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CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR – LAUREATE 
INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS DOS PROBIÓTICOS PARA A SAÚDE HUMANA 
 
 
 
 
 
 
 
TAÍS CRISTINA CUNHA DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2017 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR – LAUREATE 
INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS DOS PROBIÓTICOS PARA A SAÚDE HUMANA 
 
 
 
 
TAÍS CRISTINA CUNHA DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profa. Omara Machado Araújo de Oliveira 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2017 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao curso de Nutrição do 
Centro Universitário IBMR/Laureate 
International Universities, como 
parte dos requisitos para obtenção 
do Título de Bacharel em Nutrição. 
 
 
 
TAÍS CRISTINA CUNHA DE LIMA 
 
 
 
BENEFÍCIOS DOS PROBIÓTICOS PARA A SAÚDE HUMANA 
 
 
 
 
 
Banca examinadora composta para defesa de Trabalho de 
Conclusão de Curso para obtenção do grau de Bacharel em 
Nutrição. 
 
 
Aprovada em: ______ de _________________________ de ________ 
 
 
Presidente e Orientador: _________________________________________ 
 
Membro Avaliador: ______________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2017 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
A Deus que não me desamparou e renovou minhas forças e perseverança dia após 
dia. 
A professora Omara do Centro Universitário – IBMR Laureate International 
Universities do curso de Nutrição, por sua contribuição e paciência. 
Aos meus professores e colegas que durante minha formação contribuíram para 
meu crescimento profissional e fizeram de nossa caminhada a melhor possível. 
Dedico ao meu esposo e familiares, este trabalho com muito amor, por serem um 
dos maiores motivos para eu não desistir e alcançar minha formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Caminhar apesar da distância; 
Vencer apesar dos obstáculos; 
Sonhar apesar das desilusões; 
Sorrir apesar das angústias; 
Acreditar acima de tudo”. 
(Autor desconhecido) 
 
 
LIMA, Taís Cristina Cunha de. Benefícios dos Probióticos para a saúde humana. 
Rio de Janeiro, 2017, 39p. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em 
Nutrição, Centro Universitário IBMR/Laureate International Universities. 
 
RESUMO 
O aumento na expectativa de vida da população proporcionou avanço nos estudos 
no campo da nutrição, principalmente com alimentos e seus efeitos no organismo 
humano. Os nutrientes promovem benefícios à saúde por suas propriedades 
funcionais como os probióticos, simbióticos e prebióticos, todavia estes possuem 
efeitos positivos em especial na microbiota intestinal, melhorando significativamente 
a flora intestinal, proporcionando assim equilíbrio e manutenção na saúde como um 
todo. Por possuírem propriedades funcionais os probióticos atuam melhorando a 
saúde intestinal e reduzem o desenvolvimento de doenças. O objetivo deste estudo 
foi demonstrar os benefícios do uso de probióticos para a saúde, através de uma 
revisão bibliográfica, com base na análise de referências teóricas de publicações 
acadêmicas, tais como artigos, revistas científicas e livros que discutem o tema. As 
bases de dados utilizadas foram LILACS, PUBMED, SCIELO, no período de 1989 a 
2017, em periódicos nacionais e internacionais. Com base nos estudos analisados, 
verificou-se que os efeitos dos probióticos na saúde é determinante para o controle 
da microbiota intestinal, aumento da resposta à patógenos, controle e fortalecimento 
da microbiota após o uso de antibióticos, diminuição de cólicas infantis, aumento na 
absorção de vitaminas e sais minerais, redução da constipação, aumento da 
resposta imune, melhora a digestão da lactose, sendo assim melhoram a qualidade 
de vida do indivíduo. É essencial que o nutricionista identifique as principais 
indicações do uso dos probióticos (doses e períodos de utilização terapêutica), 
assim como as opções disponíveis no mercado, a fim de auxiliar seus pacientes. 
 
 
 
Palavras-chave: probióticos, prebióticos, simbióticos, microbiota intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1. Principais probióticos utilizados comercialmente ..................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1. Efeitos dos probióticos na saúde humana .................................................. 20 
Figura 2. Reações dos ingredientes alimentares probióticos e prebióticos com 
microbiota intestinal, relativo a seus efeitos sobre a saúde ...................................... 25 
Figura 3. Os prebióticos como fatores bifidogênicos e os mecanismos de atuação 
dos probióticos .......................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS. 
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
FOS – Frutooligossacarídeos 
OMS – Organização Mundial da Saúde 
UFC – Unidades Formadoras de Colônia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução ...................................................................................................... 10 
2. Objetivos ........................................................................................................ 12 
2.1. Objetivo geral ...................................................................................... 12 
2.2. Objetivos específicos .......................................................................... 12 
3. Material e métodos ........................................................................................ 13 
4. Revisão de literatura ...................................................................................... 14 
4.1. Caracterização dos probióticos ............................................................ 14 
4.2. Tipos de probióticos ............................................................................ 15 
4.3. Efeitos dos probióticos na saúde humana .......................................... 20 
4.4. Relação entre os probióticos, prebióticos e simbióticos ....................... 24 
4.5. Valor nutritivo e terapêutico dos probióticos ....................................... 27 
5. Considerações finais ..................................................................................... 31 
6. Referências bibliográficas .............................................................................. 32 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
A alimentação é um fator determinante na promoção da saúde humana, 
evitando o surgimento e desenvolvimento de doenças, tais como, diabetes mellitus, 
obesidade, hipertensão arterial e câncer. O aumento na expectativa de vida da 
população proporcionou avanço nos estudos no campo da nutrição, principalmente 
com alimentos e seus efeitos no organismo humano (SAAD, 2006). 
O conceito de que alimentos teriam o poder de prevenir doenças surgiu há 
milênios. Hipócrates dizia: "Que o teu remédio seja o teu alimento e o teu alimento 
seja o teu remédio" (RAIZEL et al., 2011). 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (1999) descreve 
alimento funcional como "todo alimento ou ingrediente que, além das funções 
nutricionais básicas, quando consumido na dieta usual, produz efeitos metabólicos 
e/ou fisiológicos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem 
supervisão médica". 
Os nutrientes promovem benefícios à saúde por suas propriedades funcionais 
como os probióticos, simbióticos e prebióticos, todavia estes possuem efeitos 
positivos em especial na microbiota intestinal, melhorando significativamente a flora 
intestinal, proporcionando assim equilíbrio e manutenção na saúde como um todo 
(RAIZEL et al., 2011). 
A Organização Mundialda Saúde define os probióticos como “organismos 
vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à 
saúde do hospedeiro” (FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE 
UNITED NATIONS, WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2001). 
Os probióticos são bactérias vivas, já os prebióticos são substâncias que 
favorecem o crescimento de bactérias benéficas enquanto os simbióticos são 
produtos que contém probióticos e prebióticos associados. São utilizados como 
probióticos, microrganismos como bactérias ácido-láticas, bactéria não ácido lática e 
leveduras. Estes microrganismos devem ser inócuos, manter-se viáveis durante o 
transporte e a estocagem por um longo tempo, tolerar o pH ácido do suco gástrico e 
resistir as secreções digestivas, não transportar genes que promovam a resistência 
a antibióticos e também possuir ação anticarcinogênica e antimutagênica e resistir 
ao oxigênio (COPPOLA et al., 2004). 
11 
 
Os probióticos promovem efeitos sobre a flora intestinal estimulando 
mecanismos imunes e não-imunes através da concorrência entre microrganismos 
patogênicos e os não patogênicos, desta forma, reduzem o risco de câncer de cólon, 
por suprimirem as atividades de enzimas bacterianas que aumentam os níveis de 
substâncias pró-carcinogênicas (GUARNER, 2011). 
Por possuírem propriedades funcionais os probióticos atuam melhorando a 
saúde intestinal e reduzem o desenvolvimento de doenças, portanto este trabalho 
tem por objetivo demonstrar os benefícios da ingestão de probióticos na saúde 
humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. Objetivo Geral 
 
Demonstrar os benefícios do uso de probióticos para a saúde. 
 
2.2. Objetivos Específicos 
 
 Caracterizar os probióticos; 
 Identificar os tipos de probióticos e a relação entre prebióticos e simbióticos; 
 Analisar os efeitos dos probióticos no organismo humano; 
 Descrever os valores nutricionais e terapêuticos dos probióticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
 
 Esta pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica, com base na análise de 
referências teóricas de publicações acadêmicas tais como, artigos, revistas 
científicas e livros que discutem a importância do uso de probióticos, prebióticos e 
simbióticos para a promoção da saúde. Para isso foram realizadas consultas a 
bancos de dados do LILACS, PUBMED, SCIELO, livros e revistas especializadas no 
tema abordado, no período de 1989 a 2017. 
 Os termos utilizados na pesquisa segundo os descritores (DeCS) da 
biblioteca Virtual em Saúde foram: probióticos, prebióticos, simbióticos e microbiota 
intestinal, nos idiomas português, inglês e espanhol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
4. REVISÃO DE LITERATURA 
 
4.1. Caracterização dos probióticos 
 
 A palavra “probiótico” deriva do grego “biotikos” e significa “para a vida”, é 
utilizada atualmente para denominar bactérias vivas usadas como agentes que 
alteram atividades metabólicas ou a composição normal da microbiota (endógena) 
ou modular o sistema imune a fim de beneficiar a saúde humana (DOLINSKY, 
2009). 
 Os probióticos eram definidos classicamente como suplementos alimentares 
produzidos a partir de microrganismos vivos, que afetam positivamente o animal 
hospedeiro, promovendo desta forma o equilíbrio de sua microbiota intestinal 
(FULLER, 1989). 
 Ao longo dos anos, diversas definições de probióticos surgiram, a aceita 
internacionalmente é a de que são microrganismos vivos e que, quando 
administrados de forma adequada e equilibrada, conferem benefícios à saúde do 
hospedeiro (FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED 
NATIONS - WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2001; SANDERS, 2003). 
Probióticos são utilizados normalmente com a finalidade de proteger o 
organismo contra microrganismos patogênicos; são considerados funcionais por 
conferir propriedades que beneficiam à saúde humana. Conhecidos como 
bioterapêuticos, bioprotetores e bioprofiláticos e utilizados para evitar infecções 
gastrintestinais e entéricas (DOLINSKY, 2009). 
Em condições normais, inúmeras bactérias, na grande maioria anaeróbicas 
estritas colonizam o intestino, tornando-o capaz de responder a variações que 
possam ocorrer sejam anatômicas ou físico-químicas (LEE et al., 1999). 
A influência positiva dos probióticos no equilíbrio da microbiota intestinal inclui 
fatores como efeitos antagônicos, imunológicos e competição, resultando em um 
ganho na resistência contra microrganismos patogênicos. Sendo assim, ao utilizar 
culturas de bactérias probióticas, ocorre estímulo a multiplicação de bactérias 
benéficas, desta forma causando prejuízo na proliferação de bactérias 
potencialmente prejudiciais, aumentando os mecanismos de defesa natural do 
hospedeiro (PUUPPONEN-PIMIÄ et al., 2002). 
15 
 
As células probióticas depois de ingeridas devem possuir a capacidade de 
sobreviverem às condições adversas presentes no trato gastrointestinal (TGI), como 
a acidez do suco gástrico, enzimas digestivas e sais biliares, além de manter sua 
efetividade para chegar metabolicamente ativa no intestino e exercer funções 
benéficas no hospedeiro (SAAD, 2006; ARAÚJO, 2007). 
 
4.2. Tipos de probióticos 
 
 Bactérias ácido láticas são as representantes principais dos probióticos nos 
alimentos e produtos farmacêuticos. Além dessas, inclui-se muitas espécies de 
lactobacillus, Bifidobacterium, Streptococcus entre outras cepas não patogênicas de 
Escherichia coli. A reintrodução destes grupos de microrganismos no hospedeiro é 
realizada através da administração de probióticos que afetam positivamente o 
organismo do hospedeiro melhorando desta forma o balanço da microbiota intestinal 
(BOTELHO, 2005; CABRÉ; GASSULL, 2007). 
 As bactérias lácticas são Gram-positivas, em sua grande maioria catalases 
negativas, ou seja, não formam esporos e acumulam ácido lático no ambiente em 
que estiverem crescendo como produto do metabolismo primário. Os componentes 
do grupo lático demonstram impertinência e são encontrados em ambientes ricos 
nutricionalmente como, leite, carne, vegetais e trato intestinal. São anaeróbios, 
anaeróbios facultativos ou microaerófilos (SAAD, 2006). 
 Afim de garantir um efeito contínuo, a ingestão de probióticos deve ser diária. 
Foram observadas alterações favoráveis na microbiota intestinal com doses de 100g 
de produto alimentício 108-109 UFC de microrganismos probióticos (107 a 106 UFC/g 
de produto), geralmente deve ser administrado por 15 dias (BLANCHETTE et al., 
1996; JELEN; LUTZ, 1998). 
As bactérias que pertencem aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium, e 
em menor quantidade, Enterococcus faecium, são utilizadas com mais frequência 
como suplementos probióticos em alimentos, uma vez que elas são encontradas 
quando isoladas de todas as porções saudáveis do TGI do humano saudável, os 
locais que parecem ser de preferência para colonização no intestino dos lactobacilos 
e bifidobactérias são o íleo terminal e o cólon. Todavia, deve-se salientar que o 
efeito que uma bactéria produz é exclusivo de cada cepa, não podendo exceder, 
16 
 
inclusive para outras cepas da mesma espécie (CHARTERIS et al., 1998; 
BIELECKA et al., 2002; GUARNER e MALAGELADA, 2003; SAAD, 2006). 
Microrganismos probióticos têm sido usados com maior frequência em 
produtos lácteos – queijos, leites fermentados e sorvete. E sua condição neste tipo 
de produto pode ser prejudicada por uma série de fatores, tais como, a presença de 
oxigênio, a produção de ácido lático e peróxido de hidrogênio por fermentos 
tradicionais, e interações entre cepas presentes no ambiente e a concentração de 
açúcar. (BARRETO et al., 2003; SHAH et al., 2007). 
Os probióticos são utilizados repetitivamente em alimentos fermentados e a 
fermentação retém e otimiza o efeito microbianoe sua produção, enquanto, em 
sincronismo, ocorre a preservação das propriedades probióticas. Durante a 
fermentação aparecem vários produtos metabólicos no alimento, contendo ácido 
lático, bacteriocinas, ácido acético, e o pH do produto torna-se ácido. Tais mudanças 
podem afetar o equilíbrio das bactérias probióticas e desta forma alterar suas 
propriedades funcionais. Ao serem aplicados em produtos fermentados devem 
também dar contribuição para a melhoria na qualidade sensorial do produto. 
(ISOULARI et al., 2004). 
 
Gênero Bifidobacterium 
Segundo Gomes e Malcata (2002), as bifidobactérias foram descobertas no 
final do século 19 por Tissier pela primeira vez, em geral, são caracterizadas como 
microrganismos gram-positivos, desprovidos de flagelos, não formadores de 
esporos, catalase-negativos e anaeróbios. Morfologicamente, possuem diversas 
formas que incluem bacilos curtos, curvado ou bifurcados. Atualmente, este gênero 
engloba 30 espécies, 10 são de origem humana (fezes, vagina e cáries dentárias), 
17 de origem animal, 2 de água residuais e 1 da fermentação do leite. Ao contrário 
da maior parte das outras do mesmo gênero, esta última possui a singularidade de 
apresentar boa flexibilidade ao oxigênio. 
Das bactérias que pertencem ao gênero Bifidobacterium, ressaltam-se B. 
bifidum, B. breve, B. infantis, B. lactis, B. animalis, B. longum e B. thermophilum 
(LEE et al., 1999; SANDERS, KLAENHAMMER, 2001). Tão somente, 5 espécies de 
Bifidobacterium que são de origem humana (B. breve, B. bifidum, B. longum, B. 
infantis e B. adolescentis) vem atraindo a atenção da indústria de alimentos para 
17 
 
produção de produtos lácteos fermentados com a finalidade terapêutica (BOTELHO, 
2005). 
As Bifidobactérias habitam naturalmente o trato gastrointestinal humano. Nos 
dias de hoje, estudos científicos in vivo que utilizam animais ou voluntários humanos 
vem demonstrando que a ingestão de células vivas desses microrganismos tem 
efeito na microbiota presente no trato digestivo. Espécies selecionadas sobrevivem 
ao estômago e ao deslocamento intestinal e chegam ao cólon em grande número. 
Após o nascimento durante dias os recém-nascidos são colonizados por bactérias 
bífidas e esta população de bactérias mantem-se relativamente estáveis até idade 
avançada, até ocorrer um declínio. Contudo, antibióticos, dieta e o estresse são 
apontados por sua capacidade de influência sobre a população de bifidobactérias 
presentes no intestino (SHAH, 2007). 
Para que culturas probióticas resistam às condições do trato gastrointestinal, 
precisam possuir tolerância à bile e atividade de hidrólise dos sais biliares, além do 
mais, resistir às condições ácidas e ricas de proteases. Complementarmente, devem 
ser aptas para competir com a microbiota normal e serem resistentes aos 
metabólitos produzidos por esta microbiota, integrando ácidos orgânicos, 
bacteriocinas e outros agentes antimicrobianos (KLAENHAMMER; KULLEN, 1999). 
 
Gênero Lactobacillus 
Os Lactobacillus são outro gênero que fazem parte dos agentes probióticos. 
Encontrado nas fezes de lactentes que receberam aleitamento materno. Este 
observador deu-lhes o nome de Bacillus acidophilus, representação genérica dos 
lactobacilos intestinais. O gênero Lactobacillus apresenta hoje 56 espécies 
reconhecidas, que contêm 5 espécies (aviarius, delbrueckii, coryniformis, salivarius e 
paracasei). Dentre elas 18 são encontradas no trato gastrointestinal humano, são de 
grande importância como probióticos. Deste gênero as bactérias láticas que se 
destacam são: Lb. Acidophilus, Lb. helveticus, Lb. casei – subsp. paracasei e subsp. 
tolerans, Lb. paracasei, Lb. fermentum, Lb. reuteri, Lb. johnsonii, Lb. plantarum, Lb. 
rhamnosus e Lb. salivarius (KLAENHAMMER; KULLEN, 1999). 
Segundo o Bergey’s Manual of Determinate Bacteriology, o gênero 
Lactobacillus é formado por bacilos regulares, Gram positivos e não esporulados. 
Sua morfologia celular varia de bacilos finos e longos até, algumas vezes, como 
18 
 
bacilos pequenos e curvados. Neste momento, este gênero compreende 56 
espécies que estão reconhecidas oficialmente (GOMES; MALCATA, 2002; 
BOTELHO, 2005). 
Os Lactobacillus são microaerófilos e, se forem cultivados em meios sólidos, 
geralmente seu melhor desenvolvimento será em ambiente anaeróbio ou pressão de 
oxigênio reduzido de 5% a 10% de CO2, alguns em isolamento são anaeróbios. Os 
lactobacilos em meios usuais de crescimento produzem pigmentos raramente, que, 
se estiverem presentes são amarelos, vermelho-tijolo ou laranja-ferrugem. Seu 
crescimento acontece em temperaturas que variam 2ºC a 53ºC, valores ótimos 
geralmente são de 30ºC a 40ºC. Toleram ambiente ácido, com pH ótimo entre 5,5 e 
6,2; seu crescimento ocorre em pH 5,0 ou menor. Em meios neutros ou alcalinos 
sua taxa de crescimento é reduzida. Em diversas espécies, não é comum a redução 
do nitrato, podendo acontecer, quando o pH terminal é estabilizado acima de 6,0 
(BOTELHO, 2005). 
As características fenotípicas mais comuns para a identificação de 
Lactobacillus são: coloração de Gram, forma, motilidade, arranjo, catalase, 
temperatura máxima e mínima de crescimento e fermentação de 33 tipos diferentes 
de glicídios (BOTELHO, 2005). 
Geralmente, considera-se efeito probiótico a utilização de um bilhão de 
unidades formadoras de colônia (UFC), a dose varia de acordo com o tipo de 
bactéria, o objetivo e a qualidade da preparação (JELLEN; LUTZ, 1998). O quadro 1, 
abaixo, representa os principais probióticos utilizados comercialmente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Quadro 1. Principais probióticos utilizados comercialmente. 
Fonte: Adaptado de SANTOS, 2010. 
20 
 
4.3. Efeitos dos probióticos na saúde humana 
 
 Os efeitos que os probióticos promovem à saúde do hospedeiro que mais se 
destacam quando há ingestão de culturas probióticas estão citados na figura 1 
abaixo (KAUR; CHOPRA; SAINI, 2002; FRUET et al., 2014; RIBEIRO; COUTINHO, 
2017). 
 
 
Figura 1. Efeitos dos probióticos na saúde humana. 
Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 
 
Probióticos
Controle da 
microbiota Fortalecimento 
da microbiota 
após o uso de 
antibióticos
↑ resistência 
contra 
patógenos
↓ na população 
de patógenos a 
partir da 
produção de ác. 
lático e acético
Melhora a 
digestão da 
lactose
↑ Resposta 
imune
↓ Constipação
↑ produção de 
viatminas
↑ aborsoção de 
minerais
↓ Cólicas 
infantis
↓ Risco de 
câncer de cólon
↓ Doenças 
cardiovasculares
21 
 
Sugerem-se, também, a diminuição das concentrações plasmáticas de 
colesterol, efeitos anti-hipertensivos, diminuição do efeito ulcerativo de Helicobacter 
pylori, controle da colite induzida pelo rotavírus e pelo Clostridium difficile, prevenção 
das infecções urinárias, além de efeitos que promovem a inibição de mutações 
genéticas (TUOHY et al., 2003). 
 O aumento da resistência contra patógenos é o aspecto mais promissor no 
desenvolvimento de probióticos eficazes. A utilização de culturas probióticas 
descarta microrganismos que possam causar doenças e fortalece os mecanismos 
de defesa natural do organismo (PUUPPONEN-PIMIÄ et al., 2002). 
 A ligação da microbiota pelos probióticos acontece a partir de um mecanismo 
denominado “exclusão competitiva”, o qual impossibilita a colonização de 
microrganismos patogênicos na mucosa intestinal, pela competição por sítios de 
adesão, pela competição por nutrientes e/ou pela formação de compostos que 
impedem o desenvolvimento de micróbios (KAUR; CHOPRA; SAINI, 2002; 
GUARNER; MALAGELADA, 2003). 
 Os probióticos ajudam a restaurar a microbiota intestinal, a partir da 
incorporação e da colonização da mucosa intestinal, esta ação impossibilita a 
adesão e a produção de toxinas ou a ocupação das células epiteliais por bactérias 
patogênicas. Complementarmente, disputam com as bactérias indesejadas pelos 
nutrientes presentes na flora intestinal. O hospedeiro disponibilizaas quantidades 
necessárias de nutrientes que as bactérias intestinais demandam e elas 
demonstram ativamente as suas necessidades (KOPP-HOOLIHAN, 2001; CALDER, 
KEW, 2002). 
 Esta relação simbiótica impossibilita uma produção desmoderada de 
nutrientes, que beneficiaria a instalação de competidores microbianos com 
capacidade patogênica ao hospedeiro. Além disso, os probióticos tem o poder de 
impossibilitar a multiplicação de seus competidores, mediante compostos 
antimicrobianos, as bacteriocinas principalmente (GUARNER, MALAGELADA, 2003; 
GRANDO et al., 2016). 
 
 
 
 
22 
 
Mecanismos de ação 
 Possíveis mecanismos de ação relacionados aos probióticos, a diminuição do 
número de células viáveis é um deles, que ocorre através da produção de 
compostos com atividade antimicrobiana, competição por sítios de adesão e a 
competição por nutrientes. A alteração do metabolismo dos microrganismos é o 
segundo mecanismo, que ocorre através da diminuição ou aumento da atividade das 
enzimas. Por último o estímulo da imunidade do hospedeiro, através da elevação do 
número de anticorpos e a elevação da ação dos macrófagos. O espectro de ação 
dos probióticos pode ser dividido em efeitos fisiológicos, antimicrobianos e 
nutricionais (SAAD, 2006). 
 Os probióticos exercem ações sobre a saúde por meios de diferentes 
mecanismos de ação. Contribuem acidificando a luz do intestino, reúnem-se às 
substâncias que inibem a multiplicação de microrganismos patogênicos, através do 
consumo de nutrientes específicos, competitividade por receptores intestinais e 
dessa forma mantém a microbiota intestinal evitando a ação de microrganismos 
patogênicos. Possuem efeitos imunomoduladores, principalmente por serem 
capazes de modificarem a resposta a antígenos; aumentarem a secreção de IgA 
específica frente a rotavírus; facilitarem a captação de antígenos na placa de Peyer, 
produzirem enzima hidrolíticas e reduzirem a inflamação intestinal (LORENTE; 
SERRA, 2001). 
 Os prebióticos proporcionam um efeito osmótico no trato gastrointestinal, no 
momento em que ainda não estão sendo fermentados. Quando ocorre a 
fermentação pela microbiota endógena, eles elevam a produção de gases. Portanto, 
os prebióticos possuem o risco de aumentar a incidência de diarreia em alguns 
casos (pelo efeito osmótico) e por serem pouco tolerados por pacientes que 
apresentam a síndrome do intestino irritável. Os probióticos, em contrapartida, não 
promovem esse inconveniente e têm apresentado grande eficiência na prevenção e 
na diminuição de diversos episódios clínicos, incluindo diarreia (MARTEAU; 
BOUTRON-RUAULT, 2002). 
 A flora intestinal é modulada por esses prebióticos, e consequentemente ocorre 
a modificação da composição desta microbiota através de uma fermentação 
específica, que resulta em uma comunidade de bactérias que apresentam o 
predomínio de bifidobactérias (KAUR; GUPTA, 2002). 
23 
 
 Evidências que insinuam o fato de os probióticos serem eficazes na 
prevenção de infecções no trato urinário vem crescendo significativamente. Este 
efetivo mecanismo de ação inibe o crescimento e a adesão de patógenos na 
mucosa uretral e vaginal antes destes patógenos chegarem à bexiga (GERASIMOV, 
2004). 
 Os benefícios que os probióticos promovem para a saúde do hospedeiro, que 
estão atribuídos à ingestão de culturas probióticas, segundo Saad (2006) e Ribeiro e 
Coutinho (2017) estão resumidos em: 
 Estabilização da microbiota intestinal após ser exposta pelo uso de antibióticos; 
 Controle da microbiota intestinal; 
 Aumento da resistência do trato gastrointestinal à colonização de patógenos; 
 Redução de população de patógenos, pela produção de ácidos lático e acético, 
de bacteriocinas e de outros compostos antimicrobianos; 
 Promoção da digestão da lactose em indivíduos que apresentam intolerância á 
lactose; 
 Estimulação do sistema imunológico; 
 Elevação da absorção de minerais e produção de vitaminas; 
 Redução da constipação. 
 Redução de cólicas infantis 
 
 Os probióticos ajudam a recuperar a microbiota intestinal, através da 
colonização e adesão na mucosa intestinal, com isto, impedem a adesão e a 
produção de toxinas ou a invasão de bactérias patogênicas nas células epiteliais. 
Complementarmente, disputam com bactérias indesejáveis pelos nutrientes 
disponíveis no nicho ecológico. O animal hospedeiro dispõe de quantidades de 
nutrientes nos quais as bactérias necessitam e elas indicam de maneira ativa as 
suas necessidades. Esta interação simbiótica evita que os nutrientes sejam 
produzidos excessivamente, o que acabaria favorecendo o crescimento competitivo 
de microrganismos com potencial patogênico no hospedeiro. Além disto, os 
probióticos são capazes de impedir o crescimento de microrganismos competidores, 
ao produzir compostos antimicrobianos, tais como, ácidos orgânicos voláteis, 
bacteriocinas e peróxido de hidrogênio (KOOP-HOOLIHAN, 2001; CALDER; KEW, 
2002; GUARNER; MALAGELADA, 2003; RIBEIRO; COUTINHO, 2017). 
24 
 
4.4. Relação entre probióticos, prebióticos e simbióticos. 
 
 Os probióticos, prebióticos e simbióticos são uma classe importante de 
alimentos funcionais. O significado da palavra probiótico é “para a vida”, este é um 
termo que deriva da língua grega (NEVES, 2005). Esta terminologia conceitual foi 
proposta por Fuller inicialmente, isto depois dos primeiros ensaios clínicos. Os 
probióticos podem ser classificados como substâncias alimentares que contém 
microrganismos vivos, ou elementos microbianos que ao serem ingeridos em 
quantidade significativa, proporcionam benefícios a saúde e bem-estar do 
hospedeiro. Possuem a habilidade de melhorar o equilíbrio da microbiota intestinal e 
desta forma produzem efeitos benéficos à saúde de indivíduo (SALMINEN et al., 
1999; DUPONT, 2001; WHO, 2001; ISOULARI, 2001; REID et al., 2001; BRASIL, 
2002; GRANDO et al., 2016). 
 Probiótico também pode ser conceituado como uso de exclusão competitiva 
afim de melhorar um meio orgânico específico. A prevenção ou tratamento com 
probióticos insere um tipo de bactéria favorável que provoca a redução de outra 
espécie de bactéria (MOMBELLI; GISMONDO, 2000). 
 Os prebióticos são classificados como oligossacarídeos resistente à hidrólise 
no intestino delgado e ao atingirem o intestino grosso estimulam de maneira seletiva 
a multiplicação de bactérias desejáveis ao cólon, desta forma, alteram a microbiota 
resultando em uma microbiota mais saudável (MANNING et al., 2004). 
Os oligossacarídeos, os frutooligossacarídeos (FOS) e a inulina são exemplos de 
prebióticos, possuem a capacidade de inibira multiplicação de patógenos, desta 
forma garantem benefícios à saúde de hospedeiro. Tais componentes atuam com 
frequência no intestino grosso, mas também promovem impacto sobre a microbiota 
do intestino delgado, além de estimular o crescimento de populações microbianas 
benéficas a saúde do hospedeiro, como os lactobacilos e as bifidobactérias 
(GIBSON; ROBERFROID, 1995; ROBERFROID, 2001; ROBERFROID, 2002; SAAD, 
2006). 
 Segundo Lorente e Serra (2001), os oligossacarídeos são as substâncias 
mais estudadas por seu efeito prebiótico, os frutooligossacarídeos e os 
glicoconjugados do leite humano são encontrados em hortaliças e frutas. Atuam na 
proteção específica a recém-nascidos combatendo patógenos causadores de 
diarreia, beneficiando a colonização por Bifidobacterium bifidum e dificultam a ação 
25 
 
patógena de Escherichia coli e Campylobacter jejuni. Os prebióticos e probióticos 
são atualmente os aditivos alimentares que compõem esses alimentos funcionais 
(figura 2). 
 
 
Figura 2. Reações dos ingredientes alimentares probióticos e prebióticos com 
microbiota intestinal, relativo a seus efeitos sobre a saúde. 
Fonte: Adaptado de Puupponen-Pimiã et al., 2002. 
 
 Os simbióticos referem-se à combinação de microrganismos probióticos e de 
substâncias prebióticas que afetampositivamente o hospedeiro e que auxiliam na 
melhora a sobrevivência e implantação de microrganismos na microbiota vivos no 
trato gastrointestinal e desta forma favorece de maneira seletiva a multiplicação ou a 
função metabólica de bactérias que promovem saúde ao cólon (O’SULLIVAN, 2001; 
ARAÚJO,2007). Produtos lácteos fermentados são as principais formas 
26 
 
representativas de alimentos simbióticos (ROWLAND et al., 1997; DIPLOCK et al., 
1999). 
 A interação ocorrida entre prebiótico e probiótico in vivo pode ser beneficiada 
quando ocorre adaptação do probiótico ao prebiótico antes do consumo, o que pode 
significar uma vantagem competitiva para o probiótico, caso ele seja consumido 
junto com o prebiótico. Este efeito simbiótico, alternativamente, pode ser enviado a 
diferentes regiões no trato digestório. Quando os probióticos e prebióticos são 
apropriadamente selecionados antes do consumo, o efeito benéfico que cada um 
será capaz de exercer pode elevar-se, já que o estímulo das cepas probióticas 
conhecidas levam à escolha dos pares simbióticos substrato-microrganismo ideais 
(BIELECKA et al., 2002; HOLZAPFEL; SCHILLINGER, 2002; MATTILA-SANDHOLM 
et al., 2002; PUUPPONEN-PIMIÃ et al., 2002; SAAD, 2006). 
 Em razão dos benefícios alcançados pela ingestão de probióticos e 
prebióticos, há um interesse considerável por parte das indústrias alimentícias para 
o desenvolvimento de que contenham tais microrganismos e substâncias funcionais 
(STANTON et al., 1998). A figura 3 mostra o destino dos probióticos e dos 
prebióticos no organismo humano, os prebióticos como fatores bifidogênicos e os 
principais mecanismos de atuação dos probióticos. 
27 
 
Figura 3. Os prebióticos como fatores bifidogênicos e os mecanismos de atuação 
dos probióticos. 
Fonte: Adaptado de Puupponen-Pimiã et al. 2002. 
 
 
4.5. Valor nutritivo e terapêuticos dos Probióticos 
 
 Estirpes probióticas, produtos lácteos fermentados por bifidobactérias e 
lactobacilos, são os alvos mais comuns de estudos para verificar o valor nutritivo. 
Estes produtos possuem um alto valor nutricional, que vão variando de acordo com 
o leite utilizado, a espécie de microrganismo adicionada e o tipo de fabricação 
escolhida. Geralmente, o aumento da digestibilidade de gorduras e proteínas, 
redução no teor de lactose (importância para indivíduos com intolerância à lactose), 
28 
 
aumento na absorção de cálcio e ferro, maior biodisponibilidade de várias vitaminas 
e a presença de alguns metabólitos secundários, conectados a células probióticas 
viáveis, transformam os leites fermentados um dos alimentos mais valiosos 
nutricionalmente e recomendados para o consumo humano (GOMES; MALCATA, 
2002). 
 A inibição de infecções intestinais é um valor terapêutico atribuído aos 
microrganismos probióticos, tal afirmação está alicerçada em mecanismos de ação 
reconhecidos pela comunidade científica. A mucosa intestinal tem a função de 
barreira imunológica, estabelecendo a interação entre as células imunológicas 
subepiteliais e o conteúdo luminal. Qualquer alteração nesta barreira, provocado por 
antígenos dietéticos, agentes químicos, microrganismos patogênicos ou radiações, 
resultam no aumento da permeabilidade intestinal e altera estruturalmente o epitélio, 
e tais alterações podem elevar o fluxo de antígenos e provocar inflamações 
(GOMES; MALCATA, 2002). 
 Há estudos comprovando que a administração composta por probióticos e 
glutamina na alimentação enteral em vítimas de traumatismo cranioencefálico 
diminui expressivamente a ocorrência de infecções (LOPES et al., 2007). 
 Um teste duplo cego controlado em 119 crianças (idade média de 4,5 anos) 
com administração de antibióticos para infecções respiratórias, simultaneamente 
com cápsulas de L. rhamnousus GG ou de placebo, revelou a ocorrência de diarreia 
em 5% das que tomaram probiótico e 16% das que ingeriram placebo (p= 0,05). Em 
outro estudo não foi possível observar a redução do risco de diarreia no teste 
controlado contra placebo em 267 pacientes adultos hospitalizados (29,3% versus 
29,9%). Portanto, há chances de que os efeitos sofram variações por causa da 
região ou também da idade (ARVOLA et al., 1999). 
 Timmerman et al. (2007) demonstraram em que ratos em tratamento que 
apresentam o quadro de peritonite bacteriana manipulando glutamina associada a 
probióticos proporciona um aumento no trofismo da mucosa, reduzindo desta forma 
o estresse infeccioso. 
 Segundo Surawicz et al., (2000) que realizaram tratamento em adultos 
apresentando diarreia reincidente causada pelo C. difficile com potente dose de 
vancomicina e em seguida com S. boulardii (1g/dia, n=18) ou placebo (n=14) por 28 
dias. Constatou-se que o risco de recorrência de C. boulardii foi de 16,7% no grupo 
que recebeu probióticos e de 50% para o grupo que recebeu placebo. 
29 
 
 Realizou-se um estudo com 116 pessoas que apresentavam colite ulcerativa, 
com o objetivo de avaliar a eficácia de uma estirpe de E. coli sem potencial 
patogênico (Nissle 1917) versus Mesalazine
®
 (um eficiente anti-inflamatório) para 
prevenir tal doença. Os autores constataram que o probiótico E. coli não patogênico 
apresentou a mesma eficiência que a droga citada na diminuição da doença 
(REMBACKEN et al., 1999). 
 Weizman et al. (2005) analisaram o efeito de duas espécies de probióticos 
diferentes na prevenção de infecções respiratórias e gastrointestinais, em crianças 
assistidas por centros de tratamento especializados. Por intermédio de estudo duplo-
cego, placebo controlado e randomizado, em 201 crianças nascidas a termo, entre 4 
e 10 meses de vida, aleatoriamente, foram separadas em 3 grupos, com tratamentos 
diferentes por 12 semanas: alimentadas por fórmulas com Bifidobacterium lactis 
(n=73, teste 1) ou Lactobacillus reuteri (n=68, teste2) e placebo (n=60). As que 
ingeriram suplementação (teste 1 ou 2) de probióticos quando comparadas ao 
placebo, apresentaram redução nos episódios de febre e diarreia, tais episódios com 
menor duração. Estes efeitos foram mais elevados para o teste 2, tratando-se de 
infecção respiratória não foi constatada nenhuma diferença entre os tratamentos. 
 Em um estudo realizado por Gotteland et al. (2006), avaliou o efeito do 
consumo de um produto que continha Lactobacillus johnsonii La1, com distintas 
concentrações, no equilíbrio da microbiota intestinal. Foram avaliadas 8 pessoas 
saudáveis e sem sintomas, as quais ingeriram na primeira semana 100 mL de um 
produto que continha 108 UFC, na segunda 200 mL e 500 mL na última semana. 
Durante o experimento a excreção fecal de La1 foi elevada até o 14º dia. Todavia, 
houve aumento da cepa de Lactobacillus (p=0,056) e Bifidobacterium (p=0,067) e 
diminuição de F. prausnitzii, microrganismo potencialmente patogênico. Os 
resultados constataram que consumir regularmente La1 modula favoravelmente a 
microbiota intestinal. 
 Com objetivo de avaliar os efeitos que duas cepas de probióticos promovem 
no sistema imune de adultos, estudo avaliou a atividade das estirpes de 
Lactobacillus gasseri (CECT 5715) e Lactobacillus coryuniformis (CECT 5711), 
foram comparadas com iogurte padrão. Selecionaram 30 voluntários saudáveis (15 
mulheres) que tinham entre 23 a 43 anos de idade, coletaram amostras de sangue 
antes e depois do período experimental e semanalmente foram coletadas amostras 
30 
 
de fezes. Ao ingerirem os produtos que continham as cepas e o iogurte, observou-se 
a elevação das atividades e concentrações de células fagocíticas, tais como, 
neutrófilos e monócitos. Entretanto, se as duas cepas forem combinadas, promovem 
o aumento de células natural killer e IgA. Sendo assim, ao serem testadas as 
estirpes de probióticos estudas, apresentam melhores efeitos em relação ao padrão, 
tais efeitos após duas semanas de tratamento são maiores (OLIVARES et al., 2006). 
 As habilidades de remoção do colesterol de 11 cepas (Lactobacillusacidophilus e L. casei) foram investigadas, para constatar possíveis mecanismos de 
ação. Conclui-se que tais cepas possuíam capacidades variadas para tal remoção 
do colesterol in vitro, então foram propostos como possíveis mecanismos de ação a 
incorporação do colesterol no decorrer do crescimento, a assimilação do colesterol 
na membrana celular e a ligação do colesterol na superfície celular. As estirpes L. 
acidophilus 4962 e L. casei ASCC 292 são as que mais removeram o colesterol, 
sendo assim, tais cepas são candidatas promissoras como suplemento dietético por 
reduzirem o colesterol sérico in vivo (LIONG; SHAH, 2005). 
 O aleitamento materno é essencial para os neonatos, pois fornece 
bifidobactérias ao desenvolvimento intestinal participando da prevenção contra 
infecções e na modulação do sistema imune. Porém, novas formulações infantis 
foram desenvolvidas contendo probióticos, pois, nem sempre o aleitamento materno 
é possível (HUET et al., 2006). 
Com a finalidade de verificar a eficácia do Lactobacillus reuteri DSM 17938 no 
tratamento dos lactentes amamentados com cólicas infantis, os mesmos foram 
comparados com o grupo placebo. A amostra continha 52 lactentes entre três a seis 
meses de idade. Foi aplicado L. reuteri DSM 17938, cinco gotas orais uma vez por 
dia (n=24) versus placebo (n=28) por 21 dias. Observou-se que o uso do probiótico 
em crianças que foram amamentadas resultou na diminuição das cólicas infantis 
(CHAU et al., 2015). 
 Considerando-se tantos benefícios, a divulgação dos efeitos benéficos dos 
probióticos é determinante. O conhecimento médico nas provas clínicas sobre o uso 
vai ajudar na recomendação do uso de suplementos contento probióticos (REID; 
HAMMOND, 2005). 
 
 
 
31 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Com a urbanização e a modernidade, nota-se que o estresse do dia-a-dia e a 
falta de tempo para administrar compromissos e cuidar da saúde resultam em má 
alimentação, sedentarismo e como consequência o desenvolvimento de doenças 
crônicas não transmissíveis. E por isso é necessário que os consumidores estejam 
mais conscientes e façam escolhas por uma alimentação equilibrada e estilo de vida 
saudável, uma vez que está comprovado que a saúde humana e a prevenção de 
doenças estão atreladas a uma alimentação saudável e a prática de exercícios 
físicos. 
 A indústria alimentícia vem desenvolvendo suplementos dietéticos, afim de, 
complementar as necessidades nutricionais do organismo. O presente trabalho 
mostra que os probióticos quando ingeridos de forma adequada e equilibrada, 
conferem benefícios à saúde, tais como, controle da microbiota intestinal, aumento 
da resposta à patógenos, controle e fortalecimento da microbiota após o uso de 
antibióticos, diminuição de cólicas infantis, aumento na absorção de vitaminas e sais 
minerais, redução da constipação, aumento da resposta imune, melhora a digestão 
da lactose, sendo assim melhoram a qualidade de vida do indivíduo e reduz as 
chances do desenvolvimento doenças cardiovasculares e intestinais, hipertensão 
arterial, câncer de cólon, desnutrição, mutações genéticas e infecções urinárias. 
 No entanto, cada cepa probiótica possui efeito específico e diferente no 
hospedeiro, desta forma é essencial ao nutricionista identificar as principais 
indicações do uso dos probióticos e conhecer as opções disponíveis no mercado, a 
fim de auxiliar seus pacientes. Grande parte dos estudos demonstram positivamente 
o uso de probióticos quando utilizados de forma específica, para diversos autores 
ainda se faz necessário mais estudos clínicos a longo prazo, afim de determinar a 
dose que deve ser utilizada, uma vez que o uso dos probióticos apresentam 
diferentes efeitos de acordo com as cepas, administração e concentrações. 
 
 
 
 
 
 
32 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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