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FARMACOLOGIA EDUARDO AULA 4 CAROL LESSA 5º PERÍODO Diuréticos ESTUDO DE CASO Valor de referência de creatinina: 1-1,5 mg/Dl ESTUDO DE CASO 2 INTRODUÇÃO As anormalidades no volume de líquidos na composição dos eletrólitos representam distúrbios clínicos comuns e importantes DIURÉTICOS Aumentam o volume da urina NATRIURÉTICOS Provocam o aumento na excreção de sódio AQUARÉTICOS Aumentam a excreção de água livre, sem solutos FISIOLOGIA DO NÉFRON Compreender como cada diurético vai agir no néfron No túbulo contorcido proximal (TCP), tenho a atuação da acetazolamida, dos agentes osmóticos (manitol) e adenosina No túbulo reto proximal, efeito dos tiazídicos No ramo descendente delgado da alça de henle, efeito dos agentes osmóticos diretos No ramo ascendente espesso (RAE), temos a ação dos diuréticos de alça (principais representantes furosemida) e adenosina Túbulo contorcido distal (TCD) atuação dos tiazídicos Vaso reto – no túbulo coletor, na fase final- tenho a atuação dos antagonistas da aldosterona e antagonistas do ADH FARMACOLOGIA EDUARDO AULA 4 CAROL LESSA 5º PERÍODO TUBULO CONTORNADO PROXIMAL Função de reabsorção de aproximadamente 65% de Na, K, Ca e Mg, 85¢ do bicarbonato, quase 100% da glicose e dos aminoácidos Altíssima permeabilidade a agua Seus fármacos principais são os inibidores da anidrase carbônica TUBULO PROXIMAL SEGMENTOS RETOS Secreção e reabsorção de ácidos e bases incluindo o acido úrico e a maioria dos diuréticos Altíssima permeabilidade a agua Não tenho nenhum diurético de ação nesse segmento RAMO DESCENDENTE DELGADO DA ALÇA DE HENLE Reabsorção passiva de água Alta permeabilidade a agua Transportadores: aquaporinas (poros de agua) Nenhum diurético de ação principal nesse segmento RAMO ASCENDENTE ESPESSO DA ALÇA DE HENLE (ERA) Função de reabsorção de 15 a 25% do NA, Cl e K filtrados, reabsorção secundária de Ca e Mg Baixíssima permeabilidade a agua Principal transportador e alvo farmacológico NKCC2 (Na/K/2Cl) Os diuréticos de alça tem principal ação nesse segmento (Furosemida) TUBULO CONTORCIDO DISTAL Reabsorção ativa de 4-8% de Na e Cl A reabsorção de Ca está sob controle do paratormônio Baixa permeabilidade a agua Principal transportador é trocador de Na e Cl (NCC) Os tiazídicos são os diuréticos com ação principal nesse segmento TUBULO COLETOR CORTICAL (TCC) Reabsorção de Na e secreção de K e H Permeabilidade variável a agua Principais transportadores e alvos farmacológicos são os canais de sódio, canais de potássio e certas aquaporinas Os diuréticos poupadores de K são os fármacos com principal ação nesse segmento TUBULO COLETOR MEDULAR Reabsorção de agua sob controle da vasopressina Permeablidade a agua variável Principal transportador e alvo farmacológico são as aquaporinas Antagonistas da vasopressina tem ação principalmente nesse segmento TUBULO CONTORCIDO PROXIMAL (TCP) Reabsorção de bicarbonato de sódio, cloreto de sódio, glicose, aminoácidos e outros solutos orgânicos por meio de sistema de transporte específicos na porção inicial do túbulo proximal Ion Potássio é absorvido por uma via paracelular A água é reabsorvida passivamente por um meio de via transcelular mediada por aquaporina 1 (AQP1) e paracelular (claudina-2) A permeabilidade do TCP a agua é alta e portanto a osmolaridade do líquido nesse túbulo é mantida a um nível quase constante, o gradiente do lúmen tubular para o interstício circulante é muito pequeno A reabsorção de NAHCO3 (bicarbonato de sódio) é um sistema que possibilita a entrada de NA para o interior da célula a partir do lúmen tubular, em troca de um próton proveniente do interior da célula. o O sódio entra e é trocado por um próton no interior da célula. o Como em todas as porções do néfron, a bomba de sódio e potássio na membrana basolateral, bombeia o Na reabsorvido no interstício, mantendo uma baixa concentração intracelular de cálcio. o O H (hidrogênio) vai ser secretado no lumen e vai combinar com o HCO3 (bicarbonato) para formar o H2CO3 (acido carbônico) que rapidamente é desidratado pela anidrase carbônica. o Assim vai gerar H2O + CO2 – forma que vai ser reabsorvida FARMACOLOGIA EDUARDO AULA 4 CAROL LESSA 5º PERÍODO ALÇA DE HENLE RAMO ASCENDENTE ESPESSO (RAE) Continuação do ramo delgado Reabsorvve ativamente o NaCl do lúmen Quase impermeável a agua A reabsorção de sal do RAE dilui o líquido tubular (segmento diluidor) As porções medulares do RAE contribuem para a hipertnicidade medular e portanto também desempenham importante função na concentração da urina pelo ducto coletor. O sistema de transporte do NaCl na membrana do RAE é um cotransportador de Na/K/2Cl A ação do transportador contribui para o acúmulo excessivo de K no interior da célula – acumulando potássio eu crio um potencial de ação, ativo o canal de potássio voltagem dependente e elimino potássio e por consequência, elimino também Ca e Mg TÚBULO CONTORNADO DISTAL Impermeável à água Reabsorve NaCl, diluindo ainda mais o líquido tubular Reabsorção através do cotransportador Na/Cl (NCC) K não é reciclado Ca é ativamente reabsorvido por meio de um canal de cálcio e permutador de Na/Ca – processo regulado pelo paratormônio (PTH) Bomba de NA/Cr e bomba de Na/K atpase O paratormônio abre o canal de cálcio e assim eu tenho a absorção de cálcio O paratormônio regula o canal de cálcio TÚBULOS COLETORES Reabsorção de apenas 2-5% de Na pelo rim Desempenha uma importante fução na fisiologia renal e na ação dos diuréticos Último local de reabsorção de NaCl, o sistema coletor é responsável pela regulação rigorosa do volume de líquido corporal e por determinar a concentração final de Na da urina Efeito dos mineralocorticoides Local mais importante de secreção de K pelo rim Onde ocorrem praticamente todas as alterações induzidas por diuréticos no equilíbrio de K Células principais: Na / K / Agua Células intercaladas: Alfa e Beta Os DIURÉTICOS QUE ATUAM NA PARTE PROXIMAL aumentam o aporte de Na aos tubos coletores e intensificam a secreção de K Se o Na chega ao sistema coletor com um ânion que não pode ser reabsorvido tão facilmente como o Cl, ocorre aumento no potencial do lúmen negativo e a secreção de K é intensificada o Ex: se tenho cloreto de sódio (NaCl) em uma concentração importante, eu vou compensar, eliminando mais potássio, para tentar buscar a eletronegatividade. Esse mecanismo combinado com o aumento da secreção de aldosterona devido à depleção de volume, constitui a base da maior perda de K induzida por diuréticos Ilustração mostra onde cada setor do néfron tem sua absorção FARMACOLOGIA EDUARDO AULA 4 CAROL LESSA 5º PERÍODO FARMACOLOGIA BÁSICA DOS DIURÉTICOS INIBDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA Principal representante: Acetazolamida – nome comercial diamox Função de aumentar o PH urinário com a diurese de HCO3 Excreção no túbulo proximal (se o paciente tiver insuficiência renal a dose deve ser reduzida) Na reabsorção de NAHCO3 (já explicada), a anidrase carbônica media a quebra de H2CO3 em H2O + CO2 (essa forma que vai ser reabsorvida) Bloqueando a anidrase carbônica, não vai ocorrer a quebra de H2CO3 e nem a reabsorção, assim eu aumento a excreção FARMACODINÂMICA Deprime a reabsorção de HCO3 no TCP 85% HCO3 reabsorvido, os outros são mecanismos independentes da anidrase carbônica Efeito dose máxima acetazolamida acarreta na inibição de 45% da reabsorção renal total de HCO3 Inibição da anidrase carbônica gera perda de HCO3 e aumento de NaCl INDICAÇÕES CLÍNICAS Glaucoma – para reduzir a pressão intra-ocular, diminuindo a produção de humor aquoso Alcalinização urinária – aumentar o PH da urina Alcalose metabólica – excretar HCO3 para diminuir a concentração dele Doença das montanhas Outros o Na glaucoma, vou optar por uso tópico, por não ter efeito metabólico sistêmico, uso Dorzolamida ou Brinzolamida TOXICIDADE Acidose metabólica hiperclorêmica Cálculos renais (fosfatúria e hipercalciúria) Perda renal de K (reabsorção de Na aumenta potencial elétrico no lúmen e intensifica secreção de K) DIURÉTICOS DE ALÇA Principal representante: Furosemida Inibição seletiva da reabsorção de NaCl no RAE A ação diurética desses fármacos não é limitada pela acidose Elimina potássio FARMACOCINÉTICA Eliminados pelos rins por filtração glomerular e secreção tubular Os diuréticos de alça atuam sobre o lado luminal do túbulo, a sua atividade diurética correlaciona-se com sua secreção pelo túbulo proximal FARMACODINÂMICA Inibe o NKCC2, o que induz a redução da absorção de NaCl Ao reduzir o potencial positivo no lúmen que deriva da reciclagem de K, os diuréticos de alça causam aumento na excreção de Mg e Ca Como a absorção intestinal de cálcio induzida pela vitamina D e a sua reabsorção renal induzida pelo PTH podem estar aumentadas, os diuréticos de alça geralmente não produzem hipocalcemia Hipomagnesemia Diuréticos de alça induzem a expressão de cicloxigenase (COX2) que participa na síntese de prostaglandinas a partir do ácido araquidônico. Pelo menos uma dessas prostaglandinas, a PGE2, inibe o transporte de sal no RAE e portanto participa nas ações renais dos diuréticos de alça. Os AINES (ex: indometacina), que atenuam a atividade da COX2, podem interferir nas ações dos diuréticos de alça ao reduzirem a síntese de prostaglandinas nos rins Furosemida aumenta o fluxo sanguíneo renal por meio das ações da prostaglandina na rede vascular dos rins FARMACOLOGIA EDUARDO AULA 4 CAROL LESSA 5º PERÍODO Esses efeitos sobre o tônus vascular periférico também se devem á liberação de prostaglandinas renais que são induzidas pelos diuréticos Indução de arritmias ventricular por hipocalemia INDICAÇÕES CLÍNICAS Hipercalemia – se tenho potássio alto, vou usar furosemida para eliminar o potássio Insuficiência renal aguda – em uma fase inicial Superdosagem de ânions TOXICIDADE Alcalose metabólica hipopotassêmica Ototoxidade Hiperuricemia Hipomagnesemia Reações alérgicas TIAZÍDICOS Principal representante: Hidroclorotiazida (HCTZ) Inibem o transporte de NaCl, mais do que NaHCO3 e a sua ação é predominantemente no TCD e não no TCP Diminui a liberação de insulina = CUIDADO COM DIABÉTICO FARMACOCINÉTICA Todos dessa classe podem ser administrados por via oral HCTZ é o mais potente, deve ser administrado em doses mais altas Cortalidona tem absorção lenta e duração de ação longa Todos tiazídicos são excretados pelo sistema coletor de ácido orgânico no túbulo proximal e competem com a secreção de ácido úrico para esse sistema Em consequência do uso de tiazídicos, há redução da secreção de ácido úrico e consequentemente elevaçar de seus níveis séricos- então um paciente com GOTA pode causar uma crise. Inibição competitiva entre tiazídicos e ácido úrico, não absorvo acido úrico, que fica acumulado. FARMACODINÂMICA Bloqueio do transportador de Na/Cl (NCC) Aumentam efetivamente a reabsorção de Calcio: o No TCP, depleção de volume leva ao aumento da reabsorção de Na e Ca passivamente o No TCD, o aumento da troca de Na/Ca na membrana basolateral Os tiazídicos mostram-se algumas vezes úteis na prevenção dos cálculos renais contendo cálcio causados por hipercalciúria A ação dos tiazídicos depende em partes da produção renal de prostaglandinas (essa produção é inibida por AINES) INDICAÇÕES CLÍNICAS HAS Insuficiência cardíaca Diabetes inspido nefrogênico Nefrolitíase devido a hipercalciúria TOXICIDADE Alcalose metabólica por hipopotassêmia e hiperuricemia – lembrar da GOTA Comprometimento da tolerância a carboidraros Hiperlipidemia Hiponatremia Reações alérgicas POUPADORES DE POTÁSSIO Impedem a secreção de K ao antagonizar os efeitos da aldosterona nos túbulos coletores Podem inibir por antagonismo farmacológico direto dos receptores de mineralocorticoides (espinolactona, esplerenona) ou por inibição do influxo de Na através dos canais iônicos na membrana luminal (amilorida, triantereno) T - triantereno E - espinolactona A – amilorida FARMACOCINÉTICA Espironolactona é um esteroide sintético que atua como antagonista competitivo da aldosterona o Inicio de ação lento Amilorida e triantereno são inibidores diretos do influxo de Na no TCD Reduzem a absorção de Na nos túbulos e ductos coletores A espinolactona e eplerenona ligam-se aos receptores de mineralocorticoides e reduzem a atividade da aldosterona TEA = Chá, em inglês Principais representantes da classe FARMACOLOGIA EDUARDO AULA 4 CAROL LESSA 5º PERÍODO A amilorida e o triantereno não bloqueiam a aldosterona mas interferem diretamente na entrada de Na por meio dos canais epiteliais de Na, na membrana apical do túbulo coletor Como a secreção de K está acoplada com a entrada de Na nesse segmento, esses agentes também são diuréticos poupadores de K efetivos (se não absorvem Na, não eliminam K – bomba de sódio e potássio) TOXICIDADE Hipercalemia – se poupo potássio, vai haver aumento na concentração Acidose metabólica hiperclorêmica Ginecomastia Insuficiência renal aguda Nefrolitíase DIURÉTICOS OSMÓTICOS TCP e RDAH (Ramo descendente) são permeáveis a agua Qualquer agente osmoticamente ativo que é filtrado pelo lomérulo mas não reabsorvido, provoca retenção de água nesses segmentos e promove diurese hídrica Redução da PIC – pressão intra craniana Remoção de toxinas renais Principal representante: Manitol FARMACOCINÉTICA Pouco absorvido pelo TGI Se administrado por via oral vai acarretar em uma diarreia osmótica Uso via oral ou via enteral quando quero limpar o tubo digestivo do paciente, quando quero realizar uma colonoscopia, por exemplo Seu efeito sistêmico é exercido se for administrado endovenoso Excretado por filtração glomerular em 30 a 60 minutos, sem reabsorção ou secreção tubular significativa FARMACODINÂMICA Efeitos no TCP e RDAH Por meio dos seus efeitos osmóticos, opõem se também a ação do ADH no túbulo coletor A presença de um soluto não reabsorvível, como o manitol, impede a reabsorção normal da água ao impor uma força osmótica contrária, o que aumenta o volume urinário O aumento do fluxo de urina diminui o tempo de contato entre o líquido e o epitélio tubular, reduzindo assim a absorção de Na e de água. INDICAÇÕES CÍNICAS Redução da PIC – pressão intracraniana TOXICIDADE Expansão do volume extracelular Desidratação Hipercalemia Hipernatremia ESTADOS EDEMATOSOS Preciso reduzir o edema periférico ou pulmonar que se acumulou em consequência de doenças cardíacas, renais ou vasculares que reduzem o fluxo sanguíneo para os rins Retenção de sal e agua expandem o volume sanguíneo gerando edema Uso criterioso de diuréticos pode mobilizar o edema intersticial sem reduzir de modo significativo o volume plasmático É importante conhecer a fisiopatologia da doença subjacente, que gerou o edema NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Baixo DC = IC, que leva a uma hipovolemia e como mecanismo de compensação, nosso corpo vai reter agua e Na Se há uma piora no DC, o rim vai reter mais ainda H2O e Na, gerando um edema intersticial Diuréticos podem reduzir esse edema, e consequentemente vão melhorar a oxigenação e função miocárdica O efeito do aumento do sal ao RAE faz com que haja ativação da mácula densa, reduzindo a TFG –taxa de filtrado glomerular, através de vasoconstricção da arteríola aferente Hipocalemia causa exacerbação de arritmias cardíacas NA DOENÇA E INSUFICIÊNCIA RENAL Há retenção de sal e agua É importante evitar o uso de acetazolamida (excreta NaChO3), que pode exacerbar uma acidose FARMACOLOGIA EDUARDO AULA 4 CAROL LESSA 5º PERÍODO Diurético poupador de potássio pode gerar hipercalemia Tiazídicos devem ser associados aos diuréticos de alça NA CIRROSE HEPÁTICA O edema e ascite reduzem a pressão oncótica Há diminuição da perfusão renal Diminuição do volume plasmático Retenção primária de Na devido aos níveis plasmáticos elevados de aldosterona ESTADOS NÃO EDEMATOSOS HAS Nefrolitíase Hipercalcemia Diabetes insípido RESPOSTA CASO 1 Doença renal crônica que agudizou RESPOSTA CASO 2 QUESTÃO 1 Resposta E, poupador de potássio QUESTÃO 2 Resposta B, tiazídicos QUESTÃO 3 Resposta C, poupador de potássio QUESTÃO 4 FARMACOLOGIA EDUARDO AULA 4 CAROL LESSA 5º PERÍODO Resposta E, tiazídicos
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