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Aula 1: Introdução à Psicologia Social: Conceito, Método, Características e Aplicações
Introdução
Por que as pessoas de um determinado grupo tem a tendência de agir de forma semelhante? Por que as pessoas de um mesmo grupo podem agir também de forma diferente? O que influencia o nosso comportamento e como podemos influenciar o comportamento dos outros? A Psicologia Social tenta responder a todas estas questões de maneira clara e fundamentada, usando sempre os princípios da ciência e do método experimental. Sendo assim, ela vai além do que nos pode parecer óbvio em um determinado momento e procura soluções de ordem prático para questões do cotidiano.
Para entendermos o comportamento humano precisamos contextualizá-lo a fim de que a situação na qual se desenvolve nos ilumine sobre os diferentes elementos ou fatores que explicam as rações implícitas. Como todos nós vivemos imersos em um contexto sócio-cultural, os psicólogos sociais interessam-se por estudar como e porque somos afetados pelo ambiente social. Nesta primeira aula você entenderá melhor o objeto de estudo desta ciência, suas principais características e tradicionais aplicações.
A Psicologia Social é a ciência que estuda a forma como as pessoas se influenciam e se relacionam entre si. 
Em outras palavras, é uma ciência empírica procurando explicar o comportamento social do ser humano. 
De tal forma, a Psicologia Social, em contraste com a Sociologia, tem um foco de estudo mais individualista e uma metodologia mais experimentalista.
Influência
Todos nós somos influenciados por outras pessoas. Muitas vezes nossos comportamentos, pensamentos e sentimentos são influenciados pela simples presença de alguém. 
Mesmo que a pessoa não se encontre fisicamente presente, ainda assim, podemos ser influenciados por ela. 
É surpreendente como a expectativa em relação ao comportamento do outro (ou seus pensamentos ou sentimentos) pode igualmente modificar nossas ações.
Não podemos negar que todos nós contamos, nas nossas vidas, com a influencia de pessoas importantes e significativas, como os nossos pais e amigos. 
Assim, por exemplo, quando tentamos tomar decisões que, de alguma forma, os fariam sentir orgulho de nós, estamos sendo fortemente influenciados por eles.
Fenômenos Psicológicos
A partir dos relacionamentos com os outros, que vimos anteriormente, podemos observar uma grande variedade de fenômenos psicológicos, tais como:
COOPERAÇÃO ALTRUÍSMO AGRESSÃO COMPETIÇÃO
Todos estes fenômenos são objeto de estudo da Psicologia Social,  principalmente o indivíduo em sociedade e não a sociedade propriamente dita.
O fato de sermos animais sociais que precisamos do relacionamento com o outro, faz com que nosso pensamento e comportamento sejam afetados por esta realidade. 
Cabe à Psicologia Social estudar como este convívio acontece e quais são as leis gerais que o dirigem, assim como quais são as consequências deste processo de interação social dentro de uma sociedade com uma cultura, uma história e uma economia própria.
Interações Humanas
É importante ressaltar o que destaca os estudos das interações humanas realizados pela Psicologia Social, das afirmações sobre o comportamento social, feitas por filósofos, poetas e qualquer conhecimento proveniente do sentido comum, é que a Psicologia Social se fundamenta principalmente no método científico e não em meras impressões ou intuições. 
As afirmações provenientes do sentido comum, embora possam ser verdadeiras, carecem de comprovação sistemática e não podem ser consideradas como conhecimento sólido e confiável.
Método Experimental
O psicólogo social, ao utilizar o método experimental, cria situações sociais para observar seus efeitos no comportamento do indivíduo. 
De tal forma, o conhecimento derivado da pesquisa científica, em Psicologia Social, pode ser aplicado no entendimento e na solução de problemas sociais específicos. 
No entanto,  é uma importante perspectiva da qual podemos fundamentar diversas compreensões, mas sempre considerando  não ser a única forma existente para explicar os fenômenos psicológicos e sociais.
Passos da Psicologia Social
A Psicologia Social tem uma longa história, pois os seus interesses e fundamentos epistemológicos remetem a filósofos das civilizações clássicas que alimentaram as raízes da cultura ocidental. 
No entanto, considerando a Psicologia Social a partir da implementação de métodos e técnicas de pesquisa, entendemos esta área como caracteristicamente contemporânea.
Vejamos:
Características da Psicologia Social
Para entendermos melhor esse campo de conhecimento, vejamos as principais características da Psicologia Social, que destacam seu caráter científico e prático. 
Assim, teremos uma visão mais clara do seu objeto de estudo e como o mesmo é abordado.
Segundo Helmuth Krüger (1986), os aspectos mais característicos da Psicologia Social são sete: individualismo, experimentalismo, microteorização, etnocentrismo, pragmatismo (ou utilitarismo), cognitivismo e a-historicismo.
Assista ao vídeo, abaixo, que conta um pouco da história de Mandela.
O termo individualismo refere-se à orientação utilizada pelos psicólogos sociais ao determinar o objeto de pesquisa. Esta orientação dominante se evidencia no estudo de processos psicológicos individuais, relacionados com estímulos e situações sociais.
Aqui, se destaca não somente o fato de que cada caso é um caso, como entendemos também que o sujeito particular representa o seu principal objeto e fonte de estudo.
A Psicologia Social procura explicar porque, depois de anos de prisão política, uma pessoa exala amargura enquanto outra, como Nelson Mandela, da África do Sul, trata de seguir em frente e luta pela união de seu país.
Em relação ao experimentalismo, podemos dizer que o uso da metodologia experimental permite confiar mais nos resultados obtidos, através de pesquisas em Psicologia Social. É, especialmente, desta forma, que a Psicologia Social se destaca principalmente do senso comum. 
Na verdade, as teorias não descrevem apenas o óbvio, elas muitas vezes oferecem uma nova percepção da condição humana. 
Alguns autores como D. Myers (2000) afirmam que a Psicologia Social enfrenta duas críticas contraditórias: por um lado é considerada como trivial porque muitas vezes documenta o que parece ser óbvio; por outro lado, ela é vista como uma ciência perigosa porque o conhecimento que dela se deriva, pode ser usado para manipular as pessoas.
“Uma teoria de primeira classe prevê; uma teoria de segunda classe proíbe; e uma teoria de terceira classe explica depois do evento” (Aleksander I. Kitaigorodskii apud Myers, 2000, p. 8).
Com esta citação queremos enfatizar que a Psicologia Social procura, na verdade, a construção de conhecimento sólido que nos permita estabelecer soluções confiáveis para situações reais e a possibilidade de realizar predições sobre as mesmas.
Na verdade, o conhecido fenômeno do ‘eu sempre soube disso’ cria problemas para muitos psicólogos e estudantes de psicologia. 
Esse fenômeno consiste na falsa impressão de que as descobertas da psicologia, e especificamente de Psicologia Social, parecem uma simples questão do senso comum. Contudo, temos que entender que precisamos da ciência para nos auxiliar a diferenciar a realidade da ilusão, as previsões genuínas da fácil visão posterior, já que, como dizia Sherlock Holmes, “É fácil ser sábio depois do fato”.
A microteorização é um outro aspecto importante da Psicologia Social contemporânea. Nesta ciência, como Krüger (1986) destaca, não é comum encontrar teorias abrangentes. 
Esta característica tal vez seja consequência de uma série de fatores, tais como, a falta de consenso entre especialistas em relação à imagem básica do homem; a particular dispersão temática da Psicologia Social; a infeliz falta de continuidade em muitos dos programas de pesquisa ou o abandono prematuro dos mesmos.
Os psicólogos sociais propõem teorias que organizam suas observações e indicam previsões práticas e hipóteses que podem ser testadas. 
Assim, ao estudarmosa natureza humana para descobrir os seus segredos, organizamos nossas ideias e descobertas em teorias.
Por outro lado, as declarações feitas e aceitas sobre a realidade constituem os fatos. Portanto, as teorias são ideias que resumem e explicam os fatos. Desta forma, a ciência é feita de fatos que são organizados de forma sistemática e consistente para poder representar adequadamente a realidade. 
Mas as teorias não apenas resumem a realidade, elas também indicam previsões que podem e devem ser testadas, conhecidas como hipóteses. Então, estas hipóteses são a forma de testar as teorias nas quais são baseadas e dão direção à metodologia utilizada.
Etnocentrismo
Com esta característica, pretendemos ressaltar a orientação, predominantemente americana, imprimida nesta ciência. 
O epicentro da Psicologia Social, segundo Michael Bond (1988) encontra-se nos Estados Unidos. 
Este caráter ocidental se evidencia no desenvolvimento de conceitos a partir de uma determinada tradição cultural e no estudo de temas que são particulares da dita sociedade. 
Desta característica derivam-se duas dificuldades. Em primeiro lugar, o etnocentrismo na Psicologia Social afeta a validade externa da sua produção científica, impedindo a derivação de hipóteses e teorias generalizáveis ao menos no plano transcultural. 
Em segundo lugar, o etnocentrismo leva à falta de entendimento, em outras sociedades fora, principalmente, dos Estados Unidos, dos conceitos, derivações teóricas, esclarecimentos e derivações práticas relacionados com processos psicossociais.
Já que as pesquisas básicas e aplicadas produzem o duplo resultado do esclarecimento e da tecnologia, os psicólogos sociais devem procurar sempre ser mobilizados pelas expectativas dos membros da sua sociedade. 
Segundo Krüger, o ideal seria que:
 “(...) houvesse uma orientação que contemplasse o interesse científico pela obtenção de hipóteses e teorias psicossociológicas de aplicação transcultural, ao mesmo tempo que os recursos intelectuais e técnicos de que os psicólogos sociais são dotados viessem a ser colocados à disposição de projetos de desenvolvimento social” (Krüger, 1986, p. 7)
Ou seja, deveria existir uma integração entre sua produção de conhecimento da Psicologia Social e o grupo sociocultural em cuja produção é fundamentada, de maneira que as diversas conclusões possam ser sempre contextualizadas e com derivações práticas significativas para a sociedade.
Pragmatismo
Concordamos com o grande cientista francês, Louis Pasteur, que afirma não existir tal coisa chamada de ciência aplicada, o que existe é a aplicação da ciência. 
Em outras palavras, o que a ciência faz é  descobrir primeiro as leis que regem os fenômenos, constituindo objeto de seu estudo. 
Seguidamente, procura aplicar esse conhecimento a situações da vida real. No entanto, a Psicologia Social, segundo Krüger, pode ser vista de forma diferente. 
Após entender os fenômenos estudados através da metodologia científica, o psicólogo social deve procurar como aplicar as suas descobertas científicas a problemas específicos de ordem prática. 
Esta característica é especialmente verificada, sobretudo, em períodos ou épocas de conflito social, momento no qual se evidencia um direcionamento mais utilitarista, no fomento da pesquisa, na maioria dos campos científicos.
Cognitivismo
“Na Psicologia Social, o cognitivismo insere-se na esteira deixada pela Teoria de Campo, de Kurt Lewin, bastando uma simples inspeção de manuais introdutórios para se alcançar uma ideia de sua marcante presença neste domínio científico” (Krüger, 1986, p. 7).  
A realidade social é uma coisa que interpretamos de um modo subjetivo. Assim, as pessoas reagem de maneiras diferentes porque, em parte, pensamos de formas diversas. Além do mais, nossas convicções a respeito de nós mesmos são também particulares e importantes do jeito como nos relacionamos com os outros.
Diversas teorias importantes, da Psicologia Social, podem ser caracterizadas desta forma. 
Os psicólogos sociais estudam o processo cognitivo pelo qual formamos impressões sobre nós mesmos, em relação ao mundo social, onde vivemos, assim como sobre o ambiente social ao qual pertencemos.
A última característica da Psicologia Social, ressaltada por Krüger (1986), é o seu
 a-historicismo.
Para o historicismo, todo comportamento deve ser revisado e entendido à luz de processos históricos de formação. 
Quando retiramos da história os fenômenos que estudamos, eles passam a ser fixados em categorias irremediáveis e imutáveis. 
Para o a-historicismo, o modo de realizar pesquisas deve fixar o objetivo principal na influência de estímulos e situações imediatas, relacionados diretamente com as manifestações comportamentais observadas. 
Em outras palavras, a preocupação do psicólogo social não é tanto a origem dos comportamentos apresentados, mas a sua correlação com circunstâncias observáveis.
Uma vez entendida a forma de trabalho e a maneira que a Psicologia Social tem de se aproximar ao seu objeto de estudo, ressaltaremos a variedade de aplicações e campos de trabalho desta ciência.
Aplicações da Psicologia Social
Vários são os setores nos quais podem ser aplicados os conhecimentos produzidos pelas pesquisas. 
Em geral, todas as situações que envolvem interação entre pessoas podem se beneficiar de achados da Psicologia Social. 
No entanto, os ensinamentos  são muitas das vezes incorporados por outras áreas do saber e passam a ser utilizados em suas respectivas atividades sem fazer justiça à sua origem, já que não é dado o crédito merecido à Psicologia Social.
Em geral, os conhecimentos fornecidos servem de orientação no entendimento e na solução de problemas concretos que devem ser encarados com todas as suas particularidades, já que cada caso é um caso.
Assim, podemos citar alguns setores em que encontramos importantes aplicações desta ciência. São eles:
Exemplos Práticos da Psicologia Social
Ex.1) Educação
Os achados da Psicologia Social, nas áreas de cooperação e competição e de atribuição de causalidade, podem ser aplicados a situações concretas da atividade escolar. 
Afinal de contas, o ambiente escolar é rico em interações sociais. Professores interagem com os alunos, estes interagem entre si e toda a equipe de diretores, coordenadores, orientadores, psicólogos e professores além de outros funcionários precisam estar interagindo entre eles, continuamente.
Ex.2) Médico – Paciente
Outro importante exemplo de relacionamento interpessoal é encontrado na relação médico – paciente, onde é obvio que a Psicologia Social tem muito para contribuir. Mas é importante destacar que a Psicologia Social não dita ao clínico como fazer uso dos conhecimentos psicossociais, em sua atividade, no consultório. 
Acreditamos que um clínico possuindo o conhecimento, derivado das pesquisas da Psicologia Social, encontrará importantes considerações para sua atividade, em cada caso concreto, que faça parte da sua atividade profissional.
1.A Psicologia Social estuda:
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1) A forma como os grupos, entendidos como unidades particulares, se comportam em diversas circunstâncias. 
2) A forma como os sujeitos pensam independentemente dos outros. 
3) A forma como o sujeito se comporta a partir das influências de outros membros de seu grupo. 
4) A forma como a sabedoria popular explica os fenômenos psicológicos. 
5) A forma como fatores econômicos e políticos influenciam os fatos em uma determinada sociedade.
2.Quando afirmamos que o conhecimento derivado da pesquisa científica, em Psicologia Social, pode ser aplicado no entendimento e na solução de problemas sociais específicos, qual característica principal desta ciência estamos destacando:
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1) Individualismo 
2) Experimentalismo 
3) Microteorização 
4) Pragmatismo 
5) A-historicismo 
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3.Uma das dificuldades derivadas do etnocentrismo, nas pesquisas em Psicologia Social, se manifesta em:
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1) Problemas com a validade externa dos resultados.2) Problemas de ordem teórica na elaboração de conceitos. 
3) Problemas experimentais. 
4) Problemas na seleção de amostras. 
5) Problemas na análise estatística dos resultados. 
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