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TCC PRONTO CRISTIANE CORRIGIDO 8 PERIODO

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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
TRABALHO DO CURSO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA (TCC)
CRISTIANE GOMES SILVA.. 
A Importância do Brincar Para o Desenvolvimento e
 
Aprendizagem da Criança na Educação Infantil.
DORES DO INDAIÁ MG
2021
 
 CRISTIANE GOMES SILVA .
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
A Importância do Brincar Para o Desenvolvimento e
 
Aprendizagem da Criança na Educação Infantil.
 (
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade 
Futura – Grupo Educacional Faveni
, como requisito parcial para obtenção do título de 
(Licenciatura ou Bacharel) em Pedagogia.
Orientador: Prof. DsC. Ana Paula Rodrigues.
)
DORES DO INDAIÁ MG.
2021.
 (
SOBRENOME
, 
NOME DO ALUNO
 –
 Cristiane Gomes Silva .
TÍTULO DO TRABALHO :A importância do brincar para o desenvolvimento e aprendizagem da criança na educação infantil.
Cristiane Gomes Silva . – 2021
.
 31 Páginas.
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Futura
 – Grupo Educacional Faveni, como requisito parcial para obtenção do título de (Licenciatura ou Bacharel) em
 Pedagogia.
 1. 
Educação Infantil -
 2. 
Jogos e Brincadeiras- 3.Lúdico - 4 Aprendizagem.
)
CRISTIANE GOMES SILVA.
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
A Importância do Brincar Para o Desenvolvimento e
 
Aprendizagem da Criança na Educação Infantil.
 (
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade 
Futura – Grupo Educacional Faveni
, como requisito parcial para obtenção do título de 
(Licenciatura ou Bacharel) em Pedagogia.
Orientador: Prof. DsC. Ana Paula Rodrigues
)
APROVADO EM: 31/12/2021
Examinador 1
____________________________________________ 
Examinador 2
____________________________________________ 
Examinador 3
---------------------------------------------------------------------------
CONTABILIDADE I
Dedicatória:
Dedico este trabalho primeiramente á 
Deus , á meus filhos , á minha prima Alexandra e á mim mesma, pela minha força de vontade.
CRISTIANE GOMES SILVA.
Agradeço à Deus por me dar forças para superar os obstáculos e fazer possível, esse momento.
Agradeço à minha família que sempre me incentivou na busca pelo pelos meus objetivos e por ter me dado todo o suporte para manter-me focada. E também aos queridos amigos que fiz, durante toda a trajetória acadêmica.
CRISTIANE GOMES SILVA .
A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades 
intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável à 
prática educativa. 
 Jean Piaget.
RESUMO:
A criança nem sempre foi vista tal como é hoje, pois até meados do 
Século XVI era tratada como um adulto em miniatura que desde muito cedo tinha 
que trabalhar para ajudar no orçamento familiar. Com o decorrer do tempo 
adquiriu direitos garantidos por lei que visam seu desenvolvimento de manei ra 
integral, ou seja, seu desenvolvimento físico, afetivo, cognitivo e psicomotor, 
valorizando sua educação e seu lazer, isto é, o direi to de aprender, de brincar e 
de ser criança. Teóricos da área da educação , reforçam que o uso de jogos e brincadeiras com a intenção de promover a aprendizagem são de grande valia. 
Nesse senti do, a ludicidade ganhou espaço em sal a de aula, pois é considerada 
uma ferramenta pedagógica. As creches que antes eram locais com pouca 
estrutura para o recebimento das crianças e possuíam um cunho assistencialista, também foram reformuladas, se transformando em espaços 
educativos que integram cuidado e ensino, com profissionais preparados para
desenvolver o trabalho com as crianças. Nesta perspectiva, é preciso que os 
profissionais da educação abracem o uso do lúdico, desenvolvendo atividades 
prazerosas que envolvam brincadeiras, o brinquedo e os jogos como forma de ensinar , mas para isso precisam sempre se atualizar e se aperfeiçoar. 
 
Palavras-Chave: Educação Infantil. Jogos. Brincadeiras. Aprendizagem. 
 ABSTRACT: 
 
 
The child was not al ways seen as he is today, because until the mi ddle o f the 
16th century h e was treate d as a mi niature adult who had to work from a very 
early age to help with the famil y budget. Over time, he a cqui red ri ghts guaranteed 
by law that aim at hi s i ntegral developme nt, that i s, h is physical, affecti ve, 
cogniti ve and psychomotor develop me nt, val uing hi s ed ucation and l eisure, that 
is, the ri ght to l earn, to pl ay and to be ki d. Education theorists r ei nforce that the 
use of games and game s with the i nten ti o n of promoting l earni ng are of great 
valu e. In thi s sense, playfulness gained space in the classroom, as it is 
consi der ed a pedagogical tool. The daycare centers th at we re pr evi ously pl aces 
with li ttle structure for receiving children and had an assistan ce nature, were al so 
reformulated, transformi ng themsel ves into e ducati onal spaces that i nteg rate 
care and teaching , with professionals prepared to develop the work wi th the 
children. In this perspective, it is necessary that education professional s emb race 
the use of playfulne ss, developing ple asura bl e activities that involve games, toys 
and g ames as a way of teachi ng, but for this they always need to update and 
improve themse lves. 
 
 
Keywords: Early Childhood Education. Game s. Pranks. Learning. 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇ ÃO ......................................................................................... 11 
CAPITÚLO I – REFERENCIAL TEÓRICO ............................................... 12 
1.1 Conceituando Educação Infantil ...................................................... 12 
1.1.1 Breve Histórico da Educação Infantil .................................... 14 
1.2 Concepções de Infância ............................................................... 16 
1.3 Definição de Jogos, Brinquedo e Brincadeiras........................... 19 
1.3.1 O Jogo ..................................................................................... 20 
1.3.2 O Brinquedo ............................................................................ 21 
1.3.3 A Brincadeira .......................................................................... 23 
1.4 O Brincar e suas implicações para o desenvolvi mento Infantil 
Segundo Piaget e Vygotsky.................................................................................. 24 
1.5 O Lúdico Como Ferramenta Pedagógica..................................... 27 
CAPÍTULO II – O MÉT ODO ................................ ..................................... 29 
CAPÍTULO II I – JOGOS E BRINCADE IR A NA PRÁT IC A DOCENTE ..... 30 
3.1 O Papel do Professor da Educação Infantil na Condução de Uma 
Educação Lúdica ................................................................................................... 35 
CONSIDER AÇÕES FINAI S ..................................................................... 39 
REFERÊNCI AS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
INTRODUÇÃO 
Embasado em pesquisa bibliográfica e tendo como referencial 
autores como Kishimoto, Piaget, Vygotsky, Kramer , entre outros que fizeram 
analises sobre o assunto, o presente trabalho tem como objetivo identificar a 
importância que o ato de brincar exerce sobre as crianças de zero a cinco anos de idade, relacionando ao seu desenvolvimento cognitivo. Nesse senti do a pesquisa busca salientar o quão necessário e importante o professor saber, 
entender e desenvolver seu trabalho baseado em questões relacionadas ao 
tema , pois o brincar pode ser consi derado um modo de comunicar, por meio doqual a criança reproduz o seu cotidiano. De acordo com Vygotsky (1979): 
A criança aprende muito ao brincar. O que aparentemente ela f az 
apenas para distrair-se ou gastar energia é na realidade uma 
importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo, 
emocional, social, psicológico. (VYGOTSKY, 1979, p.45). 
Nessa perspectiva, o processo de aprendizagem segue uma 
sequência de aquisição de competências as quais permite à criança a 
construção de habilidades no decorrer do seu crescimento. Essas construções 
precisam ter como alicerce outras habilidades básicas tais como:
 Atenção, Coordenação motora, Memória, Consciência fonológica e numérica, Espacialidade, entre outras, sendo as mesmas desenvolvidas nas brincadeiras, nos jogos e na interação com outras crianças. Desta forma, os pontos norteadores desse trabalho, culminam em relacionar as fases do desenvolvimento físico da criança com seu processo 
cognitivo de acordo com o que ela vivencia, sendo o ato de brincar ator principal 
nessa relação. Fazer uma análise do lúdico, das brincadeiras, dos jogos e 
consonância co mo que desperta e inspirar ao aluno na fase inicial da educação 
infantil. Ao brincar, a criança usa criatividade, expressa o imaginário, desenvolve 
autonomia, constrói formas de trabalhar os seus problemas. 
Em suma, o referido trabalho tem como intenção contribuir para a reflexão da prática docente e pedagógica voltada para a valorização do ato de 
brincar, salientando ainda que a ludicidade é fator inerente à aprendi zagem. 
CAPÍTULO I 
– REFERENCIAL TEÓRICO:
1.1 Conceituando Educação Infantil.
 
De acordo com a LDB (Lei nº 9.394/1996) mais especificamente pelos Artigos 29 e 30, dentro da Seção II, a educação infantil é a primeira etapa da educação básica, sendo referente ao início da criança com idade entre 0 (zero) e 5 anos no processo educativo e de socialização. Tendo como objetivo o desenvolvimento integral de forma a abranger os aspectos físico, psicológico,intelectual e social. 
Desta forma a educação infantil é subdividida entre as 
instituições educativas especializadas responsáveis pelo desenvolvimento das 
atividades, tais como as creches para crianças de até 3 anos e pré - escolas para 
as crianças de 4 a 5 anos de idade.
Nesta primeira etapa de desenvolvimento, o professor faz a mediação entre o aluno e a realização das atividades que são desenvolvidas de acordo com cada faixa etária, dando prioridade a ludicidade, teatros, histórias, brincadeiras, jogos, enfim, atividades que estimulam as potencialidades cognitivas da criança.
De acord o ainda co m a LDB ( Lei nº 9 .394 /1996) a educação infantil 
organiza-se de acordo com as seguintes regras comuns:
 I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; 
 
 II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída 
por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional, 
 
 III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para 
o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral ;
 
 IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, 
exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de 
horas; 
 
V - expedição de documentação que permita atestar os processos de 
desenvolvimento e aprendizagem da criança. (LDB, Lei nº 
9.394/1996).
Na prática, os CEMEIS (Centros Municipais de Educação Infantil ) 
não devem ser visto como o local onde as crianças são deixadas apenas para cuidados básicos enquanto seus pais, mães ou responsáveis trabalham, mas sim como espaço de aprendizagem, pois os profissionais envolvidos são 
capacitados para atuarem de maneira a promover condições de 
desenvolvimento em diversas dimensões do conhecimento.A regulamentação de uma Educação Infantil de qualidade, segundo Machado deverá ser fudamentada na formação dos professores , sendo definida uma formação mínima com prazo estipulado para que todos consigam se adequar , além parâmetros a serem seguidos para os espaços físicos de forma 
 assegurar higiene e segurança, como também equiparação das salas como de toda a escola para as crianças pequenas; outro fator seria a relação entre 
docente e criança que em concordância com a LDB deve abranger a capacidade 
de entendimento entre o corpo docente, a faixa etária entendida e a proposta 
pedagógica a ser trabalhada.
Um modelo bem esclarecedor quanto ao papel da educação infantil nas creches encontramos no documento Critérios Para Um Atendimento em 
Creches que Respeite os Direitos das Crianças (CAMPOS; ROSE MBERG , 
2009) que detalha com precisão as situações representativas desses direitos 
como nos tópicos a seguir:
 * 
• Nossas crianças têm direito à brincadeira 
Nossas crianças têm direito à atenção individual. 
•Nossas crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante
• Nossas crianças têm direito ao contato com a natureza. 
• Nossas crianças têm direito à higiene e à saúde. 
• Nossas crianças têm direito a uma alimentação sadia. 
• Nossas crianças têm direito a desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão. 
 Nossas crianças têm direito ao movimento em espaços amplos. 
• Nossas crianças têm direito à proteção, ao afeto e à amizade. 
• Nossas crianças têm direito a expressar seus sentimentos.
• Nossas crianças têm direito a uma especial atenção durante seu período de adaptação à creche. 
• Nossas crianças têm direito a desenvolver sua identidade cultural, racial e religiosa. (CAMPOS; ROSEMBERG, 2009, p. 13).
1.1.1 Breve Histórico da Educação Infantil 
As primeiras creches surgiram pela prevalência da iniciativa privada , assumindo um caráter de assistência direcionado às famílias mais humildes.
De acordo com Kuhlmann Jr (20 11), havia apenas a Casa dos Expostos ou Roda direcionado a o atendimento de crianças abandonadas. Até o ano de 1874 apenas crianças pequenas sem família eram atendidas em 
instituições: 
 Até então, apenas crianças pequenas sem família eram atendidas em
instituições. As Casas de Expostos recebiam os bebês abandonado s nas “rodas” – cilindros de madeira que permitiam o anonimato de quem ali deixasse a criança – para depois encaminhá-los a amas que os criariam até a idade de ingressarem em internatos. (KUHLMANN JR, 
2011, p. 473) .
No Brasil , as primeiras creches surgiram no início do século XX, em decorrência do contexto social da época, com a estruturação do capitalismo, urbanização acelerada e a necessidade de reprodução de mão de obra barata, 
sendo esta suprida por mulheres cujas quais não tinham onde deixar seus filhos 
enquanto laboravam. Nesse contexto, Kramer ( 1998 ) relata que as creches 
tinam como função o apoio à família, no sentido de “guardar” a criança.
 Eram as creches que surgiam, com caráter assistencialista, visando afastar as crianças pobres do trabalho servil que o sistema capitalista em expansão lhes impunha, além de servirem como guardiãs de crianças órfãs e filhas de trabalhadores. (KRAMER, 1998, p.23).
Seguindo o contexto , as creches por atuarem num papel assistencialista numa relação de prestação de favor, não possuíam estruturas adequadas, os recursos eram insuficientes , o atendimento precário sem a devida formação de pessoas na área e ainda sem possuir uma legislação ou até mesmo normas básicas de atendimento.
Com o passar do tempo, surgiramdiscursos sobre os possíveis prejuízos no desenvolvimento da criança em nível psíquico, afetivo e cultural com relação aos cuidados oferecidos na época. Desta forma surgiu a necessidade de compensar as deficiências apontadas, introduzindo assim novos profissionais tais como professores recreacionistas, psicólogos e pedagogos. Enfim foram promovidas mudanças significativas tanto de espaços como de organização dando maior importância à autonomia da criança. 
De acordo com Haddad ( 1991 ), houve uma grande evolução no que diz respeito às creches no Brasil. Os vários setores da sociedade como os 
grupos ligados aos movimentos populares, os representantes dos Conselhos da 
Condição Feminina, os profissionais que atuam nos programas pré- escolares em 
conjunto reivindicaram pelas creches e pré-escolas com a argumentação de ser 
um di rei to à educação de to das as crianças independente de suas classes sociais. Sob essa pressão a Assembléia Constituinte aprovo u as principais exigências publicando-as na Constituição d e1988 . Sendo a inclusão da creche no sistema escolar e a educação da criança de zero a seis anos. 
O dever do Estado com a Educação será efetivado medi ante a garantia 
de: atendimento em creche e pré-escolas às crianças de zero a seis 
anos de idade. (Constitui ção Brasileira, 1988, cap. III, art. 208, inciso 
IV). 
Diante do apresentado, a creche torna- se subordinada à área de educação, deixando de ser “agência de guarda e assistência” para assumir o papel de instituição educacional bem como novas responsabilidades para o sistema escolar. Na análise de Kra me r, Nunes e Corsino, podemos perceber que o s 
avanços na área da educação infantil fazem caminho paralelo com o 
desenvolvimento das políticas públicas no que diz respeito à qualidade oferecida pelos sistemas de ensino tanto municipais quanto estaduais e a democratização do acesso à educação , confirmada pelo aumento do número de matriculas devido ao impacto dos movimentos sociais, bem como das mudanças legais promovidas pelo Estado. A aprovação do Fundo de Manutenção e 
desenvolvimento da Educação Básica e a valorização dos profissionais da educação, ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos e a elaboração e definição de diretrizes e critérios de qualidade de ensino, nos traz uma ótica de consequente mudanças (KRAMER, 2009). 
 
Kramer (2009) ainda destaca as mudanças que ocorreram no 
Brasil, nos último s 30 anos:
 A situação da cobertura se alterou mui to nos últimos 30 anos no Brasil, com avanços mais visíveis em relação às crianças de 4 a 6 anos, mas com um panorama ainda preocupante em relação àquelas de 0 a 3, nas creches. No que diz respeito à qualidade do trabalho realizado, os debates teóricos, os embates dos movimentos sociais e os esforços das políticas públicas (secretarias municipais, secretarias estaduais e Ministério da Educação) têm se dirigido especialmente à busca de consenso sobre os critérios de qualidade para a educação infantil, o delineamento de alternativas curriculares e a formação de professores. Persistem inúmeros desafios: da concepção de políticas à implementação de propostas pedagógicas e às práticas, muitas são as conquistas a obter, tanto em termos teóricos quanto curriculares. 
(KRAMER, 2009, p. 13).
1.2 Concepções de Infância:
O desenvolvi mento físico e psicológico tem início desde o momento da fecundação, sendo um processo contínuo e não linear que se estende por toda a vida do ser humano . Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o cérebro tem uma maior evolução nos três primeiros anos de vida, desta feita, a 
primeira infância torna-se fator decisivo quanto ao desenvolvimento cognitivo, 
afetivo e cultural possuindo uma relação direta de progressão das habilidades 
de aprendizagem.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação 
Infantil ( Brasília, 1998) 
Nos primeiros anos de vida, o contato com o mundo permite à criança construir conhecimentos práticos sobre seu entorno, relacionados à sua capacidade de perceber a existência de objetos, seres, formas, cores, sons, odores,movimentar-se nos espaços e de manipular os objetos. Experimenta expressar e comunicar seus desejos e emoções, atribuindo as primeiras significações para os elementos do mundo e realizando ações cada vez mais coordenadas e intencionais, em constante interação com outras pessoas que 
compartilha novos conhecimentos. (Brasília, 1998).
No entanto, ao longo da história podemos identificar que nem sempre criança teve esse olhar. Nos século s XIV, XV e XVI a criança era conceituada como um adulto em tamanho menor, sendo tratada da mesma forma que os adultos ao seu redor. De acordo com Ariès ( 198 1) na Idade Média,a infância era vista como um período marcado pela dependência, inexperiência, e incapacidade de adequação social em suas formas mais complexas , sendo que as crianças vestiam roupas trabalhavam nos mesmos serviços e recebiam tratamento equivalente aos de adultos. A intenção era formar para servir, ou seja, a criança ganhava responsabilidades e aprendiam através do trabalho enquanto ajudavam os pais. Em tudo eram iguais, apenas o tamanho e a força eram considerados características diferentes entre os adultos e as crianças ( ARIÈS, 
1981). 
Este cenário começa a mudar no decorrer do século XVII, co m o aparecimento da escola e o processo de escolarização. No entanto o conceito 
de infância ainda não era definido, o que só começaria a mudar no final do 
mesmo século em decorrência de fatores que envolviam a Igreja e a famíl ia no processo de educação , como também as descobertas sobre as práticas de 
higiene e de vacinação. Desta feita esse período é considerado um marco na evolução do pensamento sobre a infância, que originou uma preocupação com sua formação e sua constituição como indivíduo .
As crianças começam a ser enxergadas diferentes a partir do século XVIII, quando tem suas particularidade reconhecidas e um tratamento diferenciado pela família ao dar -lhes seu próprio quarto, alimentação considerada especifica e roupas apropriadas. De acordo com Ariès (1981) entre os fatores que contribuíra para a formação do sentimento de infância estão o processo de escolarização o qual separou as crianças do mesmo ambiente que os adulto s; a fabricação de brinquedos direcionados especificamente para elas e a por último, a mudança do papel dos pais que agora tem como função o papel moral e espiritual, acentuando - se o sentimento de família.
Segundo os estudos de Carvalho (2003): 
A aparição da infância ocorreu em torno do século XIII e XIV, mas os sinais de sua evolução tornaram -se claras e evidentes, no continente europeu, entre os séculos XVI e XVIII no momento em que a estrutura social vigente (Mercantilismo) provocou uma alteração nos sentimentos e nas relações frente à infância. (CARVALHO, 2003, p. 
47).
Sob a influência de educadores e psicólogos, já no século XX, a criança adquiri novos direi tos sendo consideradas sujeitos em fase desenvolvimento (ARIÈS, 1981) .
No entanto, apenas no início do século XXI que a infância ganha 
novas concepções as quais considera a criança como ser participativo da sociedade , sujeito histórico e criador de cultura (KRAMER, 1996) . Nesta perspectiva Sônia Kramer (1986) nos apresenta que: 
 
Conceber a criança com o ser social que ela é, significa: considerar que ela tem uma história, que pertencea uma classe social determinada que estabelece relações definidas segundo seu contexto de origem, que apresenta uma linguagem decorrente dessas relações sociais e culturais estabelecidas, que ocupa um espaço que não é só geográfico, mas que também dá valor, ou seja, ela é valorizada de acordo com os padrões de seu contexto familiar e de acordo com sua própria inserção nesse contexto. (KRAMER, 1986, p. 79).
Sob a mesma ótica o ar t. 4º das Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a Educação Infantil (RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE DEZE MBRO DE 2009) 
nos traz:
As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. 
(BRASIL, 2009, Art . 4º).
Enfim, podemos perceber que a concepção de infâ nci a é historicamente construída, passando pela definição da mesma como sendo adulto em miniatura na Idade Média até chegar à criança cidadã na contemporaneidade do século XXI. Fernandes e Kuhlmann Júnior ( 2004 ) 
apontam que: 
 Os fatos relativos à evolução da infância, na pluralidade de suas 
configurações, inscrevem -se em contextos cujas variáveis delimitam perfis diferenciados. A infância é um discurso histórico cuja significação está consignada ao seu contexto e as variáveis de contexto que o definem . (KUHLMANN 2004, p. 29).
 
 Nesta perspectiva, cada período da história como também cada lugar em conformidade com sua organização e características próprias é que determina conceito de infância. Sendo assim: 
A idéia de infância, não existiu sempre, e da mesma maneira, ao contrário, ela aparece com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que muda a inserção e o papel social desempenhado pela criança na comunidade. Se na sociedade feudal, a criança exercia um papel produtivo direto (“de adulto”) assim que ultrapassava o período de alta mortalidade, na sociedade burguesa ela passa a ser alguém que precisa ser cuidada, escolarizada e preparada para um a atuação futura. Este conceit o de infância é, pois, determinado historicam ente pela modificação das formas de organização da sociedade. (KRAMER, 1992, p.19)
No Brasil, a seguridade do período de infância deu-se a partir da promulgação da Constituição da República Federal de 1988, cuja qual em seu 
artigo 227 do Capítulo VII, delega os cuidados com a criança primeiramente à 
família seguida da sociedade e do Estado.
É dever da família, da sociedade e do Estado assegura r à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-l os, a salvo de toda formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
(CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1988,- 
Capítulo VI I art. 227).
A partir de então, a infância passou a ser um assunto de maior relevância no Brasil, obtendo assim maior valorização com a Constituição de 1988, o que assegurou melhores condições de desenvolvimento à criança em todos os aspectos. Seguindo no mesmo sentido, o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) Lei – nº 8.0 69 publicado em de 1 3 de julho de 1990, amplia e reforça o s direitos da criança e do adolescente, dando subsídios e 
prioridade absoluta do Estado.
 
1.3 Definição de Jog os, Brinquedo e Brincadeiras :
Em todo decorrer da história, nos mais variados países, nas mais diferentes sociedades, enfim, o ato de brincar é uma ação presente na vi da do ser humano não importa onde ele se encontre. Jogos e brincadeiras, assim como 
o brinquedo, são recriados de geração em geração, pois faz parte da cultura 
popular, sendo manifestações espon tâneas, perpetua a cultura infantil ao mesmo tempo em que desenvol ve formas de convivência social (KISHIMOTO, 
1993). 
Podemos encontrar os segui ntes significados par a as pal avras 
jogo, brinquedo e brincadei ra no dici onário Larousse (1982) : 
 Jogo = Ação de jogar; folguedo, brinco, divertimento. Seguem -se alguns exemplos: "jogo de futebol; Jogos Olímpicos; jogo de damas; 
jogos de azar; jogo de palavras; jogo de empurra". 
Brinquedo = objeto destinado a divertir um a criança. 
 
Brincadeira = ação de brincar, divertimento, gracejo, zombaria. 
Festinha entre amigos ou parentes. Qualquer coisa que se faz por imprudência ou leviandade e que custa mais do que se esperava: 
Aquela brincadeira custou-me caro. 
Do ponto de vista didático, Kishimoto (2001) define da seguinte maneira:
JOGO: 
Tentar definir o jogo não é tarefa fácil. Quando se pronuncia a palavra jogo cada um pode entendê-la de modo diferente. Pode-se estar falando de jogos políticos, de adultos, crianças, animais, ou amarelinha, xadrez, adivinhas, contar estórias, brincar de “mamãe e filhinha”, futebol, dominó, quebra-cabeça, construir barquinho, brincar na areia e uma infinidade de outros. Tais jogos, embora recebam a mesma dominação, tem suas especificidades. [ .. .] 
 
BRINQUEDO:
 Diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua ultilização.
BRINCADEIRA: 
É a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. [...] O brinquedo e a brincadeira relacionam -se diretamente com a criança e não se confundem com jogo. 
(KISHIMOT O, 2001, p. 13; 18 e 21).
 O Jogo 
Popularmente a palavra jogo remete ao conceito de competição, como por exemplo, jogos de futebol e vôlei pelos quais ao final da disputa teremos o time que vence e o que perde. No entanto , no contexto educacional a palavra jogo se reveste de outra significação, se distancia do sentido de disputa e se aproxima de sua origem etimológica latina (jocus), assumindo o sentido de gracejo, divertimento , passatempo sujeito à regras . 
Kishimoto ( 1999) afirma que existe inúmeros tipos de jogos 
conhecidos :como o faz de conta, simbólicos, motores, sensório -motores, 
intelectuais ou cognitivos, de exterior, de interior, individuai s ou coletivos, metafóricos, verbais, de palavras, políticos, de adultos, de animais, de salão e inúmeros outros. Essa multiplicidade de fenômenos considerados com o jogo mostra a complexidade em defini -lo. 
(KISHIMOT O, 1999, p. 8).
Os jogos e brincadeiras fazem parte do cotidiano das crianças, sendo consideradas atividades prazerosas, que trazem alegria, além de possuírem cunho educativo. Para Piaget (1967), “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. 
Nesta perspectiva Huizinga (2014) define o jogo como: 
O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consenti das, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria ede um a consciência de ser diferente da 'vida cotidiana' . 
(Huizinga, 2014). 
Os jogos contribuem para o processo de formação do conhecimento, torna-se agente mediador das aprendizagens significativas, desperta na criança as descobertas na satisfação do brincar. Dentro desta perspectiva, o jogo possui um caráter simbólico, caracterizado por uma atividade desinteressada , sendo livre e espontâneo, podendo ser regido ou não de regras, afim de alcançar um determinado objetivo.
 O Brinquedo
 
Os brinquedos inicialmente não foram obra de invenções de fabricantes especializados , mas sim surgiram nas oficinas de artesãos tendo com matéria prima a madeira, tecidos, estanho e chumbo fundidos . Sendo uma forma de aumentar a renda familiar e também de reaproveitar sobras das matérias- primas, os artesãos produziam miniaturas que eram réplicas do objeto real. No entanto essas miniaturas eram direcionadas aos adultos, que as solicitavam para um fim específico, como o soldadinho de chumbo que servia para visualizar estratégias de guerra dos militares da época . 
Co m o decorrer do tempo, os brinquedos que eram miniaturas, passaram a se tornar maiores, mais coloridos e com maiores variedades de materiais. Atualmente os materiais utilizados em sua fabricação, são derivados de matérias-primas industrializadas como o plástico.
Hoje existe uma inúmera gama de brinquedos disponíveis no mercado dos mais variados tipos, cores, formatos e finalidades. Porém,a aproximação da realidade que alguns brinquedos possuem, pode dificultar a criatividade da criança, pois não deixa espaço para a imaginação fluir. Um exemplo disso são os brinquedo
à pilha que praticamente brincam sozinhos e a criança só olha.
Kishimoto (19 99) afirma: 
 
[...] enquanto brinca, a criança cria e recria, usa o brinquedo com outras f unções. O processo de brincar inclui ações sem caminho preestabelecido. É por natureza um ato incerto. O prazer de brincar vem dessas escolhas (KISHIMOTO, 1999, p. 32).
Diferente do jogo, o brinquedo não especifica regras para a brincadeira, seu uso não é determinado, podendo ser utilizado até mesmo com outro intuito o qual a imaginação desejar.Nesse pensamento temos Kishimoto 
(1999):
Diferindo do jogo, o brinquedo supõe um a relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistem a de regras que organizam sua utilização”. (Kishimoto, 1999, 
p. 17).
O brinquedo propicia à criança a apropriação do mundo real numa relação cultural de forma a dominar conhecimentos. Através do brinquedo a criança desenvolve ações numa esfera cognitiva dependente de motivações internas (Vi go tsky1991). 
Enquanto objeto , o brinquedo é sempre suporte de brincadeira, sendo o mesmo uma reprodução de objetos da vida cotidiana a partir da cultura e da sociedade. São reproduções adaptadas às crianças de acordo com cada faixa etária.No entanto, a criança além do brinquedo pode fazer uso de outros artigos em suas brincadeira s, o que desenvolve a imaginação, já que, se torna um faz de conta , pois um cabo de vassoura pode se tornar um cavalo , uma espada, um remo ou até mesmo uma bengala. Para Vygotsky (1998):
 
No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é com o se ela fosse maior do que é na realidade. Como foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ela mesmo uma grande fonte de desenvolvimento (Vygotsky, 1998, p. 
117) 
Contudo, podemos perceber que todo brinquedo pode ser considerado educativo, o que vai depender da sua utilização, no entanto , nem todo brinquedo pode ser pedagógico . Dessa forma, só podemos diferenciar o 
brinquedo educativo e o brinquedo pedagógico ao relacionarmos as diferenças 
de atitude e comportamento da criança em relação ao brinquedo. 
 A Brincadeira:
 
Ao brincar, a criança interage, toma decisões, organiza pensamentos e atitudes além de expressar seus anseios e senti mentos. O uso da imaginação é inerente à brincadeira, sendo que , a criança pode assumir vários papeis sociais como o de pai , de mãe, de médico ( VIGOTSKY, 1991), enfim, a criança pode ser quem ela quiser ser, desde um animal à um herói com super poderes ou até mesmo um personagem que ouvi u nas histórias infantis como o vilão Lobo Mal . Nesse sentido Piaget (1978), afirma que a brincadeira de faz- de- conta: está intimamente ligada ao símbolo, um a vez que por meio dele, a criança representa ações, pessoas ou objetos, pois estes trazem como temática para essa brincadeira o seu cotidiano (contexto familiar e escolar) de uma forma diferente de brincar com assuntos fictícios, contos de fadas ou personagens de televisão. (PIAGET, 1978. p.76). 
Podemos considerar a brincadeira como sendo uma for ma particular de expressão, de pensamento e de comunicação infantil . Quando uma criança ao brincar classifica tamanhos d e peças, faz encaixe de brinquedos, empilha cubos de madeira, diferencia as cores, classifica as formas geométricas ao 
colocá-la as nos espaços adequados, ela está aprendendo de maneira 
prazerosa e significativa. Nesse sentido, a brincadeira torna- se u m elemento 
atrativo na ação educativa, de forma que o professor faz uso do conhecimento 
didáti co e pedagógico com o objetivo de desenvolver habilidades especifica no decorrer das atividades lúdicas. Sob essa ótica Carvalho (1992) afirma:
 
(...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador e ludicidade, denotando-se, portanto em jogo. 
(CARVALHO, 1992, p.28). 
 Brincar é um direto da criança reconhecido pela legislação brasileira, na Lei Nº 13.2 57, de 8 de Março de 2016 podemos ler o seguinte: Art. 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão organizar e estimular a criação de espaço s lúdicos que propiciem o bem estar, o brincar e o exercício da criatividade em locais públicos e privados onde haja circulação de crianças, bem como a fruição de ambientes livres e seguros em suas com unidades. 
Nesta perspectiva podemos identificar o quão necessário e importante para a criança o ato de brincar. Desta feita, a educação infantil deve se valer dos recursos do jogo, do brinquedo e da brincadeira para garantir uma aprendizagem significativa e prazerosa. 
O Brincar e suas implicações para o desenvolvimento Infantil Segundo Piaget e Vygotsky. 
Co mo já dito antes, existe uma relação íntima entre brincar e aprender. No entanto para cada fase do desenvolvimento temos u ma abordagem de brincadeira, jogo e brinquedo específicos. De acordo com os estudos de Jean Piaget, existem quatro estágios de desenvolvimento cognitivo, caracterizados pela forma como cada indivíduo interage com a realidade, ou seja, a maneira como cada pessoa organiza o conhecimento, adaptando -os pelos processos de assimilação e acomodação . Piaget (1978) afirma que os estágios do desenvolvimento cognitivo acompanham as procedências d as manifestações lúdicas no processo de desenvolvimento, reconhecendo a existência de três tipos de estruturas mentais que aparecem ininterruptamente na evolução do brincar infantil: o exercício, o símbolo e a regra : 
 Jogos de exercício: O jogo de exercício pode ser definido como 
os movimentos que a criança faz quando corre, anda, pula, enfim, sendoestes 
movimentos movidos pelo simples prazer da ação. Refere-se ao período sensorio -motor do desenvolvi mento cognitivo tendo sua ocorrência entre o nascimento até os dois anos de idade aproximadamente , quando a parece a fala, mas continua a existir por toda a vida do ser humano. 
 Jogos simbólico s: Te m i nício por volta do final do segundo ano de vid a com o surgime nto d a função si mbóli ca. Refere-se à etapa pré-operatório do de senvol vimento cogniti vo . Nesta fase a cr iança ainda se u ti liza dos jogos anteriores e ncontr and o sa ti sfaçã o nos mesmos, mas ago ra ela já é capaz de usar os símb olos. Ocorrem então as brincad eiras de faz -de -conta a qual per mi te que a criança utilize outros ob jetos para simbo liza r o que está fazendo . Ao utilizar 
O jogo simbólico, a criança desenvolve a capacidade de assimilar o mundo 
exterior ao “eu” da criança, pois quando representa algo que presencia ,de certa 
forma ela exterioriza seus medos, desejos, angustias e alegrias. Entre os dois e quatros anos, o uso do próprio corpo na s representações é comum, como por 
exemplo, a criança pode fazer a imitação de animais como o cachorro, o gato e 
até de pessoas. O jogo simbólico ocorrência até por volta dos sete anos quando surge o pensamento intuitivo. 
 Jogos de regras: São os jogos que propiciam a socialização do . Por volta d os quatro an os a criança já co meç a a se i nter essar pel as no entanto é a parti r dos sete anos até por vol ta dos o nze ou do ze anos 
O jogo de regras fará sentido para o sujeito. Essa fase refere -se o período 
cognitivo de operações concretas. No jogo de regras, a criança já possui a 
capacidade reversibilidade do pensamento operatório concreto, sendo necessário trabalhar com a atenção, concentração, raciocínio e sorte. Os jogos e as brincadeiras dispõe de regras e necessitam que haja a participação de pelo 
menos dois indivíduos, sendo que as regras podem ser transmitidas (aquelas 
que já são estabelecidas pelas gerações anteriores) ou espontâneas que a 
criança em conformidade com seus p ares decidem na hora para o jogo inventado 
ou momentâneo . 
Para Piaget (1978) a atividade lúdica é o berço obriga tório das atividades intelectuais da criança. São, pois, meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento cognitivo e não apenas forma de entretenimento para gastar energia. Ele considera que: 
O jogo e o brincar, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, proporciona uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em f unção das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando e brincando, elas cheguem a assimilar as 
realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. ( PIAGET 1976, p. 160).
Na teoria construtivista d e Piaget, o jogo e a brincadeira fazem parte do processo de construção do sujeito, sendo responsável pela inserção do mesmo no meio social. Para o autor é através do jogo e do brincar que a criança aplica tudo o que aprende de forma a adaptar -se e interagi r com o meio, consolidando assim as habilidades aprendidas, refletindo o nível do desenvolvimento cognitivo da criança. O desenvolvimento do jogo está em constante evolução, sendo individual e subjetivo, sendo também considerado u m instrumento de aprendizagem. 
Assim co mo Piaget, Vygotsky apresentou contribuições significativas para a educação, através de suas pesquisas relacionadas ao desenvolvimento e aprendizagem. O Autor afirma que existe uma distância entre o nível de desenvolvimento real (capacidade de resolução de um problema sozinho) e o nível de desenvolvimento potencial (quando o indivíduo necessita de auxílio par a resolver o problema) . Essa relação do sujei to com o mundo sob mediação é denominada zona proximal de desenvolvimento . Desta forma "A 
Zona de Desenvolvimento Proximal define aquelas funções que ainda não 
amadureceram, mas que estão em pro cesso de maturação, funções que 
amadurecerão, mas que estão, presentemente, e m estado embrionário" 
(VYGOTSKY. 1984, p. 97). 
No processo de desenvolvimento infantil Vygotsky (19 84) relata que: 
A criança começa usando as mesmas formas de comportamento que 
outras pessoas inicialmente utilizaram em relação a ela. Isto acontece 
desde os primeiros anos de v ida, onde as atividades das crianças 
possuem um significado próprio, num sistema de comportamento social, modificada através de seu ambiente hum ano, que auxilia a atender seus objetivos. Portanto isto vai envolver a comunicação, ou melhor, a fala. (VIG OT SKY,1984). 
A brincadeira é considerada por muitos autores como uma ação assimiladora. Nesse sentido o ato de brincar é importante para o desenvolvimento psíquico da criança, pois relaciona o mundo da imaginação com o mundo real. Podemos perceber isso quando uma criança brinca representando seu cotidiano, imitando o comportamento dos pais e familiares .
O lúdico como ferramenta Pedagógica:
 
A palavra lúdica é originária do latim ludus, é um substantivo masculino e remete ao sentido de jogos e divertimento . Faz parte da atividade humana, possuindo características de ser algo espontâneo e satisfatório . 
De acordo com Antunes "Os jogos ou brinquedo s pedagógicos sã o 
desenvolvidos com a intenção explícita de provocar uma aprendizagem 
significativa, estimular a construção de um novo conheci mento" (ANTUNES,2008). Sendo assim, as atividades lúdicas precisam ser planejadas, 
estruturadas e estudadas de acordo com o objetivo que se quer ensinar ou 
desenvolver, a fim de alcançar bons resultados no trabalho pedagógico. Quando 
a criança vivencia o lúdico num processo de construção de conhecimento ela 
aprende num contexto significativo, construtivo e expressivo.
CAPÍTULO II
 O MÉTODO
 
Este trabalho foi elaborado através de pesquisa bibliográfica, o qual tem por base a leitura e reflexão de publicações impressas e eletrônicas (Martins Junior, 2008) . Possui abordagem qualitativa exploratória, ou seja, tem a finalidade de compreender os fenômenos em seu caráter subjetivo sem a 
intenção de medir, enumerar ou quantificar o resultado, como tão pouco usar 
estatísticas como processo de estudo da problemática. Visa a compreensão de 
analises variável , a descrição de hipóteses, levantamento de dados no que se 
refere à compreensão comportamental.
Segundo Gil (2007, p. 17) , “pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”, dessa feita, a pesquisa é um meio pelo qual se constrói u m 
roteiro de investigação, ou seja, após definir o problema busca -se as informações pertinentes acerca do assunto, sendo que p ara cada tipo de 
pesquisa existe um método apropriado. 
Neste contexto, é necessária a delimitação do tema e hipóteses. Lakatos e Marconi (2009 ) afirmam que “toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar”.
Sob estas perspectivas, os procedimentos utilizados para a realização da pesquisa em questão foram: 
 Defi nição do tema a se r trabalhado. 
 Deli mita ção do tema e probl ema da pesqui sa. 
 Sel eção da bibliografia e documen tos relevantes ao tema, sendo estes impressos e eletr ônicos p ara a comprova ção ou refutação das hi póteses em 
Questão pra chegar ao objetivo final da pesquisa. 
 Lei tura, a náli se e compreensão dos materi ais selecionados.
 
 Explanação dos resultados obtidos, em for ma de te xto disser tati vo, escrito e referenciado por autores e estudiosos da área. 
CAPÍTULO III
JOGOS E BRINCADEIRA NA PR ÁTICA DOCENTE 
O Referencial Nacional para Educação Infantil (1998) traz que não podemos perder de vista o trabalho envolvendo o lúdico na escola. E partir daí surgem algumas indagações acerca do desenvolvimento d e atividades usando a ludicidade, os jogos e as brincadeiras num contexto ensino-aprendizagem, tais como: 
 Quais experiências pedagógicas o aluno precisa viver interiorizar,considerando as especificidades em relação à brincadeira?
 De que forma o educador deve usar o lúdico na sala de aula? Qual a maneira certa de intervir no jogo ou brincadeira? 
De acordo com Moura (1991), a intenção deve partir do professor em consonância com seu plano de ensi no e este deverá estar vinculado ao 
projeto pedagógico da escola de forma unificada. Dessa forma, através do
que se almeja atingir, o docente defini quais objetivos quer alcançar com aquela determinada atividade de jogo ou brincadeira, que poder ser utilizado(a) tanto para construir conceito s ou ainda para a fixação de conceitos já existentes. 
Nessa perspectiva, pode mos identificar que as atividades que se utilizam dos jogos representam um importante recurso pedagógico. Os novos Parâmetros Curriculares Nacionais afirmam que:
 
 Os jogos constituem uma f orma interessant e de propor problemas, pois 
Permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de 
soluções. Propicia a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento das ações. (PCN’s,MEC.1998,p.47) . 
No entanto percebe- se ainda que existe certa dificuldade de trabalhar com os jogos em sala, pois muitas vezes o professor não sabe como dar e encaminhamento ao trabalho após a finalização da atividade, o que reflete a falta de subsídios que possuem par a dar suporte à exploração das inúmeras possibilidades cabíveis que as brincadeiras e jogos oferecem, como também 
avaliar os resultados em relação ao processo de ensino -aprendizagem. Desta 
feita é comum encontrarmos educadores que desenvolvem o trabalho com os 
jogos de forma espontânea, ou seja, o jogo pelo jogo apenas num caráter 
esportivo e motivacional. Isso pode ser considerado um problema, já que é de extrema importância a mediação do professor entre a atividade pedagógica 
lúdica e o aluno. 
Conforme Grando (2001, p. 6 ), a inserção dos jogos no contexto de ensino -aprendizagem implica em vantagens e desvantagens como descritas a 
seguir:
Vantagens:
 
- Fixação de conceitos já aprendidos de uma forma motivadora para o aluno ; 
- Introdução e desenvolvimento d e conceitos de difícil compreensão ; 
- Desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas e desafios dos jogos; 
- Aprender a formar decisões e saber avalia -las significação para conceitos aparentemente incompreensíveis ; 
- Propicia o relacionamento de diferentes disciplinas (interdisciplinaridade) ; 
- O jogo requer a participação ativa do aluno na construção do seu próprio 
conhecimento; 
- O jogo favorece a socialização entre alunos e a conscientização do trabalho 
em equipe; 
- A utilização d os jogos é um fator de motivação par a os alunos ; 
- Dentre outras coisas o jogo favorece o desenvolvimento da criatividade , de senso crítico , da participação, da competição “sadia”, da observação das várias formas de uso da linguagem e do resgate do prazer em aprender ; 
- As atividades com jogo podem ser utilizadas para reforçar o recuperar habilidade de que os alunos necessitem. Útil no trabalho com alunos de diferente s níveis ; 
- As atividades com jogos permitem ao professor identificar , diagnosticar alguns 
erros de aprendizagem, as atitude s e as dificuldades dos alunos.
 
Desvantagens:
 
- Quando os jogos são utilizados, existe o perigo de dar ao jogo um caráter puramente aleatório , tornando-se um apêndice em sala de aula . Os alunos 
jogam e se sentem motivados apenas pelo jogo , sem saber porque jogam; - O tempo gasto com as atividades de jogo em sala de aula é maior e , se o professor não estiver preparado , pode existir um sacrifício d e outros conteúdos pela falta de tempo; 
- As falsas concepções de que devem ensinar todos os conceitos através dos jogos. Então, as aulas , em geral , transformam -se em verdadeiros cassino, também sem sentido algum para o aluno; 
- A perda de ludicidade” do jogo pela interferência constante do professor ,destruindo a essência do jogo 
- A coerção o do professor , exigindo que o aluno jogue, mesmo que ele não 
queira , destruindo a voluntariedade pertencente a natureza do jogo ; 
- A dificuldade d e acesso e disponibilidade de materiais e recursos sob re o uso 
de jogos no ensino , que possam vi r a subsidiar o trabalho docente .
. 
Seguindo esse contexto, Spodek e Saracho (199 8) afirmam que existe dois modos de mediação:
O modo participativo e o modo dirigido. A mediação no modo participativo tem por objetivo a aprendizagem incidental durante a brincadeira, ou seja, os alunos encontram um problema e juntamente com o professor trabalham para obter as soluções e os resulta dos pretendi dos, dessa forma usam a imaginação e criatividade ; já a mediação no modo dirigido, o professor insere conteúdos escolares nas brincadeiras e direciona a aprendizagem através de atividades não lúdicas, o que pode desvalorizar a espontaneidade do brincar . 
Sendo assim, a maneira como o professor deve trabalha r com as brincadeiras, os jogos e o lúdico em sala de aula, deve ser encarada de forma consciente , pois são práticas que devem ter um estudo e um planejamento anterior à sua aplicação como atividade escolar. De um modo geral, é preciso saber que tais recursos não devem ser trabalhados apenas para um preenchimento de tempo livre das crianças, mas sim como um meio eficiente de ensinar e também aprender. Kishimoto ( 1999) afirma que: 
O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural e biológico é uma atividade livre, alegre que engloba uma significação. É de grande valor social , oferecendo inúmeras possibilidades educacionais, pois favorece o desenvolvimento corporal , estimula a vida psíquica e a inteligência, contribui para a adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade.
Nesta perspectiva, o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, (1998) nos traz que educar tem como base a integração de cuidados com a criança, a brincadeira e a aprendizagem orientada propiciando o desenvolvimento de capacidades, socialização, relação interpessoal, ao mesmo 
tempo em que incentiva atitudes de respeito, confiança e aceitação. Desta feita, 
aprender brincando é mui to mai s significativo e prazeroso. Assim sendo, destacamos a seguir algumas atividades que contribuem para o desenvolvimento da criança :
Massinha de Modelar:
 Contribui para o fortalecimento do s músculos das mãos e dos dedos, além de estimular o desenvolvimento da motricidade e fina, sendo ainda uma brincadeira prazerosa que envolve criatividade e diversão. O professor pode ainda inserir novos objetos no decorrer da atividade de 
modelagem tais como palitos, olhinhos de plástico, rolos de PVC entre outros.
Brincadeiras comFantasias: 
 Esse tipo de brincadeira estimula a imaginação, criatividade e interação social. Possibilita a exploração de inúmeros papéis desde o mundo real como imitar o pai, a mãe, o professor, como também o mundo da ficção quando a criança pode se por como uma princesa , uma bruxa, um super herói, enfim, não há limites. Para tanto, o professor deve disponibilizar adereços, roupas e se possível, fantasias para a criança e deixar a brincadeira fluir. 
Desenho e pintura: 
 Esse tipo de atividade estimula a percepção sensorial, expressão de sentimentos e desejos, imaginação , coordenação motora, além de aprender sobre as cores e desenvolver habilidades preparatórias para a escrita. 
O educador pode oferecer tintas, pincéis, telas, papel sulfite, lápis de cor, enfim tem muitas formas de se trabalhar em cima dessas atividades.
 
Blocos e quebra -cabeças:
Esse tipo de brinquedo auxilia no desenvolvimento do pensamento especial, coordenação, reconhecimento de cores, tamanhos e formas, também contribui para o raciocínio lógico.
Música, dança e canto :
 
 São atividades que desenvolvem a linguagem, expressão de sentimentos, ritmo e habilidades auditivas, além de fornecer habilidades que ajudam no processo de alfabetização e dos conceitos básicos de matemática. Flexibilidade, coordenação e força também são alguns benefíçios da dança.
Correr e pular:
 Desenvolvem a psicomotricidade da criança, além de aumentar a autoconfiança e capacidade de assumi r riscos. As atividades podem ser desenvolvidas como pistas de circuitos sendo feitas por bambolês, pneus, peças de EVA., cones, mas tudo deve se r feito em conformidade com a faixa etária e de maneira segura.
Jogos sensoriais
: 
 Toda atividade lúdica que envolve o tato, paladar, visão, olfato e audição, desenvolvem a percepção sensorial e curiosidade.
Jogos de tabuleiro: 
 São ótimos para o ensino de regras, raciocínio e respeito, além de favorecer 
aprendizagem das cores, números e formas. 
Amarelinha: 
 Desenvolve o equilíbrio e noções básicas de matemática das crianças, além de propiciar convivência em grupo e habilidades de pensamento para soluções de problemas.
Pular corda:
 
 É uma atividade divertida que desenvolve coordenação motora,força e a superação de limites, além de promover a socialização das crianças.
O Papel do Professor da Educação Infantil na Condução de Uma 
Educação Lúdica:
De acordo com RCNEI (19 98), o professor da Educação Infantil desenvolve um trabalho que abrange questões de naturezas diversas, englobando desde cuidados básicos essenciais de higiene e alimentação até conhecimentos específicos em diversas áreas do conhecimento. Dessa maneira, precisa possuir uma formação e capacidade reflexiva a respeito de sua prática profissional. Educar requer assumir desafios, dedicar -se ao outro, é pensar o ser humano em sua totalidade. Nesse processo, o professor, antes de tudo, precisa saber o quão importante é seu trabalho e o significado do seu papel perante aos alunos. Por isso, também precisa se valorizar e buscar sempre ampliar seus 
conhecimentos para poder oferecer o melhor de si em seu trabalho. 
O educador da primeira infância deve utilizar o ato de brincar, sendo um mediador das atividades espontâneas , nas quais a imaginação flui e 
a criança recria e /ou consolida aquilo que já sabe. Nesse sentido, o professor precisa possuir um perfil que condiz com as espeficidades do seu trabalho, para 
articular conteúdo s diversificados e promover a aprendizagem. Contudo, precisa escolher os materiais corretos e desenvolver as atividades junto às crianças, 
levando em conta cada faixa etária , organizar o espaço físico, enfim, precisa 
pensar n a totalidade da criança como indivíduo.
Ao conduzir aspectos lúdicos na aprendizagem, a ação do professor tem fundamental importância, pois oferece subsídios na efetivação das atividades. Diante disso, o educar deve intervir de forma a incentivar as atividades oferecendo objetos e deixando à disposição das crianças para brincar; promover o jogo espontaneamente (em caráter não obrigatório), ou seja, as crianças escolhem se aceitam ou não a atividade proposta pelo professor ; desenvolver atividades dirigidas que podem não ter uma relação direta com a brincadeira, mas enriquecê -las de ludicidade, como um meio de intervenção.
Nesse sentido , é papel do professor fazer o resgate da brincadeira, aquela que é diverti da que vai além do fazer pedagógico cotidiano, sabendo que aprender e brincar andam de mão dadas na Educação Infantil. Seguindo no mesmo caminho, as instituições que entendem a importância dos jogos, brincadeiras e d o lúdico na educação, trabalham para melhorar tanto o atendimento por parte do corpo docente oferecendo capacitações, quanto para organização e desenvolvimento de espaços físicos propício à prática das atividades lúdicas de acordo com as necessidades das crianças, oferecendo 
matérias didáticos, brinquedos, fantasias, enfim, tudo que abre as portas para a 
criatividade e imaginação.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil ( 1998) a organização do tempo deve ser agrupada em três modalidades:
• Atividades permanentes: 
 Cujo tempo é direcionado à s atividades lúdicas e de necessidades básicas de cuidados, tais co mo brincadeiras livres nos espaços internos e externos, rodas de conversas e ou histórias, oficinas de músicas e desenhos, cuidados com o corpo, entre outras. 
• Sequências de atividades: 
 Cujo tempo é direcionado a atividades que têm como proposta promover uma aprendizagem específica, ou seja, trabalhando de acordo com os conteúdos sugeridos em cada eixo norteador proposto no Referencial.
• Projetos de trabalho: 
 Cujo tempo é direcionado à realização de um projeto pedagógico que deve ter suas etapas planejadas em conjunto co m as crianças e um tema relacionado a um dos eixos de trabalho. Essa forma de organização do tempo sugerida pelo Referencial é uma maneira de administra -lo dentro do ambiente escolar, e desta forma, o educador poderá garantir um tempo específico para a criança brincar.
No entanto, o professor d a educação infantil precisa ter a consciência de que pode não obter os resultados almejados no desenvolvimento da atividades escolhidas, em decorrências dos fatores variáveis relativos ao grupo de alunos envolvidos. Nesse sentido deve adaptar ou até mesmo mudar as atividades, mas sem perder o foco . Para tanto o profissional precisa estar capacitado e saber que as atividades que envolvem o lúdico, são promotoras de aprendizagem. Em conformidade com Carneiro (2011),“falta preparo aos profissionais que atuam no mercado, mas acima de tudo, falta disponibilidade para mudar ”. Sendo assim, é preciso maior empenho e dedicação por parte tanto da escola, quando do educador para desenvolver um bom trabalho. 
 
CONSID ERAÇÕES FINAIS:
 
Conforme apresentado, houve uma enorme evolução na área da educação 
infantil, considerando a inexistência de órgãos específicos destinados à educação
 da criança de zero a seis anos até por volta do século XIX, quando a família era
 a única responsável pela educação de seus filhos, sendo as creches instituições
 assistencialistas apenas, possuindo pouca estrutura física e funcional para
 
 receber os alunos. Nessa época, em decorrência do grande aumento da 
industrialização, as mulheres, mães de família, eram uma das principais mãos 
de obra, o que levou asurgir a necessidade de ampliar os centros de
 acolhimento das crianças como também melhorias dos serviços e estruturação
 o que levou a reivindicações nesse sentido. Dessa forma, aconteceu a
 aprovação pela Assembléia Constituinte das principais exigências referentes a
 valorização da educação no Brasil , sendo que a Constituição de
 
1988 trouxe na sua publicação a inclusão da creche no sistema escolar e a
 
educação da criança de zero a sei s ano s ,qualificando como responsabilidade
 
da família e do Estado a garantia de educação para criança. Desde então
, 
percebemos que houve muitas mudanças no que diz respeito à melhoria na
 
educação, no entanto ainda temos um longo caminho pela frente. Há muito o 
que adequar ainda.Nesta perspectiva, buscamos entender maneiras de ensino
 
 que sejam favoráveis ao desenvolvimento integral do ser humano, o que nos 
 
leva a chegar aos estudos e teorias de filósofos, cientistas e pesquisadores da área a respeito do desenvolvimento da criança relacionando-o ao uso de jogos e brincadeiras na educação infantil . Nesse sentido, no decorrer do presente trabalho , buscamos entender a importância do a to de brincar e as suas implicações para o desenvolvimento e aprendizagem. Assim, acabamos por verificar que a criança se torna construtora de conhecimento quando brinca, pois encontra motivos para solucionar problemas, desenvolver hipóteses ou até 
mesmo viajar na imaginação.Constatamos que brincar é prazeroso, é uma ação
 
desenvolvida em sua plenitude, não cabendo imposições, dessa forma pode ser
 considerada uma atividade lúdica, um meio de comunicação, de aprendizagem
 e de socialização. O lúdico é inerente ao ser humano, logo, podemos entender que 
 o brincar é uma necessidade da criança 
. 
Encontramos motivos par a entender o lúdico como u ma importante ferramenta de ensino, pois desenvolve competências de uma forma prazerosa . 
Entendemos que brincar é mais que um ato recreativo, pois estimula o 
imaginário, propicia a imaginação, a socialização e dependendo da brincadeira,
 
ensina regras e até mesmo a criação de novos modos de brincar. Na brincadeira 
está contida a verbalização, o pensamento , o movi mento, o que possibilita meios 
de comunicar-se e ampliar o vocabulário, além da criação de vínculos afetivos e
 
emocionais.
No entanto, percebe-se que ainda existe uma dificuldade por parte do professor da
 educação infantil em colocar adequadamente atividades que envolvam os jogo se brincadeiras em sala de aula, pois falta subsídios em sua formação para tal abordagem. Dessa for ma se faz necessário investimentos na sua formação continua da com um olhar voltado para inserção do lúdico no ensino -aprendizagem, da mesma forma que as instituições voltadas para a educação da criança de zero a seis anos também valorizem o brincar como forma de ensinar e de aprender. 
Diante do que foi relatado, fica nítido as contribuições do brincar para o 
desenvolvimento físico, psico e afetivo da criança. O que nos faz refletir 
sobre a prática pedagógica e o papel do educador infantil em relação a educação
 
lúdica e os benefícios provenientes dos jogos, do brinqued o e das brincadeiras .
 
Portanto , podemos entender que o brincar é inerente à criança, assim como
 
também é inerente a aprendizagem. 
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 Lei tura, a náli se e compreensão dos materi ais selecionados. 
 
 
 
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