Buscar

Garantia aos Administrados

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ADMINISTRATIVO – PONTO X
A) Garantia dos administrados: Mandado de segurança individual e coletivo.
Conceito: É a ação de fundamento constitucional pela qual se torna possível proteger o direito líquido e certo do interessado contra ato do Poder Público.
Espécies: Mandado de segurança individual – art.5º LXIX CR.
 Mandado de segurança coletivo – art.5º LXX CR
O Mandado de segurança individual é impetrado pela pessoa física ou jurídica, para a defesa de seu próprio direito. O Mandado de segurança coletivo é impetrado por pessoas jurídicas para a defesa de seus membros ou associados.
Diploma legal – Lei 1.533/51, 2770/56, 4348/64, 5021/66, 8437/92, 9259/96.
Objeto de tutela – direito líquido e certo (sendo aquele que pode ser comprovado de plano). Tratando-se de direito líquido e certo de locomoção cabe H.C. Tratando-se de direito líquido e certo de informação cabe H.D.
Competência:
 a) STF – quando o ato impugnado for do Pres.da República, Mesas da Câmara e do Senado, pelo T.C.U., pelo P.G.R e pelo próprio STF (art.102, I, d, da CR).
b) STJ – quando se tratar de ato de Ministro de Estado ou do próprio STJ (art.105, I, b da CR)
c) TRF, atos dos próprios tribunais ou juízes federais (108, I, c, CR).
d) Juízes federais, quando se cuida de outras autoridades federais (109, VIII, CR)
Objeto da impugnação – atos ou condutas ilegais atribuídas ao Poder Público.
OBS – A expressão Poder Público abrange aos agentes de pessoa jurídica privada a que tenha sido delegadas as funções públicas.
Formas de tutela no M. Seg.: Preventivo e Repressivo
Preventivo: visa evitar a lesão a direito. Exige-se a presença de 3 elementos: a realidade (o ato será produzido), a objetividade (a ameaça deve ser séria), a atualidade (ameaça iminente). 
Repressivo: o ato ilegal já é vigente e eficaz
Descabimento: 
Não cabe M. Seg. contra lei em tese, porque a norma é geral, abstrata e impessoal, não sendo possível violar direitos individuais.
Regra: não cabe M. Seg. contra coisa julgada que é o instituto que visa assegurar a estabilidade das relações jurídicas.
Exceção: a Súmula 268 STF tem admitido o cabimento quando o impetrante não foi parte da relação processual.
Contra ato interna corporis também não cabe M. Seg. Os atos interna corporis são aqueles em que a valoração é feita pela administração, não cabendo ao Judiciário intervir.
Não cabe M. Seg. quando o interessado já tenha interposto recurso administrativo com efeito suspensivo.
Não cabe M. Seg. contra ato judicial que já tenha recurso próprio p/ atacá-lo.
Não cabe M.Seg. contra ato disciplinar, salvo quando haja vício na competência ou quando tenha sido inobservada formalidade essencial para a prática do ato (verificar a legalidade do ato).
Liminar – é o momento em que o juiz pode conceder a medida cautelar. A liminar tem natureza jurídica para uns de medida cautelar. Devem estar presentes o fumus e o periculum. Sendo concedida, ficam suspensos os efeitos decorrentes do ato impugnado até que a lide seja resolvida pelo órgão jurisdicional.
Sentença: pode ser em 3 sentidos: 
1 – conceder a segurança pretendida para o fim de, reconhecida a lesão ao direito, anular o ato administrativo (coisa julgada material).
2 - Denegar a segurança afirmando que ato não violou direito líquido e certo (coisa julgada material).
3 – Extinguir o processo s/ exame do mérito por falta de condição da ação diante da ausência da prova da liquidez e certeza do direito (não faz coisa julgada material, pode ser renovado o pedido).
Prazo: 120 dias p/ ajuizar o M. Seg. contados da data em que o interessado tomou ciência do ato impugnado.
Parte da doutrina entende que esse prazo é decadencial, não se suspendendo nem se interrompendo.
A perda do prazo não impede todavia a utilização das vias ordinárias.
B) Revogação do ato administrativo. Conceito. Fundamento da competência revogatória.
Revogação é uma forma de extinção do ato administrativo. A revogação é um ato administrativo discricionário pressupondo que esse ato seja lícito, só podendo revogar a própria Adm. Pública, ou o Judiciário no caso do ato ter sido praticado por ele, então nesse caso o Judiciário poderia revogar um ato administrativo válido que ele mesmo tenha praticado. 
Os efeitos da revogação são sempre ex nunc, isto é, da decisão da revogação para a frente devendo ser respeitados os efeitos dela decorridos até então. A revogação não pode retroagir para desfazer o que foi feito, determinando ainda a Súmula 473 do STF que sejam preservados os direitos adquiridos.
O fundamento para a revogação é o fato de que aquele ato administrativo embora válido e perfeito não atende mais à conveniência e não se faz mais oportuno à Adm. Pública, daí porque ela pode revogá-lo.
C) Organização funcional: cargo, emprego e função pública. Classificação dos cargos públicos. Criação, transformação e extinção dos cargos. Provimento. Investidura, reingresso. Direitos adquiridos dos servidores. Responsabilidade do servidor público.
Cargo: é o lugar dentro da organização funcional da Adm. Dir. e de suas autarquias e fundações públicas, que ocupado por servidor público tem funções específicas e remuneração fixada em lei.
Função – é a atividade em si mesma.
OBS: todo cargo tem uma função, mas nem toda função tem um cargo.
O titular do cargo denomina-se servidor público estatutário.
Emprego público – identifica a relação funcional trabalhista. O servidor público trabalhista tem uma função no sentido de tarefa, atividade, mas não ocupa cargo.
O titular do emprego denomina-se celetista.
Classificação dos cargos:
1 – cargos de carreira – tem progresso funcional
2 – cargos isolados – não tem como progredir
Categoria dos cargos:
1 - Cargo vitalício - magistrado, MP e T. Contas.
2 – Cargo efetivo – caráter de permanência.
3 – Cargo em comissão – ocupação transitória.
Cabe ao Congresso Nacional com a sanção do Presidente da República dispor sobre a criação, transformação e extinção dos cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art.84, VI, b da CR.
Criação – formam-se novos cargos na estrutura funcional.
Extinção – eliminem-se os cargos.
Transformação – é a extinção e a criação simultânea de cargos.
Regra: Para todos esses fatos relativos aos cargos, a CR exige a existência de lei.
A EC 32/2001 – fazendo referência ao art.84, VI, b da CR, passou a admitir que o Chefe do Executivo proceda à extinção de função ou cargos públicos quando vagos. Logo, nesse caso, mesmo que o cargo tenha sido criado por lei pode ser extinto por decreto (no caso de vacância).
Obs: quando se tratar da organização funcional da Câmara e do Senado, sobre criação, transformação e extinção de cargos, não dependerão de lei.
Logo, são cargos que poderão ser criados, extintos e transformados por resolução.
No caso de cargo do Executivo, a iniciativa da lei é privativa do chefe desse poder. No Judiciário, a iniciativa cabe ao tribunal interessado. No MP, a iniciativa cabe ao Procurador-Geral.
Provimento- é o fato administrativo que traduz o preenchimento de um cargo público.
Tipos de provimento: 
a) originário – o preenchimento do cargo dá início a uma relação estatutária nova.
b) derivado – o preenchimento se dá por alguém que já tinha vínculo c/ o serviço público.
Formas de provimento:
a) Nomeação 
b) promoção 
c) Ascensão 
d) Transferência
e) readaptação
f) recondução
Investidura – é a operação complexa que constitui a nomeação + posse + exercício para permitir o legítimo provimento do cargo.
Reingresso – é o retorno do servidor ao serviço público em razão da ocorrência de determinado fato jurídico previsto no estatuto funcional. É provimento derivado uma vez que representa uma nova investidura do servidor depois de extinta a relação estatutária. 
Ex: reintegração, aproveitamento, reversão.
Reintegração (se dá quando o servidor retorna a seu cargo após ter sido reconhecida a ilegalidade de sua demissão).
Aproveitamento (é o retorno do servidor a determinadocargo, tendo em vista que o cargo que ocupava foi extinto ou declarado desnecessário).
Reversão (é específico para servidor inativo e se consuma quando há seu restabelecimento, por laudo médico, de servidor aposentado por invalidez ou quando há vício de legalidade no ato que concedeu a aposentadoria).
Direito adquirido dos servidores:
O servidor não tem direito adquirido à imutabilidade do estatuto, ao contrário, isso seria um óbice a mutação legislativa.
Todavia, é bom lembrar que consumado o suporte fático previsto em lei e preenchidos os requisitos para o seu exercício, o servidor passa a ter direito adquirido ao benefício ou a vantagem que o favorece.
Em se tratando de nova CR, a doutrina dominante registra que não há a garantia do direito adquirido.
O STJ já consignou tal posição decidindo que “inexiste direito adquirido contra texto constitucional, em especial no que se refere ao regime jurídico servidor público”.
Diferente é a alteração da CR via emenda constitucional, pois esta é fruto do Poder Constitucional Derivado, e nesse caso deverão ser respeitadas as limitações ao poder de reforma, como ex: direitos e garantias individuais.
Responsabilidade dos Servidores Públicos
Art.121 L.8112/90 – “O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições”.
As responsabilidades são independentes umas das outras.
Se as responsabilidades se acumulam, a conseqüência natural será a da acumulação das sanções, visto que cada responsabilidade é atribuída a uma espécie de sanção.
Efeitos da decisão penal na esfera civil e administrativa.
A decisão penal condenatória se refletirá na esfera cível se o ilícito penal também for ilícito civil trazendo prejuízo à Adm. Pública.
A decisão penal absolutória refletirá na esfera cível se negar o fato ou a autoria, mas se absolver reconhecendo a presença de uma justificante, não impedirá a reparação civil.
A decisão penal condenatória refletirá na esfera administrativa pois é decorrência dela o dever de reparar o dano civil.
A decisão penal absolutória refletirá na esfera administrativa quando concluir pela inexistência do fato ou de sua autoria vinculando o administrador. Todavia se concluir pela absolvição por insuficiência de provas, não influenciará na esfera administrativa pois o administrado pode punir pela configuração do ilícito administrativo, pelo que se chama de conduta residual.
Súmula 18 do STF – Pela falta residual não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa do servidor público.
Por fim, a absolvição na esfera administrativa, não impede a apuração dos mesmos fatos em processo criminal, vez que as instâncias penal e administrativa são independentes.
FIM

Outros materiais