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SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ginecologia e Obstetricia 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O advento do Doppler veio complementar o estudo ultrassonográfico, acrescentando características funcionais e 
traduzindo a hemodinâmica dos órgãos pélvicos de maneira não-invasiva. 
Outras técnicas ultrassonográficas que vêm se aprimorando nos últimos anos são a histerossonografia e a 
histerossonosalpingografia. Ambas permitem a avaliação mais precisa da cavidade uterina e com a última também pode 
ser feita a avaliação da permeabilidade tubária, associada ao Doppler colorido e meios de contraste. 
A pelve feminina também pode ser avaliada através de outras modalidades de diagnóstico por imagem, tais como, a 
Tomografia Computadorizada (TC) e a Ressonância Magnética (RM). 
USG transabdominal 
 
Indicações: 
→ Método preferível após a 12ºs de gestação; 
→ Abordagem global dos órgãos pélvicos e suas 
relações; 
→ Pacientes virgens que não podem fazer a USG 
endovaginal; 
Preparo: 
→ Bexiga cheia: desloca alças intestinais e serve 
como janela acústica; 
→ Usar antiflatuente; 
Transdutor: 
→ Baixa frequência → Possui alta penetrância → 
Pouca definição/sensibilidade; 
→ As vísceras podem atrapalhar a visualização dos 
órgãos pois geralmente estão cheias de gases; 
Obs.: Bexiga serve como referência em ecogenicidade e posição para avaliar 
outras estruturas. 
 
 
USG endovaginal 
 
Indicações: PADRÃO-OURO! 
→ O mais indicado no até as 12ºs da gestação; 
→ Quando os achados são anormais no exame 
físico; 
→ Sangramento uterino anormal; 
→ Dor pélvica crônica; 
→ Gravidez ectópica; 
→ Avaliação de infertilidade; 
→ Pacientes obesas; 
Preparo: 
→ Bexiga vazia; 
→ Usar antiflatuente; 
→ Se abster de relações sexuais; 
→ Não fazer uso de cremes intravaginais; 
→ Não fazer uso de duchas vaginais; 
Transdutor: 
→ Alta frequência → Possui baixa penetrância 
→ o que é ideal porque os órgãos ficam mais 
próximos do transdutor; 
→ Maior sensibilidade/resolução 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
Avaliação do Útero 
Órgão muscular localizado na parte 
anterior da cavidade pélvica. Apresenta 
formato de uma pêra invertida, 
distinguindo-se as faces anterior ou vesical 
e posterior ou intestinal e as bordas direita 
e esquerda. 
Na superfície uterina um pouco abaixo do 
meio, observa-se uma discreta constrição, 
correspondendo ao istmo do útero. A 
região acima do istmo é denominada corpo 
uterino, que é volumoso e arredondado, 
enquanto que aquela abaixo é 
denominada colo uterino ou cérvice. A 
porção do corpo situada acima do plano 
que passa ao nível da abertura das tubas 
uterinas recebe o nome de fundo uterino. 
O colo uterino é a porção de menor 
mobilidade do útero e está subdividido 
em duas partes: supravaginal e vaginal. A 
primeira está separada da bexiga 
anteriormente por um tecido conjuntivo 
frouxo e pelo reto posteriormente. O 
corpo e fundo uterino apresentam maior 
mobilidade que o colo, pois estão ligados 
a paredes laterais da pelve por estruturas 
mais flexíveis. Por esse motivo, o fundo 
uterino pode apresentar-se deslocado 
para a direita, esquerda, anterior e 
posteriormente, dependendo da 
distensão vesical, postura, pressão intra-
abdominal e enchimento do reto. 
• A localização do útero depende da relação entre o maior eixo uterino com o plano sagital da pelve. 
As localizações mais comuns são: 
1. anteversão (para frente, anterior); 
2. medioversão (no meio); 
3. retroversão (para trás, posterior); 
 • O eixo uterino normalmente está medianizado, mas poderá apresentar-se desviado para a direita ou esquerda, devido 
a aderências (sequelas de processos inflamatórios pélvicos, cirurgias prévias, endometriose) ou quando a bexiga está 
hiper distendida. 
 
• A flexão é a relação entre o maior eixo uterino com o maior eixo do colo sendo possível encontrarmos três tipos: 
1. anteversoflexão (AVF); 
2. medioversoflexão (MVF); 
3. retroversoflexão (RVF) 
• Na mulher em faixa etária reprodutiva, o útero normalmente apresenta leve anteversão e anteflexão, ou seja, 
normalmente o útero apresenta-se com anteversoflexão. 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
Lembrar: Versão – em relação ao canal vaginal → Flexão – em relação ao corpo do útero. 
 
 
 
 
ANTEVERSOFLETIDO 
Útero acompanha o 
contorno da bexiga. 
 
 
 
ANTEVERTIDO 
Fundo do útero para 
o nosso lado 
esquerdo. 
 
 
RETROVERSOFLETIDO 
Útero perde a 
continuidade com a 
bexiga 
 
 
 
RETROVERTIDO 
 Fundo para o nosso 
lado direito 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 Na USG pélvica 
 
Olhar a bexiga: se estiver 
encostado na bexiga, é 
anterversofletido!
Na USG endovaginal 
 
Se o útero estiver virado para esquerda: é 
anterversofletido!! 
Útero para direita: é retrovertido!!
CARACTERÍSTICAS ULTRASSONOGRÁFICAS 
 
O formato do útero é eliptico, ou seja, se esse estiver globoso pode indicar miohipertrofias em aumento de volume por 
alterações como adenomiose ou miomatose difusa. 
 
A ecotextura miometrial é homogênea e hipoecogênica (mais acentuada se comparada ao colo uterino). Nos tumores 
benignos, principalmente os miomas, podem apresentar diversos padrões texturais, dependendo do tipo de 
degenerações encontradas (hialinização, calcificação, necrose, degeneração carnosa e malignização). Os contornos são 
regulares. Na presença de nódulos miometriais subserosos são irregulares. O mesmo acontece com os nódulos 
intramurais maiores que conferem um aspecto globoso ao útero, abaulando e deformando seu contorno. 
 
O endométrio tem sua espessura e ecogenicidade variáveis de acordo com a fase menstrual, a idade, a paridade e terapia 
de reposição hormonal. Ele se apresenta como um "espelho" da atividade ovariana no período reprodutor. Sua 
espessura e grau de ecogenicidade no período reprodutor estão diretamente relacionados com a proliferação epitelial, 
fisiológica. 
É importante referir no laudo a data da última menstruação e correlacionar o dia do ciclo menstrual com o padrão textura 
do endométrio. Assim, é representado por uma fina linha ecogênica centrada na cavidade uterina, no final da 
menstruação. No período ovulatório apresenta aspecto típico trilaminar (três linhas ecogênicas) e, na fase secretória 
avançada um padrão homogêneo fortemente ecogênico. 
Nas pacientes menopausadas é comum o endométrio estar apagado ou mesmo não ser identificado (atrófico), podendo 
a cavidade uterina estar pérvia e com discreto hidrométriomuco. 
Processos inflamatórios (endometrites), sinéquias, DIU e pólipos alteram a ecogenicidade para um padrão 
hiperecogênico. 
 
 
 
 
 
Espessura: 
Varia de linear, no final da menstruação, para 6 a 10 mm na fase periovulatória, sendo máxima na fase secretória 
avançada, medindo 12 a 16 mm. 
FASE PRÉ- MENSTRUAL 
 
(linha ecogênica fina) 
 
FASE PROLIFERATIVA 
Endométrio de 4 a 8 mm. 
camada hipoecogênica - zona 
juncional 
FASE SECRETORA 
(Endométrio se espessa até 
14/ 15 mm.) 
 
FASE PERIOVULATÓRIA 
(“Sinal da boca”) 
Endométrio trilaminar 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
Regularidade: 
A linha endometrial é regular, não se desloca nem se interrompe. A presença de nódulos miometriais submucosos, 
pólipos e adenocarcinoma infiltrativo alteram o padrão textural, a espessura e também a regularidade do endométrio. 
Nos miomas submucososobserva-se abaulamento ou deslocamento da linha endometrial, enquanto nos pólipos existe 
uma interrupção ou deformidade. 
 
Relação espessura endometrial /espessura do corpo uterino (relação EE/EC): 
Nos tumores endometriais avançados, devemos informar a relação EElEC para fins prognósticos. Se for menor que 50%, 
taxas de sobrevida acima de 5 anos serão mais elevadas quando comparadas com relações maiores que 50%. 
 
Avaliação dos Ovários 
Os ovários são gônadas em número par, que apresentam formato elipsóide, com o eixo longitudinal geralmente orientado 
verticalmente, com a bexiga vazia. Apresentam as extremidades superior ou tubal, inferior ou uterina, as faces lateral e 
medial, o hilo e as bordas livre e mesovárica. A borda mesovárica prende-se à lâmina posterior do ligamento largo através 
de uma prega peritoneal, o mesovário. 
 
Nas mulheres nulíparas, geralmente localizam-se numa depressão denominada fossa ovariana. A fossa ovariana está 
situada na parede pélvica lateral e tem como limites anteriormente a artéria umbilical obliterada, posteriormente o ureter 
e os vasos ilíacos internos e superiormente os vasos ilíacos externos. Durante a primeira gravidez, o ovário é deslocado 
da fossa ovariana, com pouca probabilidade de retorno à mesma. 
 
Seu tamanho é variável de acordo com a idade e o status hormonal: na infância e na menopausa apresentam-se reduzidos, 
entretanto, na adolescência e durante o menacme (quando o ovário contém o folículo dominante ou o corpo lúteo, de 
acordo com a fase do ciclo menstrual) estão aumentadas. 
 
CARACTERÍSTICAS ULTRASSONOGRÁFICAS 
 
O padrão é: 
 hipoecogênico 
 homogêneo 
 
Podendo algumas formações císticas, anecogênicas, de 
paredes regulares serem vistas de permeio no parênquima, 
geralmente menores que 1 em. Este padrão encontrado na 
adolescência é erroneamente interpretado como sendo 
policístico. No período reprodutivo, dependendo do dia do 
ciclo, pode ser observado o folículo dominante ou o corpo 
lúteo. 
 
Folículo dominante: 
Pode ser encontrado nas diversas fases do seu desenvolvimento dependendo do dia do ciclo menstrual em que o exame 
é realizado. Nas mulheres eumenorréicas que se encontram no menacme e não utilizam anti concepção hormonal é 
diagnosticado como formação anecogênica, de paredes regulares, localizada em um dos ovários. Deve-se correlacioná-lo 
com o padrão da textura endometrial (padrão trilaminar) e verificar se no canal cervical existe muco. 
O Doppler colorido ajuda muito na diferenciação dos cistos foliculares com os não-funcionais, pela identificação de vasos 
em sua periferia, que apresentam distribuição em forma de anel com padrão de fluxo de baixa impedância. 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
Corpo lúteo: 
 
Nos ciclos ovulatórios, o corpo lúteo aparece no ovário que 
continha o folículo dominante. Conforme o dia do ciclo, 
apresenta padrões ecotexturais diferentes, podendo ser 
heterogêneo quando contém sangue e fibrina. As suas 
dimensões e espessura podem ser informadas, mas a sua 
função na atualidade é da maior importância. 
O Doppler colorido deve mostrar um anel vascular com 
padrão de baixa impedância (Sinal do Anel de Fogo) → 
Vascularização periférica. 
O Doppler colorido vai nos ajudar a diferenciar um cisto do 
corpo lúteo. 
 
Caracterização de folículos e Diferenciação de folículos x 
cistos: 
 
Nesta imagem ao lado trata-se de um folículo ovariano! 
 Imagem arredondada, anecóica, em ovário esquerdo, 
de contorno regular. 
 
 Podemos diferenciar do cisto pelo tamanho! Folículo 
tem *até 3cm*, já os cistos são maiores. Podemos 
diferenciar também pelo tempo de permanência 
(folículos têm um tempo curto pois regridem com o 
passar do ciclo). 
 
 
 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cisto simples: Borda regular, conteúdo líquido, anecóica no 
interior. Presença de reforço acústico posterior, tamanho maior 
que 3 cm. 
 
 
 
 
 
 
 Cisto Complicado ou Hemorrágico - Imagem arredondada de 
contorno regular em ovário direito, com conteúdo heterogêneo, 
que pode representar material hemático/pus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cisto Complexo – Presença de septações espessas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cisto Complexo - Presença de conteúdo sólido no interior. 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
 
 
 
A SOP é a presença de Hiperandrogenismo + Anovulação + Ovário Policístico 
 
A Síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a uma das condições clínicas mais comuns dentre as disfunções endócrinas 
que afetam mulheres em idade reprodutiva, tendo sua prevalência variando de 6 a 16% dependendo da população 
estudada e do critério diagnóstico empregado. 
As principais características clínicas desta síndrome são a presença de hiperandrogenismo, com diferentes graus de 
manifestação clínica e a anovulação crônica. 
 
Etiologia: 
 
A etiopatogenia da SOP é multifatorial e não completamente conhecida, mas várias outras doenças que também cursam 
com a presença de hiperandrogenismo podem mimetizar o mesmo quadro clínico, tais como tumores produtores de 
androgênio e outras disfunções endócrinas. Considerando que a SOP é uma doença funcional, aonde uma série de 
disfunções nos sistemas endócrino, metabólico e reprodutivo ocorrem, o diagnóstico diferencial com doenças orgânicas 
que também cursam com hiperandrogenismo torna-se obrigatório, uma vez que a abordagem terapêutica nestes casos 
é completamente distinta. 
 
Fisiopatologia: 
 
 
 Componentes genéticos envolvidos: 
 
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
Os diferentes genes envolvidos na gênese da SOP propicia uma ampla variedade de possíveis genótipos, o que explica 
os diferentes fenótipos encontrados na síndrome e a dificuldade em se estabelecer consenso em relação aos critérios 
diagnósticos. 
 
 Fatores metabólicos pré e pós-natais; 
 
 Distúrbios endócrinos hereditários - como a resistência à insulina e o diabetes mellitus tipo II (DMII): 
 
Dentre os mecanismos endócrinos envolvidos na etiopatogênese da SOP está o padrão de secreção de gonadotrofinas, 
com hipersecreção característica de Hormônio Luteinizante (Lutheinizing Hormone – LH), evento patognomônico desta 
síndrome e com secreção de Hormônio Folículo Estimulante (Follicle Stimulating Hormone – FSH) baixa ou no limite 
inferior da normalidade. 
Esta secreção aumentada de LH leva à uma hiperatividade das células da teca que produzirão quantidades aumentadas 
de androgênios, predominantemente testosterona, sem a conversão proporcional deste androgênio em estradiol, dado 
o desbalanço entre as secreções de LH e FSH, o que explica o hiperandrogenismo característico da doença. 
 
Considerando que o desenvolvimento folicular normal depende de uma sincronia entre gonadotrofinas (LH e FSH), 
insulina, fator de crescimento insulina-símile 1 (Insulin-like growth fator 1- IGF-1), hormônio anti-mulleriano (Anti-
Mullerian Hormone - AMH), enzimas ligadas à esteroidogênese e outros fatores de crescimento, pode-se compreender 
o impacto que estas mudanças regulatórias causam sobre a foliculogênese ovariana. No aso de mulheres com SOP o 
recrutamento e ativação folicular ocorrem de maneira bastante intensa, porém com menor atresia dos folículos em 
estágios iniciais, por isso, apesar do recrutamento mais proeminente não há depleção precoce da população de folículos 
nestes indivíduos. Os menores níveis de FSH produzidos nestas pacientes dificulta o completo crescimento do folículo 
até estágios maduros, os quais acabam estacionados em estágios intermediários. Isso confere ao ovário a morfologia 
policística. 
 
Além das alterações relativas às gonadotrofinas, parece haver um papel significativo da insulina e do IGF-1 na produção 
anômala deandrogênios nestas mulheres. Portadoras de SOP apresentam mais frequentemente resistência à insulina e 
hiperinsulinemia compensatória independente da presença ou não de obesidade, sendo a resistência tanto para a ação 
da insulina no músculo estriado, quanto no tecido adiposo. O aumento da insulina circulante tem efeito direto na 
produção de androgênios ovarianos, uma vez que esta possui ação sinérgica ao LH nas células da teca, estimulando a 
produção de androgênios. Estudos mostram que o uso de sensibilizadores periféricos à ação da insulina, como a 
metformina, por exemplo, reduz os níveis de testosterona circulante em mulheres com SOP, na presença ou não de 
obesidade. 
 
 Fatores ambientais (dieta e atividade física); 
 
Diagnóstico: 
 
O Consenso de Rotterdam foi publicado em conjunto pelas Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva – ASRM e 
Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE e é o mais amplamente usado na prática clínica, 
apresentando critérios mais flexíveis, incluindo inclusive mulheres sem manifestações claras de hiperandrogenismo. Por 
este motivo, outros consensos mais conservadores e estritos foram publicados pelo NIH (11) e pela Sociedade de 
Excessos de Androgênios (AES) (12) na tentativa de evitar o excesso de diagnósticos aonde não estivessem presentes 
todos os sinais clássicos da síndrome. O quadro 1 ilustra os diferentes critérios diagnósticos propostos para a SOP: 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
Mais recentemente, o grupo australiano “Australian National Health and Medical Research Council of Australia 
(NHMRC)”, coordenou juntamente com as Sociedades Americana (ASRM) e Europeia (ESHRE) de Medicina Reprodutiva, 
um novo consenso, que as manteve em linhas gerais os anteriores com algumas mudanças nos critérios diagnósticos – 
clínico e ultrassonográfico. 
 
O que é mais amplamente utilizado e que abrangerá maior número 6 de pacientes é o critério de Rotterdam. Portanto, 
levaremos em consideração, a presença de ao menos dois dos três critérios diagnósticos: 
1. oligo-amenorreia; 
2. hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial; 
3. morfologia ultrassonográfica de policistose ovariana; 
 
Havendo a presença dos dois critérios, oligo-amenorreia e sinais clínicos de hiperandrogenismo, pode-se concluir pelo 
diagnóstico de SOP após descartar as outras causas de hiperandrogenismo (quarto critério de Rotterdam). 
 
Além disso, a exclusão de outras doenças que também cursam com hiperandrogenismo constitui-se no quarto, e 
obrigatório, critério diagnóstico. 
 
De acordo com o exposto acima, se pode definir que o diagnóstico da SOP é quase sempre clínico, principalmente 
levando-se em consideração que grande parte das portadoras de SOP apresentará irregularidade menstrual e 
hiperandrogenismo clínico. O histórico menstrual de oligo-amenorreia será caracterizado como a ausência de 
menstruação por 90 dias ou mais, ou a ocorrência de menos de 9 ciclos menstruais em um ano , sendo, portanto, um 
critério bastante objetivo. Já o diagnóstico dos sinais e sintomas de hiperandrogenismo é mais subjetivo. 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
 
Considerado o hirsutismo valores entre 4-6, sendo mais baixo para orientais e mais alto para mulheres do Oriente Médio, 
hispânicas e de outras regiões do Mediterrâneo. Um bom parâmetro para esta análise é a observação dos pelos em 
áreas não androgênio dependentes, como antebraço; a quantidade de pelo presente nestas áreas deve refletir o que 
deve ser considerado esperado para dada paciente e o objetivo do tratamento deve ser guiado por esta meta 
 
Na USG: preferencial transvaginal! 
presença de 20 ou mais folículos com diâmetro médio de 2 a 9 mm e/ou volume ovariano total maior ou igual 10cm³ 
(exceto se houver cisto funcional, neste caso deve-se repetir o exame no ciclo seguinte), em um ou ambos os ovários em 
periferia de ovário e hipertrofia do estroma central. 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
Sinais e sintomas: 
 
 Hirsutismo; 
 Oleosidade da pele; 
 Presença de acne; 
 Queda de cabelos; 
 Policistos nos ovários; 
 Sinais de virilização como clitoromegalia; 
 Irregularidade menstrual; 
 Obesidade; 
 Acantose Nigricans; 
 
Nos casos em que o fenótipo não é claramente hiperandrogênico, deve-se realizar o diagnóstico diferencial com outras 
causas de anovulação crônica, sendo as principais a hiperprolactinemia, as anovulações de origem hipotalâmica e a 
insuficiência ovariana prematura. Para isso, a solicitação de dosagens hormonais de prolactina e FSH são suficientes, 
havendo casos em que a dosagem de Hormônio Tireo Estimulante (Thireo Stimulating Hormone –TSH) poderá também 
ser útil nesta avaliação. Na SOP espera-se que os valores de prolactina estejam normais, entretanto, em cerca de 10% 
dos casos a prolactina encontra-se elevada. 
 
Tratamento: 
 
O tratamento se fundamento em mudança de estilo de vida (perda de peso) uso de contraceptivos orais combinados 
associados ou não ao uso de metformina. 
 
O tratamento da SOP em adolescentes é diretamente relacionado com as suas principais manifestações clínicas: 
irregularidade menstrual, hirsutismo/acne, obesidade e resistência à insulina. Várias são as opções terapêuticas para 
cada um destes itens e um mesmo tratamento pode ser utilizado para mais de um sintoma, sendo que essa escolha 
deverá ser individualizada para cada adolescente. 
 
Para as adolescentes com SOP, os anticoncepcionais orais combinados continuam a ser a forma mais comum de 
tratamento, atuando nas manifestações androgênicas e na irregularidade menstrual. Os estrogênios atuam no eixo 
hipotálamo-hipófise, inibindo a secreção de LH, o que leva à diminuição da produção de androgênios pelo ovário e ao 
aumento da síntese hepática de 23 SHBG, que por sua vez diminui o índice de testosterona livre. O componente 
progestagênio inibe a proliferação endometrial, prevenindo a hiperplasia endometrial. Várias combinações e dosagens 
estão disponíveis, devendo-se optar por aquelas que ofereçam menores efeitos secundários. 
 
O efeito da metformina em adolescentes não está amplamente estudado, pelo que a sua utilização neste grupo etário 
é ainda discutida. Estudos mostram que metformina tem um efeito benéfico em adolescente com SOP e soprepeso ou 
obesidade. Uma meta-análise mostrou que a metformina diminui o IMC e torna os ciclos menstruais regulares.(43) 
Atualmente recomenda-se o uso de metformina em adolescentes com índice de massa corporal maior ou igual a 25 
kg/m2 isolado ao associado ao uso de anticoncepcional oral combinado após mudança no estilo de vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
 
1º Trimestre 
 
Melhor parâmetro biométrico para 
avaliação da IG no 1º trimestre: 
Comprimento cabeça-nádega 
(CCN) até a 12ª semana pela USG 
transvaginal. 
O período englobado pelo primeiro 
trimestre da gestação é o mais 
adequado para uma correta 
datação da gestação, que é tanto 
mais precisa quanto mais 
precocemente for realizada, desde 
que a imagem embrionária seja 
detectável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USG Obstétrica 
 
 
SETE ASPECTOS BÁSICOS DEVERÃO SER ANALISADOS NO EXAME 
 
1. Determinação da idade gestacional → O comprimento cabeça 
nádegas (CCN) é o melhor parâmetro embrionário/fetal para este 
objetivo até a 12ª semana. Após esse período é necessário a medida de 
múltiplos parâmetros fetais. A escolha do diâmetro biparietal, 
circunferência cefálica e comprimento do fêmur, como os principais 
parâmetros fetais, para esta finalidade, parece ser a melhor metodologia 
como tem sidopreconizada por vários autores. - Medir volume do saco 
gestacional, diâmetro e volume intra-uterino total! 
2. Morfologia fetal → O detalhamento da anatomia fetal deverá ser 
minucioso, como a análise das extremidades fetais (dedo por dedo, osso 
por osso). 
3. Crescimento fetal → Observar a desproporção entre os dois polos 
cefálicos devido à restrição do crescimento intra-uterino do feto menor, 
neste caso de prenhez múltipla. 
4. Vitalidade fetal → O Doppler da artéria umbilical é um dos principais 
parâmetros com este objetivo. Podemos dizer que é um verdadeiro radar 
qualitativo do bem-estar fetal. 
5. Maturidade fetal → Nas gestações avançadas vários parâmetros fetais 
poderão auxiliar o examinador a respeito deste parâmetro. (A) Núcleo de 
ossificação da epífise distai do úmero - EP. Aparece a partir da 38" 
semana de gestação. (B) Relação da ecogenicidade pulmão/fígado fetal. 
Observar a maior ecogenicidade do pulmão fetal em relação ao fígado. 
6. Placenta, cordão umbilical e líquido amniótico (medir ILA) → 
7. Medir colo uterino → Observar que o orifício interno se está pérvio, 
bem como parte do canal do canal cervical. 
8. Existência de doenças maternas associadas (leiomiomas, cistos, 
neoplasias) 
9. Analisar o fluxo das principais circulações (materna, umbilical e 
fetal) 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
 Ex (CASO): 27 anos, com náuseas, vômitos e 
sangramento. Beta HCG +. Não recorda DUM. USG: 
 
Eco endometrial sem particularidades, ovário 
direito normal, corpo lúteo na última imagem com 
sinal do anel de fogo ao redor, intensa 
vascularização! 
Diante dessa situação pode-se pensar em 3 
cenários: 
1. Gestação muito inicial 
2. Aborto 
3. Ectópica 
Pra conseguir tirar a prova disso, repetir USG com 1 
semana ou 10 d. 
 Paciente repetiu o exame com 10d: 
 
 
 
 
 
 
Assim, no 1º Trimestre, observamos as determinadas estruturas: Saco Gestacional, Vesícula Vitelínica e Embrião. 
Nas duas imagens dá para ver o SACO 
GESTACIONAL ainda pequeno! Ou seja, o 
exemplo anterior, era de uma paciente 
com uma gestação muito inicial e o 
sangramento provavelmente era de 
uma nidação. 
SACO >> 4 – 5 semanas 
. Localização? Contornos? Diâmetro 
médio? 
Nas primeira imagem observa-se o saco 
gestacional e a VESÍCULA VITELÍNICA. 
Já na segunda imagem, conseguimos 
observar tanto o saco e a vesícula quanto o 
embrião. 
VESÍCULA VITELÍNICA >> 5 – 5,5 
semanas – 1s depois do saco gestacional 
. Diâmetro? 
EMRBIÃO >> 6 semanas 
. CCN? BCF? 
 
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O coração é o primeiro órgão a apresentar função a partir do 23° dia pós-concepção. Inicialmente, esses movimentos têm 
controle local, sendo o ritmo de característica ventricular, com freqüência cardíaca baixa, por volta de 100 bpm; 
posteriormente, com desenvolvimento atrial há mudanças no controle de freqüência aumentando para 120-130 bpm 
ainda antes da 7ª semana. Quando o saco gestacional (SG) exibir um diâmetro médio de 20 mm a 30 mm deve conter 
embrião que apresente atividade cardíaca com freqüência de pelo menos 75 a 100 bpm. 
 
 
Pelo saco gestacional e pela vesícula vitelínica pode-se suspeitar se uma gestação vai ser viável ou não 
Vesícula > 7mm e Saco muito pequeno em relação a vesícula <5mm 
 
 
 
 
Gestação inviável 
 Saco gestacional vazio com 
diâmetro > ou igual a 2.5cm 
 Embrião com CCN > ou igual a 
7mm e sem atividade cardíaca 
Se não tiver embrião no saco → 
gestação amembrionada. 
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Da 10ª a 11ª semana, termina o período embrionário, iniciando-se o período fetal. 
 
Causas mais comuns de sangramento no 1º trimestre de gestação: gestação muito inicial (nidação), 
abortamento, gestação ectópica. 
 
 
 ABORTAMENTO 
 
Abortamento é a interrupção da gestação antes da vigésima semana de 
idade gestacional e com peso fetal menor que 500g. 
 
Em algumas situações, a dosagem sérica quantitativa do e sua correlação 
clínica e ultrassonográfica também pode ser usada para melhor elucidação 
diagnóstica. 
 
Ex (CASO): 25 anos, BETA HCG + e sangramento: 
 
Imagem apresenta endométrio irregular, não homogêneo, talvez compatível com um abordo 
incompleto. Tem que ter avaliação clinica associada, na radiologia não diz se é completo, 
incompleto, retido, inevitável, etc. 
 
Exame normal 
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 GRAVIDEZ ECTÓPICA 
 
Pacientes com GE classicamente sentam a tríade clínica: 
I. Dor abdominal. 
II. Irregularidade menstrual (atraso menstrual em 40% dos casos) com ou sem sangramento genital. 
III. Massa anexial. 
 
As pacientes sintomáticas deverão realizar um teste de gravidez (dosagem do beta-HCG) e a US com o objetivo de 
descartar a GE. Gestantes assintomáticas com fatores de risco para GE, como salpingite prévia, usuárias de DIU, fertilização 
assistida, gravidez ectópica prévia, cirurgia tubária anterior, devem também realizar a ultrassonografia no início do 
primeiro trimestre para confirmar a localização do saco gestacional. 
 
Se não houver sinal de gravidez intrauterina na USG, algumas possibilidades diagnósticas podem ser aventadas: 
• A paciente não está grávida. 
• Gravidez normal tão precoce que ainda não pode ser detectada na USG (idade gestacional menstrual menor que 4 
semanas). 
• Gravidez intrauterina anormal onde recentemente ocorreu eliminação do aborto. 
• GE. 
 
 
 EX (CASO): 30 anos, DUM há 7 semanas e Beta- 
HCG +. Sangramento + Dor pélvica à esquerda. 
 
Percebe-se ausência de estruturas gestacionais na 
cavidade uterina. Contudo, na região anexial 
esquerda, observa-se saco gestacional e embrião 
formados, dando assim, diagnóstico de GE. 
Restos ovulares 
 
Hematomas Subcoriônicos ou Descolamento 
Área heterogênea com áreas hiper contornando o saco. 
Quanto maior o hematoma – maior chance de abortamento. 
Agudo → + Anecóica! 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
Na última imagem vemos uma consequência da GE: Gravidez Ectópica Rota – área heterogênea e regiões realçadas em permeio em fundo 
de saco posterior 
 
 
 DOENÇA TROFOBLÁSTICA 
 GESTACIONAL 
 
(DTG) é um termo genérico que designa um espectro de 
proliferações celulares do trofoblasto que tem origem na 
concepção. Atualmente, este grupo nosológico engloba a 
mola hidatiforme completa (MHC), parcial, etc. 
 
 
 EX (CASO): 35 anos, DUM há 15 semanas e Beta-HCG +. 
Sangramento, hipertensão e proteinúria. 
DTG → Moladatiforme. 
 Massa uterina com várias áreas císticas de permeio “cachos de 
uva” e essas áreas anecóicas podem apresentar fluxo ao doppler – 
mola completa. 
Se houver partes fetais: Mola incompleta. 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
2º e 3º Trimestre 
 
Melhor parâmetro 
biométrico para avaliação da 
IG no 2º trimestre 
Diâmetro Biparietal (DBP) até 
a 20ª semana 
Circunferência Cefálica a 
partir da 24ª semana 
 
Melhor parâmetro biométrico 
para avaliação da IG no 3º 
trimestre 
Comprimento do fêmur 
 
Principal finalidade de medir 
a Circunferência Abdominal 
Estima crescimento e peso 
fetal. 
 
 
OBS: O final do 1 ° trimestre é um período muito rico para a observação fetal, tanto interna quanto externa. É neste 
período que se realiza a primeira ultra-sonografia morfológica e a US 3D pode ser de enorme auxílio para esta tarefa. A 
cavidade uterina já se encontra quase completamente preenchida pelo saco gestacional. A ossificação da coluna vertebralpermite o diagnóstico precoce de anomalias de fechamento de tubo neural. 
Especial atenção também deve ser dada à posição placentária e ao colo do útero, podendo assim se realizar diagnósticos 
precoces de placentas de inserção baixa (a menos de 2,5 cm do orifício cervical interno). 
 
Transluscência Nucal (TN) >> 
 No período de 11 a 14 semanas deve ser realizada a avaliação 
da medida da transluscência nucal (TN). Atualmente esta 
medida é considerada como o melhor marcador fetal para o 
rastreamento de anomalias. A TN é um espaço sonolucente 
(anecogênica) encontrado em todos os fetos entre a pele e o 
tecido subcutâneo da região cervicodorsal. 
 
 
 
 
 
 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
Principais causas de sangramento no 2º e 3º trimestre: rotura de vasa prévia, placenta prévia, descolamento de 
placenta. 
 
 VASA PRÉVIA 
 
 
Consiste em uma complicação obstétrica na qual, em 
decorrência de uma inserção anômala do funículo 
umbilical na placenta, os vasos fetais cruzam o 
segmento inferior uterino, deixando os mesmos à 
frente da apresentação (próximos ao orifício externo 
do cérvix uterino). O normal é os vasos sanguíneos do 
cordão umbilical ficar isolados no interior do saco 
amniótico. Contudo, quando há vasa prévia, os vasos 
sanguíneos encontram-se presentes nas membranas 
sem a proteção. Havendo a ruptura das membranas, os 
vasos sanguíneos podem atravessar o colo do útero e 
serem facilmente comprimidos quando o feto alcança 
a porção mais baixa da pelve, reduzindo a oferta de 
sangue para o mesmo, resultando consequentemente 
na queda do débito cardíaco. 
O uso do Doppler colorido transvaginal aumentou o reconhecimento durante o pré-natal 
(deverá ser realizado se vasos aberrantes sobre o orifício cervical interno forem 
visualizados a partir do 2º trimestre). 
 
 
 PLACENTA PRÉVIA 
 
 
É definida como uma placenta que recobre ou se 
implanta muito próxima do orifício interno do colo 
uterino. 
 
A Placenta Prévia deve ser suspeitada em qualquer 
gestante que se apresente com sangramento vaginal 
indolor, a partir de 24 semanas. Antes das 24s não se 
chama de placenta prévia, 
 
Placenta prévia – entre o embrião e o orifício interno 
 
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 DESCOLAMENTO DE 
 PLACENTA 
 
 
É a separação da placenta normalmente inserida antes 
da expulsão fetal, após 20 semanas de gravidez. 
 
- Sangramento vaginal escurecido associado a dor 
abdominal (sintoma mais frequente) súbita e intensa, 
dor à palpação do útero e contrações uterinas, 
cursando com taquissistolia ou hipertonia; 
 
Sinais ultrassonográficos sugestivos: visualização do 
coágulo retro placentário, descolamento periférico da 
placenta, aumento localizado da espessura placentária, 
elevações da placa coriônica e imagens compatíveis 
com coágulos no estômago fetal. 
Hemorragia retro placentária entre placenta e miométrio ou entre placenta e 
âmnio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEIOMIOMA 
 
 
 Os tumores benignos que surgem das células musculares lisas no miométrio são apropriadamente chamados de leiomiomas. São 
os tumores benignos mais comuns em mulheres, acometendo 30-50% das mulheres em idade reprodutiva e em negras. 
 Em geral, são múltiplos e a causa + comum de aumento o útero não gravídico. 
 Em geral são assintomáticos, mas pode apresentar dor, desconforto e menorragia. 
 Estrogênios e, possivelmente, contraceptivos orais, estimulam o crescimento de leiomiomas; em contrapartida, esses tumores 
encolhem na pós-menopausa. 
 Classificados em: Intramurais (+ comuns – no miométrio); Submucosos (sangramento – na mucosa), Subseroso (pediculados ou 
massa anexial); 
HEMORRAGIAS NÃO OBSTÉTRICAS 
 
 
A – USG 
Seta – Zona juncional (área hipoecóica) 
Cabeça de seta - 
B – RM 
Cabeça de seta – Endométrio ou Canal Cervical 
Seta menor – Zona juncional 
Seta maior – Miométrio 
 Endométrio fino e laminar Fase trilaminar Fase secretora 
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 Intramural Submucoso Subseroso pediculado 
OBS: Na USG, os leiomiomas são hipoecogênico! 
Subseroso 
Intramural 
Submucoso e 
Intramural 
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Leiomiomas podem calcificar: nas imagens (RX e TC) percebe-se múltiplos miomas com calcificações. Na TC observa-se 
útero de tamanho aumentado. 
OBS: TC não é um bom método para avaliar útero e ovários. Os melhores métodos são USG e RM. 
 
 
Em A temos a Histerosalpingografia - um exame de raio-x do útero e das tubas uterinas, com a utilização de contraste 
iodado que é injetado no interior do útero através de uma cânula. Serve para diagnosticar malformações, doenças da 
cavidade uterina e avaliar perviedade das trompas – nessa imagem tem várias falhas de enchimento – pode ser 
Leiomiomas. 
Em B temos a Histerossonografia - exame de ultrassom que utiliza uma solução fisiológica para dilatar o útero e facilitar 
a exploração da cavidade uterina em que a dilatação do útero proporciona melhor visualização do que a obtida pelo 
exame de ultrassonografia convencional e, consequentemente, o diagnóstico mais acurado de diferentes patologias 
uterinas, como miomas, pólipos, endometriose, sinéquias e, eventualmente, obstruções nas tubas uterinas – nessa 
imagem observa-se útero aumentado com vários leiomiomas. 
https://adrianadegoes.med.br/miomas-uterinos/
https://adrianadegoes.med.br/polipos-endometriais/
https://adrianadegoes.med.br/endometriose/
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
ADENOMIOSE 
 
 Caracteriza-se pelo encontro de endométrio na intimidade do miométrio, além de 2,5 mm de profundidade. A lesão é frequente 
(está presente em 15 a 30% das peças cirúrgicas de histerectomia), não tem causa conhecida e ocorre predominantemente na 
perimenopausa. 
 Adenomiose manifesta-se habitualmente por menorragias, desconforto menstrual, dor pélvica e dispareunia, principalmente 
durante o período pré-menstrual. 
 Geralmente acomete parede posterior, perde o aspecto normal da zona juncional. 
 Faixa etária de 30-40 anos; 
 Associados ou não à hipertrofia e hiperplasia; 
 Áreas hiperecóicas: ilhas de glândulas endometriais. 
 Áreas hipoecoicas: associado a hipertrofia muscular. 
 
Sequência da figura A – T2 – apresenta mioma intramural e parede uterina posterior bem espessada, heterogênea com 
perda do aspecto de zona juncional, há várias áreas císticas → Adenomiose. 
Sequência da figura B – T2 – saturação de gordura – “fat-sat” tem o intuito de deixar mais evidente as estruturas que tem 
líquido – observa-se espessamento focal da zona juncional – é mais focal do que em A que é difuso. 
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 Útero com dimensões 
aumentadas; 
Heterogêneo; 
 Áreas císticas de permeio; 
 Perda da zona juncional; 
 Acometimento da parede 
posterior; 
 
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PÓLIPOS 
 
 Pólipos endometriais são comuns (existem em cerca de 25% das mulheres) e originam-se de hiperplasias focais das glândulas 
endometriais basais, determinando lesões constituídas por glândulas e estroma endometriais, revestidas por epitélio de 
superfície, com vasosde parede espessada. É uma neoplasia benigna. Tem muita vascularização (doppler mostra vascularização). 
 São mais comuns no fundo uterino. 
 Em geral, acometem mulheres acima de 40 anos, sendo raros antes da menarca. 
 Podem ser assintomáticos ou manifestar-se por hemorragia intermenstrual durante a vida reprodutiva ou como sangramento 
anormal após a menopausa. 
 
 
 
 
Endométrio de aspecto 
trilaminar com lesão hiper, 
ovalada no centro. No 
doppler tem fluxo → pólipo 
endometrial 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
Se fosse na fase secretória não veria bem pq estaria tudo espessado e hiper por isso é importante avaliar a fase menstrual 
em que a mulher se encontra. Se a suspeita clínica for de pólipo → fazer exame no meio do ciclo → fase trilaminar! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Histerossonografia – injeta soro na cavidade pra dilatar e observar 
se tem algo dentro da cavidade. Na imagem B observa-se presença 
de pólipo endometrial 
Endométrio heterogêneo, 
hipoecogênico (paciente em uso de 
tamoxifeno – altera endométrio) → 
vê espessamento endometrial 
(hiperplasia?), mas pode predispor a 
pólipos endometriais. 
Histerossonografia – tem pólipo 
presença de pólipo endometrial. 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
 
 Carcinoma 
 
 
 O carcinoma endometrial é o câncer mais frequente que ocorre no trato genital feminino. Geralmente 
aparece entre as idades de 55-65 anos e é raro antes dos 40 anos. 
 Se manifestam com leucorreia e sangramento irregular, muitas vezes em mulheres pós-menopáusicas. Com 
a progressão, o útero aumenta e pode afixar-se às estruturas circundantes à medida que o câncer infiltra os 
tecidos circundantes. 
 Esses tumores geralmente são lentos para metástase, mas se não tratados subsequentemente se 
disseminam para os linfonodos regionais e locais mais distantes. 
 
 Os estrógenos estimulam a 
proliferação glandular, enquanto a 
progesterona tem efeito secretor - 
ovários policísticos, inclusive a 
síndrome de Stein-Leventhal, ciclos 
anovulatórios, tumores ovarianos 
funcionantes (p. ex., tumor de 
células da granulosa), hiperplasia do 
estrema cortical ovariano e 
administração prolongada de 
estrógenos (reposição hormonal) 
sem a contraposição de 
progesterona. 
 Pode evoluir para adenocarcinoma 
de endométrio. 
Hiperplasia endometrial 
 As hiperplasias do endométrio representam cerca de 15% das afecções 
ginecológicas, constituindo também uma das causas mais frequentes de consulta 
ao ginecologista. 
 Hiperplasia endometrial ocorre predominantemente na perimenopausa, podendo, 
no entanto, acometer pacientes jovens ou após a menopausa. 
 
 
 
Carcinoma endometrial – fase mais avançada – 
espessamento mal definido, irregular, heterogêneo, com 
fluxo vascular e com invasão do endométrio. 
 
MASSA COM MIÓMETRIO AFILADO E DISTENDIDO, 
PACIENTE TEM ASCITE TAMBÉM. 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
Em A – sequência t2 – endométrio mal definido e ao redor dele há infiltração miometrial do tumor. 
Em B – sequência t1 – massa dentro da cavidade endometrial, irregular e heterogênea. 
PACIENTE PÓS-MENOPAUSA COM SANGRAMENTO → TEM QUE INVESTIGAR → MELHOR MÉTODO → USG! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
RM na avaliação da pelve feminina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicações 
→ Diagnóstico de tumores ovarianos; 
→ Diferenciação de cistos; 
→ Alta sensibilidade após US inconclusiva; 
 
 
Contraindicações 
→ Implantes e aparelhos oculares; 
→ Marca-passo cardíaco; 
 
 
Preparo 
→ Uso de laxativos e gel vaginal. 
→ Bexiga moderadamente cheia. 
→ Sequência padrão: Sagital e sequências adicionais em 
T2. 
 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
Avaliação das Mamas 
Em primeiro lugar, é importante conhecer a paciente a partir de uma anamnese detalhada e um exame físico 
completo, assim, é importante ter em mente que: 
 
 Mulheres com IDADE > 50 anos são mais propensas a ter CA de mama; 
 Mulheres com casos de câncer de mama na família (de 1º grau) possuem maiores riscos de desenvolverem o 
câncer; 
 A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e 
a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia 
anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade. 
Tal medida difere das recomendações atuais do Ministério da Saúde, que preconiza o rastreamento bianual, a 
partir dos 50 anos (50 a 69), excluindo dos programas de rastreamento uma faixa importante da população 
(mulheres entre 40-49 anos), responsável por cerca de 15-20% dos casos de câncer de mama. 
 Se alguma mulher da família já teve o CA de mama, o rastreio começa 5 anos antes da idade em que o familiar 
descobriu o seu câncer (ex: a mãe de Maria teve o diagnóstico de CA de mama aos 50 anos, assim, Maria deverá 
começar o rastreio aos 45 anos); 
 O câncer de mama afeta mais o quadrante superior lateral. 
 
 
 
 
 
Câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele 
não melanoma. O câncer de mama responde, atualmente, por cerca de 28% dos casos novos de câncer em 
mulheres. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando menos de 1% do total de 
casos da doença. 
Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. 
 
FATORES DE RISCO 
Hormonais: 
 Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos; 
 Não ter tido filhos; 
 Primeira gravidez após os 30 anos; 
 Não ter amamentado; 
 Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; 
 Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos; 
Genéticos: 
 História familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos; 
 Alteração genética; 
 
SINAIS DE SINTOMAS 
• Edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja; 
• Retração cutânea; 
• Dor; 
• Inversão do mamilo; 
• Hiperemia; 
• Descamação ou ulceração do mamilo; 
• Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea; 
 
TRATAMENTO: 
 
CÂNCER DE MAMA 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
Para o tratamento de câncer de mama, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos de cirurgia, como 
mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, 
hormonioterapia e tratamento com anticorpos. 
 
Exames de imagem 
 
Mamografia: 
 
Indicações: rastreamento e diagnóstico! 
✓ Rastreamento de mulheres assintomáticas de baixo risco: anualmente em todas as mulheres a partir dos 40 
anos; 
✓ Rastreamento de mulheres assintomáticas de alto risco: conforme o grupo de risco da paciente; 
✓ Pacientes com mutação genética conhecido ou parente de primeiro grau confirmado (BRCA1 e BRCA2): a partir 
dos 30 anos, não antes dos 25; 
✓ Pacientes com risco acima de 20% calculado pelos modelos matemáticos ou forte história familiar positiva: iniciar 
a partir dos 30 anos ou 10 anos antes da idade em que foi diagnosticado o câncer no parente mais próximo, mas 
não antes dos 25; 
✓ Pacientes com história de radioterapia torácica entre 10 e 30 anos: iniciar 8 anos após o término do tratamento, 
não antes dos 25 anos. 
✓ Avaliação de pacientes assintomáticos: é o exame inicial de escolha para todas as pacientes com mais de 35 anos, 
ou complementar para as pacientes com menos que isso; 
 
Técnica 
A compressãoadequada da mama é essencial para um 
exame confiável. 
Tem como finalidades: 
1. Fixação da mama, evitando com isso radiografias 
tremidas; 
2. Redução de sua espessura, contribuindo para 
redução na dose de radiação recebida, melhorando 
o contraste e a nitidez da imagem. 
3. Separação dos tecidos mamários sobrepostos, 
evitando assim a formação de falsas imagens, 
enquanto que os nódulos verdadeiros se 
sobressaem, tornando-se mais evidentes. 
 
Incidências de Rotina 
 
1. Crânio-Caudal 
A mama é projetada com o feixe de raios X indo da cabeça em 
direção aos pés. Toma-se o cuidado de tracioná-la para que 
não sejá excluída nenhuma região. 
A radiografia com a mama na posição relaxada não possibilida 
um bom posicionamento. Deve-se suspender a mama até seu 
ponto de mobilidade máxima. 
Na figura 10 vê-se a mama radiografada na incidência crânio-
caudal, que deve mostrar toda a área do parenquima, atrás a 
área de gordura e mais posteriormente o músculo peitoral. 
Nem sempre é possível visualizer o músculo petoral em CC, 
mas se não aparecer a área de gordura atrás da área de 
parênquima, isso indica que a mama não foi bem posicionada. 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
2. Incidência médio-lateral oblíqua: 
A técnica de radiologia encontrará problemas para executar o posicionamento no caso 
de angulações incorretas, pois surgirão problemas como dobras de pele ou exclusão de 
áreas importantes ao exame. 
A paciente deve estar posicionada de frente para o equipamento, reta, com o corpo 
alinhado, evitando erros posturais. 
Avisar a paciente para não levantar o cotovelo (musculatura fica contraída – 
tracionamento mais difícil e compressao mais incômoda) 
Obs: Para saber se foi bem penetrada ver se tem o Músculo peitoral maior. 
 
Outros posicionamentos: 
Existem ainda, várias outras incidências que o médico pode solicitar na ocasião da realização do exame. Estas 
radiografias adicionais são imagens mamográficas obtidas a partir de angulação ou projeção diferentes das rotineiras 
(CC e MLO), com o objetivo de otimizar a identificação de uma área específica para esclarecer o diagnóstico. 
A necessidade de uma incidência adicional, embora aumente a ansiedade da paciente, não significa, em hipótese 
alguma a certeza de um câncer de mama. 
 
A paciente deve estar ciente, que tais incidências são requisitadas muitas vezes para: 
• Desfazer imagens sobrepostas. 
• Ampliar microcalcificações (independentes de sua natureza). 
• Avaliar os contornos de uma lesão focal. 
• Expor uma área densa ou próxima da parede torácica. 
• Provar ou descartar a presença de uma lesão cutânea projetada no tecido mamário. 
✓ Período menstrual 
Mulheres no período pré-menstrual têm suas mamas mais sensíveis à dor, dificultando com isto, uma maior 
compressão. Por este motivo, sugere-se a realização da mamografia logo após a menstruação, nas mulheres férteis. 
Na fase pré-menstrual, quando as mamas estão mais túrgidas, não há prejuízo no diagnóstico de qualquer lesão; 
porém, a partir do momento em que a dor mamária intensificada pelo período pré-menstrual, impede uma maior 
compressão, haverá piora da qualidade mamográfica, afetando assim o laudo médico. 
✓ Próteses: 
As pacientes com implantes de silicone (próteses), são avaliadas de duas formas, quando possível: 
• Tracionando todo o conjunto (mama + prótese) 
✓ Pacientes do sexo masculino: 
Os pacientes do sexo masculino, também realizam mamografias, mas em geral para suspeita de ginecomastia 
(aumento volumétrico da mama masculina por tecido fibroglandular) ou câncer de mama. 
O posicionamento é semelhante ao da mama feminina. Não é incomum, ao invés das incidências rotineiras, a 
realização de projeção caudocranial ou somente médio lateral, por se tratar de mamas muito pequenas, com boa 
porção do músculo peitoral radiografada. 
 
Diferença entre os tecidos mamários em pacientes diferentes e sua correlação com a sensibilidade do método: 
 
Um dos maiores problemas ao se analisar as radiografias de mama é a presença de vários tecidos cujo contraste 
inerente é muito baixo. O tecido mamário pode ser dividido em três tipos principais: 
 
(1) glandular, de densida semelhante, maior → mais claro! 
(2) fibroso ou conjuntivo 
(3) adiposo, de menor densidade → mais escuro! 
 
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Como todos esses tecidos são "tecidos moles", não se 
pode contar com tecidos ósseos ou repletos de ar para 
propiciar um contraste. 
Os tecidos fibrosos e glandulares são de densidade 
similar - isto é, a radiação é absorvida igualmente por 
esses dois tecidos. A principal diferença nos tecidos 
mamários é o fato de o tecido adiposo ou gorduroso ser 
menos denso que os outros dois. Essa diferença na 
densidade entre o tecido adiposo e os tecidos fibroso e 
gorduroso fornece as diferenças de densidade 
fotográfica evidenciadas na radiografia. 
 
A mamografia convencional mostra as diferenças nas densidades teciduais, Essas diferenças fornecem a base da 
imagem radiográfica da mama. Os tecidos glandular e fibroso (ou conjuntivo) mais densos aparecem como estruturas 
ou regiões "claras", o tecido adiposo ou gorduroso, menos denso, aparecem em tons de cinza-claro a cinza-escuro, 
dependendo da espessura desses tecido. 
 
Segundo o Sistema BI-RADS, a composição da mama é 
dividida em 4 padrões: 
 
1. Mamas com acentuada substituição adiposa (tec 
glandular < 25%); 
2. Mamas com densidades fibroglandulares 
esparsas (25% a 50% de tec glandular); 
3. Mamas geterogeneamente densas, que podem 
obscurecer a detecção de lesões pequenas (aprox 
51 a 74% de tec glandular); 
4. Mamas extremamente densas, reduzindo a 
sensibilidade da mamografia (tec fibroglandular > 
75%); 
 
Mamas fibroglandulares → A MAIS DENSA 
Geralmente, a mama mais jovem é bastante densa, 
por conter uma quantidade relativamente pequena de 
tecido gorduroso. A faixa etária comum para a 
categoria fibroglandular se situa entre a pós-
puberdade até cerca de 30 anos; 
 
Mamas fibrogordurosas: 
Uma segunda categoria é a da mama fibrogordurosa. 
À medida que a mulher envelhece e sofre maiores 
alterações nos tecidos mamários, a pequena 
quantidade de tecido gorduroso gradualmente se 
desvia para uma distribuição mais equânime de 
gordura e de tecido fibroglandular. Por conseguinte, 
no grupo etário de 30 a 50 anos de idade, a mama não 
é tão densa quanto no grupo mais jovem. 
 
Mamas gordurosas → MENOS DENSA 
O terceiro e último grupo é a mama gordurosa que 
ocorre após a menopausa, comumente a partir dos 50 
anos de idade. 
 
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DENSIDADE MAMÁRIA 
A densidade mamária na mamografia pode variar significativamente entre os indivíduos, sendo a relação entre a 
gordura radiolúcida e o tecido glandular radiodenso. Ela varia com a idade (geralmente as mulheres mais jovens têm 
seios mais densos = mais tecido glandular em relação à gordura) e as mulheres pós-menopáusicas têm 
progressivamente menos glândula e mais gordura, pois a involução da mama ocorre com o aumento da idade. 
 
➔ Mamas densas: mais tecido fibroso do que gordura. 
Durante a vida adulta as mamas costumam passar por uma lipossubstituição, o tecido fibroso tende a ter seu volume 
reduzido e dar espaço à gordura mamária. Com essa lipossubstituição, tem menos partes brancas, então melhor 
identificação de nódulos. Dessa forma, pessoas mais jovens tem mamas mais densas e as idosas tem mais gordura de 
que tecido fibroso. 
 
➔ Quanto mais densa é a mama → mais branca ela aparece na mamografia, então é mais difícil de identificar 
lesões mamárias. 
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FATORES QUE PODEMAUMENTAR A DENSIDADE 
• terapia de reposição hormonal: o efeito é maior com a terapia hormonal combinada do que com terapia 
estrogênica isolada 
• gravidez 
• lactação 
• perda de peso: redução da gordura mamária 
• câncer de mama: especialmente câncer de mama inflamatório 
• inflamação: mastite 
FATORES QUE PODEM DIMINUIR A DENSIDADE 
• aumento da idade; 
• estado pós-menopausa; 
• ingestão de Vitamina D e Cálcio em mulheres pré-menopausa; 
• ganho de peso; 
 
NÓDULOS > q 1 cm (investigar) 
Um Nódulo é tridimensional e deve ser visto nas 2 incidências mamográficas (MLO e CC). Uma imagem compatível 
com um nódulo, mas visto em apenas uma incidência deve ser descrita como assimetria. Um nódulo apresente 
margens parcial ou completamente convexas (arredondadas). Quando radiodensos, eles são mais densos no centro 
que na periferia. As principais características utilizadas na descrição e classificação dos nódulos são: 
 
FORMA - A forma de um nódulo deve ser descrita como: redonda, oval, oval macrolobulada ou irregular. 
• Forma redonda: é esférico, circular ou globoso. 
• Forma oval: tem forma oval ou elíptica e pode apresentar até 3 ondulações (nessa situação ele é descrito 
como oval macrolobulado). 
• Forma irregular: não é oval nem redondo. 
 
MARGEM - é o limite da lesão. Em um nódulo mamográfico a margem deve ser descrita como: circunscrita, 
obscurecida, microlobulada, indistinta ou espiculada. 
• Margem circunscrita: é bem delimitada, com uma transição abrupta com o tecido circundante. 
Se qualquer porção da margem for microlobulada, indistinta ou espiculada, não deve ser descrita como 
circunscrita, mas pelo seu componente mais suspeito. 
• Margem obscurecida: é aquela escondida por parênquima fibroglandular sobreposto ou adjacente. Para ser 
descrita como obscurecida, a margem do nódulo deve ser escondida pelo parênquima fibroglandular em pelo 
menos 1/4 (25%) do contorno e o restante da margem deve ser circunscrita. 
• Margem microlobulada: é caracterizada por ondulações curtas, usualmente é um achado suspeito. 
• Margem indistinta: é mal delimitada, não apresenta a delimitação precisa do limite do nódulo com o tecido 
circundante em qualquer porção do nódulo. É um achado suspeito e não deve ser confundida com a margem 
obscurecida. 
• Margem espiculada: é caracterizada por linhas irradiadas do nódulo. Usualmente é um achado suspeito. 
 
DENSIDADE - corresponde a atenuação do raio-X pelo 
nódulo. Deve ser comparada a um volume semelhante de 
tecido fibroglandular. Os nódulos mais densos tendem a 
ser mais suspeitos. Deve ser caracterizada como: alta 
densidade; densidade igual ao parênquima; baixa 
densidade ou "contendo-gordura". 
• Alta densidade: A atenuação do nódulo é maior do 
que o esperado em um volume equivalente de tecido 
fibroglandular mamário. 
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• Densidade igual ao parênquima: Antigamente descrito como isodenso, a atenuação do nódulo é semelhante 
à atenuação esperada em um volume equivalente de tecido fibroglandular. 
• Baixa densidade: A atenuação do nódulo é menor do que a esperada para um volume equivalente de tecido 
fibroglandular. 
MELHOR PROGNÓSTICO 
• Contendo-gordura: Nessa categoria devem ser incluídos todos os nódulos contendo gordura, como cistos 
oleosos, lipomas,. Os nódulos contendo gordura são quase sempre benignos. 
Nódulo isodenso, OVAL e circunscrito no quadrante infero-medial da mama direita
Nódulo oval, isodenso, com MARGENS OBSCURECIDAS em > 25% do contorno (pontilhado vermelho).
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Nódulo oval, hiperdenso, com margens indistintas e MICROLOBULADAS (seta azul) (BI-RADS 4A). 
 
 
Nódulo irregular, hiperdenso, com margem INDISTINTA, associado a calcificações amorfas (BI-RADS 4C). 
 
 
 
Nódulo oval, hiperdenso, com MARGENS ESPICULADAS (BI-RADS 5). 
 
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Nódulo irregular, obscurecido e HIPERDENSO (BI-RADS 4C). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nódulo oval, circunscrito, CONTENDO GORDURA, 
compatível com lipoma (BI-RADS 2) 
 
 
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Rastreio 
Em 2004, o Ministério da Saúde (MS) publicou o Controle do Câncer de Mama: Documento de Consenso, 
recomendando as seguintes ações para rastreamento em mulheres assintomáticas: 
 
• Rastreamento de mulheres assintomáticas: Exame clínico das mamas + mamografia a partir dos 40 anos. 
• Mamografia para mulheres entre 50 e 69 anos, com intervalo máximo de dois anos entre os exames. 
• Exame clínico das mamas e mamografia anual, a partir dos 35 anos, para mulheres do grupo de risco. 
 
Na literatura, também existe a recomendação de realizar a mamografia para rastreamento (ou de rotina) nas mulheres 
assintomáticas, a partir dos 40 anos, associada ao auto-exame mensal e exame clínico anual, embora os benefícios 
destes últimos não estejam cientificamente comprovados. 
 
Embora aparentemente conflitante, a recomendação do MS não invalida a recomendação da literatura para as 
mulheres que têm acesso ao exame. A indicação de mamografia para mulheres assintomáticas entre 50 e 69 anos está 
de acordo com a faixa etária adotada em programas de rastreamento de diversos países. 
 
Existem outras situações em que a mamografia de rotina também deve ser realizada: 
 
• Antes de iniciar terapia de reposição hormonal (TRH), com a finalidade de estabelecer o padrão mamário e detectar 
lesões não-palpáveis. Qualquer alteração deve ser esclarecida antes de começar a TRH. Na mulher em TRH, a 
mamografia também é realizada anualmente (não há necessidade de realizar mamografia semestral). 
• No pré-operatório de cirurgia plástica, para rastrear qualquer alteração das mamas, principalmente em pacientes a 
partir da 5ª década ou em pacientes que ainda não tenham realizado o exame. 
 • No seguimento após mastectomia, para estudo da mama contralateral e após cirurgia conservadora. Nesses casos, 
a mamografia de seguimento deve ser realizada anualmente, independente da faixa etária, sendo de extrema 
importância o estudo comparativo entre os exames. 
 
Diagnóstico 
Mamografia diagnóstica é aquela realizada em mulheres com sinais ou sintomas de câncer de mama. Os sintomas 
mais frequentes de câncer de mama são: 
 
• Nódulo - um nódulo palpável geralmente é descoberto pela própria paciente, que chega ao médico com muita 
ansiedade e medo. Se o nódulo for um novo achado no auto-exame das mamas ou no exame clínico, a mamografia 
deve sempre ser realizada, independente da data do exame anterior. Se o nódulo palpável não tiver expressão na 
mamografia, a complementação com a ultra-sonografia é obrigatória. Se um nódulo lobulado ou regular for 
identificado na mamografia, o exame deve ser complementado com a ultrasonografia para identificar se o nódulo é 
sólido ou cístico, diferença fundamental para determinar a conduta a ser estabelecida. Convém lembrar que a 
mamografia em pacientes jovens (abaixo de 30 anos) normalmente não apresenta nenhum benefício diagnóstico, em 
virtude da alta densidade das mamas e que, pela baixa incidência de câncer (menos de 0,1%) na faixa etária, a ultra-
sonografia é o exame de escolha para a primeira avaliação de nódulos nesses casos. 
 • "Espessamento" - representa uma região mais endurecida na palpação, sem que seja possível delimitar um 
nódulo. A indicação de mamografia segue os mesmos parâmetros descritos para o nódulo. 
 • Descarga papilar - a secreção das mamas, fora do ciclo grávido puerperal, deve ser analisada criteriosamente, 
sendo fundamental caracterizar: se é espontânea ou à expressão; se é uni ou bilateral; se proveniente de ducto único 
ou múltiplo; se tem aspecto cristali- Mamografia: da prática ao controle Instituto Nacionalde Câncer / MS 17 na (ou 
"água de rocha"), colostro-símile, sanguinolento, seroso ou coloração esverdeada, amarelada. Casos com descarga 
papilar espontânea, unilateral, de ducto único, "água de rocha" ou sanguinolenta são suspeitos de doença maligna e 
a mamografia está indicada para iniciar a investigação. Outras situações diagnósticas com indicação de mamografia: 
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• Controle radiológico de lesão provavelmente benigna (Categoria 3) - o controle radiológico deve ser realizado 
de 6 em 6 meses no primeiro ano e anualmente nos 2 anos seguintes. Radiologicamente, uma lesão é considerada 
benigna quando permanece estável num período de 3 anos. Qualquer modificação no aspecto radiológico, seja na 
forma, tamanho, densidade ou número (no caso de microcalcificações), em qualquer fase do controle, representa 
indicação para histopatológico. 
 • Mama masculina - apesar de pouco freqüente, a mama masculina também pode ser acometida por doença 
maligna, que se expressa radiologicamente com as mesmas formas que na mama feminina (microcalcificações, 
nódulos etc). A ginecomastia é outra indica- ção de exame, permitindo diferenciar a ginecomastia verdadeira 
(aumento da glândula com a presença de parênquima mamário) da ginecomastia falsa ou lipomastia (aumento da 
glândula por proliferação adiposa). Convém lembrar que mastalgia, apesar de queixa muito freqüente, não representa 
indicação de mamografia, pois o sintoma "dor", além de não representar sintoma de câncer de mama, não tem 
expressão correspondente em imagens. Nos casos de mastalgia, a realização da mamografia seguirá o padrão de 
rastreamento, de acordo com a faixa etária da paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BI-RADS 
 
É uma classificação desenvolvida em 1993 pelo Colégio Americano de Radiologia (ACR) com intuito de 
padronizar os relatórios mamográficos, de forma a minimizar os riscos de má interpretação dos laudos da 
mamografia e facilitar a comparação de resultados para futuros estudos clínicos. 
 
 
 
 
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USG das Mamas
 
A ultrassonografia de mama é uma modalidade 
importante na imagem mamária. É a modalidade 
de imagem inicial de mama usual em mulheres 
com menos de 30 anos. 
É um exame rápido, indolor, não invasivo e de fácil 
acesso, que utiliza transdutores lineares com alta 
frequência (superior a 7,5MHz - o ideal é o uso de 
transdutores multifrequenciais com frequências 
que variam de 7 a 16 MHz). 
São utilizados cortes axiais e sagitais, podendo 
ainda utilizar cortes radiais, que são úteis para a 
avaliação de ductos (corte similar ao raio de uma 
circunferência). 
Não substitui a mamografia e não deve ser utilizada 
para rastreamento de câncer de mama, sendo útil 
na diferenciação entre uma massa sólida (nódulo) 
e uma massa cística (contém líquido), nos casos em 
que uma massa palpável não é vista na mamografia 
ou há dúvida, já que ambas as imagens se 
comportam da mesma forma na radiografia (são 
radiopacas). 
• Ultrassom da mama é direcionado para um 
problema clínico (não é, em geral, usada em 
rastreio). 
• Tem razoável sensibilidade, mas pouca 
especificidade. A sensibilidade de nódulos para 
US é de, no mínimo, 5mm. Abaixo disso a US 
não consegue identificar. 
• Pode ter um lugar no rastreamento de 
mulheres com alto risco ou com mamas densas 
na mamografia. 
 
A paciente deve estar em decúbito dorsal com as 
mãos posteriores à cabeça para aproximar a mama 
dos músculos e do gradil costal. 
 
 
 
 
 A USG não avalia calcificações (tem risco de malignidade) 
 Microcalcificações ou calcificações não pode guiar pelo US, então guia pela mamografia. 
 
INDICAÇÕES: 
• Complemento da mamografia inconclusiva (Bi-Rads 0) 
• Impossibilidade de realização da mamografia, como pacientes jovens (muito tecido fibroglandular) 
• Diferenciação entre nódulos e cistos 
• Diagnóstico diferencial entre nódulos benignos e malignos 
• Monitoração de processos invasivos 
• Monitoração de resposta terapêutica 
• Detecção e acompanhamento de seromas e hematomas 
• Mastalgia 
• Avaliar um nódulo palpável com achados mamográficos negativos ou equívocos 
• Traumas ou processos inflamatórios 
• Avaliação em período gravídico-puerperal 
• Descarga papilar 
• Biópsia orientadora 
• Avaliar implantes mamários para ruptura 
 
 
 
 
 
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LIMITAÇÕES 
• Não avalia distorção arquitetônica do parênquima; 
• Não avalia microcalcificações; 
• Não avalia nódulos inferiores a 5mm ou localizados em planos profundos; 
• Não avalia bem mamas liposubstituídas);
 
Na maioria dos exames ultrassonográficos das mamas podem ser identificados 6 planos estruturais: 
 
1. Pele; 
2. Subcutâneo; 
3. Zona glandular; 
4. Tecido adiposo retro glandular; 
5. Músculo peitoral; 
6. Parede torácica. 
 
• A maior parte dos ductos e das unidades funcionais da mama, incluindo as unidades ducto-lobulares 
terminais, encontram-se na zona glandular (também chamada de zona mamária), que é envelopada 
pelas fáscias pré e pós glandulares. A maior parte 
• dos nódulos mamários são identificados na 
zona glandular. 
 
 
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LESÕES SÓLIDA E CÍSTICAS 
Como o tecido mamário é extremamente atenuante (o osso é a estrutura mais atenuante, levando a formação 
de uma imagem muito radiopaca) uma nodulação bem delimitada e com relativa homogeneidade apresenta 
condutância sonora ampliada em relação aos tecidos adjacentes, ou seja, possui reforço acústico posterior. 
Em comparação com lesões císticas, as sólidas apresentam ECOS INTERNOS de baixa amplitude, sendo 
facilmente identificada quando apresenta mais que 5mm. Um nódulo sólido não apresenta reforço acústico 
pois é uma barreira mais eficaz para a passagem do som. 
OBS.: Quando se encontra lesões e há dificuldade de saber a consistência interna, faz-se uma compressão na 
região para que o eco seja intensificado. Caso seja uma lesão cística, haverá melhor caracterização da sua 
forma: bem delimitada, anecóica e homogênea, além do reforço acústico posterior. 
 
 
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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
 
➔ Cisto simples: Lesão redonda ou oval, anecóica, com margens bem definidas e apresenta reforço acústico. 
 
➔ Cisto complexo: nódulo mural, paredes espessas/irregular. 
 
➔ Cisto Complicado: apresenta ecos internos, anecoico e no meio tem uns pontinhos hipoecoicos. 
 
Diferenciação de cisto e nódulo em correlação com a mamografia 
Os nódulos são descritos ecograficamente de acordo com a forma, orientação, margens, transição com tecido 
mamario, padrão de ecogenicidade, aspecto acústico posterior e relações sobre o tecido adjacente. A forma 
pode ser definida como redonda, oval e irregular. 
 
A interpretação quanto à benignidade e malignidade do nódulo é semelhante à da mamografia, sendo os 
irregulares mais suspeitos. 
 
A orientação é um aspecto particular da US. Nódulos paralelos à pele, ou seja, mais largos que altos, são 
geralmente benignos. Quando a orientação é vertical, ou seja, mais altos que largos, há um maior degrau de 
suspeição para malignidade. 
 
As margens são descritas como circunscritas, indistintas, espiculadas, angulares e microlubuladas. Com 
exceção da margem circunscrita, os demais aspectossugerem malignidade. As margens espiculadas e/ou 
microlobuladas são as que apresentam o maior valor preditivo para malignidade. 
 
A zona transicional com o parenquima mamario adjacente é descrita como definida ou indefinida. A transição 
bem definida ou com um fino halo ecogênico, sugerindo pseudocápsula, indica benignidade, pois representa 
lesão de crescimento lento comprimindo o parenquima ao redor e não infiltrando. 
 
A transição sem demarcação definida ou um halo ecogênico espresso podem estar associados a alguns 
carcinomas e abscessos e representam component inflamatório e edema ao redor da lesão principal. O 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
achado de uma pseudocápsula ecogênica ao redor da ação deve ser interpretado juntamente com a forma 
do nódulo (oval ou levemente lobulada) para aumentar a certeza de benignidade. 
 
O padrão de ecogenicidade auxilia primariamente na diferenciação entre nódulo cístico (anecóico) e sólido 
(hipoecóico, iso e hiperecóico), sendo definido em relação à gordura. Os nódulos homogeneamente 
hiperecoicos são considerados de maior valor preditivo para benignidade. Os nódulos sólidos hipoecoicos e 
isoecoicos necessitam de outras caracteristicas para serem avaliados quanto à malignidade. 
 
Os fenômenos acústicos posteriors decorrem de características de atenuação do nódulo. Estes fenômenos 
incluem reforço acústico, ou seja, área posterior mais ecogênica, encontrada principalmente em cistos. 
Também se observa sombra acústica, ou seja, área central posterior mais escuro, associada a calcificações, 
fibrose ou neoplasias com alta resposta desmoplásica. Alguns nódulos não causam alteração do feixe acústico 
através do nódulo ou apresentam uma combinação dos fenômenos. Estes aspectos, isoladamente, não são 
confiáveis na definição de benignidade ou malignidae e devem ser avaliados na combinação com outros 
achados. 
 
Algumas alterações adjacentes e associadas aos nódulos podem também reforçar malignidade, como 
ramificação ou extensão ductal, associadas ou não a microcalcificações que podem estar relacionadas com o 
componente in situ ou intraductal, além de alteração arquitetural, edema e alterações cutâneas, à 
semelhança dos achados mamográficos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
 
RM das Mamas
 
A ressonância magnética da mama é o método 
mais sensível para a detecção do câncer de mama. 
Dependendo dos regulamentos internacionais de 
saúde, é aplicado para triagem de mulheres com 
alto risco de desenvolver câncer de mama (por 
exemplo, portadores de BRCA1 e BRCA2), como um 
teste diagnóstico adicional no estadiamento do 
câncer de mama pré-terapêutico, monitoramento 
de terapias sistêmicas primárias e para resolver 
problemas diagnósticos. situações em que a 
biópsia direta não é possível. 
 
➔ É especialmente indicadas para pacientes de 
alto risco, como método de rastreamento, e 
para pacientes submetidos à biópsia com 
diagnóstico de CA de mama, pois pode 
fornecer informações complementares a 
respeito da extensão da doença. Porém, NÃO 
SUBSTITUI a mamografia e USG no 
rastreamento do CA de mama. 
➔ A RM tem alta sensibilidade (>95%), 
possibilitando a detecção de lesões muitas 
vezes imperceptíveis em outros exames, mas é 
menos específico. Nem sempre as lesões 
encontradas serão cancer, necessitando-se de 
biópsia. 
➔ É o exame mais acurado na detecção do cancer 
de mama, pois fornece informações não 
apenas sobre a morfologia da lesão, mas 
também sobre aspectos funcionas, como o 
realce pelo contraste, difusão na água e 
espectroscopia. 
➔ A anatomia mamaria é bem demonstrada, na 
qual não apenas o parenquima pode ser 
avaliado, mas também vasos, linfondos, região 
retromamária e a parede torácia. As variações 
hormonais influenciam na avaliação da 
imagem, sobretudo em relação ao realce e ao 
edema de parenquima. 
 
• Indicações específicas 
✓ Rastreamento de pacientes considerados de 
alto risco para o cancer de mama 
✓ Pacientes com diagnóstico de cancer de 
mama, para melhor avaliação pré-operatória. 
O exame também ajuda a identificar outros 
focos ocultos de cancer, extensão para o 
músculo peitoral, parede torácica e complex 
areolopapilar. 
✓ Pacientes em tratamento com quimioterapia. 
Nesse casos, o exame é utilizado para 
acompanhar a evolução do tratamento e a 
resposta a doença a ele (Controle pré e pós) 
✓ Avaliação pós-operatória (detecção de 
recorrência local) 
✓ Esclarecer possíveis dúvidas em relação aos 
resultados apresentados por outros exames 
(e quando a biópsia é inviável), o que o 
ajudará a definer a melhor conduta. 
✓ Avaliação de próteses de silicone 
✓ Pacientes com mamas muito densas, ou seja, 
mamas com grande component de tecido 
glandular e pouco tecido adipose. Nesses 
casos, a mamografia tem sensibilidade 
reduzida. 
✓ Lesão papilar com descarga patológica. 
Utiliza-se de MG e USG, a ductografia 
também auxilia. 
 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES: 
• Paciente maior que 35 anos e em grupo de 
risco (mamografia ou RM) 
• Rastreamento do câncer de mama 
OBS.: FEBRASGO - A ressonância magnética é o 
exame com maior sensibilidade, isto é, ela detecta 
cânceres na mama que a mamografia e a 
ultrassonografia não conseguem. Então, porque 
não sempre? Principalmente pelo alto custo e 
baixa disponibilidade, mas não só isso. Também 
pela sua baixa especificidade, ou seja, nem todas as 
lesões suspeitas detectadas por ela são câncer. Na 
verdade, a maioria (~70%) não é. Além disso, caso 
uma lesão suspeita não seja identificada 
posteriormente à ultrassonografia ou mamografia 
dirigidas (chamadas “second look”), a lesão terá 
que ser biopsiada sob orientação da ressonância 
magnética. A ressonância magnética tem 
indicações muito precisas, como: 
SAÚDE DA MULHER | Caroline Nolasco 
 
 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE E PLANEJAMENTO FAMILIAR 1 
• Rastreamento em mulheres de alto risco = 
Quando apresenta risco de 20 a 25% de 
desenvolver CA de mama ao longo da vida, 
acredita-se que os benefícios da RM superem 
os riscos/inconvenientes descritos acima. Esse 
grupo inclui portadoras de mutação nos genes 
BRCA, mulheres submetidas a radiação torácica 
por doença de Hodgkin na juventude, 
portadoras de síndromes associadas ao câncer 
de mama, e mulheres com fortes antecedentes 
hereditários que as coloque na faixa de risco 
acima de acordo com o cálculo feito pelas 
fórmulas matemáticas existentes. Em geral o 
rastreamento se inicia aos 30 anos de idade, ou 
então 10 anos antes da idade na qual a parente 
mais próxima recebeu o diagnóstico de câncer. 
• Estadiamento pré-operatório = O benefício não 
é claro, salvo nos casos de cânceres agressivos 
em mamas densas (que diminuem a 
sensibilidade da mamografia), carcinoma 
lobular e carcinoma ductal in situ extenso. 
• Avaliação da mamografia problemática. 
Algumas dúvidas da mamografia podem ser 
esclarecidas pela ressonância magnética, 
particularmente no caso de assimetrias de 
densidade e algumas distorções de arquitetura. 
Essa é uma indicação que não deve ultrapassar 
10% de todas as ressonâncias magnéticas 
solicitadas. Temos visto, no entanto, um 
exagero nessa indicação, como que para 
compensar uma mamografia de difícil análise, 
ou na tentativa de não biopsiar 
microcalcificações muito pequenas. Porém, 
não há dados autorizando esse uso da 
ressonância magnética e o próprio texto do BI-
RADS faz recomendação contrária a essa 
prática. Se a mamografia for de análise difícil, 
na maioria das vezes será mais produtivo 
solicitar uma segunda opinião mamográfica em 
um serviço de mais experiência. Além disso, 
temos visto indicações de ressonância 
magnética para avaliar até mesmo achados 
ultrassonográficos, situação para a qual não há 
qualquer embasamento científico. 
• Indicações pontuais. Outras indicações de 
ressonância magnética são: controle de

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