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Disponibilização: Stella Marques Tradução: Zanin Revisao Zanin Leitura final: Cá e Ly Formatação: Minuit e Dadá BROKEN LOVE B. B. REID Eu não acredito em contos de fadas e Príncipe Encantado. Eu acredito em medo. Ele me ensinou a ter medo. Nós nos conhecemos em um playground em um dia de verão maravilhoso. Foi a primeira vez que ele me machucou, e não seria a última. Por dez anos, ele tem sido o meu algoz e eu tenho sido sua proibicao. Mas então ele foi embora, e ainda assim eu continuava estava com medo. Agora ele está de volta, e quer mais do que apenas as minhas lágrimas. Você vê ... ele acha que eu o mandei embora e agora ele quer vingança ... e ele sabe exatamente como obtê-la. POR FAVOR, LEIA OS AVISOS. Este livro é um new adult e contém elementos ásperos, tais como linguagem forte, violência, conteúdo sexual forte, macho alfa, anti-herói, chantagem e consentimento duvidoso. Fear Me, ao todo, contém temas sensíveis e muitas pessoas não são capazes de engolir. Uma historia que vai te fazer questionar tudo que sabe sobre AMOR e ÓDIO Dedicatória Este livro é dedicado a cada autor de romance que enche meu coração romântico de fantasias. Agradecimentos A parte mais fácil de escrever sobre Fear Me é agradecer as pessoas maravilhosas e dedicadas que me ajudaram ao longo do caminho ... Em primeiro lugar, quero agradecer a Deus por me abençoar com a coragem de não apenas perseguir o meu sonho, mas para pegá-lo. Mama, obrigada. Há tanta coisa que eu posso dizer, mas tudo isso nunca iria caber no papel. Eu vou fazer qualquer coisa e tudo para manter seu orgulho de mim. Ah, e se você leu Fear Me ... por favor, não me diga. Seria estranho. Eu te amo! Deven, você me encorajou em maneiras que você nunca vai saber. Obrigada por compreender ser ignorado e por todo o meu mau humor. Espero não ter negligenciado muito você enquanto escrevia Fear Me. Você é tudo que uma garota poderia pedir ... às vezes. Você ainda pode ser um cara às vezes. Tiera, minha melhor amiga e, provavelmente, a primeira pessoa a comprar Fear Me, muito obrigada por todo o apoio e amor. Você foi a primeira pessoa a quem eu disse, quando decidi perseguir o meu sonho, porque confiei em você para ser a única a me incentivar da maneira que eu precisava. Além disso, suas palhaçadas me mantiveram seguindo em frente. Tae, pela última vez, eu não estou escrevendo outro Fifty Shades of Grey. Pare de ficar obcecada e conheça seu novo namorado literário. Kimie, Sharee, Stephanie, e Kimmy. Eu não acho que vocês sabem como amo estar na comunidade de escrita. Promoções vão extremamente bem com a dedicação e o amor que vocês mostram a cada pessoa que quer ser autores, blogueiros ou PAs. Seus nomes devem ser reverenciados. Eu não poderia ter feito isso sem vocês, senhoras. Com os teasers, design, capa revelada, e até mesmo uma leitura beta, vocês estiveram lá. Muito obrigada. 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Garota, você é cinquenta tons de louca, mas agradeço pela maneira inspiradora que você me motivou a escrever Fear Me como eu queria. Eu devo muito de seu sucesso a você. Zel (Deviants & Saints) foi uma fantástica leitura escura. Continue a escrever com o coração. Sabrina, Karina, e Dani, as senhoras foram as primeiros autoras que conheci que sequer me deram a hora do dia. Muito obrigada pelo apoio! Para todos os blogs incríveis e fãs que participaram na promoção Fear Me, obrigada! Aqui está Fear Me Prólogo Eu bufo e limpo o suor da minha sobrancelha, pela centésima vez, nos últimos cinco minutos. O esmalte da unha, cor de rosa, que a tia Carissa me ajudou a pintar, nesta manhã, brilhava à luz do sol. Eu não estava tendo um bom momento. "Quer brincar de amarelinha? Eu tenho giz. É rosa se você quiser. Minha mãe diz que as meninas femininas gostam de rosa. Sua fivela de cabelo é rosa, assim você é definitivamente uma garota feminina. Eu gosto do seu coque. Você parece uma bailarina. Você é uma bailarina? Você pode me mostrar seus movimentos?" A voz suave acima soprou as palavras para fora, antes mesmo que eu pudesse levantar a minha cabeça. Olhei para cima e estava olhando para cintilantes olhos verdes e um rosto gordinho. Ela me lembrou de umas das estátuas da minha mãe, que ela muitas vezes as chamava de querubim. "Willow", ela disse. Eu continuei a olhar. Sua juba selvagem de cabelo vermelho encaracolado, que era mais como uma cor de cobre, atualmente estava espalhada em todas as direções como se ele nunca tivesse encontrado uma escova antes. As sardas cobriam uma grande parte de seu rosto, emoldurando seus olhos redondos e grandes. Seu macacão verde brilhante tinha uma margarida amarela que se destacava com as sapatilhas roxas. Ela definitivamente era uma criança que tinha um atrevido e adorável olhar. "Oi," e após o silêncio tornar-se estranho, eu finalmente respondi. Eu podia ver um pouco de sua confiança desaparecer quando continuei a olhar. "Qual é seu nome?", ela perguntou nervosamente. Eu não tinha certeza se eu deveria responder. Ela parecia como se tivesse tido um longo dia de problemas. Eu não tive a chance de responder, embora. Uma senhora com cabelo vermelho igual ao dela, mas cuidadosamente penteado para trás, descansando em seus ombros, interrompeu antes que eu pudesse responder. "Willow", a senhora gritou em tom severo. "O que aconteceu com seu cabelo? Ah, deixe para lá. Onde está seu irmão? É hora de ir para casa." "Mããããe", ela lamentou. "Como eu posso saber? Buddy tem cinco anos! Ele é praticamente um adulto!" Tenho quase certeza de que isso não está certo. "Willow Olivia Waters," sua mãe começou a falar, ficando vermelha. Uh oh. "Lake", eu disse abruptamente. As duas se viraram para mim, sua mãe parecendo confusa, enquanto Willow sorriu para mim triunfante. Eu acho que descobrir meu nome era algum tipo de vitória para ela. Estranha. Eu só dei o meu nome como uma distração porque, por algum motivo não queria que o outro garoto ficasse em apuros, mas agora não sei o que fazer, pois ambas olhavam para mim. "Mãe, Lake e eu vamos encontrar alguns amigos e nós vamos encontrá-la no carro", a menina correu para fora quando pegou minha mão e saiu correndo para o outro lado do parque infantil. Nós passamos rapidamente pelo balanço, carrossel e brinquedos, mas eu não vi nada disso realmente, enquanto ela me puxava pelo parque em alta velocidade. Nós finalmente chegamos a uma parada perto de um playground. Parecia bastante assustador para uma criança de oito anos de idade, então eu só podia imaginar como o menino mais novo de macacão jeans, em lágrimas e agachado no topo das barras, se sentia. Eu me perguntava como ele conseguiu subir e por que ficou lá em cima. O playgroundera para as crianças três vezes maiores do que seu tamanho. "Buddy!" Willow chamou ao meu lado. "Willow, me ajude. Eu não consigo descer!" Eu podia vê-lo balançando de onde estava de pé e senti pena do menino. Virei-me para sua irmã com expectativa para ver o que ela iria fazer, mas ela não parecia mais a menina vibrante que conheci há pouco. Ela parecia assustada. Eu a cutuquei, o que pareceu quebrá-la fora de seu transe. "Está tudo bem?" "Eu não posso ir até lá", ela sussurrou baixinho. Suas bochechas rosadas empalideceram, quando se virou para mim com os olhos arregalados. Ótimo, ela tem medo de altura. Olhei em volta para ver se achava seus pais e notei que nós estávamos cercadas por árvores do outro lado do parque, longe de qualquer ajuda de um adulto. Pensei por um momento em ir buscar ajuda, mas o menino estava histérico e Willow continuava a olhar em volta, nervosamente. Qual era o grande problema de qualquer maneira? O playground não era tão alto. Eu suspirei, sabendo que ia ser a única a subir nas barras do playground e persuadir seu irmão mais novo a descer. Eu sabia que dar-lhe o meu nome significaria um dia, problemas. Comecei a ir em frente e agarrei o primeiro degrau, pronta para subir, quando o ouvi. "Pare." Eu congelei e imediatamente olhei na direção da voz desconhecida. Eu estava olhando para os olhos de um estranho pela segunda vez hoje. Embora estes olhos não brilhavam. Não... eles eram escuros e me lembrava das tempestades que eu tanto odiava. Eles eram assustadores e maus. Tudo sobre esse momento me fez sentir diferente. Eu era incapaz de desviar o olhar de seus surpreendentes olhos cinzentos. Eles estavam me provocando, me desafiando a desviar o olhar e arriscar as consequências. Eu não sabia, ou melhor, não conseguia desviar o olhar e não sabia se queria. Eu o vi me assistir e de repente eu queria saber o que ele pensava de mim. Eu precisava saber o que ele via, quando olhava para mim. Eu não tinha certeza do que vi quando olhei para ele, mas sabia que a reação que estávamos tendo um para o outro não era normal. Era muito poderosa. Ele estava apoiado casualmente contra a escada do lado oposto de onde eu comecei a minha subida, mas o seu olhar intenso disse que este encontro era tudo, menos casual. Eu poderia dizer que ele tinha em torno de minha idade ou talvez mais velho. Seu cabelo desgrenhado escuro caiu para frente e protegia parcialmente os olhos, porque era ligeiramente mais comprido na frente. Pequenas gotas de suor alinhados em seu rosto anguloso e maçãs do rosto, que eram ainda ligeiramente arredondadas com a juventude. Uma bola de basquete estava parada a seus pés, assim adivinhei que ele acabou de jogar. "Eu quero ir para casa." Eu ouço o grito fungando de cima, me tirando fora do transe que eu estava. Eu notei algumas outras crianças, que estavam em torno do playground, assistindo o amigo agarrado as barras, mas ninguém se mexeu para ajudar. Havia um menino menor de pé perto dele, que inclinava-se para o lado dele. Ele estava olhando para nós; assistindo nossa troca de olhar silenciosa. Sem dar uma resposta ou outro olhar, continuei, o momento se passou, mas a consciência estava muito presente. No entanto, não coloquei o meu pé no próximo degrau, antes que fizesse ele me parou novamente - desta vez com uma mão na minha perna direita. Seus olhos pareciam ainda mais escuros de perto. Ele me fez parar. Como ele chegou aqui tão rápido? "Não", disse ele neste momento. Quase soou como um grunhido, mas que não poderia estar certo. As pessoas não rosnam. Mas, aparentemente, ele podia, porque continuou a falar no mesmo tom enérgico. "Ele subiu sozinho, então ele mesmo pode descer." O quê? Ele era apenas uma criança, pensei com raiva. Mas então, nós todos éramos também. "Olha, não sei quem você é ou qual é o seu problema, mas ele precisa de ajuda e vai receber essa ajuda de mim. Entendeu?" Soltei fora as palavras quando encontrei a coragem de falar. Verdade seja dita, ele estava assustando a merda fora de mim. Eu imediatamente percebi que cometi um erro. Mas não, não eram os sons chocados das outras crianças que nos rodeavam que me fez perceber o meu erro. Era a mão que apertou em punho e a raiva crescendo em seus olhos, transformando-os em negros. Olhei em volta e vi Willow no mesmo lugar onde a deixei. Ela estava mordendo o lábio com uma expressão preocupada no rosto. Eu achava que era porque seu irmão tinha parado de chorar e, em vez disso, nos assistia com os olhos arregalados. Ainda assim, puxei a minha perna livre e continuei minha subida, atingindo rapidamente o topo das barras do playground. Eu comecei a me aproximar do garoto mais jovem à espera de ajuda. Não olhe para baixo. Eu deveria ter olhado para baixo. Uma fração de segundo veio o aviso, quando estendi a minha mão para Buddy, os seus olhos se arregalaram em terror, ao contrário do que testemunhei a seguir, não tinha me preparado para o que iria acontecer. Algo me empurrou e então eu estava caindo. Uma dor diferente de tudo que eu já tinha sentindo correu através de mim, quase me cegando depois que bati no concreto abaixo, do meu lado esquerdo. Eu consegui rolar sobre minhas costas e olhar para cima. Mais uma vez eu encontrei seus olhos, enquanto eles observavam minhas lágrimas caírem. Ele já não parecia tão lindo para mim. Ele parecia o monstro que nunca soube que eu precisava ter medo. "Eu disse a você que não poderia ir até lá." Foi Willow falando de algum lugar distante. "Keiran não iria gostar." Capítulo um Dez anos depois… "Lake!" Eu sai do meu devaneio quando o último sinal do dia tocou, sinalizando o fim da escola e do primeiro ano. Eu sobrevivi. Eu sabia por que, embora não ousasse falar em voz alta tolamente, acreditando que a razão iria aparecer de repente na minha frente como uma nuvem escura. Seja verdadeira, Lake. Olhei para a minha melhor amiga, que estava olhando para mim com perguntas em seus olhos. Eu não disse nada, peguei os meus livros e parei na porta. Willow terminou de recolher as muitas canetas coloridas que ela usava para tomar notas em sala de aula. Isso é apenas Willow. Ela é extravagante em tudo que faz ─ sem exceções. O resto da classe juntamente com o professor já tinham desaparecido. Todo mundo estava igualmente ansioso para o início do verão. Willow se levantou e se aproximou da porta com a mesma travessura em seus olhos, que esteve presente desde o primeiro dia em que nos conhecemos. Fechei os olhos por alguns instantes. Não pense sobre isso. Nós caminhamos em silêncio para o carro vermelho de Willow no estacionamento. Claro que era vermelho ou não seria de Willow. Eu virei o meu olho em direção a ela, esperando-a derramar para fora o que ela estava querendo saber. Eu sabia que não teria de esperar muito tempo porque Willow era uma matraca. "Então, você ouviu?", ela perguntou quando parou ao lado de fora, do lado do motorista. Esperei com paciência, mas ela hesitou para destravar a porta como se não quisesse me deixar entrar. Não, eu implorei silenciosamente. Havia apenas uma coisa de que Willow era cautelosa comigo ou melhor, sobre uma pessoa. Não pense nele. Não pense nele. Ela continuou lá, perdendo completamente a mudança na minha linguagem corporal. Alguém poderia pensar que depois de dez anos, poderíamos ler a outra pessoa melhor, ou talvez estivéssemos muito confortáveis para se importar. "Não, o que?" Lentamente se tornou mais difícil de respirar. Às vezes acho que gosto da dor, fisicamente e mentalmente. Isso é doente, certo? "O Lorde das Trevas de Bainbridge High, retorna no próximo ano." Eu conhecia o seu olhar preocupado. Acho que ela não é tão indiferente como eu pensava. Ela está me avisando. Respire. Eu usava exercícios de respiração controladapara me impedir de hiperventilar, quando ele estivesse por perto. Ironicamente um hábito desenvolvido depois que ele foi embora, no ano passado. Depois de anos permitindo que ele me controlasse, por causa do medo, você pensaria que eu estaria pulando de alegria depois que ele se foi. Eu finalmente controlei a minha respiração e olhei para cima para encontrá-la ao meu lado, agora esfregando minhas costas suavemente. "Eu estou bem", disse só depois de estar confiante que minha sanidade estava intacta. "Além disso, eu tenho todo o verão para me preparar para as suas artimanhas ligeiramente ilegais para me distrair", eu disse, tentando o humor para aliviar o clima. Willow olhou para o lado e começou a mastigar o lábio. Ok… Meu coração estava batendo rápido agora—muito rápido. Minha respiração estava fora de controle novamente enquanto eu esperava para o golpe final para a minha sanidade mental. "Meus pais estão me mandando embora neste verão ... e ele já está aqui." Eu morri. * * * Não, eu não morri, mas foi um segundo próximo a isso. Eu acordei para encontrar a enfermeira da escola sobre mim, pressionando um pano frio na minha testa. A diretora e o professor de educação física estavam sentados com uma Willow chorando no canto, tentando consolá-la. "É tudo culpa minha", ela repetia quando a Diretora Lawrence a abraçou. "Ela está acordada," anunciou a enfermeira Kelly. Willow correu quando todos se viraram para mim. "Eu sinto muito Lake, não deveria ter dito nada!" Eu dei-lhe um sorriso trêmulo, mas não respondi. Eu não poderia na frente deles. A Diretora Lawrence interrompeu, para dizer que minha tia tinha sido chamada e estava a caminho. Ela vai fazer perguntas. Eu rapidamente sento, pensando que poderia haver tempo para escapar. Ela iria querer respostas que eu não estava pronta e nunca estaria pronta para dar. Eu poderia ter escapado se a enfermeira não tivesse me cutucado de volta, com um olhar severo. "Eu estou bem, realmente. Willow pode me levar para casa." Eu dei a ela o que esperava que fosse um sorriso saudável. "Srta. Monroe, a nossa política nos obriga a notificar os pais ou responsáveis quando ocorrem incidentes como estes. Optamos por não chamar uma ambulância porque você tinha um pulso forte e começou a voltar rapidamente... e então você começou a falar.” Eu estava falando? Oh não, o que foi que eu disse? Foi ruim? A Diretora Lawrence continuou falando, mas não a ouvi, porque eu me perguntava o que poderia ter dito em quase inconsciência. Minha mente passou por muitos cenários em um pequeno espaço de tempo. "Srta. Monroe você me ouviu?", perguntou ela, impaciente. "Sinto muito, o que você disse?" Ela bufou como se estivesse perdendo seu tempo. Eu lutei contra o sorriso puxando em meus lábios, de sua pequena birra. Os funcionários da escola não eram ruins e eu não me importava com qualquer um deles, mas me importava sobretudo com o fato de que eles fecharam os olhos ao meu torturador e o reinado que ele tinha sobre a escola. Era muito fodido para pronunciar as palavras. "Eu disse que nós achamos que você deveria falar com a Sra. Gilmore." Eu imediatamente olho para Willow, perguntando se ela contou qualquer coisa para fazê-los querer envolver o conselheiro. Ela imediatamente balançou a cabeça, sabendo o que eu estava perguntando. Então isso era ruim. Fui salva de responder, no entanto, pela minha tia correndo atrapalhada passando pela enfermaria, seguida do secretário da escola. Minha tia poderia ser uma pessoa preocupada. "Lake!", ela exclamou quando saltou para frente para me pegar em um abraço. "O que aconteceu, por que você desmaiou? Você está bem? Deixe-me olhar para você. Fique quieta!" Eu não movi um centímetro, mas minha tia estava longe de ser racional no momento. Ela seria uma mãe incrível, mas nunca teve filhos ou um homem em sua vida, apesar do fato de que ela era linda em todos os sentidos. Ela parecia muito com a minha mãe, sua irmã - loira com olhos azuis, pernas longas, grande corpo e personalidade. Ela também era uma daqueles nerds de Star Trek, que gostavam de ficção científica. Eu acho que é por isso que ela é uma autora de best-seller de fantasia e ficção. Eu tinha muito orgulho dela. Nós nos aproximamos uma da outra após o desaparecimento dos meus pais há dez anos atrás, depois... bem isso aconteceu durante o verão. Não sei se eles estão mortos ou se me abandonaram. Minha tia acredita que meus pais nunca me deixariam por vontade própria. Dói de qualquer maneira. Eles se foram. Somente assim, do nada. Eu descobri um mês após o incidente do parque. Tinha sido no dia do meu aniversário e nós tínhamos acabado de sair do consultório médico após uma radiografia do meu braço. Eu tinha ficado inconsciente, por dois dias, e tive um braço quebrado, depois que ele me empurrou do playground. Foi uma coisa muito dura para uma criança de oito anos. Eu nunca disse uma palavra e nem contei a qualquer outra pessoa. Os adultos praticamente assumiram que caí tentando ajudar Buddy. Pergunto-me mesmo agora, como ele poderia segurar tanto poder em tão tenra idade, mas aprendi ao longo do tempo e depois de anos de tortura, que não havia nada de bondade sobre ele. Concentre-se. "Querida, eles querem que você fale com o conselheiro da escola", disse minha tia, mas foi mais uma pergunta do que uma declaração. Apesar de nossa proximidade, eu nunca disse a minha tia nada sobre o que aconteceu comigo dentro destas salas, fora destas salas, nos meus pesadelos, nos meus sonhos. Sabendo que minha tia iria nos mudar para longe, eu não podia fazer isso. Minha tia ama Six Forks. Ela diz que a inspira. O que isso significa? Eu só sei que não poderia tirar isso dela. Então eu suportei. Dez longos anos de resistência e, em seguida, isso iria acabar e eu poderia finalmente respirar e, finalmente viver, sem medo, sem controle, sem desejo para o obscuro e inalcançável. Sim, não vá para lá. Sra. Gilmore chegou e imediatamente se apresentou à minha tia e eu. Eu já sabia quem ela era, mas nós nunca tínhamos cruzado antes. Como eu disse, resisti. "Por que vocês duas não me seguem ao meu escritório para que possamos conversar em particular?" Eu não estava pronta para isso, mas o que podia fazer? Eu precisava saber o que disse quando estava inconsciente. "Willow, por que você não vai na frente para casa? Obrigada por ficar com ela, mas tenho certeza de que seus pais estão preocupados agora," minha tia sugeriu. Eu tinha esquecido que Willow ainda estava aqui. Ela assentiu com a cabeça e sorriu nervosamente para mim. Eu sorri de volta, mas não tinha nada a dizer, pelo menos não com a presente parte envolvida. Sra. Gilmore abriu o caminho para o escritório dela, enquanto minha tia e eu a seguíamos, silenciosamente. Você consegue fazer isso. Chegamos a seu escritório e entramos. Eu levei um momento para olhar ao redor. Seu escritório era acolhedor, embora um pouco desarrumado com papéis e arquivos espalhados por toda parte. Minhas mãos estavam coçando para arrumar seu escritório ou apontar à ela a direção da loja de material de escritório mais próxima, para um melhor sistema de arquivamento. Cada um de nós sentamos e apenas olhamos uma para a outra, não sei como proceder. Minha tia foi a primeira a falar depois de alguns momentos de silêncio tenso. "A Diretora Lawrence disse que ela falou enquanto estava voltando a consciência?" "Certo! Sim, as pessoas às vezes o fazem quando estão recobrando a consciência, mas, neste caso, foi a natureza do que foi dito." Levou tudo em mim para não gritar para ela me dizer logo, quando ela ficou em silêncio novamente. "Você disse ..." Quanto mais meu rosto se avermelhava, mais pavor se construía na boca do meu estômago. Eu engoli profundamente e esperei. "Bem, você disse," ela continuou, "Mastersnão pode voltar." Silêncio. Silêncio total e absoluto encheu a sala mais uma vez, e só eu podia ouvir o rugido ensurdecedor de mortificação e senti a sala girando. Tinha ficado tão silencioso que você poderia ouvir um alfinete cair... pelo corredor. Isso não pode estar acontecendo. Devo ter repetido um milhão de vezes na minha cabeça e algumas vezes em voz alta. Mas aconteceu. Eu sabia disso. Meu corpo estava enrolado apertado, tão apertado que pensei que poderia quebrar. Não se minha mente fizer em primeiro lugar, eu admiti. O olhar de minha tia estava trancado na conselheira. Eu sabia que não era o que ela estava esperando o conselheiro dizer. Nem eu. A Sra. Gilmore bateu a mão sobre a boca como se ela não pudesse acreditar que disse aquilo. Junte-se ao clube. "Você ... você tem certeza que foi o que ela disse?", perguntou minha tia. "Srta. Anderson, eu entendo a sua dúvida quanto a situação possa ser um pouco preocupante," ela respondeu. Sim, sem brincadeira. "Mas o treinador Lyons tinha certeza de que foi o que ele a ouviu dizer." O Treinador Lyons era o técnico de basquete da equipe masculina e um dos professores de educação física da escola. Ele também era um fã do meu algoz, que também passou a ser o capitão da equipe até que ele foi embora no ano passado. Eu nunca tive problemas com o homem, mas ele nunca se importou com nada, exceto certificar-se que seu jogador estrela favorito fosse feliz. "Eu tenho que perguntar... há qualquer problema em casa?" As costas da minha tia endireitaram-se sob a questão da conselheira e sua implicação. Eu acho que ela não sabia que minha tia tinha um temperamento quando irritada, o que não era muitas vezes, mas quando provocada, até mesmo eu saía da frente. "Desculpe-me? Está insinuando que eu machucaria de verdade minha sobrinha? Você está louca?", ela gritou. "Vamos Lake, minha mão direita está se contraindo." Ela levantou-se para ir embora e a Sra. Gilmore rapidamente tentou recuperar a situação. "Srta. Anderson, por favor. É apenas uma questão de rotina, temos de perguntar. Isto não tem qualquer influência pessoal sobre a sua capacidade como uma guardiã. Por favor, sente-se", ela implorou. Tia Carissa ainda parecia como se pudesse saltar na pobre conselheira, então eu decidi falar. "Sra. Gilmore, minha tia é o melhor pai e mãe que eu poderia ter pedido. Não há nada que ela não faça por mim. Estou completamente segura com ela." A expressão de minha tia suavizou com a minha confiança. Situação a salvo. "Eu não penso assim", respondeu a conselheira. Ela deu a tia Carissa um sorriso de desculpas e nós viramos para ir embora, mas sua próxima pergunta me parou no meu caminho. "Mais uma coisa…" Eu me virei para encará-la novamente. "Sim?" "Isso tem alguma coisa a ver com Keiran Masters voltar no próximo ano?" Capítulo dois "Eu juro que não disse nada", ela me disse pela centésima vez. Eu mau cheguei e Willow chegou logo em seguida em minha casa para obter detalhes. Eu não estava ansiosa para reviver a humilhação, mas minha amiga inquisitiva não me deixou morrer sozinha. Muito dramática? Eu pensei de volta para o momento em que ela me perguntou sobre ele, e mentalmente me dei um tapinha nas costas para a desculpa esfarrapada que contei a Sra. Gilmore, depois que ela deixou cair a bomba de volta em seu escritório. "Eu não sei o que dizer, Sra. Gilmore. Ele e eu nunca tivemos qualquer associação um com o outro. Mal o conheço. Devo ter simplesmente tido uma queda de pressão e desmaiei." Isso não era inteiramente falso. Senti meu corpo fraco até agora pensando nele. Às vezes era demais. "Eu acredito Willow, você não precisa ficar me lembrando", eu ri. Ela se sentou na minha cama e olhou para mim por um momento mordendo o lábio novamente. Isso significava que Willow estava pensando, e Willow pensando não é uma coisa boa. "Então o que você vai fazer?", ela começou. "Quero dizer, você não pode ficar em casa durante todo o verão e nós temos que voltar para a escola em três meses." "Não sei", respondi com sinceridade. Eu não era tola em pensar que só porque ele se foi há quase um ano que o efeito não será o mesmo. Talvez ele não esteja interessado em me atormentar mais. Assim espero. Willow não ficou muito mais tempo e saiu depois de assegurar- se de que eu estava bem. Agradeci a chance de ficar sozinha e me preparei para tomar um banho. Minha tia já tinha ido para a cama. Eu acho que ela não sabia como lidar com a situação. Eu poderia entender. Ela não fazia muitas perguntas, e eu ficava grata. Juntei meu short preferido de dormir, rosa com ursinhos de pelúcia, e parte superior correspondente e fui para o banheiro dançando. Apesar do sucesso da minha tia, vivíamos modestamente em uma casa de três quartos, e dois banheiros. Era uma casa de dois andares, com um quintal de bom tamanho e piscina. Pelo meu décimo sexto aniversário minha tia comprou um carro para mim, mas Willow e eu íamos juntas, então alternávamos a cada dia. Temos sido inseparáveis desde que nos conhecemos, apesar do que ocorreu naquele dia, embora acho que ela se sinta culpada por algum motivo. Olhei para mim mesma no espelho, como se a razão pelos últimos dez anos estivesse dentro do vidro. Eu era alta com pernas muito longas, o que me fazia sentir um pouco estranha, especialmente em torno de outras meninas que eram mais baixas, como Willow. Meu cabelo loiro caiu no meio das costas e eu mantive minha franja por causa de minha mãe. Ela sempre gostou de minha franja. Meus olhos eram azuis, mas com a luz certa eles pareciam quase verdes. Minha tia diz que eles são turquesa. Eu era magra e tonificada nos lugares certos, graças a yoga. Eu não era muito de sair e pegar sol, então eu era um pouco pálida, mas não me incomodava. Willow gostava de brincar que eu parecia uma Barbie bailarina e era tão menina às vezes. Eu não conhecia outra forma de ser. Eu sou eu. Eu não era perfeita, nem mesmo perto. Eu fui diagnosticada com dislexia em uma idade jovem, quando se tornou evidente que eu estava tendo dificuldade em aprender os textos. E para sair de minha imagem de "boa menina", tenho um piercing no umbigo, há alguns meses. Eu convenci tia Carissa a me deixar colocar um, após muitas semanas implorando. No fim, ela concordou porque não queria me ver fugindo para colocar um, então ela foi comigo. O anel, um amuleto da sorte de prata, que estou atualmente usando, era o meu favorito. Eu rapidamente terminei minha leitura e entrei no chuveiro, ansiosa para terminar meu dia cheio de drama. Quem sabe... talvez eu nem vá correr para ele. * * * Alguém estava rindo às minhas custas. Não literalmente, mas, mesmo que fosse, eu estava acostumada a isso. "Merda mano, eu estou sem preservativos", ouvi uma voz anunciar. Eu conheço essa voz. O problema não era a voz, mas de quem eu sabia que estava falando. Prendi a respiração; esperando, esperando, rezando para que eu não fosse pega, que este não fosse o corredor. Eu estava na farmácia local pegando meu xampu favorito e dei uma rápida olhada ao redor. Meu foco se concentrou em um item tópico e rapidamente corro para pegar o que vim comprar, mas o tempo e as circunstâncias não estavam do meu lado. Embalagens de shampoo e condicionador foram derrubados, quando bati minha mão em toda a prateleira. Foi como um efeito dominó enquanto eu os assistia cair, alguns se abrindo e salpicando em minhas pernas e sandálias. Sério, quem coloca preservativos e shampoo juntos de qualquer maneira? Por um momento pensei em deixá-los e fugir, mas um passo em falso me aterrou na bagunça lisa em todo o azulejo, assim que uma forma alta virou a esquina e entrou no corredor. Eu relutantemente olho para cima quando um mais jovem, mais volátil Masters, parou na minha frente. Keenan. Ele era quase uma réplicaexata de meu algoz, exceto que seu rosto não têm as mesmas linhas duras, dando-lhe uma aparência mais juvenil, o que seu primo não tinha. Às vezes eu não podia acreditar que eles eram primos e não irmãos. Ele era lindo, não mais do que seu primo mais velho. Keenan mantinha o cabelo escuro elegantemente espetado e sempre aparecia despenteado, como se estivesse constantemente passando as mãos por ele. Ou uma garota, eu pensei ironicamente. Não era segredo que Keenan era o prostituto da escola, mesmo que ele fosse exclusivo da garota mais quente e mais popular de Bainbridge. Ela também era uma líder de torcida. Eles eram o casal típico adolescente; quente, popular e superficial. Seus olhos se concentraram em mim e fez uma pausa para tomar nota na minha situação. Ele provavelmente estava pensando em seu melhor olhar de piada para uma menina em aflição, mas quando ele me reconheceu, um sorriso malicioso lentamente se espalhou pelo seu rosto. Merda. "Mano, venha aqui... isso vai para o topo da porra do seu dia", ele gritou, sem olhar para longe de mim. Mudei-me para fugir, mas Keenan decidiu me provocar ainda mais — "Oh não, querida, não há necessidade de mover-se... você já está na posição correta para cumprimentar o meu primo." Sua voz era fria e pingava veneno. Eu senti meu rosto queimar de vergonha. Eu estava atualmente inclinada de quatro, e rapidamente olho para baixo usando o meu cabelo como um escudo. Corre Lake, basta correr, implorei a mim mesma, mas eu estava com muito medo de me mover. Pega como uma presa indefesa, esperando o predador afundar seus dentes, enquanto eu estava parcialmente surpresa com as palavras de Keenan. Embora ele nunca saísse do seu caminho para ser bom para mim, ele geralmente me ignorava. Ele idolatrava seu primo e assim como Keiran era sangue dele também, mas a reação dele em relação a mim agora era nova. Ótimo. Outro fã. Outra forma, mais alta, de repente virou a esquina, e um grande par de botas preta de couro imediatamente parou na minha frente. Eu levantei minha cabeça lentamente. Alguma força imprevista tinha tomado o controle, quando a minha vontade e bom senso fugiram. Meu olhar passou por cima das pernas longas que eu poderia dizer que eram musculares, mesmo através de calça jeans preta que pairava baixo sobre seus quadris. Ele era maior do que eu lembrava ─ mais alto e mais definido. Seu corpo parecia duro e magro sob uma camiseta Five Finger Death Punch preta que abraçava seu peito e bíceps. Qualquer esperança de que a nossa separação diminuiria o efeito que ele teve sobre mim desapareceu, uma vez que eu finalmente olhei para seus olhos cinzentos e frios. Ele parecia o mesmo que era há um ano, exceto o cabelo preto desgrenhado anterior, agora cortado curto. Sua mandíbula estava também mais forte e seu rosto mais anguloso. Nosso primeiro momento reunido, me disse tudo o que eu precisava saber ─ ele ainda me odiava. Aqueles lindos olhos nunca mentiram para mim. Mesmo quando os lábios dele me disseram que eu não era nada, no passado, vim a conhecer bem esses olhos. Eu não poderia fazer isso. Era muito cedo. Talvez se eu desaparecesse rapidamente, poderia escapar com os meus sentimentos intactos. Com o meu novo plano em mente, pulei para os meus pés, esquecendo-me sobre a confusão escorregadia sob mim, e eu estava caindo novamente. Desta vez, colidi com seu corpo duro. Minha humilhação parecia não ter fim. “Oh, olha Keiran, ela se apaixonou por você. Foi amor à primeira vista?" Eu ouvi a voz maliciosa do Keenan, em algum lugar. Fechei os olhos, desejando que o chão se abrisse e me engolisse, mas depois senti mãos fortes me agarrando. Elas pareciam grandes e pesadas contra meu corpo, e aposto que se eu olhasse para baixo suas mãos iriam circular completamente a minha cintura. Eu respirei fundo, me preparando para ele me empurrar fora com nojo ou raiva, mas isso nunca veio. Confusa, arrisco um olhar para o rosto dele. Ele estava de pé pelo menos 6 centímetros mais alto, o topo da minha cabeça atingindo apenas o seu queixo. Plantei minhas mãos levemente em seu peito, enquanto eu olhava para ele. O calor fervendo em seus olhos, ameaçando transbordar, me fez pensar que ele estava tendo a mesma reação que eu tive. Mas isso não podia estar certo. Não quando ele desprezou o fato de que eu ainda respirava. Eu sei porque ele me disse isso quase todos os dias, durante os últimos dez anos. Não havia raiva em seus olhos, mas também havia confusão...? Eu poderia entender a minha própria, porque nunca estivemos tão perto, nós nunca antes nos tocamos como agora. Pude sentir seu perfume, quando ele me cercou ─ forte, macho... viril. Era um afrodisíaco. Seus olhos reduzidos com o que poderia ser confundido com luxúria, mas eu sabia que não era isso. Isso era o início de um ataque verbal; eu reconheci os sinais ao longo dos anos. Ele se inclinou mais perto, suas mãos apertando em torno de mim enquanto ele inalou profundamente. "Foda-se", ele rosnou, falando pela primeira vez desde que entrou no corredor e voltou para a minha vida. Sua voz fez meu corpo tremer como sempre. Ou era apenas eu tremendo de medo? Eu não poderia dizer a diferença. Keiran virou a cabeça para seu primo, ainda me segurando. "Saia", ele grunhiu para ele. Keenan se endireitou, lentamente, a partir da prateleira que ele estava encostado, e saiu com um sorriso. Ele viu seu primo caminhar pelo corredor até que virou a esquina e só então virou seu olhar de volta para mim, deixando-o passar por cima do meu corpo lentamente. Ele parecia como se estivesse morrendo de fome e eu era a sua festa. Definitivamente não estava pronta para isso. Ele olhou em volta rapidamente, mas não havia ninguém por perto. O único funcionário na loja estava, provavelmente, lá fora fumando um cigarro, pensei sombriamente. De repente, ele virou-me ao redor até que eu estava pressionada contra a prateleira. Eu congelei, mas depois vim aos meus sentidos e tentei empurrar-me para fora, mas ele foi mais rápido. Ele pegou as minhas mãos com uma das suas mãos maiores, trazendo-as por cima da minha cabeça. Senti pressão no peito contra minhas costas enquanto ele se inclinou perto do meu ouvido. "Eu tive muito tempo para pensar sobre o que faria, uma vez que eu pegasse você sozinha." Eu tentei mais uma vez me libertar, a raiva crescendo, que ele estava me segurando contra a minha vontade... em uma farmácia. Eu permiti que Keiran me atormentasse ao longo dos anos, mas prometi a mim mesma que nunca iria permitir que ele me tocasse ou fisicamente me machucasse novamente. Seu braço estava em volta da minha cintura enquanto eu continuava a lutar com a frustração crescendo dentro de mim, quando ele trancou meu corpo ao dele. Eu finalmente encontrei a coragem de falar. "Me solte ou vou gritar," eu o ameacei. Ele riu, mas eu tinha a sensação de que ele não achou a situação engraçada. "Sim?" Ele provocou. "Grite e eu prometo que vou fazer da sua vida um inferno; a merda que fiz para você antes, foi brincadeira de criança perto do que eu farei. Eu posso fazer muito pior e destruir o seu mundo perfeito de porcelana, e você vai conhecer a verdadeira dor. Grite." A força de sua ameaça apertou meu corpo, suas palavras saindo violentamente e eu sentia sua aderência me apertando mais. Eu esperava que não encontrasse machucados pela manhã. "O que você quer?", perguntei, embora eu tinha certeza que sabia o que era. Este não era o bullying de todos os dias. Ele estava atrás de algo. Então esperei, antecipando sua resposta. Senti seu corpo tenso antes dele me virar para encará-lo novamente, nossos corpos alinhados agora, enquanto ele ainda me segurava firme. "Eu tenho te observado..." Ele se inclinou mais perto, os nossos lábios se tocando levemente em um quase beijo. Eu senti um deslizarde mão quente sob o meu vestido parando um pouco antes da minha coxa. Eu suprimi um gemido, surpresa com a reação rápida do meu corpo traidor. "Eu vi você e te estudei", ele começou de novo, respirando profundamente. "Eu memorizei você. E sei o que te machuca... sei o que te deixa triste... sei o que te faz chorar. Mas todos os seus medos mais profundos, vou descobrir. Vou pegar os seus chamados pontos fortes, e vou transformá-los em seus pontos fracos." Se Keiran me assustava antes, ele me aterrorizava agora, admiti com uma lágrima queimando um rastro quente pelo meu rosto. "Eu tenho um ano inteiro com você", ele declarou, finalmente me soltando. Eu lentamente deslizei para o chão, minhas pernas muito fracas para me segurar. "Eu vou quebrar você. Mas o mais importante, vou fazer você pagar." * * * 10 anos atrás "Eu te odeio", ele sussurrou. Eu estava sendo empurrada para o chão pelo bonito coque de bailarina, que minha tia me ajudou a fazer esta manhã. Meu cabelo caiu sobre meus ombros e eu gritei de dor, quando ele pisou na minha mão. "M-mas por quê?" Eu mal podia falar ao redor dos soluços e tremedeira que assolaram o meu corpo. "Cale a boca e pare de chorar. Você vai me trazer problemas se alguém nos ouvir... você não quer que eu te machuque, não é?" Eu balancei a cabeça e olhei para ele com medo. Ele não era muito mais alto, mas para mim ele parecia um gigante. Talvez fosse porque eu estava sentada no chão por causa dele. Eu tinha acabado de sair da aula de línguas e estava distraída com as marcas ruins que tive no meu ensaio sobre o que me faz feliz. Eu acho que a Sra. Peterson não gostava que eu não estava feliz... não mais. Não desde que meus pais desapareceram. Todos os dias eu esperava o dia em que viriam para me resgatar. Talvez eles estejam perdidos, pensei. Mamãe disse que “ela me veria em breve”, quando foi embora, então ela teria que voltar. Mamãe deveria cumprir as promessas, sempre. Não muito tempo depois que meus pais não apareceram, tia Carissa decidiu me matricular na escola local. Meu primeiro dia foi hoje e todos os dias eu estava me perguntando sobre o menino que me empurrou das barras no playground. Mais cedo, eu o vi de novo, pela primeira vez, durante o intervalo. Nossos olhos se encontraram em toda a área de jogos e eu sabia que ele me reconheceu. O olhar vazio em seus olhos cheios de ódio, quando me viu. Assim que ele começou a avançar, a campainha tocou, e eu praticamente corri para a segurança. Eu não esperava vê-lo novamente tão cedo, mas ele me encontrou. Mal sabia eu que isso iria se tornaria o nosso ritual. "Por que você ainda está aqui?", ele perguntou com desdém. "Me-meus pais não vieram me pegar ainda." Eu senti um novo conjunto de lágrimas se formando, quando pensei sobre o quanto sentia falta deles. Estreitando os olhos algo me chamou a atenção, afastando os pensamentos de meus pais. "Por quê?" "Eu não sei. Mas talvez eles estejam perdidos?" Eu não sei por que estava lhe perguntando, mas apenas um pequeno sinal de esperança me ajudaria a me sentir melhor. "Talvez eles estejam mortos", ele riu. "Não diga isso!", eu gritei e enrolei meu punho livre. Ele viu meus punhos se apertando com os olhos zombeteiros. "Eu aposto que eles estão mortos," ele provocou ainda mais. "Não", eu gemi. "Ou eles te deixaram para trás..." Minha camisa estava manchada agora com minhas lágrimas que se lançavam incontrolavelmente. "Nossa, você é igual a ela", disse ele com um tom irritado. Ele franziu sua testa e chutou minha mão com o pé em desgosto. "Igual a ela quem?" Ele ignorou minha pergunta e sua careta aprofundou fazendo-o parecer malvado. "Eu estou indo fazer isso um dia, você sabe’’, ele prometeu em um tom odioso. "Fazer o quê?", perguntei com voz trêmula. Seus punhos fechados, quando ele olhou para mim com os olhos irritados. De repente tive a sensação de que eu precisava fugir, assim, comecei a me afastar dele. Eu deslizei pelo chão enquanto ele me seguia. "Eu vou te matar. Assim como a matei. É o único jeito." * * * Ao longo dos anos, Keiran iria me lembrar de sua promessa. Ele desencadeou suas ameaças sutis em mim, para me assustar e sempre funcionou. Keiran pode sempre entrar na minha cabeça sem esforço. Willow chamou isso de foder a mente. Eu chamo de tortura. Virei-me na minha garagem no piloto automático. Minha mente ainda não poderia definir o que acabara de acontecer na farmácia. Ele me tocou. Eu tolamente esperei no ano passado que ele seguiria em frente... ou não voltaria mais. Meu coração balançou com o pensamento de nunca mais vê-lo, mesmo quando eu sabia que não era possível. Ele ainda tinha que terminar o último ano que ele também pensa que eu roubei dele. Eu estava doente e com nojo de mim mesma com o sentimento que tenho por alguém que me odeia quase violentamente. Eu estava com muito medo de perguntar no momento, o que ele estava planejando fazer, mas eu não precisava. Keiran era perigoso o suficiente, mas quando provocado... Sacudi o pensamento e considerei brevemente contar a minha tia sobre Keiran. Eu não tinha certeza se poderia lidar com ele assim, mas eu não sabia o quão longe o seu ódio corria, então não poderia envolvê-la. Senti-me muito e verdadeiramente isolada. Entrei na casa e chamei por minha tia. Ela deu uma resposta insignificante em troca e eu sabia o por que da resposta e que horas eram. Encontrei-a na sala de estar assistindo as reprises de Sons of Anarchy. Eu acho que ela tinha uma coisa com Charlie Hunnam. Ela e Willow davam alguns gritos histéricos e babavam quando ele aparecia na tela. Eu tive que admitir que sua arrogância era sexy. Ele me lembrava de alguém de cabelos escuros, cruel, e muito quente. Eu me deixei cair no sofá ao lado dela e olhei para o relógio. Era apenas após o meio-dia em um sábado à tarde e eu não tinha nada emocionante planejado. Willow havia partido na semana anterior para um programa de verão da faculdade de oito semanas. Minha amiga estava focada; estranhamente e tudo. "Lake, você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa, não é?", perguntou ela, sem tirar os olhos da tela. Eu sabia que isso ia acontecer. "Sim, sei disso tia Carissa." Nós ainda não discutimos o que aconteceu na escola. Eu estava feliz que ela não estava olhando para mim. Se eu olhasse em seus olhos, toda a dor e sofrimento dos últimos dez anos seria derramado. "Você quer falar sobre ele?" Eu chicoteio a cabeça para encará- la, incapaz de esconder a minha reação. "Ele?" Eu perguntei com uma voz trêmula. "Keiran Masters. A conselheira da escola falou dele." O olhar que ela me deu, deixou-me saber que ela não comprou a minha história sobre a exaustão pelo calor, mas eu não poderia dizer-lhe a verdade também. Minha tia não estava pronta para ouvir sobre o que Keiran tinha feito para mim ao longo dos anos. Ainda era uma pílula difícil de engolir cada vez que me lembrava. "Lake, eu confio em você", ela continuou quando não respondi e o silêncio cresceu espesso com a tensão, "eu só queria que você pudesse confiar em mim também." Ela se levantou e foi embora e me senti imediatamente como um lixo. Ela pensou que eu não confiava nela, isso não poderia estar mais longe da verdade. Eu não queria isso. Eu não queria machucá-la, tinha que protegê-la. Quem me protegerá? Capítulo Três O verão passou sem mais quaisquer desentendimentos com Keiran. Six Forks era uma cidade de bom tamanho, mas devo admitir que parte da razão era porque me escondi na minha casa durante os últimos dois meses. Willow estava errada. Eu poderia me esconder, então o fiz. Mas agora era o primeiro dia de escola e eu não podia me esconder mais. No último ano, eu pensava sobre isso com grande alegria. Último ano significava a última etapa, levando-me para maisperto de seguir em frente e escapar do medo que eu vivia a cada dia. Ele não veio me procurar e eu assumi que mais uma vez era uma tática para me assustar. Depois de tudo... por dez anos, agora ele prometeu me matar. Meu celular apitou sinalizando que eu tinha uma mensagem de texto. Eu chequei meu telefone vendo que era de Willow. Não venha para fora! Olhei para o meu telefone, intrigada. Willow ser estranha era normal, mas por que ela não queria que eu fosse lá fora? Fui até a janela para ver qual foi a razão e quase desmaiei quando olhei para fora da janela. A forma como o meu coração estava batendo me fez largar o meu telefone. Eu não esperava o que vi abaixo. Ele estava encostado em seu carro, mostrando seus músculos e olhando muito parecido com um bad boy típico, em calças cargo pretas e uma camisa cinza escura, de manga curta e botão, o que provavelmente combinava com seus olhos. Como ele sabia onde eu morava? Tenho certeza de que não seria difícil descobrir onde eu morava, mas por que ele veio aqui? Isto era muito perto de casa. Sem trocadilhos. Willow estava de pé ao lado do carro, cautelosamente olhando para Keiran. Meu olhar estava fixo sobre ele, debatendo sobre o que devo fazer, quando de repente ele virou a cabeça e olhou diretamente para mim através de minha janela do quarto. Eu pulei para trás imediatamente e tentei acalmar meu coração disparado e as cambalhotas que meu estômago realizava. Eu pesava em todas as minhas opções, escondendo a possibilidade de ser mais favorável, mas sabia que não podia deixar Willow lá fora sozinha com ele. Ele nunca a aterrorizou ou qualquer outra pessoa além de mim, mas o que ele faria se eu não saísse? Eu sabia que ele não iria simplesmente embora. Era óbvio que ele veio aqui para algo. Eu tomei uma decisão e peguei minha mochila e desci as escadas. Ele me fez uma prisioneira em minha casa todo o verão, mas eu não conseguiria me esconder aqui por mais tempo, e ele sabia disso. Cheguei à porta e saí, sentindo como se estivesse no corredor da morte e esta era a minha caminhada final. Eu relutantemente me aproximei dele, mas apenas perto o suficiente para falar com ele sem Willow ouvir. Quando me aproximei, admiti que havia algo perigosamente irresistível sobre ele. Ele me chamava mesmo quando eu queria fugir. Se eu pudesse descobrir por que... "Por que você está aqui?", perguntei antes que perdesse a cabeça. Seus olhos preguiçosamente viajaram em cima de mim de uma forma que me fez sentir tanto insignificante quanto nua. Eu estava usando jeans branco e um top vermelho escuro que abraçava o meu peito e corria na minha cintura. O top me fazia sentir feminina e sexy. Eu sabia que estava fazendo uma declaração quando o coloquei. Eu só não sabia o que estava tentando dizer. Ele usou as duas mãos para me empurrar para o seu carro, e o impulso trazendo seu peito para o meu, tudo muito rapidamente. Eu respirei fundo e senti meu corpo estremecer tal como aconteceu na farmácia quando ele me tocou. "Perdeu a garota," ele disse alto o suficiente para Willow ouvir. Levou um momento para eu perceber o que ele disse, porque minha mente e corpo tinham se encerrado em submissão. "Mas ela é minha carona para a escola", respondi. "Livre-se dela", repetiu ele. O olhar em seu rosto me avisou para não discutir. Eu relutantemente me virei para Willow, que estava abertamente olhando para Keiran. Eu nunca disse a ela sobre o incidente na farmácia. Ela só estava de volta há uma semana e foi um acordo tácito entre nós que Keiran era um assunto tabu. Não só isso, mas Willow parecia diferente desde que ela estava de volta. Ela ainda era a minha amiga Willow, mas eu sabia que alguma coisa aconteceu durante o verão. Eu gostava de olhar nos olhos das pessoas. Eles contavam mais do que os lábios jamais poderiam ─ eles diziam a verdade. Os olhos de Willow tinham mudado. Eles seguraram algo que não reconheci, mas eles também me mostraram algo que sei reconhecer ─ dor. "Will, eu vou de carro para a escola hoje. Lamento que você veio até aqui para nada." Eu dei-lhe um pequeno sorriso, esperando tranquilizá-la. "Lake, vivemos um pouco mais de 1 km, e sua casa está no caminho para a escola. O que está acontecendo?" Eu podia ouvir a suspeita em sua voz. "Nada, só tenho coisas que preciso cuidar imediatamente, depois irei a escola. Vejo você na classe, ok?" Ela pegou o olhar que a mandei para sair, então ela suspirou e entrou no seu carro depois de enviar a Keiran outro olhar. Eu esperei até que ela desaparecesse na rua antes de me virar para Keiran. "Por favor. Não faça isso," implorei imediatamente. "Entra no carro," ele ordenou. Pisquei para ele algumas vezes para processar a ideia de estar no carro de Keiran ... sozinha... com ele. "Obrigada, mas posso dirigir sozinha até a escola." Não havia nenhuma maneira que eu estava me metendo no carro com ele. Ficaríamos muito perto ─ respirando o mesmo ar. Eu já estava dolorosamente consciente de tudo quando estávamos à distância. Eu não preciso me torturar. Eu o dispensei rodando por trás e indo para o meu próprio carro. Eu acho que foi assim que acabei por cima do ombro dele, e sendo atirada em seu carro no momento seguinte. Ele estava no carro antes que eu pudesse fugir. Enquanto alcançava a maçaneta escutei, "eu não tenho paciência, Monroe." Ele estalou as palavras para fora duramente e eu rapidamente abandonei o meu plano para dar uma corrida. Oh Deus, ele vai me matar ─ me matar e atirar o meu corpo em um rio. Eu assisto demasiadamente a sério Law & Order. Eu posso ver as palavras na minha lápide agora ... Ela viveu uma vida miserável, cheia de problemas, com medo e abandono. Talvez seja bom que ela esteja morta. Afinal, isto era tudo o que poderia dar a ela. "Escute, sei o que aconteceu há um ano e sei como parecia, mas estou te dizendo, não tive nada a ver com você ser preso!" Eu gritei, sem me importar que levantei minha voz em pânico para Keiran Mastres. Meu destino já estava selado. Ele não respondeu, mas eu podia ver um tique muscular em sua mandíbula, quando ele estacionou na garagem, fazendo o meu nervosismo aumentar dez vezes mais. Six Forks tem um monte de área arborizada, isolada, onde ninguém poderia ouvir meus gritos. Nós estávamos dirigindo por cerca de dez minutos; durante todo o tempo eu estava segurando a minha respiração. Chegamos a uma das seis áreas na estrada que compunham a cidade. Eu estava perto de entrar em pânico quando ele se virou para baixo, para a estrada que conduz longe da escola. Oh, Deus. Ah, não... merda! "Deixe-me sair," eu estava visivelmente tremendo agora. "Deixe- me sair... deixe-me sair da porra do carro!" Eu gritei enquanto seguíamos uma longa estrada que levava a nada, apenas mais árvores. Ele estacionou quando estávamos fora da vista e desligou o carro. Ele ignorou meu ataque de raiva quando saiu do carro, indo ao redor, ao meu lado. Eu freneticamente peguei meu telefone da minha bolsa, para pedir ajuda, enquanto amaldiçoava minha estupidez por entrar no carro dele em primeiro lugar. Ele abriu a porta, agarrou meus dois braços, e atirou-me contra a lateral do carro. "Eu vou fazer isso rápido e vou dizer isso apenas uma vez, porque algo me diz que a sua amiguinha não hesitará em chamar a polícia, se você demorar muito para aparecer, então escute." Eu apenas olhei para ele, perguntando se isso realmente estava acontecendo. "Você armou para mim " "Juro que não fui eu..." Ele rapidamente envolveu uma mão em torno de minha garganta em sinal de advertência. "Você terminou de falar", ele zombou. Era mais uma afirmação do que uma pergunta. Eu desviei o olhar, a intensidade do seu olhar queimando através de mim. "Olhos em mim." Ele se recusou a fazer isso fácil para mim. "Eu tenho contas a acertar e diretamente envolvevocê e somente você." Senti o polegar esfregar meu pescoço suavemente, mas ele deixou cair sua mão tão rapidamente, que quando aconteceu me deixou perguntando se ele realmente fez. "Você não vai fazer um movimento sem o meu conhecimento. Toda vez que você comer, beber ou respirar, eu vou saber." Eu olhei para ele como se tivesse crescido duas cabeças nele. "Cada momento é meu ─ seus pensamentos, suas esperanças, seus sonhos são todos meus. Eu sempre saberei onde você está e o que está fazendo. Você é minha... pelo menos pelo próximo ano ", ele sorriu. "Quem você pensa que é?", perguntei, minha raiva substituindo o meu medo. De tudo o que ele poderia ter feito, eu nunca esperava isso. Soou como escravidão. Eu ainda não entendo por que ele não me mata e acaba logo com isso. Ele está jogando este jogo de gato e rato por anos. "Eu sou o cara cuja liberdade você roubou." O tom cortante de sua voz atravessou meus nervos. Eu poderia dizer a partir do tique na mandíbula que ele estava perdendo o controle. "Durante um ano inteiro, o meu livre arbítrio foi tirado de mim e você vai se sentir como eu me senti." Eu ainda não entendi o que ele estava pedindo e qual a finalidade dele precisar tirar a minha liberdade. Ele queria o controle, isso era evidente, mas ele queria algo mais também. Eu podia ver no calor queimando em seus olhos. "O que você quer?" Eu engoli e ignorei o medo que se instalava na boca do estômago. "Você e eu sabemos o que é que eu quero." Eu balancei a cabeça em negação, embora estava começando a ter uma pista. Eu não tinha mais nada que ele pudesse querer, mas o olhar em seus olhos era inconfundível. Ele se aproximou e colocou os braços em ambos os lados da minha cabeça, descansando-os sobre o capô de seu carro. Minhas costas estavam pressionadas contra a porta e eu estava enjaulada por seu corpo duro e me afogando no cheiro fresco de banho do seu corpo. Seu corpo alto bloqueou tudo além da minha vista para que eu não pudesse ver nada, além do seu peito largo. "Eu quero a única coisa que te mantém tão inocente. Eu quis por um longo tempo Monroe, e você vai me entregar." "E se eu me recusar?" Eu olhei em seus olhos que eram quase negros de luxúria. Ele realmente não esperava... não é? Seu sorriso era sinistro e completamente sem humor. Meu coração começou a martelar no meu peito e meu estômago revirou-se em uma bola de tensão. "Submeta-se a mim ... ou a sua tia vai desaparecer assim como seus pais fizeram." * * * Ele faria isso. Eu sabia que ele faria. Não sei como, mas eu sabia. Um arrepio me percorreu quando entrei na escola em transe. Pensei em Keiran como um valentão ─ nada mais, nada menos. Mas agora eu sabia que havia algo muito mais escuro abaixo da superfície que estava esperando para sair. E eu era a idiota muda que lançou isto. Ele nunca realmente disse que iria matá-la. Mas, o que mais ele poderia dizer? Ele iria matar minha tia se eu não lhe desse o que ele quer. Lembrei-me de nossa conversa no caminho para a escola. "Por que você está fazendo isso?" Eu forcei a questão para fora. Será que eu realmente quero saber? "O que te impediria de me enquadrar novamente, desta vez me prendendo para o resto da vida? Eu te odeio, mas já sabe disso, e não confio em você, assim, preciso manter um olho em você." Eu fechei meus olhos contra a confissão de que ele me odiava. Sim, eu sabia, mas ouvi-lo dizer era mais doloroso. "Você poderia me deixar em paz", sugeri. Ele parecia estar se divertindo quando disse: "Isso não vai acontecer. Você tem algo que ainda quero." Eu andei pelo corredor em silêncio, sem saber o que fazer a seguir. Keiran estava fora do meu alcance e um inimigo muito grande para eu lutar e vencer. Lembrei-me de "ela". Ela foi a única que ele matou. Ela era a razão pela qual eu estava com medo agora. Mas quem era ela? Será que ela morreu, porque lutou? Estas foram as perguntas que corriam galopantes na minha mente por dez anos. Foi a razão pela qual eu vivia voluntariamente na sombra escura de seu ódio. "Dê-me o seu telefone." Eu quase pulei para fora da minha pele ao som repentino de sua voz. Eu estava tão perdida em meus pensamentos que esqueci completamente que ele estava seguindo atrás de mim. Keiran não era uma pessoa de se esquecer facilmente, mas era também justo dizer que ele me deixava de mau humor. Eu cavei meu telefone para fora e o entreguei. Quando olhei para cima, eu o peguei olhando para onde a minha mão desapareceu no meu bolso de trás. Limpei a garganta, mas ele tomou o seu tempo mudando seu olhar da minha bunda, quando estendi meu telefone. Ele finalmente olhou para cima e me encarou sem remorso quando pegou meu telefone. Seus olhos estavam aquecidos e vi a luxúria descarada, enquanto eu sentia um rubor se espalhando pelo meu corpo. Nada sobre hoje foi normal. Era realmente possível desejar alguém que você odiava? "Por que o seu telefone não é bloqueado com um código de segurança?" "Oh, eu... não tenho muita atividade acontecendo através do meu telefone", eu disse timidamente. Eu só tinha Willow e tia Carissa como constantes em minha vida... não havia mais ninguém e ele sabia disso. Ele me olhou por um momento antes de olhar para o meu telefone. Ele estava tomando seu tempo, então tenho a impressão de que ele estava procurando por algo. O que ele estava procurando? Eu ouvi uma vibração depois de alguns minutos, em seguida, ele pegou seu telefone e silenciou. "Por que você ainda tem informações de contato de Peter Simpson? Qualquer contato ou relacionamento", ele zombou, "que você tenha com ele termina hoje. Tome isto como a última vez que te digo isso." "Eu nem sequer falei com ele em um ano desde que você ─." Eu parei quando percebi que ele estava me ignorando e permaneceu em silêncio enquanto terminava de invadir a privacidade do meu telefone. Havia alguns outros números em meu telefone de caras que salvei por educação, mas nunca utilizei. Foi só depois que Keiran foi embora, que qualquer cara me mostrou qualquer atenção e mesmo assim apenas em completo sigilo. Depois da notícia que Keiran estava voltando, as ofertas pararam. Eu mesma tive alguns caras me pedindo para apagar o seu número, nos últimos dias de escola. Eu não entendia por que, mas agora tinha a sensação de que era porque eles estavam com medo de Keiran. Mas por que Keiran se incomodava com caras me convidando para sair? Ele não se importa o suficiente para fazer algo premeditado. "Qual é a sua primeira aula?", ele perguntou, entregando meu telefone de volta. "Inglês IV com a Sra. Connors." "Vamos lá. Estamos atrasados’’. Ele caminhou na direção do corredor sênior. "Sem brincadeira, Sherlock", eu murmurei. Ele virou a cabeça ligeiramente, como se tivesse ouvido, mas virou-se sem dizer uma palavra. Eu respirei aliviada que tinha escapado incólume deste deslize. Eu chego na sala de aula vinte minutos atrasada, para muito desgosto da professora. Ela me lançou um olhar irritado antes de apontar para um assento. Os outros alunos pareciam estar focados em mim um pouco demais, e eu me perguntava o que tinha a sua atenção. Eu encolhi os ombros e me sentei no primeiro lugar vazio em uma mesa ao lado de um cara que acho que o nome era Josh. Foi quando percebi que Keiran estava bem atrás de mim. Eu nunca considerei que poderíamos ter a mesma aula, considerando que ele perdeu seu último ano. Então era isso que tinha a atenção dos outros alunos. Keiran e eu tínhamos, aparentemente, entrado na sala de aula juntos. Eu nervosamente olhei ao redor e pude ver que alguns deles enviavam mensagens de texto à toda velocidade, enquanto outros continuaram a olhar e eu sabia que no final do período, a escola inteira saberia sobre o que deveria ter sido uma parte da fofoca insignificante e vulgar dessas informações. Só erao primeiro dia e já havia um boato espalhado sobre mim. Grande. Eu estava tirando o meu caderno quando senti a mão de Keiran agarrar a parte de trás do meu pescoço e me levantar, não muito discretamente ou suave, do assento. Ele então pegou a minha mochila e me levou para o fundo da sala onde haviam dois lugares vazios. A professora, é claro, estava alheia ao seu movimento me empurrando, porque ela estava de costas para a turma. As mesas de tamanho médio foram colocadas lado a lado e pareciam íntimas, agora que eu sabia que seria nossa.... Nunca imaginei que nós compartilharíamos algo. "A menos que o Sr. Masters e Sra. Monroe estejam ensinando a matéria, por favor olhem para frente e tentem prestar atenção," Sra. Connors disse quando se virou e encontrou a atenção dos outros alunos fixa em nós ao invés de sua lição. A classe inteira estava sorrateiramente se espreitando para nos observar, até que Keiran se inclinou para frente de sua posição quase deitado, para descansar os antebraços sobre a mesa e matar todos os olhares com um olhar de advertência, e de repente todos estavam lutando para se virar. Foi a única vez que eu estava grata por seu poder dentro da escola. Eu não queria a atenção, especialmente quando envolvia Keiran. Eu senti meu celular vibrar e li o texto de Willow. Diga-me que os rumores não são verdadeiros! O que está acontecendo??? Keiran?! O status social de Willow não era muito melhor que o meu, embora ela não tinha um inimigo como Keiran, mas se a notícia já chegou a ela, isso significa que a escola inteira já sabia. Eu olhei para o relógio - cinco minutos. Isso tem que ser um recorde. Eu comecei a escrever a minha resposta quando Keiran habilmente tirou meu telefone da minha mão, verificando a mensagem antes de embolsá-lo. Eu fiquei boquiaberta. Ele simplesmente pegou o meu telefone! "Srta. Monroe, por favor, preste atenção. Se não for possível vou te tirar da sala," a professora anunciou. Ouvi risadinhas em torno da classe, principalmente de algumas das garotas populares sentadas juntas na frente de nós. Meu constrangimento dobrou quando Keiran atirou à professora um olhar que tinha drenado a cor de seu rosto. Ela se atrapalhou sobre si mesma e, em seguida, retomou o ensino da classe. Whoa, os professores têm medo dele também? Isso não me dá muita esperança para pedir ajuda. Eu quero saber quem mais está com medo dele? O resto da aula passou sem muita emoção e fiquei surpresa ao descobrir que Keiran era realmente estudioso. Ele tomou notas, embora ele não se envolveu em qualquer parte da discussão. Eu também não, mas, novamente eu nunca realmente fazia. Eu tinha me condicionado a ficar escondida em todos os momentos, mesmo quando ele não estava por perto. Era uma maneira desarrumada para viver, mas ele não me deixou escolha. * * * Até o final da aula de Inglês eu estava ansiosa para o meu próximo período, que era de educação física. Eu tinha certeza que não teria classe com Keiran, porque os atletas não eram obrigados a levar a saúde física a sério, enquanto eles estavam ativos em uma equipe. As escolas de educação física faziam uma exigência anual a todos os níveis, como forma de promover a conscientização sobre a saúde. Ele me parou antes que eu pudesse sair para minha próxima aula e disse: "Deixe-me ver sua programação." Entreguei-lhe o cartão e ele examinou-o antes de entregá-lo de volta para mim. Ele então pegou meu queixo e levantou meu rosto para ele olhar para baixo nos meus olhos. "Não conte a ninguém sobre isso, nem mesmo a sua amiga." Eu olhei para longe dele desafiadoramente, mas ele só segurou meu rosto mais apertado. "Não me teste nisto Monroe, você não vai gostar das consequências." Eu balancei a cabeça, em seguida, perguntei: "Posso ter o meu telefone de volta?" Ele olhou como se quisesse recusar, mas, em seguida, cavou o meu telefone do bolso e me entregou. Ele me seguiu todo o caminho para o ginásio onde eu tinha Vôlei. Eu estava ansiosa para isso por duas razões. Willow e eu gostamos desse jogo, então nós decidimos levá-lo juntas e Keiran não estaria lá. A única desvantagem foi que havia apenas meninas nesta classe, e cada uma delas havia se apaixonado por Keiran. Eu caminhei para os vestiários para me trocar. Quando estava guardando o meu telefone em um armário vazio, percebi que tinha uma mensagem. Comporte-se. Eu fiz uma careta para a mensagem enigmática até que li o nome ou melhor, o "K" inicial. Ele deve ter gravado o meu número, quando estava mexendo no meu telefone antes. Perguntei-me por um momento o que devo dizer antes de decidir não responder e joguei meu telefone no armário. Vesti meu uniforme de ed. física, enquanto amaldiçoava a minha situação atual. "Tudo bem com você, cuspa as coisas boas e sem gracinhas, capische?" Eu não pude me segurar e ri da má representação de um mafioso e virei-me para enfrentar a minha melhor amiga... que estava na verdade segurando uma arma de brinquedo. Suas travessuras nunca param. "Ei, quem está segurando a arma aqui? Não ria." Eu sufoquei meu riso e esperei que ela continuasse. "Agora, um passarinho me disse que você e o Lorde das Trevas mostrou-se à classe esta manhã e estavam juntos bem bonitinhos e fofinhos no fundo da sala. Diga-me que o meu informante cometeu um erro. Tenho que desmentir isso, você sabe o que quero dizer, mas tenho que proteger meus interesses. E você é um dos meus melhores, Don Lake." Para alguém que não conhecia Willow, pensaria que ela estava apenas fazendo brincadeiras, mas ouvi a mensagem alta e clara. Ela está com medo por mim e quer me lembrar que sou sua melhor amiga e ela está aqui para mim se eu precisar de ajuda. Eu queria confiar nela, mas sabia que a ameaça de Keiran não era exclusiva para minha tia... que ele usaria qualquer um que eu gostasse para me machucar. Eu não podia deixar isso acontecer, então só a abracei fortemente. Willow e eu éramos como irmãs, onde contava que uma podia sentir a dor da outra. Eu deixei cair uma lágrima enquanto nós nos abraçamos. "Lake você não consegue manter segredos de mim, tem que ser honesta! Diga-me o que está acontecendo", ela chorou e caiu em frustração. "Você primeiro..." Capítulo quatro Eu termino o jogo com uma cortada mais agressiva, pois até algumas das outras meninas levantaram a sobrancelha, mas 'o que?' Nós ganhamos o jogo. A maioria da minha raiva estava vindo do fato de que Willow não estava falando comigo. Ela mesmo escolheu uma equipe adversária, o que era enorme para nós. Fizemos tudo juntas e agora parecia como se houvesse uma parede introduzida entre nós. Eu não poderia perder minha única amiga, mas também não podia acreditar que ela estava escondendo algo, mas queria desnudar os meus demônios. Eu balancei a cabeça em frustração. Que diabos aconteceu com ela neste verão? Agora que tive a confirmação de que algo estava errado. Ela se fechou depois que dei a entender que ela estava guardando segredos. Willow era um livro aberto ─ um espírito livre. Ela sabia quem era e não tinha medo de mostrar ao mundo; ao contrário de mim que se escondia. Após o banho, corri para me encontrar com Willow que tinha terminado antes de mim e saiu sem dizer uma palavra. Tivemos o período de almoço juntas este ano, mas eu não sabia se ela iria aparecer, já que normalmente evitávamos essa área. Quando dobrei em um canto, minha boca teve uma queda livre e pisquei apenas para me certificar de que não estava tendo alucinações. Os lábios de Willow estavam ansiosamente conectados num cara alto e musculoso. Ele tinha um braço forte envolvido em torno de sua cintura, enquanto uma grande mão espalmava a parte de trás de sua cabeça e ele devorava os lábios dela, como um homem faminto. Eles estavam alheios à minha presença e continuaram a festa no outro,então pisei de volta para trás para dar-lhes privacidade. Quando ouvi um gemido masculino, espiei ao redor para vê-los novamente. Sua mão estava abaixando para agarrar a bunda dela e levantá-la em sua virilha. Ela gemia, o que parecia deixa-lo com mais fome. Willow tinha o corpo de uma sereia, o que poderia levar os homens a seus joelhos - todo voluptuoso e feminino, mas ela sempre se queixou de que precisava perder peso. Se ela visse os olhares lascivos que muitas vezes davam a ela, especialmente quando ela usava suas roupas incomuns, não iria se sentir assim. Ela era um arraso. "Espere", Willow suavemente protestou. Ele só a puxou mais apertado, pouco disposto a deixá-la ir. Ela parecia tão pequena em seus braços. "Não!" Ela rasgou sua boca longe, tentando recuperar o fôlego. "Eu disse que não posso mais fazer isso. Foi um erro." Quando ela se afastou, minha boca caiu junto com meu coração, que agora estava sentado na boca do estômago. Eu puxei minha cabeça para trás em torno do canto para recuperar-me e evitar um colapso mental. Não podia ser ele. Ela não podia... "Um erro?", ele perguntou, parecendo se divertir. "Qual foi? Quando fodi você ou quando você me fodeu de volta?" "Não, por favor", implorou ela, levando-me a espreitar de volta ao virar da esquina. "Por que não? O que nós compartilhamos foi real, todo o nosso verão foi real." "Eu não vou ser seu brinquedo. Isso é tudo o que você quer." Ele grunhiu de frustração e deu um passo ameaçador para frente envolvendo-a contra os armários. "Como diabos você sabe o que quero? Você nem me conhece." "Você está certo. Eu não conheço você," ela falou com firmeza. "E não confio em você." "Eu não me importo", ele gritou. "Eu recebo o que quero." Ele deixou o aviso pendurado, quando se afastou. Que idiota. Eu queria consolar a Willow soluçando, embora me senti doente e estivesse zangada com ela. Eu não podia dizer a ela sobre o encontro, mas nunca pensei que seria com o inimigo. Independentemente disso, eu sabia que tinha que estar lá para ela. Poderíamos falar sobre o que vi depois. Eu dei um passo para a frente, pronto para consolar minha amiga, mas de repente fui rebocada de volta por um braço, que parecia de aço, em volta da minha cintura. Minhas costas impactaram contra o peito duro e fui mantido presa, meu corpo moldado para o corpo musculoso que me segurava como refém. "O que você está fazendo?" A voz áspera de Keiran falou em meu pescoço. Eu não vi ou o ouvi se aproximar, então assumi que ele deve ter vindo acima do outro corredor. "Eu estava apenas ─" Eu parei quando senti o outro braço envolver em torno de mim. Seu rosto ainda estava enterrado no meu pescoço enquanto ele me aproximou como um amante faria. Apesar do meu choque com o quão natural era a sensação de estar em seus braços, fechei os olhos, saboreando o momento e esquecendo quem somos e do que se tratava. Isto não era a realidade; era uma fantasia. Era bom demais para ser real. Bastaria um movimento errado e essa fantasia rapidamente se transformaria em meu pior pesadelo. Seus lábios roçaram meu pescoço e seu polegar varria para debaixo da minha camisa para acariciar meu estômago, fazendo borboletas entrarem em erupção. "Se você tentar alguma coisa, vai se arrepender", ele sussurrou. A malícia em sua voz era como um balde de água fria jogada no meu rosto e de repente a sensação de suas mãos e lábios em mim sentiam- se como o beijo da morte. "Me solte," eu exigi. Eu estava com raiva, mas não tinha certeza exatamente sobre por que estava mais nervosa. Ele me empurrou para longe e quando quase caí, olhei para ele, mas ele já estava de costas e indo embora tão silenciosamente quanto veio. Eu segui atrás em um ritmo mais lento para que eu pudesse me recuperar dos últimos cinco minutos. Inferno. * * * A cafeteria estava cheia com veteranos em torno dos vários recipientes de comida. Eu costumo evitar o refeitório, escolhendo passar o almoço na biblioteca ou em qualquer lugar que Keiran não estivesse. Era normalmente sua rotina me torturar, quer no início ou no final do dia e me ignorar durante o meio. Ainda assim, pensei que era seguro continuar invisível durante esse tempo, apenas no caso dele se sentir extra sádico. Eu persegui por respostas do porquê Willow não quis me contar sobre este verão, quando procurei em torno por ela. Quando não a vi imediatamente, eu sabia que isso significava que teria de arriscar ir mais longe. Com Keiran me enloquecendo, eu estava mais nervosa do que nunca. Durante toda a manhã estive me perguntando se ele estava... realmente sério sobre a tomada de minha virgindade por vingança. Pelo menos... isso é o que acho que ele estava dizendo. A ideia de que Keiran me desejava sexualmente, quando ele me odiava tão ferozmente, era impossível de acreditar. Ele tem que estar usando o sexo como uma maneira de me humilhar. Não era sobre desejo. Não podia ser. Eu circulei toda a cafeteria procurando por Willow, quando percebi que fui me aproximando sem saber para mesa em que ele estava, e antes que eu pudesse evitar nossos olhos se ligaram, e de repente tive a sensação de que ele estava me observando o tempo todo. Eu rapidamente me virei para ir na direção oposta. "Pare." Eu congelei no local. O som de comando me levou de volta há dez anos atrás, para o playground onde coloquei os olhos sobre ele. Eu lentamente me virei para encará-lo onde ele estava sentado, junto com os seus seguidores estúpidos. "Sente-se." Ele ordenou e empurrou a cadeira na frente dele com sua longa perna. "Você seriamente não quer dizer isso, não é? Nós a odiamos". A menina maliciosa, atualmente sentada no colo de Keiran e olhando furiosamente para mim era Anya Risdell. Líder de torcida e cadela. Me desculpe, o que isso quer dizer? "Sim, eu quero dizer isso. Se você tem um problema com isso, pode ir se sentar em outra mesa", ele respondeu, friamente, sem tirar os olhos de mim. Eu ainda estava de pé a poucos passos de distância, pensando em uma maneira de sair, invés de entrar ainda mais na cova dos leões. Quando seus olhos piscaram de mim e de volta para a cadeira, eu relutantemente me sentei na designada cadeira, não demonstrando o meu descontentamento. Ele parecia apenas um segundo longe de causar uma cena e eu lembrava muito bem da última vez que ele fez uma cena na lanchonete. Não vá por aí. Senti numerosos olhos nos olhando com curiosidade. Keenan estava sentado à mesa junto com seu outro amigo Quentin, que eles chamavam de Q. Ele era muito parecido com Keiran: silencioso e pensativo. Ele nunca teve realmente muito a dizer, ele é do tipo que se move em silêncio. Ninguém jamais o viu com uma garota em seu braço, e por isso houve um rumor em torno da escola sobre ele ser gay. As pessoas são idiotas. Um par de outros rapazes e meninas estavam sentados à mesa também, mas eles eram todos atletas e líderes de torcida. Me dá um tempo. Sheldon Chambers, a namorada de Keenan estava na mesa também. Ela parecia ser a única pessoa que não me dava olhares hostis. Em vez disso, ela estava olhando para mim, de seu assento ao lado de Keenan, com curiosidade. "Quem você estava procurando?", perguntou Keiran me quebrando de minhas reflexões internas. "Ninguém." Ele tornou-se estranhamente silencioso, enquanto me observava com os olhos semicerrados; seu rosto parecia que foi esculpido em pedra quando ele cerrou os músculos da mandíbula. "Isso é uma mentira?" "Não", eu menti novamente. Eu não lhe devo uma explicação sobre qualquer coisa que faço. "Vamos ver", ele respondeu suavemente, mas ouvi a ameaça em suas palavras e vi a promessa em seus olhos. Eu sabia que cometi um grande erro por mentir, mas já era tarde demais para fazer algo sobre isso agora. Minha mente estava ocupada com Willow e o que ouvi a poucos minutos
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