte que lançamos aos 
investidores para apostarem no 
mercado da Guiné equatorial, onde 
as melhores oportunidades rimam 
com segurança e rentabilidade”, 
reafirmou.
esta perspectiva, conforme 
adiantou o bancário, visa rejeitar 
a posição dada a África no 
concerto global de simples lugar 
onde extrai-se matéria-prima ou 
são comercializados negócios 
acabados.
“Queremos converter-nos num 
pólo de industrialização, onde 
produz-se para o continente e 
para o mundo inteiro”, assumiu 
Fortunato nchama.
A VerDADeirA iNDuStriALizAção
fortunato ofa Mbo Nchama
rializar na Guiné Equatorial não 
pensem unicamente nesse país, 
mas façam dele uma base para 
ganharem o vasto mercado da 
África Central”, disse.
Partilha de benefícios
Para Fortunato Ofa Mbo Nchama, 
a Cimeira de Negócios da CE 
CPLP, que hoje encerra, na cidade 
de Malabo, Guiné Equatorial,trata-se de uma oportunidade 
histórica e ocasião propícia para 
partilha dos benefícios mútuos 
que o banco de desenvolvimento 
se propõe a conquistar.
Ainda segundo o bancário, 
a celeridade e a flexibilidade 
na instrução dos processos de 
crédito, assim como o conheci-
mento perfeito das suas equi-
pas técnicas sobre os projectos 
no terreno, constituem-se em 
características que simbolizam 
as especificidades da actuação 
do BDEAC,contrariamente a 
muitasoutras instituições da 
sua natureza.
Fortunato Nchama foi ora-
dor na cerimónia de abertura 
da Cimeira de Negócios da CE 
CPLP, aberta quarta-feira e 
que se encerra hoje, no Centro 
Internacional de Conferências 
de Sipopo, na cidade de Malabo 
- Guiné Equatorial.
anGoLa - GuinÉ eQuatoriaL - são tomÉ e PrÍnciPe
}
o BAnCo 
GARAnTE Apoio E 
FinAnCiAMEnToS àS 
pEquEnAS E MÉDiAS 
EMpRESAS (pME), BEM 
CoMo àS pEquEnAS 
E MÉDiAS inDúSTRiAS 
(pMi) Do ConTinEnTE
7Sexta-feira, 7 de Maio de 2021 DESTAquE
Isaque Lourenço
Em p r e s á r i o s d e A n g o l a ( 4 9 p o r cento) e da Guiné Equatorial (51 por cento) a ssi na m , 
esta manhã, em Malabo, o 
memorando sobre a criação 
de uma Sociedade de Desen-
volvimento, empresa anónima 
e de capitais integralmente 
privado, segundo fez saber o 
presidente da Confederação 
Empresarial de Angola, Eli-
seu Gaspar.
Confor me a rg umentou , 
sem avançar o capital social 
subscrito pelas duas partes, 
a Sociedade ora criada, tem 
por objectivo juntar os empre-
sários dos dois países para 
explorarem as múltiplas van-
tagens existentes no mercado 
equato-guineense.
Desta operação, vai tam-
bém resultar o lançamento 
das bases de cooperação para 
a conquista plena de novas 
rotas comerciais já no âmbito 
da Zona Continental de Livre 
Comércio (ZCLC), que vigora 
desde 1 de Janeiro deste ano.
São subscritores da ini-
ciativa, a Câmara Oficial de 
Comércio da República da 
Guiné Equatorial, representada 
pelo seu presidente Angel Noko-
noko Mikoso, o Fórum Empre-
sarial dos Paises Africanos de 
Língua Oficial Portuguesa (FE-
-PALOP), representado pelo seu 
Angolanos criam Sociedade 
de Desenvolvimento 
Empresarial
Entrada nos mercados da África Central e posterior 
avanço na generalidade da Zona Continental de Livre 
Comércio fundamentam a opção dos investidores 
que querem numa primeira fase tirar vantagem das 
oportunidades existentes nos 11 países desta subregião
A acção, conforme defende, 
ocorre numa visão de alarga-
mento das actividades empre-
sariais, porquanto a Guiné 
Equatorial está numa geoloca-
lização estratégica para quem 
pretende explorar países como 
Senegal, Gabão e Camarões, 
por exemplo.
“Os empresários angolanos 
estão, neste momento, num 
processo de expansão das 
suas actividades e o posicio-
namento da Guiné Equatorial 
permite-nos alargar a zona de 
influência na África Central. 
É este o caminho que preten-
demos seguir”, disse.
Para Eliseu Gaspar, a Guiné 
Equatorial pode ser transfor-
mada numa plataforma de 
ascenção dos negócios ango-
lanos para a África Central, 
que no seu conjunto agrega 
11 países, incluindo Angola.
Sem retirar importância 
ao certame de Malabo, pelo 
contrário, o gestor angolano 
da Confederação Empresa-
rial está a aproveitar o evento 
para formalizar já convites 
aos empresários presentes 
nesta edição inaugural para a 
próxima realização, prevista 
para o mês de Julho.
O fór u m de Lua nda va i 
decorrer em paralelo com a 
Cimeira de Chefes de Estado 
e de Governo, ocasião em que 
Angola deverá substituir Cabo 
Verde na presidência rotativa 
da Comunidade de Países de 
Língua Portuguesa (CPLP).
presidente Eliseu Gaspar; pela 
secretária-geral da Federação 
das Mulheres Empresárias de 
Angola (FEMEA), Henriqueta 
Carvalho e o Fórum Angolano 
de Jovens Empreendedores, 
representado pelo presidente 
da agremiação, Paulo Victor 
Varela Narciso.
As três entidades supra-iden-
tificadas perseguem objec-
tivos comuns, relacionados 
com a identificação, imple-
mentação e desenvolvimento 
de negócios entre empresários 
dos dois países. 
Para cumprirem esses objec-
tivos, necessitam de criar uma 
estrutura conjunta que divul-
gue, coordene e apoie os projec-
tos dos seus membros. Atento 
o que antecede, as partes infe-
rem a existência de interesses 
comuns e reconhecem a impor-
tância de cooperação entre as 
organizações”, declaram.
Prospecção de mercado
Integrante da delegação ango-
lana à primeira Cimeira de 
Negócios da Confederação 
Empresarial da Comunidade 
de Países de Língua Portu-
guesa (CE CPLP), Eliseu Gas-
par é também vice-presidente 
da Mesa da Assembleia Geral 
desta organização.
É nesta cond ição que o 
empresário ligado ao ramo 
industrial considera a pre-
sença da missão angolana 
como sendo de prospecção de 
novos mercados.
A missão angolana partici-
pante à primeira Cimeira 
de Negócios da Confedera-
ção Empresarial da Comu-
nidade de Países de Língua 
Portuguesa (CE CPLP), em 
Malabo, era, até ontem, no 
segundo dia de 72 empresá-
rios, contra os iniciais pouco 
mais de 50 do primeiro dia.
Organizações como Asso-
ciação das Indústrias de 
Bebidas de Angola (A IBA), 
Empresas de Comércio e 
Distribuição Moderna de 
Angola (ECODIM A), Fundo 
de Apoio aos Jovens Empre-
sários (FAJE) e Federação das 
Mulheres Empresárias de 
Angola (FMEA) são só parte 
da “Task Force” que o país foi 
apresentar aos homólogos.
Estes empresários são tam-
bém eles integrantes do Grupo 
Técnico Empresarial (GTE), 
um parceiro do Governo e com 
o qual se tem buscado iden-
tificar e remover os actuais 
constrangimentos ao “bom 
andamento” dos negócios.
O empresário Raúl Mateus, 
vice-presidente do GTE e pre-
sidente do grupo ECODIMA, 
entende que a presença ango-
lana em Malabo é só uma 
pequena amostra do que eles 
mobilizam e de como deverá 
ser o certame de Luanda, no 
mês de Julho.
Para este fórum da Guiné 
Equatorial, disse, o objectivo 
transcende Angola, uma vez 
que se precisa de reforçar a 
actuação da CPLP e juntar os 
empresários para juntos par-
tirem à conquista de outros 
mercados no continente.
Raúl Mateus voltou a rea-
firmar a satisfação pelo facto 
de 48 por cento dos produtos 
nas prateleiras dos supermer-
cados para o consumo das 
famílias serem movimenta-
dos pela distribuição moderna 
angolana e são mesmo de pro-
dução nacional.
O que defendeu ainda assim 
o empresário da Pomar Belo é 
que se deixe o mercado auto-
-regular por via da oferta e 
da procura.
Para ele, não se devem 
impor restrições do tipo o quê 
MAiS De 70 eMPreSárioS 
MoStrAM ANGoLA eM NeGócioS
51 Por cento das acÇÕes Ficam com a Parte eQuato-Guineense
}
A pRESEnÇA 
AnGoLAnA 
EM MALABo É Só 
uMA pEquEnA 
AMoSTRA Do quE 
ELES MoBiLizAM E DE 
CoMo DEVERá SER o 
CERTAME DE LuAnDA, 
e como importar, mas criar-
-se internamente infra-estru-
turas para que os operadores 
comerciais consigam interna-
mente dar resposta aos níveis 
de consumo interno.
“Com a liderança do pre-
sidente João Lourenço, os 
empresários estão mais for-
tes. Até aqui, as 20 associa-
ções cong regadas no GT E 
lograram um mérito de rever-
ter 396 decisões e isso gra-
ças à porta ao diálogo que 
o Governo mantém aberta”, 
disse.
Preço do pão
Um dado avançado pelo empre-
sário tem a ver também com 
a taxa fiscal de 14 por cento 
do pão, facto que tem provo-
cado a subida deste alimento 
básico nos últimos tempos. 
A isso, Raúl Mateus fala em 
incompreenssão aos sinais do 
mercado, uma vez que Angola 
já produz farinha de trigo 
acima do seu consumo actual.
O empresário assegura que 
ainda este ano o país vai tes-
temunhar a subida da actual 
cifra de oferta da farinha de 
trigo, criando, assim, inter-
namente, condições para a 
exportação.
Logo, reafirma, não se pode 
continuar a ver o pão a subir 
como acontece, sendo, neste 
momento, esta matéria das 
várias a prosseguirem nas 
discussões construtivas que 
se mantém com o Governo.
8 Economia & FinançasDESTAquE
Isaque Lourenço | Malabo
O 
secretário de 
Estado pa ra 
o Comércio, 
A madeu Lei-
t ã o N u n e s, 
disse, ontem, 
em M a la b o, 
que o tomate e a cebola de 
A ngola são dois dos mu i-
tos produtos agrícolas que o 
país poderá exportar para a 
Guine Equatorial, no quadro 
da retoma dos acordos exis-
tentes pelos dois países e que 
datam de 2007.
Face à existência de opor-
tunidades, uma linha portuá-
ria de baixo custo (ligação de 
apenas dois dias) e uma certa 
escassez desse produto nos 
principais mercados, Amadeu 
Nunes prometeu fazer deste 
tema um ponto da agenda 
bilateral que os dois governos 
mantêm e que têm sido maté-
rias de contactos entre ambos 
departamentos ministeriais.
O Comércio como ilustrou o 
governante angolano é só um 
dos vários domínios da coo-
peração recíproca que Angola 
e Guine Equatorial desenvol-
vem e com maior intensidade 
nos últimos anos.
Trata-se, segundo indica-
dores, do segundo e terceiro 
maiores produtores de petró-
leo do continente, posição que 
interliga os governos face aos 
interesses comuns.
Esta presença dos mem-
bros do Governo na Cimeira 
de Negócios da Confederação 
Empresarial da Comunidade 
de Países de Língua Portu-
g uesa está mesmo a ser v ir 
também para a materializa-
ção de uma agenda de con-
tactos bilatera is, v isa ndo 
reforça r as pa rcer ias nos 
negócios e em outras áreas 
com congéneres presentes 
na cidade de Malabo.
Amadeu Leitão Nunes man-
teve encontro oficiais com 
os ministros do Comércio; 
da Energia; da Indústria e 
esteve também no encontro de 
terça-feira entre o secretário 
de Estado para a Cooperação 
Internacional e Comunidades 
Angolanas, Domingos Custó-
dio Vieira Lopes, e o minis-
tro das Relações Exteriores 
e Cooperação Internacional 
do governo da Guine, Simeõn 
Angue.
interesse comum
Durante a audiência, entre 
Domingos Custódio Vieira 
Lopes e Simeõn Angue, os dois 
altos diplomatas passaram em 
revista o excelente nível das 
relações de cooperação entre 
os dois estados, bem como 
analisaram aspectos relati-
vos à realização da próxima 
sessão da Comissão Bilate-
ral Angola-Guiné Equatorial.
Nesse encontro, os gover-
nantes trocaram pontos de 
vistas sobre o reforço da coo-
peração entre os dois países 
em áreas de interesse comum, 
assim como perspectivaram a 
realização da Cimeira de Negó-
cios da Confederação Empresa-
rial da CPLP, iniciada ontem, 
aqui em Malabo, República da 
Guiné Equatorial.
Foram ainda no encontro 
trocadas impressões sobre o 
impacto social e económico 
causado pela Covid-19, no con-
tinente africano, particular-
mente em Angola e na Guiné 
Equatorial.
Nesse encontro, acompa-
nharam o secretário de Estado 
para a Cooperação Interna-
cional e Comunidades Ango-
lanas o secretário de Estado 
do Comércio, Amadeu Leitão 
Nunes; o director de Coopera-
ção Internacional do Ministé-
rio das Relações Exteriores, 
embaixador Carlos Sardinha 
Dias, o embaixador extraor-
dinário e plenipotenciário da 
República de Angola na Repú-
blica da Guiné Equatorial, 
A ntónio Luvualu de Car va-
lho, entre outros altos fun-
cionários do MIREX.
Hortícolas de Angola 
vão ser exportadas 
para a Guiné Equatorial
Secretário de Estado para o Comércio, Amadeu Leitão Nunes, reuniu 
com ministro guineense do sector sobre a reactivação dos acordos de 
2007 e fez constar a abertura de canais portuários para a exportação 
de bens agrícolas possíveis de escoar para mercado deste país
Desde a chegada da comitiva 
angolana ao Aeroporto de 
malabo, na Guiné equatorial, um 
senhor-jovem de estilo peculiar, 
corte de cabelo scovinho fino 
à moda “mwangole”, barba 
desenhada do alto a baixo e para 
não variar de feliz simpatia, faz 
as honras da casa sem acepção 
nem excepção.
o embaixador António luvualo 
de Carvalho tenta manter 
em época de pandemia, 
obviamente de muitas restrições 
sanitária e de segurança, a 
delegação angolana o mais 
tranquila possível.
nalguns momentos, 
confunde-se o diplomata até 
com o editor. sugere pauta, 
propõe os melhores horários 
e vai buscar as fontes, quando 
necessário. e não se desliga de 
momentos essenciais.
Alguém diria, de certeza: tem 
giníca! 
não é para menos. A Guiné 
equatorial está numa transicção 
linguística e o espanhol ainda 
arranha os esforços de muitos 
que querem se comunicar já 
português.
sem querer centrar os 
hollofotes da imprensa, dir-
se-ia na gíria “dar show”, pois 
escapou-nos de tanta cortesia a 
qualquer entrevista até hoje, o 
embaixador, além de ficar com 
a comitiva mesmo já depois da 
meia noite no dia da chegada, 
acompanhou a hospedagem 
de todos e no dia seguinte (na 
verdade era só mais tarde do 
mesmo dia), por volta das 10h 
senão mesmo antes, já estava 
de volta e com o sorriso no rosto 
para saudar e alinhar as agendas. 
Como mandam as regras de 
eventos internacionais, os testes 
à Covid-19, no mínimo, fazem-se 
nos intervalos de 48 a 72 horas. 
ninguém facilita, nesse sentido.
Claramente que todo este 
empenho do representante 
do país em malabo não era 
porque a comunidade angolana 
na Guiné equatorial seja 
bem pequena, dominada por 
missionários levados por irmãos 
brasileiros, e nem porque era 
de boa lembrança ver muita 
“malta” que deixou de ver há 
algum tempo. era só e as vistas 
de todos os integrantes um 
verdadeiro hospitaleiro anfitrião. 
não nos critiquem a indiscrição, 
mas da comitiva moçambicana 
logo se ouviu o sussuro: nós 
nem sabemos onde estará por 
agora o nosso embaixador. em 
português falávamos e logo todos 
nos entiamos, era já véspera 
do 5 de maio, o Dia da língua 
Portuguesa. Viva!!!...
eMbAixADor 
LuVuALo
fAz AS hoNrAS 
DA cASA
o hosPitaLeiro-anFitrião
diPLomacia econÓmica
A GuinÉ 
EquAToRiAL ESTá 
nuMA TRAnSiÇão 
LinGuíSTiCA E 
o ESpAnhoL 
AinDA ARRAnhA 
oS ESFoRÇoS 
DE MuiToS quE 
quEREM SE 
CoMuniCAR Já 
poRTuGuêS
DR
DR
9Sexta-feira, 7 de Maio de 2021
“Os países produtores de hidro-
carbonetos como a Guiné Equa-
torial, Angola, Moçambique ou 
Brasil e Portugal, como grande 
consumidor, é muito importante 
que possamos trabalhar num 
projecto coordenado ao nível da 
CPLP para poder explorar o gás 
para uso das nossas economias”, 
disse Gabriel Obiang Lima.
O ministro falava ontem, 
no Centro de Conferências de 
Simpopo, Guiné Equatorial, 
no segundo dia da cimeira de 
negócios promovida pela Con-
federação de Empresários da 
Comunidade dos Países de Lín-
gua Portuguesa (CPLP).
“Cada vez será mais difícil 
conseguir financiamento para 
desenvolver os nossos produtos 
[petrolíferos] porque mundial-
mente há uma grande motivação 
para levar a cabo a transição ener-
gética de hidrocarbonetos para as 
energias renováveis”, assinalou.
Mas, apesar disso, defendeu, 
em países como a Guiné Equato-
rial e outros em África, essa tran-
sição terá de “levar no mínimo 
mais 20 anos”.
“Só aí estaremos ao nível dos 
países desenvolvidos”, disse.
O ministro equato-guineense 
falava num painel com responsá-
veis governamentais da Guiné-
-Bissau, Cabo Verde e São Tomé 
e Príncipe, além de represen-
tantes de Portugal, Brasil e 
Moçambique sobre o papel dos 
governos na atração de investi-
mento estrangeiro.
Por seu lado, o deputado 
socialista portug uês Luís 
Moreira Testa considerou que, 
no novo advento das energias 
renováveis, Portugal tem poten-
cial para passar de consumidor 
a produtor de energia.
“Os hidrocarbonetos servirão 
nas próximas décadas como com-
bustíveis de transição. Portugal 
é um grande consumidor de gás 
natural, proveniente maioritaria-
mente da Argélia, e a nova gera-
ção de consumo de gás natural 
na Europa prevê a obrigatorie-
dade de inclusão de hidrogénio 
verde”, disse.
Neste sentido, sublinhou 
o deputado, os ‘pipelines’ que 
trazem o gás da Argélia podem, 
num futuro próximo, levar o 
gás produzido na Guiné Equa-
torial ou em Moçambique cor-
tado com hidrogénio verde 
produzido em Portugal.
“Isto pode ser uma grande 
oportunidade de comunhão ener-
gética na CPLP”, disse.
Nu m out ro dom í n io, o 
ministro do Comércio, Indús-
tria e Energia de Cabo Verde, 
Alexandre Dias Monteiro, con-
siderou a mobilidade dentro do 
espaço da comunidade lusófonacomo “um fator crítico” para a 
criação de um “quadro favorá-
vel” aos negócios e ao investi-
mento estrangeiro.
“A mobilidade é um fator crí-
tico de contactos e intercâmbios 
entre as empresas e empresários”, 
disse, sublinhando os avanços 
alcançados neste domínio nos 
últimos anos, que deverão permi-
tir a assinatura de um acordo de 
mobilidade na próxima cimeira 
de Chefes de Estado e de Governo, 
em julho, em Luanda.
Por seu lado, o ministro da 
Economia da Guiné-Bissau, Vitor 
Mandinga, defendeu a criação 
de uma agência de promoção de 
investimento ao nível da comu-
nidade que permita uma articu-
lação com as agências de cada 
um dos países.
“Esse mecanismo é indis-
pensável para tornar mais 
homogénea a legislação sobre 
o investimento e mais harmo-
nizada a distribuição de opor-
tunidades de investimento 
pelos países”, disse, conside-
rando que falta aos empresá-
rios “informação transversal” 
sobre toda a CPLP.
A ministra dos Negócios 
Estrangeiros de São Tomé e 
Príncipe, Edite Ten Jua, des-
tacou a importância de criar 
um clima de confiança para 
atrair investimentos, nomea-
damente ao nível da proteção 
jurídica e da justiça fiscal, 
bem como da simplificação 
dos procedimentos adminis-
trativos, a par com a existên-
cia de infraestruturas e meios 
de transporte e comunicações.
A Guiné Equatorial aco-
lhe até sexta-feira a primeira 
cimeira de negócios da CE-CPLP, 
que reúne 250 empresários de 
Portugal, Angola, Moçambique 
e Cabo Verde.
DESTAquE
De acordo com a base de dados do Fundo Monetário Interna-cional (FMI), consul-tada ontem pela Lusa, 
a junção do Produto Interno Bruto 
(PIB) de Angola, Brasil, Cabo 
Verde, Guiné Equatorial, Guiné-
-Bissau, Moçambique, Portugal, 
São Tomé e Príncipe e Timor-Leste 
daria uma riqueza de 1,8 biliões 
de dólares, equivalente a cerca 
de 1,5 biliões de euros.
Entre as economias lusófo-
nas, o Brasil é, de longe, a maior, 
com um PIB avaliado em 1,4 
biliões de dólares, o que com-
para com os 257 mil milhões de 
dólares de Portugal, a segunda 
maior economia lusófona, e com 
os 485 milhões de São Tomé e 
Príncipe, a mais pequena.
De acordo com as previsões 
do FMI, o valor destas econo-
mias vai crescer 9,1% no próximo 
ano, chegando ao final de 2022 
Países 
lusófonos juntos 
seriam a 10.ª 
maior economia 
mundial
Os nove países de expressão oficial 
portuguesa seriam a décima maior 
economia do mundo, valendo 1,8 biliões 
de dólares, ficando abaixo do Canadá 
e acima da Coreia do Sul, numa lista 
liderada pelos Estados Unidos 
DR
DR
}
CADA VEz SERá MAiS 
DiFíCiL ConSEGuiR 
FinAnCiAMEnTo pARA 
DESEnVoLVER oS 
noSSoS pRoDuToS 
[pETRoLíFERoS] poRquE 
MunDiALMEnTE há uMA 
GRAnDE MoTiVAÇão 
pARA LEVAR A CABo A 
TRAnSiÇão EnERGÉTiCA 
DE hiDRoCARBonEToS 
pARA AS EnERGiAS 
REnoVáVEiS
PIB em 2021
Angola 66,4
Brasil 1.491,7
Cabo Verde 2,0
Guiné Equatorial 11,7
Guiné Bissau 1,6
Moçambique 13,9
Portugal 257,3
São Tomé e Príncipe 0,4
Timor-Leste 1,7
FONTE: Base de dados do FMI
com uma riqueza total de 2,014 
biliões de dólares, equivalentes 
a 1,65 biliões de euros.
Acima da economia lusófona 
estão os Estados Unidos, com 22 
biliões de dólares, a China, com 
16 biliões, e depois Japão, Alema-
nha, Reino Unido, Índia, França, 
Itália e Canadá.
Guiné equatorial 
quer projecto 
comum para 
exploração de gás
O ministro das Minas e Hidrocarbonetos da 
Guiné Equatorial defendeu ontem um projecto 
comum dos países lusófonos para a exploração de 
gás, sublinhando a necessidade de uma transição 
energética mais demorada em alguns países africanos
entre as economias lusófonas, o brasil é, de longe, a maior,
com um Pib avaliado em 1,4 biliões de dólares dos estados unidos
Economia & Finanças10
O que a TAAG fez para superar as 
dificuldades causadas pela Covid-
19? Encerrou rotas, cortou destinos?
A TA AG já tinha encerrado 
as suas rotas de desempenho 
negativo ainda antes do eclo-
dir da pandemia, no âmbito 
do Plano de Reestruturação. 
Refiro-me às rotas do R io 
de Janeiro, Havana, Porto, 
Harare, Lusaka, Brazzavi-
lle e Sal, no segmento inter-
entrevista 
Agostinho Chitata
ual o efeito da pan-
demia do coronavírus 
para a companhia?
O efeito da pan-
dem ia tem sido 
devastador para a 
TA AG, tal como está a ser para 
a indústria aeronáutica a nível 
mundial. As nossas operações 
estão a 15 por cento do que eram 
nos períodos homólogos antes 
da pandemia. Estou a falar do 
número de voos diários e luga-
res oferecidos por quilómetro 
(um parâmetro essencial para 
medir a capacidade operacio-
nal de uma companhia aérea) 
e em igual percentagem estão 
as nossas receitas. 
Posso dizer, sem medo de errar, 
que a TA AG está a viver a sua 
pior crise desde que foi criada.
Já é possível estimar o resultado 
financeiro do ano de 2020?
Não podemos já avançar núme-
ros exactos, pois estamos no 
processo de fecho de contas, 
mas seguramente não esta-
mos longe daquilo que eram 
as nossas previsões já divul-
gadas anteriormente.
nacional. Cuito e Menongue 
no segmento doméstico. Por 
força das medidas restritivas 
decretadas para a contenção da 
pandemia, em Março de 2020 
todos os voos foram interdita-
dos. Apenas fomos autorizados 
a fazer alguns voos esporá-
dicos de carácter humanitá-
rio de passageiros e alguns 
de carga que, aliás, foram de 
conhecimento público. Com o 
aligeirar de algumas medidas 
fomos então, muito recente-
mente, autorizados a reali-
zar um voo por semana para 
Lisboa, Joanesburgo e, mais 
tarde, S. Tomé, bem como ser-
vir algumas províncias em 
A ngola com um número de 
voos muito reduzidos. Daí 
afirmar que estamos a ope-
rar a uma capacidade de 15 
por cento, comparativamente 
ao período anterior à pande-
mia. Sendo certo que o Plano 
de Reestruturação já preco-
nizava uma série de medidas 
tendentes a reduzir os custos, 
estas medidas tiveram que ser 
radicalizadas para garantir 
a sobrevivência da empresa.
Uma das medidas de contingên-
cia foi negociar, com os nossos 
credores, planos e extensões 
de prazos de pagamento das 
nossas obrigações, reduzir ser-
viços, renegociar e rescindir 
contratos, suspender o paga-
mento de alguns subsídios aos 
trabalhadores, entre outras.
E quanto à frota, o que foi feito? 
É adequada à demanda da com-
panhia?
Neste momento, a frota da TAAG 
é composta por 18 aeronaves. 
Por força da pandemia, apenas 
9 estão operativas pois, com a 
drástica redução dos voos, não 
precisamos de as ter todas em 
estado operacional. As restantes 
estão imobilizadas, cumprindo 
com os planos mandatórios de 
preservação.
Numa perspectiva de retoma 
das operações, julgamos que a 
nossa frota responde cabalmente 
à nossa estratégia comercial. 
Contudo, como a recuperação 
será lenta, numa primeira fase, 
ficaremos com uma frota ociosa 
que, com imaginação e espírito 
empreendedor, teremos que as 
rentabilizar. 
A sua alienação não será, com 
certeza, um bom negócio, pois 
precisamente pelo excesso 
de oferta que se verifica no 
momento actual (a nível mun-
dial grande parte das compa-
nhias aéreas colocou à venda 
os seus aviões), as aeronaves 
encontram-se bastante des-
valorizadas. Assim, achamos 
que a procura de novos mer-
cados, seja para voos regula-
res, não regulares (charter), 
passageiros ou carga, será a 
via mais inteligente.
 temos enormes custos fixos 
a cobrir, por força de compromissos 
assumidos com os nossos fornecedores, 
prestadores de serviços, salários dos 
trabalhadores e obrigações fiscais. 
entretanto, numa perspectiva de retoma 
das operações, julgamos que a nossa 
frota responde cabalmente à nossa 
estratégia comercial
rui carreira Presidente da comissão executiva (Pce)
“O efeito 
da pandemia 
tem sido 
devastador 
para a TAAG”
O Presidente da Comissão Executiva (PCE), Rui Carreira, 
disse que as operações da TAAG estão a 15 por cento do 
que eram nos períodos homólogos antes da crise sanitária. 
“Estou a falar do número de voos diários”. Pois, tem-se 
“enormes custos fixos a cobrir, por força de compromissos 
assumidos com os nossos fornecedores,prestadores de 
serviços, salários dos trabalhadores e obrigações fiscais”, 
sustentou o entrevistado do Jornal de Economia 
& Finanças
Q
Sexta-feira, 7 de maio de 2021 11EnTREViSTA
houve despedimentos de pessoal por 
causa da redução das actividades?
Ainda não houve, mas certamente 
haverá. todavia, queremos fazê-lo 
com sentido de responsabilidade, 
mediante a execução de um plano 
bem concebido de aproveitamento 
deste capital humano que, embora 
excedentário na tAAG, tem muito a 
dar ao nosso país.
o que pode ser feito no curto prazo 
para melhorar a eficiência e o desem-
penho operacional da empresa?
A chave está na cabal 
implementação do Plano 
de restruturação que 
preconiza, além das medidas 
já anunciadas nas respostas 
anteriores,orientadas para a 
redução radical dos custos, 
uma melhor e mais racional 
utilização da frota como um dos 
seus principais pilares.
medidas complementares, mas 
de capital importância, terão 
que ser tomadas pelo estado 
angolano no que diz respeito ao 
valor das taxas a cobrar sobre 
os serviços aeroportuários e 
de navegação aérea, preço do 
combustível, actualização 
legislativa no domínio dos 
ntA (normativos técnicos 
Aeronáuticos), sem descurar 
os aspectos relacionados 
com os princípios da 
boa gestão que deve ser 
visionária, transparente, 
parcimoniosa e rigorosa. 
em contexto de pandemia, como 
as rotas nacionais podem ser-
vir de alternativa na factura-
ção da companhia?
As rotas nacionais fazem 
parte do objecto e razão 
de existir da tAAG e, por 
isso, estarão sempre nas 
prioridades da companhia. 
Contudo, temos de reconhecer 
que o segmento doméstico 
não arrecada o mesmo nível 
de receita que o segmento 
internacional. em contexto 
de pandemia serviremos o 
mercado nacional até onde 
nos for permitido, mas com 
a consciência de que as 
receitas dos voos domésticos, 
historicamente, representam 
apenas 12-15 por cento das 
receitas totais dos voos de 
passageiros da tAAG.
Apesar de já operar com voos de 
pequeno porte, os preços ainda 
são vistos como muito caros pelos 
clientes?
os preços estão realmente mais 
baixos, tal como prometemos por 
altura do anúncio da entrada em 
funcionamento da frota Dash-8. 
A percepção de preço caro pelos 
clientes deriva das constantes 
depreciações do Kwanza face 
ao dólar. Contudo, registamos 
com agrado nos últimos meses 
alguma tendência estabilizadora 
no domínio cambial. infelizmente 
teremos que fazer sempre esta 
actualização dos preços, pois 
80 por cento dos nossos custos 
são realizados em divisas e, 
num ambiente de instabilidade 
macroeconómica, é bastante 
penalizador ter como referência 
a nossa moeda. Por outro lado, 
é exigência da iAtA (Associação 
internacional dos transportes 
Aéreos) que as companhias 
tenham uma divisa como moeda 
de referência.
Quanto ao mercado internacio-
nal, quais as estratégias de curto e 
médio prazos?
em termos de inovação, servir 
África é a tónica dominante 
da nossa estratégia para os 
voos internacionais que deverá 
ser complementada pela 
entrada em outros destinos 
fora do continente mais 
procurados pelos africanos, 
nomeadamente, londres e 
Paris na europa e China e Índia 
na Ásia. Contudo, estaremos 
atentos às dinâmicas dos 
mercados que nos vão dando 
indicações olharmos para 
países como Cuba, itália, 
espanha, israel, líbano e 
estados Unidos da América.
Qual é a estratégia da tAAG 
para o continente africano?
servir o continente africano é 
a nossa grande aposta. Grande 
parte das poucas companhias 
aéreas africanas que havia, 
perdeu a sua capacidade 
operacional e nós vemos nisto 
uma grande oportunidade 
para preencher esta lacuna. Há 
mercados directamente ligados 
a Angola, como sendo a região 
oeste de África, pela importante 
comunidade de cidadãos de 
países desta região que vivem 
e têm negócios no nosso país, 
que clama insistentemente 
por transporte aéreo. mas há 
também mercados indirectos 
em que o aeroporto de luanda 
pode servir de hub e a tAAG 
pode desempenhar um papel 
importante e colher benefícios.
Porque privilegiar as rotas para Portu-
gal em detrimento de outros destinos?
Portugal é e há de ser durante 
muitos anos o melhor destino 
internacional da tAAG, por 
razões óbvias. Além daquilo a 
que chamamos na linguagem 
aeronáutica o tráfego étnico, 
há um enorme volume de 
negócios entre os dois países, 
fortalecido pelos laços históricos 
e linguísticos. É um racional de 
natureza económica e que 
já representou mais de 200 
milhões de dólares americanos 
por ano. Uma receita que não 
pretendemos entregar a outros. 
A tAAG, enquanto agente 
económico, tem que ser 
racional e procurar a receita lá 
onde ela se encontre. A escolha 
de destinos é feita mediante o 
recurso a motores sofisticados 
de busca. obviamente que 
estes instrumentos nos dizem 
que Portugal não é o único 
bom mercado para a tAAG. Há 
outros, sem dúvida. mas este 
é seguramente o melhor, tal 
como londres é para qualquer 
companhia nigeriana, ou Paris 
para qualquer companhia tunisina, 
para apenas citar estes exemplos.
em meio à pandemia, a tAAG teve 
acesso a novos financiamentos ou 
ajudas públicas para superar a crise?
este é um tabu que nos está 
a ser difícil esclarecer ou 
convencer a opinião pública. 
Até ao momento, a tAAG 
só foi financiada pelos seus 
clientes. esperamos com 
alguma ansiedade a ajuda do 
estado angolano,seja pela via 
da capitalização da empresa, 
pela via do empréstimo, 
ou ainda pela concessão 
de garantias soberanas, ou 
outras vias. entendemos 
perfeitamente os desafios 
do estado neste momento 
tão difícil, mas achamos que 
não é avisado deixar morrer a 
companhia de bandeira. 
temos estado 
permanentemente a contactar 
instituições financeiras 
nacionais e internacionais 
para suporte de tesouraria. 
todavia apresentam-nos 
exigências impossíveis de 
comportar e nem aceitam a 
colocação dos nossos activos 
como garantia. A criatividade 
financeira apresenta-nos 
hoje muitas modalidades 
de financiamento. Contudo, 
os nossos esforços têm sido 
infrutíferos. Pensamos que 
as incertezas de controlo da 
pandemia a nível mundial 
levam a que estas instituições 
ainda não estejam permeáveis 
a assumir alguns riscos.
A chAVe eStá No PLANo De reStruturAção DA coMPANhiA De bANDeirA
}
AS RoTAS 
nACionAiS FAzEM 
pARTE Do oBJECTo 
E RAzão DE ExiSTiR 
DA TAAG E, poR iSSo, 
ESTARão SEMpRE 
nAS pRioRiDADES DA 
CoMpAnhiA
“PortuGAL é e há De Ser 
o MeLhor DeStiNo iNterNAcioNAL 
DA tAAG”
 A TAAG, EnquAnTo AGEnTE EConóMiCo, 
TEM quE SER RACionAL E pRoCuRAR A RECEiTA Lá onDE ELA
SE EnConTRE. A ESCoLhA DE DESTinoS É FEiTA 
MEDiAnTE o RECuRSo A MoToRES SoFiSTiCADoS DE BuSCA 
12 Economia & FinançasFinAnÇAS
Arão Martins | Humpata
C 
inco projectos 
inseridos no Plano 
Integrado de Inter-
venção nos Muni-
cípios ( PI I M), 
nos domínios da 
saúde, educação, 
água e energia eléctrica, foram 
concluídos no município da Hum-
pata, província da Huíla.
A administradora munici-
pal da Humpata, Rita Miranda 
Soma, explicou que, aquela 
municipalidade conta com 12 
projectos, avaliados em cerca 
de kz 2, 6 mil milhões.
A responsável disse que dos 
12 projectos, cinco já foram 
concluídos e inaugurados, tais 
como o hospital municipal, uma 
escola de 12 salas na localidade 
de Honkuluvala, duas escolas 7 
salas cada nas localidades da 
Taka, comuna da Palanca e Kalu-
mue 1, na comuna da Palanca e 
a subestação eléctrica na sede 
municipal da Humpata.
Informou que relativamente 
à execução financeira acumu-
lada do PIIM, foram pagos até 
ontem, kz 1.603.230.940,90 (um 
mil milhão, seiscentos e três 
milhões, duzentos e trinta mil, 
novecentos e quarenta kwanzas 
e noventa cêntimos), o que cor-
responde a uma execução finan-
ceira na ordem de 76 e física de 
74 por cento, respectivamente.
Esclareceu que em emprei-
tadas foram gastos kz 1, 5 mil 
milhão. Acrescentou que nos 
serviços de fiscalização, foram 
gastos kz 51, 4 milhões. Susten-
tou que, com o apetrechamento, 
os gastos foram na ordem de kz 
262,7 milhões.Rita Soma reconheceu o 
impacto positivo do PIIM, na vida 
das comunidades em vários domí-
nios. Com o programa, referiu, 
está-se a melhorar a circulação 
de pessoas e bens, com os projec-
tos de asfaltagem de cinco qui-
lómetros e 800 metros na sede 
municipal, e 42 quilómetros de ter-
raplanagem das vias inter-comu-
nais, nomeadamente o Alto Bimbi, 
Neves e Bata-bata. 
Sustentou que no domínio da 
educação estão a ser construídas 
65 salas de aulas. Segundo disse, 
o objectivo é beneficiar mais de 
5.425 alunos, adiantando que o 
ganho vai permitir reduzir as 
actuais 155 turmas ao ar livre.
Já no sector da saúde, refe-
riu, com a conclusão do Hospi-
tal Municipal inaugurado e do 
centro de saúde das neves em 
curso, pretende-se aumentar 
a capacidade de internamento 
para mais de 140 camas, das 
120 já existentes.
No âmbito do sector de ener-
gia eléctrica, indicou, com a 
recente inauguração da subes-
tação eléctrica, conseguiu-se 
melhorar a qualidade e a regu-
laridade do fornecimento de 
energia eléctrica com poten-
cial para beneficiar mais de 19 
mil habitantes, o que permitirá 
após a implementação da rede 
de baixa e média tenção, 5 mil 
ligações domiciliares.
“Com o início do Plano 
Integrado de Intervenção nos 
Municípios, criou-se mais de 
370 postos de emprego direc-
tos”, revelou.
Execução financeira acumulada 
liquidou mais de 1,6 mil milhões 
de kwanzas na Humpata
CMC esclarece papel dos 
agentes de intermediação e 
infra-estruturas de mercado
Os Agentes de Intermediação 
e Infra-estruturas de Mer-
cado, foi o tema que dominou 
o webinar sobre mediação e 
transacção financeira reali-
zada pela Comissão do Mer-
cado de Capitais (CMC).
O objectivo do evento foi dar 
a conhecer ao público, o papel 
desempenhado pelos Agentes 
de Intermediação e a sua impor-
tância para a alavancagem do 
mercado de valores mobiliários 
angolano (MVM).
Esta iniciativa insere-se no 
âmbito das acções que visam 
promover o reforço da ima-
gem institucional da CMC, 
para que assegurem o conhe-
cimento e entendimento do seu 
papel enquanto entidade regu-
ladora e garantam a percepção 
da mesma, como uma presença 
incontornável no mercado, 
através da promoção de uma 
política de proximidade com o 
público, factor que a CMC defi-
niu como parte integrante da 
sua estratégia para dinamiza-
ção do MVM no país
Durante a sessão, Andilson 
Clemente, Técnico da Divisão de 
Educação Financeira da CMC 
e Hermenegilda Gomes, Eco-
nomista do Departamento de 
Supervisão de Intermediação 
Financeira e Infra-estruturas 
de Mercado da CMC, esclarece-
ram as dúvidas apresentadas 
pelos internautas relativamente 
à definição e a importância da 
existência de intermediários no 
sistema financeiro de um país.
Foram abordados temas 
como, o tipo de informação que 
o intermediário financeiro deve 
transmitir ao potencial inves-
tidor, as responsabilidades que 
a CMC tem em relação a estes, 
a diferença entre correctoras 
de valores mobiliários e ban-
cos/distribuidoras e ainda os 
requisitos necessários para o 
exercício da actividade no país.
Foram igualmente divul-
gados, os procedimentos e as 
regras que podem auxiliar os 
potenciais investidores numa 
possível tomada de decisão de 
investimento e incentivada a 
aposta neste segmento de mer-
cado, enquanto canal alternativo 
e complementar para o financia-
mento da economia angolana.
Os técnicos deram a conhe-
cer que, intermediários finan-
ceiros são os agentes que 
fazem a mediação de transac-
ções financeiras, transferindo 
dinheiro dos agentes superavi-
tários (que passam a ser credo-
res) para os agentes deficitários 
(que se tornam devedores). 
Actualmente, estão regis-
tados na CMC um total de 
27 intermediários financei-
ros, dos quais 24 bancos e 3 
correctoras.
PIIM VALORES MOBILIÁRIOS
ProGrAMA De coMbAte à PobrezA AtiNGe MiLhAreS De beNeficiárioS 
mais de 28.160 mil pessoas 
beneficiaram directamente 
de acções do programa de 
combate à pobreza, até março 
último, no município da 
Humpata, província da Huíla, 
informou, a administradora 
municipal.
rita soma que prestou a 
informação, à margem da visita 
que os deputados da bancada 
parlamentar do mPlA pelo 
círculo provincial efectuaram 
aos projectos do Piim e de 
combate à pobreza, disse 
que foram executadas acções 
nos domínios de apoio à 
campanha de registo civil, água, 
aquisição de bens alimentares 
da cesta básica e outros. 
informou que com o programa 
foram adquiridos meios de 
biossegurança para apoiar as 
instituições escolares, devido à 
Covid-19, reparação de bombas 
submersível do ponto de água 
da estação de tratamento de 
água, na comuna da Palanca.
Disse que foi ainda 
construída uma captação de 
água semi-industrial na sede 
municipal da Humpata para 
melhorar a capacidade de 
produção de água da estação de 
tratamento de Água (etA).
A administradora municipal 
da Humpata referiu ainda, a 
construção de um alpendre 
para albergar as mulheres 
empreendedoras na venda de 
churrascos, distribuição de kits 
profissionais que beneficiaram 
mais de 114 ex-militares.
esclareceu que a 
Administração municipal da 
Humpata empregou mais de 
6 milhões de kwanzas no 
programa de reparação da 
ruptura do canal de irrigação 
da barragem das neves. A 
administradora municipal 
da Humpata defendeu a 
necessidade da reabilitação e 
desassoreamento da barragem 
das neves, bem como dos 
38 quilómetros do perímetro 
irrigado da mesma barragem.
Disse ainda ser necessário 
a construção de sistemas de 
água para os novos fogos 
habitacionais na localidade da 
Palanca, reabilitação e expansão 
do sistema de abastecimento 
de água da sede municipal 
inscrito no orçamento Geral do 
estado (oGe) do ministério da 
energia e Água, desde 2020 e 
actualmente sem execução.
Destacou ser necessário 
a construção de cinco 
administrações comunais e 
respectivos serviços de apoios, 
a asfaltagem, pavimentação 
de 6 km de estrada nas novas 
urbanizações da Palanca, no 
âmbito da autoconstrução 
dirigida e dos 200 fogos 
habitacionais.
referiu, igualmente, o 
apetrechamento do centro 
comunitário, reestruturação 
e aconselhamento social nas 
localidades de Caholo e neves 
para mais de 70 crianças da 
mesma localidade. 
13Sexta-feira, 7 de maio de 2021 FinAnÇAS
Pedro Peterson
As remessas dos imi-grantes angolanos recebidas do resto do mundo atingiram no quarto trimestre 
de 2020, cerca de 3,3 milhões de 
dólares norte-americanos, con-
tra 1,9 milhões registados no tri-
mestre anterior, e 1,1 milhões no 
período homólogo, representando 
um acréscimo de 75,7 e 211,2 por 
cento, respectivamente.
Seg undo o relatório do 
Banco Nacional de A ngola 
( BNA ), o saldo líquido das 
remessas e outras transfe-
rências pessoais, continuou a 
registar valores negativos para 
o país, quase na mesma pro-
porção das remessas enviadas, 
uma vez que as mesmas con-
tinuam a suplantar as remes-
sas recebidas do exterior, que 
registam um valor residual.
Comparado ao terceiro tri-
mestre de 2020, as remessas 
recebidas tiveram um cresci-
mento de aproximadamente 
75,7 por cento, enquanto as 
enviadas decresceram em cerca 
de 5,1 por cento 
Relativamente aos países de 
origem das remessas que entram 
para Angola, Portugal mantém-
-se na liderança com um peso de 
12,9 por cento, seguido dos Esta-
dos Unidos da América (EUA) e 
do Grã-Bretanha com 9,8 e 9,3 
por cento, respectivamente.
Esta posição, segundo o BNA, 
continua a ser justificada pelo 
facto de Portugal ainda se cons-
tituir num dos principais desti-
nos dos angolanos que tomam a 
decisão de emigrar a fim de cum-
prirem certas obrigações eco-
nómicas e financeiras no país.
Apesar das remessas se 
constituírem uma das princi-
pais fontes externas de apoio 
à redução da pobreza e de 
investimento nos países em 
desenvolvimento, as quantias 
recebidas do resto do mundo 
no período em análise perma-
neceram ínfimas, presumivel-
mente, destinadas a cobertura 
de necessidades pontuais de 
consumo, significando que 
as receitas que ingressam no 
país,nesta categoria, não têm 
tido grande impacto na acti-
vidade económica.
O documento sustenta que, 
além dos canais formais, os 
remetentes utilizam também 
os informais, como amigos 
viajantes, familiares, socie-
dades comerciais e outros, 
o que pode de certa for ma 
indiciar que os montantes 
ora analisados podem estar 
abaixo do total de remessas 
que efectivamente entram no 
território nacional.
Remessas 
atingem
3,3 mil 
milhões 
de dólares
ANGOLANOS NO ESTRANGEIRO
}
ApESAR DE AS REMESSAS ConSTiTuiREM 
uMA DAS pRinCipAiS FonTES ExTERnAS DE 
Apoio à REDuÇão à poBREzA noS pAíSES EM 
DESEnVoLViMEnTo, AS quAnTiAS RECEBiDAS 
não TêM TiDo GRAnDE iMpACTo nA 
ACTiViDADE EConóMiCA DESSAS EConoMiAS 
VALor DoS eStrANGeiroS SoMA 145,7 MiLhõeS PortuGAL LiDerA LiStA De reMeSSAS
As remessas enviadas pelos 
estrangeiros residentes no 
país para o resto do mundo 
atingiram 145,7 milhões de 
dólares norte-americanos, 
representando uma diminuição 
de 5,1 por cento, quando 
comparadas com o trimestre 
anterior em que as mesmas 
se cifraram em 153,4 milhões 
de dólares e um acréscimo de 
159 por cento em relação ao 
período homologo.
Dos principais países de 
destino das remessas, o 
destaque vai para Portugal 
com 77 por cento dos valores 
enviados pelos residentes, 
seguido do Vietname e da 
China com 6,1 e 4,4 por cento 
respectivamente.
A posição de Portugal pode 
ser explicada pela dimensão 
da comunidade portuguesa 
no nosso país, pela dimensão 
da comunidade angolana 
naquele país que depende dos 
recursos oriundos de Angola 
para suportar as despesas 
de educação e saúde, entre 
outras, bem como pelo facto 
de Portugal se constituir na 
porta de saída para as remessas 
destinadas a outros países da 
europa e não só.
nos principais destinos das 
remessas, destaque para o 
Vietname que à semelhança 
do trimestre anterior, 
posicionou-se em segundo 
lugar, justificado pela dimensão 
da comunidade vietnamita 
no nosso país, constituída 
maioritariamente por médicos, 
professores e comerciantes.
no Continente Africano, 
destaque para o surgimento 
da namíbia entre os principais 
destinos, que pode ser 
explicada pelas deslocações por 
questões de saúde, bem como 
pela comunidade angolana 
estudantil e não só residente 
naquele país
Portugal tem sido o maior 
destino das remessas recebidas 
e enviadas por residentes 
em Angola e o saldo dessas 
transacções é historicamente 
negativo para o nosso país, 
significando que nesta categoria 
Angola continua a enviar para 
Portugal muito mais recursos 
financeiros do que recebe.
no período em análise, as 
remessas recebidas de Portugal 
tiveram um aumento de 12,3 
por cento em relação ao 
período anterior ao passar de 
0,38 milhões de dólares norte-
americanos no terceiro trimestre 
para 0,42 milhões de dólares 
no quarto trimestre de 2020, ao 
passo que as remessas enviadas 
registaram um decréscimo na 
ordem dos 7,7 por cento ao 
atingir a cifra de 112,2 milhões 
de dólares no quarto trimestre, 
contra os 121,5 milhões de 
dólares alcançados no trimestre 
anterior.
De acordo com a da Balança 
de Pagamentos e da Posição de 
investimento internacional, as 
transferências pessoais consistem 
em todas as transferências 
correntes em dinheiro ou em 
espécie realizadas/recebidas 
por famílias residentes de/para 
famílias não residentes.
As transferências pessoais, 
incluem todas as transferências 
correntes entre residentes e não 
residentes.
Segundo o relatório do Banco Nacional de Angola (BNA), 
o saldo líquido das remessas e outras transferências pessoais, 
continuou a registar valores negativos para o país, quase 
na mesma proporção das remessas enviadas, uma vez que 
as mesmas continuam a suplantar as remessas recebidas 
do exterior que registam um valor residual
14 Economia & FinançasMERCADo
Vânia Inácio
A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), anunciou, ontem, em comunicado de 
imprensa, a internacionalização 
de venda de derivados de petró-
leo para a Zâmbia, para a cons-
trução de um gasoduto, a partir 
do Porto Comercial do Lobito, na 
província de Benguela, para fazer 
chegar, àquele país, um pipeline 
multiuso para o transporte de pro-
dutos energéticos e combustíveis.
O acordo, que foi assinado na 
passada quinta feira, 30 de Abril, 
em Luanda, é resultante da assi-
natura de um Memorando de 
Entendimento entre os dois esta-
dos, encabeçada pelo ministro dos 
Recursos Minerais, Petróleo e Gás 
de Angola, Diamantino Azevedo.
Dentro da sua estratégia de 
internacionalização, a Sonangol, 
através da sua Unidade de Negó-
cio de Distribuição e Comercia-
lização (UNDC), irá optimizar a 
rede de distribuição e comercia-
lização de produtos derivados de 
hidrocarbonetos líquidos, por via 
da exploração de novas oportuni-
dades de negócio na região.
Há cerca de três anos que a Zâm-
bia mostra interesse em construir 
um pipeline multi-produtos, para 
abastecer o seu país em derivados 
de petróleo, incluindo gasóleo, 
gasolina e gás, o que fomentou as 
relações bilaterais entre os países 
fronteiriços que têm vindo a dar 
saltos colossais benéficos para as 
duas partes.
Acordo entre Angola 
e Zâmbia abre 
novos mercados
Desde o início do ano, o petró-
leo bruto subiu 32 por cento. 
Analistas internacionais afir-
maram na semana passada 
que esperam que atinja 80 
dólares até ao final do ano, 
já que a reabertura das eco-
nomias dos EUA e da Europa, 
em particular, traz de volta a 
demanda global pela commo-
dity industrial mais impor-
tante do mundo, mais rápido 
do que parecia possível ape-
nas alguns meses atrás.
Na quarta feira desta semana, 
os futuros do Brent testaram 70 
dólares por barril pela primeira 
vez em dois meses depois que o 
American Petroleum Institute 
relatou a maior queda semanal 
dos estoques desde Novembro. .
Na quinta-feira passada, os 
preços do petróleo caíam, apesar 
da queda nos estoques de petró-
leo dos EUA em quase 8 milhões 
de barris na semana passada.
Com isso, os futuros do petró-
leo WTI caíam 0,91 por cento 
abaixo, a 65,02 dólares o barril, 
enquanto o contrato do Brent 
recuava 0,77 por cento, para 
68,43 dólares norte americano.
As acções dos EUA subiram na 
abertura da última quinta-feira 
com novos máximos à medida 
que a temporada de ganhos do 
primeiro trimestre segue sur-
preendendo positivamente.
Às 9h29 de ontem, os contra-
tos futuros do Dow Jones subi-
ram 0,06 por cento, enquanto os 
do S&P 500 e os do Nasdaq caiam 
ambos 0,03 por cento .
Foi considerada a semana de 
ganhos mais movimentada do 
trimestre. Já o ouro futuro subia 
0,66 por cento para 1.796,25 
dólar a onça.
Uma das relações comerciais mais 
importantes do mundo piorou 
ainda mais, o último passo para 
a alienação económica da China 
em relação ao Ocidente.
O gigante asiático disse que sus-
penderá o diálogo económico estra-
tégico com a Austrália depois que 
esta última decidiu cancelar uma 
série de investimentos chineses no 
país sob a iniciativa ‘Belt and Road’. 
A China já reduziu drasticamente as 
compras de cevada e carvão austra-
lianos, mas não de minério de ferro, 
que continua sendo essencial para 
alimentar o boom de infraestrutura.
A medida veio um dia depois que 
o G7, que inclui países europeus e o 
Japão, mas não a Austrália, emitir 
uma declaração condenando a China 
pelos abusos de direitos humanos 
contra sua minoria muçulmana em 
Xinjiang, e pela insistência em blo-
quear Taiwan dos fóruns da Organi-
zação Mundial da Saúde. A declaração 
abre caminho para acções mais con-
cretas a serem pelo menos discuti-
das na cúpula do G7 em Julho.
DERIVADOS DO PETRÓLEO
Petróleo poderá 
chegar a 80 dólares 
até final do ano
Futuros dos EUA 
estáveis com agendas 
de balanços lotados 
G7 ataca a China que desconta 
a frustração na Austrália
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 cotAçõeS
taxas de Juro
 moeda 07 mai 2021
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eUriBor 6 meses eUr -0,515
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