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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. UNIDADE III HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL Profa. Me. Taynara Basso Vidovix OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Esta unidade visa à compreensão do conceito de meio ambiente e sua importância; o conhecimento das diferentes perspectivas ambientais e seus paradigmas; a avaliação da influência da industrialização no meio ambiente; e por fim o entendimento da cronologia dos principais eventos da evolução histórica da preocupação ambiental. PLANO DE ESTUDO 1. Meio ambiente; 2. Paradigmas ambientais; 3. Industrialização e meio ambiente; 4. Evolução histórica da preocupação ambiental. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. CONVERSA INICIAL Nos últimos 300 anos, o desenvolvimento tecnológico da humanidade foi inigualável. Em nenhum outro período histórico foram feitas tantas descobertas, em todos os campos da ciência, gerando uma incrível capacidade de produção e de controle de elementos naturais. Contudo, também é o período histórico em que o ser humano gerou os meios que podem levá-lo à extinção, já que o processo que ainda está em curso, de contaminação excessiva do meio ambiente natural, foi acelerado com a Revolução Industrial. Diante disso, sua compreensão é fundamental para a conscientização da gravidade da situação e para a obtenção dos meios necessários para a sua superação. Nesta unidade, destacamos os paradigmas ambientais e a evolução humana e sua relação ambígua com a natureza (DIAS, 2017). Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 1. MEIO AMBIENTE Meio ambiente é tudo o que envolve ou cerca os seres vivos. A palavra ambiente vem do latim e o prefixo “ambi” dá a ideia de “ao redor de algo” ou de “ambos os lados”. Assim, por meio ambiente se entende o ambiente natural e o artificial, isto é, o ambiente físico e o biológico originais e o que foi alterado, destruído e construído pela ação antrópica, como as áreas urbanas, industriais e rurais. Esses componentes proporcionam a existência dos seres vivos, logo, pode-se afirmar que o meio ambiente não é apenas o espaço onde os seres vivos existem ou podem existir, mas a própria condição para a existência de vida na Terra (BARBIERI, 2008). Uma visão interdisciplinar define ambiente incluindo os objetos materiais e seu meio, assim como as relações, condições e limites que devem ser conhecidos e interpretados pela sociedade. Diante do exposto, o ambiente natural abrange os fatores: bióticos (meio biológico), abióticos (meio físico) e o ambiente antrópico (relações sociais, econômicas e culturais) (RUPPENTHAL, 2014). Os ambientes artificiais formam ecossistemas específicos, como as regiões agrícolas e agroindustriais e até mesmo as cidades e os distritos industriais, embora estes últimos casos sejam permitidos ao termo ecossistema. Isso porque, caracterizam-se por serem parasitas dos ambientes naturais, pois não produzem os alimentos de que sua população necessita, não limpam o ar e reciclam muito pouco as águas que utilizam. Ou seja, esses ambientes não possuem uma característica importante observada nos ambientes naturais, à capacidade de regeneração (BARBIERI, 2008). Como podemos observar, Todo ecossistema procura um estado de equilíbrio dinâmico ou homeostase1 por meio de mecanismos de autocontrole e autorregulação, os quais entram em ação assim que ocorre qualquer mudança. Entre a mudança e o acionamento dos 1Homeostase: Capacidade do organismo de se manter constante, para que suas funções e reações químicas essenciais não sejam influenciadas e permaneçam dentro dos limites aceitáveis à manutenção da vida. Processo de regulação que mantém o organismo em constante equilíbrio. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. mecanismos de autorregulação, existe um tempo de resposta. Esse sistema de autorregulação ou realimentação tem por função manter o equilíbrio do ecossistema. Dessa forma, caso ocorra uma alteração de comportamento do ecossistema, o sistema de realimentação aciona seus mecanismos homeostáticos para garantir a normalidade. (BRAGA, 2005, p.10) Em geral, o equilíbrio homeostático só é efetivo para modificações naturais que, possivelmente ocorrem se não forem muito profundas ou demoradas. No caso de modificações antrópicas, devido a agressividade e continuidade, o mecanismo não consegue absorver essas mudanças e provoca o impacto ecológico no meio. Um exemplo do funcionamento desses sistemas é a recuperação de uma floresta após a ação de uma descarga elétrica da atmosfera, que propicia um pequeno incêndio. Em pouco tempo, a mata se regenera, e aquela pequena área afetada se torna outra vez parte do ecossistema. Já no caso de desmatamentos extensivos, o ecossistema não dispõe de mecanismos de autorregulação para regenerar o sistema original (BRAGA, 2005). Fique por dentro! Pesquise outras definições sobre o conceito de meio ambiente. Sugestões: Norma NBR ISO 14001:1996; e Constituição Federal Brasileira, de 1988.
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