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Amanda Freitas—MED 5°P APG 15 1 @amandacfdias Definição A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune, de caráter desmielinizante, crônica e evolutiva que atinge a substância branca do sistema nervoso central (SNC). A autoimunidade representa o processo de agressão à bainha de mielina do SNC por uma resposta inflamatória exacerbada e contínua. Epidemiologia Há diferenças de prevalência em uma mesma latitude de acordo com a raça, sendo os brancos os mais afetados. Há também uma diferença de prevalência entre mulheres e homens, em uma proporção de 2 : 1 Acredita-se que os estados da região sul do Brasil são os que apresentam maiores taxas, mas faltam dados epidemiológicos. Anatomia Básica A Bainha que envolve os tratos nervosos no Sistema Nervoso Central e Periférico é constituída de camadas bimoleculares de lipídeos intercaladas com proteínas. Tem a mesma composição das membranas celulares, ou seja, 70% de lipídeos e 30% de proteínas, com alta concentração de colesterol e fosfolípides na sua composição. A mielina do SNC é produzida por células chamadas oligodendrócitos e sua produção é iniciada a partir de estímulos de outras células do SNC, os astrócitos. A mielina do SNP é produzida pelas células de Schwann, sua produção é iniciada a partir da presença do axônio. Fisiologia A condução dos potenciais de ação ao longo do axônio é mais rápida em fibras nervosas que possuem membranas altamente resistentes, assim minimizando o vazamento do fluxo corrente para fora da célula. O axônio não mielinizado mostrado na possui uma baixa resistência ao vazamento de corrente, uma vez que toda a membrana do axônio está em contato com o líquido extracelular e contém canais iônicos pelos quais a corrente pode vazar. Quando um potencial de ação viaja ao longo do axônio da zona de gatilho até o terminal axonal, ele passa alternando entre os axônios mielinizados e os nódulos de Ranvier. Cada nó possui uma grande concentração de canais de Na+ dependentes de voltagem, que se abrem com a despolarização e permitem a entrada de sódio no axônio. Os íons de sódio que entram em um nódulo reforçam a despolarização e restabelecem a amplitude do potencial Amanda Freitas—MED 5°P APG 15 2 @amandacfdias de ação quando ele passa de nódulo em nódulo. A condução nervosa nos axônios mielinizados ocorre de maneira saltatória, com o impulso nervoso pulando de um nodo de Ranvier para o seguinte sem despolarização da membrana axonal sob a bainha de mielina entre os nodos, o que produz velocidades de condução bem mais altas (cerca de 70 m/s) do que as velocidades lentas (cerca de 1 m/s) produzidas pela contínua propagação nos nervos não mielinizados. O bloqueio da condução ocorre quando o impulso nervoso é incapaz de atravessar o segmento desmielinizado, o que pode acontecer quando a membrana axonal em repouso torna-se hiperpolarizada devido à exposição dos canais de potássio dependentes da voltagem normalmente ocultos sob a bainha de mielina. Um bloqueio de condução temporário muitas vezes sucede um evento desmielinizante, antes que os canais de sódio (originalmente concentrados nos nodos) tenham chance de se redistribuir ao longo do axônio despido. Nos sistemas nervosos central e periférico, a perda da mielina retarda a condução dos potenciais de ação. Além disso, quando a corrente extravasa pelas regiões da membrana que agora estão sem isolamento, entre os nódulos de Ranvier repletos de canais de Na+, a despolarização que chega ao nódulo talvez não esteja mais acima do limiar, e a condução pode falhar. Etiologia Genética ⁄ autoimunidade A suscetibilidade à EM é poligênica. O complexo principal de histocompatibilidade (MHC) no cromossomo 6 é, sem dúvida alguma, a região de maior suscetibilidade à EM no genoma. Estudos de mapeamento detalhado implicam principalmente a região da classe II (que codifica moléculas do HLA envolvidas na apresentação de antígenos peptídicos às células T). Fatores ambientais predisponentes Fatores ambientais de natureza viral, exposição aos raios ultravioleta e menor produção de vitamina D são fatores que indiretamente podem interferir no sistema imunológico. A ação contínua desses fatores contribui para o aparecimento de condições favoráveis para a ativação da linhagem linfocitária de função Th1. Anatomopatologia As novas lesões da EM começam com a invasão do revestimento perivenular por células mononucleares inflamatórias, predominantemente células T e macrófagos, que também infiltram a substância branca circundante. Nos locais de inflamação, a barreira hematencefálica (BHE) é afetada; entretanto, ao contrário da vasculite, a parede vascular é preservada. O comprometimento do sistema imune humoral também é evidente; ocorre também infiltração de pequenos números de linfócitos B no sistema nervoso, e verifica-se a presença de autoanticorpos específicos contra a mielina nas bainhas de mielina em degeneração. À medida que as lesões evoluem, ocorre proliferação proeminente dos astrócitos (gliose). Os oligodendrócitos que sobrevivem ou aqueles que se diferenciam de células precursoras podem remielinizar parcialmente os axônios desnudos remanescentes, produzindo as denominadas placas-fantasmas. Em muitas lesões, as células precursoras dos oligodendrócitos estão presentes em grandes quantidades, porém não conseguem se diferenciar e remielinizar. Embora a preservação relativa dos axônios seja típica da EM, pode ocorrer também destruição axônica parcial ou total, particularmente dentro de lesões altamente inflamatórias. Ocorrem inflamação e formação de placas no córtex cerebral, e a perda significativa de axônios, indicando morte dos neurônios, é Amanda Freitas—MED 5°P APG 15 3 @amandacfdias disseminada, particularmente nos casos avançados. Fisiopatologia A EM é uma doença imunomediada, predominantemente inflamatória, mediada pelas células T. A fisiopatologia pode ser dividida em três tipos de processos, os quais podem acontecer simultaneamente: inflamação → desmielinização → perda axonal. Inflamação O individuo predisposto à EM possui linfócitos T pré-ativados contra antígenos presentes na molécula de mielina ( p.ex. proteína básica da mielina, glicoproteína oligodendrocítica, glicoproteína associada a mielina, etc.) Esses linfócitos T pré-ativados penetram no sistema nervoso central ( SNC) e estimulam os linfócitos T CD4 nativos a se diferenciarem em linfócitos CD4 Thl e linfócitos CD4 Th2 . As células Thl produzem citocinas inflamatórias, como IL-2, TNF e IFN gama, ativando as células apresentadoras de antígeno, a micróglia, e aumentando a cascata de eventos pró-inflamatórios. As células Th2, por sua vez, ao serem estimuladas, desencadeiam a produção de citocinas antiinflamatórias, como IL-4, IL-5, IL-6, IL- 10 e IL- 1 3. Os linfócitos TCD4 e CD8 são capazes de ativar macrófagos, produzir radicais livres e interleucinas que provocam efeitos destrutivos teciduais. São ativadas outras células como as células da microglia que, por sua vez, produzem interleucina-12 e interleucina-23, que induzem os linfócitos T a produzir interféron gama e interleucina-17. Geralmente, há um equilíbrio entre essas duas funções; contudo, na EM,existe uma superestimulação das células Thl. Um outro aspecto importante é o momento da cascata inflamatória em que as células T CD4 aderem ao endotélio e, por meio da quebra da barreira hematencefálica, penetram no SNC. Essa adesão ao endotélio se dá por intermédio da ligação química entre receptores de células endoteliais (moléculas de adesão celular, p. ex., V-CAM) e moléculas da membrana das células T, as integrinas alfa4. Uma vez ocorrida essa ligação, há a facilitação da adesão e o rolamento das células T, seguido de transmigração desses linfócitos por meio do endotélio em direção ao tecido inflamado. As células B no interior do encéfalo são também reativadas contra os antígenos descritos, formando imunocomplexos e passam a produzir imunoglobulinas, na forma de anticorpos, contra a bainha de mielina e oligodendrócito. Desmielinização Pode ser resultado de dano direto das células de Schwann, provocado pelas células inflamatórias, ou dano indireto, pelo ambiente provocado pela inflamação. Amanda Freitas—MED 5°P APG 15 4 @amandacfdias A destruição da bainha de mielina expõe o axônio, que fica parcialmente suscetível à entrada de cálcio ativando proteases, como as calpainas, que o destrói. A desorganização dos canais iônicos provoca, além da ativação das já referidas proteases, a instabilidade e a destruição mitocondrial, fonte de energia para estabilidade do axônio. A remielinização é prejudicada pelos seguintes fatores: perda dos oligodendrócitos (precursores da mielina), sinais inibitórios provocados pela inflamação, obstrução dos oligodendrócitos causada pela cicatrização e reduzida receptividade dos axônios lesados à remielinização. A desmielinização pode resultar em redução do suporte trófico dos axônios, redistribuição dos canais iônicos e desestabilização dos potenciais de ação da membrana. Os axônios podem adaptar-se inicialmente a essas lesões; com o passar do tempo, ocorre frequentemente degeneração distal e retrógrada. Perda axonal Pode ocorrer em qualquer estagio da doença, tanto durante um primeiro surto quanto após 30 anos. Em todos os estágios da doença, há aumentada velocidade de perda neuronal e consequente atrofia. A atrofia é mais evidente nas formas progressivas de EM e pode ser um preditor para a evolução à irreversível forma secundariamente progressiva. As fibras mais acometidas nesse processo de atrofia são as finas, de pequeno diâmetro. A perda axonal é seletiva, acometendo preferencialmente as fibras de menor calibre. Algumas evidências sugerem que a lesão axonal é mediada diretamente por células inflamatórias residentes e invasoras, bem como seus produtos tóxicos, em particular pela micróglia, macrófagos e linfócitos T CDS. A micróglia ativada é particularmente propensa a causar lesão axonal por meio da liberação de NO e radicais de oxigênio, bem como por meio do glutamato, tóxico para os oligodendrócitos e neurônios. O processo inflamatório pode ser interrompido em qualquer momento da lesão, espontaneamente ou mediante tratamento. Nas áreas de edema a reversibilidade é completa da função clinicamente observada e anatomicamente não há lesão mielínica ou axonal, se houve destruição mielínica, preservando o axônio, a remielinização pode ocorrer e quando o axônio é destruído, não há mais elementos para induzir a remielinização. Esses três processos fisiopatológicos ocorrendo simultaneamente são consequência do desequilíbrio entre linfócitos Th1 e Th2. Amanda Freitas—MED 5°P APG 15 5 @amandacfdias Morfologia A EM é basicamente uma doença da substância branca, com as áreas afetadas exibindo lesões múltiplas, bem circunscritas, ligeiramente deprimidas, de aspecto vítreo, acinzentadas e forma irregular, chamadas de placas. Elas surgem com mais frequência perto dos ventrículos. Também são frequentes nos nervos ópticos e no quiasma, no tronco encefálico, nos tratos fibrosos ascendentes ou descendentes, no cerebelo e na medula espinhal. As lesões possuem bordas nitidamente definidas em nível microscópico. Em uma placa ativa há evidência de rompimento da mielina em curso com macrófagos abundantes contendo resíduos de mielina. Os linfócitos e macrófagos estão presentes, majoritariamente, como infiltrados perivasculares. As pequenas lesões ativas estão centradas nas pequenas veias. Os axônios são relativamente preservados, mas podem ter o seu número reduzido. As placas ativas são divididas em quatro classes, com apenas uma delas sendo observada em determinado paciente afetado. Os padrões microscópicos reconhecidos são o tipo I, que possui infiltrados de macrófagos com margens nítidas; o tipo II, similar ao tipo i, mas que também exibe deposição do complemento (sugerindo um componente mediado por anticorpo); o tipo III, com bordas menos bem definidas e apoptose do oligodendrócito; e o tipo IV, com perda de oligodendrócito não apoptótica. Quando as placas se tornam quiescentes (placas inativas), a inflamação praticamente desaparece, deixando para trás pouca ou nenhuma mielina. Pelo contrário, a proliferação astrocítica e a gliose são proeminentes. Manifestações Clínicas O inicio da EM pode ser abrupto ou insidioso. Os sintomas podem ser graves, ou podem parecer tão triviais que o paciente pode não procurar assistência médica por meses ou anos. Os sintomas iniciais são: perda sensorial, neurite óptica, fraqueza, parestesias, diplopia, ataxia, vertigem, ataques paroxísticos, dor, demência, perda visual, paralisia facial, impotência, epilepsia e queda. A fraqueza dos membros pode manifestar- se como perda da força, velocidade, ou destreza, como fadiga ou distúrbio da marcha. A fraqueza induzida por exercício é um sintoma típico da EM. A fraqueza é do tipo do neurônio motor superior e frequentemente acompanhada de outros sinais piramidais, como espasticidade, hiper-reflexia e sinais de Babinski. A espasticidade está associada a espasmos musculares espontâneos e induzidos por movimentos. Em muitos casos acompanha-se de dor que interfere na capacidade de deambular, trabalhar ou cuidar de si mesmo. A neurite óptica (NO) geralmente apresenta-se como diminuição da acuidade visual, falta de nitidez ou redução da percepção das cores (dessaturação) no campo central da visão. Tais sintomas podem ser leves ou evoluir para perda visual grave. Raramente, há perda total da percepção da luz. Os sintomas visuais costumam ser monoculares, mas podem ser bilaterais. Dor periorbital (agravada pelos movimentos oculares) muitas vezes precede ou acompanha a perda visual. O exame fundoscópico pode ser normal ou revelar edema do disco óptico (papilite). A palidez do disco óptico (atrofia óptica) comumente sucede a NO. A diplopia pode resultar de oftalmoplegia internuclear (OIN) ou paralisia do VI nervo craniano (raramente do III ou IV). A OIN consiste em comprometimento da adução de um olho por lesão do fascículo longitudinal medial ipsilateral. Outras alterações comuns do olhar na EM incluem: (1) paralisia do olhar horizontal (2) síndrome "um e meio" (paralisia do olhar horizontal mais OIN) e (3) nistagmo pendular adquirido. Amanda Freitas—MED 5°P APG 15 6 @amandacfdias Os sintomas sensoriais são variáveis,consistindo em parestesias (p. ex., formigamento, sensação de "alfinetadas e agulhadas" ou queimação dolorosa) e hipoestesia (p. ex., sensibilidade reduzida, dormência ou sensação de "perda' de parte do corpo). Sensações desagradáveis (p. ex., partes corporais "inchadas': "molhadas': "nuas" ou "enroladas com força') também são comuns. A deficiência sensorial do tronco e membros inferiores abaixo de uma linha horizontal no dorso (nível sensorial) sugere que a medula espinal é a origem da perturbação sensorial. Com frequência, acompanha-se de sensação de constrição semelhante à faixa ao redor do tronco. Dor é um sintoma comum na EM, sentido por mais de 50% dos pacientes. A ataxia geralmente se manifesta como tremor cerebelar. Também pode envolver a cabeça e o tronco, ou a voz, produzindo disartria cerebelar típica (fala escandida). Pode haver disfunção vesical → a perda de controle entre os músculos da bexiga que controlam a micção fisiológica gera: polaciúria, urgência, nictúria e esvaziamento incontrolável da bexiga. A dissinergia do detrusor-esfincter, secundária à perda da sincronização entre os músculos detrusor e o esfincter, causa dificuldade de iniciar e/ou interromper o jato urinário, acarretando hesitação, retenção urinária, incontinência por transbordamento e infecção recorrente. Pode ocorrer constipação, urgência ou incontinência fecal. A disfunção cognitiva pode consistir em perda de memória, desatenção, dificuldade nas funções de execução, memória, solução de problemas, processamento lento das informações e dificuldades de mudança entre tarefas cognitivas. A depressão, presente em 50% dos pacientes, pode ser reativa, endógena ou parte da própria doença, e contribuir para a fadiga. Outros sintomas são: fadiga, disfunção sexual, fraqueza facial, vertigem, perda auditiva, sensibilidade ao calor, sintoma de Lhermitte (sensação de choque elétrico), crises epilépticas tônicas e disartria. A neuralgia do trigêmeo, o espasmo hemifacial e a neuralgia do glossofaríngeo podem ocorrer quando a lesão desmielinizante envolve a zona de entrada (ou saída) da raiz do V, VII e IX nervos cranianos, respectivamente. A mioquimia facial consiste em contrações tremulantes rápidas e persistentes da musculatura facial (especialmente da parte inferior do orbicular do olho) ou uma contração que se propaga lentamente através da face. Resulta de lesões dos tratos corticobulbares ou do trajeto do nervo facial no tronco encefálico. Evolução da doença A esclerose múltipla pode se apresentar de quatro formas clínicas: 1. EM remitente-recorrente (EMRR)→ ataques distintos que evoluem durante dias a semanas. Há recuperação total durante as semanas ou meses seguintes. 2. EM progressiva secundária (EMPS)→ começa como a EMRR. Paciente apresenta deterioração constante da função sem episódios agudos. 3. EM progressiva primária (EMPP)→ pacientes apresentam declínio funcional constante desde o inicio da doença. A incapacidade aparece mais rápido do que na EMRR. 4. EM progressiva ⁄ recidivante (EMPR)→ se superpõe à EMPP e EMPS. Pacientes apresentam deterioração constante do estado desde o inicio da doença e episódios eventuais superpostos à sua evolução progressiva. Amanda Freitas—MED 5°P APG 15 7 @amandacfdias Diagnóstico Não existe um exame de diagnóstico definitivo para a EM. Os critérios de diagnóstico para a EM clinicamente definida exigem documentação de dois ou mais episódios sintomáticos e dois ou mais sinais que reflitam patologia em tratos da substância branca do SNC anatomicamente separados. Esse conjunto de critérios é conhecido como critérios de McDonald. Esses critérios levam em consideração o quadro clínico como determinante mais importante. Além disso, a RM, o líquido cerebrospinal com pesquisa de bandas oligoclonais e o potencial evocado visual são os exames complementares mais úteis no diagnóstico. O quadro clínico e os achados desses exames se combinam para determinar o diagnóstico. Os sintomas devem durar mais de 24 h e ocorrer como episódios distintos e separados por 1 mês ou mais. Pelo menos um dos dois sinais exigidos deve estar presente no exame neurológico. O segundo sinal pode ser documentado por testes paraclínicos anormais, como a RM ou potenciais evocados (PE). Diagnóstico diferencial A recomendação é que sejam descartadas outras patologias que possam simular a apresentação clinica ou radiológica da EM. Amanda Freitas—MED 5°P APG 15 8 @amandacfdias Nota 1: a lesão medular pode ser considerada equivalente a lesão infratentorial; lesão medular com impregnação pode ser equivalente a uma lesão cerebral com impregnação; lesões individuais na medula podem contribuir juntas com lesões cerebrais para atingir o número mínimo de lesões em T2. Nota 2: a lesão medular típica de EM deve apresentar pouco ou nenhum edema da medula, deve ser inequivocadamente hiperintensa em T2, deve ter pelo menos 3 mm de diâmetro, mas ocupar menos de 2 segmentos medulares em extensão, e ocupar somente uma parte da área de secção da medula. Nota 3: a repetição de novo exame de RM de medula tem baixo rendimento para demonstrar disseminação de lesões no tempo, em pacientes sem novos sintomas. “Exemplos de achados típicos de EM na ressonância magnética. (A) No corte sagital, verificam-se as chamadas "lesões em chama de vela", que são lesões desmielinizantes ao longo de todo o corpo caloso. (B) No corte axial, verificam-se lesões de distribuição predominantemente na substância branca periventricular.” Referências Bibliográficas Neurologia Clínica Harrison 3°ed 2015 Neurologia Clínica Greenberg 8°ed 2014 Rotinas em Neurologia e Neurocirurgia 1°ed 2008 Patologia Básica Robbins e Cotran 9°ed 2013 Fisiologia Silverthorn 7°ed 2016 Espaço para anotações...
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