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Ferramentas da Análise de Demonstrações Contábeis

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Disciplina: Análise das Demonstrações Contábeis: Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado.
Curso:  Ciências Contábeis
Professor: Bernardino José da Silva
Nome do aluno: Marcos Antônio Prudêncio de Aguiar
Data: 24/03/2021
 FERRAMENTAS DA ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
 
 
Resumo: Ao realizar as tomadas de decisões, os gestores da entidade precisam ter informações claras sobre a atual situação da empresa, sendo necessária a elaboração de diversos instrumentos e técnicas para que tais decisões não afetem negativamente o patrimônio da empresa. Para isso, temos como principal instrumento, a análise financeira, a qual engloba diversas técnicas para que seu resultado seja preciso e confiável.
 
Palavras-chave: Análise. Demonstrações. Financeira.
 
1 INTRODUÇÃO
 
“A qualidade das Demonstrações Contábeis é fundamental para se ter uma boa análise, capaz de refletir a real situação da empresa.” (Barroso, Francisco Almeida, 2017, p. 2). Desde o surgimento dos bancos de capital aberto e ampliação do mercado financeiro, a apresentação de demonstrações contábeis para obtenção de crédito tem sido instrumento indispensável para as entidades. 
A análise de tais demonstrações se mostra como um instrumento necessário para a tomada de decisões e liberações de empréstimos para as entidades. Mas, como citado anteriormente, é muito importante que as entidades apresentem demonstrações confiáveis e claras para que a análise possa mostrar a situação da empresa, e assim, garantir que as decisões a serem tomadas surtam efeitos positivos, e garantir que a empresa consiga maiores créditos de seus interessados.
Para isso, utilizamos diversos instrumentos e técnicas, que, se efetuados de maneira correta e fiel, disponibilizará uma análise completa e confiável para bancos, fornecedores, investidores e gestores. Essas técnicas, aplicadas conjuntamente, são responsáveis pela coleta, conferência e preparação dos dados disponibilizados pela entidade.
2 DESENVOLVIMENTO
 
A literatura em geral que trata do assunto Contabilidade, traz diversas nomenclaturas para o tema que iremos explorar neste trabalho. Mais comumente conhecida como Análise de balanços, a Análise Financeira é um instrumento que traz diversas informações importantes da situação da empresa para seus usuários e que auxiliam seus gestores na tomada de decisões. 
Primeiramente, vamos conhecer quem seriam esses usuários, os quais são divididos em dois grupos: os usuários internos e os externos. Segundo Ricardo Pereira Rios, “O usuário interno, além das informações contidas nas demonstrações contábeis divulgadas pela entidade, também tem acesso a dados históricos mais precisos e a informações internas e, portanto, está numa posição privilegiada em relação ao analista externo.” (2010, p. 2). Usuários internos seriam nada mais nada menos que gestores, empregados e sócios.
Já os usuários externos são todos aqueles que irão trabalhar com as demonstrações divulgadas pela entidade, como acionistas, credores, entidades governamentais, entidades sindicais, entre outros. “Sob o ponto de vista do usuário externo, quanto mais as demonstrações contábeis se referirem à exploração de tendências futuras, maior será a sua utilização.” (Rios, Ricardo Pereira, 2010, p. 2).
Resumidamente, análise financeira, conforme entendimento de Silva (2010, p. 6) “consiste num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições endógenas e exógenas que a afetam financeiramente, com o objetivo de verificar sua performance econômico-financeira.”
Este instrumento tão importante surgiu no final do século XIX quando os bancos passaram a exigir a apresentação do balanço patrimonial das empresas para liberação de empréstimos. Com o crescimento do mercado financeiro, a análise financeira acabou se tornando um instrumento indispensável para as empresas e para as pessoas interessadas em investir nelas.
A análise das demonstrações contábeis, como conhecemos, é dividida em duas categorias, a análise Financeira, que possibilita a interpretação da saúde financeira da empresa, seu grau de liquidez e capacidade se solvência, e a análise Econômica, que possibilita a interpretação das variações do patrimônio e da riqueza gerada por sua movimentação. Tanto a análise financeira quanto a econômica são elaboradas e avaliadas sob vários pontos de vista diferentes, conforme a necessidade de cada usuário.
Contudo, para que a análise financeira tenha o melhor resultado, ou seja, possa ser realizada com mais precisão, é necessária a aplicação de diversas ferramentas e técnicas contábeis que auxiliam na precisão dos seus resultados, sendo elas a escrituração, elaboração das demonstrações contábeis, auditoria e análise de balanços. Para melhor entender a importância dessas técnicas, vamos conhecer um pouco de cada uma.
Segundo José Laudelino, “A escrituração é o registro dos fatos administrativos ocorridos na entidade.” (Azzolin, José Laudelino; 2012, pg.179). Tais fatos devem ser registrados em ordem cronológica e evidenciados através de expressões numéricas. A escrituração, nada mais é, que coletar, registrar e consolidar fatos ocorridos na entidade que modificam seu patrimônio. Esta técnica, apesar de ser muito importante, não é suficiente para evidenciar os fatos ocorridos na entidade.
Entramos então na segunda técnica, que é a junção desses fatos em forma ordenada em relatórios contábeis, os quais chamamos de demonstrações contábeis. “Demonstrações contábeis são demonstrações expositivas e compreendem o resumo e ordenação de dados colhidos da contabilidade objetivando relatar aos usuários os principais fatos registrados por ela.” (Azzolin, José Laudelino; 2012, pg.179).
A Auditoria vem para tornar essas demonstrações mais confiáveis, proporcionando maior credibilidade para as informações fornecidas pelas demonstrações apresentadas. Ela é constituída por diversos procedimentos técnicos, podendo ser operacional contábil, de gestão, de riscos ou específica, dependendo do que melhor couber na entidade.
E por último, temos a análise de balanços. A análise de balanços é uma técnica que permite decompor, comparar e interpretar as demonstrações contábeis da entidade, oferecendo dados analíticos e interpretativos dos componentes patrimoniais, financeiros e econômicos.
Aplicando essas técnicas, podemos partir para a análise financeira. Esta, por sua vez, possui diversas técnicas e métodos. Os métodos mais conhecidos são a análise vertical e horizontal. Para Barroso, “A análise Horizontal e Vertical presta-se fundamentalmente ao estudo de tendências.” (2017, p. 12). 
“A finalidade principal da análise horizontal é apontar a variação de itens das Demonstrações Contábeis através de períodos, a fim de caracterizar tendências.” (Rios, Ricardo Pereira, 2010, p. 3). Essa análise também é conhecida como análise de tendência ou análise de evolução. Entretanto, por conta as altas e baixas e da inflação no país, esse método, inclusive a análise vertical, têm sido cada vez menos usados.
Já a análise vertical, também conhecida como análise de estruturas, consiste em dividir todos os elementos do ativo pelo seu próprio valor fazendo o mesmo com os valores do passivo, encontrando assim o percentual que cada elemento representa no todo. “Justamente por possuir essa capacidade de mostrar o quanto cada elemento representa do todo é que a análise vertical é chamada de análise estrutural.” (Rios, Ricardo Pereira, 2010, p. 4).
Além das análises horizontal e vertical, temos os indicadores econômico-financeiros, que procuram relacionar elementos afins das demonstrações contábeis de forma a melhor extrair conclusões sobre a empresa. Existem diversos índices úteis para o processo de análise, sendo metodologicamente classificados nos seguintes grupos: liquidez, atividade, rentabilidade, endividamento (estrutura), análise de ações e geração de valor.
Uma preocupação essencial do analista deve ser a de conhecer mais detalhadamente a empresa e seu mercado de atuação, de maneira a melhor avaliar as decisões financeiras(investimento e financiamento) tomadas. A análise de balanços torna-se bem mais consistente quando interpretada dentro das características do setor de atividade da empresa. 
Rios salienta que “a Análise de Balanço não é somente desenvolvida por meio de aplicação de técnicas, mas também orientada, em grande parte pela sensibilidade e experiência do analista.” (2010, p. 15).
 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Podemos ver que para uma boa e confiável análise financeira, precisamos implementar diversos outros instrumentos contábeis de coleta, conferência e preparação de dados que afetam, positiva ou negativamente o patrimônio.
É importante salientar que calcular os índices e elaborar a análise quantitativa é somente o primeiro passo de uma análise das demonstrações financeiras. Um relatório que apresentasse dados em vez de informações não seria um bom relatório, pois transforma um tipo de dado encontrado nas demonstrações: em outros dados, o que para o leitor pouco, ou nada valem. Por este motivo é que se torna necessário que o analista tenha esta capacidade de interpretação, para então elaborar o relatório da análise.
Deste modo, a análise elaborada com o maior número possível de informações é de grande valia para a tornada de decisões. Não havendo um modelo padrão ou um modelo ideal para elaborar uma análise, e sim quanto maior a quantidade e a qualidade das Informações maiores serão os subsídios para o gestor avaliar, comparar, projetar e tomar decisão.
REFERÊNCIAS
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. Azzolin, José Laudelino. Curitiba, PR: IESDE, Brasil, 2012.
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: AULA 1. Prof. Barroso, Francisco Almeida. Brasil, 2017.
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUA IMPORTÂNCIA PARA EVIDENCIAS A SITUAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA DAS ORGANIZAÇÕES: Rios, Ricardo Pereira. São Roque, SP, Brasil, 2010.

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