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Farmacocinética Prof. MSc Pillar Gomide do Valle Farmacocinética – Estudo do caminho percorrido pela droga no organismo. “O que o corpo faz com a droga” Vias de administração Posologia Absorção Distribuição (através do sangue) Local de ação = Efeito farmacológico (ativ. Intrínseca) Fígado = Biotransformação e eliminação Rins = Eliminação Outros tecidos = Efeitos colaterais Farmacocinética Formas de Apresentação • Cápsula: • Constituída de um invólucro, de gelatina e um medicamento de forma sólida, semissólida ou líquida (que não dissolva a cápsula). • Tamanhos de 0 a 5: Dosifica o granulo e facilita a administração - mais fácil 1 cápsula do que 1 colher de pó. Formas de Apresentação • Comprimido: • É o comprimido em formato próprio (redondo ou ovalado). Podendo ser sulcado, ou seja, com a marca que auxilia sua divisão. Formas de Apresentação • Drágea: • Contém um núcleo com medicamento revestido por uma solução de queratina (goma laca) açúcar ou corante. • Em quanto a maioria dos comprimidos dissolvem no estômago, as drágeas tem a liberação do princípio ativo no intestino. NÃO DEVE SER QUEBRADA! Formas de Apresentação • Adesivos transdérmicos: • Produz efeito sistêmico pela difusão do princípio ativo em uma velocidade constante, por um período prolongado. Formas de Apresentação • Implantes: • Forma estéril, de tamanho e formato adequado para ser inserido por meio de dispositivo especial, tem um tecido no corpo para liberar o medicamento por período prolongado. Formas de Apresentação • Pílulas • Associação do princípio ativo com aglutinante viscoso podendo ou não ser revestido com substância açucarada. Formas de Apresentação • Supositório • Apresentações semissólidas para uso retal, Formas de Apresentação • Xarope • Solução concentrada de açúcares concentradas em 60 ºBrix à ser diluído em água através da osmose. O açúcar quando em concentração superior a 85%, funciona como conservante semelhante ao sal, devido ao efeito osmótico. Brix é uma escala numérica de índice de refração de uma solução, comumente utilizada para determinar, de forma indireta, a quantidade de compostos solúveis numa solução de sacarose, Formas de Apresentação • Suspensão • São formas farmacêuticas líquidas, constituídas de uma dispersão grosseira, onde a fase dispersa, sólida e insolúvel (fase interna) é distribuída em um líquido (fase externa). Podem receber várias denominações: mistura, gel, loção, magma e suspensão. Formas de Apresentação • Suspensão • Formas de sistema heterogêneo, cuja fase externa ou dispersante é líquida e a fase interna ou dispersa é constituída de substâncias sólidas insolúveis no meio utilizado. • Do ponto de vista farmacêutico, interessa obter suspensões que não depositem rapidamente e que se possam reconstituir com facilidade por agitação. • Devem ser agitadas antes do uso!! Vias de administração Fatores que interferem na escolha da via: • Fármaco: – Apresentação, latência do efeito, custo, característica. Farmacocinética Vias de administração • A ESCOLHA DA VIA PODE MUDAR A INDICAÇÃO!!!! Exemplos: 1. Solução de Sulfato de Magnésio • IV - bloqueio das sinapses centrais causando paralisia muscular. • VO – purgante 2. Gentamicina • IV- controla infecção sistêmica • VO- modifica a flora bacteriana intestinal. 3. Manitol • VO – laxante • IV - diurético Farmacocinética Vias de administração Fatores que interferem na escolha da via: • Paciente: – Espécie, facilidade de administração, patologias. Farmacocinética PEDIATRA X GERIATRA • Capacidade enzimática baixa • Problema para excreção PACIENTE DESIDRATADO • Desidratação > 4% não tem fluxo sanguíneo do TGI adequada e não adianta dar nada VO ASSOCIAÇÃO DE DROGAS • Drogas que ativam enzimas estimulam a metabolização dos outros medicamentos mais rápido. • Se uso 2 drogas a outra droga terá efeito reduzido – Ex: Fenobarbital ativa enzimas. • E as drogas que inibem as enzimas? – Ex: cetoconazol – Usado associado com ciclosporina para diminuir sua dose. 01. Pegue o gato e coloque-o em seu braço esquerdo como se estivesse segurando um bebê. Posicione o dedo indicador e o polegar da mão esquerda em cada canto da boca do gato. Pressione levemente para que ele abra a boca. Tão logo isto aconteça, coloque o comprimido em sua boca. Permita que o gato feche a boca e engula a pílula. 02. Pegue a pílula do chão e o gato atrás do sofá. Encaixe-o no seu braço esquerdo e repita o processo. 03. Apanhe o gato no quarto e jogue fora o comprimido encharcado. 04. Pegue um novo comprimido, coloque o gato em seu braço esquerdo e segure as patas traseiras com a sua mão esquerda. Force-o a abrir a boca e empurre o comprimido até a garganta com o indicador. Feche a sua boca imediatamente e conte até 10 antes de soltá-lo. 05. Apanhe o comprimido de dentro do aquário e o gato de cima do guarda-roupa. Peça ajuda a um amigo. 06. Ajoelhe-se no chão com o gato preso firmemente entre os joelhos, segurando suas quatro patas. Ignore os grunhidos emitidos pelo gato. Peça ao amigo que segure com força a cabeça dele enquanto você abre a boca. Coloque uma espátula de madeira o mais fundo que puder. Deixe o comprimido escorregar pela espátula e esfregue a garganta vigorosamente. 07.Apanhe o gato que está grudado no trilho da cortina e pegue outro comprimido. Lembre-se de comprar uma nova espátula e remendar a cortina. Cuidadosamente enrole o gato numa toalha de modo que apenas sua cabeça fique de fora. Peça para o amigo mantê-lo assim. Dissolva o comprimido em um pouco de água, abra a boca do gato com o auxílio de um lápis e despeje o líquido em sua boca. 08. Veja na bula do remédio se ele é nocivo para seres humanos. Beba um pouco de água para se acalmar. Faça um curativo no braço do amigo e limpe o sangue do tapete com água morna e sabão. 09. Busque o gato no vizinho. Pegue um novo comprimido. Bote o gato dentro do armário da cozinha e feche a porta, mantendo a cabeça do gato para o lado de fora. Abra a boca com o auxílio de uma colher de sobremesa. Jogue o comprimido para dentro da boca com o auxílio de um estilingue. 10. Vá até a garagem e apanhe uma chave de fenda para colocar a porta do armário no lugar. Coloque uma compressa fria nos arranhões do seu rosto e cheque quando tomou pela última vez a vacina antitetânica. Jogue a camiseta fora e apanhe outra em seu quarto. 11. Chame o corpo de bombeiros para apanhar o gato do alto da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que se machucou tentando desviar-se do gato. Pegue o último comprimido do frasco. 12. Amarre as patas dianteiras nas traseiras com uma corda do varal e prenda o gato no pé da mesa de jantar. Coloque luvas de jardinagem. Abra a boca do gato com uma pequena chave inglesa. Coloque o comprimido seguido de um pedaço de filé mignon. Segure a cabeça dele na vertical e derrame meio copo d'água para ajudá-lo a engolir o comprimido. 13. Peça ao seu amigo para levá-lo ao pronto socorro mais próximo. Sente- se tranquilamente enquanto o médico sutura seus dedos e braços e remove partes do comprimido que ficaram encravadas no seu olho direito. Pare na primeira loja de móveis no caminho de casa e encomende uma nova mesa de jantar. 14. Procure um veterinário que faça atendimento a domicílio. Ensinar e treinar sempre Ensinar e treinar sempre Vias de administração e suas características 1. Vias Digestivas ou Enteral a. Vias Digestivas (Enterais) • Oral (VO) • Sublingual (pode ser considerada parenteral; não há metabolismo de 1ª passagem) • Retal (+-50%metabolização) 1. Vias Digestivas (Enterais) • Boca Esôfago Estômago ID -- (absorção) Fígado (Sist. Porta hepático) Metabolização Circulação. • Vantagens: Boa aceitação, várias formas farmacêuticas, administração relativamente fácil. • Desvantagens: difícil deglutição, gosto desagradável, inviável para pacientes inconscientes e para determinados fármacos (peptídeos são totalmente degradados). • Ex: Insulina Farmacocinética 2. Vias Parenteral • Sublingual • Intravenosa (não há absorção) (IV/EV) • Intramuscular (IM) • Subcutânea (SC) • Intradérmica • Epidural • Intracardíaca • Intra-articular • Intraperitoneal Farmacocinética 2. Vias Parenteral • Sublingual 1. Absorção na mucosa oral 2. Efeito rápido com pequenos volumes Farmacocinética b. Vias Parenterais Seringa/ Cateter/ Scalp Intravenosa (não há absorção) (IV/EV) – Efeito imediato – Biodisponibilidade 100% – Permite administração de grandes volumes. – Exige treinamento – Risco de septicemias, embolias.. Farmacocinética b. Vias Parenterais Intramuscular (IM) – Absorção mais rápida que VO – Permite administração de volumes moderados – Permite administrações de substâncias irritantes como suspensões oleosas ou com cristais – Fácil administração – Dor e lesão muscular (Cuidado com nervos!!) Farmacocinética b. Vias Parenterais Subcutânea (SC) – Vacinas – Permite administração de pequenos volumes – Absorção lenta e constante – Risco de lesões teciduais (nódulos, abscessos, necrose, alopecia...) – Fácil administração Farmacocinética b. Vias Parenterais Intradérmica • Tuberculina • Testes de alergia (pouca utilização) Epidural (entre dura-máter e periósteo) Intracardíaca • Eutanásia • Aplicação de drogas para reverter início de parada cardíaca Intra-articular • Infiltração de anti-inflamatório Farmacocinética b. Vias Parenterais Intraperitoneal • Efeito rápido • Fluidoterapia/diálise peritoneal • Cuidado: Antissepsia e temperatura!!!!!! Inalatória • Absorção e eliminação pulmonar • Restrita a anestésicos inalatórios e alguns broncodilatadores Farmacocinética b. Vias Parenterais Tópico ou local • Aplicação sobre pele ou mucosas • Intraocular/ intravaginal/ intranasal/ intramamária/ intrauterina/ intra-auricular (otológica)/ transdérmica (adesivos – efeitos sistêmicos) Farmacocinética b. Vias Parenterais • Vantagens: Ação rápida, 100% disponível, útil em pacientes inconscientes, veiculação de fármacos (peptídeos), precisão na dose. • Desvantagens: Invasiva, necessário profissional treinado, pouca aceitação. Atenção as vias específicas IM x SC x IV. • Ex.: Substâncias oleosas IV (sangue hidrofílica) altera viscosidade embolia Farmacocinética Reações por Aplicação Farmacocinética Reações por Aplicação Farmacocinética IM SC Reações por Aplicação Farmacocinética IV extravascular Absorção e Distribuição dos Fármacos • Absorção: – Passagem do fármaco (princípio ativo) do local da administração para a circulação sanguínea (compartimento central). • Biodisponibilidade – Quantidade da droga inalterada na circulação – Varia com a via de administração (IV = 100% ; IM e SC = 70 100% ; VO 5 = 100% ). • VO = Metabolismo de 1ª passagem – Presença de micro-organismos e enzimas. Farmacocinética Absorção e Distribuição dos Fármacos • Barreiras Fisiológicas: – Tecido Epitelial – Tecido endotelial (todos os fármacos precisam atravessá-la _ parede dos vasos) – Barreira hematoencefálica – Barreira Placentária (Ache e MAO - monoaminoxidase Farmacocinética Principais Meios de Atravessar as Barreiras Celulares 1. Difusão através de lipídios 1. Processo mais frequente 2. As moléculas do soluto se distribuem a partir de qualquer região em que estejam mais concentradas para as regiões em que estejam menos concentradas segundo um gradiente de concentração, por difusão simples. 3. As moléculas precisam ser apolares, lipossolúveis e possuir peso molecular pequeno o suficiente para ser compatível com a membrana lipídica (meio apolar). Farmacocinética Principais Meios de Atravessar as Barreiras Celulares 2. Difusão através de poros aquosos 1. Formados por proteínas da membrana chamados aquaporinas. 2. Tanto o solvente quanto os solutos se difundem. 3. O solvente, geralmente a água, transporta consigo moléculas hidrossolúveis de pequeno tamanho, moléculas polares e certas apolares. 4. As forças responsáveis pelo transporte são a pressão hidrostática e a pressão osmótica. Farmacocinética Principais Meios de Atravessar as Barreiras Celulares 3. Transporte Ativo 1. Há interferência das membranas e gasto de energia. 2. O soluto combina-se com a proteína transportadora presente na membrana celular e move-se contra seu gradiente de concentração. 3. É um processo seletivo e pode haver inibição seletiva. Farmacocinética Principais Meios de Atravessar as Barreiras Celulares 4. Transporte Vesicular (Pinocitose e fagocitose) 1. Processos de absorção nos quais a membrana celular se invagina e evagina, respectivamente, em torno de uma ou mais pequenas moléculas do meio extracelular e as engloba. Em seguida, formam-se vesículas intracelulares que se destacam da membrana. Farmacocinética Principais Meios de Atravessar as Barreiras Celulares Farmacocinética https://resumosdosegunda.wordpress.com/2011/08/04/farmacocinetica/ Características dos Fármacos • Todos os fármacos possuem natureza ácida ou básica e podem ser encontrados na forma ionizada ou não ionizada dependendo do pH do meio. • O pH influencia na absorção, distribuição e eliminação. • Forma não ionizada (apolar) Mais absorvida (+lipossolúvel) • Forma ionizada (polar) Mais eliminada (+hidrossolúvel) • pKa = Valor de pH no qual 50% das moléculas estão na forma ionizada e 50% na forma não ionizada. Farmacocinética Características dos Fármacos • Em valores acima de um determinado pKa, predominam as formas não ionizadas (apolares, lipofílicas) e abaixo deste valor, predominam as formas ionizadas (polares, hidrofílicas). • Se o fármaco for ácido, ele será melhor absorvido em local ácido. • Anestésicos são bases fracas! • Para ter efeito o anestésico local precisa entrar na membrana, a fração responsável pela entrada na membrana é a forma não ionizada e a responsável pelo efeito é a forma ionizada. • Quando um tecido está inflamado há uma queda no seu pH, em pH baixo devido ao gradiente pKa há uma diminuição na forma não ionizada, diminuindo a penetração do AL na membrana. Farmacocinética Características dos Fármacos • A distribuição é o processo pelo qual um fármaco abandona – reversivelmente – a corrente circulatória, passando para o interstício e/ou interior das células. • Depende do fluxo sanguíneo, da permeabilidade capilar, das características químicas (polaridade/hidrofobicidade) do composto e do grau de ligação do fármaco a proteínas plasmáticas e teciduais. Farmacocinética Características dos Fármacos • Fatores que interferem na absorção: 1. Barreiras fisiológicas (B. hematoencefálica, placentária.) 2. Ligação a Proteínas Plasmáticas 1. A forma livre que produz o efeito no local da ação. 2. Principais proteínas: Albumina, glicoproteínas, globulinas. 3. A ligação interfere na latência (início) e na duração do efeito (quando moléculas livres saem da circulação, outras se desligam das proteínas) Farmacocinética Características dos Fármacos • Fatores que interferem: 3. Irrigação sanguínea: Fluxo e natureza dos vasos (fígado e pulmão x articulação e córnea) 4. Lipossolubilidade da droga (quanto mais lipossolúvel melhor a distribuição). Farmacocinética Características dos Fármacos • Fatores que interferem: 5. Reservatório: Muitas drogas se acumulam em alguns tecidos em concentrações maiores que no fluidoextracelular e em outros tecidos, lá elas estão ligadas a proteínas, fosfolipídeos, íons... (Tecido adiposo- barbitúricos – tiopental, fenobarbital) 6. Apresentação comercial Farmacocinética Biotransformação • Processos complexos de interação entre fármaco e organismo que ocorrem em algum ponto entre a absorção e a eliminação renal. • Alteração química na molécula do fármaco!! • Locais – Fígado – Pulmões – Plasma – Intestino Farmacocinética Biotransformação • Objetivo: – Facilitar eliminação do fármaco (forma lipossolúvel -- -biotransformação-- forma hidrossolúvel) – Ativar substâncias inativas em farmacologicamente ativas Farmacocinética Biotransformação • Consequências: 1. Eliminação 2. Ativação 3. Formação de metabólicos tóxicos O metabolismo envolve, basicamente, 2 tipos de reações bioquímicas conhecidas como reações de fase I e fase II. Farmacocinética Biotransformação • Reações bioquímicas: Ocorrem principalmente por meio de enzimas localizadas no retículo endoplasmático (R.E.) agranular hepático. Durante centrifugações, os R.E. se rompem e formam vesículas chamadas microssomos. O grupo de enzimas microssômicas mais importante no metabolismo de fármacos faz parte do sistema citocromo P450. Estas enzimas possuem limite de saturação! Se houver deficiência das enzimas que fazem a conjugação o metabólico tóxico permanece mais tempo na circulação! Farmacocinética Biotransformação • As enzimas P450 realizam dois principais tipos reações no metabolismo de fármacos: reações de catabolismo e anabolismo, e são separadas por fases.: • Fase I: • Ditas catabólicas (por exemplo: hidrólise, oxidação e redução). • Têm por objetivo exibir ou inserir grupos funcionais na molécula do fármaco, tendo como resultado, um metabólito mais polar, mais hidrossolúvel e mais fácil de ser excretado, além de servir como alvo para a conjugação feita nas reações de fase 2. Farmacocinética Biotransformação • Fase I • Um grupo polar pequeno é introduzido ou exposto assim a molécula do fármaco torna-se mais solúvel em água e menos ativa para ser excretada. • Revelam ou induzem moléculas polares permitindo o composto ser conjugado como – OH, -SH. –COOH, permitindo o composto ser conjugado em fase 2. - Oxidação, Redução Reações hidrolíticas, Acetilação (acetato), Metilação e Dessulfurização. • A maioria dos metabolitos são gerados pela enzima de hidroxilação do citocromo P450. • Após a fase I podem originar metabólitos ativos ou inativos. Após a fase II, a grande maioria dos fármacos está inativada. Farmacocinética Biotransformação • Fase I: • Um efeito secundário significativo desta fase é a produção de radicais livres durante a neutralização das toxinas. Sem defesas antioxidantes adequadas, cada vez que o fígado neutralizar uma toxina, produzem-se danos através destes radicais livres. • O glutatião é um antioxidante eficaz na neutralização destes radicais livres, constituindo, por isso, uma molécula fundamental num dos processos dominantes da fase II. Farmacocinética Biotransformação • Fase II: • Estas reações envolvem a ligação covalente de uma molécula endógena polar para formar compostos solúveis em água, tais como: • Conjugação com ácido glucurônico (mais comum); Conjugação com sulfato (importante), Conjugação com glutationa,Conjugação com aminoácidos... • Reação de conjugação = compostos finais têm um peso molecular maior. • As conjugações se fazem usualmente com ácidos glucurônico e sulfúrico e podem ocorrer sem reações de fase I. Farmacocinética Biotransformação • Fase II: • As reações de fase 2 já são anabólicas e envolvem a conjugação com outros componentes, tornando, via de regra, os metabólitos em compostos inativos. – Transformam elementos lipossolúveis em hidrossolúveis. • Porém, assim como nas reações de fase 1, existem alguns produtos das reações de fase 2 que continuam ativos, mesmo depois da conjugação. • Os principais grupamentos da reação de fase 2 são o glicuronil, sulfato, metil e acetil. Gato x Ac. Glicurônico. Farmacocinética Biotransformação • Fase II: • As enzimas estão localizadas no citosol, atuam diretamente sobre toxinas ou seus metabolitos que foram biotransformados na fase I. • Estas reações levam à formação de ligações covalentes entre um grupo funcional do composto e o ácido glicurônico (glicuroconjugação), o sulfato, o glutatião, os aminoácidos ou o acetato. • Estes conjugados, agora altamente polares, são em geral inativos e rapidamente excretados na urina e nas fezes. • Para que estas enzimas funcionem, são necessários nutrientes para atirar ou proporcionar as pequenas moléculas ou substratos que se fixam às toxinas, fenômenos estes que utilizam energia. Farmacocinética Resumindo • Metabolização ou biotransformação: Transformação química da droga para sua eliminação. • Fase 1: Revelam ou induzem moléculas polares permitindo o composto ser conjugado na fase 2. – Fase 1 droga + enzima(P450) – DROGA + ENZIMA Metabólito inativo ELIMINAÇÃO!! – DROGA + ENZIMA Metabólito Ativo Receptor (efeito menor) • Fase 2: Conjugação com substâncias endógenas como Ac. Glicurônico, acetato, outros aa e glutatião. – Fase 2: metabólito + enzima (glutationa) – METABÓLITO + ENZIMA Inativo ELIMINAÇÃO!! • - Ciclo entero-hepático – Justifica carvão ativado! AINES só faz conjugação com glutationa (glicuronil transferase) Biotransformação Fígado • Múltiplas funções • Sinais clínicos mais de 75% de comprometimento • Regeneração em poucas semanas • Funções: metabolismo de glicídios, lipídios, protídeos, vitaminas, mineral (estoca Ca e F); regulação vol. Sanguíneo, degradação de hormônios; sistema monocítico fagocitários (Cels. De Kupffer); na coagulação e na detoxificação (biotransformação e excreção de bilirrubina). Farmacocinética Intoxicação Farmacocinética Intoxicação 24 horas após Farmacocinética Biotransformação Farmacocinética Metionina S- adenosilmetionina (SAME) Cisteína Transulfuração Detoxificação Glutation Taurina Sulfatos Aminopropilação Poliaminas Replicação de DNA Síntese de proteína Reparação celular Influencia apoptose Samesintetase (enzima hepática limitante) S-adenosil homocisteína Doador de metila Síntese de medicamentos, hormônios, proteínas, ács. Nucleicos, l- carnitina, creatina (arginina, glicina e metionina) Diminuição da enzima Samesintetase Encefalopatia hepática!! Mercepton, Xantinon, Ornitil Biotransformação • Hepatoprotetores: – Vitamina E – Ac. Ursodesoxicólico – Silimarina – L-carnitina – Taurina – SAME – N-acetilcisteína Farmacocinética Biotransformação • S-Adenosil Metionina: – Metabólito intermediário precursor de glutatião. – Melhora fluidez na membrana plasmática dos hepatócitos. – Melhora conjugação de sais biliares a taurina. • N-acetilcisteína: – Aumenta concentração de glutatião. Farmacocinética Biotransformação • Fatores que interferem na Biotransformação: – Espécie – Idade (maturação hepática) – Metabolismo de 1ª passagem – Estado nutricional (hipoproteinemia) – Genética – Sexo – Temperatura – Insuficiência hepática – Indução enzimática (fenobarbital, etanol) – Inibição enzimática (cetoconazol, clorafenicol, cimetidina). Farmacocinética Eliminação dos Fármacos • Eliminação Renal – Filtração Glomerular • 20% : Tamanho molecular (PM<20.000) • Moléculas ligadas as proteínas plasmáticas não são filtradas – Secreção tubular • 80% • Sistema de transporte seletivo • Fármacos com alta lipossolubilidade são mais reabsorvidos por atravessarem mais facilmente as membranas das células tubulares, portanto são excretados lentamente. Farmacocinética Eliminação dos Fármacos • Locais – Rins– Pulmões (anestésicos inalatórios) – Leite – Intestino (bile) – Saliva – Suor Farmacocinética Posologia Estudo da dosagem eficaz (dose, peso, espécie, concentração). Farmacocinética Abreviaturas em Farmacologia Exercício Participação • Cão macho, 2 anos, 10kg, com vômito há 7 dias. • Faça sua receita de Plasil, sabendo que a dose para cães é de 0,2 a 0,5mg/kg TID. • Apresentação Comprimido 10mg, solução oral 1mg/ml, gotas 1gt/kg • Resposta: 1/2cp TID, sol oral 5ml!!!, 1ml ou 5 gotas. Obrigada!!!