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Endometriose: Caso Clínico

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Endometriose: 
Caso Clínico: 
Mulher, 38 anos, com queixa de dor 
abdominal crônica, porém relata alteração 
do hábito intestinal há 8 meses, de 2 vezes 
ao dia para uma vez a cada 4 dias, com 
afilamento das fezes e tenesmo. Nesse 
período também houve piora das dores 
abdominais, em cólica, difusa, que se 
intensificam no período menstrual, e 
associada à sangramento vermelho vivo nas 
fezes. Antecedente familiar: Mãe 
diagnosticada com câncer colorretal aos 54 
anos. 
 
Realizada colonoscopia (imagem abaixo) 
que evidenciou abaulamento na parede 
anterior do reto médio, com área de 
mucosa com irregularidade e friabilidade 
(tecido mais frágil), cujas biópsias 
demonstraram endometriose. 
 
 
 
Definição: 
-Doença na qual tecidos endometriais 
funcionantes (glândulas e estromas) são 
encontradas em áreas ectópicas 
-Doença estrogênio dependente → 
mantém e faz o tecido desenvolver → 
queda de estrogênio realiza a queda do 
endométrio explicando o sangramento 
(onde quer que seja) 
-Doença crônica inflamatória progressiva 
 
Localização: 
-No ovário: endometrioma 
-No miométrio: adenomioma 
 
Sinais e Sintomas: 
-Dor crônica 
-Dispareunia 
-Dismenorreia (agravamento progressivo) 
-Hematúria 
-Distensão abdominal 
-Massa abdominal palpável 
-Alterações intestinais 
-Hematoquezia (Mucosa friável – reto) 
Etiologia: 
-4 teorias: 
1. Teoria da regurgitação/implantação – 
Sugere que o sangue menstrual contendo 
fragmentos de endométrio seja forçado a 
subir pelas tubas uterinas (pérvias = 
permitem a passagem) até a cavidade 
peritoneal, até ser realizado a implantação 
destas células num local ectópico 
2. Metástase benigna/Teoria vascular ou 
linfática – Tecidos endometriais possam 
lançar metástases por meio do sistema 
cardiovascular linfático e sanguíneo 
3. Teoria metaplásica – Elementos 
celulares imaturos (células totipotentes) 
inativos espalhados por uma área ampla 
durante o desenvolvimento embrionário 
persistam até a idade adulta e, em seguida, 
são diferenciados em tecido endometrial 
4. Teoria das células tronco/progenitoras 
extrauterinas – Células tronco circulantes 
da medula óssea se diferenciem em tecido 
endometrial 
Epidemiologia: 
-Acomete 1 em cada 10 mulheres em idade 
reprodutiva 
 
 
Prevalência: 
-Idade reprodutiva 
-Adolescente e menopausadas 
-Mulheres com infertilidade sem causa 
aparente 
Fatores de Risco: 
-Menacme (período reprodutivo) 
-Menarca precoce 
-Ciclos curtos com fluxo intenso 
-Infertilidade 
-Nuliparidade 
-Doenças autoimunes 
-Genética 
-Dieta rica em gordura, álcool, 
sedentarismo (causas pró-inflamatórias) 
Microscopia: 
 
Figura 1 - Endometriose infiltrativa em bexiga com 
componentes estromal e glandular de tipo 
endometrioide (HE – 100X) 
 
Figura 2 - Estudo do foco de endometriose composto 
por células semelhantes ao estroma do endométrio 
típico, ricamente vascularizado (HE – 100X) 
Glândulas 
Estroma 
 
Figura 3 - Proliferação de glândulas endometriais e 
estroma, que contém hemorragia e macrófagos 
pigmentados (metade inferior). 
Macroscopia: 
-Cistos castanho-escuro (endometriomas) 
-Azulados 
-Contendo hemorragia (Líquido 
achocolatado) 
-Hemossiderina 
-Amarelo acastanhado, transparente ou 
branca (fibrose em graus variáveis) 
 
 
Figura 4 – Cistos 
 
Figura 4 - Líquido achocolatado

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