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1 Classificação dos seres vivos Sistemática – estudo da diversidade, descrição dos organismos, incluindo a sua filogenia; Taxonomia – estudo da classificação, incluindo nomes, normas e princípios; Classificação – ordenação dos seres vivos em grupos, com base em parentesco, semelhança morfológica, entre outros, e sua hierarquização. Deste modo, a classificação tem por objetivo a economia de pensamento, a facilidade de manuseio, a formulação de hipóteses de investigação e previsões. As classificações devem ser estáveis e conter informação sobre a semelhança morfológica, relações evolutivas, entre outros aspectos. Taxonomia Taxonomia (do grego antigo τάξις táxis, arranjo e nomia νομία, método) é a disciplina acadêmica que define os grupos de organismos biológicos, com base em características comuns e dá nomes a esses grupos. Para cada grupo é dado uma nota e os grupos podem ser agregados para formar um super grupo de maior pontuação, criando uma classificação hierárquica. Os grupos criados por este processo são referidos como taxa (singular táxon). Taxonomia ( taxis = ordem / nomo = lei ) (Sistemática ou Classificação Biológica) Conceito: A Taxonomia (do latim taxon - grupo e nomos - normas) é a ciência responsável por nomear, descrever e classificar os seres vivos, e serve de base para disciplinas como a genética, ecologia, ou qualquer outra na área biológica. Importância da taxonomia • Organizar os seres em categorias taxonômicas facilitou o estudo e a análise baseada em semelhança e diferenças. Por que nomear? • Para facilitar a comunicação E porque normas para dar nomes? • Para tornar estes nomes universais 2 História da Taxonomia “A profissão mais antiga do mundo” No Oriente, um dos primeiros registros de farmacopeias foi escrito por Shen Nung, imperador da China (c. 3000 aC). Ele queria divulgar informações relacionadas com a agricultura e medicina, e diz-se ter provado centenas de plantas com o objetivo de aprender o seu valor medicinal. Registros são difíceis de interpretar depois de algum tempo, mas ilustrações de plantas medicinais aparecem em pinturas egípcias datadas de 1500 aC. As pinturas mostram claramente que essas sociedades valorizavam e comunicavam o uso de diferentes espécies e tinham uma taxonomia básica. A história da Taxonomia Registros históricos mostram que a classificação dos organismos informalmente ocorreu nos tempos de Aristóteles (Grécia, 384-322 aC), que foi o primeiro a começar a classificar todas as coisas vivas. Alguns termos que ele deu para os animais, como os invertebrados e vertebrados ainda são comumente usados. Seu aluno Teofrasto (Grécia, 370- 285 aC) continuou esta tradição e escreveu uma classificação de 480 plantas chamado Historia Plantarum. Vários grupos de plantas reconhecidas atualmente ainda pode ser rastreada até Teofrasto, como Cornus, Açafrão e Narciso. Aristóteles (Grécia, 384-322 a.C.) » Boa classificação » Usada por mais de vinte séculos » Critérios taxonômicos dicotômicos. -Conceitos: Compreensão e extensão -Compreensão-- características essenciais dos conceitos -Extensão -- número, quantidade de sujeitos aos que pode aplicar-se. Aristóteles (Grécia, 384-322 a.C.) Colocam ovos Enaima (com sangue) Crias vivas Reino Animal Colocam ovos Anaima (sem sangue) Não colocam ovos 3 Histórico: Aristóteles: Fez uma das primeiras classificações. * Animais de sangue quente * Animais de sangue frio Teofrastos: Classificou vegetais quanto ao tamanho. * Gramíneas * Ervas * Arbustos * Árvores OBS: Ambas são classificações artificiais pois, observam apenas um critério de classificação escolhido arbitrariamente. A história da Taxonomia Registros históricos mostram que a classificação dos organismos informalmente ocorreu nos tempos de Aristóteles (Grécia, 384-322 aC), que foi o primeiro a começar a classificar todas as coisas vivas. Alguns termos que ele deu para os animais, como os invertebrados e vertebrados ainda são comumente usados. Seu aluno Teofrasto (Grécia, 370-285 aC) continuou esta tradição e escreveu uma classificação de 480 plantas chamado Historia Plantarum. Vários grupos de plantas reconhecidas atualmente ainda pode ser rastreada até Teofrasto, como Cornus, Açafrão e Narciso. O próximo grande ressurgimento de taxonomistas chegou com Plínio, o Velho (Roma, 23-79 dC). Elaborou 160 volumes do trabalho Naturalis Historia, descreveu muitas plantas e deu muitos nomes latinos com nomenclatura binomial. A história da Taxonomia Um dos primeiros autores a tirar vantagem deste salto tecnológico foi Andrea Cesalpino (Itália, 1519- 1603), que é muitas vezes é referido como "o primeiro taxonomista". Sua grande obra De Plantis saiu em 1583 e descreveu mais de 1.500 espécies de plantas. Duas grandes famílias de plantas que ele primeiro reconheceu ainda estão em uso hoje: o Asteraceae e Brassicaceae. Cerca de 1500 anos depois o desenvolvimento das sofisticadas lentes ópticas permitiu o estudo da morfologia dos organismos com muito mais detalhes. No século XVII, John Ray (Inglaterra, 1627-1705) escreveu muitas obras taxonômicas importantes. Indiscutivelmente a sua maior realização foi Methodus Plantarum Nova (1682), onde publicou mais de 18.000 espécies de plantas. Na época suas classificações foram, a mais complexa produzida por um taxonomista, pois ele baseou seus táxons em muitos caracteres combinados. Os próximos trabalhos taxonômicos importantes foram produzidos por Joseph Pitton de Tournefort (França, 1656-1708). Seu trabalho, a partir de 1700, Institutiones Rei Herbariae, incluiu mais de 9.000 espécies em 698 gêneros. John Ray (Inglaterra, 1628-1705) Historia Plantarum Agrupou espécies em gêneros. Poucos gêneros com muitas espécies. Gênero e espécie. Segundo nome descritivo, diagnose. (Fundamentia divisonis ou Differentia) Época das expedições, novas descobertas Sistema confuso e inviável. Karl von Linné (Suécia, 1707-1778) » Simplificou e organizou os procedimentos » Acatou parte do sistema de Ray. » No início usava o “Differentia specifica” » Depois criou um sistema binomial e um método de classificação hierárquica (especies- gêneros- ordens- classes- Reinos) » “ nomen est” Sistemas de classificação dos seres vivos @ Linnaeus (séc. XVIII): reinos Animal e Vegetal @ Richard Owen (1843): introdução do reino Protista @ Charles Darwin(1858): introdução do reino Protista Organismos mudavam ao longo do tempo transmitidas de uma geração para outra teoria da evolução biológica. Desenvolvida, simultaneamente, por Charles Darwin e Alfred Wallace em 1858 e ganhou repercussão com a publicação, em 1859, do livro de Darwin "A Origem das Espécies pela Seleção Natural“. Os conceitos de parentesco (ou de Relacionamento Filogenético e ancestralidade comum, bases da teoria evolutiva, foram aceitos pela comunidade científica, mas demoraram a ser incorporados na prática de catalogação e classificação das espécies. 4 Sistemas de classificação dos seres vivos @ Linnaeus (séc. XVIII): reinos Animal e Vegetal @ Richard Owen (1843): introdução do reino Protista @ Haeckel (1866): introdução do reino Protista @ Copeland (1956): introdução do Reino Monera (Mychota) @ Whittaker (1969): 5 reinos, dividos principalmente pelas caracteríscas morfólogicas e fisiológicas: @ Woese (1977-1990): Baseia-se na Filogenética Atualmente usado: ARCHAE - Procariontes BACTERIA - Procariontes EUKARYA - Eucariontes Monera Protista Fungi Plantae Animalia A Era Linnaeus O botânico sueco Carl Linnaeus (1707-1778) marcou o início de uma nova era na taxonomia. Com suas principais obras Systema Naturae (primeira edição) em 1735, Species Plantarum em 1753, e Systema Naturae (Edição 10), ele revolucionou a taxonomia moderna. Suas obras implementaram umsistema de nomenclatura binomial padronizado para espécies animais e vegetais, o que provou ser uma solução elegante para uma literatura taxonômica caótica e desorganizada. O sistema de Linnaeus nasceu e ainda hoje é usado essencialmente da mesma maneira que no século XVIII. Atualmente, os taxonomistas de plantas e animais consideram o trabalho de Linnaeus como o "ponto de partida" para nomes válidos (em 1753 e 1758, respectivamente). Os nomes publicados antes destas datas são referidos como "pré-Linnaeus" e não são considerado válidos (com a excepção das aranhas publicados em Svenska Spindlar). Até mesmo nomes taxonômicos publicados por Carl Linnaeus antes destas datas são consideradas pré-Linnaeus. Karl von Linné (Suécia, 1707-1778) » Sistema binomial - Gênero: coletivo, maiúscula - Espécie: individual, minúscula » Mantinha o conceito amplo de gênero. » Respeito à prioridade de datas. » Conceito de estabilidade » Não usou sub-espécies, só variedades. Karl von Linné Pai da Taxonomia. Em 1735, o botânico e médico sueco “Lineu” lançou o livro “ Systema Naturae” com os princípios básicos da classificação biológica. • Estabeleceu a espécie como base da classificação. • Criou as categorias taxonômicas ( Reino, Filo Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie ) • Propôs o uso de Latim com idioma oficial da Taxonomia • Estabeleceu a nomenclatura binomial ( binomial ) para espécie. - 1758. 10ª Ed. Systema Naturae » Incluiu plantas e animais » Uso consistente do sistema binomial. » Primeira regulamentação para a Nomenclatura Zoológica » Data oficial: 1 de janeiro de 1758 »Sistema hierárquico de classificação -1753. Species Plantarum Exemplo de Lineu: Pantera: nome científico = Panthera leo Onça: nome científico = Panthera onça Panthera onça Nome do gênero Epíteto específico Gênero é um conjunto de espécies semelhantes Epíteto específico é o termo que designa a espécie 5 »TÁXON: grupo de organismos reconhecidos como uma unidade em algum nível da classificação hierárquica (Animalia, Chordata, Primates, Homo sapiens). »CATEGORIA: é determinado nível hierárquico em que certos taxa são classificados (filo, classe, ordem, família, gênero, espécie). Descrições taxonômicas O táxon deve receber um nome com base nas 26 letras do alfabeto latino •Espécies devem ser descritas com dois nomes (binômio) •Os demais táxons com apenas um nome (uninômio) O nome deve ser único (não pode ter um homônimo). A descrição deve basear-se em pelo menos uma Espécie. Ela deve incluir referências e atributos que tornem o táxon único. Estes quatro primeiros requisitos devem ser publicados em uma obra em que haja um grande numero de cópias idênticas, como um registro científico permanente. As 8 Categorias 1. DOMINIO (Archea, Bacteria, EuKarya, ) 2. REINO 3. FILO OU DIVISÃO 4. CLASSE 5. ORDEM 6. FAMILIA 7. GENERO 8. ESPÉCIE Unidade natural de classificação. É o conjunto de indivíduos semelhantes que se cruzam naturalmente e geram descendentes. OBS: Devido à complexidade e alguns grupos foi necessário criar sub-grupos (subgênero, subespécie, superordem, subfilo, etc. Humano (Homo sapiens) Dominio Eukarya Reino Animalia Filo Chordata Subfilo Vertebrata Classe Mammalia Subclasse Theria Infraclasse Eutheria Ordem Primates Subordem Haplorrhini Familia Hominidae Género Homo SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÕES 1 - CLASSIFICAÇÕES PRÁTICAS Agrupamentos de seres vivos de acordo com seu interesse ou utilidade para o homem. Persistem até hoje. Venenosos ou não, comestíveis ou não,... http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Humano&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Homo_sapiens&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Eukarya&action=edit http://gl.wikipedia.org/wiki/Animal http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Chordate&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Vertebrate&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Mammal&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Theria&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Eutheria&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Primate&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Haplorrhini&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Hominid&action=edit http://gl.wikipedia.org/w/index.php?title=Homo_(genus)&action=edit 6 2 - CLASSIFICAÇÕES RACIONAIS Agrupamento dos seres vivos de acordo com as características que apresentam. Podem ser artificiais, naturais ou verticais. 2.1 - CLASSIFICAÇÃO ARTIFICAL Baseia-se em poucos critérios arbitrários. Algumas se baseavam na morfologia externa (forma), outras no habitat (aquático, terrestre e aéreo) e até na sua utilidade (úteis, nocivos e indiferentes). Formam grupos muito heterogêneos. 2 - CLASSIFICAÇÕES RACIONAIS HORIZONTAL Iniciada pelos gregos no séc. IV a. C. Aristóteles: usou o tipo de ambiente. Animais aéreos, aquáticos e terrestres. Teofrasto: plantas de acordo com o tamanho. Ervas, arbustos e árvores. Santo Agostinho: Animais úteis, nocivos e inúteis ao homem. 2.1 - CLASSIFICAÇÃO ARTIFICAL 2 - CLASSIFICAÇÕES RACIONAIS HORIZONTAL Séc. XIV: necessidade de critérios mais bem definidos para a classificação biológica. Carl von Linnée ou Lineu: 1735, Systema Naturae. Principal critério: comparação por morfologia – semelhanças e diferenças anatômicas e estruturais entre os seres vivos. 2.1 - CLASSIFICAÇÃO ARTIFICAL 2 - CLASSIFICAÇÕES RACIONAIS HORIZONTAL 2.2 - CLASSIFICAÇÃO NATURAL Baseia-se em aspectos evolutivos, como a anatomia, a fisiologia, a genética, o desenvolvimento embrionário, .... Essa classificação permite estabelecer a filogênese (filo = raça, gênese = origem) ou filogenia, ou seja, a possível sequência em que os seres vivos surgiram, tentando mostrar a história evolutiva de cada grupo e o grau de parentesco evolutivo entre os diversos grupos. 2 - CLASSIFICAÇÕES RACIONAIS HORIZONTAL 2.3 - CLASSIFICAÇÃO FENÉTICA . Permitir a identificação rápida de um ser vivo, sem se preocupar com as relações evolutivas desse organismo com outros. Uma desvantagem: nem todas as características fenotípicas semelhantes corresponderem a uma proximidade evolutiva. Ex: Uma evolução convergente, que originou estruturas análogas. 2 - CLASSIFICAÇÕES RACIONAIS HORIZONTAL 7 Baseia-se nas relações evolutivas entre os organismos, considerando o fator tempo. São dinâmicas. 2 - CLASSIFICAÇÕES RACIONAIS VERTICAL Classificação e parentesco evolutivo O reconhecimento de que as espécies vivas evoluíram a partir de outros organismos mais remotos colocou um novo desafio - agrupar os organismos em categorias que representem afinidades evolutivas. O cão e o lobo estão evolutivamente mais próximos pois partilham o mesmo gênero e, consequentemente, todos os grupos superiores ao gênero. FILOGENÉTICA 2 - CLASSIFICAÇÕES RACIONAIS VERTICAL RESUMO: 1-Diferencie um sistema artificial de um sistema natural de classificação, com base nos princípios em que se baseiam. R: Os sistemas de classificação que não se baseiam em relações de parentesco evolutivo entre os grupos de seres vivos são considerados ARTIFICIAIS, enquanto os sistemas que procuram compreender essa relações são chamados NATURAIS. Nomenclatura científica O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie. O sistema atual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em maiúscula, é o gênero, o segundo, em minúscula, é o epíteto específico. Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Os nomes científicos podem vir do nome do cientista que descreveu a espécie, de um nome popular desta, de uma característica que apresente, do lugar onde ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do gênero e da espécie é impresso em itálico,grifado ou em negrito, o dos outros táxons não. Subespécies têm um nome composto por três palavras. Canis familiares, Canis lupus, Felis catus, Felis silvestris ornata. 8 Nomenclatura científica O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie. Famílias •O nome das famílias dos animais recebe o sufixo idae e o da subfamília, o sufixo inae •Felidae; Felinae •Nas plantas o sufixo usado é aceae •Rosaceae, Palmaceae Filogênese dos seres Diagramas em forma de árvore - elaborados com dados de anatomia e embriologia comparadas, além de informações derivadas do estudo de fósseis - mostraram a hipotética origem de grupos a partir de supostos ancestrais. Essas supostas "árvores genealógicas" ou "filogenéticas" (do grego, phylon = raça, tribo + génesis = fonte, origem, início) simbolizavam a história evolutiva dos grupos que eram comparados, além de sugerir uma provável época de origem para cada um deles. Atualmente com um maior número de informações sobre os grupos taxonômicos passaram-se a utilizar computadores para se gerar as arvores filogenéticas e os cladogramas para estabelecer as inúmeras relações entre os seres vivos. Regras Internacionais 1. Nomes científicos devem ser escritos em latim ou latinizados quando derivados de outra língua. 2. Nome do gênero com inicial maiúscula, e epíteto específico, minúscula. 3. Nomes manuscritos devem ser sublinhados, exceto quando em itálico ou negrito. Ex: Homo sapiens ou Homo sapiens 4. A nomenclatura para Subespécie é trinominal. : Cascavel brasileira = Crotalus terrificus terrificus Cascavel venezuelana = Crotalus terrificus durissus 5. A designação para Subgênero aparece entre o gênero e o epíteto específico, entre parênteses e com inicial maiúscula. Mosquito da Dengue = Aedes ( Stegomya ) aegypti 6. Se o autor da descrição for mencionado, seu nome deve vir após o termo específico sem pontuação. A data de descrição vem após a vírgula. Ex: Trypanossoma cruzi Chagas, 1909. 7. Tem prioridade os nomes registrados em primeiro lugar. Assim se um pesquisador descrever um animal já classificado, prevalece o primeiro nome. 8. O nome das famílias dos animais recebe o sufixo idae e o da subfamília, inae. Ex: Felidae, Felinae.... Nos vegetais, utiliza-se o sufixo aceae para as famílias. Ex: Rosaceae, Orquidaceae..... Exemplo de Classificação Proposta de Whittaker (1969): 5 reinos, divididos principalmente pelas características morfológicas e fisiológicas: Monera Protista Animal Vegetal Fungi 9 REINOS CARACTERÍSTICAS REPRESENTANTES Monera Unicelulares e procariontes Bactérias e Cianobactérias ( algas azuis ) Protista Uni ou pluricelulares; eucariontes (s/tecidos verdadeiros) Protozoários e algas Fungi Uni ou pluricelulares, eucariontes e heterótrofos por absorção Fungos Plantae Pluricelulares, eucariontes e autótrofos Todos vegetais Animalia Pluricelulares, eucariontes e heterótrofos por ingestão Todos os animais CLASSIFICAÇÃO DOS CINCO REINOS (s/tecidos verdadeiros) Woese (1977-1990), sistema de classificação baseado principalmente em aspectos evolutivos (filogenética), a partir da comparação das sequências de rRNA de diferentes organismos. 3 domínios (contendo os 5 reinos), empregando-se dados associados ao caráter evolutivo. Archaea: Procariotos Bacteria: Procariotos Eukarya: Eucariotos Sistemas de classificação dos seres vivos Archaea Archaea: são organismos procariontes que, frequentemente são encontrados em ambientes cujas condições são bastante extremas (semelhantes às condições ambientais primordiais na Terra), sendo considerados muito semelhantes às bactérias “ancestrais” sendo chamadas de Arqueobactérias . No entanto, hoje em dia considera-se as archaeas como um grupo “intermediário” entre procarióticos e eucarióticos. ?????? Bacteria: Bactéria: Corresponde a um enorme grupo de procariotos, anteriormente classificados como eubactérias, representadas pelos organismos patogênicos ao homem, e bactérias encontradas nas águas, solos, ambientes em geral Eukarya Eukarya: No âmbito microbiológico, compreende as algas eucariontes, protozoários, fungos, plantas e animais. Evolução e Sistemática • Atualmente a sistemática se preocupa principalmente em compreender a filogenia: que é a história evolutiva das espécies de seres vivos. • Sistemática filogenética ou cladística: • A cladística foi introduzida a partir da divulgação dos trabalhos de Willi Hennig, em 1966. •As relações evolutivas entre os seres vivos são representadas por diagramas denominados cladogramas (clado = ramo), em que se destacam os pontos onde ocorreram os eventos cladogenéticos e se considera a anagênese como processo contínuo, que origina as novidades evolutivas. 10 Cladogramas Neste tipo de diagrama, utiliza-se uma linha, cujo ponto de origem - a raiz- simboliza um provável grupo (ou espécie) ancestral. De cada nó surge um ramo, que conduz a um ou a vários grupos terminais. Com os cladogramas pode-se estabelecer uma comparação entre as características primitivas - que existiam em grupos ancestrais - e as derivadas - compartilhadas por grupos que os sucederam. Cladograma-Terminologia Ramos, linhagens Nó, ancestral inferido Raiz Terminal Topologia Anagênese e Cladogênese • Anagênese: processo pelo qual um caráter surge ou se modifica numa população ao longo do tempo. • Cladogênese: processo responsável pela ruptura da população, gerando duas ou mais populações que não mais se comunicam (divergência) . Leitura de Cladograma Qual é o é diferente? 11 Grupos Monofiléticos Em cladística, chama- se monofilético a um clado (que pode ser um táxon no sentido da taxonomia de Lineu) que, de acordo com o conhecimento mais recente sobre as suas características anatômicas e genéticas inclui todas as espécies derivadas de uma única espécie ancestral, incluindo esse mesmo ancestral. Exemplos monofilético Grupos Parafiléticos Em cladística, chama- se parafilético um táxon que inclui um grupo de descendentes de um ancestral comum em que estão incluídos vários descendentes desse ancestral porém não todos eles. B e C são parafiléticos Grupos Polifiléticos Em filogenética, chama- se polifilético a um grupo que não inclui o ancestral comum de todos os indíviduos. É um grupo monofilético do qual se retirou um grupo parafilético. Em outras palavras, é a reunião de dois ou mais grupos monofiléticos. Pode- se acrescentar que um grupo polifilético é aquele em que seus integrantes possuem vários ancestrais comuns, um em cada grupo. Grupo polifilético 12 Grupos Naturais GRUPO MONOFILÉTICO Ancestral e todos os descendentes Parafilético e polifilético Não inclui todos os descendentes Princípios da Classificação Zoológica CLASSIFICAÇÕES NATURAIS ...são aquelas que refletem a... HISTÓRIA EVOLUTIVA FILOGENIA Reúnem os organismos por ancestralidade comum Se baseiam em grupos monofiléticos Conceitos básicos de filogenia MONOFILÉTICO Agrupamento natural de táxons. Inclui um ancestral e TODOS os seus descendentes!!! Conceitos básicos de filogenia PARAFILÉTICO e POLIFILÉTICO Agrupamento artificial de táxons. Inclui um ancestral e PARTE dos seus descendentes!!! SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA Classificações baseadas em similaridade não refletem, necessariamente, a filogenia!! Semelhança, simplesmente, não deve ser usada como evidência de proximidade filogenética. Novidades Evolutivas Princípios da Classificação Zoológica 13 Tipos de semelhanças Homologia Aristóteles - homologia: correspondência topológica - analogia: correspondência de função Richard Owen, 1843 - Homologia: “O MESMO ÓRGÃO em diferentes animais apresentando uma grande variedade de formas e funções” “The same organ in different animals under every variety of form and function”- Analogia: “parte ou órgão em um animal com a mesma função de uma outra parte de um outro animal” ‘part or organ in one animal which has the same function as another part or organ in a diferent animal” HOMOLOGIA – ORIGEM COMUM Homologia Aristóteles - homologia: correspondência topológica - analogia: correspondência de função Richard Owen, 1843 - Homologia: “O MESMO ÓRGÃO em diferentes animais apresentando uma grande variedade de formas e funções” “The same organ in different animals under every variety of form and function” - Analogia: “parte ou órgão em um animal com a mesma função de uma outra parte de um outro animal” ‘part or organ in one animal which has the same function as another part or organ in a diferent animal” HOMOLOGIA – ORIGEM COMUM Dentro do paradigma evolutivo a afirmação de HOMOLOGIA em GRUPOS DISTINTOS está associada a idéia de que esta estrutura estava presente no ANCESTRAL COMUM destes grupos. O objetivo da reconstrução filogenética é reconhecer estas homologias e estes grupos Homologia FERRAMENTA BÁSICA para a comparação dos indivíduos distintos . Um dos conceitos mais fundamentais da biologia comparada. Homologia Evidências A evolução não pode ser vista (então temos que nos basear no que vemos nos organismos atuais) Critérios para o reconhecimento Forma Posição 14 Homologia Evidências A evolução não pode ser vista Critérios para o reconhecimento Forma Posição Ontogenético – estruturas que se formam a partir de conjuntos de células que ocupavam a mesma posição nos estágios embrionários iniciais gato golfinho Analogia Pré-evolutivo Função Independente de: Posição Homologia Outro tipo de semelhança Não deve ser utilizada na classificação Homoplasia Conceito do período “evolutivo” Homoplasia Semelhança adquirida independentemente em dois ou mais grupos HOMOPLASIA Paralelismo Gillot, 1995 HOMOPLASIA Paralelismo A B C D E F Paralelismo HOMOPLASIA Convergência Paralelismo 15 HOMOPLASIA Convergência Paralelismo HOMOPLASIA Reversão Convergência Paralelismo Gillot, 1995 HOMOPLASIA Reversão A B C D E F Convergência Paralelismo Reversão Homologia FERRAMENTA BÁSICA para a comparação dos indivíduos distintos . Um dos conceitos mais fundamentais da biologia comparada. Caráter -Caráter: Atributo - Asa anterior - Asa posterior -Estado: “Formas” apresentadas pelo atributo (característica) -Série de transformação: sequência de mudanças evolutivas ocorridas entre dois ou mais estados de caráter primitiva derivada -Caráter: Atributo - Asa anterior - Asa posterior -Estado: “Formas” apresentadas pelo atributo (caracteristica) -Série de transformação: sequência de mudanças evolutivas ocorridas entre dois ou mais estados de caráter 16 Caráter e sua série de transformação -Série de transformação: sequência de mudanças evolutivas ocorridas entre dois ou mais estados de caráter primitiva derivada plesiomórfica apomórfica •plesiomorfia •simplesiomorfia •apomorfia •sinapomorfia conceitos relativos plesiomórfico apomórfico Haltere é a SINAPOMORFIA dos Diptera Leitura de Cladograma Características gerais dos seres vivos Ser constituído de célula Buscar energia para sobreviver Responder a estímulos do meio Se reproduzir Evoluir Para ser considerado um ser vivo, esse tem que apresentar certas características: Classificação Celular Número •Unicelular – apenas uma única célula •Bactérias, cianofitas, protozoários, algas unicelulares e leveduras. •Pluricelular – várias células • Todos os demais seres vivos Organização estrutural •Procariontes – sem núcleo •Bactérias, cianofitas, arqueobactérias •Eucariontes – com núcleo • Todos os demais seres vivos
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