Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Miguel Angelo Araújo Lima miguel.araujo@unipac.br Fundação Presidente Antônio Carlos UNIPAC Lafaiete Aula 03 - Empuxo – Rankine e Coulomb OBRAS DE TERRA EMPUXO DE TERRA Empuxo de terra é a ação produzida pelo maciço terroso sobre as obras com ele em contato. A determinação do valor do empuxo de terra é fundamental na análise e projeto de obras como: a. Muros de arrimo – empuxo ativo sobre o muro. b. Cortinas de estacas-pranchas – empuxo ativo e passivo (ficha) na cortina. c. Construções de subsolos – empuxo no repouso sobre as paredes de um edifício. d. Encontros de pontes – empuxo passivo. É um dos temas mais intricados da Mecânica dos Solos. Todas as teorias propostas admitem hipóteses simplificadoras que não expressam totalmente a realidade dos solos. O empuxo geralmente é calculado por uma faixa de largura unitária da estrutura de arrimo, não se considerando as forças que atuariam sobre as superfícies laterais dessa faixa. A magnitude do empuxo depende: ▪ Desnível vencido pela estrutura de arrimo; ▪ Tipo e das características do solo; ▪ Deformação sofrida pela estrutura; ▪ Posição do nível de água; ▪ Inclinação do terrapleno, etc. Valor do Empuxo O valor do empuxo de terra, assim como a distribuição de tensões ao longo do elemento de contenção, depende da interação solo-elemento estrutural durante todas as fases da obra. O empuxo atuando sobre o elemento estrutural provoca deslocamentos horizontais que, por sua vez, alteram o valor e a distribuição do empuxo, ao longo das fases construtivas da obra. Os termos ativo e passivo são usualmente empregados para descrever as condições limites de equilíbrio correspondente ao empuxo do solo de retroaterro contra a face interna (tardoz) do muro de arrimo ou contenção. A figura, ao lado, mostra a variação de empuxos em função do deslocamento. A pressão horizontal diminui ou aumenta, conforme o muro aproxima-se ou afasta-se do maciço de terra. COEFICIENTES DE EMPUXO Consideremos uma massa semi-infinita de solo e calculemos a pressão vertical v em uma profundidade z: A relação entre h e v em repouso é chamado de k, que é o coeficiente de empuxo. Se a solicitação imposta ao solo envolver deformações laterais de compressão ou de extensão, o equilíbrio é alterado e o solo se afasta da condição de repouso. Terzaghi mediu o valor da força necessária para manter o anteparo estático, denominado de “empuxo em repouso” (Eo), denominou a força sobre o anteparo no momento da ruptura, de “empuxo ativo” (Ea), afastando o anteparo da massa de solo e a força empurrando o anteparo contra a massa de areia até a ruptura de “empuxo passivo” (Ep). EMPUXO NO REPOUSO Estados de Equilíbrio Plástico: O estado de repouso corresponde à pressão exercida pelo solo de retroaterro sobre um muro de contenção rígido e fixo, ou seja, que não sofre movimentos na direção lateral. V a lo re s d e k 0 Passivo ou Ativo???? Teorias de Empuxo de Terra Teoria de Empuxo de Coulomb Teoria de Empuxo de Rankine Método de Culmann – Gráfico Método de Poncelet – Gráfico Análise Limite Métodos Numéricos Os primeiros 4 métodos usam o critério de ruptura de Mohr-Coulomb Teoria de Empuxo de Coulomb (1776) Coulomb assume atrito entre o muro e o solo Teoria de Empuxo de Rankine (1857) Rankine (original) assume: Muro sem atrito Solo não coesivo Paramento do muro é vertical O aterro é horizontal O muro é flexivel TEORIA DE RANKINE (1857) Rankine baseou-se na hipótese de que uma ligeira deformação no solo é suficiente para provocar uma total mobilização da resistência de atrito, produzindo o estado ativo se o solo sofre expansão e passivo se sofre compressão. HIPÓTESES FUNDAMENTAIS I. Terrapleno homogêneo (Solo Homogêneo) II. Superfície plana; III. Válida a Teoria de Möhr; IV. Sem pressão de percolação; V. Movimento livre do anteparo; VI. Não há atrito entre solo e muro. Diz se que a massa de solo esta sob equilíbrio plástico quando todos os pontos estão em situação de ruptura • Muro perfeitamente liso (atrito solo-muro: δ = 0) => os empuxos de terra atuam paralelamente à superfície do terreno. • A parede da estrutura em contato com o solo é vertical RANKINE c’ = 0 v = 1 = ( x z) h = 3 = ( x z) x k? DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE EMPUXO SOLOS NÃO COESIVOS ESTADO ATIVO - Ka EMPUXO ATIVO TOTAL ÁREA ABD CARACTERÍSTICAS & TENSÕES PONTO DE APLICAÇÃO Obs: ESTADO PASSIVO - Kp CARACTERÍSTICAS & TENSÕES SOLOS NÃO COESIVOS EMPUXO PASSIVO TOTAL ÁREA ABD PONTO DE APLICAÇÃO SUPERFÍCIE INCLINADA DO TERRAPLENO (i) SOLOS NÃO COESIVOS TERRAPLENGO HORIZONTAL COM SOBRECARGA UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDA COEFICIENTES DE EMPUXO ATIVO E PASSIVO DE ACORDO COM ϕ (RANKINE) SOLOS NÃO COESIVOS SOLOS COESIVOS SOLOS COESIVOS ESTADO ATIVO SOLOS COESIVOS Se c 0 e = 0 TERRAPLENO COM SUPERFÍCIE INCLINADA SOLOS COESIVOS β Duas situações possíveis: β e β > β As superfícies de ruptura são curvas e se aprofundam indefinidamente. β > ESTADO ATIVO & PASSIO – EMPUXO - DIAGRAMAS Caso Ativo Z Caso Passivo Z Obs.: O empuxo total é dado pela área formada pela distribuição das forças. RANKINE ATENÇÃO PARA O CASO DE MACIÇOS ESTRATIFICADOS TEORIA DE EMPUXO DE COULOMB (1776) ATRITO TIPO DE SOLO X TIPO DE CONTENÇÃO COULOMB - EMPUXOS Área da Cunha de Solos (Lei dos Senos) Peso da Cunha de Solos 3 EMPUXOS - exemplos EMPUXOS - exemplos EMPUXOS - exemplos Para o muro abaixo e características do solo dado, calcular a distribuição de empuxo e desenhar o seu diagrama. ´=10o , c´= 10,5kPa e γ =17,52kN/m3 Solo Coesivo - Rankine 6 ,5 m
Compartilhar